Atenção ao câncer de intestino

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6
8
Norte
pessoas
Nordeste
Centro-oeste
novos casos
Excluindo essa diferença entre os rankings
deles e delas, pode-se dizer que o câncer
colorretal é uma doença unissex. O próprio
INCA estima que no ano de 2014 surjam
16 novos casos da doença a cada 100 mil
homens, enquanto que para elas a conta é
de 17 casos em grupos de 100 mil mulheres.
Assim, não são as diferenças entre os sexos as
causas para a malformação celular que levará
ao câncer. Mas na idade sim.
38 vivasaúde
3º mais comum
primeiro
neles em
está próstata
e segundo
pulmão, soma
746 mil
novos casos
em 2012
2º mais incidente
nelas só atrás do
câncer de
mama, foram
614 mil
novos casos
em 2012
Uma doença
próxima
de todos
Como isso foi acontecer?
Para finalizar a lista de algozes do intestino
inclua tabagismo, álcool em excesso, sedentarismo, altos níveis de estresse e, em algumas
famílias, a genética. Se este é o seu caso, ou
seja, se algum parente próximo foi diagnosticado, a chance de você também ter a doença
aumenta em 20%. Mas lembre-se, não há razão para pânico: os outros 80% poderão estar
sob seu controle com mudanças de hábitos
que só farão bem à saúde intestinal.
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na Cidade do méxico a conVITE DA BAYER.
Atenção aos maiores de 50
Estimativas de órgãos mundiais que estudam a doença e calculam seus dados estatísticos apontam 54 anos como a idade média
em que o diagnóstico aparece. “Outra característica é o fato de a pessoa ter mantido durante toda a vida uma dieta pobre em fibras,
principalmente daquelas que vêm de frutas e
verduras, e rica em gorduras encontradas nas
carnes vermelhas gordas e nos alimentos embutidos como a linguiça, por exemplo”, descreve Jorge Sabbaga, oncologista clínico dos
hospitais Instituto do Câncer do Estado de
São Paulo (ICESP) e Sírio-Libanês (SP). Aliás,
este (mau) hábito alimentar faz com que o
número de pessoas afetadas pelo câncer colorretal seja muito maior em países e regiões
desenvolvidas, lugares em que a dieta é repleta de produtos com baixo teor nutritivo.
*RENATA ARMARS PARTICIPOU DO workshop oncology day
V
ocê ainda não sabe, mas personalidades do Brasil e do mundo, como a apresentadora Ana
Maria Braga, o jornalista Carlos
Nascimento, o papa João Paulo II e até mesmo a atriz norte-americana Audrey Hepburn
já tiveram algo em comum: todos receberam
o diagnóstico de câncer colorretal.
O nome da doença pode soar como algo
novo, mas revela um tipo de tumor comum,
aquele que afeta o intestino grosso (o chamado cólon) e o reto. Hoje ele já é o segundo tipo
de câncer que mais acomete as mulheres,
atrás apenas do de mama. Para os homens, só
estão à sua frente os tumores na próstata e no
pulmão, sendo o colorretal o terceiro da lista
atualizada pelo Instituto Nacional de Câncer
José Alencar Gomes da Silva (INCA-2012).
Ana Maria Braga Carlos Nascimento
para câncer
colorretal
Sudeste
é a idade
média em que
o diagnóstico
aparece
texto Renata Armas* ilustração Isa Santos
Comum
nas grandes
cidades,
a doença
está ligada
aos hábitos
alimentares
e ao estilo
de vida
12
15
32.600
23
25
Sul
20
22
o médico pode
remover os
chamados
pólipos
Tumores da
fase I, podem
ser retirados
também
a partir
dos
50 anos
procedimentos
endoscópicos e
colonoscopia
Duração:
de 15 a 30
minutos
Peridiocidade do
exame: a cada 5
anos após os 50
s
oreco
t
a
F ris
de
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Taxa de
sobrevida
média
5 anos
55%
nos países
desenvolvidos
40%
nos países em
desenvolvimento
74%
diagnóstico quando o
tumor está na etapa 1
6%
diagnóstico apenas na
etapa 4 da doença
Atenção aos sinais e investigue o quanto antes fator hereditário
Alterações
no evacuar
Sangue
nas fezes Gases Perda de peso Fadiga Cólicas
Prisão de ventre não é sinal comum de câncer colorretal
Papa João Paulo II Audrey Hepburn
14.016
MORTES
Como é o feito o diagnóstico
exames de rotina
detectam sangue
oculto nas fezes
2011
51%
Tumores que crescem no intestino são altamente curáveis quando
diagnosticados e tratados precocemente. O problema é que, por aqui,
o atraso em descobrir o problema eleva o risco de vítimas fatais
576.580
em
a cada 100 mil
Casos de câncer
estimados para 2014
49%
Atenção ao câncer
de intestino
4
5
NOVOS CASOS DE câncer
colorretal no Brasil
20% dos
pacientes
têm parente
em 1° grau que
tiveram a doença
vivasaúde 39
Atenção ao câncer de intestino
Onde é mais comum o tumor aparecer?
os quatro estágios que classificam a enfermidade
Quanto antes o diagnóstico é feito, maiores são as chances de cura do câncer. Mas ainda 1 em cada 4 pacientes
sabe que está com a doença apenas quando o tumor já se estendeu para outras áreas do corpo, na chamada
metástase. As quatro etapas da evolução do tumor corresponderão ao grau de profundidade da lesão. Assim:
Embora o nome ainda seja pouco conhecido, o câncer colorretal é a designação dada aos tumores que se formam no
intestino grosso (o chamado cólon) e no reto. A principal função do intestino é absorver a água que ingerimos. Mas quando
suas células começam a se multiplicar e a crescer desordenadamente na parede do cólon ou do reto tem origem o câncer
23,2%
O tumor é
ainda pequeno
e está localizado
dentro do cólon,
sem atingir a outra
parede do órgão.
