Como extrair o máximo do banco de dados

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A
TR
EX
Como extrair o
máximo do
banco de dados
Gerenciamento, desenvolvimento,
integração com aplicativos,
funcionalidades web e segurança
fazem a diferença se forem usados
na capacidade proporcional à
necessidade do seu negócio. Sua
empresa utiliza o potencial máximo
dos repositórios de dados?
índice
3
7
11
13
15
17
21
23
Capítulo 1
Extraindo o máximo dos bancos de dados
Capítulo 2
Gerenciamento eficiente
Capítulo 3
Desenvolvimento e integração
Capítulo 4
Informação sem fronteiras
Capítulo 5
Garantindo a segurança
Capítulo 6
Casos de sucesso
Capítulo 7
Glossário
Capítulo 8
Para saber mais sobre banco de dados
Capítulo 1
Extraindo
o máximo
dos bancos de dados
Sua empresa utiliza o potencial máximo dos repositórios
de dados? Funções como o gerenciamento, o
desenvolvimento e a integração com aplicativos, as
funcionalidades web e mesmo a segurança podem ser
aprimoradas e melhor trabalhadas
A
primeira pergunta que pode ser feita quando falamos na
exploração dos limites técnicos dos bancos de dados é:
sua empresa realmente conhece todas as funcionalidades
da solução e sabe o que ela pode trazer operacionalmente e
para apoio ao business? De acordo com especialistas, não. E
existe uma curva decrescente acentuada quanto menor é o
tamanho da corporação em questão.
Não por acaso, o consultor norte-americano, especializado
em banco de dados, Kevin Loney, afirmou em um livro que não
sai da cabeceira dos DBAs – administradores de bancos de dados
– que: “um dos segredos para extrair o máximo de desempenho
de um banco de dados é saber como explorar os seus recursos
de maneira dinâmica durante o dia-a-dia. Aprendendo como
configurar, monitorar, fazer backup e manter a segurança dos
dados da melhor forma possível”. Pode parecer básico, mas essa
premissa não é seguida por todas as empresas, e isto independe
do tamanho e mesmo do investimento dedicado, ou ainda de ter
equipes ou profissionais especializados no tema.
3
Capítulo 1
Extraindo o máximo dos bancos de dados
“Para o mercado das PMEs, as características genéricas do
banco de dados acabam sendo suficientes. Elas não exploram
todos os recursos, primeiro porque a pressão por performance
é menor, mesmo em tarefas administrativas. Levar duas
horas ou quatro para fazer algo, é uma diferença grande para
o high-end, mas nas pequenas a diferença pode ser de 10
minutos para cinco minutos, o que não é relevante”, compara
Eduardo Sato, gerente da área de Serviços da Sybase Brasil.
Entre as médias empresas, a situação é um pouco diferente.
Esse segmento utiliza funções de backup, por exemplo, com
os gerenciadores dos bancos de dados oferecendo níveis de
compressão que podem diminuir o tempo de tarefas.
O mínimo é máximo?
Com visão semelhante, Sérgio Fortuna, gerente da área de
Information Management da IBM Brasil, admite que as PMEs
44
As PMEs fazem o básico quando se fala em
fazem o básico quando se fala em extrair
extrair o máximo dos bancos de dados. É algo
o máximo dos bancos de dados. “E a
semelhante ao uso do Excel ou do Word, as
razão é simples, semelhante ao uso do
empresas fazem o operacional,
básico no Excel ou no Word, as empresas
garante Sérgio Fortuna, gerente da área
de Information Management da IBM Brasil.
fazem o dia-a-dia e o gerente ou pessoa
responsável pelo BD é consumido pelo
operacional. Em paralelo, essas empresas não possuem capacidade de
investir em profissionais de maior capacitação”, garante.
Para auxiliar as organizações desse nicho, a IBM tem como objetivo
tornar o gerenciamento do BD o mais intuitivo possível. “Não acredito
totalmente que essas empresas vão aprender a manipular melhor o BD.
Então temos de criar ferramentas mais fáceis de usar, colocar features
e regras que facilitem o uso do transacional e ofereçam mais análise.
Acreditamos no que a IBM chama de Autonomic Computing, fazendo
com que o software reaja como um corpo humano, fornecendo reações
automáticas, como o autotuning”, aponta Fortuna.
