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Residência Médica
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CIRURGIA GERAL
01. Você está preparando seu paciente para a reversão de uma colostomia. O procedimento está
marcado para as 9h. O residente do primeiro ano lhe pergunta o horário para a administração de
antibióticos profiláticos ao paciente. Sua resposta é:
a)
b)
c)
d)
e)
Seis horas antes da incisão.
Uma hora antes de se fazer a incisão.
Uma hora depois de se fazer a incisão.
Por ocasião da incisão.
Doze horas antes da cirurgia.
02. Um indivíduo masculino de 54 anos é intubado e é induzida a anestesia geral. Depois de 2 minutos, seu oxímetro de pulso apresenta uma leitura de 93%, sua pressão arterial sistólica baixa para
40 mm Hg e sua frequência cardíaca diminui para 35 bpm. Qual das seguintes alternativas revela a
conduta médica subsequente correta?
a)
b)
c)
d)
e)
Cardioversão sincronizada.
Colocar o paciente na posição de Trendelenberg, com o lado esquerdo para baixo.
Avaliar a colocação do TET.
Administração IV rápida de um a – agonista.
Administrar atropina seguida de epinefrina.
03. O método de acesso para a nutrição em um paciente queimado em estado crítico é
a)
b)
c)
d)
e)
nasogástrica.
nasojejunal.
parenteral.
gastrostomia percutânea.
jejunostomia de Witzel.
04. Uma mulher de 55 anos apresenta uma massa hipersensível abaixo do ligamento inguinal. Durante o reparo da hérnia femoral por uma abordagem inguinal, você não consegue reduzir o intestino. Qual das seguintes alternativas mostra a conduta médica subsequente correta?
a) Empurrar o intestino para cima inferiormente enquanto se puxa o intestino para cima superiormente.
b) Efetuar uma pequena ressecção segmentar do intestino.
c) Dividir o ligamento inguinal.
d) Efetuar uma pequena incisão inguinal contralateral para se colocar um laparoscópio.
e) Fazer uma incisão longitudinal inguina-crural.
05. Um alcoólatra crônico do sexo masculino, de 52 anos, que nunca esteve em um hospital, apresenta o vazamento lento de um líquido claro através de pele fina do ápice de sua grande hérnia umbilical. Ao exame físico, ele apresenta um som surdo que se desloca. Qual das seguintes alternativas é a correta providência subsequente no tratamento?
a) Reparar imediatamente a hérnia umbilical com malha.
b) Efetuar a paracentese, fazer o reparo primário do defeito cutâneo e colocar uma cinta abdominal.
c) Tratar com restrição de sal e de líquidos, antibióticos orais, e colocar um curativo com pressão
negativa sobre a ferida.
d) Tratar com diurese agressiva, antibióticos IV e repouso no leito, seguidos pelo reparo da hérnia
durante a mesma admissão hospitalar.
e) Encaminhar para um serviço de hepatologia.
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06. Um paciente cirrótico apresenta uma hérnia umbilical sintomática com alterações eritematosas
na pele sobrejacente. Qual é o tratamento correto?
a)
b)
c)
d)
e)
Observação e reparo retardado.
Reparo com fechamento fascial primário.
Reparo com malha sintética permanente.
Reparo por uma malha biológica.
Paracentese terapêutica.
07. Um paciente com pancreatite aguda deteriora clinicamente e é submetido à aquisição de novas
imagens. O exame tomografia computadorizada mostra achados de uma coleção líquida consistente
com uma necrose pancreática infectada, que está aderida à parede gástrica posterior e próxima da
cabeça pancreática. Qual é o tratamento correto?
a)
b)
c)
d)
e)
A drenagem endoscópica.
A cistogastrostomia.
Uma cistojejunostomia Roux-em-Y.
A drenagem percutânea.
Colangio Pancreato Endoscopica Retrógrada.
08. Um homem de 32 anos é levado ao serviço de emergência depois de ter ingerido um pouco de
desentupidor de canos em uma tentativa de suicídio. Ele está hemodinamicamente estável e é feito
um encaminhamento para a avaliação cirúrgica. Já foi feito um exame de tomografia computadorizada e não há nenhuma evidência de perfuração. Qual é o próximo passo no tratamento?
a)
b)
c)
d)
e)
Observação.
Endoscopia Digestiva Alta.
Exame Gastrointestinal superior com suspensão de bário.
Laparotomia imediata para exploração.
Toracotomia imediata para exploração.
09. Qual dos seguintes afirmações não é considerada um princípio básico da ressecção do câncer
do cólon intestinal?
a)
b)
c)
d)
e)
Margens de ressecção proximais e distais de 5 cm.
Ligadura alta de estruturas mesentéricas e vasculares.
Margens radiais de ressecção negativas.
Avaliação de um linfonodo sentinela antes da ressecção mesentérica.
Mais de 12 linfonodos no espécime ressecado.
10. Homem com 72 anos chega ao serviço de emergência com dor abdominal e eliminação de fezes sanguinolentas. Sua história clínica é significativa para hipertensão, diabetes não dependente de
insulina e doença arterial coronariana. Sua pressão arterial é de 90/60 mmHg, a frequência de pulso
é de 120 bpm e a temperatura é de 38,8 °C. A palpação do abdome revela sensibilidade nos quadrantes superior e inferior esquerdos. Não há evidência de peritonite. Qual é a etapa mais apropriada?
a)
b)
c)
d)
e)
Endoscopia digestiva alta.
Tomografia computadorizada com contraste oral e intravenoso.
Colonoscopia.
Cintilografia de hemácias marcadas.
Ultrassonografia abdominal.
11. Uma mulher de 51 anos tem história de seis meses de dor torácica subesternal e vago desconforto no abdome superior. Ela tomou antiácido, obtendo alívio mínimo, e sua endoscopia superior foi
negativa. Qual das seguintes etapas é a correta na pesquisa diagnóstica?
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a) Realizar esofagografia baritada para verificar se ela tem uma hérnia hiatal.
b) Realizar manometria para excluir um distúrbio da motilidade, como espasmo esofágico difuso ou
acalasia.
c) Encaminhar a paciente para exame cardiológico, em busca da causa potencial, motivo de sua dor
torácica.
d) Encaminhar a paciente a um psiquiatra em razão de uma possível reação de conversão.
e) Solicitar uma tomografia computadorizada.
12. Uma mulher de 79 anos, nunca antes submetida à cirurgia abdominal, apresenta distensão e
dor abdominais intermitentes há uma semana e vômitos persistentes desde o dia anterior. Seu exame físico não revela hérnias e é consistente com obstrução do intestino delgado distal. Ela está afebril. Sua leucometria é de 4.000/mm². Qual das etapas seguintes é a conduta médica correta?
a)
b)
c)
d)
e)
Tentativa de tratamento não cirúrgico por 48 horas.
Realização de uma endoscopia do trato gastrintestinal superior.
Prosseguir para a laparotomia exploradora imediata.
Determinar o nível sérico do antígeno carcinoembrionário (ACE).
Realizar uma Tomografia Computadorizada.
13. Um homem branco de 72 anos chega ao serviço de emergência com náuseas e vômitos. Ele
realizou uma apendicectomia aos 25 anos. Está afebril. O abdome está ligeiramente sensível e distendido. A leucometria é de 18.000/mm². A verificação dos eletrólitos revela níveis de sódio de
140mEq/L. Qual é o tratamento correto para o paciente?
a)
b)
c)
d)
e)
Colocação de uma sonda NG e observação.
Colonoscopia para detectar possível intussuscepção.
Um enema de bário para aliviar vólvulo.
Antibióticos de amplo espectro e cuidados de suporte.
Cirurgia.
14. Uma mulher de 65 anos chega ao serviço de emergência com dor pós-prandial no quadrante
superior direito, náuseas e êmese há 12 anos. A dor é persistente e se irradia para as costas. Ela
está afebril e seu abdome está sensível à palpação no quadrante superior direito. A ultrassonografia
demonstra colelitíase, espessamento da parede da vesícula biliar e um DBC dilatado medindo 12
mm. Os exames laboratoriais revelam os seguintes valores: leucometria de 13.000/mm³, AST de
220U/L., ALT de 240 U/L, fosfatase alcalina de 385 U/L e bilirrubina direta de 4 mg/dL. Qual é o tratamento correto nesse momento?
a) Internar a paciente, providenciar hidratação intravenosa e verificar os valores a sorologia para
hepatite.
b) Internar a paciente e fazer uma colecistectomia laparoscópica.
c) Internar a paciente, providenciar hidratação intravenosa, iniciar e antibioticoterapia e recomendar
Colangio Pancreato Endoscopica Retrograda.
d) Providenciar medicação para a dor ainda no setor de emergência e marcar uma consulta de
acompanhamento para o paciente.
e) Marcar colecistectomia laparoscópica e biópsia hepática da paciente.
