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MINISTÉRIO DE
MINAS E ENERGIA
MICAS
Descrição: Este documento contém informações sobre as principais características físicas e químicas desse
grupo de minerais, suas aplicabilidades e formas de ocorrência.
Palavras-chave: composição química, propriedades óticas, cor, dureza, clivagem, densidade, cor, brilho,
diversidades mineralógicas, usos, ocorrências.
1.
FAMÍLIA /GRUPO: Família dos Filossilicatos; Grupo das Micas
2.
FÓRMULA QUÍMICA: fórmula da Moscovita - KAl2(AlSi3O10)(OH)2; fórmula da biotita – K(Mg,
Fe)3(AlSi3O10)(OH)2
3.
COMPOSIÇÃO: Moscovita: essencialmente é um silicato de potássio, alumínio, hidratado.
Freqüentemente contém pequenas quantidades de ferro férrico e ferroso, magnésio, cálcio, sódio, lítio,
flúor, e titânio. Biotita é um silicato de potássio, magnésio-ferro-aluminio, hidratado.
4.
CRISTALOGRAFIA: Moscovita e biotita cristalizam-se no sistema monoclínico, classe prismática.
5.
PROPRIEDADES ÓPTICAS: Biaxial
6.
HÁBITO: placoso, laminado, foliado
7.
CLIVAGEM: pinacóide basal perfeita {001}.
8.
DUREZA: Moscovita apresenta dureza 2 a 2,5. A biotita apresenta dureza 2,5 a 3.
9.
DENSIDADE: Moscovita apresenta densidade 2,76 a 3,1. A biotita apresenta densidade 2,8 a 3,2.
10. FRATURA: Não se observa fraturas, devido a sua clivagem perfeita resultando folhas bem finas que são
bastante flexíveis e elásticas.
11. BRILHO: Na moscovita o brilho é vítreo a sedoso ou nacarado, na biotita é reluzente.
12. DIAFANEIDADE E COR: Moscovita – transparente, incolor em folhas delgadas, em blocos espessos
translúcida, com matizes claros do amarelo, castanho, verde e vermelho. Biotita – usualmente verdeescuro, castanho a preto. Mais raramente amarelo-claro. As folhas delgadas tem cor enfumaçada..
13. TRAÇO: branco
14. VARIAÇÕES: As principais espécies de micas são a moscovita e a biotita. Como variações existem a
flogopita, lepidolita, vermiculita, glauconita e outras.
15. PROPRIEDADES DIAGNÓSTICAS: Moscovita – caracterizada pela sua clivagem extremamente perfeita
e por sua cor clara. Distingue-se da flogopita por não ser decomposta pelo ácido sulfúrico, e da lepidolita
por não dá cor rubra. Biotita – caracterizada por sua clivagem micácea e cor escura.
16. CONSIDERAÇÕES GERAIS: Nome – a palavra mica derivou do latim, micare (brilhar). A moscovita
recebeu esta denominação por causa do nome popular do mineral, a saber, vidro da Moscóvia, pois era
usado como vidro na antiga Rússia (Moscóvia). A biotita ganhou esse nome em homenagem ao físico
francês J. B. Biot. A vermiculita forma uma alteração da biotita. A estrutura é constituída de folhas de
mica interestratificadas com moléculas de água. Quando aquecida, perde água e expande-se dando
origem a formas semelhantes a vermes. A vermiculita, na forma dilatada, é usada extensamente no
isolamento do calor e do som. Explora-se a vermiculita em Libby, no Estado de Montana, e em Macon, no
da Carolina do Norte, ambos nos Estados Unidos. A glauconita é encontrada como pequenas esferas
verdes nos depósitos sedimentares, assemelha-se em composição à biotita.
Referências:
DANA, J. D. (1978). Manual de Mineralogia, 1ª edição. 5ª revisão. Rio de Janeiro.
http://br.geocities.com/geologo98/micas.html;
www.wikipedia.com.br
www.rc.unesp.br/museudpm
MINISTÉRIO DE
MINAS E ENERGIA
APLICAÇÕES
As micas são classificadas comercialmente sob os seguintes aspectos: a) micas que exibem inclusões
visíveis, b) micas com imperfeições de estrutura, c) potencialidade da mica poder ser cortada segundo
padrões retangulares.
A mica é comercializada na sua forma mais primária sob a forma de folhas (sheets), que terão suas
cotações de preço de acordo com suas dimensões e/defeitos (que prejudiquem seu corte ou
perfuração). As folhas de mica são classificadas como bloco (block), filme ou película (film) e lâmina
(splitting).
A classificação padrão considera que são blocos as micas cujas folhas tem espessura mínima de 0,18
mm e área mínima de 6,45 cm2. No caso específico do filme, a espessura ideal é de 0,03 mm a 0,10
mm e no tipo lâmina (splitting), a espessura mínima é de 0,03 mm e a área é de 4,84 cm2 (LUZ, et al.
2003).
A maior utilização de blocos de mica é nos tubos a vácuo, onde a mica isola e suporta os elementos do
tubo.
A mica na forma de filme é usada como dieletros em capacitores, aumentando sua durabilidade.