Comum a todos os fornecedores, o auto-gerenciamento (como pode
ser visto de forma mais abrangente nas páginas 7 a 10) cria índices de
freqüência de uso possibilitando que a máquina faça automaticamente
tarefas repetitivas e de administração mais simples, retirando essas
funções do administrador. “O sujeito que trabalha em uma PME não tem
tempo de aprender, porque ele faz tudo; ele precisa é usar na prática e
da forma mais dinâmica possível”, conclui o executivo da IBM.
Um pouco diferente dessa visão, João Nunes, gerente de produto
do SQL Server da Microsoft, acredita que as PMEs usam os bancos de
dados na sua plenitude, guardadas as devidas proporções (analise e
entenda mais conhecendo os cases nas páginas 17 a 20). “A demanda é
proporcional ao tamanho, uma pequena empresa não usa um recurso
como indexação online, por exemplo, que é algo muito específico para
grandes corporações. Mas a utilização tende a ficar mais complexa
por conta da explosão de dados em todas as companhias. O custo de
armazenamento vem caindo e existe a necessidade não apenas de
5
Extraindo o máximo dos bancos de dados
Capítulo 1
armazenar dados relacionais, mas também vídeos ou localização,
por exemplo”, argumenta.
Tudo na mão
A explosão dos dados é fruto não apenas da web como do maior
controle e diversidade de sistemas de gestão das áreas internas
das companhias. Mesmo entre as pequenas não é incomum que
possuam ERPs, o que dirá das médias que já se beneficiam dos
pacotes de gestão há anos. Na escolha do banco de dados e mesmo
depois, na sua operação, é preciso levar em conta a integração
do repositório com outros aplicativos (veja mais sobre o tema nas
páginas 11 e 12). Suporte XML, consumir web services e explorar
recursos de SOA (arquitetura orientada a serviços) passa a ser
primordial para garantir a “conversa” entre os sistemas.
O aumento expressivo dos dados sugere ainda que, em
paralelo, mais e mais pessoas, interna ou externamente, tenham
acesso às informações da companhia. Em resumo, é necessário
que a segurança no nível do banco de dados se torne ainda mais
forte. Assim, o uso de criptografia, mesmo em BDs voltados para
pequenas e médias empresas, se tornou mandatório (conheça
mais nas páginas 15 e 16). “Atualmente, o DBA ou responsável
não precisa nem saber qual a chave criptográfica, ele quer saber
como trabalhar e os limites de acesso”, avalia Nunes.
Mal comparando, Fortuna, da IBM, afirma que o sonho de consumo
do dono da padaria não é aprender tudo sobre banco de dados, mas
usar a sua potencialidade máxima e gerar mais vendas de “pãozinho”.
O caminho das soluções é conhecido: automatizar ao máximo, facilitar
as operações e tornar o contato ainda mais intuitivo. Mas e para as
pequenas e médias empresas, qual a saída? Escolher o melhor banco
de dados, aquele que oferece e disponibiliza um maior potencial de
recursos de forma dinâmica e facilitada.
6
Capítulo 2
Gerenciamento
EFICIENTE
A melhor performance de um banco de dados pode
estar associada à forma como ele é gerenciado. E as
soluções estão mais intuitivas e auto-administradas,
seguindo alguns preceitos fundamentais
7
Gerenciamento eficiente
Capítulo 2
N
ão estamos falando de um ser de outro mundo, que ao
nascer, já são inteligentes, sabem fazer tarefas básicas e
repetitivas e podem até mesmo aprender com a corporação
e seus hábitos e com o tempo se ajustam a eles. São bancos de
dados, especialmente os voltados para as PMEs. Afinal, eles
trazem nativamente funcionalidades de administração que
auxiliam os profissionais, sejam eles especializados em DBAs ou
quem cuida de TI na companhia.
É notório que o tamanho das equipes de TI no ambiente
das PMEs é proporcional na seguinte equação: quanto menor
a empresa menor o contingente ou até mesmo inexistente a
presença desse profissional, muito menos alguém destinado ao
gerenciamento de BDs (veja mais no box O efeito pessoal). Porém,
o dado pode trazer variações em sua importância que geram maior
investimento em sua administração. “A empresa pode ser média,
mas se o negócio necessita de alta disponibilidade de dados, ele
precisa de missão crítica e de gerenciamento mais especializado”,
garante Luiz Felipe Pimenta, xxxxx da Microsoft.
Olhando pelo prisma da implementação, todo o banco de dados
necessita de alguma forma de customização, por menor que
ela seja. No entanto, quando se fala em administração é que o
problema se avoluma e a saída é automatizar. “A funcionalidade
do SQL de administrar por políticas oferece maior controle para as
corporações”, aponta Pimenta.