15. Um homem de 69 anos apresenta-se com confusão, dor abdominal, tremores, temperatura retal
de 34°C e icterícia. Uma radiografia abdominal mostra ar na árvore biliar. Qual é o diagnóstico correto?
a) Colangite aguda.
b) Pancreatite aguda.
c) Colecistite aguda.
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d) Apendicite aguda.
e) Hepatite viral aguda.
16. Uma mulher de 57 anos desenvolve início de dificuldade respiratória dias após uma colectomia
para retirar um adenocarcinoma do colo. Ela estava bem até então. O exame físico revela sons respiratórios diminuídos na base pulmonar esquerda. A radiografia de tórax revela atelectasia do segmento do lobo inferior esquerdo. Qual a conduta médica correta nesse momento?
a)
b)
c)
d)
e)
Fornecimento de oxigênio suplementar e início de fisioterapia torácica.
Fornecimento de oxigênio suplementar e início de fisioterapia torácica e antibioticoterapia.
Início de antibioticoterapia e broncoscopia imediata para abrir os pulmões.
Oxigênio suplementar, cintilografia da V/Q pulmonar, início de terapia com heparina.
Estimular a deambulação precoce.
17. Uma mulher de 50 anos foi submetida a múltiplas ressecções do intestino delgado em razão da
doença de Crohn grave. Ela nota perda de peso e distúrbios nos níveis de eletrólitos enquanto está
se alimentando por via oral. Qual das seguintes terapias é a correta?
a) Repouso intestinal completo e nutrição parenteral total a longo prazo.
b) Transplante de intestino delgado.
c) Alimentação oral limitada contínua com nutrição parenteral total de suporte a curto prazo e progredindo para alimentação oral total.
d) Observação contínua e nenhuma intervenção no momento.
e) Formação de colostomia.
18. Uma mulher de 40 anos, com história de 15 anos de diarreia crônica e um diagnóstico de RCU,
foi encaminhada para avaliação de uma proctocolectomia total com anastomose de bolsa ileal-anal,
para eliminação dos riscos de desenvolvimento de câncer no futuro. Durante a colonoscopia, percebe-se que a doença envolve todo o colo e o íleo terminal, enquanto o reto está preservado. Qual das
alternativas indica o tratamento correto?
a)
b)
c)
d)
e)
Proctocolectomia com anastomose de bolsa ileal-anal.
Colectomia abdominal total com anastomose de bolsa ileal-anal.
Repetição do exame de biópsia do reto e das partes envolvidas do colo e do íleo.
Proctocolectomia total com construção de ileostomia continente.
Colectomia total com anastomose de bolsa ileal-anal.
19. Uma mulher obesa, de 40 anos, chega à emergência, após uma colisão de veículos automotores, vigil, porém mentalmente confusa e se queixando de dor abdominal com PA sistólica de 80 após
a infusão de 2L de solução cristaloide. Ela apresenta igualmente crepitação devido a pneumotórax
bilateral s/p colocação de um dreno torácico. A FAST foi positiva no OSD. Qual é a próxima providência médica?
a)
b)
c)
d)
e)
Exploração operatória.
Reanimação agressiva.
Exame TC do abdome e da pelve.
LPD.
Verificar status H/H.
20. Uma mulher de 69 anos e choque cardiogênico após infarto do miocárdio da parede anterior
passa a ter dor abdominal difusa. Ao exame físico, nota-se que sua pressão arterial é de 85/80
mmHg, o pulso é de 90 bpm, o abdome não está sensível e os membros estão frios, com mosqueamento da pele nos membros inferiores. Qual das seguintes alternativas mostra a correta abordagem
para o tratamento nesse momento?
a) Laparotomia exploradora.
b) Gotejamento de dobutamina.
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c) Angiografia mesentérica.
d) Gotejamento de heparina.
e) Revascularização mesentérica.
CLÍNICA MÉDICA
21. Paciente de 42 anos de idade, drogada; moradora de rua, dependente de crack, foi conduzida
ao serviço de saúde referindo que já fez tratamento incompleto para pneumonia tuberculosa por
mais de uma vez, e que há 1 mês passou a ter tosse mais persistente do que o habitual, acompanhada de febre, mal-estar progressivo e dispnéia, não podendo caminhar como de costume. Após
avaliação, foi realizado RX de tórax, que revelou velamento difuso mais intenso no ápice e obliteração do seio costofrênico à direita. O teste rápido para o bacilo da tuberculose (TR-TB) foi positivo.
Considerando as características desse caso e as recomendações da Organização Mundial da Saúde para o controle da tuberculose nos países em desenvolvimento, a conduta correta é
a) internar a paciente para receber o esquema terapêutico da tuberculose em regime diretamente
observado, apenas até tornar-se não bacilifera.
b) assegurar os meios para que a paciente receba novamente o tratamento convencional para tuberculose pulmonar, por período mais prolongado.
c) tratar a paciente com o esquema terapêutico convencional em regime ambulatorial, pois a mesma não preenche critérios de internação.
d) considerar a possibilidade de a paciente estar infectada por cepa resistente ao tratamento convencional, solicitar antibiograma.
e) tratar a paciente e seus contactantes com esquema para cepa resistente de Mycobacterium tuberculosis.
22. Homem de 54 anos de idade, em tratamento para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
desde 2002, já tendo feito diversas alterações na composição do esquema de antirretrovirais (ARTs)
devido a efeitos colaterais, mantendo sempre carga viral positiva. Há 4 anos foi submetido a cirurgia
para retirada de tumor maligno na bexiga. Atualmente está bastante debilitado, com carga viral de
26.000 cópias/ml, linfócitos CD4 de 63 células/ml e PPD negativo, e a genotipagem mostra presença
de cepas sensíveis às diferentes classes de antirretrovirais. Qual seria o diagnóstico correto para o
caso e que recomendações devem ser feitas?
a) Baixa adesão ao tratamento, pois o paciente mantém cepas selvagens (geralmente sensíveis
aos ARTs); proceder à profilaxia primária para doenças oportunistas.
b) Baixa resposta ao tratamento com ARTs devido à manifestação do tumor, o que obriga a troca
para ARTs com maior barreira genética.
c) O paciente não apresenta resistência primária aos ARTs, mas deve receber drogas mais potentes e imunização ativa para evitar comorbidades.
d) O paciente apresenta resposta compatível com a síndrome da reconstituição imune; está indicada a introdução de terapia de resgate.
e) O paciente não apresenta tolerância aos ARTs, deve ser introduzido esquema contendo inibidor
de protease e indicado tratamento para tuberculose latente.
23. Homem de 61 anos, tabagista há 45 anos, vem ao ambulatório com queixa de dispneia de 5
anos de evolução e piora há 3 meses (aos mínimos esforços). A radiografia de tórax mostra apenas
hiperinsuflação questionável. No entanto, a espirometria mostra distúrbio ventilatório obstrutivo moderado com VEF1 de 1.20 litros (48 % em relação ao previsto). Chega-se ao diagnóstico de DPOC
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Qual é a conduta terapêutica adequada para o caso, além de
parar de fumar?
a) Broncodilatador de curta ação quando necessário.
b) Tratamento regular com um ou mais broncodilatadores, corticoides inalados, oxigenioterapia de
longo prazo e avaliar a possibilidade de tratamento cirúrgico.
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c) Corticoide oral associado a broncodilatadores (um ou mais).
d) Tratamento regular com um ou mais broncodilatadores, reabilitação e corticoides inalados se
ocorrer resposta significativa da função pulmonar ou em casos de exacerbações repetidas.
e) Tratamento contínuo e regular com broncodilatador de longa ação.
24. Um homem de 40 anos chega à emergência depois de ter caído alguns degraus e sofrido lesão
traumática nas costas. É feita uma radiografia do tórax, que se mostra negativa para fraturas, mas
há um nódulo calcificado no segmento posterior do lobo pulmonar superior direito e um segundo
nódulo calcificado nas proximidades do hilo pulmonar direito. Qual dos diagnósticos seguintes é provavelmente o correto?
a)
b)
c)
d)
e)
TB primaria atual.
