Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS 1. Do GPS à descrição do movimento (E) Afirmação falsa. O declive da reta tangente ao gráfico posição-tempo é numericamente 1.1.1. O sistema de GPS pode ser utilizado na nave- igual ao valor da velocidade. Assim, através do gação e na localização de um objeto. sinal do declive da reta tangente ao gráfico podemos concluir qual o sinal da velocidade 1.1.2. Identificar a velocidade com que o sinal se nesse instante. Quando o valor da velocidade propaga. é positivo, a partícula move-se no sentido po- Os sinais emitidos pelo satélite são ondas ele- sitivo e quando é negativo move-se no sentido tromagnéticas, pelo que a velocidade com que negativo da trajetória. No intervalo de tempo se propaga no ar é aproximadamente igual à [0 ; 4[ s o valor da velocidade é positivo e de velocidade de propagação da luz no vazio, ou ]4 ; 10] s, é negativo. Deste modo, no primeiro seja, 3 * 108 m s-1. intervalo de tempo referido a partícula move- Identificar a expressão da velocidade. se no sentido positivo da trajetória e no se- O valor da velocidade pode ser determinado d por: v = Dt Determinar do intervalo de tempo de via- gundo intervalo de tempo move-se no sentido gem do sinal. d = c * Dt § Dt = Dt = d c § Dt = percorrido até que inverte o sentido do movi- c 3 * 108 m s-1 (F) Afirmação falsa. O espaço percorrido pela partícula pode ser determinado pela expressão s = |Dx1| + |Dx2| sendo |Dx1| o espaço d 20 000 000 m negativo. mento (isto é, instante t = 4 s) e |Dx2| o es§ § Dt = 0,067 s = 67 ms Um sinal enviado por um satélite chega ao recetor que está na sua vertical em cerca de 67 ms. 1.2. (A) Afirmação verdadeira. O módulo do deslocamento pode ser dado por |Dx| = |xf - xi| Para o intervalo de tempo [0 ; 10[ s, teremos: |Dx| = |x10 - x0| § |Dx| = |0 - 0| = 0 m Assim, o módulo do deslocamento é nulo. (B) Afirmação falsa. O declive da reta tangente ao gráfico posição-tempo num dado instante é numericamente igual ao valor da velocidade nesse instante. No instante t = 2 s, o declive da reta tangente ao gráfico posição- paço percorrido desde que inverte o sentido do movimento até t = 10 s. Assim, s = |Dx1| + |Dx2| § § s = |x4 - x0| + |x10 - x4| § § s = |50 - 0| + |0 – 50| = 100 m O espaço percorrido pela partícula é 100 m. (G) Afirmação verdadeira. No instante t = 4 s, o valor da velocidade é nulo. Em instantes anteriores a t = 4 s o valor da velocidade é positivo e nos instantes seguintes a t = 4 s o valor da velocidade é negativo. Assim, para passar de uma velocidade positiva para uma velocidade negativa teve de ocorrer inversão do sentido do movimento. Esta ocorreu no instante t = 4 s. tempo é positivo e no instante t = 4 s o declive (H) Afirmação falsa. Traçando tangentes ao é nulo. Assim, no instante t = 2 s o valor da ve- gráfico dado em diferentes instantes do inter- locidade é superior ao valor da velocidade no valo de tempo ]6 ; 10] s, verifica-se que o de- instante t = 4 s. clive dessas tangentes não é constante. Assim, (C) Afirmação falsa. Os gráficos posição- o valor da velocidade nesse intervalo de tempo tempo não dão qualquer informação sobre a forma da trajetória. Assim, apenas com base não é constante. 