TERAPIA OCUPACIONAL NA REABILITAÇÃO CARDÍACA: Intervenção na Insuficiência Cardíaca Congestiva - classe de funcionalidade III e IV. Ana Paula Silva Vasconcelos Heloisa Camargo Said Léslie Ritz de Oliveira Paula Sandes Leite Marques Lins - Sp 2009 1 TERAPIA OCUPACIONAL NA REABILITAÇÃO CARDÍACA: Intervenção na Insuficiência Cardíaca Congestiva - classe de funcionalidade III e IV. RESUMO O presente artigo aborda a atuação da terapia ocupacional na reabilitação cardíaca intervindo na insuficiência cardíaca congestiva, classe de funcionalidade III e IV. A insuficiência cardíaca congestiva é caracterizada por anormalidades da função ventricular que acarreta ao paciente intolerância ao esforço, fadiga, fraqueza muscular entre outros, o que gera um grande impacto na vida dos pacientes pela restrição de suas atividades cotidianas. O terapeuta ocupacional vem oferecendo importante contribuição nesta área através da aplicação de atividades dirigidas as necessidades especificas do paciente primando pela independência na execução de suas atividades da vida diária e instrumental, utilizando-se de técnicas e conservação de energia e de adaptações para que possa reassumir a execução das atividades que lhe satisfaz. O interesse neste assunto surgiu devido à escassez de trabalhos publicados na área de reabilitação cardíaca, e da necessidade de ampliar os conhecimentos e divulgar a intervenção realizada pela terapia ocupacional nesta área. PALAVRAS-CHAVE: insuficiência cardíaca congestiva. reabilitação cardíaca. Terapia Ocupacional 2 INTRODUÇÃO Nos Estados Unidos as doenças cardiovasculares são a principal causa de admissão nos hospitais. “As doenças do aparelho circulatório são a maior causa de mortalidade no Brasil, sendo responsáveis por 31,5% dos óbitos, especialmente nas faixas etárias a partir dos 50 anos de idade” (CORDEIRO, 2007, p.502). O aparelho cardiovascular é o responsável pela distribuição do oxigênio e nutrientes a todos os órgãos do corpo, e qualquer ameaça ou distúrbio instalado que tenha impacto em sua eficiência pode se manifestar na forma de fadiga muscular, dispnéia ou angina no peito, causando disfunções ocupacionais, uma vez que constituem ameaça à disponibilidade de energia para execução de atividades que exijam esforço físico. “Um estudo finlandês apontou as doenças cardiovasculares como importantes determinantes de incapacidades e limitações nas atividades, na faixa etária de 65 a 74 anos, constituindo-se em crescente sobrecarga social e de saúde comunitária.” (CORDEIRO, 2007, p.502). O terapeuta ocupacional é de importância incalculável para o paciente com moléstia do coração. O terapeuta ocupacional avalia e analisa as atividades da vida diária do paciente. Poderá, a seguir, assistir o paciente na modificação dessas atividades, se preciso de forma que possa reassumir aquelas que previamente lhe satisfaziam. Aqueles que passaram por modificações do estilo de vida e moléstias que a ameaçaram, também se beneficiam com a intervenção para auxiliá-los na adaptação psicossocial de sua nova situação. (HUNTLEY, 2005). É extremamente importante que o terapeuta ocupacional tenha compreensão da função normal do sistema cardiovascular, da patologia, dos fatores comuns de risco, das precauções e das técnicas padrão de tratamento para que possa oferecer um cuidado eficaz e promova a recuperação das funções em pessoas com o sistema cardiovascular comprometido. A moléstia escolhida para a pesquisa é a insuficiência cardíaca congestiva (ICC), que descreve a incapacidade do coração em funcionar eficientemente como uma bomba, o músculo se distende além de sua capacidade de contração eficiente. O quadro clínico da patologia estudada apresenta-se por respiração curta, fadiga, possivelmente aumento de peso, e uma tosse seca e espasmódica. 