MICOPLASMA - bactérias sem parede - CWD - L

Propaganda
MICOPLASMA - bactérias sem parede - CWD - L-formas – pleimórficas –
ciclogênicas – stealth bactéria, na etiologia do câncer
José de Felippe Junior
Câncer não são células malignas e sim células doentes por
alguma causa necessitando cuidados, não extermínio JFJ
Micoplasmas são bactérias que não apresentam parede celular e são
considerados os menores seres do organismo, sem contar os vírus. Além disso, é
parasita obrigatório do intracelular devido seu pobre maquinário de biossíntese, e isto
acontece há bilhões de anos. São altamente prevalentes na população e na maioria das
vezes, não apresentam sintomatologia, até o desencadear do câncer, artrites e doenças
autoimunes. Em clínica vamos encontrar aumento do IgG sérico, o que devemos
considerar infecção crônica ativa e não simplesmente “cicatriz sorológica”.
Essas meninas ficam no citoplasma se alimentando de graça e usufruindo da
generosidade das células humanas. Quando o organismo entra em estado de M2/Th2,
com drática dimiuição da imunidade celular M1/Th1, essas imprestáveis proliferam e
provocam os vários tipos de doenças acima descrito. O clínico ao se deparar com IgG
elevado do Micoplasma deve sempre estimular M1/Th1 e se houver uma das doenças
acima usar antibióticos: claritromicina, minociclina, e se não funcionarem o
moxifloxacino.
A proteína p37 foi primeiramente descoberta em 1984 na superfície de células
do sarcoma FS9 e quatro anos depois ficamos sabendo que ela fazia parte de uma
bactéria, Mycoplasma hyorhinis (Dudler-1988).
Tsai em 1995 foi o primeiro a mostrar que o micoplasma preenche os postulados
de Kock, na etiologia de alguns tipos de câncer.
O M. hyorhinis foi logo associado a vários canceres em animais e humanos,
incluindo o carcinoma de ovário e gástrico e a maioria deles apresentavam metástases
em linfonodos sendo assim de mau prognóstico (Huang-2001, Yang-2010, Duan-2014).
A proteína p37 está associada ao câncer de próstata, colon, esôfago, mama,
gliomas, ovário e estômago (Choi-2014, Ketcham-2005). Em humanos já foi encontrado
micoplasma no câncer colo-retal, renal, prostático, gástrico, gliomas, neoplasias uterinas
e sarcoma de Kaposi (Pehlivan-2001, Tsai-1995, Liekens-2009, Rogers-2011).
O DNA do Mycoplasma hyorhinis foi amplificado com sucesso e extraído do
tecido neoplásico sendo detectado com anticorpo PD4. Constatou-se a sua presença em
59,3% dos casos de câncer de ovário, 56% (50/90) no carcinoma gástrico, 55,1%
(32/58) no carcinoma de colon, 52,6% (31/59) no câncer de pulmão, 50,9% (27/53) no
câncer de esôfago, 41% (38/91) nos gliomas, 39,7% (25/63) no câncer de mama
(Huang-2001). No câncer de próstata a porcentagem de positividade varia de 20,5%
(Barykova- 2010) a 52% (Urbanek-2011).
Vários tipos de micoplasmas estão envolvidos nas artrites, doenças autoimunes,
pericardite, asma, esclerose múltipla e carcinogênese: M. hyorhinis, M. pneumoniae, M.
hominis, M. fermentans, M. penetrans e M. arthritidas (Feng-1999, Bartholomew1965).
O mecânismo pelo qual afeta a homeostasia celular parece ser a ativação
constitutiva do fator NF-kappaB que irá provocar a supressão do p53. Além disso, sua
lipoproteína de membrana P37 parece ter função vital na mobilidade, aumento da
clonigenicidade, invasão e migração celular, esta última por ativação da matrix
metaloproteinase-2. O micoplasma aumenta a invasividade tumoral abolindo a inibição
por contato via operon p37 (Dudler-1988, Gong-2008, Urbanek-2011).
É importante saber que a ativação do supressor tumoral PTEN inibe a via
PI3K/Akt/mTOR o que controla a infecção por Micoplasma e Micobacteria bovis
(Huang & Jiang-2012). Os principais ativadores do PTEN são a silimarina e o hormônio
D3, 1-25(OH)2D3.
Em 1992 Chosa no Japão já escrevia sobre o papel microbicida do extrato de chá
verde (EGCG) contra o Mycoplasma pneumoniae e orale.
De acordo com Lida Matman em geral a sensibilidade das bactérias sem parede
assim se comporta: claritromicina > minociclina > rifampicina / lincomicina. São
antibióticos que diminuem a síntese protéica. Em caso de resistência usa-se o
moxifloxacino.
Referências no site www.medicinabiomolecular
Download