1.3.1.1. no gráfico posição-tempo não podemos con- Partícula A, B ou D. Se o movimento é acele- cluir qual é a forma da trajetória. rado até ao instante t1, o módulo da velocidade (D) Afirmação verdadeira. No instante t = 0 s, tem de estar a aumentar desde t = 0 s até t1. x = 0 m. Assim, no instante inicial do movi- Nos gráficos relativos às partículas referidas, mento, a partícula está no ponto escolhido o módulo da velocidade está a aumentar para origem da trajetória. nesse intervalo de tempo. © Edições ASA 1 Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS 1.3.1.2. Partícula C. Se o movimento é retardado, o módulo da velocidade tem de estar a diminuir e se se move no sentido negativo, o valor da velocidade tem de ser negativo. Assim, a análise dos gráficos permite concluir que de t = 0 s até t1, apenas a partícula C possui movimento retardado no sentido negativo da trajetória. 1.3.1.3. Partícula D. Entre os instantes t = 0 s até t1 a variação da velocidade não é constante. Se a variação da velocidade não é constante é porque a resultante das forças que atuaram na partícula nesse intervalo de tempo não foi constante. 1.3.1.4. Partícula C ou E. Se a resultante das forças tem sentido contrário à velocidade, o movimento tem de ser retardado nesse intervalo de tempo. Para as partículas C e E, o módulo do valor da velocidade está a diminuir nesse intervalo de tempo. Assim, o movimento é retardado entre t = 0 s e t1. 1.3.2. x0 = 20 m; v0 = 10 m s-1, v2 = - 20 m s-1, t1 = 5 s e t2 = 15 s 1.3.2.1. Determinar o valor do deslocamento. Partindo da área definida no gráfico velocidade-tempo podemos obter o valor do deslocamento da partícula no intervalo de tempo considerado. Assim: Dx = A1 + (- A2), sendo A1 a área definida no gráfico no intervalo de tempo [0 ; t1] s e A2 a área correspondente ao intervalo de tempo [t1 ; t2] s. A1 = A2 = b*h 2 b*h 2 § A1 = § A2 = 5 * 10 2 § A1 = 25 10 * 20 2 § A2 = 100 Dx = 25 + (-100) = -75 m Determinar a posição final. Dx = xf - xi § xf = Dx + xi § § xf = -75 + 20 § xf = -55 m No instante t = 15 s a partícula E estava na posição -55 m. 2 © Edições ASA 1.3.2.2. Identificar a equação deste tipo de movimento. Nos primeiros 10 segundos, a partícula tem movimento uniformemente variado (inicialmente retardado e depois acelerado). A equação geral deste tipo de movimento é 1 x = x0 + v0t + at2 2 Determinar o valor da aceleração. Dv -20 - 10 a= §a= § a = -2,0 m s-2 Dt 15 - 0 Obter a equação do movimento para este movimento. Substituindo valores, obtém-se: 1 x = 20 + 10t + (-2,0)t2 § 2 § x = 20 + 10t - t2 (SI) Esboçar o gráfico correspondente à equação. Esboçando o gráfico verifica-se que a partícula inverte o sentido do movimento no instante t = 5 s e passa na origem da trajetória no instante t = 11,7 s. 1.4.1. Determinar o valor da força gravítica. M*m Fg = G r2 6 * 1024 * 100,0 Fg = 6,67 * 10-11 § (6,4 * 106)2 § Fg = 997,1 N Caracterizar a força gravítica. A força gravítica a que o corpo está submetido tem a direção da reta que passa pelo corpo e pelo centro de massa da Terra, sentido do corpo para o centro da Terra, aplicada no corpo e intensidade 997,1 N. 1.4.2. (B) Determinar a expressão da força gravítica em X. M*m mX * m § Fg(X) = G § Fg = G 2 r rX2 2mT * m § Fg(X) = G § (2rT)2 1 mT * m § § Fg(X) = G 2 rT2 § Fg(X) = 1 2 Fg(Terra) Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS Determinar a expressão da força gravítica em Y. Fg = G M*m r 2 § Fg(Y) = G § Fg(Y) = G mT * m h1 k r j 2 Tm § Fg(Y) = 4 G 2 mY * m rY2 3 § tmédio = § tmédio = rT2 tA 2,27 - 0,304 0,2151 § a = 9,14 m s-2 O valor da aceleração gravítica determinada pelos alunos foi 9,14 m s-2. 