3 A terapia ocupacional pode guiar as pessoas com ICC aguda na direção de um nível ótimo de função através de tarefas graduadas de cuidados pessoais. Alguns indivíduos acabam por eliminar totalmente sua tendência a desenvolver ICC, ao passo que outras desenvolvem grave insuficiência cardíaca. (EARLY; PEDRETTI, 2005, p.1020) O terapeuta ocupacional poderá avaliar, analisar e assistir o pacientes nas modificações de suas atividades da vida diária, sempre dando suporte quando necessário, principalmente quando houver necessidade de adaptações em utensílios e/ou mobiliário do cotidiano. O estudo se fundamenta em demonstrar a importância da Terapia Ocupacional na reabilitação de pacientes com ICC da classe de funcionalidade III e IV. DESENVOLVIMENTO Insuficiência cardíaca congestiva A insuficiência do coração, ou insuficiência cardíaca, é o estado fisiopatológico no qual o coração é incapaz de bombear o sangue equivalente às necessidades metabólicas dos tecidos ou pode fazê-los apenas com elevada pressão de enchimento. Essa incapacidade de bombeamento pode ser devido a um enchimento cardíaco insuficiente ou deficiente e/ou contração e esvaziamento prejudicados. (BRAUNWALD; COLUCCI; GIVERTZ, 2003) A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) representa uma síndrome clínica caracterizada por anormalidades da função ventricular esquerda e regulação neuro-hormonal, que são acompanhadas pela intolerância ao esforço, retenção de fluidos e redução da longevidade. (BRAUNWALD; COLUCCI; GIVERTZ apud PACKER, 2003, p.542). A insuficiência cardíaca congestiva é considerada como uma das prioridades entre as enfermidades crônicas que necessitam de estratégia especial de prevenção primaria e tratamento em todo o mundo. É uma condição clínica associada a piora 4 da capacidade funcional, diminuição da qualidade de vida e aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes. (FABRI; MANSUR; RAMOS apud Organização mundial da saúde, 2009). As causas para ICC são divididas em três categorias: causas de base; causas fundamentais; causas precipitantes. As causas de base são aquelas que compreendem as anormalidades estruturais que afetam vasos, músculo cardíaco ou valvas cardíacas, podendo ser essas congênitas ou adquiridas. As causas fundamentais são aquelas que compreendem os mecanismos bioquímicos e fisiológicos de sobrecarga hemodinâmica ou redução do aporte de oxigênio que comprometerão a contração miocárdica. As causas precipitantes são aquelas que compreendem as causas específicas ou incidentes que precipitam a insuficiência cardíaca em 50 a 90% dos episódios clínicos desta. (BRAUNWALD; COLUCCI; GIVERTZ, 2003). A “New York Heart Association” (NYHA) desenvolveu uma classificação para pacientes com doença cardíaca baseada na relação entre os sintomas e a quantidade de esforço necessário para provocá-los (classe funcional). Esta classificação é bastante útil para comparações de grupos de pacientes, e até do mesmo paciente em diferentes épocas. São divididas em quatro classes: Classe I – Sem limitações: as atividades físicas normais não provocam fadiga excessiva, dispnéia ou palpitação; Classe II – Limitação leve da atividade física: assintomático em repouso, fadiga, palpitação, dispnéia ou angina em atividades físicas normais; Classe III – Limitação acentuada da atividade física: ainda assintomática em repouso, mas com sintomas presentes em atividades mais leves que as habituais; Classe IV – Incapacidade de realizar qualquer atividade física sem desconforto: os sintomas estão presentes mesmo em repouso, e qualquer atividade aumenta o desconforto. (FABRI; MANSUR; RAMOS, 2009). As manifestações clínicas da ICC variam muito e dependem da vários fatores como, idade, extensão e freqüência na qual o desempenho cardíaco torna-se comprometido, e do ventrículo inicialmente envolvido no processo da doença. Os sinais e sintomas mais comuns em pacientes com ICC são falta de ar, exaustão e edema de extremidade inferior. O desconforto respiratório pode estar presente em diferentes gravidades, como: dispnéia ao esforço, ortopnéia quando a pessoa só consegue respirar na posição em pé, dispnéia paroxística noturna caracterizada por uma falta de ar repentina à noite, dispnéia em repouso, edema pulmonar agudo, 5 tosse não-produtiva e tosse noturna. Nota-se também uma redução na capacidade para o exercício, fadiga e fraqueza muscular, noctúria visto como um aumento da urina durante a noite, oligúria que é a redução de urina, taquicardia, e alguns sintomas cerebrais devido