A importância da água

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A importância da água
Valther Maestro1
O uso dos rios e oceanos
Quando chove, a água vai para onde? Como se formam as nuvens? A água da
chuva pode mudar as paisagens do planeta? Será que o homem faz parte do ciclo
da água? Por quê?
Observe com atenção a foto abaixo
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Valther Maestro - Educador há 24 anos. Atua como: Palestrante da Editora FTD, Diretor de Criação e
Desenvolvimento de Projetos da Caminhos&Paisagens e Assessor Pedagógico do Colégio Dominus Vivendi.
Escreveu livros didáticos de Geografia para o ensino fundamental, para educação de Jovens e Adultos (EJA)
e paradidáticos, pelas Editoras FTD e Pueri Domuns Escolas Associadas. Coordena o Projeto Novo Olhar do
Colégio Dominus Vivendi, o Projeto Play Escola do Playcenter, o Projeto Caminho das Águas do Wet’n Wild, o
Projeto Natureza do Beto Carrero World e o Projeto Contextura do Colégio Marista Graças. Assessora: a
Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (CENPSEE) para a formação continuada dos professores responsáveis pelos projetos de educação ambiental e a
Província Marista do Rio Grande do Sul para as questões do Enem. Nos últimos anos palestra sobre: Os
Novos Paradigmas Educacionais, Avaliação na Escola Renovada, O Novo ENEM e Como Educar os Filhos no
Mundo Atual. Especialista em Questões Ambientais e Mestre em Geografia Humana, com o tema:
Modernização, Reestruturação e Qualidade de Vida. O Trabalho de Doutorado reflete sobre os Novos
Paradigmas Educacionais.
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Essas fotografias revelam uma triste realidade, um dos elementos
importantíssimos para a manutenção das formas de vida do planeta corre perigo.
Os rios estão poluídos e, por isso, que em alguns lugares a falta de água já é uma
realidade.
Você sabia que as pessoas são únicos seres vivos que conseguem contaminar as
águas a ponto de torná-las impróprias para o seu próprio uso? Não é incrível?
Como o homem pode abusar e até mesmo acabar com um dos elementos vitais à
sua sobrevivência? Por isso, vamos conhecer um pouco sobre os rios.
Como se formam os rios?
O Brasil é um
país com
grandes
recursos
hidrográficos.
Existe uma
relação direta
entre os rios
e o Relevo.
Os rios
nascem em
lugares mais
altos e
deslocam-se
para os
lugares mais
baixos até
encontrar um
outro rio ou o
mar/oceano.
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Legenda: O conjunto de terras banhadas por um rio e seus afluentes formam uma
bacia hidrográfica.
Observe o mapa e o croqui de uma bacia hidrigráfica. Veja que geralmente os rios
nascem em lugares altos, como planaltos e zonas montanhosas, podem nascer
também de lagos ou lagoas. Os rios nascem bem pequenos. São apenas um
fiozinho, ou melhor um filete que escorre de uma fonte ou olho-d’água. À medida
que avança, o filete aumenta de volume, com a água que recebe de diversas
origens: das chuvas, de lagos, do derretimento de neve, etc.
Alguns fatores naturais influem na hidrografia. O relevo por exemplo, ajuda a
modelar o curso dos rios. Descendo encosta abaixo, o pequeno rio junta-se a
outros e forma um rio com um volume de água cada vez maior. No seu caminho, o
jovem rio vai recebendo água de riachos, córregos e rios menores, que se tornam
seus afluentes. Depois de percorrer um grande trecho, o rio pode se tornar
importante e volumoso.
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Que caminhos tomam a água que chega à superfície da Terra?
Verifique a partir da ilustração o caminho percorrido pela água da chuva. Quando
ocorre uma precipitação, ou seja, o vapor de água passa para o estado líquido ou
sólido, essa água percorre inúmeros caminhos, como por exemplo:

Ela pode infiltrar-se na terra: ser absorvida pela raiz de uma planta e voltar à
atmosfera, depois de passar por caminhos interessantes no interior de uma
planta;
 Ela pode chegar a um reservatório subterrâneo e retornar à superfície através
de uma fonte;
 Ela também pode cair em uma grande cidade, toda asfaltada e provocar
enchentes;
 Essa chuva de água também pode ficar armazenada na superfície da Terra,
formando grandes geleiras.