O autogerenciamento do banco de dados
é ainda mais importante nas PMEs,
especialmente nas médias que possuem
um faz-tudo. Já as pequenas tendem a
seguir contratando pessoas ou empresas
para administrar seus BDs,
explica Eduardo Sato, gerente da área de
Serviços da Sybase Brasil.
8
Assim como o SQL, todos os BDs oferecem
a função de autotuning ou manutenção
automática. A Microsoft aposta no SQL
Management Studio, ferramenta que concentra
a saúde dos servidores e do ambiente, e traz
uma espécie de dashboard para o administrador
ou responsável. “Nossa meta é entregar o
banco de dados com todas as ferramentas
necessárias para gerir o ambiente, com a parte de controle, segurança
e o autotuning inclusas”, conclui o executivo da Microsoft.
Investindo no lugar certo
A política do autogerenciamento traz um efeito colateral benéfico:
um menor custo na mão-de-obra, especialmente em treinamentos e
especialização. “Esse fator é algo ainda mais importante nas PMEs,
especialmente nas médias que possuem um faz-tudo. Já as pequenas
tendem a contratar pessoas ou empresas para administrar seus BDs”,
explica Eduardo Sato, gerente da área de Serviços da Sybase Brasil.
Todas as companhias, independentemente do tamanho, no entanto,
necessitam de uma performance otimizada do seu banco de dados, o que
leva o administrador a gastar seu tempo com atividades mais importantes
que a manutenção pura e simples. O ideal é a diminuição da interferência
humana. Ao retirar as tarefas repetitivas do administrador, é possível
opbservar uma série de indicadores e quando existe algo diferente ou
uma anomalia, utilizando melhor o tempo do profissional.
A InterSystems dotou o Caché com um algoritmo, o mesmo há
30 anos, que é melhorado dentro do conceito de trazer inteligência
9
Capítulo 2
Gerenciamento eficiente
para a auto-administração. Na mesma trilha, mas com menos
tempo de estrada, a IBM trabalha nos últimos cinco anos com o
conceito de Autonomic Computing. A forma encontrada para que
o banco de dados reaja de forma automática – respeitando uma
parametrização prévia –, criando índices e prioridades para o
repositório de uma maneira autônoma, sem a necessidade de um
DBA. Além disso, o DB2 possui uma funcionalidade que faz uma
análise visando a melhora da autoparametrização. E, por meio
de um wizard em português, são feitas algumas perguntas, até
simples, para montar parâmetros de administração.
Essa política independe do tamanho do banco de dados.
Recomendado para pequenas e médias empresas com sistemas
e aplicações rodando em servidores com até dois processadores
dual core, o Oracle Database Standard Edition One traz conceitos
como desempenho, confiabilidade, segurança e escalabilidade do
banco associados à facilidade de instalação e gerenciamento, e
oferece diversas funcionalidades de gerenciamento automático.
O EFEITO PESSOAL
A figura do DBA, o administrador dos bancos de dados, pode não ser comum
nas pequenas e nas médias empresas, mas suas expertises são fundamentais,
mesmo que ele seja terceirizado. Esse profissional é quem vai fazer com que o
repositório funcione mais rápido e melhor. Seja aprimorando a “conversa” com
aplicações ou criando políticas de acesso, inclusive de segurança.
Especificamente para o segmento das PMEs, a Sybase montou uma estratégia de
treinamento voltada para os profissionais que não são especializados, seja por
meio de aulas formais e presenciais ou via web – na qual é possível se capacitar
sem deslocamento, em casa. E as soluções do fornecedor, como de resto de
todos os players, oferecem tutoriais com grande interatividade para aproximar
ao máximo a informação técnica desse público.
10
Capítulo 3
Desenvolvimento
e integração
O valor dos repositórios de dados pode estar
condicionado a sua capacidade de integração com
outros aplicativos e o suporte ao desenvolvimento.
Veja como é possível escolher o banco de dados
que fala a língua da sua empresa
E
m 1985, o desenvolvimento de um sistema poderia durar um
ano ou um pouco mais. As linguagens, a infra-estrutura, a
plataforma...tudo agia contra, até mesmo a integração com
o banco de dados utilizado pelas corporações. Atualmente, o
dinamismo do mercado, a necessidade de negócios e tudo o mais
fazem com que se comprem pacotes de sistemas ou no caso de
desenvolvimento – interno ou externo – o tempo seja muito menor.
