Aula 3 G Mendeliana

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
DISCIPLINA DE GENÉTICA
GENÉTICA
MENDELIANA
ou
GENÉTICA
QUALITATIVA
Profa. Dra. Mônica Gusmão
Engenheira Agrônoma
Profa. Mônica Gusmão
PERGUNTAS FUNDAMENTAIS DOS PADRÕES DE HERANÇA
Como é possível
dizer se uma
variante tem uma
base genética ???
Em termos genéticos, qual a
explicação para os padrões
pelos quais as variantes
fenotípicas são herdadas ???
O padrão de
herança é
influenciado pela
localização do
gene ou dos genes
relevantes no
genoma ???
As variantes fenotípicas
são herdadas em padrões
consistentes através das
gerações ???
Um padrão para
um fenótipo é
independente dos
fenótipos de
outra
característica ???
Profa. Mônica Gusmão
GENÉTICA MENDELIANA OU QUALITATIVA
É a parte da genética que estuda a herança de caracteres
qualitativos.
CARACTERÍSTICA QUALITATIVA
Aquela determinada por um ou alguns poucos genes, cuja expressão
não é influenciada ou pouco afetada pelo meio
MENDELISMO
Antes de Mendel, acreditava-se que a hereditariedade fosse uma “mistura”.
Desejava-se entender quais os fatores que controlavam a hereditariedade
HERANÇA AUTOSSÔMICA
Profa. Mônica Gusmão
O SISTEMA EXPERIMENTAL DE MENDEL
Profa. Mônica Gusmão
Por que ervilhas ?
Fácil cultivo em canteiros;
Várias características contrastantes e de fácil observação;
Ciclo vital curto e grande número de descendentes (sementes);
Predomina reprodução por autofecundação, portanto, linhagens
naturais são puras;
Facilidade em ter polinização cruzada.
Figura 2. Partes reprodutivas da flor de ervilha
Profa. Mônica Gusmão
CRUZAMENTOS DE PLANTAS QUE DIFEREM EM UMA CARACTERÍSTICA
Figura 3. Sete diferentes características escolhidas por Mendel.
Profa. Mônica Gusmão
ANÁLISE DE MENDEL DAS LINHAGENS PURAS PARA A
COR DAS FLORES
Profa. Mônica Gusmão
TRAÇOS DOMINANTES E RECESSIVOS
Profa. Mônica Gusmão
A PROPORÇÃO 3:1 NA GERAÇÃO F2
A PROPORÇÃO 1:2:1 NA GERAÇÃO F2
Profa. Mônica Gusmão
Figura 6. Representação da segregação dos alelos de um gene em uma planta
heterozigótica e da combinação aleatória dos gametas na formação da geração
seguinte.
Profa. Mônica Gusmão
CONCLUSÕES DE MENDEL
1) A existência de genes
2) Os genes estão aos pares
3) Metade dos pares de genes nos
gametas
4) Segregação igual
5) Fertilização aleatória
Figura 7. Segregação de um par de alelos resulta da
separação dos cromossomos homólogos na meiose.
Figura 8. Explicação de Mendel da proporção 1:2:1
Profa. Mônica Gusmão
Profa. Mônica Gusmão
SEGREGAÇÃO
IGUAL
Figura 9. O cruzamento de um suposto heterozigoto Y/y com um suposto
homozigoto recessivo y/y.
Profa. Mônica Gusmão
PRIMEIRA LEI DE MENDEL OU
LEI DA SEGREGAÇÃO DOS FATORES
OU
LEI DO MONOIBRIDISMO
Cada caráter é condicionado
por um par de fatores que se
separam na formação dos
gametas, estes, são puros
com relação a cada fator.
Figura 10. Segregação de um par de alelos resulta da
separação dos cromossomos homólogos na meiose.
Profa. Mônica Gusmão
INTERPRETAÇÃO ATUAL DA PRIMEIRA LEI DE MENDEL
Lócus = lugar
Plural = Loci
Os
cromossomos
situados no
mesmo locus
controlam o
mesmo tipo
de
característica.