à hipóxia cerebral como confusão, déficit de memória, ansiedade, irritabilidade, agitação, confusão, cefaléia, pesadelos, insônia. (BRAUNWALD; COLUCCI; GIVERTZ, 2003; GOODMAN; SNYDER, 2002) Tratamento médico Os objetivos do tratamento da ICC devem ser: aliviar os sintomas, melhorar a capacidade funcional e a qualidade de vida, reduzir o número de hospitalizações e aumentar a sobrevida. O médico introduz o tratamento farmacológico que julgar de maior eficácia para se alcançar a reversão da dilatação ventricular, o aumento da fração de ejeção e redução dos níveis de BNP. É importante que o paciente se conscientize que a ingestão de álcool diminui a contratilidade ventricular, piorando seu quadro, e que um programa de reabilitação supervisionada pode ser útil caso apresente dispnéia a pequenos esforços ou angina miocárdica. Existe também o tratamento não-farmacológico que visa à educação do paciente e modificação de estilo de vida abordando a dieta nutricional, prática de exercícios. (LIBERMAN, 2006) Reabilitação cardíaca A reabilitação do cardiopata compreende a soma das atividades necessárias para exercer uma influência cardíaca sobre a causa primaria da doença, além de criar melhores condições possíveis, tanto físicas como mentais e sociais, para que o paciente possa, graças ao seu próprio esforço, manter ou, se a perdeu, reconquistar a sua função tanto quanto possível normal, na comunidade. A reabilitação não pode ser considerada como forma isolada de tratamento; ela precisa ser integrada no 6 tratamento como um todo, do qual representa apenas um aspecto. (COATS et. al. apud Organização Mundial da Saúde, 1997) O papel da terapia ocupacional na reabilitação cardíaca O Terapeuta Ocupacional ao atuar na área cardiovascular, seja em ambiente hospitalar, ambulatorial, domiciliar ou comunitário, independente do diagnostico, necessita levar em consideração os parâmetros clínicos que interferem na morbidade e na mortalidade para realizar sua intervenção. Dentro desses parâmetros destacam-se, as seqüelas já instaladas no sistema cardiovascular e seu impacto funcional, fatores de risco controláveis e não controláveis, o prognostico do paciente e que ações estão planejadas a curto, médio e longo prazo, a freqüência cardíaca máxima e pressão arterial mínima durante os esforços e a realização de atividades e a presença de depressão e ansiedade. O Terapeuta Ocupacional quando planeja tratar as disfunções ocupacionais relacionadas com as afecções cardiovascular que implicam na instalação de deficiência, incapacidade e desvantagem sociais, deve seguir o modelo da Organização Mundial da Saúde (OMS), que visa estrutura e funções corporais, atividades e participação social. Para traçar seu plano de tratamento o terapeuta em conjunto com a equipe de saúde deve considerações os aspectos orgânicos, psicológicos e sócio familiares do paciente. (CORDEIRO, 2007) A função do terapeuta ocupacional na reabilitação cardíaca é aconselhar e educar os pacientes na execução das atividades diária- auto-cuidado, produtivas e lazer. A atividade tem que ser dirigida de forma dinâmica visando o contexto geral e não somente uma técnica para tratar uma doença, mas sim um meio para abordar uma pessoa com dificuldade de funcionar no mundo das relações. E o tratamento inclui avaliar a capacidade do paciente em executar atividades normais, simplificar tarefas e guiar o paciente para retornar as atividades do cotidiano, prescrever equipamentos adaptados, educar o paciente quanto à tolerância a mudança de vida e ao retorno no trabalho, e administração do stress. (CORDEIRO, 1989) 7 As atividades terapêuticas podem ser utilizadas para auxiliar os pacientes a se avaliarem em suas limitações e ajudá-los a experimentar uma nova e mais saudável atitude diante da vida, porque elas simulam suas atividades diárias. (CORDEIRO, 1989, p. 03). Fases da reabilitação Fase I: Reabilitação Cardíaca do Internado. Os objetivos da reabilitação cardíaca são preparar o paciente para voltar a suas atividades cotidianas normais, evitar a perda de massa muscular durante o repouso no leito, monitorar e acessar a capacidade do paciente para funções