Fevereiro de 2014

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ANÁLISE E PREVISÃO CLIMÁTICA PARA O PERÍODO DE MARÇO A MAIO DE 2012
NA REGIÃO NORTE DO NORDESTE DO BRASIL
Análise das Condições Oceânicas e Atmosféricas e Previsão da Temperatura da Superfície do Mar
No oceano Pacífico, persiste a condição de resfriamento das águas com predomínio de anomalias
negativas da Temperatura da Superfície do Mar (TSM), principalmente no setor centro-oeste da bacia,
típico de um evento de La Niña de intensidade fraca (Figura 1). Com relação à previsão, os resultados
dos modelos numéricos e estatísticos indicam a permanência de águas mais frias no Pacífico Tropical,
pelo menos até o final do outono no Hemisfério Sul (junho de 2012), indicando a continuidade do evento
de La Niña nos próximos meses. No Oceano Atlântico a temperatura da superfície do mar continuou
mostrando o setor sul com aguas mais frias do que o normal e um setor norte com águas próximo da
normalidade. No campo da pressão atmosférica ao nível do mar, a principal mudança foi a intensificação
do centro de alta pressão do Atlântico Norte, o que poderá contribuir para o resfriamento das águas do
setor norte desse oceano, possibilitando um deslocamento da Zona de Convergência Intertropical
(Principal Sistema Meteorológico causador de chuvas na Região Nordeste do Brasil, no período de
fevereiro a maio).
Em síntese, as condições oceânicas e atmosféricas nos oceanos Pacífico e Atlântico Tropical indicam: no
Pacífico, condição favorável a um quadro de chuvas regulares com totais em torno da média no Nordeste
do Brasil (região semiárida); no Atlântico Tropical, há evidências de condições associadas a anos com
chuvas em torno a abaixo da média no semiárido nordestino. É importante ressaltar que um contínuo
monitoramento das condições térmicas do Atlântico Tropical, nos próximos meses, é fundamental para
definir a qualidade da estação chuvosa no setor norte do Nordeste do Brasil.
Figura 1 - Anomalia da Temperatura da Superfície do Mar para o mês de janeiro de 2011
Climatologia da Precipitação no Nordeste no Trimestre Março a Maio
Neste trimestre, os valores médios de chuva acima de 600 mm concentram-se no setor norte dos Estados
do Maranhão e Piauí, Ceará, oeste dos Estados do Rio Grande do Norte e Paraíba. Totais inferiores a
600 mm são observados no sul do Maranhão, Piauí, áreas de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do
Norte. No noroeste dos estados de Sergipe e Alagoas e grande parte da Bahia, totais inferiores a 300 mm.
Na maior parte do semiárido nordestino, este trimestre representa o período principal de chuvas.
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Considerações Finais e Previsão das Chuvas para Março, Abril e Maio de 2012
As análises das condições oceânicas e atmosféricas e os resultados dos modelos numéricos e estatísticos
de previsão climática indicaram maior probabilidade para as categorias em torno da média histórica de
precipitação. Os índices de probabilidade atribuídos às categorias indicam os seguintes valores para os
totais pluviométricos:
acima da normal (25%), normal (40%) e de abaixo da normal (35%) para o trimestre março a maio
sobre praticamente todo o semiárido nordestino.
NOTAS SOBRE ESTE PROGNÓSTICO
1.Em anos com tendência de ocorrência de chuvas próximo a normalidade , a variabilidade espacial e
temporal (distribuição no tempo e no espaço) das chuvas na Região semiárida do Nordeste, tem alta
frequência, isso quer dizer, poderemos ter durante o período de março a maio, ocorrência de veranicos (
8 ou mais dias sem chuvas dentro da estação chuvosa)
2. Principalmente em áreas com normais climatológicas mais altas, como regiões litorâneas ou serranas,
existe a possibilidade de ocorrência de eventos extremos de chuva;
4. Em função da variabilidade espacial e temporal, característica intrínseca da chuva no norte do
Nordeste, recomenda se o acompanhamento das previsões diárias de tempo, análises e tendências
climáticas semanais emitidas pelos centros de meteorologia;
5. A atualização deste prognóstico será feita no próximo fórum climático a ser promovidos pela APACAgência Pernambucana de Àgua e Clima- Recife-PE- durante o mês de março em data a ser definida.
INTITUIÇÕES PARTICIPANTE DA IV REUNIÃO DE ANÁLISE CLIMÁTICA PARA O NORTE DA
REGIÃO NORDESTE DO BRASIL
FUNCEME-Fundação Cearense de Meteorologia-CE.
APAC-Agencia Pernambucana de Águas e Clima-PE
AESA-Agencia Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba-PB
NUGEO/UM-Nucleo Geoambiental/Universidade Estadual do Maranhã-MA
SEMARH- Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos-SE
SEMARH/DMET-Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos/Diretoria de Meteorologia-AL
UFERSA-Universidade Federal do Semiárido-RN
CPTEC/INPE- Centro Previsão de Tempo e Estudos Climática/Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
UFRN-Universidade Federal do Rio Grande do Norte-RN
INPE/Natal- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-RN
Natal, 17 de fevereiro de 2012.
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