Na cidade litorânea de São Paulo, Guarujá, o começo de 2010 foi marcado por uma grave epidemia de gastroenteriteaguda por clorifórmios fecais, que atingiu um número incomum de pessoas entre moradores e principalmente turistas. A mídia não veiculou notícia alguma sobre o incidente e nem o governo se pronunciou sobre o caso que na região está causando uma calamidade no sistema público de saúde. Os sintomas comuns que vem sendo apresentados são principalmente, diarréia, vômitos, dor de cabeça, cólicas abdominais e dor por todo corpo, podendo causar grave desidratação e em alguns casos levar ao óbito. Desde domingo 02/01 as farmácias da cidade demonstraram uma enorme falta de medicamentos, principalmente os indicados a tais sintomas: como Dramin B6, Plasil, Imosec, Floratil, Buscopan e seus respectivos genéricos. A entrevistada paulistana, Marta Perez, que estava passando os festejos de reveillon com a família, quando simplesmente 10 das 14 pessoas de seus parentes que, encontravam-se no mesmo local, vieram a manifestar graves sintomas da virose. “Percorri as farmácias da Av. Dom Pedro no bairro da Enseada, Av. Leonil e Av. Mario Ribeiro do bairro de Pitangueiras, e mais duas no bairro da Astúrias”, Marta Perez disse que percorreu 11 farmácias da região, inclusive algumas da mesma rede, e todas com os medicamentos mencionados em falta e, juntamente, como ela percebeu-se grande procura dos mesmos medicamentos por pessoas que apresentavam os mesmos graves sintomas da virose em todas elas. Cresce o número de pessoas contaminadas e, ao que parece, o tempo de vida de tal virose é de cerca de 15 dias no organismo e o número de infectados é cada vez maior pelo fato de ser contagioso entre humanos, como foi o caso de Nicolas Antoniassi de apenas 5 anos que contraiu o vírus, segundo os médicos, possivelmente de sua irmã Gabriela Antoniassi ou de sua mãe Luciana Sporteli Antoniassi, ambas contaminadas com o vírus após uma viajem a cidade de Guarujá. No bairro da Enseada é possível averiguar que uma enorme quantidade de esgoto está sendo escoada constantemente para o mar, o que não deveria ocorrer pois, ao que consta existem emissários submarinos suficientes disponíveis na ilha para suprir a descarga de esgoto. Como a mídia se omite perante o fato cabe aos moradores, turistas e interessados que se encontram na cidade que tenham cuidado para não ingerir ou manter contato com a água fornecida pelo sistema de saneamento público e também evitar banhos de mar, o vírus é de fácil contágio e muito nocivo a saúde. O problema maior não está na omissão do Estado perante a epidemia, vide, que o estado encontra-se em constante processo de deteriorização e a saúde pública é uma das maiores atingidas e isso não é novidade alguma e é bem proveitoso as grandes redes privadas de saúde. A atitude do Estado é o grande problema, não obstante em ser omissa ao fato ela é propositalmente a grande culpada, fornecendo água contaminada e contaminando o amor com esgoto, colocando em risco a vida de moradores e turistas. Thiago Perez Bernardes de Moraes