Artigos de Evaristo SÉRIE SOCIOLOGIA

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Artigos de Evaristo de Moraes Filho publicados na imprensa (1934-1945)
Série SOCIOLOGIA
IAEMF 3445 01. Marx e a sociologia contemporânea. Idéia. Rio de Janeiro, novembro de 1934; págs. 8-10.
Neste artigo Evaristo de Moraes Filho fala sobre os críticos de Marx, que não produzem novos conhecimentos sobre
o mundo social. Segundo Evaristo, Marx foi um dos percussores da sociologia e da ciência atual. Ele fala sobre a
sociologia atual e a teoria de Marx sobre a interdependência dos fatos sociais, além de comentar concepções
sociais no pensamento de Montesquieu, Comte, Spencer e Greef, que trabalham na perspectiva da
interdependência dos fatos sociais. Comenta concepções da reciprocidade social no pensamento de Durkheim e a
solidariedade dos fatos sociais de Worns, além da teoria circular dos fatos sociais de Gaston Richard e a teoria das
relações sociais, dos processos adaptativos de von Wisie - tendo em Pontes de Miranda o divulgador das suas
teorias no Brasil. Todos estes autores partilham da teoria da interdependência social, já desenvolvida por Marx, que
é moderna e atual. Evaristo fala sobre o prefácio de Marx em “Crítica da Economia Política”, que confirma a
dependência mútua das relações jurídicas e políticas fundamentadas na sociedade civil. Além disso, no “Manifesto
Comunista” pode ser encontrado a dependência mútua entre os fenômenos sociais, que reagem sobre a ordem
econômica. Encerra dizendo que “Marx e Engels foram os continuadores de Feuerbach (...) e os percussores da
sociologia contemporânea da interdependência dos fatos sociais”.
IAEMF 3445 13. A problemática da Sociologia do Saber. A Idéia. Rio de Janeiro, setembro de 1937; págs. 1923.
Neste artigo Evaristo de Moraes Filho apresenta a Sociologia do Conhecimento ou do Saber – que estuda o
“condicionamento social do saber (...); seu campo é tão amplo como o do saber humano realizado em sociedade” e cita algumas obras percussoras. Evaristo fala sobre as definições de Landsberg, Scheler, Von Wiese, A. Weber,
Mannheim, Marx, sobre as diferenças entre sociologia da cultura e do saber, sobre marxismo e a sociologia do
saber. Diz que as três grandes orientações da sociologia do saber se reportam “diretamente ao marxismo, ou para
levá-lo adiante ou para combatê-lo. Suas problemáticas são as mesmas, só as soluções divergem”. Esta, segundo
ele, citando Von Wisie, sociologia do conhecimento foi iniciada e preparada pelo marxismo. Fala sobre problemas
da sociologia do conhecimento: a relação da estrutura do conhecimento com a forma de unidade social dada, a
variabilidade da concepção natural do mundo, a gênese sociológica e psicológica do saber (sociologia das religiões,
da metafísica, da ciência positiva e da tecnológica).
IAEMF 3445 19. Introdução à sociologia rural. Jornal do Commercio. Rio de Janeiro, 12/12/1937.
Artigo no qual Evaristo de Moraes Filho diz que, excetuando Sérgio Buarque de Holanda, ninguém mais falou sobre
sociologia rural, um novo ramo da sociologia no Brasil. Evaristo diz que Sérgio Buarque apresentou esta escola,
indicou fontes e aplicou seus resultados à formação rural do Brasil no livro “Raízes do Brasil”. Fala sobre a
sociologia rural e urbana da escola norte-americana, além de a primeira aparecer como uma nova interpretação,
como estudo sistemático do meio rural brasileiro, que se desenvolveu rapidamente nos Estados Unidos, dado o seu
desenvolvimento agrícola. Evaristo faz histórico da sociologia rural e as obras que foram feitas sobre o meio rural.
Fala dos objetivos da sociologia rural em relação às comunidades, conceituando a comunidade rural, a partir de
uma discussão sociológica e citando vários autores.
IAEMF 3445 21. A comunidade rural. Mensário Jornal do Commercio. Rio de Janeiro, Fevereiro de 1938;
págs. 193-197.
Neste artigo Evaristo de Moraes Filho diz que a comunidade é o centro de todos os estudos da sociologia rural. F
fala das definições de comunidade, a partir dos estudos de Tönnies, Simmel, Durkheim, Sorokin, Galpin,
Zimmerman, entre outros autores, destacando a restrita localização territorial, o contato face-a-face, os interesses
comuns, a consciência dos elos de comunhão. Classifica as comunidades em elementares e cumulativos. Evaristo
diz que a comunidade está onde estiver o seu centro de interesse, seja ele político, econômico, religioso,
educacional, esportivo.
IAEMF 3445 22. Civilização brasileira. Boletim do C. E. B. Rio de Janeiro, Fevereiro de 1938.
