O EXERCÍCIO E A REGENERAÇÃO DO CÉREBRO Os exercícios

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O EXERCÍCIO E A REGENERAÇÃO DO CÉREBRO Os exercícios têm comprovado, repetidamente, a produção de quantidades abundantes do fator de crescimento neural. Em virtude desse fenômeno e também de outros benefícios oriundos do exercício, eles são uma das “fontes da juventude” que podem manter seu cérebro jovem, vital e regenerativo por toda a vida. Além de produzir o fator de crescimento neural, os exercícios protegem e estimulam o cérebro no combate ao estresse. Como muitos idosos são sedentários, tendemos a aceitar a inatividade como uma parte normal do envelhecimento. Mas, em face de muitos outros aspectos de nossa vida moderna, só porque a inatividade é comum não significa que seja normal. Nosso corpo e nosso cérebro foram programados pela evolução para precisar de atividade física, e os idosos precisam dessa atividade tanto quanto os jovens, ou mais que eles. O que, especificamente, o exercício faz pelo cérebro? Como mencionamos anteriormente, ele (01) supre o cérebro com oxigênio e glicose, (02) reduz o estresse e (03) intensifica a ação dos neurônios. Os efeitos de maior extensão são aqueles que lidam com a ação dos neurônios. Os exercícios aumentam a quantidade de oxigênio e glicose que chegam ao cérebro. Aceleram a remoção dos restos necrosados das células cerebrais. Ainda, tonificam alguns sistemas de neurotransmissores, aumentando a produção de noradrenalina e dopamina. A atividade física intensifica a produção das endorfinas. Por outro lado, diminuem as lipoproteínas de alta densidade, que prejudicam a circulação cerebral. Reduzem a depressão. Abaixam a pressão arterial e ajudam a estabilizar o açúcar no sangue (ajudando a equilibrar o humor e a energia). Os exercícios também melhoram a função endocrinológica, elevando a imunidade e acelerando o metabolismo. Também queimam calorias, aumentam a massa muscular e fortalecem os ossos. De uma perspectiva puramente psicológica, os exercícios intensificam a imagem do corpo e contribuem para a autoconfiança. Obviamente, os exercícios são uma bênção para a mente e o corpo. A Situ ação atu al do Ex ercício Nosso estilo de vida moderno simplesmente dificulta a prática de exercícios. Infelizmente, não são só os adultos que não fazem uma carga suficiente de exercícios. Apenas 30% de todas as crianças, da primeira série ao fim do segundo grau, realizam 30 minutos de exercícios diariamente nas escolas. O exercício entre os adolescentes teve uma queda muito grande nos últimos anos. Em parte devido a isso, 40% das crianças com apenas cinco anos já têm pelo menos um fator de risco para apresentar uma doença cardiovascular (como a obesidade ou hipertensão arterial). A falta dessa atividade se deve não só às mudanças no padrão de trabalho, mas aos hábitos de recreação. Hoje, as pessoas são totalmente inativas durante seus momentos de lazer, muitas vezes porque passam esse tempo assistindo televisão. Se você atualmente está muito sedentário, é possível que se surpreenda ao saber o quanto o cérebro e o corpo podem ser beneficiados por uma simples atividade física. Com o o Exer cício Au m enta a Potência do Cér ebr o Quanto mais em forma você estiver, menos sentirá uma forte reação física aos fatores estressantes. A boa forma cardiovascular coloca um “regulador” natural sobre a reação de estresse. Quando você tem uma baixa freqüência cardíaca em repouso, graças
aos exercícios, isso evita que suas glândulas supra­renais reajam aos fatores estressantes e secretem exageradamente o cortisol. Os exercícios fazem mais pela psique e pelo raciocínio do que apenas colocar um “regulador” sobre a reação de estresse. Também acentuam o humor, criando uma sensação de tranqüilidade. Esse bem documentado “efeito tranqüilizante” permanece depois que o exercício acaba. A maioria dos estudos revela que o efeito tranqüilizante dos exercícios perdura por cerca de quatro horas. Os remanescentes do efeito tranqüilizante podem permanecer mais de 24 horas. Uma das principais razões de o efeito tranqüilizante ocorrer é que o exercício libera endorfinas. Essas substâncias do “bem­estar” ­ o próprio ópio do corpo ­ começam a ser produzidos em quantidades abundantes aproximadamente depois de 15 a 30 minutos de exercício. Uma vez secretados, permanecem ativos por cinco horas – um período de tempo aproximadamente igual à duração do efeito tranqüilizante. As endorfinas, que são quase 200 vezes mais potentes do que o morfina, aumentam cerca de 500% durante um exercício vigoroso. Atingem o seu nível mais alto durante os primeiros 30 minutos depois de um período de exercícios. O exercício também é extremamente eficaz para reduzir a depressão. Vários estudos demonstraram que, para a maioria das formas de depressão leve, o exercício é tão importante, como tratamento, quanto a psicoterapia tradicional. Isso não retira o valor da psicoterapia, mas ressalta a importância do exercício. O exercício reduz a depressão por várias razões: libera os neurotransmissores estimulantes, estimula a produção de endorfinas, aumenta o fluxo de oxigênio para o cérebro e ajuda a remover os restos neuronais, ativa o sistema nervoso, reforça a auto­ estima, melhora a forma do corpo, aumenta a sensação de poder pessoal. O exercício, certamente, é igualmente benéfico para o corpo e o cérebro. Leva a pessoa a ter saúde, longevidade e imunidade e, desse modo, melhora a qualidade de vida. O Exer cício e a Qu alidade de Vida O exercício intensifica a imunidade às doenças e estimula o sistema imune a aumentar a produção de imunoglobina A, um anticorpo que é uma de suas primeiras barreiras na defesa contra infecções. Também estimula a imunidade às enfermidades ao reduzir o estresse. Muitos estudos mostraram que o exercício diminui a incidência das doenças. Um desses revelou que as pessoas que se exercitam faltam 18% menos ao trabalho do que as pessoas sedentárias e requerem 12% menos consultas ambulatoriais e 30% menos internações. Os benefícios do exercício são de tão longo alcance que eles se estendem a órgãos que, normalmente, não associamos à compleição física, como, por exemplo, os olhos. O exercício reduz a pressão do globo ocular, que causa o glaucoma e, freqüentemente, leva à cegueira. O exercício até melhora a visão das pessoas que têm tais problemas. Fica claro que o exercício é absolutamente vital para a aptidão física e aptidão cognitiva. Fonte: Khalsa, Dharma Singh. Longevidade do Cérebro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.
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