 Também pode cair também em um reservatório ou em um rio que é utilizada
para abastecer uma cidade com água potável;
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 Pode escorrer pela superfície: poderia ser levada a um riacho, um córrego ou
um rio e daí, para o oceano ou o mar;
 Pode evaporar-se: poderia retornar à atmosfera e vagar para bem longe,
levada pelo vento;
 Pode também cair em uma área de produção agrícola.
A atmosfera transporta água sem parar, isso acontece por causa do ciclo da água
como já observamos. A atmosfera é formada por inúmeros gases e, normalmente
por 5% de vapor de água. Também sabemos que a água é fundamental para os
seres vivos e que sem a água doce, haveria um sério desequilíbrio na biosfera. Os
grandes reservatórios de água doce são formados pelas águas dos rios, lagos,
geleiras e pelas águas que se infiltram nos depósitos subterrâneos.
Os grandes rios do Brasil
As Principais Bacias:
Amazônica/ Tocantis
Platina / Paraná-Paraguai-Uruguai
São Francisco
0bserve, no mapa que o nosso país é cortado por grandes rios e assim podemos
dividir esse território em três grandes bacias hidrográficas:
- A Amazônica,
- Platina e
- do São Francisco
e, em três bacias secundárias, ou seja, de menor tamanho
- do Nordeste,
- do leste e
5
-
do Sudeste /Sul.
A Bacia Amazônica ocupa uma área enorme, correspondente a mais da metade
do território brasileiro. O rio Amazonas percorre a planície Amazônica de oeste
para leste. É o maior rio do mundo em extensão, com 7 075 Km, e em volume de
água. Isso ocorre porque as chuvas são abundantes nessa região e porque o
Amazonas recebe muitos afluentes, que vêm tanto do hemisfério norte quanto do
hemisfério sul. Alguns desses afluentes, como o Negro, o Tapajós e o Madeira,
estão classificados entre os rios mais extensos do mundo. A navegação aí
enfrenta poucos obstáculos.
A Bacia Platina ocupa parte das regiões do Sul e do Sudeste do Brasil. É formado
por três rios importantes – Paraná, Paraguai e Uruguai – e seus afluentes. A Bacia
Platina não está toda no Brasil. Estende-se também por outros países: Paraguai,
Uruguai, Argentina e Bolívia.
O Paraná é o maior rio da bacia Platina. Ele corre num planalto. Para descer o
planalto até a foz, o rio Paraná forma 27 quedas d’água. Essas quedas estão
sendo aproveitadas para produzir energia elétrica. No rio Paraná, na divisa de São
Paulo com o Mato Grosso do Sul, fica situado o conjunto hidrelétrico de
Urubupungá, um dos maiores do mundo. A bacia do Paraná sozinha possui cerca
de 50% do potencial hidráulico do Brasil.
Apesar de prejudicada pelos desníveis, a navegação é possível em determinados
trechos, isso ocorre por causa da construção de eclusas
Eclusas funcionam como degraus ou elevadores para navios: há
duas comportas separando os dois níveis do rio. Quando a
embarcação precisa subir o rio ela entra pela comporta da eclusa à
jusante e fica no reservatório (ou caldeira), que é, então, enchido
com água elevando a embarcação para que possa atingir o nível
mais alto, à montante. Quando a embarcação precisa descer o rio
ela entra pela comporta da eclusa a montante e permanece no
reservatório enquanto ele é esvaziado, descendo a embarcação até
o nível mais baixo do rio. As comportas abrem-se para a entrada
do navio. Observe que a água está ao mesmo nível do lado do
navio. Após a entrada, a câmara da eclusa será esvaziada e o navio
estará ao nível das águas da comporta ao fundo. Seu objetivo é,
portanto, permitir a navegação. Um dos processos de enchimento
do reservatório pode ser gravitacional, de modo que não é
necessário o uso bombas d'água e motores
O rio Paraguai nasce nas chapadas de Mato Grosso e segue para o Sul, entrando
em território paraguaio; daí a origem de seu nome. É um rio de planície, ótimo
para a navegação, pois seu leito não apresenta obstáculos.
O rio Uruguai nasce na Serra Geral, servindo de divisa entre os Estados de Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. Dirige-se da costa para o interior e depois segue na
direção sul, desaguando no rio da Prata. É um rio de planalto, algumas de suas
quedas são aproveitadas para produzir energia elétrica. Esse rio atravessa uma
região agropecuária muito rica. A navegação neste trecho é pouco explorada.
