Juntos Fazemos a Diferença! Janeiro a Março Nº 3 outubro a dezembro 2012 DESTAQUE As prisões de Renato Seabra - parte 1 A Astrologia na Linha do Tempo - sobre o surgimento e a história da astrologia Até parece um programa de recuperação - os 7 passos de um transito de Plutão Astrologia Mundial - Teoria e Prática Caso real – Pergunte ao Astrólogo Jupiter e Capricórnio - O Caminho ao topo da montanha de 1 Ficha Técnica de Propriedade da ASPAS Orgãos Sociais da ASPAS Diretora Isabel Guimarães Direção Isabel Guimarães (Presidente) Marta Castro (Secretária) Susana Oliveira (Tesoureira) Diretora Editorial Luiza Azancot Edição Isabel Guimarães Conselheiros Astrológicos Realização Gráfica asuasecretária Redação e Administração Av.Manuel Violas, 476 - sala 25 Parque Tecnológico S.Félix da Marinha t. 227 332 150 Email: [email protected] Website: http://www.associacaoportuguesadeastrologia.com Blog: http://associacaoportuguesastrologia.blogspot.pt Facebook: http://facebook.com/associacaoportuguesadeastrologia Assembleia Geral Tânia Pinto (Presidente) João Soares (Vogal) Inês Miranda (Secretária) Raul Américo Aguiar (Vogal) João Neto (Vogal) Conselho Fiscal Vânia Rodrigues (Presidente) Pedro Torres (Vogal) Maria Isabel Amorim (Tesoureira) Conselheiros Astrológicos Fábio Ludovina João Medeiros Luís Resina Luiza Azancot Patrícia Azenha Henriques Rui António Santos António Rosa Periodicidade Trimestral Distribuição Membros da ASPAS - Gratuita Não Membros - edições anteriores à do lançamento gratuitas no nosso site Direitos Este jornal em formato digital não pode ser reproduzido, no todo ou em parte, por qualquer processo mecânico, fotográfico ou electrónico, nem ser introduzido numa base de dados, difundido ou de qualquer forma copiado para uso público ou privado – além do uso legal como breve citação em artigos e críticas – sem prévia autorização dos autores. Decreto Lei nº 334/97 2 de Índice Editorial Noticias Inquérito de Pesquisa Nacional de Astrologia em 2012 3 10 Artigos As prisões de Renato Seabra - parte 1 16 Patricia Azenha Henriques A Astrologia na Linha do Tempo - sobre o surgimento e a história da astrologia Vania L.M. Marinelli 23 Até parece um programa de recuperação - os 7 passos de um transito de Plutão António Rosa 29 Estudante de Astrologia Astrologia Mundial - Teoria e Prática 31 João Medeiros Rubrica Caso real – Pergunte ao Astrólogo 50 Luiza Azancot Previsões Jupiter e Capricórnio - O Caminho ao topo da montanha 55 Rui António Santos Efemérides Trimestrais - Planetas Lentos e Lunações 58 Luiza Azancot Publicidade Informações 61 62 3 de Editorial Direção do Jornal - Isabel Guimarães - Presidente - membro nº 1 Direção Editorial- Luiza Azancot - Conselheira de Direção - membro nº 15 N oticias Esperamos que todos tenham tido umas festas recheados de calor humano, e prontos para vivermos um ano recheado de sonhos e realizações. Assim, lembramos que ao lançarmos a Edição Especial no dia do nosso aniversário 22 dezembro, “Visão Astrológica da Crise”, tenham tido a possibilidade de ler as novas condições de acesso ao nosso Jonral. Para os que não tiveram a possibilidade relembramos, a todos que após o lançamento das duas primeiras edições do Jornal Astrológico da ASPAS, sentimos a necessidade de alterar os moldes da sua disponibilização e publicação, como resposta às inúmeras solicitações que a Associação tem recebido. As edições de lançamento serão exclusivas para os membros, ficando a edição anterior à disposição para download, por não membros. Para todos os interessados, lançaremos, ainda, o Jornal em formato papel, com assinatura anual a designar, para além de que passará a dispôr de espaço reservado a publicidade, onde solicitamos que nos enviem um email para o nosso endereço de forma a saber as condições de publicação dos vossos espaços, salvaguardando o critério entre escolha dos mesmos. Agradecemos a todos e começamos hoje pelos principais acontecimentos de 2012, faça esta viagem connosco. 4 de Notícias 5 de Noticias 2 6 de Notícias 7 de Noticias 8 de Noticias 9 de Noticias 10 de Noticias Inquérito de Pesquisa Nacional de Astrologia em 2012 11 de Noticias 12 de Noticias 13 de Noticias 14 de Noticias 15 de Noticias 16 de Artigos AS PRISÕES DE RENATO SEABRA - parte I por Patricia Azenha Henriques - membro nº 12 U ma das coisas que pensei quando tomei conhecimento do que aconteceu a 7 de Janeiro de 2011, foi que um momento pode marcar a nossa vida e Renato Seabra,ao assassinar Carlos Castro,tinha acabado de estragar a dele. Na altura que escrevo este artigo, o julgamento está a decorrer em Nova Iorque e já saiu o veredicto: culpado. Ainda não sabemos qual será a pena, mas é provável que fique preso pelo menos por 25 anos podendo chegar a perpétua, nos EUA, longe da sua terra natal, dos seus amigos e família. Ninguém sabe, e provavelmente nunca se saberá concretamente,porque o fez. Não haverá muita gente em Portugal que não tenha conhecimento deste assassinato que ocorreu a 7 de Janeiro de 2011, em Nova Iorque. Mas porque existem leitores que não vivem em Portugal e poderão não conhecer, vou contar um pouco esta história para contextualizar a análise seguinte. Carlos Castro era um jornalista e cronista social português, nascido em Angola, muito conhecido em Portugal, pela sua carreira mas também por ser homossexual assumido. Era um homem que reunia tanto simpatias como antipatias, em grande parte pelo seu lado de cronista social e crítico. Tinha 65 anos quando foi assassinado por Renato Seabra. Renato Seabra, nasceu em Cantanhede a 10 de Setembro de 1989, onde também vivia, uma cidade pequena perto de Coimbra, no centro de Portugal. Era estudante na Universidade de Coimbra no curso de Ciências do Desporto e participou no verão de 2010 num programa do canal de televisão portuguesa SIC “À procura do Sonho” conduzido pela estilista portuguesa Fátima Lopes. Renato Seabra teve muito destaque no programa, a maioria das pessoas simpatizou com este rapaz bonito, educado, humilde, que gostava de ver novelas, muito ligado à mãe e irmã com quem vivia. O pai vive no sul do país e está divorciado da mãe de Renato desde os 7 anos deste. Através de pesquisas na internet, em diversos sites informativos, é possível construir a história que uniu estes dois homens. Começou por um pedido de amizade de Carlos Castro ao modelo Renato Seabra,no facebook,a 9 de Outubro de 2010. A final do programa de televisão tinha sido cerca de 1 mês antes. Renato era um rapaz bonito que tinha tido os seus minutos de fama, era novidade no mundo da moda e Carlos Castro um homem com muitos conhecimentos neste mundo e por isso com interesse para o Renato, que ansiava por conselhos e orientação, mas sobretudo por uma oportunidade de singrar numa área tão competitiva. Seguiu-se o encontro no Porto durante o evento de moda anual “Portugal Fashion” e alegadamente foi aí que começaram uma relação amorosa. 18 de Artigos A 29 de Dezembro partiram de férias para Nova Iorque e a 7 de Janeiro de 2011, Renato assassinou Carlos no quarto do hotel e foi preso no mesmo dia pela polícia, tendo estado privado de liberdade desde então, em instituições psiquiátricas. Os pormenores podem ser facilmente encontrados na internet. É importante realçar que apesar da relação homossexual que existiu entre os dois e que é um facto, Renato foi apresentado por diversas pessoas de ambos os lados, como sendo heterossexual. Com base em relatórios médicos que avaliaram Renato em três unidades psiquiátricas, a defesa afirma que na altura do crime, o jovem "estava em pensamento delirante, num episódio maníaco e desordem bipolar com características psicóticas graves" e, como tal, não deve ser considerado culpado. Aponta ainda para a natureza brutal das agressões, incluindo mutilações genitais da vítima, como prova de que Renato Seabra estava sob efeito de uma psicose, tal como o facto de ter relatado a dois psicólogos ter obedecido a "vozes" dentro da sua cabeça, nomeadamente durante a mutilação. O Director de neuropsicologia na New York University não dá credibilidade a este relato e defende que o jovem teve consciência dos seus actos, mentiu e tem estado a "improvisar" a história à medida que o tempo passa. 19 de Artigos Não é um determinado posicionamento que define uma pessoa, todos sabemos, mas sim uma soma de posicionamentos e relação entre eles que definem um conjunto que pode indicar alguns problemas e também motivações. A motivação primária encontra-se no ascendente, no seu corpo, na sua mente, na sua saúde e bem-estar. O regente do ascendente Vénus muito forte em Balança está conjunto ao ascendente. Temos alguém que dá extrema importância a si mesmo e ao seu corpo, ao lado social, aos relacionamentos, à estética, com habilidades e atributos pessoais de beleza, cordialidade, boa educação e também uma ligação às artes, foi através da sua participação no rancho folclórico de Cantanhede que teve as primeiras experiências de moda. Apesar de poder ser narcísico, é ao modo de Balança, preocupando-se muito com a opinião dos outros, nas aparências, no que é socialmente aceite, reforçado por um nodo sul na casa 11. Vénus também rege a casa 8 e por isso também trás para a sua motivação de base receios, angústias, um medo de perder e um lado pessoal mais passional, onde a sexualidade tem importância. Vénus está ligada por um sextil dissociado a Urano, trazendo alguma originalidade à sua personalidade e à forma como se relaciona, mas também uma necessidade de se sentir livre. Vénus, tão forte, está em aspeto difícil ao eixo FC/MC, indicando que esta via de realização pessoal, seja na moda, nos relacionamentos, na esfera social, encontrará enormes desafios e irá influenciar negativamente a sua vida familiar e reputação pública, revelando também acontecimentos passados associados ao divórcio dos pais, afectando necessariamente os seus próprios relacionamentos. Outro posicionamento que registo aqui e que nem sempre considero é a Lua Negra por estar em conjunção estreita ao ascendente e a Vénus. A Lua Negra revela compulsões e também violência que normalmente é reprimida, por vezes indicia algum problema de ordem física, mental ou complexos físicos, que muitas vezes podem estar associados à sua sexualidade, reforçado pelo facto de Vénus também reger a casa 8 e ter a sua exaltação na casa 6 da saúde. Lua Negra com Vénus está associada a amor e relacionamentos fatais e muito intensos. Não podemos deixar de juntar um Plutão na casa 1, muito forte e poderoso em escorpião, trazendo a promessa de uma poderosa vontade, capacidade de regeneração, mas também compulsões e obsessões pessoais, grande insatisfação e necessidade de manifestar e exercer o seu poder, sendo dado a atitudes extremistas. O seu posicionamento no ponto médio Sol/Lua reforça a sua importância. 