Para não falar na necessária integração entre sistemas.
“Como o banco de dados está se tornando uma commodity,
ele deve facilitar ao máximo o desenvolvimento de aplicações e a
integração entre sistemas e mesmo com outros bancos de dados”,
explica Rochael Ribeiro Filho, gerente de Tecnologia da InterSystems
Brasil. O executivo revela que o Caché, BD da fornecedora, trabalha
com plataformas de desenvolvimento que facilitam a integração
como .NET, Coldfusion e PHP, por meio de adaptadores.
Além de muitas software-houses criarem aplicativos específicos
para a área de saúde – segmento forte para a InterSystems –, outro
avanço do Caché é a utilização de um engine próprio para migrar dados
orientados a objeto para relacional, para conversar com outros BDs.
E o contrário é impossível. Assim como também existem 280
adaptadores que fazem essas conexões entre as aplicações.
11
Capítulo 3
Desenvolvimento e integração
Essa pluralidade é decorrente da necessidade das grandes
empresas administrarem não apenas muitos sistemas, como um
volume crescente dos dados, algo que começa a ser freqüente também
em companhias de médio e pequeno portes. “Temos trabalhado
muito para que a integração seja cada vez melhor e mais fácil. Quando
falamos especificamente em SAP, por exemplo, existe um envolvimento
muito grande entre as duas organizações”, garante Sérgio Fortuna,
gerente da área de Information Management da IBM Brasil. Outra
parceria de negócios é com a brasileira Totvs.
O teclado e o martelo
Muitas ferramentas auxiliam na tarefa de integração, uma delas
é o gerenciador de metadados. No caso da Sybase, ele leva o nome
de PowerDesigner, e pode ser adquirido à parte. Os web services,
especialmente para integração com sistemas alocados na internet
– veja mais sobre as funcionalidades associadas à web nas páginas
13 e 14 – são mandatórios e em alguns casos é preciso usar APIs
(Application Programming Interfaces). Por outro lado, cuidado, o BD
pode obrigar que uma aplicação remota trabalhe com uma linguagem
suportada pelo repositório, o que exige atenção.
Enquanto o SQL, da Microsoft, já oferece nativamente o suporte a
dados de geoprocessamento, como mapas e localização, o Oracle 10g
Express Edition (Oracle XE) – baseado em distribuição livre – tem como
ponto forte auxiliar no desenvolvimento de aplicativos escritos em PHP,
Java, .NET, XML e de código aberto.
Porém, tanto Microsoft quanto Oracle estão
unidos
na oferta de BI dentro de seus BDs. No caso
Como o banco de dados está se tornando
da
versão
do Oracle Business Intelligence Standard
uma commodity, ele deve facilitar ao
Edition One, ele incorpora alguns dos produtos
máximo o desenvolvimento de aplicações e
encontrados na linha Oracle Business Intelligence
a integração entre sistemas e mesmo com
Suite Enterprise Edition em conjunto com o banco de
outros bancos de dados,
ensina Rochael Ribeiro Filho, gerente de
dados 10g Standard Edition One, solução desenhada
Tecnologia da InterSystems Brasil.
para pequenos negócios, e o Warehouse Builder 10g.
12
Capítulo 4
INFORMAÇÃO
sem fronteiras
É mandatório que um banco de dados de qualquer
empresa ofereça um canal para consultas na web,
seja ele de maior ou menor confidencialidade
de dados, voltado para os usuários internos ou
mesmo para clientes e parceiros
N
ão faz muito tempo, no final do século passado, o fenômeno da
internet começou a deslocar o foco quase único das aplicações
internas para a abertura propiciada pela grande rede. Hoje,
passados oito anos, é impensável que uma empresa, mesmo entre
as pequenas e médias, fique com seus dados encastelados para uso
interno e de poucos usuários. É certo que isso implica em maiores
preocupações com a segurança (como pode ser visto nas páginas 15 e
16), mas é um caminho sem retorno.
“As empresas já constroem suas bases de dados com o olhar para a
web. Isso contribuiu para o crescimento de plataformas como o Linux,
cuja flexibilidade ganha espaço. Assim como ser multiplataforma é
imprescindível. Mas a corporação precisa se adaptar e fazer mudanças
rapidamente, o que hoje é perfeito amanhã pode ser obsoleto na
internet e a aplicação deve seguir esse caminho”, admite Eduardo Sato,
gerente da área de Serviços da Sybase Brasil. Um banco de dados,
para seguir essa máxima de mudanças, precisa não apenas trabalhar
com linguagens como XML como fornecer e consumir web services e
oferecer uma lógica de negócios embutida.