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A bacia do São Francisco localiza-se inteiramente em território brasileiro. O rio
São Francisco nasce na serra da Canastra, em Minas Gerais, e segue para o
Nordeste, passando pelos Estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Por
desempenhar um papel muito importante como via de penetração nessas áreas, é
chamado de rio da unidade nacional.
É um rio de planalto e, por isso, apresenta grande riqueza hidrelétrica. Nele se
localizam as importantes usinas de Três Marias, Sobradinho e Paulo Afonso.
Apesar de ser um rio de planalto, o São Francisco tem grandes trechos
navegáveis. Esse rio atravessa um bom trecho de região semi-árida com
pluviosidade pequena e irregular. Na época das secas, é um dos maiores rios do
sertão que correm normalmente, quando a maioria desaparece. Por isso, ele é
fundamental para a vida da região. Nas épocas de chuvas, ele fertiliza as áreas
ribeirinhas, isto é, as terras que ficam ao longo de suas margens, permitindo o
cultivo de grande variedade de produtos.
As bacias secundárias
Bacia do Nordeste. É formada por vários rios independentes uns dos outros e que
correm do interior, ou seja, do sertão para o litoral. No Nordeste a chuva é
irregular: existem áreas, como o litoral, onde chove bastante, enquanto no sertão
chove pouco. Assim, nas áreas mais úmidas os rios são perenes, isto é, nunca
secam, ao passo que nas áreas mais secas os rios temporários, isto é, ficam
cheios apenas durante o período chuvoso. São rios muito importantes para essa
região o Mearim e o Parnaíba.
Bacia do Leste. Situa-se entre a bacia do São Francisco e o oceano Atlântico. Ë
formada por vários rios independentes que nascem no planalto Oriental e se
encaminham para o mar. Os principais rios da bacia do Leste são: Jequitinhonha,
doce e Paraíba do Sul.
Bacia do Sudeste e do Sul. Situada entre o planalto Meridional e o oceano
Atlântico, essa bacia é formada por um conjunto de bacias hidrográficas
independentes. Os rios mais importantes dessa bacia são: Ribeira do Iguape,
Itajaí, Tubarão e Jacuí. Ao longo dos vales desses rios desenvolvem-se a
agricultura e a pecuária.
O uso da água pela sociedade humana
Os seres humanos utilizam esse recurso aproveitando tanto a água dos rios
quanto a água do mar. Atualmente, podemos observar que a água utilizada para o
consumo humano, apresenta altos índices de contaminação e por isso deve ser
tratada. As estações de tratamento de água são montadas para garantir o
abastecimento potável aos seres humanos . No entanto, o uso da água depende
da sua disponibilidade da região, do número de habitantes que vão se utilizar
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desse recurso, do tamanho dos centros urbanos e dos pólos industriais, da sua
utilização na agricultura, entre outras coisas. A utilização da água do mar para
abastecer as cidades não é viável economicamente devido ao seu alto custo de
tratamento. Pois além de realizar o tratamento deve ser feito o processo de
dessalinização, ou seja, a retirada do sal da água.
Não podemos esquecer que depois de utilizar á água ela volta para o seu ciclo,
mas caso esteja contaminada prejudicará todo o ciclo. Por exemplo, a água
consumida nas cidades, na maior parte das vezes, recebe um tratamento antes
de chegar à nossas casas. No entanto, depois que a usamos para lavar roupa,
cozinhar, tomar banho etc, ela volta pode voltar aos cursos dos rios ou ao mar,
caso não seja tratada novamente.
Infelizmente, na maioria das cidades o retorno da água para os rios e para o mar
ocorre sem tratamento, e é isso que esta errado. Atualmente, já foi desenvolvido
tecnologia suficiente tanto para tratar a água que será consumida, como também
para tratar o esgoto proveniente de nossas casas e os efluentes das indústrias.
A água é fundamental também para o desenvolvimento dos processos industriais,
e com o crescente desenvolvimento industrial, a quantidade necessária de água
para garantir o funcionamento das indústrias foi aumentando, com isso
provocando problemas como a escassez e poluição de água, na medida em que,
jogam dejetos e substâncias químicas nesses rios.