O maior consumo de lâminas de mica (splitting) é para a produção de folhas de mica, das quais se faz
fitas isolantes, chapas de modelagem, chapas para aquecedores, chapas flexíveis e placas
segmentadas, estas últimas utilizadas em motores e geradores. Nestes últimos casos, a flogopita é
usada preferencialmente à muscovita em virtude de sua maior adaptação às peças de cobre destes
equipamentos.
Embora a mica não seja boa condutora de calor, só é utilizada como isolante térmico quando dividida
em palhetas finas e soltas.
A mica é um bom isolante e um bom dielétrico, sua maior aplicação em nossa época decorre de baixa
condutibilidade elétrica. Nas vantagens da mica como isolante elétrico, inclui-se também sua alta
resistência à punctura, pois não é afetada nas temperaturas alcançadas pelos instrumentos elétricos.
Em função de suas propriedades isolantes, térmicas e elétricas, além se sua capacidade de ser cortada
a mica, tanto na forma de simples pedaços ou composta de folhas preparadas a partir de fragmentos,
é usada principalmente na indústria eletroeletrônica.
A transparência, flexibilidade e resistência das micas a ataques químicos são propriedades que
credenciam este bem mineral a ser usado como medidor ou estabilizador em vários equipamentos,
tais como equipamentos de oxigênio, tubos de vidro de alta pressão, dial de bússolas de navegação,
filtros óticos, reguladores térmicos, aquecedores de vidros.
A mica moída é aplicada na produção de tintas e nas indústrias de materiais de transportes, eletrodos,
cerâmica e na perfuração de poços de petróleo. A mica moída a seco é inerte, flexível e não é
abrasiva, além de apresentar grau de brancura de 75%. Devido a essas características, esse produto
de mica é muito utilizado em tintas, papel, borracha e plástico (LUZ, et al. 2003).
Os fragmentos ou pó de mica, após lavagem e apuração de seu teor podem ser transformados em
folhas de mica, que é o processo inicial para a obtenção de uma série de produtos através da adição
de resinas e prensamento das folhas. Os fragmentos, através de um processo de moagem e
peneiramento, são utilizados como adensador e estabilizador na indústria de tintas, como material que
aumenta a resistência e flexibilidade de cimentos à base de gesso e, como aditivos em lamas de
perfurarão, em moldes para pneus, na indústria plástica e de decorações. O pó de mica é considerado
um bom isolante térmico para uso em temperaturas moderadas.
Referências:
DANA, J. D. (1978). Manual de Mineralogia, 1ª edição. 5ª revisão. Rio de Janeiro.
LUZ, A. B.; LINS, F. A. F.; PIQUET, B.; COSTA, M. J.; COELHO, M. J. (2003) Pegmatitos do Nordeste: Diagnóstico sobre o
Aproveitamento Racional e Integrado - Série Rochas e Minerais Industriais, nº 9. CETEM/MCT, Rio de Janeiro, RJ, p72-73..
http://br.geocitied.com/geologo98/micas.html
http://www.wikipedia.com.br
http://www.rc.unesp.br/museudpm
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MINAS E ENERGIA
OCORRÊNCIAS
Alpes, Irlanda, Inglaterra, Noruega, Suécia, Índia, Estados Unidos
montanhosas), Madagascar, Finlândia, Canadá, Montes Urais, Ilha de Elba.
(Apalaches
e
regiões
DESCRIÇÃO DAS OCORRÊNCIAS
A moscovita é um mineral formador de rocha muito comum. Característica de rochas ígneas
profundas como granitos e sienitos. Especialmente em diques pegmatíticos e achados revestindo
cavidades em granitos, onde foram formados pela ação de soluções mineralizadas durantes os
estágios finais da formação de rochas. Também é comum em rochas metamórficas, como gnaisses e
xistos, sendo o constituinte principal de alguns micaxistos. Ocorre em algumas rochas xistosas na
forma de agregados fibrosos de pequena escala, apresentando brilho sedoso, mas que não mostra
claramente a verdadeira natureza desse mineral. Essa variedade é conhecida como sericita, sendo
produto de alteração de feldspatos. A moscovita também se origina da alteração de vários outros
minerais, como topázio, cianita, espodumênio, andaluzita, escapolita. Nos pegmatitos graníticos, a
moscovita ocorre associada com quartzo e feldspato, com turmalina, berilo, granada, apatita e
fluorita. Encontrada, muitas vezes, nestes veios em cristais grandes, chamados livros, que em
algumas localidades são de largura considerável. A biotita é um mineral formador de rocha importante
e largamente distribuído. Ocorre nas rochas ígneas, especialmente naquelas em que o feldspato é
encontrado em predominância, tais como o granito e o sienito, mas ocorre em maior variedade de
rochas que a moscovita. Em alguns casos, é encontrada em grandes folhas nos diques pegmatíticos.
Encontrada também, em muitas lavas félsicas e pórfiros. Menos comuns nas rochas ferromagnesianas. Também está presente em alguns gnaisses e xistos, muitas vezes, associadas com a
moscovita.
Referências:
DANA, J. D. (1978). Manual de Mineralogia, 1ª edição. 5ª revisão. Rio de Janeiro.
http://br.geocities.com/geologo98/micas.html;
www.wikipedia.com.br
www.rc.unesp.br/museudpm
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