Figura 11. Célula de ervilha com três dos sete pares de
homólogos representados e um par de alelos
destacado em cada um.
Profa. Mônica Gusmão
A UNIVERSALIDADE DA PRIMEIRA
LEI DE MENDEL
Os filhos herdam dos pais os genes
Os genes são transmitidos pelos gametas
Cada gameta contém um genoma, típico da espécie
Os genes ocorrem aos pares em cada indivíduo
Os alelos não se misturam nos filhos.
DETERMINANDO O GENÓTIPO
Profa. Mônica Gusmão
CRUZAMENTO TESTE
Figura 12. O cruzamento teste permite descobrir se um indivíduo com característica
dominante é homozigoto ou heterozigoto.
Profa. Mônica Gusmão
INTERAÇÃO ENTRE ALELOS DE UM MESMO GENE
Qual o conceito de
DOMINÂNCIA ????
As relações entre os alelos de um gene são decorrentes do modo como
as proteínas codificadas pelo gene, afetam o funcionamento celular.
INTERAÇÃO ENTRE ALELOS DE UM MESMO GENE
Profa. Mônica Gusmão
HERANÇA RECESSIVA
Figura 13. A. Ex. de albinismos. B. Indivíduos heterozigóticos conseguem produzir
pigmento, mas podem gerar filhos homozigóticos, e são albinos.
INTERAÇÃO ENTRE ALELOS DE UM MESMO GENE
Profa. Mônica Gusmão
HERANÇA DOMINANTE
Um alelo alterado (mutante) apresenta um padrão de
herança dominante em relação à versão normal do gene.
Ex. Gene envolvido na coréia de Huntington (aa)
Alelo Mutante (AA e Aa)
HUNTINGTINA
Proteína alterada
Funcionamento das cél cerebrais
Morte e sintomas da doença
INTERAÇÃO ENTRE ALELOS DE UM MESMO GENE
DOMINÂNCIA COMPLETA
Os indivíduos heterozigóticos
apresentam
o
mesmo
fenótipo
que
um
dos
homozigóticos.
Profa. Mônica Gusmão
INTERAÇÃO ENTRE ALELOS DE UM MESMO GENE
Profa. Mônica Gusmão
AUSÊNCIA DE DOMINÂNCIA
ou DOMINÂNCIA INCOMPLETA
O fenótipo dos indivíduos heterozigóticos é
intermediário, em termos quantitativos,
entre os fenótipos de dois homozigóticos
INTERAÇÃO ENTRE ALELOS DE UM MESMO GENE
Profa. Mônica Gusmão
AUSÊNCIA DE
DOMINÂNCIA
ou DOMINÂNCIA
INCOMPLETA
Figura 14. Cruzamentos entre indivíduos cujas características apresentam
ausência de dominância. Cruzamento entre galinhas da raça andaluza.
Profa. Mônica Gusmão
Figura 15. Cruzamentos entre indivíduos cujas características apresentam
ausência de dominância. Plantas de boca-de-leão flores vermelhas X flores
brancas.
INTERAÇÃO ENTRE ALELOS DE UM MESMO GENE
Profa. Mônica Gusmão
CO-DOMINÂNCIA
É o fenômeno em que dois alelos diferentes de um gene se expressam
no indivíduo heterozigótico; este apresenta, por isso, características
presentes nos indivíduos homozigóticos para um alelo e para o outro.
GENES LETAIS
Profa. Mônica Gusmão
ALELO LETAL
DOMINANTE:
um dos alelos
causa a morte do
portador
ALELO
LETAL
RECESSIVO:
são necessários
dois alelos para
causar a morte do
portador
Figura 16. O gene para pêlo amarelo é letal em dose dupla
Profa. Mônica Gusmão
GENES LETAIS
D = prejudica o cresc. dos ossos
Dd = fenótipo acondroplásico
dd = homozigóticas recessivas
DD = ? morte
Figura 17. A acondroplasia na espécie humana é condicionada por um alelo
dominante que em homozigose parece ser letal.