Evaristo de Moraes Filho, neste artigo, fala sobre a civilização brasileira. Inicia conceituando-a como cultura-técnica,
domínio da natureza, vontade de poder. Diz: “toda cultura quando trabalha pela técnica passa a ser civilização”. Fala
sobre o Brasil e cinco épocas econômicas: a era colonial ou do pau-brasil, a civilização do açúcar a civilização do
couro, a civilização dos minérios e a civilização do café. Conclui falando sobre a enorme importância que
representam para o Brasil a civilização da cana-de-açúcar e do café, a do escravo e a da monocultura.
IAEMF 3445 24. A comunidade rural. Jornal do Commercio. Rio de Janeiro, 27/02/1938.
Neste artigo Evaristo de Moraes Filho diz que a comunidade é o centro de todos os estudos da sociologia rural. F
fala das definições de comunidade, a partir dos estudos de Tönnies, Simmel, Durkheim, Sorokin, Galpin,
Zimmerman, entre outros autores, destacando a restrita localização territorial, o contato face-a-face, os interesses
comuns, a consciência dos elos de comunhão. Classifica as comunidades em elementares e cumulativos. Evaristo
diz que a comunidade está onde estiver o seu centro de interesse, seja ele político, econômico, religioso,
educacional, esportivo.
IAEMF 3445 29. O negro no campo e na cidade. Boletim do C. E. B. Rio de Janeiro, abril de 1938.
Neste artigo Evaristo de Moraes Filho inicia dizendo que campo e cidade não são iguais, assim como os homens
que habitam essas regiões. Fala das diferenças gerais do meio rural e do meio urbano, tais como: diferenças de
ambiente, de tamanho das comunidades, de densidades das populações, de homogeneidade e heterogeneidade
das populações, da mobilidade social, da direção de migração, da diferenciação e estratificação sociais, do sistema
de interação social. Além disso, fala sobre as diferenças dos negros do campo e da cidade: uma está ligada à
inteligência, que dos primeiros é menor do que dos segundos; outra diferença entre os negros do campo e da
cidade está ligada às espécies de doenças, sendo que a cidade é mais higiênica do que o campo. Diz que,
historicamente, os negros fugiam mais do campo do que das cidades. Finaliza o artigo dizendo que este pretende
somente propor o assunto das diferenças físicas, intelectuais, patológicas e de conduta entre o negro do campo e o
da cidade.
IAEMF 3445 34. Comunidade rural. Boletim do MTIC. Rio de Janeiro, julho de 1938.
Introdução dos editores do boletim. Neste artigo Evaristo de Moraes Filho diz que a comunidade é o centro de todos
os estudos da sociologia rural. Fala das definições de comunidade, a partir dos estudos de Tönnies, Simmel,
Durkheim, Sorokin, Galpin, Zimmerman, entre outros autores, destacando a restrita localização territorial, o contato
face-a-face, os interesses comuns, a consciência dos elos de comunhão; classifica as comunidades em elementares
e cumulativos. Finaliza dizendo que a comunidade está onde estiver o seu centro de interesse, seja ele político,
econômico, religioso, educacional, esportivo.i
IAEMF 3445 36. Irreverência. Diário de Notícias. Rio de Janeiro, 23/08/1938.
Neste artigo Evaristo de Moraes Filho diz que a comunidade é o centro de todos os estudos da sociologia rural. F
fala das definições de comunidade, a partir dos estudos de Tönnies, Simmel, Durkheim, Sorokin, Galpin,
Zimmerman, entre outros autores, destacando a restrita localização territorial, o contato face-a-face, os interesses
comuns, a consciência dos elos de comunhão. Classifica as comunidades em elementares e cumulativos. Evaristo
diz que a comunidade está onde estiver o seu centro de interesse, seja ele político, econômico, religioso,
educacional, esportivo.
IAEMF 3445 42. Nível de vida rural. Jornal do Commercio. Rio de Janeiro, 19/02/1939.
Artigo do livro “Capítulos de sociologia rural” no qual Evaristo de Moraes Filho fala sobre estudos de Le Play, que se
preocupou com as pesquisas sobre nível de vida. Fala sobre as pesquisas, neste campo, nos Estados Unidos. Diz
que todos os sociólogos rurais defendem que os estudos sobre o nível de vida são os mais importantes da
sociologia rural. Destaca a conceituação de nível de vida, além da sua relação com renda, exploração agrícola e
diferenças sociais. Compara o padrão rural com o padrão urbano. Transcreve as diferenças de padrão de vida rural
e urbano em livro de Sorokin e Zimmerman.
IAEMF 3445 43. Nível de vida rural. Mensário do Jornal do Commercio. Rio de Janeiro, fevereiro de 1939;
págs; 487-491.