13
Capítulo 4
Informação sem fronteiras
O caminho do SQL, da Microsoft, por sua vez, é cimentado
pela idéia de facilidade de desenvolvimento associado à solução.
Existem inclusive web services feitos por empresas parceiras que
oferecem ferramental de e-commerce e que suportam até blogs.
Além de suportar outras plataformas, que não as da Microsoft,
por meio de conectores.
Para tudo e para todos
A premissa básica é que aplicações que consomem web
services possam utilizar não só o banco de dados como outras
plataformas de sistemas. Um aplicativo de RH, por exemplo, que
interage diretamente com folha de pagamentos pode “conversar”
mais fácil por meio deles e ambos com o BD. Em resumo, o
desenvolvimento de aplicativos que enxergam a grande rede, e
atualmente são quase todos, precisam “consumir” os dados do
modo mais transparente e dinâmico possível.
Um caso recente que ilustra como um dimensionamento
ou mesmo um desenvolvimento ruim pode causar estragos é o
da venda dos ingressos para o show da Madonna. A operação
encontrou um gargalo seja pelo excesso de usuários do site ou
mesmo pela integração mal feita com os sistemas de venda de
cartões de crédito. E isso pode acontecer com qualquer empresa.
Se a marca fictícia “Nostradamus” entra em promoção de
vendas pela web e o site e os sistemas, como o banco de dados,
não foram construídos e integrados corretamente, o resultado será
desastroso. “O banco de dados deve diminuir ao máximo o tempo
de espera da aplicação. Temos vários parâmetros envolvidos,
como hardware e discos, que trabalham para melhorar a resposta
para a aplicação. O modelo do BD também influi, os relacionais
conseguem tratar de dados mais complexos”, ensina Rochael
Ribeiro Filho, gerente de Tecnologia da InterSystems Brasil.
14
Capítulo 5
Garantindo a
SEGURANÇA
Muito se fala que no campo de repositório de
dados o aspecto da segurança não traz diferenças
entre as soluções dos fornecedores. A palavra de
ordem segue sendo criptografia com pequenas
mudanças de abordagem
O
tema segurança em banco de dados, sobretudo quando falamos
de produtos direcionados para pequenas e médias empresas,
pode criar a idéia inicial de que não existem diferenças entre
as soluções. Afinal, mesmo algo commoditizado como o uso de
encriptação pode estar na saída dos dados ou mesmo no próprio
repositório, o que pode ser um mero detalhe ou algo com importância
relativa para as PMEs.
Na questão da confidencialidade dos dados, é possível segmentar
e bloquear o acesso por áreas como linhas ou índices ou alocar
criptografia entre a aplicação e os dados, ou até mesmo direto no
Não existe muito o que inventar em
segurança de banco de dados. O problema
é que o aspecto da segurança é relativizado
pelo cliente, ele quer disponibilidade,
aponta Sérgio Fortuna, gerente da área de
Information Management da IBM Brasil.
banco de dados. “Não existe muito o que inventar
em segurança de banco de dados. O problema
é que o aspecto da proteção é relativizado
pelo cliente, ele quer disponibilidade”, aponta
Sérgio Fortuna, gerente da área de Information
Management da IBM Brasil.
O executivo admite que, de acordo com o fornecedor e a
solução, existem limitações de licenciamento quanto ao uso
maior ou menor de criptografia ou mesmo certificação digital,
mas que mesmo para as PMEs todas as ferramentas estão
disponíveis sem maiores custos ou mesmo gratuitamente.
15
Capítulo 5
Garantindo a segurança
A gama de possibilidades de segurança muitas vezes ganha
importância nas PMEs por conta da atenção a regulamentações
setoriais ou mesmo como forma de seguir a política de um parceiro
de negócios de maior porte. E ainda por fatores bem específicos. Uma
companhia de serviços, por exemplo, trata os dados de uma forma
muito mais cuidadosa ao entender que eles são o seu principal ativo.
O lugar da diferença
Na perspectiva da InterSystems, o banco de dados deve permitir
o uso de dados criptografados, oferecendo recursos de SSL
(Secure Sockets Layer) – tecnologia utilizada para codificar dados
trafegados. “É possível também usar uma camada de encriptação
diretamente no banco de dados. Não fugimos do que existe no
mercado, o que diferencia os fornecedores acaba sendo a melhor
relação entre tempo de implementação e baixo custo que pode ser
aplicada na questão de segurança”, compara Rochael Ribeiro Filho,
gerente de Tecnologia da InterSystems Brasil.