instruílo nas atividades domésticas, ensinar-lhe sobre os fatores de risco individuais e métodos para diminuí-los. O terapeuta ocupacional deve iniciar o trabalho de reabilitação cardíaca com uma entrevista do paciente a respeito de seu estilo de vida e avaliando a resposta cardiovascular aos exercícios. Devem ser anotadas as medidas físicas de batimentos cardíacos, pressão sanguínea, resposta ao eletrocardiograma e sintomas. (GRAVES; POLLOCK; WELSCH, 2003; HUNTLEY, 2005). O terapeuta trata cada paciente ao menos uma vez, usualmente, duas vezes ao dia e logo que seu estado médico tenha se estabilizado, no geral, dentro de 24 a 48 horas após a admissão. Nesta fase o plano de alta começa precocemente por causa da curta estadia no hospital. O terapeuta ocupacional cardíaca oferece informações a respeito do nível funcional físico e também recomenda outras terapias e oferece estímulos sobre a necessidade de cuidados de saúde no domicílio. Existe também programas no lar, que são programas individuais e são orientados sobre atividades e exercícios, simplificação e ritmo do trabalho, precauções com a temperatura, atividade social, sexualidade, sinais e sintomas de intolerância ao exercício, e/ou discussão sobre fatores de risco. A informação deverá ser pertinente ao estimulo de vida do paciente, incluindo as atividades favoritas, trabalho e passatempo. (HUNTLEY, 2005). 8 Fase II: Reabilitação do Paciente Cardíaco com Alta. Os pacientes no geral iniciam esta fase de 1 a 2 semanas após a alta hospitalar através de programa de exercício monitorado pelo ECG e educação para prevenção secundária da doença cardíaca. Tem como objetivo: controle médico contínuo e avaliação da resposta cardiovascular do indivíduo ao exercício; limitação fisiológica e psíquica dos efeitos da doença do coração; estabilizar ou reverter o progresso da aterosclerose; maximizar o estado vocacional e psicossocial; diminuir fatores de risco cardiovascular e preparar o paciente para atividade profissional. O terapeuta tem de levantar um histórico minucioso para determinar o risco de estratificação baseado no débito cardíaco do paciente, curso hospitalar, batimentos cardíacos e pressão arterial, sintomas e modificações possíveis do ECG com exercício. O terapeuta poderia determinar 50 a 85% do valor dos batimentos cardíacos ajustados para a idade, se o paciente está ingerindo beta bloqueador, como atenolol, metoprolol, ou timolol, a resposta cardíaca será menos nítida, fazendo o cálculo da taxa cardíaca imprecisa. A resposta cardiovascular e sintomas do paciente ajudam na formulação da prescrição de exercícios. A função cardíaca do paciente, interesses vocacionais e de lazer prévios devem ser considerados ao determinar o objetivo de exercício do paciente. O terapeuta vai auxiliar o paciente a identificar seus próprios fatores de risco. E o objetivo é oferecer informações sobre sua necessidade de modificar os fatores de risco. (HUNTLEY, 2005). Fase III: Reabilitação Cardíaca na Comunidade. Os programas da fase III têm lugar em centros comunitários e ginásios de escolas. O paciente deve ser indicado pelo médico a participar dessa fase e os objetivos são a redução de fator de risco para a moléstia cardíaca e permitir que o paciente continue a aprimorar seu status físico. Deve haver ênfase contínua na educação do paciente e modificações de seus fatores de risco. O treinamento deve ser de 30 a 60 minutos, dependendo do tempo disponível e da intensidade de cada 9 exercício. A freqüência do treinamento deve ser no mínimo de 3 vezes por semana, as atividades ainda dependem do estado clínico, da capacidade funcional, das necessidades e desejos, tempo e facilidade disponível. Pacientes que preferem treinar em casa a fazer parte do programa, devem ser encorajados a ter avaliações periódicas de sua rotina de treinamento. (GRAVES; POLLOCK; WELSCH, 2003; HUNTLEY, 2005). Conservação de energia A conservação de energia é importante para pacientes com disfunção cardiopulmonar, porque capacita a preservação de suas energias quando se faz um maior uso delas e para as tarefas fundamentais, fazendo-se o uso das seguintes técnicas: equilibrar trabalho e