Profa. Mônica Gusmão
ALELOS MÚLTIPLOS
Três ou mais alelos diferentes na população,
ou seja, o gene ocorre em mais de duas
formas alélicas.
Figura 18. Quatro tipos de pelagem em
coelhos: chinchila, himalaia, aguti e albino
Profa. Mônica Gusmão
ALELOS MULTIPLOS
Figura 19. Esquemas de cruzamentos
entre coelhos com diferentes tipos de
pelagem.
Profa. Mônica Gusmão
VARIAÇÃO NA EXPRESSÃO DOS GENES
Variação Descontínua:
Quando os diversos genótipos
correspondem
a
fenótipos
alternativos bem distintos
Profa. Mônica Gusmão
HERANÇA MONOGÊNICA OU
MONOIBRIDISMO
Quando apenas um par de
alelos
de um gene está
envolvido
na
herança
da
característica
Profa. Mônica Gusmão
Profa. Mônica Gusmão
Profa. Mônica Gusmão
MONOIBRIDISMO NO SER HUMANO
Profa. Mônica Gusmão
NORMA DE REAÇÃO DOS GENES
É a gama de variação fenotípica que um genótipo pode
expressar, em condições ambientais diferentes.
Figura 20. Norma de reação do gene
que condiciona presença ou ausência
de listras marrons na semente de
feijão-carioca,
Genótipo= LL
Profa. Mônica Gusmão
Profa. Mônica Gusmão
Figura 22. Gato siamês e coelho da raça himaláia. A ilustração representa um
experimento que mostra a influência da temperatura na cor da pelagem nessa raça.
PENETRÂNCIA GÊNICA
Profa. Mônica Gusmão
Porcentagem de indivíduos com determinado genótipo que
expressa o fenótipo correspondente.
África: penetrância = 64,9%
Figura 23. Foto da mão de uma pessoa com polidactilia
PENETRÂNCIA GÊNICA
Ex.: A penetrância do alelo L do feijão-carioca = 95%
Profa. Mônica Gusmão
Profa. Mônica Gusmão
EXPRESSIVIDADE GÊNICA
Manifestação de um gene
EXPRESSIVIDADE GÊNICA VARIÁVEL
O mesmo tipo de alelo expressa-se de maneira diferente
em seus portadores
Ex.:
S = distribuição homogênea dos melanócitos
S = interfere na distribuição dos melanócitos durante a embriogênese
ss = pelagem variegada nos mamíferos
Ss ou SS = pelagem com coloração homogênea
EXPRESSIVIDADE GÊNICA VARIÁVEL
Figura
24. A. Padrão
malhado de pelagem de
mamíferos é condicionado
por um alelo recessivo de
um gene de expressividade
variável.
B. Em cães da raça beagle
podem-se distinguir 10
padrões de pelagem.
Profa. Mônica Gusmão
Existe alguma diferença no estudo da herança de um caráter ??
EFEITO XÊNIA
O produto do cruzamento (geração F1) já se manifestou na planta mãe,
ou seja, o caráter se manifesta sempre uma geração antes dos demais
caracteres.
Milho: BrBr Susu X brbr susu (♀)
Sementes F1: Brbr Susu
Tem xênia
Brbr
Profa. Mônica Gusmão
Profa. Mônica Gusmão
PP = cor de semente de feijão preta
pp = cor de semente de feijão branca
PP X pp (♀)
?
Pp
Qualquer caráter
das sementes
devem apresentar
o fenômeno de
xênia???
Profa. Mônica Gusmão
O QUADRADO DE PUNNETT
Usado para mostrar padrões de hereditariedade com base em um par de
genes, dois pares ou mais
PROBABILIDADE
Profa. Mônica Gusmão
É a chance de um determinado evento ocorrer, entre dois ou mais
eventos possíveis.
Indica a proporção esperada de um determinado acontecimento.
REGRA DO PRODUTO ou REGRA DO “e”: a probabilidade de eventos
independentes ocorrerem juntos é produto das probabilidades de eles
ocorrerem separados
Ex.: Qual a probabilidade de obter um par de 4, considerando 2
dados ????