20 de Artigos A Casa 10, da reputação e status social, a sua imagem pública está em Caranguejo, de facto o rapaz tímido e sensível, ligado à irmã e à mãe ficou marcado naquele programa de televisão. A Lua está fraca em Capricórnio, mas tem Júbilo na casa 3, conjunta a Neptuno, mas também a Saturno, que no conjunto assume a primazia sobre a Lua e Neptuno, pois está no seu signo de regência Capricórnio e é dispositor daqueles dois. O rigor, a responsabilidade, a moralidade, a ambição e a necessidade de segurança material, de fazer o que está certo, sobrepõem-se ao seu lado sensível e tomam conta dele, e por estarem na casa 3, o seu dia-a-dia, a forma como comunica é automaticamente influenciada por isto, tornando-o tímido e cauteloso. Saturno está retrógrado e rege a casa 4, por isso este rigor e austeridade vêm sobretudo das suas origens e do seu ambiente familiar, do pai ou da falta dele, criando carências emocionais graves por estar junto à lua. A casa 7 em Carneiro revela relacionamentos ativos, impulsivos, em que há competição. O regente Marte está em virgem, muito meticuloso e exigente, procurando a perfeição na acção e grande espirito crítico nesta área. A sua presença na cúspide da casa 12, revela relacionamentos escondidos ou com motivações ocultas de parte a parte e que podem ter relação com a casa 2, porque Marte também rege esta casa, do dinheiro, dos valores, mas também da morte do parceiro por casas derivadas. São também relacionamentos com pessoas conhecidas e com poder, pois Marte está conjunto ao Sol, que rege a casa 11, da esfera social, dos grupos e dos amigos, mas também dos desejos e esperanças, por isso são relacionamentos e relações pelas quais anseia e deposita grandes expectativas também. A promessa de ligação a grupos e pessoas poderosas, mas também críticas e com motivações ocultas é forte, pois o Sol está na própria casa que rege, em Virgem e, Mercúrio, seu dispositor, está na casa 12. O Nodo Sul na cúspide da 11 revela que ao longo da vida existirão acontecimentos esporádicos, de carácter negativo no círculo social e na esfera das amizades e grupos. A conjunção Sol-Marte revela também a sua reputação e actividade na área desportiva, que sempre gostou e praticou com bons resultados, sendo também conhecido por isso e uma forma de libertar a sua energia aprisionada. O AlmutemFigurisé o planeta que melhor definirá a sua existência e vida, por ter mais poder sobre o Sol, a Lua, o ascendente, a parte da fortuna e a sizígia, que no caso é Mercúrio. Além disso também dispõe Marte, a acção e agressividade e rege a casa 12 em que se encontra e casa 9 do estrangeiro e da fé. 21 de Artigos Qualquer planeta na casa 12 é limitador, é um planeta que fica aprisionado e que não consegue exercer a sua função da melhor forma, é dado a impedimentos, pode indicar também doenças crónicas nas áreas significadas pelos planetas e signo da cúspide. Além de existirem 2 planetas pessoais nesta casa, eles não recebem nem fazem aspetos favoráveis a outros planetas, pelo contrário, são múltiplos os aspetos difíceis, o que complica este posicionamento. Marte está combusto e faz uma quadratura a Urano, tornando-o impulsivo e imprevisível, existem tendências agressivas que são reprimidas por Marte estar na casa 12, mas que podem aparecer quando desafiado, especialmente quando se sente enganado, preso ou mentalmente desequilibrado, pois é disposto por Mercúrio. Não me admiraria que fosse violento no hospital ou na prisão onde se encontra, mas só porque é nesta casa que o seu Marte se manifesta, no dia-a-dia, fora destes ambientes, não será assim, só mais evidente na área desportiva. A casa 12, das limitações, das prisões, dos hospitais, do isolamento, dos inimigos ocultos, mas também das doenças crónicas é sempre uma casa difícil de compreender e de ser vivida, pois normalmente ultrapassa a nossa racionalidade, transcende-nos. O AlmutemFiguris, Mercúrio na casa 12 e a reger esta casa, promete prisões ao longo da vida de Renato Seabra, sejam elas físicas ou mentais. Mercúrio faz uma quadratura a Júpiter na casa 9, os seus ideais são elevados mas utópicos, há muita imaginação, sonhos, visões, com pendor religioso e atitudes moralistas, ele próprio disse que ouviu “vozes” quando matava Carlos Castro, com este e outros posicionamentos, como a quadratura entre Mercúrio-Lua e entre Mercúrio-Neptuno, a oposição destes a Júpiter, a quadratura Mercúrio-Saturno indicando também uma enorme exigência consigo mesmo e pessimismo, afetam a sua racionalidade e tornam o seu problema crónico, mais ativo em algumas alturas da sua vida de maior tensão, como foi o caso. Ouvir vozes é perfeitamente credível com este cenário. A regência da casa 9 por Mercúrio e a quadratura a Júpiter ligam o seu exílio, prisão e hospitalização ao estrangeiro. Este é daqueles mapas em que podemos ver que, mesmo planetas tão fortes essencialmente e por isso estáveis, quando mal relacionados e fracos acidentalmente podem trazer muitas dificuldades. 22 de Artigos Notas: 1. A segunda parte deste artigo, sobre o momento da morte de Carlos Castro, será apresentada no próximo número. 2. Dados de nascimento de Renato Seabra com base na certidão de nascimento, obtida na conservatória. Patrícia Azenha Henriques Conselheira da Direcção – membro nº12 www.estudantedeastrologia.com 23 Artigos de A ASTROLOGIA NA LINHA DO TEMPO Sobre o surgimento e a história da astrologia - parte 1 por Vania L .M. Marinelli - membro nº 23 N esta e nas próximas três edições, estaremos expondo alguns dos principais elementos das origens e bases históricas da Astrologia, a fim de que os amantes dessa prática milenar possam se aproximar um pouco mais profundamente das razões que levaram os homens a escolherem o céu como uma forma de relógio existencial, coordenador de suas atividades mundanas. Vale salientar que, de fato, não se pode entender qualquer criação humana, sem, ao mesmo tempo, entender o contexto histórico, espaço-temporal, em que se deu essa criação; percebemos que o contexto faz a necessidade surgir no universo interno humano, tanto quanto acaba fornecendo os elementos possibilitadores de satisfazer, no todo ou em parte, essas necessidades...Reside aí a beleza da Natureza, afinal - o diálogo constituído entre tudo o que nela se apresenta, em interações contínuas, ao longo do tempo de existência das coisas... De modo geral, podemos dividir a história da Astrologia em cinco períodos fundamentais: • Babilônico • Grego • Medieval • Astrologia Moderna I (Primórdios) • Astrologia Moderna II Destes, os dois primeiros, babilônico e grego, podem ser considerados os formadores do conhecimento astrológico que ainda hoje praticamos (com algumas adaptações necessárias, é certo). 24 Artigos de PERÍODO BABILÔNICO Pertence aos mesopotâmicos, especialmente os babilônicos, a prerrogativa de terem ‘inventado’ a Astrologia, nos primórdios da civilização humana. Apesar dos registros mais sistemáticos de fenômenos celestes só começar a ser feito por volta de 1600 aC, o interesse e estudo por esses fenômenos começou, entre tais povos, certamente muito antes. MESOPOTÂMIA era a região (hoje Iraque) que ficava entre dois rios, ‘no meio’(=meso) de dois rios (=potamos), o Tigre e o Eufrates. Aí viveram povos como os sumérios, babilônios, assísios, e hititas. Entre 6000 e 5000 aC, esses povos (como também os egípcios, às margens do Nilo), anteriormente nômades exploradores de terras férteis, onde quer que elas existissem, foram se fixando, estabelecendo mais definitivamente suas raízes civilizatórias, em hordas, tribos, e, finalmente, cidades. Assim aparecem a agricultura e técnicas de irrigação, junto com um anseio crescente, por parte dos seres humanos, de tentar controlar a Natureza - ou, se não tanto, ao menos entender e prever mais produtivamente os seus passos. O homem utilizou o céu como relógio e sistema de referência muito cedo; aí percebeu ciclos e sinais que o tempo ía dando de seu significado intrínseco. As Constelações do Zodíaco (constelações de estrelas ‘fixas’, que, ainda hoje, servem de referência para o chamado zodíaco sideral; são ditas fixas porque mudam de posição muito mais lentamente do que os planetas do sistema solar) foram adotadas como referência astronômica pelos babilônios por volta de 2000 aC. Todavia, sua descoberta é bem anterior, em torno de 3000 aC, pelo povo sumério. Não obstantes essas utilizações, os primeiros registros de fenômenos celestes datam de cerca de 1600 aC; várias cópias desses registros foram encontradas na biblioteca assíria de Assurbanípal (que reinou entre 669-627 aC). São 70 tabuletas, com registros em escrita cuneiforme (=em forma de cunhas). Tomaram conhecimento desses ‘tratados babilônicos’: os judeus, que estiveram cativos na Babilônia