Artigo do livro “Capítulos de sociologia rural” no qual Evaristo de Moraes Filho fala sobre estudos de Le Play, que se
preocupou com as pesquisas sobre nível de vida. Fala sobre as pesquisas, neste campo, nos Estados Unidos. Diz
que todos os sociólogos rurais defendem que os estudos sobre o nível de vida são os mais importantes da
sociologia rural. Destaca a conceituação de nível de vida, além da sua relação com renda, exploração agrícola e
diferenças sociais. Compara o padrão rural com o padrão urbano. Transcreve as diferenças de padrão de vida rural
e urbano em livro de Sorokin e Zimmerman.
IAEMF 3445 44. Nível de vida rural. Boletim do MTIC. Rio de Janeiro, Março de 1939; págs. 277-290.
Artigo do livro “Capítulos de sociologia rural”. Neste Evaristo de Moraes Filho fala sobre estudos de Le Play, que se
preocupou com as pesquisas sobre nível de vida; fala sobre as pesquisas, neste campo, nos Estados Unidos. Diz
que os todos os sociólogos rurais defendem que os estudos sobre o nível de vida são os mais importantes da
sociologia rural; fala sobre a conceituação de nível de vida. Fala sobre nível de vida e renda, além da relação nível
de vida e exploração agrícola e relação entre nível de vida e diferenças sociais. Para finalizar compara o padrão
rural ao padrão urbano. Transcreve as diferenças de padrão de vida rural e urbano nem livro de Sorokin e
Zimmerman.
IAEMF 3445 45. Nível de vida rural. Publicação Oficial do IAPC. Rio de Janeiro, abril de 1939; págs. 57-59.
Artigo do livro “Capítulos de sociologia rural” no qual Evaristo de Moraes Filho fala sobre estudos de Le Play, que se
preocupou com as pesquisas sobre nível de vida. Fala sobre as pesquisas, neste campo, nos Estados Unidos. Diz
que todos os sociólogos rurais defendem que os estudos sobre o nível de vida são os mais importantes da
sociologia rural. Destaca a conceituação de nível de vida, além da sua relação com renda, exploração agrícola e
diferenças sociais. Compara o padrão rural com o padrão urbano. Transcreve as diferenças de padrão de vida rural
e urbano em livro de Sorokin e Zimmerman.
IAEMF 3445 77. As favelas. Boletim do C. E. B. Rio de Janeiro, março de 1938.
Neste artigo Evaristo de Moraes Filho fala das favelas na perspectiva sociológica. Diz, como querem alguns, que s
favelas não são coisas exóticas, místicas, mas lugares de desgraçados, de moradias precárias, que mal sabem ler
etc. Defende que as favelas são sintomas de uma grande miséria social, de uma sociedade desorganizada,
dispersiva, pobre. Segundo Evaristo, em qualquer programa de sociologia das universidades americanas existem
estudos especiais sobre as favelas, pois estas são vistas como “uma área ecológica de cultura, de forma de vida, de
comunidade, como qualquer outra área social”. As favelas, neste sentido, representam o último refúgio de vida
solidária, onde todos se conhecem e se auxiliam, amenizando a miséria e a tristeza de todos.
IAEMF 3445 80. A propósito de “Problemas de Direito Sindical”. Vamos Ler. Rio de Janeiro, 27/04/1944.
Neste artigo Evaristo de Moraes Filho fala sobre o livro “Problemas de Direito Sindical”. Inicia dizendo que Oliveira
Vianna foi historiador e sociólogo. Diz que este livro, que Oliveira Vianna lançou recentemente, é mais de sociologia
do que de direito, com dados reais e concretos apanhados na nossa história, do que propriamente na lei, tendo
influência nas escolas americanas – realistas e sociológicas. Nos seus livros sobre direito não aparecem estudos
completos sobre a matéria. Destaca livros referentes a sindicatos que não foram mencionados por Oliveira Vianna.
Fala de descuidos desse livro como a discussão sobre a extensão da representação do sindicato que tem textos
contraditórios não reconhecidos como tal por este autor. Esse descuido, segundo Evaristo, pode levar o leitor leigo
ao erro. Diz Evaristo: “vale mais esta obra do Sr. Oliveira Vianna como uma espécie de depoimento pessoal acerca
da elaboração, entre nós, das leis sindicais vigentes, do que propriamente com um corpo de doutrina sereno e
objetivo”,tentando, ainda, mostrar que a legislação não é fascista. Oliveira Vianna, segundo Evaristo, não esconde
sua ojeriza pelos regimes democráticos e sua pregação política sempre foi pela hipertrofia do executivo. Além disso,
diz Evaristo, Oliveira Vianna, do começo ao fim do livro, se apressa em provar que a legislação do trabalho brasileira
não se limitou à italiana. Para Evaristo, há na obra de Oliveira Vianna uma crítica aos reacionários que procuraram
interferir na elaboração da Lei sindical. Evaristo concorda com Oliveira Vianna no aspecto que falta, aos brasileiros,
um espírito coletivista e solidarista.
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Este artigo foi publicado, também, no Mensário Jornal do Comércio na edição de fevereiro de 1938 e no
Jornal do Comércio de 27 de fevereiro de 1938.
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