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O Funcionamento da ETE
A água é utilizada de diversas maneiras no dia-a-dia, para tomar banho, lavar louça, na descarga do vaso
sanitário. Depois de eliminada, ela passa a ser chamada de esgoto. A origem do esgoto poe ser, além de
doméstica, pluvial (água das chuvas) e industrial (água utilizada nos processos industriais). Se não receber
tratamento adequado, o esgoto pode causar enormes prejuízos à saúde pública por meio de transmissão de
doenças. Seja pelo contato direto ou através de ratos, baratas e moscas. Ele pode ainda poluir rios e fontes,
afetando os recursos hídricos e a vida vegetal e animal. Para evitar esses problemas, as autoridades
sanitárias instituíram padrões de qualidade de efluentes. Afinal, o planejamento de um sistema de esgoto tem
dois objetivos fundamentais: a saúde pública e a preservação ambiental.
Através da rede coletora pública, o esgoto sai das residências e chega à estação de tratamento, denominada
ETE. O sistema é longo, pois o esgoto é recolhido por ramais prediais e levado para bem longe, o que exige
a realização de grades obras subterrâneas ao longo das ruas.
Uma vez instalada a rede coletora e implantado o sistema de tratamento , é a vez de os usuários fazerem a
sua parte. É preciso que cada morador peça a ligação da sua residência à rede coletora para contribuir com
a saúde pública e a recuperação ambiental.
http://www.corsan.com.br/sistemas/trat_esg.htm
As enchentes
As chuvas não estão aumentando, elas continuam regulares dentro de um padrão
climático, mas existe um aumento das enchentes nas grandes cidades. A
constante ocupação de áreas de várzeas é um fator que contribui para o aumento
das enchentes. As águas dos rios, normalmente nas épocas de chuva
ultrapassam os seus limites, ou seja, ocupam essas áreas que localizam-se
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próximo as margens e não deveriam ser ocupadas. Quando construímos casas,
fábricas ou avenidas nessas áreas elas provavelmente sofrerão os efeitos das
enchentes no período das cheias.
Além deste fato, a crescente impermeabilização do solo urbano, é mais um dos
motivos que provocam um verdadeiro caos nos meses de alto índice
pluviométrico.
Índice pluviométrico
é uma medida em
milímetros,
resultado da
somatória da
quantidade da
precipitação de
água (chuva, neve,
granizo) num
determinado local
durante um dado
período de tempo.
O problema da água nos dias de hoje
O grande crescimento das cidades e a enorme concentração
populacional criaram uma enorme demanda de água. Calcula-se, por
exemplo, que a cidade de São Paulo consome aproximadamente 8
bilhões de litros de água por dia.
Simultaneamente a poluição industrial e doméstica destroem a
qualidade das águas dos rios para consumo e para manutenção da vida
aquática.
Um outro fator importante é que a capacidade de reservar água no
subsolo diminuiu por causa da impermeabilização do solo, que faz com
que a água não infiltre mais alimentando o lençol freático e chegue mais
rápido à calha dos rios, provocando enchentes.
Todos os anos, principalmente nas estações chuvosas, a mídia mostra
os danos e sofrimento de um número cada vez maior de pessoas, que
sofrem com as enchentes e deslizamentos de morros e barrancos. Isso
ocorre principalmente nas grandes cidades, principalmente nos estado
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do Rio de Janeiro, de Santa Catarina, de Minas Gerais, do Rio Grande
do Sul, da Bahia e de São Paulo.
São pessoas, industriais, comerciantes, prestadores de serviços que
perdem tudo. Mas, no entanto, a população carente é a que mais sofre,
pois perdem casa, móveis, instrumentos de trabalho, animais, parentes.
Essas são algumas razões que, somadas ao ciclo natural da água,
podem levar à escassez desse recurso.
Fonte consultada e adaptada do Encarte especial da AGB – Informa 61 pg. 11
Consumo e escassez de água
A quantidade de água adequada para o consumo humano é mais ou menos
constante. Mas o crescimento da população e o crescente desenvolvimento
industrial contribuíram para agudizar os problemas de escassez de água, porque
implicaram num aumento considerável do consumo.
O problema de abastecimento de água é um dos problemas mais sérios para o
próximo milênio. Esse problema agrava-se na medida em que a população e as
águas do planeta encontram-se distribuídas irregularmente.
A água está presente
mesmo antes do ser
humano nascer. É
curioso como vive
cerca de 42 semanas
em meio aquoso! E
continua a ser
fundamental por toda
a vida nas mais
diversas funções e
no funcionamento de
vários órgãos vitais
Um outro fator que agrava o problema da água é que o consumo e desigual, e
encontra-se vinculado as condições econômicas, sociais, a infra-estrutura de
abastecimento e aos aspectos culturais.