de 587-539 aC, e os persas, quando conquistaram a Babilônia, por volta de 539 aC. I imagem escrita cuneiforme Tirada de http://abyss.uoregon.edu/~js/ast123/lectures/lec01.html 25 de Artigos Dos persas, a astrologia babilônica chegou aos egípcios, no período da dominação persa sobre o Egito, 525-404 aC; daí, alcançou o noroeste da Índia (hoje Paquistão), por volta de 509 aC. Parte desse material migrado foi então traduzido para o egípcio e grego (no oeste), e para o sânscrito (no leste). Importante frisar que a astrologia babilônica foi uma forma primitiva de astrologia mundial, e não uma astrologia natal, ou individual. Nesse sentido, promoveu as fundações para uma astrologia elecional - preocupada em encontrar ‘bons’ momentos para o início de atividades, preferencialmente. Os ‘astrólogos’ babilônicos eram escribas, sacerdotes..., os homens ‘letrados’ da Babilônia, considerados homens sábios. Até o século VII aC, nas palavras do historiador da Astrologia, James Holden (1996), “os astrólogos interpretavam os fenômenos celestes depois de terem ocorrido, e muito pouco para adiantá-los”; a típica ocupação desses astrólogos era preparar espécies de ‘relatórios’ explicativos dos fenômenos acontecidos para os reis que os solicitavam. Eis que, no séc. IV aC, começam a surgir procedimentos matemáticos para o cálculo das posições do sol, lua e planetas. Criou-se a circunferência, de 360° (=constructo matemático criado pelos babilônios) e, com ela, a roda de signos do zodíaco; a palavra zodíaco vem do grego, ‘zo[o]’ (animal) + ‘diakós’ (roda), = ‘roda dos animais’. Cada signo com 30°, 12 signos, ao todo, com os mesmos nomes das 12 constelações. Desde o início, na astrologia babilônica, o zodíaco aparece como parte do método criado para achar e referir as posições dos astros, ou seja, como ‘instrumento’ cognitivo de referência, através do qual se poderiam localizar/pontuar as posições dos astros visíveis do sistema solar então utilizados. Mas em que consistiam as teorias matemáticas dos babilônios? - Bem, eram elas puramente numéricas, sem nenhuma relação com as ‘órbitas’ dos planetas - conceito que desconheciam. Os babilônios não conheciam a trigonometria (=parte da matemática que estabelece os métodos de resolução dos triângulos e investiga as funções trigonométricas; de modo geral, a trigonometria tem seu interesse focado no trabalho com ângulos, em suma). Fosse como fosse, com essas novas teorias, os babilônios adquiriam a capacidade de calcular previamente a posição dos astros. Características da astrologia babilônica que, mais tarde, foram adotadas pelos ‘inventores’ alexandrinos da astrologia natal ou horoscópica: 26 Artigos de • Os signos como ‘casas’ dos planetas, e, além disto, a existência de ‘casas secretas’ dos planetas - exaltações, benefícios - em determinados signos - p.ex. Sol em Áries, Lua em Touro... • A subdivisão de cada signo em partes de 12 (1/12), chamados em grego, e depois traduzidos para o latim, de dodecatemoria. • O agrupamento de signos em triplicidades e quadruplicidades. • A utilização do zodíaco fixo ou normal (=sideral), que, àquela altura, começava cerca de 5° antes do ponto vernal (=equinócio de primavera). Em síntese, são estas as principais características da astrologia babilônica, sobre a qual operariam transformações e/ou acréscimos posteriores: • Por volta de 1600 aC, ela começa a ser registrada em tabuletas, com escrita cuneiforme. Aí se reuniam: augúrios e aforismos para uma astrologia mundial (=para toda uma região e seu grupo humano constituinte); também aí ficava estabelecido o princípio fundamental segundo o qual fenômenos celestes estavam relacionados com fenômenos terrestres. • A última expressão dessa astrologia passou aos persas, e, daí, aos egípcios e indianos. • Apesar de não serem astrólogos ‘sistemáticos’ como os babilônios, os egípcios também mapearam o céu, e o fizeram em 36 decanos. Esta viria a ser uma de suas contribuições à astrologia babilônica, chegando a nós como os decanatos que conhecemos. Cada decano tinha suas características individuais, afortunadas ou desafortunadas. Previsões Imagem - Zodiaco de Dendera Como se encontra no Louvre foto Sebi (dominio publico) 27 de Artigos • Por volta do primeiro século da era cristã, viria a ser considerada a idéia de que o decano [=decanato] ascendendo ao tempo do nascimento de alguém dava uma indicação sobre a ‘sorte’ ou ‘infortúnio’ dessa natividade; algum tempo depois, essa idéia levaria ao conceito de ascendente como principal fator astrológico de determinação das casas terrestres. • Dos antigos hindus, a astrologia babilônica utilizaria também alguma contribuição - eles (os hindus) possuíam uma astrologia baseada nas posições da Lua em nakshatras (=‘mansões lunares’), usualmente em número de 27, de 13°20’ cada; tal utilização seria incorporada à noção de zodíaco e de seus 12 signos, com o zodíaco possuindo cerca de 27 nakshatras. • Os babilônios não possuíam nenhuma teoria sobre órbitas, e também não conheciam trigonometria. Mas possuíam engenhosos métodos numéricos para calcular a posição dos planetas, o que os habilitou para calcular as primeiras efemérides de que se tem notícia. • Os babilônios inventaram a circunferência - contructo matemático de 360°, e o zodíaco matemático, composto de 12 signos de 30°; tratava-se de um ‘zodíaco fixo’ (=com base nas constelações do zodíaco). • Os ‘horóscopos’ babilônicos baseavam-se somente no dia, mês e ano de nascimento; nenhuma consideração era dada para a hora. Podemos notar que o conhecimento original da astrologia da antiga Mesopotâmia recebeu contribuições de povos vizinhos e, assim, difundiu-se para além de suas fronteiras iniciais. Na próxima edição, veremos de que maneira essa primeira astrologia alcançou a forma básica de expressão que hoje conhecemos no Ocidente. Para tanto, abordaremos o período seguinte de seu desenvolvimento, comumente conhecido como período grego. 28 Artigos de Fontes bibliográficas / convite (adicional) à leitura: Barton, T. (1994) - Ancient astrology Fagan, C. & Firebrace, R. C. (1971) - Primer of sideral astrology Holden, J. H. (1996) - A history of horoscopic astrology Marinelli, V. L. M. (2006) - A produção de significado na ciência Powell, R. & Treadgold, P. (1979) - The sideral zodiac Stuckrad, K. (2003) - História da astrologia Whitefield, P. (1995) - The mapping of the heavens Vania L M Marinelli membro nº 23 http://www.arionbr.com/ 29 Artigos de ATÉ PARECE UM PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO : os 7 passos de um trânsito de Plutão por António Rosa - membro nº 32 Imagem do site «The Mythical of J.R.R. Tolkien» Este texto foi apresentado em 2005 aos meus antigos alunos de cursos de astrologia. Foi então publicado no site 'Escola de Astrologia Nova-Lis', actualmente em off. Depois, publiquei-o no meu blogue 'Cova do Urso' no dia 25 Setembro 2008. Dois anos depois [a 1 Outubro 2010] voltei a publicá-lo com o mesmo sucesso de leitores. Chegou o momento de o voltar a mostrar aos amigos e leitores, comemorando o 7º aniversário da sua primeira publicação. Bem resistente, este artigo. Agradecido a todos e à vida pela aceitação deste meu texto. Os 7 passos de um trânsito de Plutão podem ser simplificados assim: 1) Somos apanhados numa espécie de penumbra que vai escurecendo. 2) Entretanto, as condições da crise que se vive no momento, vão-se adensando e reformando lentamente todas as direções da nossa vida. 30 de Artigos 3) Neste processo viveremos velhos temores que não resolvemos a seu tempo. São sempre vários. 4) Como consequência das intermináveis transformações que são operadas, não podemos voltar às velhas defesas e resistências emocionais que funcionavam anteriormente e que nos deixaram afastados do crescimento interno. Quem passou por um contato Plutão Lua, sabe do que falo. 5) Ao descermos ao reino de Plutão ficamos despojados do que habitualmente usávamos para encobrir as nossas fragilidades, as nossas forças e os nossos poderes que não eram tão óbvios. É quando o rei vai nu. 6) Em algum canto da nossa alma, algum impulso leva-nos a querer viver esta experiência das profundidades plutónicas. Ir ao nosso abismo, olhar bem para os nossos demónios e regressar à superfície para respirar o ar fresco da vida. É um processo de vários mergulhos sem escafandro. É um dos momentos para cuidarmos da nossa criança interior, deixando-a confortável e feliz, se conseguirmos. 7) Quando o trânsito acaba, descobrimos que não somos a mesma pessoa que fomos no passado e, mais do que isso, que não podemos voltar a ser o que fomos. É a altura de termos uma conversa franca com a nossa Lua e atender às nossas necessidades [consoante o signo, casa e aspectos que forma no mapa natal]. Parece um daqueles programas de recuperação dos alcoólicos anónimos ou afins. É sim, um programa de recuperação, só que de nós mesmos. António Rosa Conselheiro da Direção - membro nº 32 http://cova-do-urso.blogspot.pt 31 de Estudante de Astrologia ASTROLOGIA MUNDIAL Teoria e Prática por João Medeiros - membro nº 19 Síntese Neste artigo, descrevemos os princípios essenciais da jóia da coroa da Astrologia – a Astrologia Mundana ou dos acontecimentos coletivos – discutindo: a sua importância para a comunidade; as principais técnicas utilizadas; a aplicação concreta em casos como o 11 de Setembro e o tsunami da Indonésia; bem como a forma mais adequada para a sua divulgação. Introdução Muitas pessoas desconhecem que os grandes acontecimentos das nações e do mundo podem ser interpretados e até previstos, em certa medida, à luz da Astrologia. Factos como mudanças de regime político, guerras, vitórias desportivas, acidentes, catástrofes naturais ou grandes feitos históricos poderão ser analisados ou identificados com antecipação. A Astrologia Mundana é o ramo mais antigo e provavelmente também o mais temeroso desta nobre ciência, porque lida com forças telúricas - cataclismos, epidemias, guerras - e com memórias muito profundas do inconsciente coletivo. Desde sempre, é considerada pelos entendidos como o mais elevado grau da Astrologia. Pessoalmente, confesso que é a área de estudo astrológico que mais me fascina, particularmente pela perspetiva social e global que compreende, muito além das perspetivas egóicas da mesma a que, infelizmente, tanto nos habituámos. O destino de um indivíduo está contido dentro do caminho da nação e da civilização pelo que não faz sentido nenhum esquecer esta grande matriz que nos envolve quando interpretamos mapas individuais. No entanto, admito que se colocam questões fundamentais neste domínio, antes da “navegação” propriamente dita. Ao querermos ir para uma praia de ondas grandes todos os cuidados são bem-vindos. 