Entretanto, alguns executivos apontam que existem diferenças na
abordagem dos fornecedores que podem acabar por apontar para
uma não commoditização da questão, será?! “As abordagens são
muito diversas. Nós trabalhamos com a encriptação dentro do banco
de dados. A autenticação é igual, mas transportar os dados de forma
segura é outra coisa. Assim como armazenar o dado já criptografado,
como nós fazemos, não é uma visão comum”, argumenta Eduardo
Sato, gerente da área de Serviços da Sybase Brasil.
Como forma de se diferenciar, a Microsoft associa a segurança do
seu banco de dados à estratégia global de confiabilidade da companhia,
que, nesse caso, envolve desde o projeto do BD até a utilização final pelo
cliente. Em resumo, aqui também a criptografia se faz presente, “mas
associada a recursos de autorização no nível do usuário”, completa João
Nunes, gerente de Produto do SQL Server da Microsoft.
16
Capítulo 6
Casos de
SUCESSO
Integração com o BD
O Laboratório Santa Luzia conseguiu reduzir o tempo
de entrega dos laudos dos pacientes via internet ao
integrar os aplicativos com o banco de dados
M
uitas vezes o grande desafio de implementação de um
banco de dados é fazer com que ele seja o coração de uma
plataforma, regendo outros sistemas. E essa foi a gênese do projeto
implementado no Laboratório Santa Luzia com auxílio do banco
de dados Caché, da InterSystems, que roda o principal sistema
enquanto os outros aplicativos trabalham com o SQL Server
Apesar da diversidade, o processo foi rápido e simples.
“Com a tecnologia, integramos esses dois aplicativos que agora
trocam informações em tempo real. Por meio dessa integração,
conseguimos viabilizar o desenvolvimento, também com o
produto da InterSystems, de um novo software que era um antigo
17
Capítulo 6
Casos de Sucesso
anseio do laboratório – um sistema integrado de Custos de
Exames, o qual permite ao laboratório identificar, em detalhes,
o custo real de cada exame processado”, argumenta Álvaro José
Moccelin, CIO do Laboratório Santa Luzia.
O Caché é utilizado diariamente por aproximadamente 300
pessoas do laboratório, e os benefícios são inúmeros. Afinal, a
solução da InterSystems simplificou o desenvolvimento de novos
aplicativos web, beneficiando clientes e parceiros do Santa Luzia, que
ganharam novas funcionalidades acessadas diretamente via web.
Resultados e resultados
Com os investimentos realizados, os pacientes passaram a
contar com a agilidade tecnológica do software do Santa Luzia,
aliado ao alto grau de automação da área técnica, o que confere
ao laboratório mais eficiência operacional. Unindo essa eficiência
ao recurso de impressão de laudos via web, o tempo de entrega
dos laudos (resultados dos exames) foi agilizado ao máximo.
Para os clientes que imprimem seus resultados via internet,
o Santa Luzia disponibiliza, junto com o resultado do exame, o
histórico evolutivo dos últimos resultados do exame. Com isso,
além do resultado, o médico ganha também um gráfico que
demonstra a evolução dos exames, constituindo um recurso
extremamente importante para auxiliar no diagnóstico do
paciente. Outro exemplo concreto de todo esse investimento
tecnológico é o projeto-piloto de solicitação de autorizações
online para convênios médicos, que já está em funcionamento.
Atualmente, 35 unidades de coleta do laboratório estão
ligadas à matriz via internet e o Santa Luzia realiza cerca de
245 mil exames por mês. E, além de preservar o legado já
existente, a utilização do Caché ainda proporcionou alto ganho de
performance graças ao acesso multidimensional oferecido.
18
Capítulo 6
Garimpo de dados com o SQL
A rede francesa de lojas Fnac optou pela
aquisição do SQL Server 2008 como forma
de facilitar a extração e análise de dados,
evoluindo até o uso de BI
P
ara dar mais flexibilidade às equipes comercial e de
marketing, a Fnac procurava meios que priorizassem a
autonomia no acesso às informações. Agregando a forma mais
conveniente para cada gerente de negócio. Por meio de uma prova
de conceito, conheceu os benefícios do Microsoft SQL Server 2008,
com ferramentas integradas para extração de análise de dados.