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A maneira como a humanidade vem desperdiçando ou poluindo a água poderá
provocar uma séria crise no mundo. O consumo aumenta cada vez mais e os
reservatórios naturais estão sendo cada vez mais degradados.
A agricultura irrigada, por exemplo, é responsável por cerca de 70% de água
retirada dos recursos naturais, os projetos para geração de energia utilizam uma
grande quantidade de água e ainda acabam provocando sérios problemas
ambientais.
Atualmente a necessidade de tratar a água para o consumo é de extrema
necessidade pois na grande maioria a água encontra-se poluída, uma vez que as
pessoas e toda atividade industrial são os grandes responsáveis pela poluição dos
rios, pois estes recebem praticamente todos os resíduos industriais e esgotos
domésticos.
Portanto grande parte dos rios possuem uma enorme concentração de poluentes,
impossibilitando o desenvolvimento de qualquer forma de vida, transformando-se
num verdadeiro esgoto a céu aberto.
Algumas atitudes podem garantir a preservação e conservação da água como, por
exemplo, controlar o consumo, evitar o desperdício e desenvolver alternativas de
recuperar a capacidade de preservação dos rios.
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A Escassez da Água
A Região Metropolitana de São Paulo, quarta maior concentração
urbana do mundo, encontra-se na Bacia do Alto Tietê que tem uma
disponibilidade hídrica de 200 m3/habitante/ano, o que representa 10%
do valor considerado crítico pela Organização das Nações Unidas.
Compare na tabela de disponibilidade hídrica por região:
Classificação
da ONU
Abundante
Correta
Pobre
Crítica
Disponibilidade
Hídrica
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m /habitante/ano
Maior que 20.000
Entre 2.500 e 20.000
Entre 1.500 e 2.500
Menor que 1.500
Região
Brasil – 35.000
Paraná – 12.600
São Paulo – 2.209
Pernambuco – 1.270
Texto: Falta de água pode ser motivo de guerra
A falta de água pode substituir o petróleo como pivô de eventuais guerras
entre os países. A conclusão foi divulgada no debate” Água para cidades
sedentes”.
Os especialistas prevêem uma crise da água, nos modelos da crise do
petróleo dos anos 70. Entre as cidades que sofrerão estão São Paulo e
Cidade do México.
Outras cidades que podem ter escassez de água: Cairo e Lagos, na
África; Dacca (Bangladesh), Pequim, Shangai (China), Bombaim, Calcutá
(Índia), Jacarta (Indonésia) e Karachi (Paquistão), na Ásia.
Nos Estados Unidos, a ameaça é Houston e Los Angeles. Na Europa,
Varsóvia (Polônia), Cardiff (Inglaterra) e Tel Aviv (Israel).
Os problemas são graves nas megacidades – com mais de 10 milhões e
habitantes. “Mais próximo do ano 2000, muitos países vão ter metade da
água que tinha em 75”, disse Arcort Ramachandran, ex- diretor executivo
de Habitat.
As causas da falta de água são: o crescimento da população, o
desperdício e a contaminação . Hoje, a água potável; é aproveitada
assim: 85% de destina à agricultura, 10% à indústria e só 5% ao uso
direto.
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Segundo dados da ONU, a metade da água potável, depois de ser
tratada, é mal usada ou desperdiçada. A perda se produz por
vazamentos nos canos, muito antigos, e por ligações ilegais.
Esse desperdício pode ser reduzido, como aconteceu em São Paulo, que
durante os últimos dez anos conseguiu baixar para metade as tais
perdas com melhoria na canalização.
Mas os especialistas advertiram que a contaminação poderia se
converter na principal causa do agravamento da carência de água nas
cidades, já que apenas 5% da água usada para a eliminação de resíduos
domésticos e da indústria recebem tratamento.
Segundo Saul Arlosoroff, presidente da Comissão para Reforma
Hidráulica de Israel, é necessário que os governos de países em
desenvolvimento invistam entre US$ 800 milhões de dólares nos
próximos dez anos.
Frank Hartuelt, representante do Programa da ONU para o
Desenvolvimento, acredita que essa perspectiva é pouco realista, já que
a ajuda dos países desenvolvidos, na maioria dos casos, chegaria a 10%
desse valor.
Folha de São Paulo. Das agências internacionais. 06/06/1996. Pg. 3
Os Mares e Oceanos: lugares muito importantes.
Você sabia que a vida no planeta Terra surgiu nos mares e oceanos? E que nos
mares e oceanos vivem as plantas que produzem a maior parte do oxigênio que
nos respiramos. Além disso, nessas áreas encontramos inúmeras formas de vida
que podem ser utilizadas para garantir a alimentação e a fabricação de vários
remédios..
