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A IMPORTÂNCIA DO LEITE MATERNO E RECOMENDAÇÕES EM RELAÇÃO
AS DOENÇAS INFECCIOSAS
SILVA, F. D. L. 1
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo falar da importância do aleitamento materno para o
bebê e apresentar os vários benefícios que esse alimento traz para o seu desenvolvimento.
Também é preciso lembrar que o leite materno pode ser veículo de agentes infecciosos. Por
isso, cabe ao profissional de saúde a tarefa de orientar as mães a respeito de todos os riscos
e expor a melhor opção para a alimentação do recém-nascido.
ABSTRACT
This work aims to speak of the importance of breastfeeding for the baby and present
the many benefits that this brings food for their development. You must remember that
breast milk can be vehicle of infectious agents. Therefore, the occupational health of the
task of guiding the mothers about all the risks and expose the best option for feeding the
newborn.
Palavras-chave: Aleitamento materno, doenças infecciosas, recém-nascido, vírus e
anticorpos.
Keywords: Breastfeeding, infectious diseases, newly born, viruses and antibodies.
INTRODUÇÃO
Crianças amamentadas contraem menos infecções do que as que recebem fórmulas.
Está provado que o leite materno, de várias maneiras, ajuda os recém-nascidos a evitar
doenças (MELLO, 2004).
O aleitamento materno traz inúmeras vantagens para a mãe e o bebê, sendo que
doenças que podem ser contraídas nessa fase podem constituir obstáculos para a
amamentação. Em alguns casos é aconselhável a ordenha, mas a mãe não pode ter
infecções causadas pelo retrovírus.
ANTICORPOS DO LEITE MATERNO
Os anticorpos, também chamados de imunoglobulinas, podem ser do tipo IgG, IgA,
IgM e IgE, todas são encontradas no leite. A IgA, conhecida como secretora, é a mais
abundante. Ela é encontrada ao longo dos sistemas respiratórios e gastrointestinal dos
1
Aluna do 7o período de Enfermagem da UNISUAM.
adultos. Crianças que tomam mamadeira tem pouco meios de combater patógenos ingeridos
até que comecem a fabricar IgA secretora por conta própria (NEWNAM, 1995).
INFECÇÕES POR VÍRUS
As doenças virais maternas como hepatite, sarampo, caxumba, rubéola e outras,
podem causar excreção de vírus no leite humano, mas, exceto para as infecções causadas
pelo retrovírus – vírus da Imunodeficiência humana - não há contra-indicação para o
aleitamento.
O VIH (vírus da Imunodeficiência humana), transmite-se a criança através da mãe
pela transmissão vertical durante a gravidez, parto e leite materno (ROCHA, s. d.).
INFECÇÕES POR BACTÉRIAS
Para mães com tuberculose a recomendação irá depender da época que foi realizado
o diagnóstico da doença. A amamentação pode ser mantida, pois o uso das drogas
tuberculostáticas para a mãe não contra-indica aleitamento. A separação só será necessária
no caso da mãe possuir infectividade e demora em responder ao esquema terapêutico.
Nessa situação o aleitamento será mantido por ordenha, para diminuir o contato respiratório
da mãe e bebê.
No caso da Hanseníase a transmissão ocorre por secreções nasais e da pele. Não há
contra-indicação para a amamentação se a mãe tiver um tratamento adequado, lesões de
pele na mama pode ser fonte de infecção para o recém-nascido (LARMONIER, 2004).
HEPATITES A,B,C
Os vírus das hepatites A,B,C podem ser transmitidos para a criança durante a
gravidez, parto e pós-parto, tendo maior possibilidade de ser transmitido o vírus pela
transmissão oro-fecal, como a da hepatite A, que pode ser excretado no leite humano na
fase aguda da doença (Idem).
HERPES SIMPLES
O risco de transmissão pelo leite é muito baixo. Porém, cuidados devem ser
tomados quanto houver vesículas na face e nos dedos, ou outras formas de herpes simples,
em outros familiares. Se o herpes simples for confirmado o bebê deve ser isolado de outras
crianças, mas não de sua mãe (Idem).
SIFÍLIS
A sífilis é uma doença transmitida pelo contato sexual, sendo que existem outras
formas de transmissões através de lesões em mucosas, região genital e mamas. Não há
relatos de transmissão pelo leite materno, sem lesões da mama. Se há lesões na mama,
sobretudo na aréola, a ordenha é contra-indicada até o tratamento e a regressão das lesões
(Idem).
SARAMPO
Doença enxantemática contagiosa. O vírus é transmitido através das secreções
respiratório dias antes e durante o período da doença. Se a doença for confirmada está
indicado o uso de imunoglobulina no bebê e isolamento da mãe até 72 horas após o início
da enxatema. É aconselhável nesse caso o leite ordenhado, porque a IgA secretora começa a
ser secretada com 48 horas do ínicio do enxatema da mãe.
CONCLUSÃO
O leite materno é muito mais que uma simples nutrição para as crianças, ela as
protege contra infecções até que elas possam se defender sozinhas.
Desta forma cabe o profissional de saúde a orientar a mãe desde a gestação e
apontar esses aspectos abordados nesse trabalho, para que os fatores de riscos sejam
conhecidos e que mãe e filho tenha uma melhor qualidade de vida.
REFERÊNCIAS
NEWNAM, J. Como o Leite Materno protege os recém-nascidos. Scientific American,
4:76-79, December 1995.
LARMONIER, J.A, et al. Recomendações quanto à amamentação na vigência de
infecção materna. Jornal de pediatria, 2004.
ROCHA, I, D, G. Transmissão vertical do VIH – Infecção não dectada na grávida.
Consulta de infectologia – Hospital Pediátrico de Coimbra, s. d. (Texto de sala de aula).
MELLO, P.B.M., et al. Importância e possibilidade do aleitamento natural e
transmissão de doenças Infecciosas para o Nascituro. Pesq. Brás Odontoped Clin Integr,
João Pessoa, v.4, n.2, p.137-141, maio/ago. 2004.
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