32 de Estudante de Astrologia 1 – Para que serve “prever” factos coletivos, como hipóteses de intempéries ou mudanças políticas, por exemplo? Se são inevitáveis, qual o interesse em saber que poderão ocorrer? Qual o propósito em analisar estes ciclos? 2 – Quais os desafios técnicos desta área? Caso seja possível “prever” ou antecipar acontecimentos, como fazê-lo? Que técnicas utilizar? Qual a fiabilidade das mesmas? Como interpretar, em termos concretos? 3 – Como é que, na prática, esta informação deverá ser comunicada e a quem? Ao público em geral ou aos decisores sociais? Para que fins? Em que moldes? Respondendo às questões, uma por uma: 1- Propósitos da Astrologia Mundana Tal como no mapa natal não são interpretados dados absolutos do género – “o seu ordenado vai aumentar em 3000 Euros” – mas sim dados relativos e com ressalvas de bom senso – “o seu ordenado poderá melhorar significativamente, caso você seja determinado nessa meta”- algo semelhante acontece no plano coletivo. Ou seja, jamais um mapa poderá indicar com exatidão quantas pessoas serão vítimas de um possível atentado ou acidente, embora possa prever ser de “dimensões muito acima do normal” ou “com moderado grau de perigo”, quando comparado com semelhantes ocorrências no passado e com a lei das probabilidades astronómicas. Tal como os meteorologistas podem avisar quando poderá surgir um furacão devastador e preparar as populações para a intempérie, o mesmo pode suceder com alguns astrólogos que, daqui a uns anos, devido à credibilidade atingida com as suas investigações consistentes e prognósticos corretos, consigam dialogar com instituições. Como dizia Ptolomeu, o propósito é de prevenir e precaver estragos ao mínimo e, diria eu, também para motivar para as grandes oportunidades, especialmente no caso de eventos de conotação mais positiva. 33 de Estudante de Astrologia Para além disso, no próprio planeamento estratégico e político de um país, este grau de conhecimento pode ajudar, sem dúvida, a evitar grandes desperdícios de tempo e de dinheiro público ao ajudar a compreender as apostas estratégicas mais adequadas. Porém, tal como acontece na Astrologia Natal, esta disciplina deve ser articulada com o conhecimento concreto do terreno e das circunstâncias, num trabalho de equipa e de integração de várias áreas de informação, como a Economia, História, Política, Sismologia, Meteorologia, Filosofia, Psicologia, entre muitas outras. Portanto, na realidade não se trata de prever o inevitável mas de otimizar condições, criar oportunidades, ter visão estratégica, prevenir perdas desnecessárias e potenciar a realização e condições de vida do máximo número de pessoas. Para além de estudar o passado e criar um património de compreensão histórica muito mais rico, do ponto de vista cultural, a Astrologia Mundana (também designada como Mundial ou Coletiva) poderá ser um instrumento que contribua para a gestão estratégica, política e pública dos países, em debate coletivo, e com ganhos significativos para o bem-estar das nações. Por outras palavras, atualmente a Astrologia Mundana tem sido sobretudo um instrumento – mal aproveitado - de estudo e compreensão do passado, ou seja, dos factos já ocorridos. No entanto, acredito eu, que o seu maior potencial é de auxílio à gestão estratégica e política de topo, para o bem público, desde que seja garantida e reconhecida a sua legitimidade científica. E, particularmente, também a nível do debate público, na medida em que se crie uma comunidade astrológica suficientemente ampla. Portanto, da mesma forma que através do estudo de um mapa astrológico de uma pessoa compreendemos as suas forças, desafios e potenciais evolutivos o mesmo pode acontecer na descoberta da identidade de um país, seu propósito e ciclos de mudança. Resumindo, os propósitos da Astrologia Mundana são: Analisar o PASSADO – contribuindo para maior cultura histórica e para a investigação astrológica o que, por sua vez, permitirá interpretar o presente e o futuro coletivos com mais fiabilidade. 34 de Estudante de Astrologia Analisar o PRESENTE – contribuindo para o debate coletivo em torno de questões que concernem a todos, como a evolução económica, climática, política, social, entre outras (embora esta análise só seja possível com uma boa perspetiva do passado e do futuro) Analisar o FUTURO – contribuindo para a discussão pública e política de decisões estratégicas das cidades, países, nações e federações, tendo em vista a construção de sociedades conscientes das suas funções e ciclos, e com visão global. 2 – As Técnicas de Astrologia Mundana Sendo o ramo mais amplo da Astrologia é também o mais exigente e complexo. Desde logo pela questão da identificação dos momentos de nascimento das cidades ou países, algo que exige investigação histórica e ainda assim comporta alguma subjetividade. Quando é que se pode afirmar que nasceu um país? Por outro lado, a análise mundana exige a articulação de vários mapas em simultâneo, além da consideração de muita informação auxiliar à própria Astrologia. Não é uma tarefa de investigação fácil, mas provavelmente a mais valiosa. Poucos investigadores contemporâneos conseguiram desbravar terreno nesta matéria. Particularmente, destaco o britânico Nick Campion(1) pelo excelente trabalho de recolha das técnicas mundanas e de pesquisa dos mapas astrológicos dos Estados modernos. Desde os primórdios da Astrologia(2) , considerava-se que determinados povos e regiões estariam associados a determinados Elementos e Signos, e os planetas a direções cardeais. Por exemplo, o Elemento Água estaria associado aos povos escuros (africanos) e aos quadrantes geográficos Sul-Oeste; o signo Carneiro/Áries a povos germânicos e bárbaros; o planeta Saturno aos ventos de Leste, e assim por diante. Na questão meteorológica e de intempéries, o Fogo estava associado a clima quente e seco mas, por exemplo, Sagitário seria moderadamente quente por ser já um signo de Outono, no hemisfério norte. Cada lunação calculada para um local, seria um bom indicador para a identificação do clima nesse mês, para essa zona. Em termos concretos, factores como as estrelas fixas e os cometas entravam na análise e, fundamentalmente, ciclos de grandes conjunções, ingressos e eclipses(3). 35 de Estudante de Astrologia 2.1 Os Grandes Ciclos Do ponto de vista da hierarquia da interpretação, poder-se ia considerar primeiro os grandes ciclos da Terra, entre os quais poderemos destacar o grande ciclo de 360 000 anos – o Ano Mundial - com a conjunção de todos os astros em Carneiro/Áries ou o ciclo de 26000 anos da precessão dos equinócios, mais em voga atualmente. Esses seriam os panos de fundo contra o qual seriam interpretados ciclos “menores” como os milénios e séculos. O Ano Mundial era dividido segundo Abu Mashar(4) em ciclos de 1000 anos, 100 anos, 10 anos e 1 ano – os chamados Qismas. Mas os ciclos do mundo seguiriam também outras sequências de tempo (as Intiba e Fardar), que articulavam como um relógio signos e planetas, com números de anos nem sempre iguais para cada período. Como exemplo mais simples, uma Fardar Máxima teria 360 anos e seria regida em cada ano por um signo e um planeta, começando em Carneiro/ Áries e Saturno, seguindo depois a ordem natural dos signos e a ordem caldaica dos planetas. Na Fardar Grande, de 78 anos, Carneiro/ Áries governaria os primeiros 12 anos, a seguir Touro com 11 anos e assim sucessivamente. O Ciclo da Precessão, por sua vez, é o que origina o conceito popular das Eras astrológicas. Está associado ao movimento aparente das estrelas fixas que formam o Zodíaco sideral em combinação com o eixo dos equinócios-solstícios - o Zodíaco natural. É causado pelo movimento cónico da Terra em torno do seu eixo, em aproximadamente 26 000 anos. Entre as principais estrelas (que “andam” um grau do Zodíaco a cada 72 anos) destacam-se as Estrelas Reais da Pérsia - Antares, Aldebaran, Fomalhaut e Régulus - que formam uma cruz e as estrelas Spica, Algol e Sirius. Por exemplo, atualmente (2012) vivemos a transição da Estrela Régulus (o Coração do Leão) para o setor natural de Virgem (5). Todas estas estrelas são importantes devido á sua magnitude (brilho) e à sua proximidade da eclíptica. A partir daqui poderemos dividir o ciclo de 10 graus do Zodíaco (um decanato) de progressão de uma estrela nos céus – equivalente a 720 anos – e assim sucessivamente até perfazermos uma Era (um signo equivale a 2160 anos), uma Civilização (três signos correspondem a 6480 anos) ou um Mundo (o zodíaco inteiro, ou seja, o Grande Ano da Precessão de 25 840 anos) 36 de Estudante de Astrologia Porém, o grande ciclo precessional também poderia ser dividido em 5 ciclos de 5125 anos (a medida dos “Mundos” da Astrologia Maia) ou 7 ciclos de 3691 anos, cada um deles regido por uma estrela polar, como sugeria Dane Rudhyar(6). A