TB primária no passado.
TB secundária (reativação).
TB latente.
TB miliar.
25. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) ainda nos próximos anos seguirá com taxa de
mortalidade em ascensão. O estudo PLATINO (Projeto Latino-Americano de Investigação em Obstrução Pulmonar) trouxe informações importantes em relação ao DPOC. Em relação à epidemiologia
do DPOC, assinale a opção correta.
a)
b)
c)
d)
e)
A espirometria não é imprescindível para o diagnóstico de DPOC.
DPOC não é uma doença subdiagnosticada.
O risco para DPOC é dependente da carga tabágica.
Pessoas expostas à queima de biomassa têm 10 vezes mais chance de apresentar DPOC.
A história prévia de tuberculose não aumenta a prevalência de DPOC.
26. Com relação ao exame físico na neuropatia diabética, assinale a opção correta.
a) O paciente sem queixa de dor ou parestesias nos MMII não possui polineuropatia diabética.
b) O controle glicêmico, isoladamente, previne a neuropatia diabética de forma mais importante nos
pacientes com DM1 do que nos pacientes com DM2.
c) O teste do monofilamento e outro teste de sensibilidade (térmica, dolorosa ou vibratória) podem
ser realizados apenas em um dos pés, tendo em vista que a neuropatia costuma ter distribuição
simétrica.
d) A presença de hipotensão postural é sinônimo de neuropatia autonômica.
e) A neuropatia diabética sensitivo-motora é a forma menos frequente de neuropatia diabética.
27. Paciente de 36 anos de idade vinha tentando engravidar há mais de um ano. Com antecedente
de um aborto prévio no primeiro trimestre de gestação, encontra-se grávida de 7 semanas. Exames
laboratoriais: TSH = 2,7 UI/L, T4 Livre = 1,3 ng/dl, Anti TPO = 535 U/mL (referência: < 35 U/mL). A
melhor interpretação seria a de que a paciente
a)
b)
c)
d)
e)
tem hipotireoidismo subclínico, pois o TSH está alterado para a idade gestacional.
tem hipertireoidismo subclínico, pois o TSH está normal.
tem hipotireoidismo clínico, pois o T4 está alterado
tem hipertireoidismo clínico, pois o TSH está alterado.
não tem disfunção tireoidiana, pois o T4 está normal.
28. Paciente de 40 anos chega à Sala de Urgência com nistagmo, ataxia da marcha e alterações
mentais. Tem anemia ferropriva em tratamento irregular. Diante disso, qual é a melhor conduta terapêutica?
a) Vitamina B12.
b) Diazepan.
c) Tiamina.
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d) Cálcio.
e) Ferro.
29. Paciente etilista de 40 anos chega à Sala de Urgência consciente, apresentando contrações
musculares tônicas intermitentes, acompanhadas de tremores, paralisias e dores musculares. Refere que na sua infância apresentava episódios intermitentes de balançar a cabeça, irritabilidade e
nistagmo. Apresenta, ao exame, espasmos dos músculos faciais em resposta à percussão do nervo
facial na região zigomática. A melhor conduta terapêutica é
a)
b)
c)
d)
e)
Vitamina B12.
Diazepan.
Tiamina.
Cálcio.
Ferro.
30. Homem de 64 anos vem encaminhado do ambulatório de ortopedia após fratura patológica por
compressão de corpos vertebrais. Apresenta radiografia de ossos longos e crânio com imagens de
lesões líticas. Exames laboratoriais: Hb:10 g/dl Ht: 30% VCM: 100 fl GB: 3500/mm3 Plaq: 250.000/
mm3; ureia: 90 mg/dl; creatinina: 2,1 mg/dl; Cálcio: 11 mg/dl. Qual é a hipótese diagnóstica e o exame laboratorial fundamental para o diagnóstico?
a)
b)
c)
d)
e)
Osteoporose, densitometria óssea.
Plasmocitoma solitário, biópsia da lesão lítica.
Mieloma múltiplo, biópsia de medula óssea.
Tumor primário ósseo, cintilografia.
Anemia falciforme, eletroforese de hemoglobina.
31. Mulher de 34 anos relata quadro de sangramento gengival há 3 semanas. Notou aparecimento
de hematomas espontâneos em tronco e membros inferiores há 3 dias. Exames laboratoriais: Hb:
6,0 g/dl VCM: 85fl GB: 2600/mm3 (Bl: 38%; Mi:02%; MM: 08%; NB: 02%; NS: 10%; Li: 40%) Plq:
26.000/mm3; TP(INR): 1,5; TTPa(r): 1,4; Dímeros D: ≥ 20 μg/ml (≤0,5 μg/ml); Fibrinogênio: 100 μg/ml
(200-400 μg/dl). Presença em citogenética da t(5;17). É necessário introduzir
a)
b)
c)
d)
e)
ácido transretinoico.
mesilato de imatinibe.
plasmaférese.
vitamina B12.
antracíclico.
32. Mulher de 30 anos (40kg), dá entrada no hospital com mal-estar, tosse com expectoração amarelada, febre e confusa. Apresentava-se em regular estado geral, hidratado, PA = 90X40mmHg, FC
= 100bpm, FR = 28ipm, com estertores crepitantes em base direita. Após 1500 ml de SF 0,9%, a PA
se apresentou de 70x40mmHg. Nesse momento, seguindo os conceitos divulgados em 2012, qual é
o diagnóstico mais correto para guiar conduta e tratamento?
a)
b)
c)
d)
e)
Pneumonia por gonococo.
Sepse de foco pulmonar.
Choque séptico.
Sepse grave de foco pulmonar.
Pneumonia por pneumococo.
33. Paciente de 50 anos, hipertenso, portador de glomerulonefrite membranosa idiopática, com doença renal crônica estágio 3 b tem indicação de realizar 4 doses duplas de vacina para hepatite B.
Com relação a esse procedimento, assinale a opção correta.
a) O quadro deve evoluir para diálise imediatamente.
b) O paciente tem imunidade celular comprometida.
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c) A imunidade humoral do paciente será progressivamente prejudicada.
d) Não existe tal esquema de vacinação.
e) O paciente tem risco aumentado de desenvolver hepatite fulminante.
34. Paciente, sexo masculino, 7 anos, comparece ao ambulatório apresentando placas de tonsura
em região de couro cabeludo, associadas à descamação. O tratamento indicado para essa patologia é
a)
b)
c)
d)
e)
limpeza com solução de permanganato de potássio a 1:10.000.
corticoide tópico de alta potência ocluído à noite.
cefalexina, via oral, por 10 dias.
griseofulvina, via oral, por 6 a 12 semanas.
ivermectina, via oral, dose única.
35. Mulher de 87 anos, com escolaridade de 7 anos, obtém, ao miniexame do estado mental, 14
pontos. É diabética, hipertensa e dislipidêmica de longa data. Apresenta, no retorno médico, humor
deprimido devido à piora da dor do tipo fisgada com irradiação para MID (intensidade 6/10). Qual
seria a melhor escolha terapêutica dentre as drogas a seguir?
a)
b)
c)
d)
e)
Metadona e amitriptilina.
Fentanil transdérmico e carbamazepina.
Codeina e prednisona.
Tramadol e pregabalina.
Morfina e gabapentina.
36. Homem de 74 anos, casado, aposentando, vem ao ambulatório de geriatria encaminhado pelo
clínico após exame que apontou hiperparatireoidismo. Paciente é oligossintomático. Refere hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes e hiperuricemia. Sedentário, refere boa alimentação, intolerância à lactose e alergia à penicilina. Faz uso de losartana 50mg de 12 em 12 horas, hidroclorotiazida
25 mg em dias alternados, sinvastatina 20mg, glifage XR 500 2 cps/dia e halopurinol 100mg. Laboratório: (em mg/dl) creatinina 1,05; ureia 38; TGO 26; TGP 17; Ca 8,9; colesterol total 201; HDL 52;
TG 160; glicemia 98; ácido úrico 5,1. TSH 2,7uIU/mL; vitamina D 17ng/ml Na 138mEq/L; K 4,5
mEq/L. Com base nesses dados, qual é a causa mais provável do hiperparatireoidismo?
a)
b)
c)
d)
e)
Efeito colateral da losartana.
Efeito colateral do halopurinol.
Efeito colateral da sinvastatina.