1.5.3. O uso de um cronómetro manual não é adequado já que os tempos que se medem são tão curtos que o tempo de reação do experimentador não permite que este acione e desligue o cronómetro no intervalo de tempo que se pretende medir. 2. § § 13,00 + 13,41 + 13,18 3 § 2 * 1,50 * 10 98,58 * 10-3 § v(A) = 0,304 m s-1 2.1.1. (B) Determinar a expressão da força gravítica para a situação descrita. M = 6 * 106 m (M – massa do Sol; m – massa de Mercúrio) Fg = G M*m r2 § FG = G § 6 * 106 m * m d 2SM § FG = 6 * 106 * G § m2 d 2SM 2.1.2. Determinar o valor da força gravítica a que Mercúrio está submetido devido ao Sol. m2 FG = 6 * 106 * G 2 § d SM (3,29 * 1023)2 § § FG = 6 * 106 * 6,67 * 10-11 (5,7 * 1010)2 Caracterizar a força gravítica. -2 § v(A) = Movimento de planetas e em torno deles § FG = 1,33 * 1032 N Determinar a velocidade com que a esfera de raio 1,50 cm passa nas células. Na célula A: 2r §a= § § tmédio = 13,20 ms = 13,20 * 10-3 s v(A) = § aceleração gravítica. § Fg(Y) = 4Fg(Terra) 3 3 13,20 * 10-3 v = v0 + a t § 2,27 = 0,304 + a * 0,2151 § 98,72 + 98,58 + 98,45 t1 + t2 + t3 tB 2 * 1,50 * 10-2 § v(B) = Determinar o valor da aceleração, que é a § tmédio = 98,58 ms Determinar os desvios. Desvio 1 = 98,58 - 98,72 = -0,14 ms Desvio 2 = 0 ms Desvio 3 = 0,13 ms Identificar o maior desvio. O maior desvio é -0,14 ms. 1.5.2. Na queda, o movimento da esfera é uniformemente variado. Identificar a equação das velocidades para este tipo de movimento. v = vo + a t Determinar o tempo de passagem da esfera na célula B. tmédio = 2r § v(B) = 2,27 m s-1 § mT * m t1 + t2 + t3 v(B) = § Por análise das deduções anteriores, verificase que as afirmações I, II e IV são verdadeiras. Atendendo às opções dadas, a correta é a (B). 1.5.1. O desvio de uma medida é dado pela diferença entre a média dos valores das medições e o valor dessa medida. Determinar o valor médio das medições. tmédio = Na célula B: § A força gravítica a que Mercúrio está submetido devido ao Sol tem a direção da reta que passa pelos centros de massa do Sol e de Mercúrio, sentido de Mercúrio para o Sol e aplicada no planeta. A intensidade da força é 1,33 * 1032 N. © Edições ASA 3 Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS 2.2.1. Para um satélite ser estacionário deverá orbitar no plano do equador de Júpiter, ter um período orbital igual ao período de rotação do planeta e mover-se no sentido da rotação de Júpiter. Como o período de rotação de Júpiter é 9,9 horas, um satélite “Júpiter-estacionário” deverá ter um período orbital de 9,9 horas. Só deste modo se manterá “estacionário” em relação a um dado ponto da superfície de Júpiter. 2.2.2. Deduzir a expressão do valor da velocidade orbital. Júpiter orbita em torno do Sol. A resultante das forças que atuam em Júpiter pode considerar-se que é igual à força gravítica que o Sol exerce no planeta. Como o planeta tem aproximadamente movimento circular e uniforme, a força resultante é uma força centrípeta. Assim, » =F » , pelo que F = F F r g r g m v2 r =G §v= V M*m r G*M 2 § v2 = G*M r § r Substituir os dados na equação deduzida. G*M 6,67 * 10-11 * 2 * 1030 v= §v= r 7,8 * 1011 V V v = 1,31 * 10 m s = 13,1 km s-1 O valor da velocidade orbital de Júpiter em torno do Sol é 1,31 * 104 m s-1, ou seja, 13,1 km s-1. 2.2.3. Na alínea anterior consideramos que a trajetória de Júpiter em torno do Sol é circular, quando na realidade tem a forma de uma elipse. 