As informações extraídas passaram a ser apresentadas em um
portal baseado no Microsoft Office SharePoint Server 2007, onde é
possível realizar vários tipos de operações e transformações para
gerar melhores análises dos dados.
Com sete lojas e um site de comércio eletrônico no Brasil,
a distribuidora de produtos culturais, de tecnologia e lazer
ainda utilizava planilhas com dados extraídos do banco de
dados Microsoft SQL, nas versões 2000 e 2005, para que
os responsáveis pela tomada de decisão visualizassem as
informações da empresa.
Resumindo: cada mudança na visão das informações de
negócios – para incluir, por exemplo, um campo ou uma restrição
19
Capítulo 6
Casos de Sucesso
– exigia que o gerente entrasse em contato com a equipe de TI
para solicitar uma nova planilha.
“Nossos relatórios eram engessados e dificultavam o trabalho
tanto da área de negócios quanto dos profissionais de TI”,
comenta Fábio Selingrin, gerente de TI da Fnac.
Com a ajuda da W5 Solutions, parceira da Microsoft, a Fnac
realizou em março de 2008 uma prova de conceito para avaliar
uma solução envolvendo o Microsoft SQL Server 2008 e o
Microsoft Office SharePoint Server 2007. O modelo proposto se
baseou no Integration Services e no Analysis Services do SQL
Server – o primeiro para realizar as tarefas de ETL (Extraction,
Transformation e Loading) dos dados e o segundo para criar
os cubos com as variadas visões de vendas da companhia. As
informações são publicadas em um portal SharePoint na forma
de planilhas dinâmicas.
Usando o Microsoft Excel, é possível realizar vários tipos de
operações e transformações sobre os dados multidimensionais
nas planilhas dinâmicas para obter melhores análises. “Acessar
informações desejadas a um clique do mouse e poder visualizálas da forma desejada era o que os executivos mais queriam
e conseguiram com a solução”, destaca Selingrin. Outro
recurso do SQL Server 2008 que a Fnac identificou como sendo
interessante para as atividades da empresa é o acesso a dados
geoespaciais, que vão permitir visualizar as informações das
vendas distribuídas por regiões em mapas.
A iniciativa que começou como uma prova de conceito
ganhou força dentro da Fnac e deve se transformar em um
projeto completo de Business Intelligence (BI) futuramente.
“As ferramentas integradas do SQL Server 2008 permitem que
soluções genuínas de BI sejam acessíveis a empresas de vários
portes”, destaca Miguel Katayama, gerente de sistemas da Fnac.
20
Capítulo 7
Glossário
API | sigla de Application Programming Interfaces. Na prática, é
uma interface que oferece acesso às funções de uma Biblioteca
(Library) ou framework (veja a sua definição) facilitando o
desenvolvimento de aplicações.
Base relacional | o modelo é baseado no conceito matemático
de relação. Os matemáticos definem como relação um subconjunto
de um produto cartesiano de uma lista de domínios. Uma tabela é
uma relação, e suas linhas representam relacionamentos entre um
conjunto de valores.
BD as a service | é a definição para o modelo de banco de dados
cuja aplicação fica hospedada em forma de serviço na internet.
Commodity | usa-se a palavra quando, no caso dos bancos de dados,
todas as soluções possuem características muito semelhantes.
Dados não estruturados | informações que estão dispersas
em e-mails e apresentações, por exemplo.
Dashboard | pode ser traduzido como painel ou conjunto de
indicadores.
DBA | database administrator ou administrador de banco de dados.
Empacotamento | venda ou integração do banco de dados com
outros aplicativos, como ERP ou Business Intelligence (BI).
Escalabilidade | capacidade do banco de dados de aumentar o
tamanho de seu repositório ou o número de usuários.
21
Capítulo 7
Glossário
Framework | em desenvolvimento, um framework é algo que
possui partes que podem ser comuns a várias aplicações.
Hosting | serviço de alocação de aplicativos em um datacenter.
ISVs | sigla em inglês, na tradução literal são os fornecedores de
software independentes.
OO | object oriented ou orientação a objeto, é um modelo baseado
no conceito de classes, que possuem atributos e métodos.
Os objetos são as ocorrências de uma classe. Cada objeto
possui um estado, definido pelo valor de seus atributos, e um
comportamento, definido por seus métodos.
One-stop-shop | empresa capaz de atender o cliente de TI
em todos os campos, do hardware ao software e passando até por
serviços e hosting.