Nefropatia subclínica do idoso.
Aporte inapropriado de vitamina D/cálcio.
37. Homem de 52 anos, portador de glomerulonefrite membranoproliferativa, em tratamento conservador com acompanhamento rigoroso por nefrologista, com TFG estimada de 11 ml/min.. Está em
uso de ramipril, furosemida, servelamer e eritropoetina. Refere sentir-se cansado, mas nega náuseas, diarreia, ou sonolência. Ao exame: BEG, descorado 1/4+, pulmões limpos, RCR 2T B hipofonéticas com atrito em todos os focos, PA 155 x 95 mmHg, MMII edema 1/4+. A conduta imediata a
ser tomada é
a)
b)
c)
d)
e)
intensificar a restrição hídrica.
diminuir losartana.
aumentar losartana.
aumentar furosemida.
iniciar hemodiálise.
38. Qual das seguintes afirmações referentes ao cateterismo cardíaco é verdadeira?
a) O risco de uma complicação grave decorrente do cateterismo cardíaco é de 2% a 2,5%.
b) A incidência de nefrotoxicidade induzida por contraste em pacientes com disfunção renal diminui
com a administração intravenosa de manitol antes e depois do procedimento.
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c) Contrastes não iônicos de alta osmolaridade mostram menor incidência de reações hemodinâmicas comparados aos contrastes iônicos de baixa osmolaridade.
d) O diâmetro externo do cateter é medido em unidade French (F), que equivale a 0,33 mm.
e) A cateterização cardíaca retrógrada do lado esquerdo geralmente é um procedimento seguro em
pacientes com próteses valvares aórticas de disco basculante.
39. Mulher de 62 anos, hipertensa e dislipidêmica, com história de acidente cerebral hemorrágico de
cerebelo de pequena monta há 3 meses, em uso de enalapril e sinvastatina, é admitida no pronto
atendimento com quadro de dor retroesternal, sudorese fria, dispneia e hipotensão há 1 hora. Eletrocardiograma demonstra elevação do segmento ST de 3 mm em derivações V1 a V4. A medida
terapêutica de escolha no caso é
a)
b)
c)
d)
e)
nitroglicerina venosa.
trombolítico venoso.
angioplastia primária.
balão intra-aórtico.
nitrato via oral.
40. Paciente com história de febre reumática, mostrando, na radiografia de tórax, incidência obliqua,
compressão extrínseca na face anterior do terço distal do esôfago, por aumento de câmara cardíaca, e na incidência póstero-anterior, elevação do brônquio fonte esquerdo. Essas alterações são
altamente sugestivas de
a)
b)
c)
d)
e)
estenose valvar aórtica.
insuficiência valvar aórtica.
insuficiência valvar mitral.
estenose valvar mitral.
aneurisma de aorta ascendente.
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
41. A imagem (anexo 1) representa o traçado da paciente de 38 anos, G1P0 com 37 semanas de
gestação, que realizou doplervelocimetria. Sobre o achado da onda em destaque em vermelho, podemos afirmar que ocorreu
a) diástole reversa da artéria uterina indicando hipertensão arterial.
b) regurgitação da válvula tricúspide indicando síndrome genética fetal.
c) diástole reversa da artéria umbilical indicando sofrimento fetal.
d) inversão da onda A do ducto venoso, indicando sofrimento fetal agudo.
e) reversão da relação cerebral média/umbilical como forma de centralização ao fluxo.
42. Q.V.E., 29 anos, G0, apresenta tentativa de gestação com parceiro único há 2 anos. Refere
ciclos menstruais regulares com intervalo de 28 dias e fluxo de 5 dias. Nega galactorreia. Nega
sinais de hiperandrogenismo ou sintomatologia climatérica. Marido sem comorbidades e não
apresenta filhos de outro relacionamento. A capacitação espermática demonstrou 306 espermatozoides progressivos móveis na amostra total. Qual é a conduta mais adequada para a
paciente?
a)
b)
c)
d)
e)
Avaliar a permeabilidade tubária através da videolaparoscopia e indicar inseminação intraútero.
Prescrever gonadotrofinas para estimulação ovariana e realizar fertilização in vitro.
Realizar histerossalpingografia para definição da abordagem terapêutica.
Abordagem cirúrgica por videolaparoscopia e conduta expectante por seis meses.
A injeção intracitoplasmática do espermatozoide (ICSI), devido ao fator masculino.
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10
2017
Residência Médica
43. A.S.T., 47 anos, cujo exame físico das mamas não demonstrou alterações, tem muito receio de
desenvolver câncer de mama, pois sua mãe e duas tias maternas tiveram essa doença unilateral
depois dos 50 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, a melhor opção para rastreamento do
câncer de mama para a paciente é a realização de
a)
b)
c)
d)
e)
exame clínico e mamográfico semestrais.
exame clínico e mamográfico anuais.
exame clínico semestral e ultrassonográfico + mamográfico anuais.
exame mamográfico anual.
exame clínico anual e mamográfico a cada dois anos.
44. B.T.E., 25 anos, G2 P1, no seu último parto, realizado há 15 dias, apresentou o partograma a
seguir.
Com base nos dados, é possível afirmar que
a) Rotura da bolsa que reverteu uma possível distocia do estreito médio.
b) Introdução de ocitocina dilatação que reverteu uma possível distocia do estreito médio.
c) Uma analgesia de parto que reverteu uma possível distocia do estreito médio.
d) Ocorreu uma parada secundária de descida.
e) Rotura da bolsa, mas que não interferiu na evolução do trabalho de parto.
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Residência Médica
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45. T.G.F., 23 anos, solteira, vida sexual ativa, relata corrimento acinzentado, sem prurido ou
ardência vulvar com odor fétido que agrava na menstruação. Apresentou os seguintes resultados
nos exames laboratoriais realizados: Ph vaginal maior que 4.5, teste das aminas positivo, clue cells.
Podemos afirmar que a paciente apresenta
a)
b)
c)
d)
e)
vaginite virótica, cujo principal agente etiológico é Herpes simples II.
vaginite virótica, cujo principal agente etiológico é Herpes simples I associado à clamídia.
vaginite bacteriana, cujo principal agente etiológico é Neisseria gonorrhoeae.
vaginite bacteriana, cujo principal agente etiológico é Hemophilus vaginalis.
vaginite fúngica, cujo principal agente etiológico é Candida labrata.
46. Pela análise do partograma, podemos afirmar que a posição do feto no trabalho de parto é
a)
b)
c)
d)
e)
anterior.
posterior.
direita.
esquerda.
oblíqua.
47. Y.D.E., 26 anos, recém-formada em medicina, com vida sexual ativa, deseja fazer residência
médica, não quer engravidar nos próximos 5 anos e por isso optou por fazer uso de um método
anticoncepcional reversível que é o mais eficaz de todos. Sua escolha foi
a)
b)
c)
d)
e)
o adesivo.
o anel vaginal.
o DIU de LNG.
o implante.
os injetáveis mensais.
48. A.V.B., 27 anos, solteira, com vida sexual ativa, deseja método anticoncepcional, porém está
em uso de anticoagulante oral por ter apresentado trombose venosa profunda há 4 semanas; Foi
verificado, nos exames laboratoriais, que apresenta mutação do Fator V Leiden. Qual é o melhor
método anticoncepcional elegível para essa paciente?
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a)
b)
c)
d)
e)
2017
Residência Médica
Adesivo transdérmico.
Dispositivo intrauterino de cobre.
Dispositivo intrauterino medicado com levonorgestrel.
Injetável mensal.
Progestagênio oral.
49. P.N.M., 13 anos, apresenta ciclos menstruais regulares de 28 dias desde a primeira menstruação, aos 11 anos. No último mês, necessitou procurar o pronto-atendimento por sangramento
vaginal em grande quantidade, inclusive necessitando de transfusão sanguínea. No exame físico
atual, apresenta mucosas descoradas 2+/4, sem outras alterações relevantes. Qual é a conduta
mais adequada para esse caso?
a) Tranquilizar a paciente, pois mais de 80% dos casos de sangramento anormal nessa fase da vida
da mulher ocorre devido à imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise ovariano.
b) Realizar calendário menstrual e prescrição de antifibrinolíticos ou anti-inflamatórios.
c) Avaliação do hematologista, pois é possível que a paciente apresente algum distúrbio da hemostasia.
d) Realizar perfil androgênico (17 OH progesterona, testosterona total, DHEAS) e ultrassonografia
transvaginal para afastar a presença de síndrome dos ovários policísticos.
e) Como o ciclo é regular, prescrever estrogênios para contenção do sangramento na fase aguda.