acrescentar a estes conceitos os antigos consideravam também os ciclos sinódicos dos planetas, a base para o cálculo dos seus Anos Máximos(7) que eram ciclos de validade de Dinastias ou Estados. O Sol teria um grande ciclo máximo de 1461 anos; a Lua de 520 anos; Mercúrio de 461 anos; Vénus de 1151 anos; Marte de 284 anos; Júpiter de 427 anos e Saturno de 256 anos. Em termos objetivos, se um país tivesse afinidade com um destes planetas, a duração das suas dinastias e ciclos políticos estariam associadas ao ciclo desse mesmo astro. É o que acontece com Portugal cujas dinastias seguem claramente o ciclo máximo de Saturno (256 anos) desde a sua fundação (8). Mas na prática, a Astrologia tradicional considera fundamentalmente o ciclo de conjunções de Júpiter e Saturno, como os grandes senhores do tempo, e o verdadeiro pano de fundo do desenvolvimento das nações e sociedades. Um ciclo de conjunções Júpiter-Saturno dura cerca de 20 anos – que se designava como Specialis ou o ciclo Mínima. Estas conjunções verificam-se a ciclos de cerca de 200 anos em cada Elemento (9) – chamado de ciclo Média ou Trigonalis – e no seu conjunto, através dos 4 Elementos, em ciclos de 800 anos – a Máxima ou Climacteria. A Mínima estava relacionada com ciclos de governos e reinados (20 anos); a Média com ciclos de dinastias ou famílias (200 anos); e a Máxima com ciclos de nações, Estados ou reinos (800 anos). Diagrama 0 – Ciclo de Conjunções de Júpiter-Saturno nos 4 Elementos, de 1425 a 2179 d.C. Legenda: (A) Signo Cardinal (B) Signo Fixo (C) Signo Mutável 37 de Estudante de Astrologia Por exemplo, a última Trigonalis de Água verificou-se entre 1420 e 1600, quando se verificou no mundo um paradigma de expansão pelas navegações; a Trigonalis de Fogo de 1603 a 1802 onde se assistiu a paradigma de independência de nações como os Estados Unidos da América e ao uso das armas de fogo; de 1802 a 2020 a Trigonalis de Terra com a expansão do materialismo e da produção em massa. A partir de 2020, começará o ciclo de Ar com o desenvolvimento maior de princípios de federalismo e cooperação. Os ciclos de Júpiter-Saturno estão em total correlação com a Astrologia Maia, que considera os ciclos: de 1 Tun equivalente a 1 ano solar; 1 Baktun equivalente a 19, 8 anos (o ciclo da Mínima); 1 Katuns equivalente a 394 anos (metade do ciclo da Máxima)(10). 2.2 Os Ciclos do Presente Se tivéssemos que estabelecer um modelo de sequência interpretativa para os ciclos correntes(11) atendendo ao que nos foi chegado pelos antigos, esta seria uma abordagem possível: -Passo 1Estabelecer o Mapa do Grande Ciclo da Mínima ou Specialis – a 1ª conjunção de Júpiter e Saturno num novo Signo (e “mapa da Revolução do Mundo” - ingresso do Sol em Carneiro/Áries precedente a essa conjunção) para a região pretendida. Este é o mapa do ciclo mundial de 20 anos, em curso, e base sobre a qual se interpretam eclipses, lunações, ingressos e os eventos em cidades, países ou regiões. -Passo 2Identificar eclipses solares e lunares importantes. Os mapas dos Eclipse Solares terão um período máximo de 3 anos de validade em conformidade com a duração em horas do mesmo (uma hora equivale a um ano). Nos Eclipses Lunares cada hora de duração terá equivalência a 1 mês. Eclipses mais potentes terão maior duração e mais quadraturas. Quanto maior a visibilidade, angularidade do Eclipse e sua afinidade com a região envolvida (por exemplo, Portugal está associado às Águas de Peixes e Câncer/ Caranguejo) maior o seu efeito nessa área geográfica. 38 de Estudante de Astrologia -Passo 3Para anos específicos, interpreta-se a Revolução do Mundo (ingresso do sol em Áries/ Carneiro) seguindo determinadas regras, de acordo com a Astrologia antiga. Por exemplo, se o Signo Ascendente fosse fixo (e ainda por cima o seu regente fixo) essa carta revelaria a tónica das questões importantes no ano inteiro. Mas se o Ascendente fosse Cardinal, seria necessário interpretar em mais detalhe o ingresso do Sol nas 4 Estações. Se fosse Mutável, o ingresso do Sol em Balança/Libra seria mais revelador em relação aos últimos 6 meses do ano. -Passo 4Para interpretar um mês em específico – do ponto de vista político e climático – a lunação seria necessária e, especialmente, as duas fases mais importantes (Lua Nova e Lua Cheia). -Passo 5E, assim sucessivamente, se soubermos os mapas do Estados ou da fundação das cidades seriam cruzados com os mapas anteriores, o que aumentaria ainda mais a complexidade de análise. 2.2.1 Exemplo de Aplicação: o Ataque de 11 de Setembro de 2001 Como exemplo prático 1, vejamos um caso bem conhecido - o 11 de Setembro de 2001 - acontecimento que foi previsto pelo astrólogo tradicional Robert Zoller, cerca de um ano antes – “um atentado terrorista na costa leste dos EUA, que chocará a todos, em Setembro de 2001 e, devido a incúria das autoridades, atingirá o cidadão comum; o Estado norte-americano deveria prevenir-se melhor contra inimigos terroristas, como Osama Bin Laden ou Sadam devido à hipótese de perigo nesta altura e nesta região em particular”(12). Quando se analise um país num determinado ano, normalmente, os mapas calculados para a capital (neste caso Washington DC) seriam os temas chave. No entanto, em casos de países com uma grande amplitude geográfica como o Brasil ou EUA, faz sentido calcular também os mesmos para as capitais regionais. Nesta análise, não vamos utilizar todos os mapas necessários, apenas os mais relevantes. 39 de Estudante de Astrologia Diagrama 1 – Mapa da Grande Conjunção Júpiter-Saturno de 2000 (28 Maio), calculada para Washigton DC Este mapa terá uma validade até à conjunção seguinte, que se verifica a 21 de Dezembro de 2020. Uma vez que existe uma grande dominância de astros na Casa 10, é de notar que as questões de liderança do Estado americano e da sua projeção no mundo teriam tendência a dominar os eventos de Maio de 2000 a Dezembro de 2020. No entanto, uma vez que Algol, a estrela mais nefasta dos céus, está localizada no Meio-do-Céu esta liderança conservadora e de tendência material poderia ter contornos de irracionalidade e belicismo. Isto seria particularmente claro porque o regente dos inimigos - Saturmo - e da casa da ansiedade, perda e morte – Júpiter - estão também conjuntos ao Meio-do-Céu. Em termos objetivos, este mapa parece indicar uma certa teimosia da governação americana em ter o seu papel de liderança nos governos do mundo e manter o seu estatuto económico, devido ao poder crescente da concorrência (Júpiter e Saturno sobre a cúspide) e, nomeadamente, da moeda única europeia – o Euro – desde 1999. Calculando umas progressões simples, estabelecendo uma correspondência de 360 graus a 20 anos e 7 meses (a “validade” do mapa), cada signo corresponde a 1 ano e 8 ½ meses e cada grau a 20 dias. Progredindo a conjunção de Saturno-Júpiter para a conjunção ao Sol, obtemos 15 graus que corresponde à época de Março de 2001 quando o governo de Bush, de tom conservador e pró-armamento, começou a assumir o seu poder (tomou posse a 20 Janeiro). 40 de Estudante de Astrologia Poderíamos interpretar como se fossem os interesses inimigos do povo americano (Saturno, regente da 7 e Júpiter, regente da 8) a tomarem conta do país – Sol, que rege o Ascendente. Progredindo a mesma conjunção Júpiter-Saturno para a conjunção com Marte obtemos 24 ½ graus a que corresponde a data de meio de Setembro de 2001 em que esses mesmos poderes contrários ao povo americano atingem-nos nas suas fundações (Marte rege a casa 4) e desencadeiam guerra internacional (Marte rege a 9). Diagrama 2 – Direções Simbólicas de Júpiter-Saturno, no Mapa da Grande Conjunção de 2000 Reparemos que este mapa aplica-se também ao mundo inteiro, se ignorarmos as cúspides pelo que as datas referidas seriam sempre representativas de grandes alterações políticas no globo, independentemente do que significassem também no mapa dos EUA. Verificando agora o ingresso do Sol em Áries/ Carneiro para o ano de 2001, calculado para Nova York (e quase igual a esse mesmo mapa calculado para Washington) reparamos que tem o Ascendente fixo – Touro - conjunto a Saturno e Algol. Segundo a Astrologia tradicional, este mapa terá a validade de um ano (ascendente fixo). 41 de Estudante de Astrologia Vários indicadores apontam para o lado potencialmente perigoso deste mapa, em termos de ataques de inimigos, para além do forte indicador de Saturno Algol conjuntos no Ascendente. Vénus, regente de Ascendente está exilada, retrógrada, na casa 12 e em quadratura a Marte (regente dos inimigos – a Casa 7) por Antíscia . O planeta Júpiter, regente da 8, está exilado na Casa 1. Diagrama 3 – Revolução do Ano 2001 (ingresso do Sol em Carneiro/Áries), calculada para Nova York Dado que Saturno rege também os governantes (Casa 10) e a política internacional (casa 9) era de esperar que a tal “irracionalidade” e “belicismo” representados no Mapa da Grande Conjunção, se manifestassem nesse ano. Saturno está também colocado, por antíscia, no Fundo-do-Céu, representante do território (“Ground Zero”). Fazendo a progressão simbólica de Marte (que rege os inimigos e a guerra) até à conjunção com Júpiter (que rege as perdas – casa 8) encontramos também a data de meio de Setembro de 2001. Nesta progressão, cada signo equivale a cerca de 1 mês, uma vez que o mapa inteiro tem a validade de 1 ano. 42 de Estudante de Astrologia A arma da destruição é representada por Júpiter em Gémeos: os aviões (Júpiter) que atingiram as torres gémeas (Gémeos). Outros mapas, como o do Eclipse da Lua anterior ao acontecimento, também reforçam claramente toda esta conjuntura. Pessoalmente, partilho da opinião que todo o ato foi uma conspiração de dentro do próprio Estados Unidos, ou seja, arquitetado por algumas elites americanas com interesses financeiros e de armamento, para legitimarem atos de guerra e a tentativa de controlo do petróleo, entre outras coisas. A Astrologia, porém, não valida absolutamente esta versão conspiratória mas descreve genericamente no espaço e no tempo a evolução dos factos, como se pôde constatar. 