Open source | são os softwares que têm seu código-fonte aberto.
Querry | comando ou definição de comando.
Repositório de dados | sinônimo de banco de dados.
Self Tune | quando o próprio banco de dados faz a sua manutenção.
TCO | sigla em inglês que significa custo total de propriedade, ou
a soma de todas as despesas do banco de dados, no caso, como
suporte, treinamento, equipe etc.
Tune | manutenção.
22
Capítulo 8
PARA SABER
mais sobre banco de dados
.NetRaptors
Comunidade de desenvolvedores sem fins lucrativos que
hospeda uma solução de compartilhamento de informação com
mais de 200 GB. Possui mais de 10 mil usuários cadastrados e
utiliza o SQL Server como base da solução.
http://www.dotnetraptors.com.br/start/default.aspx
Comunidade Microsoft
Site da Microsoft voltado para a criação da Comunidade do SQL,
a página acima é o registro do lançamento do SQL 2008 para
o mercado. Mas existem também vários vídeos e demos de
apresentação da solução e muito debate e dicas interessantes
sobre implementação e melhores práticas.
http://blogs.technet.com/sqlserverbrasil/archive/2008/08/05/
sql-server-2008-chega-ao-mercado-microsoft-anuncia-verso-rtm-final-do-produto.aspx
Comunidade Oracle
A idéia dessa comunidade, estampada em suas páginas: “é trocar
informações técnicas e comerciais sobre o banco de dados Oracle
e seus agregados”. Traz dicas, formas de utilização do BD e
acesso à troca de idéias com outros participantes da comunidade.
http://www.peabirus.com.br/redes/form/membros?comunidade_
id=524
IBM
Página do DB2 para Linux, com white papers específicos (em
inglês), tabelas com ambientes recomendados e validados
23
Capítulo 8
Para saber mais sobre banco de dados
para sua implementação, comparativos e listagem de
capacidades técnicas.
http://www.ibm.com/br/linux/software/db2.phtml
Intersystems
Acesso à página inicial do Caché, o BD da companhia. Nela,
o internauta pode fazer o download do banco de dados free,
pode ver um guia de tecnologia, conhecer as vantagens e
benefícios de utilização da solução, assistir a demos online e
acessar white papers e relatórios, além de ter acesso a um
fórum da comunidade de usuários da marca.
http://www.intersystems.com.br/isc/cache/index.csp?CSP
CHD=00000000000043ap9fPh000000g9OOS6frL$neEuhWw2
Sj7g--
Linha de código
O site Linha de Código e feito por e para profissionais de
Tecnologia da Informação e traz comentários e artigos de quem
conhece bem as mais distintas plataformas de bancos de dados.
O artigo no link, por exemplo, fala do uso do XML na integração
de bancos de dados relacionais.
http://www.linhadecodigo.com.br/Artigo.aspx?id=1574
Microsoft
Página do SQL Server com informações sobre o produto e
soluções associadas, artigos que falam do melhor uso do banco
de dados, vídeos de treinamento, white papers e até links para
fazer o download da versão free, a Express.
http://www.microsoft.com/brasil/msdn/sql/default.mspx
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MySQL
Comunidade brasileira do MySQL. Além da vantagem de todas as
informações e discussões estarem em português, traz pessoas mais
próximas dos problemas reais enfrentados pelos brasileiros, sem
contar em soluções mais aderentes a nossa realidade. Deve ganhar
mais impulso com a compra do MySQL pela Sun.
http://www.vivaolinux.com.br/comunidade/MySQL/forum/
Oracle
O acesso à página de bancos de dados da Oracle traz desde pesquisas
de mercado até comparativos de preço com o DB2, da IBM, e o SQL,
da Microsoft. E ainda white papers e podcasts, com muito material em
inglês, e as capacidades técnicas de toda a linha de BDs da empresa.
http://www.oracle.com/global/br/database/index.html
Sybase
Todos os tipos de bancos de dados do fornecedor são detalhados. A
página conta ainda com informações de soluções adicionais ao BD.
Destaque para a possibilidade de comparar as versões com uma
navegação facilitada.
http://www.sybase.com.br/products/databasemanagement/
The Database Answers Community
Comunidade que aborda e possui componentes dedicados a diferentes
bancos de dados. Traz links para BDs gratuitos, tutoriais e melhores
práticas, com informações desde a melhor modelagem de dados, a
desenho de repositórios e melhoria de performance.
http://databaseanswers.ning.com/
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