2.3. (C) A velocidade é tangente à trajetória, a aceleração e a força centrípeta têm a direção radial e ambas são dirigidas do centro de massa da Terra para o centro de massa do Sol. 2.4. (A) Afirmação verdadeira. O período de rotação dos pontos A, B e C coincide com o período de rotação de Júpiter. Assim, todos esses pontos têm o mesmo período de rotação. Como a frequência é o inverso do período, então, se todos esses pontos têm o mesmo período também vão ter a mesma frequência. (B) Afirmação verdadeira. O valor da velocidade angular é diretamente proporcional à frequência, w = 2p f . Se a frequência é igual 4 4 © Edições ASA -1 para as três partículas, então, também o valor da velocidade angular será igual para as três partículas. (C) Afirmação falsa. Justificação similar à da afirmação (B). (D) Afirmação falsa. O valor da velocidade linear é diretamente proporcional ao raio da órbita da partícula em estudo, v = w r. Como r(B) < r(A) e w(A) = w(B), então, v(B) < v(A). (E) Afirmação falsa. O valor da aceleração v2 centrípeta é dado por ac = . Como v = w * r, r pode substituir-se na expressão da aceleração (w * r)2 centrípeta e obtém-se: ac = § r ac = w2 * r. Desta equação, verifica-se que a aceleração centrípeta é diretamente proporcional ao raio da trajetória. Como r(B) > r(C), então, ac(B) > ac(C), já que w(B) = w(C). (F) Afirmação falsa. Ver justificação dada na afirmação (A). (G) Afirmação falsa. Como os períodos são iguais, também as frequências são iguais. 2.5.1. Determinar o valor de Fg que atua na caixa quando está na superfície de Marte. M*m § Fg = G r2 § Fg = 6,67 * 10-11 6,42 * 1023 * 40,0 (3,4 * 106)2 Fg = 148,2 N Determinar o valor de Fg que atua na caixa quando está na superfície de Saturno. M*m § Fg = G r2 § Fg = 6,67 * 10-11 5,70 * 1026 * 40,0 (6 * 107)2 Fg = 422,4 N Concluir com base nos cálculos. A caixa fica sujeita a uma força gravítica mais intensa quando se encontra à superfície de Saturno. 2.5.2. (A) Na expressão do valor da força gravítica, a variável distância aparece no denominador e ao quadrado. Assim, quando a distância entre o centro de massa dos corpos que interagem passa para o dobro, mantendo-se as outras variáveis, a força gravítica diminui para um quarto do valor inicial. Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS 2.6.1. À altitude a que se encontra o telescópio o valor da aceleração centrípeta é igual ao valor da aceleração gravítica. Por outro lado, o raio da órbita é: r = rT + h (sendo h a altura a que se encontra o telescópio.) r = 6,40 * 106 + 5,89 * 105 = 6,99 * 106 m, m*g=G M*m r §g=G 2 M (rT + h)2 § 3. 6 * 10 24 § g = 6,67 * 10-11 (6,40 * 10 + 5,89 * 10 ) 6 5 2 § § g = 8,19 m s . A aceleração gravítica nesse local tem a direção radial, sentido dirigido para o centro de massa da Terra e valor 8,19 m s-2. 2.6.2. Deduzir a expressão do período orbital. Para o telescópio, verifica-se que a força resultante é uma força centrípeta e que esta coincide com a força gravítica. Assim, -2 Fc = Fg § m v2 =G m*M § v2 = G*M r r r como v = w * r, a equação anterior pode tomar a forma: (w * r)2 = outro lado, w = 2p T 2 G*M r § w2 = G*M r3 . Por , obtém-se: 4p2 G * M h 2p k G * M = § 2 = § 3 jTm r r3 T 2 §T= V 4p2r 3 G*M § T = 2p V r3 G*M Calcular o período orbital expresso em unidades SI. Substituindo na equação anterior, obtém-se (6,99 * 106)3 T = 2p § 6,67 * 10-11 * 6 * 1024 V § T = 5801,5 s Exprimir o tempo determinado em horas. 