PRODUÇÃO DE ESTOQUES DE VÍRUS, VÍRUS SEMENTE E VÍRUS DE TRABALHO. 01- Preparo de estoques de vírus Objetivos: • Armazenar amostras de vírus no laboratório; • Preservar amostras de vírus. Material: • Fluxo laminar • Álcool 70% • Amostra de vírus • Pipetadores • Ponteiras estéreis • Microtubos • Etiquetas • Desprezador com hipoclorito de sódio (10%) • Freezer -70 oC ou botijão de nitrogênio líquido Procedimento: • Congelar o vírus quando o ECP estiver evidente em 90 a 100 % da garrafa (amostras de vírus não citopáticos são geralmente incubadas por 3 a 5 dias e então congeladas). Importante!!!! ANTES do descongelamento, anotar os dados constantes na etiqueta de identificação do vírus. • Descongelar o vírus rapidamente, em água corrente ou no banho-Maria. Em alguns casos o descongelamento/descongelamento pode ser repetido três vezes; *Isto não é recomendado para vírus envelopados, pois sucessivos congelamentos/descongelamentos podem levar à redução de infectividade. • Antes de abrir o tubo com vírus, mergulhá-lo em álcool 70 oGL para diminuir a contaminação por fora do frasco. • Centrifugar o meio contendo vírus por 5 minutos a 1500 x g para sedimentar os restos celulares. • Aliquotar (ou seja, separar em volumes menores) de aproximadamente 300 ml, em tubos de congelamento. • IDENTIFICAR cada alíquota com o nome da amostra, número da passagem e tipo de célula, data e nome de quem produziu o estoque> P. ex.: EVI 123------------------------Nome da amostra 3 MDBK-----------------------Terceira passagem em células MDBK 11/04/2005-------------------Data Helena-------------------------Nome de quem trabalhou com a amostra OBS: É importante armazenar a amostra em diferentes locais (p.ex. freezer -70 oC e no Nitrogênio líquido; preferencialmente, em mais de um laboratório), para que se houver alguma pane a amostra de vírus não seja perdida completamente. 2. Produção de vírus semente (para estoque de vírus) • Primeiramente, preparar etiquetas e colar nas ampolas a identificação do vírus (nome, origem, número de passagens em qual tipo de célula, data, operador). Ex.: BoHV-1 Cooper (CPFA); 12 MDBK 1 TT; 12/03/2007; Roehe • Semear (infectar uma garrafa de célula), com um volume usualmente ente 300 a 500 microlitros de uma semente original do vírus que se deseja preparar. • Adsorver por uma a duas horas, trocar o meio, incubar, coletar quando o efeito citopático estiver cerca de 100 %; aliquotar e armazenar a -70 oC (vide procedimento para isolamento viral). • Descongelar uma das ampolas e titular – se o título estiver razoável, preservar (mínimo 10 a 20 ampolas). • Estocar em N2 líquido ou a -70 oC. • 3. Produção de vírus de trabalho : • O vírus trabalho terá uma passagem a mais do que o vírus semente. Sempre que quisermos fazer vírus para a produção de antígenos (para testes de ELISA ou outros procedimentos), devemos usar uma ampola de vírus trabalho; assim evitamos seguir fazendo inúmeras passagens com o vírus original, evitando que o mesmo se altere por um número muito grande de passagens in vitro. • A partir de uma ampola de vírus semente – semear, coletar e armazenar (- 70°) (mínimo de 20 a 50 ampolas). O pro cedimento é o mesmo que para o preparo de semente. Titular o vírus trabalho como acima. • Quando for preparar qualquer outro antígeno com este vírus, usar uma ampola de vírus trabalho. Revisado por PMR em 12/03/2007