2.2.2 Exemplo de Aplicação: o Tsunami da Indonésia de 2004 No Mapa da Grande Conjunção de Júpiter- Saturno para a Indonésia (capital Jakarta) destaca-se a colocação de Júpiter-Saturno conjuntos ao Fundo-do-Céu, e em quadratura ao Ascendente. Esta combinação sugere uma reestruturação grande das bases territoriais deste país entre 2000 e 2020, possivelmente com violência, uma vez que Algol está no Fundo-do-Céu e porque Saturno é regente também da Casa 12 e da Cauda do Dragão. Em termos evolutivos e políticos, a proposta é a de uma nova significação da Democracia neste país com tradições ditatoriais, uma vez que o Ascendente é Aquário e porque a Casa 4 está também associada ao povo. É o que tem ocorrido desde 1999, dado que o país está numa grande aprendizagem democrática, ainda que com conflitos internos e alguns ataques terrorista. Diagrama 4 – Mapa da Grande Conjunção Júpiter-Saturno de 2000 (28 Maio), calculada para Jakarta, na Indonésia 43 de Estudante de Astrologia Em mapas mundanos representativos de acontecimentos naturais que afetam a propriedade e as massas, como terramotos, abalos sísmicos e grandes destruições, é comum haver uma colocação maléfica no Fundo-do-Céu e em quadratura ao Ascendente, como acontece neste caso. De 2004 a 2010, este país passou já por 12 catástrofes naturais, incluindo 10 terramotos, 2 cheias e 1 erupção vulcânica. De todas as catástrofes recentes que abalaram este país, o tsunami de 26 de Dezembro de 2004 está na memória do mundo inteiro. O abalo sísmico que o originou, foi o terceiro maior alguma vez registado na história da humanidade (escala de 9.3). A progressão encontrada para este evento, a partir do mapa da Grande Conjunção, corresponde à primeira quadratura de Mercúrio (regente da casa 8 e associado tradicionalmente a mudanças climatéricas) ao planeta Marte, astro associado a emergências e acidentes. A revolução do ano de 2004 (ingresso em Carneiro/Áries) mostra a Água de Caranguejo/Câncer como o tom geral do ano zodiacal. Saturno é o regente geral das perdas (Casa 8) estando na Casa 12 (a casa dos eventos naturais destrutivos), em Exílio, em quadratura ao Sol e ao ponto Antíscia da Lua. Esta é a regente do Mapa e está praticamente combusta. 44 de Estudante de Astrologia Diagrama 5 - Revolução do Ano 2004 (ingresso do Sol em Carneiro/Áries), calculada para Jakarta Porém, como o Ascendente é Cardinal, segundo as regras antigas, teremos que calcular o mapa de cada nova estação do ano, para ter informação mais adequada sobre a mesma. No mapa do ingresso do Inverno, Sol em Capricórnio, válido de 21 de Dezembro de 2004 a 21 de Março de 2005 é notória a informação de uma possível destruição pelas águas. Diagrama 6 - Ingresso do Sol em Capricórnio em 2004, calculado para Jakarta 45 de Estudante de Astrologia Saturno está mesmo no Ascendente, retrógrado, exilado, e regente da 8, conjunto a uma estrela nefasta. Nada mais próprio, para a indicação de uma parede gigante de água. Para além disso, Saturno faz quadratura ao Fundo-do-Céu, o território, tornando-se duplamente forte sendo esse o ingrediente final sugerido para um elevado perigo. Marte faz quadratura à Lua, por Antíscia, acrescentando ainda mais tensão ao tema. Para a datação do momento do tsunami, um provável indicador seria a distância de Saturno (o agente “maléfico”) progredido em direção à conjunção do Antíscia da Lua (regente do país, a 26 ½ de Leão) em quadratura exata a Marte. Como o ingresso é válido por 90 dias, cada signo (30 graus) corresponde a cerca de 7 dias pelo que a data encontrada corresponderia a 28 de Dezembro de 2004, muito próximo da data do evento (26 de Dezembro). 2.2.3 – Semelhanças entre as Tragédias Em ambos os mapas das Revoluções do Mundo (ingressos para as respetivas épocas), tanto para o 11 de Setembro como o tsunami da Indonésia, o planeta Saturno está debilitado no Ascendente, trazendo a sua pior faceta – destruição – e em relação com o Fundo-do-Céu, por conjunção do seu Antíscia (2001) ou quadratura (2004). Diagrama 7 – Posição de Saturno nos Ingressos associados respetivamente ao atentado de 11 de Setembro 2001 e Tsunami da Indonésia 2004 46 de Estudante de Astrologia Ambos os regentes da casa 8 (Júpiter no primeiro caso, e Saturno no segundo) estão na Casa 1, próximo do Ascendente, e nos seus signos tradicionais de Exílio. No caso, os Elementos associados ao planeta regente da 8 indicariam a proveniência da destruição – Júpiter em Gémeos (o Ar – os Aviões) e Saturno em Caranguejo/Câncer (a Água – os Mares). Previsões Os mapas da Grande Conjunção para ambos os países também denotam a tensão (e oportunidades) a que estes países – EUA e Indonésia – estariam sujeitos durante o ciclo de 2000 a 2020, nomeadamente pelas posições destacadas de Júpiter e Saturno. Seria impossível prever a magnitude destes acontecimentos com exatidão, mas sim a sua característica excepcional e de repercussão global. Segundo a Astrologia, não seria possível prever quantas poderiam ser as vítimas diretas do 11 de Setembro, mas sim que seria um ataque não convencional, nessa semana e nessa região, tendo um grande impacto no inconsciente coletivo dessa nação e do mundo. A análise e previsão do astrólogo norte-americano Robert Zoller, assim o provam. Pela mesma razão, seria possível prever o tsunami em termos de importância relativa, data e locais, mas não exatamente os estragos materiais e as respetivas vítimas. Mapas associados a acontecimentos mais festivos, como revoluções democráticas e outros grandes eventos sociais têm também uma enorme capacidade de refletirem as circunstâncias, desafios e oportunidades em curso. 3 – A Comunicação da Análise Mundana Hoje em dia, os astrólogos não contam ainda com uma grande reputação nos meios académicos, ao contrário do que já aconteceu noutros tempos. Por isso mesmo, qualquer aviso ou análise de grandes eventos dificilmente teria qualquer impacto em termos de política de prevenção civil ou de debate público. Mas por essa mesma razão, os astrólogos devem evitar uma reputação ainda pior, criando falsos alarmismos sem uma investigação suficientemente fundamentada, prejudicando ainda mais a nobreza e força da sua ciência. Só a solidez das suas análises, em relação ao passado da humanidade, poderá criar uma base para uma previsão certeira e, mesmo assim, comunicada num contexto de probabilidades. 47 de Estudante de Astrologia É verdade que a credibilidade da Astrologia Mundana dependerá da forma como se tornará prática, conseguindo efetivamente prever acontecimentos coletivos, antes da sua ocorrência. Porém, a reação do público em geral, e particularmente do público académico, terá tendência a ser sempre emocional devido ao estereótipo já criado em relação aos astrólogos. Se o astrólogo “falhou” – é porque “a Astrologia é mesmo uma treta”. Se o astrólogo “acertou” – é por “mera sorte” ou por uma qualquer “intuição”, e não devido à aplicação dos princípios da sua ciência astrológica. É incrível como o facto de o atentado do 11 de Setembro ter sido previsto cerca de um ano antes por um astrólogo tradicional, que por sinal era um grande estudioso, tenha tido tão pouca repercussão na opinião pública. Parece-me que o caminho para a credibilização da Astrologia Mundana como instrumento de auxílio estratégico a decisões políticas e debate público passará pelo trabalho de investigação sério, documentação e estudo, baseado em factos históricos e no teste às técnicas. Numa segunda fase, será possível então alcançar um grau de confiança razoável em previsões futuras e interpretações da atualidade, à medida que a comunidade astrológica se una e divulgue estes estudos. Só numa terceira fase, que provavelmente estará ainda a umas décadas de distância, será possível que entre em grande escala no debate público, com outra credibilidade e utilidade em termos estratégicos e das consciências nacionais. Resumindo, ainda que à posteriori seja relativamente fácil identificar os grandes eventos globais, parece-me que o caminho depende de um laborioso estudo, com sentido crítico, da história da humanidade e dos países, em termos astrológicos. As interpretações realizadas sobre a atualidade e futuro são, contudo, sempre bem-vindas se envolverem um discurso cauteloso nas palavras e um propósito construtivo, articulado com os registos do passado e com outras áreas do conhecimento, visando uma perspetiva estratégica, diferente e útil. Cá estamos, para o trabalho! 