50. B.M.O., 75 anos, relata saída de uma bola na vagina. No exame ginecológico, constata-se
prolapso genital. O único ponto prolapsado é a parede vaginal anterior que se exterioriza 5 cm da
cicatriz himenal. A vaginometria ou comprimento vaginal total é de 8 cm. De acordo com o POP-Q
(Pelvic Organ Prolapse Quantifcation), o estadiamento desse defeito de parede anterior é estádio
a)
b)
c)
d)
e)
0.
I.
II.
III.
IV.
51. R.O.M., 56 anos, vem para consulta ginecológica de rotina. Refere que faz avaliação ginecológica anual e que seus exames citológicos nunca apresentaram alteração, bem como a última
mamografia de 1 ano atrás. Está assintomática e nega antecedentes familiares de patologias. Quais
exames de rastreamento você solicitaria para a paciente?
a)
b)
c)
d)
e)
hemograma, lipidograma, glicemia, TSH, ultrassonografia transvaginal, mamografia, colpocitologia.
hemograma, lipidograma, glicemia, sangue oculto nas fezes, TSH.
sangue oculto nas fezes, mamografia, colpocitologia, teste de tolerância oral à glicose, TSH.
ultrassonografia transvaginal, colpocitologia, mamografia, TSH, glicemia, lipidograma.
colpocitologia, lipidograma, glicemia, TSH, sangue oculto nas fezes, hemograma, eletrocardiograma.
52. L.G.M., 16 anos, com amenorreia primária, foi encaminhada para avaliação ginecológica trazendo tomografia abdominal, apresentando grande massa no abdômen inferior. Ao exame físico,
apresenta massa pélvica palpável. A conduta imediata deve ser realizar
a)
b)
c)
d)
e)
exame ginecológico e procedimento cirúrgico ambulatorial.
exames laboratoriais pré-cirúrgicos.
marcadores tumorais para massa pélvica.
avaliação pré-anestésica.
urografia excretora.
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Residência Médica
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53. M.A., 51 anos, DUM aos 50 anos, relata sangramento vaginal irregular desde há 1 ano. Queixa
de fogachos e sudorese noturna que atrapalham sua qualidade de vida. O exame físico e os exames
da propedêutica apresentaram resultados dentro da normalidade, exceto pelo exame especular que
verificou presença de sangue no orifício do colo. Nega uso de medicações. Considerando que a
paciente tem indicação de terapia hormonal, assinale a opção que contém uma contraindicação
absoluta para prescrição da terapia hormonal.
a)
b)
c)
d)
e)
Câncer de ovário.
Angina cardíaca estável.
Hepatite medicamentosa aguda.
Câncer de endométrio.
Varizes de grosso calibre em MMII.
54. Observe o partograma.
De acordo com os dados, sabendo-se que o trabalho de parto evoluiu para parto normal, pode-se
afirmar que
a)
b)
c)
d)
e)
a expulsão ocorreu na zona 1 do partograma.
a expulsão ocorreu na zona 2 do partograma.
a expulsão ocorreu na zona 3 do partograma.
a expulsão ocorreu na zona 4 do partograma.
é impossível definir a zona de expulsão.
55. Paciente de 43 anos, G3P3C1, sexualmente ativa, apresenta citologia cérvico–vaginal mostrando lesão intraepitelial de alto grau e lesões sugestivas de HPV. Qual é o próximo passo para o correto diagnóstico e norteamento da conduta?
a)
b)
c)
d)
e)
Pesquisa do tipo de HPV.
Peniscopia do parceiro.
Conização e anátomo-patológico.
Histeroscopia e anátomo-patológico.
Colposcopia e anátomo-patológico.
56. Z.W.Y., 25 anos, não está grávida, nem é portadora de comorbidades. Está hígida e acaba de
retornar de lua de mel com quadro de disúria, polaciúria e dor suprapúbica há dois dias. Nega febre
ou dor lombar. Uma conduta possível diante dessa situação é iniciar
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a)
b)
c)
d)
e)
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Residência Médica
amoxacilina 500mg 8/8 horas por 3 dias.
azitromicina 500 mg de 6 em 6 horas por um dia e solicitar urina rotina em trinta dias.
fenazopiridina em dose única e aguardar a evolução.
fosfomicina trometamol dose única e solicitar previamente uma urocultura.
Nitrofurantoína 100 mg 6/6 horas por 3 dias.
57. Observe o partograma.
De acordo com os dados, pode-se concluir que se realizou
a)
b)
c)
d)
e)
indução do trabalho de parto.
prova de trabalho de parto.
estimulação do trabalho de parto.
inibição do trabalho de parto.
analgesia do trabalho de parto.
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Residência Médica
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58. Observe o traçado cardiotocográfico.
De acordo com ele, pode-se afirmar que a frequência cardíaca basal é
a)
b)
c)
d)
e)
150 bpm e há taquisistolia.
150 bpm e há taquisistolia.
120 bpm e há taquisistolia.
120 bpm e há hipertonia.
150 bpm e não há discinesia.
59. Observe o traçado cardiotocográfico anteparto.
180
160
140
120
Ele mostra
a)
b)
c)
d)
e)
bradicardia fetal.
taquicardia fetal.
arritmia fetal.
padrão sinusoide.
padrão compressivo.
60. Primigesta com 40 semanas está internada na maternidade em trabalho de parto e há 3 horas
permanece com 7 cm de dilatação cervical. A altura uterina mede 40 cm e o feto encontra-se em
apresentação cefálica, na posição occipto-ilíaca esquerda anterior e a altura da apresentação no
plano menos 2 de De Lee. As contrações uterinas são de forte intensidade e na frequência de três
em 10 minutos. Os batimentos cardíacos fetais mantêm-se na frequência de 140 por minuto antes,
durante as contrações e depois delas. A ruptura espontânea das membranas ocorreu há 4 horas,
quando se constatou líquido amniótico claro com grumos. Com base nessas informações, o que pode estar ocorrendo?
a) Discinesia uterina.
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b)
c)
d)
e)
Residência Médica
2017
Desproporção cefalopélvica.
Fase ativa prolongada.
Fase latente prolongada.
Distocia de posição.
MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE
61. No período de 1980 a 1992, para o estado de São Paulo, os coeficientes de mortalidade, segundo os grupos de causas de morte, apresentaram a seguinte evolução:
a) Aumento dos valores para as doenças infecciosas e parasitárias, aumento para as causas externas e diminuição para as doenças do aparelho circulatório.
b) Aumento dos valores para as doenças infecciosas e parasitárias, aumento para as neoplasias e
diminuição para as doenças do aparelho circulatório.
c) Diminuição dos valores para as doenças infecciosas e parasitárias, diminuição para as neoplasias e aumento para as doenças do aparelho circulatório.
d) Diminuição dos valores para as doenças infecciosas e parasitárias, estabilidade para as neoplasias e diminuição para as doenças do aparelho circulatório.
e) Diminuição dos valores para as doenças infecciosas e parasitárias, aumento para as neoplasias
e aumento para as doenças do aparelho circulatório.
62. Homem de 30 anos, vigilante noturno, solteiro, vem à Unidade Básica de Saúde (UBS) sem
agendamento e conta, na recepção, que tem tido empachamento e queimação epigástrica nos últimos 3 meses. Assinale a alternativa correta.
a) O paciente deve ser avaliado pelo médico e pela equipe multiprofissional no mesmo dia.
b) O paciente deve ser clinicamente avaliado, atendendo à demanda mais urgente e agendando-se
para exploração mais detalhada do processo de adoecimento com apoio da equipe multiprofissional de saúde diagnóstico e tratamento do caso.
c) Para investigação adequada da queixa, o primeiro procedimento é realizar endoscopia digestiva
alta.
d) Se o paciente for atendido no mesmo dia na UBS, no pronto-atendimento, o médico deve restringir-se à investigação e ao tratamento da queixa, uma vez que não há condições de fazer uma
avaliação ampliada de todas as pessoas atendidas.
e) Na UBS, devem ser atendidos especialmente problemas mais comuns de crianças e fazer prénatal, prevenção de câncer ginecológico e planejamento familiar; os outros problemas devem ser
encaminhados para ambulatórios especializados.