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Ilustração: Mapa-mundi destacando os mares e oceanos
Legenda:
Oceano Pacífico
165.384.000 km2
Oceano Atlântico
82.217.000 Km2
Oceano Índico
73.481.000 Km2
Os oceanos são grandes massas de água líquida que envolvem os continentes.
Mares também são massas de água liquida, mas de menos extensão e menor
profundidade, ou seja, é a extensão e a profundidade de diferenciam os mares dos
oceanos.
Podemos observar que o fundo do mar não é plano. No fundo dos mares e dos
oceanos existem muitas formas diferenciadas, por exemplo, no oceano Índico
existe uma grande cordilheira submersa, no oceano Atlântico temos a Dorsal
Atlântica que também é uma cadeia montanhosa submersa. O ponto mais
profundo dos oceanos fica próximo ao Japão, no oceano Pacífico, chama-se fossa
das Marianas e apresenta 11.034 m de profundidade.
Desde dos tempos mais remotos a navegação marítima é muito importante. Nos
dias de hoje ela é responsável por uma parte muito grande da circulação dos
produtos industrializados, bem como das matérias-primas como por exemplo, o
petróleo, o minério de ferro, a bauxita, alimentos etc. Esses navios que
transportam esses produtos são de formas e tamanhos diferenciados, pois são
preparados especialmente para transportas grandes quantidades desses
produtos.
Além disso, existem navios pesqueiros, pois a pesca é uma das fontes de
alimentação. Os países que fazem fronteira com os mares e oceanos possuem
áreas de exclusividade, ou seja, nenhum navio de outro país pode pescar,
explorar riquezas ou navegar sem uma autorização previa. No caso do Brasil,
nossa área de exclusividade econômica é de 200 milhas, mas existem países que
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possuem uma menor parcela de área nos mares e oceanos, esse limite varia de
12 a 200 milhas. Além disso, existem áreas consideradas internacionais, que
podem ser usadas por todos os países.
Hoje, os espaços marítimos brasileiros atingem aproximadamente 3,5
milhões de km².
O Brasil está pleiteando, junto à Comissão de Limites da Plataforma
Continental (CLPC) da Convenção das Nações Unidas sobre o
Direito do Mar (CNUDM), a extensão dos limites de sua Plataforma
Continental, além das 200 milhas náuticas (370 km²), correspondente
a uma área de 963 mil km².
Após serem aceitas as recomendações da CLPC pelo Brasil, os
espaços marítimos brasileiros poderão atingir aproximadamente 4,5
milhões de km². Uma área maior do que a Amazônia verde.
Uma outra Amazônia em pleno mar, assim chamada, não por sua
localização geográfica, mas pelos seus incomensuráveis recursos
naturais e grandes dimensões.
Fonte:www.redeamazoniaazul.net.br/imagens/costa_brasileira
Apesar da sua importância, os seres humanos ainda não conseguiram estabelecer
uma relação equilibrada apesar do futuro da humanidade estar nesses
ecossistemas marinhos.
Algumas informações importantes sobre o ecossistema marinho:
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Cerca de 20% do suprimento de petróleo mundial vem do fundo do mar;
Cerca de 6 milhões de toneladas de sal são extraídas do mar a cada ano;
As ostras e os mexilhões são os moluscos mais importantes para a criação.
Eles são cultivados de vários modos em enormes jangadas, em lagos artificias,
em estacas, em cordas suspensas no mar em navios ostreiros;
A coletas de algas se tornam uma importante fonte de alimento. Elas são ricas
em vitaminas e sais minerais e crescem abundantemente em muitas áreas;
Das 5.ooo milhões de toneladas de krill presentes no mar ao redor da
Antártida, até 1oo milhões de toneladas poderão ser pescadas por ano. O Krill
já vem sendo pescado , e depois congelado ou transformado em pasta
Bilhões de toneladas de nódulos de manganês ricos em vários metais valiosas
são encontrados no fundo dos oceanos
Os recursos biológicos dos oceanos incluem os peixes “ao natural” e a criação
de peixes (maricultura). A criação de peixes é um grande negócio em muitas
partes do mundo. Os cientistas estão procurando novos e diferentes recursos
alimentares que poderão ser explorados no futuro.
Além disso tudo, existe a possibilidade de geração de energia elétrica através
do movimento das marés.
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