48 de Estudante de Astrologia No próximo artigo, abordaremos a Grande Conjunção Júpiter-Saturno interpretada para Portugal e Brasil, bem como o ingresso do ano novo astrológico em Carneiro/ Áries 2013 – a chamada Revolução do Mundo. Bibliografia: (1)- Mundane Astrology, M. Baigent, N. Campion e C. Harvey (1989) e The Book of World Horoscopes, Nick Campion (1995) (2) - Tetrabiblos, de Claudius Ptolomeu (séc. II d. C.) (3) – Starry Messenger, de William Lilly (1645) e Dark Year, de William Lilly (1652) (4) - De Magnis Coniunctionibus, de Abu Ma'shar al-Balkhi, tradução de Yamamoto, Ch. Burnett, Leiden (2000), 2 volumes, (Textos em árabe e Latim) e The Thousands of Abu Mash’ar, de David Pingree (1968) (5) – Artigo “Régulus em Virgem: a Nova Era Mundial”, de João Medeiros, in Jornal Astrológico 4 Estações, edição especial de Dezembro de 2012 (6) – Astrologia da Personalidade, Dane Rudhyar (1935) (7) - Tools and Techniques of the Medieval Astrologer, Robert Zoller (1999) (8) - Oceano Ascendente – Ciclos Astrológicos de Portugal, João Medeiros (2004) (9) – Alguns autores referem-se a Trigonalis como um ciclo de 240 anos e à recorrência do mesmo ciclo (a começar no mesmo signo) – da Climacteria – de 960 anos. (10) – Artigo “The Long and Short of the Mayan Calendar”, de Bruce Scofield, in Revista The Mountain Astrologer, Dezembro 2004 - Janeiro 2005 (11) - The Real Astrology, John Frawley (2000) (12) – Jornal astrológico NUNTIUS – de Setembro de 2000 - Robert Zoller escreveu, “ I again draw attention to the increasing threat of Islamic terrorism and that it will be felt on the US mainland. The greatest period of danger is in September 2001. I am not looking at any other forms of terrorism though also anticipate others. I am looking at terrorism that is rooted in Islamic fundamentalism and directed at everyday citizens going about their daily business in our own cities.The destruction and loss of life will shock us all. I repeat my warning now for the third time that unless the US remains vigilant it will be caught unprepared and will be rocked to its very core. It will be called an act of war but unlike any other in our history. Our culture and way of life and lives are at risk 49 Estudante de Astrologia de For the third time I say this we have had our wake up call.” Interpretação repetida mais tarde na edição de agosto de 2001: "From September, 2001 we are entering a period of increased danger to us in the West. In an earlier Nuntius I said that there is an increasing threat to the US citizens and this is particularly so on the Eastern sea boarder. I have also said that this threat is linked not so much to a new boldness in terrorist planning but more to US incompetence. At that time I couched those remarks as being non-astrological so as to play down the warning but I say again as was said in the July Nuntius if the US does not cease acting incompetently, it will invite the depredations of adventurers such as Osama bin Laden and Saddam. This is a wake up call. Our way of life and cultural values (& our lives) are at stake. " Notas: Todos os mapas astrológicos calculados através do software Solar Fire 7.0 - Antíscia: das mais antigas técnicas da Astrologia (Ptolomeu; Maternus; Vallens); estabelece a correspondência entre pontos-espelho do Zodíaco, simétricos a partir dos eixos dos solstícios (0º Capricórnio – 0º Câncer/ Caranguejo). Assim, por exemplo, o grau 10 de Escorpião projeta o seu Antíscia para o grau 20 de Aquário; o grau 12 de Capricórnio com o grau 18 de Sagitário. Os Antíscia revelam dinâmicas escondidas do mapa astrológico e são importantes quanto mais exato o aspeto que formam. João Medeiros Conselheiro da Direção - membro nº 19 http://joaomedeiros.org/blog/ 50 de Rubrica Caso Real - Pergunte ao Astrólogo por Luiza Azancot - membro nº 15 Esta coluna responde a uma pergunta de um leitor (a) e explica como um astrólogo organiza a informaçãoque é dada pelo tema astral e a põe no contexto de vida do cliente. A forma como cada astrólogo analisa os símbolosplanetáriosdepende da sua formação, das suas preferências pessoais e da sua experiência. Um grande número de técnicas são válidas desde que a simbologia e a boa prática astrológicasejamrespeitadas. Esta coluna reflete a forma como trabalha Luiza Azancot, astróloga C.A. NCGR-PAA. Pergunta feita por S.homem de 50 anos (nome e dados de nascimentos são confidenciais): Desde 2012 que tenho tido uma serie de problemas com a minha companhia. Com recebimentos muito atrasados não tenho podido desenvolver o meu negócio. Os piores meses foram maio, junho e julho mas apesar das coisas estarem um bocadinho melhor não consegui recuperar as perdas sofridas. Tenho algumas hipóteses de recuperar esses montantes, sair desta situação de dívida à banca ou será melhor declarar falência? 51 de Rubrica Nota: S. é o único proprietário da sua empresa, fundada e desenvolvida por ele. Considera-a como uma extensão de si próprio. Análise da carta O Sol em Carneiro, signo cardinal, de fogo e regente do Meio do Céu, é bem o retrato do empresário capaz de agir autonomamente. O Sol está em trígono ao Meio do Céu o que ainda lhe facilita mais a tarefa. A casa 5 representa as nossas criações quer sejam os filhos, obras artísticas e neste caso uma empresa. Com o Sol na casa 5 onde se sente muito bem pois é a sua casa natural, S. considera a sua empresa como um verdadeiro filho. A Lua em Capricórnio revela uma necessidade de ter sucesso, de ver resultados ligados à sua capacidade de realização. Sente-se bem emocionalmente se produzir coisas palpáveis, mas em momentos de stress pode atrair quer sentimentos de culpa relativamente à situação difícil que é vista como um fracasso quer sentimentos pessimistas e negativos. Os planetas junto aos ângulos tem grande peso em termos de personalidade e Saturno no Fundo do Céu cujo regente natural é Caranguejo, repete o tema arquetípico da Lua em Capricórnio. S.pode ter tido uma infância ou um principio de vida rigoroso onde lhe foram pedidas responsabilidades muito cedo o que formou o seu caracter. As responsabilidades familiares podem manter-se através da vida o que lhe dá menos campo de manobra em questões financeiras e sentir que precisa de ter uma base segura não só para si como para a sua família. O medo de perder essa base segura deve-o ter motivado a fazer esta pergunta. O fato de Saturno estar também conjunto ao nó lunar sul reforça a possibilidade de S. sentir subconscientemente que pode estar a pagar uma dívida cármica. Em compensação o nó lunar norte está na casa 10, da carreira, em conjunção com o Meio do Céu a mostrar a relevância na sua vida do seu trabalho como empresário. Com Neptuno no Ascendente S. pode não ter uma imagem muito forte de si próprio, o que contribui para as suas dúvidas sobre a possibilidade de recuperar. 52 Rubrica de http://astrolibrary.org/birth-chart.html Trânsitos Durante os piores meses desta situação Saturno por trânsito fez a sua passagem retrógrada em oposição à Vénus natal de S. e saiu finalmente dos 24 graus de Balança em agosto. Este factor deve ter contribuído para a escassez de liquidez. Paralelamente Neptuno por trânsito está desde Março em conjunção com Júpiter natal, regente da casa 2 que significa recursos materiais. A casa 2 estava também a ser acionada por Plutãopois este planeta estava finalizando o seu trânsito nesta casa ao mesmo tempo que inicia uma longa quadratura ao Sol de S. Respostas e Conselhos http://www.sincerelyalana.com/2012/05/finding-your-way.html 53 de Rubrica Neptuno ainda está afectar Júpiter regente da casa 2 (dinheiro) por isso muito cuidado e realismo. Nada de otimismos excessivos e construir castelos no ar. Concentre-se no dia a dia e não em planos de longo prazo. Esta época requer muita prudência e gestão conservadora evitando demasiados riscos. Em 2013 a lua progredida fará sua entrada na casa 2 mostrando que questões financeiras mantem um grande focos na sua vida. Plutão já saiu da casa 2 e a Saturno já não está a afectar negativamente Vénus, o planeta dos recursos e regente natural da 2 e da 7, mas dirige-se para uma conjunção com o Ascendente pedindo-lhe que suporte responsavelmente esta situação de crise. Terá a ajuda de Júpiter, o planeta da abundancia, que entra por trânsito na casa 8, casa que representa o crédito que obteve na banca. Esta energia augura boas possibilidades de créditos adicionais e mesmo a de receber pagamentos atrasados e assim poder recuperar financeiramente mas terá que tirar lições desta crise e fazer modificações na forma como gere a sua vida e a sua empresa. Não lhe posso dizer se deve ou não abrir falência uma vez que não tenho conhecimento das implicações legais desse ato no país onde vive. Mas com Neptuno a afastar-se de Júpiter e uma gestão realista não vejo a falência como uma saída obrigatória. O que não quer dizer que não deva examinar as causas das suas perdas. É fundamental compreender aenergia de Neptuno pois este planeta está em quadratura aos nós lunares. É através de experiencias neptunianas (dissolução do que já construiu, desilusões, perdas, dor) que vai prosseguir no caminho do seu destino. Foi excesso de idealismo de que tudo correria bem para sempre? Neptuno no Ascendente, Mercúrio em Peixes e pouco ar podem ter contribuído para o fazer sair dum paradigma lógico e entregar-se à sua intuição que desta vez não estava tão apurada. Do ponto de vista espiritual pergunte a si próprio se esta experiencia mudou a sua atitude relativamente aos bens materiais. O que lhe ensinou? Estava-se a tornar uma pessoa que se identifica totalmente com a empresa e os bens materiais descurando a família e as obrigações da casa 4 e nó lunar sul? As lições deste período estão a modificar quem é, o seu ego, a ensinar-lhe o que é realmente importante? A sua carta apresenta um yod, também chamado “dedo de Deus” composto por dois quincôncios apontados ao Sol, o centro da personalidade, a energia que dialoga com o ego. O Sol vai estar em 2013 ativado por trânsito quer por Úrano (conjunção) e por Plutão (quadratura), duas energias fortíssimas que requerem mudanças e transformação em si próprio e na forma como interage com o mundo. 