Considere os dados a seguir e responda às questões de 63 a 67.
Na cidade Y realizou-se estudo para investigar associação entre nível de colesterol sérico e doença
isquêmica do coração (DIC). Foram estudados indivíduos do sexo masculino com idade entre 40 e
69 anos, sem DIC no início do estudo (em 1989): 500 com colesterol elevado e 1500 indivíduos com
colesterol normal. Entre esses 2000 indivíduos, examinados em 1989 e seguidos até 1994, foram
diagnosticados 60 casos de DIC entre aqueles com colesterol elevado e 50 casos entre aqueles com
colesterol normal.
63. O estudo realizado foi do tipo
a)
b)
c)
d)
e)
transversal.
caso-controle.
coorte.
ecológico.
ensaio clínico.
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Residência Médica
2017 17
64. O risco absoluto de doença isquêmica do coração entre os expostos foi
a)
b)
c)
d)
e)
0,10.
0,12.
0,14.
0,16.
0,18.
65. O risco absoluto de doença isquêmica do coração entre os não expostos foi:
a)
b)
c)
d)
e)
0,011.
0,022.
0,033.
0,044.
0,055.
66. O risco relativo da doença isquêmica do coração para os portadores de hipercolesterolemia é
a)
b)
c)
d)
e)
0,8.
1,0.
1,8.
2,4.
3,6.
67. De acordo com o valor do risco relativo, podemos afirmar que existe uma relação de
a) agravo entre a hipercolesterolemia e a doença isquêmica do coração, pois o risco relativo é menor que 1,0.
b) proteção entre a hipercolesterolemia e a doença isquêmica do coração, pois o risco relativo é
positivo.
c) efeito nulo entre a hipercolesterolemia e a doença isquêmica do coração, pois o risco relativo é
igual a 1,0.
d) agravo entre a hipercolesterolemia e a doença isquêmica do coração, pois o risco relativo é maior
que 1,0.
e) proteção entre a hipercolesterolemia e a doença isquêmica do coração, pois o risco relativo é
menor que 1,0.
68. Procurou-se determinar a eficácia da Cimetidina na profilaxia de hemorragia gastrointestinal em
pacientes admitidos em unidade de terapia intensiva (UTI). Cento e vinte pacientes foram aleatorizados (randomizados) para receber cimetidina ou placebo nas primeiras seis horas de admissão na
referida UTI. O processo de aleatorização em estudo desse tipo tem como finalidade principal
a)
b)
c)
d)
e)
selecionar amostra representativa de pacientes.
obter grupos com prognóstico inicial semelhante.
aumentar a aderência dos pacientes.
obter grupos de igual tamanho.
reduzir a possibilidade de viés de seleção.
69. Em uma cidade da Grande São Pauto, em 1994, morreram 16 mulheres durante a gestação ou
dentro de um período de 42 dias após o término da gravidez, pelas seguintes causas primárias:
2 por septicemia pós-aborto.
5 por complicações hipertensivas da gestação.
2 por hemorragia de terceiro trimestre.
2 por infecção pós-cesárea.
3 por cardiopatia agravada pela gestação.
2 por acidentes de trânsito.
RM2017
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2017
Residência Médica
Considerando-se que, nesse mesmo ano, nasceram nessa cidade 10.000 nascidos vivos, o coeficiente de mortalidade materna, para o ano de 1994, foi de
a)
b)
c)
d)
e)
90 mortes por 100.000 nascidos vivos.
100 mortes por 100.000 nascidos vivos.
120 mortes, por 100.000 nascidos vivos.
140 mortes por 100.000 nascidos vivos.
160 mortes por 100.000 nascidos vivos.
70. Em estudo caso-controle, examinaram-se 400 casos de câncer de pulmão e 540 controles. O
percentual de fumantes foi de 90% entre os casos e 30% entre os controles. O odds ratio (razão de
chances) de câncer de pulmão relacionado ao hábito de fumar foi
a)
b)
c)
d)
e)
1,1.
10.
11.
21.
31.
71. Em estudo caso-controle, examinaram-se casos de câncer de pulmão e 300 controles. O intervalo de confiança (IC) do odds ratio foi de 10,6 até 33,5 (95% de confiança). Isso significa que o risco de desenvolver câncer entre os fumantes
a)
b)
c)
d)
e)
é importante, porque o IC ultrapassou o valor de 10.
é importante, porque o IC não inclui a unidade.
não é importante, porque o IC não contém a unidade.
é importante, porque o IC é suficientemente extenso.
não é importante, porque o IC não é suficientemente extenso.
72. O estudo de coorte, quando comparado ao caso-controle, apresenta
a)
b)
c)
d)
e)
maior probabilidade de viés de seleção.
menor custo.
maior rapidez na conclusão.
melhor definição da relação temporal entre exposição e doença.
maior eficiência para o estudo de doenças raras.
73. Foi realizado estudo sobre taxas de suicídio, religiosidade e tolerância ao suicídio, em 19 países
da Europa e América do Norte. As taxas de suicídio foram obtidas dos sistemas de informação de
cada país, enquanto as taxas relativas à religiosidade e tolerância ao suicídio dessas populações
foram obtidas de um levantamento, para outros fins, sobre valores sociais que havia sido realizado
naqueles países. Estimou-se a correlação entre taxas de suicídio e taxas de religiosidade e de tolerância ao suicídio. Observou-se que as taxas de suicídio eram negativamente relacionadas com os
níveis de crença religiosa, e positivamente correlacionadas com níveis de tolerância ao suicídio.
Com base no resultado desse estudo, assinale a alternativa correta.
a) Pode-se afirmar que, quanto maior a religiosidade do indivíduo, menor a chance de ele cometer
suicídio.
b) Trata-se de um estudo de corte transversal.
c) Suicídio não tem relação com religiosidade ou tolerância.
d) Os resultados apresentados podem ser decorrentes de outros fatores, como nível de desenvolvimento econômico e social de cada país.
e) Maiores níveis de religiosidade levam uma sociedade a apresentar menores taxas de suicídio.
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Residência Médica
2017 19
74. Segundo a Constituição de 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) é definido como um sistema descentralizado, com comando único em cada esfera de governo, o que significa que cabe
a) à União, somente, a responsabilidade pela execução das ações de saúde pública.
b) à União a responsabilidade exclusiva pelo financiamento das ações de saúde pública.
c) à União a responsabilidade exclusiva do financiamento da assistência médica hospitalar, através
das AIH.
d) aos estados e municípios financiar somente com recursos próprios seus respectivos sistemas de
saúde.
e) aos estados e municípios formular e implementar as respectivas políticas de saúde.
75. O modelo assistencial de saúde no Brasil, no período de 1964 a 1988, apresenta como tendência
a) o priorização do modelo de atenção médica individual, em detrimento das ações de saúde coletiva, mantida sua separação.
b) o priorização do modelo de saúde coletiva.
c) a harmonização das ações médico-individuais e de saúde pública em um modelo de atenção à
saúde.
d) o estímulo a uma organização do trabalho, nas instituições de saúde, que privilegie e promova
equipes multiprofissionais.
e) o estimulo à prática médica liberal como modelo de atenção à saúde.
76. Em relação à participação da comunidade no SUS, pode-se afirmar que a Constituição de 1988
a) prevê a participação somente dos usuários do SUS.
b) prevê a participação somente dos usuários do SUS e dos representantes dos poderes públicos.
c) determina que os Conselhos de Saúde constituam a instância de participação dos usuários do
SUS.
d) não contempla a representação dos profissionais de saúde.
e) não prevê a participação da comunidade.
77. Em relação aos exames de rastreamento, assinale a opção correta.
a)
b)
c)
d)
e)
São relacionados à prevenção primária.
Quanto maior a sensibilidade, maior o número de falsos negativos.
Quanto maior a especificidade, menor o número de falsos negativos.
Os valores preditivos dependem da prevalência.
A sensibilidade é dada pelo número de doentes dentre os resultados positivos.
Considere os dados a seguir e responda às questões de 78 a 80.
Em uma população de 460 adultos masculinos acima de 60 anos, foi feito o rastreamento de câncer
de próstata com dosagem de PSA (antígeno prostático específico). Foram detectados 56 casos de
câncer de próstata, dos quais 42 apresentavam PSA alterado. Sabe-se que o número total de pacientes com PSA alterado foi 68.
78. A sensibilidade do PSA na detecção do câncer de próstata foi
a)
b)
c)
d)
e)
61%.