repouso, manter a boa postura, evitar levantar peso e segurar peso, repousar por um mínimo de 60 minutos após refeição, trabalhar em ambiente bem ventilado e adequado a iluminação, priorizar as tarefas, delegar as atividades e eliminar as desnecessárias. O paciente quando aprende a controlar seus gastos energéticos, o mesmo consegue desempenhar um nível funcional mais elevado sem gastar energia. As atividades realizadas em pé, em locais com poluição e extremos de temperatura, exigem maior dispêndio, baseado nessas informações o terapeuta poderá modificar a atividade, visando à redução do gasto energético. O terapeuta orientará na administração no tempo em que se realiza a atividade, auxiliando o paciente a selecionar as atividades, intercalando atividades que exigem grande dispêndio, com mais leves, com intervalos para descanso. Esse planejamento tem que ser realizado em conjunto com o paciente, podendo aumentar a probabilidade de atingir as metas. (FERRARO, 2002; CORDEIRO, 2007) Os clientes com doenças cardiopulmonar podem precisar de assistência para decidir como conservar suas energias. Eles devem ser orientados em seus processos de tomada de decisão sobre como desejam usar suas energias. Uma lista de instrução de interesses pode ser valiosa para estes clientes (FERRARO, 2002, p. 653) 10 CONCLUSÃO O trabalho desenvolvido pelo terapeuta ocupacional na área de cardiologia no Brasil vem ganhando espaço e este profissional passa a integrar a equipe de reabilitação cardíaca. Muitas das doenças cardíacas geram um grande impacto funcional na vida do paciente restringindo suas atividades cotidianas e por fim levando a alterações psicológicas desfavoráveis como conseqüência das dificuldades encontradas. O terapeuta ocupacional é o profissional capacitado para promover independência e autonomia a esses pacientes, utilizando conceitos de conservação de energia e simplificação do trabalho, bem como confecção de adaptações favorecendo um melhor desempenho na execução das atividades cotidianas, além de trabalhar também os aspectos físicos, mental e social, promovendo assim uma melhor qualidade de vida. 11 OCCUPATIONAL THERAPY IN CARDIAC REHABILITATION: Intervention in Congestive Heart Failure - functional class III and IV. ABSTRACT This article discusses the role of occupational therapy in cardiac rehabilitation intervening in congestive heart failure, functional class III and IV. Congestive heart failure is characterized by abnormalities of ventricular function that leads to the patient exercise intolerance, fatigue, muscle weakness, among others, which creates a great impact on the lives of patients by restricting their daily activities. The occupational therapist has offered to contribute in this area through the implementation of activities directed toward the specific needs of the patient's striving for independence in performing activities of daily living and instrumental, using techniques and energy conservation and adjustments so you can resume the implementation of activities that satisfies. The interest in this subject arose from the lack of published studies of cardiac rehabilitation and the need to enhance understanding and promote the intervention carried out by occupational therapy in this area. KEY WORDS: congestive heart failure. cardiac rehabilitation. Occupational Therapy 12 REFERÊNCIAS BRAUNWALD, E.; COLUCCI, W. S.; GIVERTZ, M. M. Aspectos clínicos da insuficiência cardíaca: insuficiência cardíaca de alto débito; edema pulmonar In: BRAUNWALD, E.; LIBBY, P.; ZIPPES, D. P. (Org.). Tratado de medicina cardiovascular. 6 ed. São Paulo: Roca Ltda, 2003, p.542 COATS, A. et. al. 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São Paulo: Roca Ltda, 2005, p. 1016 14 Autoras: Ana Paula Silva Vasconcelos – Graduanda em Terapia Ocupacional [email protected] - fone: (14) 8132-5242 Heloisa Camargo Said - Graduanda em Terapia Ocupacional [email protected] – fone: (14) 9685-2118 Léslie Ritz de Oliveira - Graduanda em Terapia Ocupacional [email protected] – fone: (14) 9693-3859 Orientadora: Paula Sandes Leite Marques – Docente em Terapia Ocupacional [email protected] fone: (14) 3522-1903