1
ascendente
or
tum
3,2%
transverso
18,3%
sigmoide
O exame do
cólon é o mais
importante
para o
diagnóstico,
mas faltam
vagas na rede
pública. Pode-se esperar até
seis meses por
uma data
40 vivasaúde
reto
sintomas diferentes
Todos esses fatores influenciam na formação do tumor, mas “o câncer é uma doença
multifatorial, sendo assim, não é possível
atribuir uma única causa para seu desenvolvimento”, fala Consuelo Diaz Romero,
oncologista clínica na Unidade Funcional de
Tumores Digestivo do Instituto Nacional de
Cancerologia da Cidade do México.
Para chegar ao diagnóstico
A doença demora décadas para evoluir
de um pólipo (um crescimento anormal
de tecido que surge na parede interna do
intestino grosso) até um tumor, mas esse
tempo não é usado a favor de um diagnóstico precoce. “Para prevenir, poderíamos
indicar a realização do exame de colonoscopia a partir dos 50 anos de idade, sendo
repetido a cada cinco anos”, recomenda o
oncologista Sabbaga.
metástase
O câncer se
espalhou e atingiu
os linfonodos, fazendo que
o sistema linfático seja
acionado enviando células
de defesas (linfócitos) para
combater o agente agressor.
3
atingidos
No último estágio,
além dos linfonodos,
os vasos sanguíneos são
atingidos. Com isso, as
células se espalham por
todo o corpo na reação
conhecida como metástase.
4
Pulmão, fígado e o
revestimento do estômago
Já pacientes com tumor
no lado esquerdo relatam
obstrução intestinal, cólicas
intestinais, sangramento
e diminuição do
diâmetro das fezes.
lado esquerdo do intestino grosso
Só o nome do exame afasta muitos pacientes do consultório. Gustavo Andrade de
Paulo é endoscopista e diretor da Sociedade
Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED)
e afirma que aqueles que se submetem ao
procedimento não têm dor nenhuma. “O paciente é sedado e dorme durante todo o processo, que dura entre 15 e 30 minutos”.
E o que acontece durante esse tempo? Em
uma breve descrição, o médico introduz um
aparelho chamado colonoscópio no ânus do
paciente. O aparelho é flexível e possui uma
câmera na ponta para fazer imagens do reto,
cólon e uma parte do intestino delgado. Se
nesse caminho encontrar um pólipo, ou até
mesmo um pequeno tumor, de até 1 cm, ali
mesmo o aparelho pode cortá-lo, cauterizar o
tecido e retirar o “invasor”. “Por isso esse exame é o mais importante meio de diagnóstico
para o câncer colorretal”, explica De Paulo.
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etapa 1
etapa 2
Trate o problema
Informação sobre Mortalidade); Gastroenterology, 2010; Instituto Nacional de Câncer (INCA);
lado direto do intestino grosso
45,8%
descendente
Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC, órgão da Organização Mundial da Saúde); DATASUS / SIM (Sistema de
Aqueles com o cólon
direito afetado sofrem
com anemia, sentem uma
massa palpável na região,
têm dores abdominais,
fadiga e perda de peso.
8,1%
Fontes: Abelardo Meneses Garcia, diretor-geral do Instituto Nacional de Cancerologia, no México; Agência
pos
póli
Nessa fase, o tumor já
pode atingir regiões
mais profundas da parede do
cólon ou do reto, envolvendo
outros tecidos, mas ainda não
se espalhou para os gânglios
linfáticos (ou linfonodos).
2
etapa 3
etapa 4
O tempo de evolução da doença é de seis
meses. E a primeira opção de tratamento
é a cirurgia. “Nela, o tumor é retirado por
completo e após o procedimento o paciente
deve fazer sessões de quimioterapia adjuvantes”, comenta Sabbaga. Nesses casos é
possível até usar a palavra cura para a doença. Mas, para ser eficaz, o diagnóstico
deve acontecer em tumores de classes 1 e 2,
aqueles que ainda não atingiram o sistema
linfático e a corrente sanguínea.
No entanto, o mais comum hoje é o diagnóstico chegar durante as etapas 3 e 4 do tumor, quando a cirurgia já não é mais uma opção, e as metástases ocorrem. Metástase, aliás,
é o nome dado aos tumores que se formam
em outros locais do corpo, diferentes daquele
que originou o câncer. No caso do colorretal,
órgãos como pulmão e fígado serão afetados.
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50 e 60%
Uma terapia no alvo
Em pacientes com tumores resistentes, ou
seja, que não respondem bem ao tratamento
cirúrgico e quimioterápico, uma nova classe
terapêutica tem apresentado resultados significativos. É o caso de regorafenibe, um fármaco molecular que acerta em cheio o alvo,
fazendo com que os tumores se estabilizem,
parem de crescer, garantindo assim mais
meses de vida para o paciente.
Um estudo denominado CORRECT, já na
fase em que os cientistas confirmam a eficácia terapêutica de um novo medicamento,
demonstra o aumento na sobrevida dos pacientes com câncer colorretal metastático,
que antes não tinham opção de tratamento.
Esse grupo soma 11% do total de pacientes
que descobriram a doença. Saber que eles
agora têm mais uma arma contra o câncer é
uma ótima notícia nesta luta pela vida.
dos pacientes
diagnosticados
chegam à fase 4
Metástase,
é o nome dado
aos tumores
que se formam
em outros
locais do
corpo,
diferentes
daquele que
originou
o câncer
vivasaúde 41
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