Qual a probabilidade de obtermos 2 vezes a face cara ????
Qual a probabilidade de um casal ter 2 filhos do sexo masculino ????
REGRA DA SOMA ou REGRA DO “ou”: a probabilidade de ambos eventos
mutuamente exclusivos ocorrerem é a soma de suas probabilidades individuais
Ex.: Qual a probabilidade de obter “cara” ou “coroa” ????
Qual a probabilidade de obter-se face 1 ou face 6 no lançamento de um dado ????
Qual a probabilidade de um casal ter uma menina e um menino ???
HERANÇA AUTOSSÔMICA EM HUMANOS
Profa. Mônica Gusmão
HEREDOGRAMA
É a representação gráfica das relações de parentesco entre os indivíduos de uma
família. Cada indivíduo é representado por um símbolo.
Profa. Mônica Gusmão
Análise de heredogramas de distúrbios autossômicos recessivos
Nos heredogramas
humanos, um distúrbio
autossômico recessivo é
revelado pelo
surgimento do distúrbio
na prole masculina e
feminina de pessoas
não afetadas
Profa. Mônica Gusmão
Análise de heredogramas de distúrbios autossômicos dominantes
Mostram
homens e
mulheres
afetados em
cada geração;
Mostram que
homens e
mulheres
afetados
transmitem a
condição em
iguais
proporções a
seus filhos e
filhas
Profa. Mônica Gusmão
Profa. Mônica Gusmão
Profa. Mônica Gusmão
Análise de heredogramas de polimorfismos autossômicos
EXERCÍCIO
1) Na planta ornamental cóleo (Coleus blumei) a borda das folhas pode ser
crenada ou lobada e o padrão das nervuras foliares, regular ou irregular.
O cruzamento de plantas puras de folhas lobadas e nervação irregular com
plantas puras de folhas crenadas e nervação regular produziu uma
geração F1 constituída inteiramente por plantas com folhas lobadas e
nervação irregular.
O cruzamento entre plantas da geração F1 produziu uma geração F2
constituída por 112 indivíduos, com os seguintes fenótipos:
63 lobadas irregulares
21 lobadas regulares
20 crenadas irregulares
08 crenadas regulares
Pergunta-se:
a) Como podem ser explicados os números da geração F2 ???
b) Se as 21 plantas lobadas-regulares fossem cruzadas com plantas duplo
recessivas e, em cada cruzamento, fossem produzidos 5 descendentes,
que tipos de fenótipos obteríamos e em que quantidades ????
a) P: lobadas-irregulares X crenadas-regulares
F1: 100% lobadas-irregulares
b) Cruzamento teste
21 C_rr X ccrr
F2: 63:21:20:8
CC = 1/3 = 1/3*21 = 7 CC
C = lobada
c = crenada
R = irregular
r = regular
Cc = 2/3 = 2/3*21 = 14 Cc
5 descendentes/cruzamento
7 x 5 = 35 plantas
63 lobadas-irregulares
21 lobadas-regulares
20 crenadas-irregulares
8 crenadas-regulares
C_ R_
C_ rr
cc R_
cc rr
14 x 5 = 70 plantas
1º cruzamento:
Genitor: CCrr X ccrr
9:3:3:1 ???????
Gametas: Cr X cr
Descendente: Ccrr (35 pls)
No Esperado
No Obtido
Lobada-Irregular
9/16*112 = 63
63
Lobada-Regular
3/16*112 = 21
21
2º cruzamento:
Genitor: Ccrr X ccrr
Crenada-Irregular
3/16*112 = 21
20
Gametas: ½ Cr X ½ cr
Crenada-Regular
1/16*112 = 07
08
F2
Descendente: ½ Ccrr ½ ccrr
(35 pls)
(35 pls)
As proporções estão de acordo com o esperado pela Lei da segregação independente dos pares de alelos que
condicionam a forma da borda e o tipo de nervura.
EXERCÍCIO
EPISTASIA RECESSIVA
EPISTASIA DOMINANTE
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