54 Rubrica de Por isso não pode voltar aos padrões do passado, vai ter que fazer ajustamentos que lhe serão inconfortáveis e difíceis mas inevitáveis para o seu desenvolvimento pessoal e empresarial. Vai ter que ser forte e acreditar nos seus talentos e nos novos objetivos a prosseguir. Avance com firmeza mas evite situações que se assemelhem a campos de batalha Na sua carta natal tem uma quadratura entre Saturno e Neptuno que vai ser reforçada no fim de 2013 pelo trânsito de Saturno por isso evite sentimentos de culpa porque más decisões e períodos difíceis acontecem a todos. Com a responsabilidade familiar que tem tido pode levar este sentimento de a um ponto injustificadamente paralisante. A imaginação (Neptuno) pode pintar um quadro muito negro, com pinceladas de pessimismo (Saturno). Contra ponha com a visão do nó lunar norte em Leão que lhe pede que se dirija ao futuro com coragem e confiança, acreditando em si próprio. Luiza Azancot Conselheiro da Direção - membro nº 15 http://www.astrocape.com 55 Previsões de JUPITER E CAPRICÓRNIO O CAMINHO AO TOPO DA MONTANHA por Rui Santos - membro nº 13 J úpiter é o maior planeta do sistema solar, tem um diâmetro de 144.000 quilómetros e é quatrocentas vezes maior do que a terra. Encontra-se a 779 milhões de Quilómetros da terra. Seu ano tem a duração de quase 12 anos terrestres, o que corresponde na Astrologia a dar uma volta completa aos 12 signos do Zodíaco, estando cerca de um ano em cada signo. Júpiter na mitologia Romana era identificado com o Deus grego Zeus, o seu símbolo gráfico é representado pela letra grega zeta. Júpiter ou Zeus era considerado o rei dos Deuses do Olimpo. Olimpo é uma montanha situada entre a Macedónia e a Tessália e considerada na antiguidade, como sendo a morada dos Deuses. Foi lá que Zeus (Júpiter) residiu, assistido pela assembleia das grandes divindades. Júpiter deliberava sobre o destino dos heróis e mortais e sobre o destino dos próprios deuses quando necessário. Por isso na astrologia simboliza a Justiça, a expansão a fé, o ensino superior, a religião, tudo em que acreditamos. Se Júpiter pudesse falar diria dar-te-ei tudo o que pedires de acordo com tudo o que acreditas, ele é justo porque não tem partido político, não conhece classes sociais, nem é racista, é simplesmente um estado de consciência a viver pelo homem encarnado na terra. Estátua de Zeus no Museu de l’Hermitage, São Petersburgo Foto: Sanne Smit 56 de Previsões Júpiter ingressou no signo de Gémeos no dia 12 de Junho de 2012 e entrará no signo de Câncer no dia 13 de Junho de 2013. Até ao dia 13 de Junho de 2013, Júpiter estará no signo de Gémeos que tem como signo oposto Sagitário (regido por Júpiter), e tem correspondência natural com as casas astrológicas 3 e 9, eixo da comunicação consequentemente as noticias dos jornais expandem-se á medida do expansivo Júpiter que amplia a casa e o signo onde está no mapa Astrológico de todos nós medindo e testando a força da nossa fé. O símbolo gráfico de Sagitário é representado por uma flecha ou seta de arqueiro, o espírito da consciência do sagitariano é de um espírito aventureiro sempre em busca de um ideal longe para terras desconhecidas, até para o estrangeiro ele vai em busca de sua fé aprendendo e disparando a sua seta em várias direcções. Na mitologia grega é representado por um centauro meio cavalo, meio homem. Da fé instalada chega-seao topo da montanha com Capricórnio, que é simbolizado por um bode montanhês, que representa o mergulho da alma na sua profunda sabedoria. O seu planeta regente é Saturno que na mitologia é representado pelo poderoso titã, senhor do tempo, filho de Gaia a deusa terra. Saturno na cultura da antiguidade é visto como o Deus da agricultura e do destino humano e seu grafismo é simbolizado como uma foice usada para ceifar o trigo e a vida dos mortais. O trigo contém a essência da purificação do homem na terra, a água ao fertilizar o trigo, separa o trigo do joio, símbolo máximo da purificação. Na passagem de Júpiter por Gémeos, existem inúmeros acontecimentos que ficam para a história das notícias relativo ao aumento do número de desempregados de todas as classes sociais: o chegar ao topo da montanha seja qual a profissão que se escolheu, ou a profissão possível, para http://samaelgnosis.us/astrology/capricorn.htm muitos é quase uma miragem. 57 Previsões de São os políticos a começarem a ter vertigens no topo da montanha a ser fortemente chamados á responsabilidade; a crise que toca bem fundo da fé que nos movimenta já não pode ser comprada em pacotes nos sistemas religiosos devidamente autorizados por um sistema robotizado de valores de compra, venda de bens serviços e pessoas, onde aqueles que já começaram a despertar (Úrano em Carneiro) para a realidade, tentam sobreviver neste mar que tudo leva na mesma maré que não conhece classes sociais (Neptuno em Peixes); onde os que caiem do alto da montanha e vão ter ao mar, uns afundam-se , outros tentam nadar na direcção certa mas ainda estão desorientados e não adianta o estado de revolta (Úrano em Carneiro).Úrano é associado á liberdade e a falta de liberdade á revolta o que leva o estado e ogoverno a usar a foice de Saturno. A foice simboliza a responsabilidade do homem na terra, a purificação do espírito. A recusa em assumir a nossa originalidade (Úrano em Carneiro) numa fé exterior á nossa verdadeira condição humana de chegar ao topo da montanha com sabedoria (Capricórnio), provoca confusão e medo. Júpiter e Sagitário, Saturno e Capricórnio são apenas estados de consciência a viver pelo homem, onde a fé que move montanhas, representa o caminho do peregrino em chegar ao topo e contemplar a paisagem e aí, Plutão em Capricórnio dá uma ajuda, reconstruindo e moldando até 2024 a nova sociedade que renascerá das cinzas. Sabe-se que desde a entrada de Úrano em Carneiro muitos têm desencarnado. Rui Santos Conselheiro da Direção - membro nº 13 http://astrovidas.blogspot.pt 58 Previsões de EFEMÉRIDES TRIMESTRAIS por Luiza Azancot - membro nº 15 Lunações, ingressos, movimentos retrógrados e diretos e aspetos de interesse Janeiro Lisboa Rio de Janeiro 6 Mercúrio conjunto Plutão– ideias profundas, intensas; cuidado para não ficarem obsessivas 7 Marte quadratura Saturno- as dificuldades formam o caracter; contente-se com pequenos avanços 9 12m Ingresso de Vénus em Capricórnio 04h 12m 0 2h 10 e 11 Alerta - grande energia em Capricórnio com a Lua, Vénus, Plutão, Mercúrio e o Sol nesse signo 11 Lua Nova a 21 45’ de Capricórnio 19h 43m 17h 43m 13 Vénus quadratura Úrano – encontro inesperado, uma pessoa excitante no seu caminho? 15 Júpiter quadratura Quíron– sabedoria que se aprende através da dor e da cura 17 Vénus conjuntoPlutão- dê largas à sua paixão e/ou criatividade 19 Ingresso de Mercúrio em Aquário 07h 26m 05h 26 m. 19 Ingresso do Sol em Aquário 21h 53m 19h 53m 27 Lua Cheia a 21 43’ de Aquário 04h 38m 02h 38m 30 Júpiter Direto a 6 20’ de Gémeos 11h 38m 09h 38m 59 Previsões de Fevereiro 2 Ingresso de Marte em Peixes 01h 55m 23h 55m de 1 de fevereiro 2 Ingresso de Vénus em Aquário 02h 24m 00h 48m 4 Marte conjunto Neptuno – cansaço? descanse e cuidado com mentiras 5 Ingresso de Mercúrio em Peixes 6 Mercúrio conjunto Neptuno - use a sua imaginação 10 Lua Nova a 21 43’ de Aquário 14h 47m 07h 20m 12h 47m 05h 20m 10 Marte quadratura Júpiter–dirija a sua grande energia para actividades positivas 11 Vénus quadratura Saturno - pausa nas actividades socias 11 Alerta - Primeiro dia de grande energia em Peixes com Lua, Neptuno, Marte, Quíron e Mercúrio nesse signo 12 Marte conjunto Quíron –faça as pazes consigo próprio e com os outros 18 Ingresso do Sol em Peixes 12h 03m 09h 03m 18 Saturno Rx a 11 32’ de Escorpião 17h 04m 14h 04m 18 a 25 Nova Alerta - Sol, Neptuno, Quíron, Marte e Mercúrio em Peixes 21 Sol conjunto Neptuno -siga a sua intuição 23 Mercúrio Rx a 19 51’ de Peixes 09h 42m 04h 42m 25 Lua Cheia a 7 26’ de Virgem 20h 26m 17h 26m 26 Ingresso de Vénus em Peixes 02h 04m 23h 04m de 2 5 de fevereiro 26 a 9 de Março - Super Alerta agora com 6 planetas em Peixes: Vénus, Neptuno, Sol, Quíron, Mercúrio eMarte 27 Sol conjunto Quíron - sintonize-se com o seu “eu” espiritual 28 Vénus conjunto Neptuno - romantismo e vestido de sonho recomendados 60 Previsões de Março 8 Saturno transformativo sextile Plutão – organize aspetos do seu processo 10 e 11 Super Alertíssima - agora com 7 planetas em Peixes pois a Lua está nesse signo também 11 Lua Nova a 21 24’ de Peixes 19h 50m 16h 50m 12 Ingresso de Marte em Carneiro 06h 27m 03h 27m 12 a 20 Ainda alerta - com 5 planetas em Peixes: Neptuno, Mercúrio, Quíron, Vénus e Sol 17 Mercúrio Direto a 5 38’ de Peixes 20h 04m 17h 04m 20 Ingresso do Sol em Carneiro 11h 03m 08h 03m 21 Saturno trígono Quíron -encontros com o passado podem ser terapêuticos 22 Ingresso de Vénus em Carneiro 03h 16m 22 Marte conjunto Úrano– excesso de dinamismo; cuidado com acidentes 27 Lua Cheia a 6 52’ de Balança 27 Marte quadratura Plutão– energia a mais? Evite confrontações 28 Vénus conjunto Úrano – divirta-se com os imprevistos 09h 27m 00h 16m 06h 27m 29 Sol conjunto Úrano – faça qualquer coisa diferente, excitante, espontâneo 30 Júpiter no centro de um yod (2 quincôncios) com Plutãoe Saturno– conseguirá muito progresso desde que aja com integridade e disciplina 31 Vénus quadratura Plutão – não se deixe levar pela intensidade momentânea dos seus relacionamentos 61 de Publicidade 6 Publicidade de ESPAÇO PARA PUBLICIDADE de julho a setembro 2012 Nº1 de 1ª edição gratuita outubro a dezembro 2012 Nº2 Juntos Fazemos a Diferença! Juntos Fazemos a Diferença! O Jornal Astrológico - 4 Estações, é de distribuição gratuita, sendo os numeros de lançamento disponiveis para os membros, ficando o numero anterior disponivel para todos. Reserve o seu espaço de publicidade aqui na nossa página, pedindo orçamento para o nosso email - [email protected], e saiba das condições especiais que temos para si! Assine o nosso Jornal anualmente e receba comodamente em sua casa em formato de papel. de outubro a dezembro 2012 Nº2 http://www.asuasecretaria.com Antes de tudo, a Associação Portuguesa de Astrologia é um tributo ao trabalho do Astrólogo. Tentamos aperfeiçoar os ensinamentos e princípios, sabendo que nada é nosso mas sim de Todos. Uma associação é feita por todos aqueles que a constituem, é isso que a honra e é isso que nos faz dizer “Juntos fazemos a diferença” Juntos Fazemos a Diferença! de