64%.
75%.
93%.
96%.
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Residência Médica
2017
79. A especificidade do PSA na detecção do câncer de próstata foi
a)
b)
c)
d)
e)
61%.
64%.
75%.
91%.
93%.
80. O valor preditivo positivo do PSA na detecção do câncer de próstata foi
a)
b)
c)
d)
e)
61%.
64%.
75%.
91%.
93%.
PEDIATRIA
81. Paciente de 8 meses é atendido na UPA com história de febre baixa, tosse e coriza há 48 horas.
Ao exame físico, observa-se discreta hiperemia em membrana timpânica direita e frequência respiratória de 42 irpm, com sibilância esparsa em toda a ausculta respiratória. Foi prescrito amoxicilina
90mg/kg/dia, tendo sido justificado pelo médico que o paciente estaria com otite média aguda à direita e pneumonia. Sobre esse atendimento, assinale a alternativa correta.
a) Pelas normas do Ministério da saúde/OMS, o paciente tem o diagnóstico de pneumonia, entretanto a dose de amoxicilina deveria ser 50 mg/kg/dia.
b) A discreta hiperemia de membrana timpânica permite afirmar o diagnóstico de OMA e tratá-lo
com antibiótico.
c) Apesar da frequência respiratória estar aumentada para a idade, a presença de sibilos implicaria
a necessidade de reavaliar a FR após nebulização com beta 2 de curta ação.
d) Apesar do diagnóstico de pneumonia não estar correto, o uso do antibiótico na dose prescrita
para o tratamento de OMA bacteriana está justificado.
e) O quadro clínico poderia ser compatível com bronquiolite viral aguda.
82. Todas as manifestações a seguir podem estar presentes na laringite aguda, exceto
a)
b)
c)
d)
e)
cornagem.
infecção pelo vírus parainfluenza.
idade entre 1 e 3 anos.
febre.
radiografia de tórax com sinais de hiperinsuflação.
83. Pré-escolar de três anos e sete meses é levado à consulta porque seus pais estão preocupados
com o fato de a criança apresentar quedas frequentes e pernas tortas. Exame físico: geno valgo.
Considerando a evolução mais provável nessa condição, a conduta adequada é
a)
b)
c)
d)
e)
tranquilizar os pais.
encaminhar ao ortopedista.
indicar uso de botas corretoras.
indicar a prática de atividades físicas.
solicitar RX de membros inferiores.
84. Adolescente de 14 anos, vítima de acidente automobilístico, é levado pela SAMU para sua Unidade de Pronto Atendimento. Exame físico: FC 140 bpm, PA 80x45 mmHg, saturação de O2 85%,
turgência jugular e bulhas cardíacas hipofonéticas. A conduta imediata do médico é
RM2017
Residência Médica
a)
b)
c)
d)
e)
2017 21
toracotomia.
cardioversão.
pericardiocentese.
intubação traqueal.
cricotireoidostomia.
85. Lactente de 12 meses de idade é levado ao posto de saúde, apresentando, há vários meses,
lesões de pele, disseminadas, pruriginosas, principalmente em face, regiões retroauriculares, pescoço e regiões flexoras de joelhos. Responsável refere melhora e piora intermitente. Ao exame: lesões
papulares, eritematosas, com algumas vesículas. A melhor conduta deve ser
a)
b)
c)
d)
e)
vários banhos diários e dieta sem leite de vaca.
cremes hidratantes, emolientes e corticosteroide oral.
vários banhos diários e corticosteroide fluorado tópico.
corticosteroide fluorado tópico e antibioticoterapia oral.
hidratação da pele e corticosteroide não fluorado tópico.
86. Escolar de 8 anos de idade apresentava quadro de febre alta (39oC), cefaleia e mialgia há 7
dias. Exame físico inicial: temperatura 38,9oC, FR 48 irpm, FC 110 bpm, PA 110x75 mmHg. Laboratorial: Hb 12,5g/dL, Ht 34%, leucócitos 7.700/mm3, linfócitos 35% e plaquetas 190.000/mm3. Liberado com prescrição de hidratação oral e antitérmicos. Após 3 dias, retornou afebril, prostrado, vômitos
persistentes e dor abdominal. Exame físico: temperatura 36,6oC, FR 52irpm, FC 120bpm, PA
85X55mmHg. Laboratorial: Hb 12g/dL, Ht 36%, leucócitos 4.200/mm3, linfócitos 30% e plaquetas
110.000/mm3. Considerando o diagnóstico a ser pensado, o principal dado entre os descritos, que
indicaria internação imediata desse paciente seria
a)
b)
c)
d)
e)
temperatura axilar.
leucopenia.
dor abdominal.
plaquetopenia.
valores de hematócrito.
87. Criança de 1 ano, frequentadora de creche, apresenta febre, tosse produtiva, coriza hialina e
congestão nasal há 2 dias. Ao exame: hiperemia de orofaringe, membrana timpânica direita com
hiperemia e ausência do triângulo luminoso, sem abaulamento. Pulmões limpos, coração e abdome
sem alterações. FR 22 irpm, FC 100 bpm. Sobre esse caso, assinale a alternativa correta.
a)
b)
c)
d)
Trata-se de resfriado comum. Medicar com antitérmicos e soro fisiológico nasal.
Provável otite média aguda. Tratar com amoxicilina oral 50mg/kg/dia por 10 dias.
Otite externa. Tratar com polimixina tópica.
Quadro compatível com otite média aguda. Iniciar amoxicilina + clavulanato, pois criança de creche é fator de risco para infecções por H. influenzae.
e) Infecção das vias aéreas superiores por agente viral. Tratar com sintomáticos (anti-inflamatórios,
descongestionantes sistêmicos, antitérmicos e mucolíticos).
88. Criança do sexo masculino, 2 anos, apresentando febre, tosse produtiva e dispneia há 3 dias.
Ao exame: sibilos e estertores bolhosos difusos, estertores crepitantes na base direita. RX de tórax
com infiltrado em base direita. Hemograma Hb 9, Leuc 22000 (Bast 1%, Seg 45%, Eos 21%, Linf
33%). Assinale a alternativa correta quanto à hipótese diagnóstica para esse paciente.
a)
b)
c)
d)
e)
Crise asmática alérgica.
Pneumonia bacteriana.
Pneumonia viral.
Pneumonia parasitária.
Bronquiolite aguda.
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Residência Médica
89. Criança de 1 ano, história de 5 dias de evacuações líquidas, 5 vezes por dia, em média quantidade, fétidas, sem sangue, muco ou pus. Apresentou febre e vômitos nos primeiros 2 dias, seguidos
de tosse esporádica e coriza hialina. Medicado apenas com soro de hidratação oral na primeira avaliação médica. Na segunda visita, com 17 dias de evolução, mantendo evacuações liquidas 8 vezes
por dia, agora com caráter explosivo, grande quantidade, odor azedo. Apresenta distensão abdominal e assadura intensa no períneo no exame físico. Assinale a alternativa correta quanto aos diagnósticos na primeira e na segunda situação, respectivamente.
a)
b)
c)
d)
e)
Diarreia aguda bacteriana e diarreia crônica.
Diarreia aguda viral e diarreia aguda persistente bacteriana.
Diarreia aguda bacteriana e diarreia aguda persistente pela manutenção da bactéria.
Diarreia aguda viral e diarreia aguda persistente por hipolactasia.
Diarreia aguda viral e diarreia crônica.
90. Lactente de 7 meses de vida, nascido a termo, adequado para a idade gestacional, que teve
aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida, com bom ganho pondero-estatural com dieta
complementar e aleitamento materno, deve estar em uso de suplementação de
a)
b)
c)
d)
vitamina D desde a primeira semana de vida e ferro elementar a partir dos 6 meses.
vitamina D desde a primeira semana de vida e ferro elementar a partir dos 4 meses.
vitamina D, se local de pouco sol ou poluído, e ferro elementar a partir dos 6 meses.
vitamina D desde a primeira semana de vida, se tiver pele de cor mais escura e/ou ambiente de
poluição intensa, e ferro elementar a partir dos 4 meses.
e) apenas ferro elementar a partir dos 6 meses.
91. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, são orientações alimentares no primeiro ano de
vida:
a) aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida e água em dias quentes.
b) início de dieta complementar na consistência líquida, através de sopas ou alimentos processados
em liquidificador.
c) aleitamento materno até os 6 meses e introdução da dieta complementar na consistência de papas a partir dos 6 meses.
d) introdução da dieta complementar processada em liquidificador e oferecida em mamadeiras com
furos próprios.
e) introdução de dieta pastosa com pouco sal, e fórmula infantil a partir dos 6 meses de vida.
92. A paciente Alice, de 17 anos, vem para consulta com sua filha Camila, de 3 anos de idade. As
duas foram encaminhadas para o diagnóstico nutricional. Ambas têm o IMC (Índice de Massa Corporal) de 18. Camila foi colocada na curva de IMC e estava entre os percentis 85 e 97. Com base
nesses dados, assinale a opção correta quanto aos diagnósticos nutricionais de Alice e Camila, respectivamente.
a)
b)
c)
d)
e)
Desnutrida grau 1 e sobrepeso.
Eutrofia e sobrepeso.
Depende da curva de IMC e risco de sobrepeso.
Depende da curva de IMC e obesidade.
Desnutrida grau 1 e risco de sobrepeso.
93. Pais trazem o filho de 11 anos para consulta por queixa de diminuição na velocidade de crescimento. A mãe refere que a irmã gêmea do paciente sempre foi cerca de 2 cm menor que ele durante
a infância. Porém, há cerca de 1 ano, notou que o ritmo de crescimento dos 2 se distanciou, e o filho
está “ficando um pouco para trás”. Baseado na estatura dos pais, a estatura alvo calculada é de 175
cm (escore Z = -0,3). A estatura da criança de 1 ano atrás era 134 cm. Ao exame: estatura = 140cm
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(escore Z = -0,5), IMC = 17,3 kg/m2 (escore Z = 0,1), Tanner = G2P2, sem alterações. De acordo
com os dados apresentados, assinale a opção correta.
a) Se a idade óssea do paciente estiver com atraso, provavelmente trata-se de um caso de baixa
estatura constitucional.
b) Pelo estadiamento puberal e a velocidade de crescimento baixa, deve tratar-se de um caso de
desaceleração pré-puberal.
c) A irmã deve estar em estirão puberal, o que justificaria a diferença entre os dois, já que o paciente não tem baixa estatura nem redução da velocidade de crescimento.
d) Como o canal familiar está abaixo da média populacional, trata-se de um caso de baixa estatura
familiar.
e) É provável que se trate de baixa estatura idiopática, já que paciente não se encaixa em baixa
estatura constitucional nem em baixa estatura familiar.
94. Menina de 7 meses foi trazida ao posto de saúde por apresentar, há 3 dias, fezes liquefeitas,
sem sangue. A mãe relata que a filha andava mais quieta do que de costume e que hoje apresentou
3 episódios de vômito. Ao exame, a criança mostra-se irritada e inquieta, notando-se sinal da prega
e os olhos fundos. Ao serem oferecidos sais de reidratação oral, a lactente bebe avidamente. Qual é
a melhor conduta nesse caso?
a) Liberar a paciente com orientação de fazer o tratamento em casa com SRO à vontade.
b) Estabelecer plano de reidratação oral no posto de saúde para as próximas 4 horas, com reavaliações periódicas.
c) Administrar SRO por gastróclise em débito contínuo e prescrever antiemético se necessário.
d) Administrar antiemético e hidratar posteriormente a paciente por via oral.
e) Internar a paciente para reidratação com soro fisiológico endovenoso.
95. Recém-nascido (RN) do sexo masculino é avaliado no 3o dia de vida. Mãe fez pré-natal completo, sorologias negativas, tipagem sanguínea A positivo. Nascimento por cesárea eletiva, com idade
gestacional de 38 semanas e 5 dias, nasceu com peso de 2950g, Apgar 7 e 9. Ao exame: icterícia
+3/4+, Zona III de Kramer, sem outras alterações. Tipo sanguíneo do RN é O positivo. De acordo
com os dados apresentados, assinale a opção correta.
a) O diagnóstico etiológico mais provável é icterícia neonatal por incompatibilidade ABO.
b) Independente da etiologia, como icterícia em zona III de Kramer, há necessidade de fototerapia
contínua com proteção ocular para prevenir Kernicterus.
c) Se o RN estiver apresentando acolia e colúria, o mais provável é que seja icterícia neonatal fisiológica.
d) Se a icterícia tiver se iniciado antes das 24 horas de vida, icterícia neonatal de origem patológica
é provável.
e) Icterícia neonatal fisiológica deve ser descartada como hipótese para este caso, devido à intensidade da icterícia.
96. Lactente de vinte e quatro meses apresenta pápulas eritematosas, vesículas e pústulas disseminadas, e acometimento de palmas e plantas, sem sintomas sistêmicos. A mãe tem lesões semelhantes na região inframamária e antebraços, com prurido principalmente noturno. O tratamento indicado é
a)
b)
c)
d)
e)
ivermectina sistêmica na dose de 100 a 200mcg/kg em dose única.
fluconazol dose única semana.
permetrina a 5% em única aplicação.
deltametrina em uma única aplicação.
corticoide tópico e anti-histamínico sistêmico.
97. Escolar de seis anos é levado à UPA em crise de tosse emetizante há 12 horas. Mãe relata tosse, chiado, dispneia e vômitos. Exame físico: lúcido, orientado, acianótico, afebril, FR: 33 irpm, FC:
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Residência Médica
128 bpm, SaO2: 91%, dispneia moderada com retração subdiafragmática e sibilos expiratórios. O
tratamento indicado nesse momento é
a)
b)
c)
d)
e)
corticosteroide via oral.
aminofilina intravenosa.
corticosteroide intravenoso.
adrenalina subcutânea.
β2-agonistas de ação curta por via inalatória.
98. Adolescente deu entrada na UPA com história de picada por cobra. Ao exame, apresenta apenas uma marca puntiforme com sangramento na perna direita. Há dor e edema importantes de tornozelo e pé, além de bolhas de conteúdo hemorrágico. Há 15 minutos iniciou com epistaxe. Trata-se
de acidente
a) crotálico, podendo evoluir para insuficiência respiratória por conta do veneno neurotóxico e miotóxico.
b) laquético podendo evoluir para CIVD por conta do efeito coagulante e neurotóxico.
c) crotálico que cujo veneno tem ação proteolítica, hemorrágica e coagulante.
d) botrópico podendo evoluir para choque hipovolêmico e/ou insuficiência renal.
e) botrópico cujo veneno tem ação neurotóxica e miotóxica e consequente síndrome compartimental.
99. Menino de 5 anos de idade com pubarca precoce há 8 meses. Mãe notou acentuada aceleração
do crescimento estatural. Idade óssea de 6 anos e meio. Assinale o raciocínio diagnóstico correto na
condução desse caso.
a)
b)
c)
d)
Pelos dados fornecidos, a hipótese diagnóstica mais correta é de pubarca precoce.
Caso o estadimento de Tanner seja G3P2, é mandatória a dosagem de 17 hidroxiprogesterona.
Caso o LH basal venha em valor pré-púbere deve-se proceder a investigação de causa periférica.
Caso o estadiamento de Tanner seja G2P2, com LH púbere, a chance de alterações no exame
de imagem de encéfalo é de cerca de 80%.
e) Caso o Tanner seja G2P4, a dosagem de LH torna-se a princípio dispensável.
100. Recém-nascido de 25 dias iniciou quadro de hematoquezia há 2 dias, acompanhado de choro
intenso e 3 episódios de vômitos. Mãe relata que há 5 dias foi indicada complementação com fórmula de primeiro semestre devido a baixo ganho ponderal. Como irmã de 2 anos teve alergia alimentar,
foi indicado o uso de fórmula hipoalergênica. Sobre o provável diagnóstico em questão, assinale a
opção correta.
a) O uso desse tipo de fórmula poderia ter evitado o surgimento dos sinais e sintomas apresentados.
b) A fisiopatologia da doença em questão é certamente mediada por IgE.
c) Está indicada a suspensão da fórmula em uso, que deve ser substituída por fórmula de aminoácidos até os 12 meses de vida.
d) O histórico da irmã não deveria ter interferido com o raciocínio clínico, visto que a fisiopatologia
do quadro apresentado em nada tem a ver com genética, sendo uma deficiência enzimática transitória.
e) O ganho insatisfatório de peso relatado pela mãe poderia ser explicado pela própria doença em
questão, caso a criança já apresentasse hematoquezia na primeira semana de vida.
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