1h 3600 s = T (h) 5802 s 2.7. (B) O movimento da Lua em torno da Terra tem uma trajetória aproximadamente circular e o valor da velocidade é constante. Por outro lado, a resultante das forças é a força gravítica (que é radial e centrípeta) e a velocidade é tangente à trajetória no ponto em que Lua se encontra. Deste modo, os dois vetores referidos têm de ser perpendiculares. § T (h) = 1,61 h O período do movimento expresso em horas é 1,61 h. 2.6.3. (D) Tanto a força gravítica como a velocidade manterão o seu valor constante, apesar de variarem em direção. Dado que o módulo dessas grandezas é constante porque as massas são constantes e o raio da órbita também, a única opção correta é a (D). Combate a incêndios 3.1.1. No intervalo de tempo [0 ; 6[ s, o veículo A tem movimento retilíneo e uniforme já que o gráfico traduz uma proporcionalidade direta entre a posição e o instante, pelo que esse veículo percorre espaços iguais em intervalos de tempo iguais. O veículo B tem movimento uniformemente acelerado porque a sua equação do movimento é a de um movimento uniformemente acelerado com aceleração de módulo 5 m s-2. 3.1.2. (B) Para o veículo A, a velocidade terá valor Dx 120 - 0 constante e igual a v = §v= § Dt 6-0 -1 § v = 20 m s . O veículo B tem movimento uniformemente acelerado, partindo de uma velocidade inicial nula. Ao fim dos 6 s terá uma velocidade de valor: v = v0 + a t § v(t = 6 s) = 0 + 5 * 6 § § v = 30 m s-1. Analisando os gráficos velocidade-tempo, verifica-se que o único que contempla os valores de velocidade é o (B). 3.2. h = 150 cm = 1,50 m e v0 = 40 m s-1. 3.2.1. Cada gota comporta-se como um projétil lançado horizontalmente. Identificar as equações do movimento. Equações do movimento: x = x0 + v * t (na horizontal) y = y0 + v0t + 1 2 at 2 (na vertical) Determinar o tempo de voo de cada gota de água. Dado que a superfície é horizontal, o alcance será a posição x no instante em que a gota de água chega ao solo. Verticalmente, a gota de água “desceu” 1,50 m, já que era a altura da saída de água da agulheta e quando chegar ao © Edições ASA 5 Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS solo, y = 0 m. Admitindo o referencial orientado verticalmente para cima, a aceleração gravítica terá sentido contrário ao positivo do referencial, pelo que o seu escalar nesse referencial será negativo. Assim, 1,5 0 = 1,50 + (-10)t2 § t = § t = 0,39 s 10 V Determinar o alcance de cada gota de água. x = 0 + 40 t § x(t = 0,39 s) = 40 * 0,39 § § x(t = 0,39 s) = 15,6 m O alcance médio de cada gota de água é cerca de 15,6 m (desprezando a resistência do ar). 3.2.2. Identificar o sistema como um sistema conservativo. Desprezando a resistência do ar, durante o movimento das gotas de água, a única força que atua é o peso da gota e esta força é conservativa. Tal significa que essa força mesmo realizando trabalho não faz variar a energia mecânica do sistema. Determinar o valor da velocidade pela conservação de energia mecânica. Em(inicial) = Em(final) § § Ec(i) + Ep(i) = Ec(f) + Ep(f) § § 1 2 mv2i + mghi = 1 2 mv2f + mghf § oo 0 § 1 2 m * 40,02 + m * 10 * 1,50 = 1 2 mv2f § § vf = 40,4 m s-1 O valor da velocidade das gotas de água ao atingirem o solo é aproximadamente 40,4 m s-1. 3.2.3. Dado que o alcance de um projétil lançado horizontalmente é tanto maior quanto maior for o tempo de voo e este também aumenta com a altura de que é lançado o projétil, uma sugestão que poderia ser dada ao bombeiro é que subisse para cima do depósito da água do carro. Assim, a água estaria a ser lançada de uma altura superior pelo que o tempo de voo aumentaria e, consequentemente, a água atingiria um maior alcance, podendo já chegar ao foco de incêndio. 3.3. As ondas obtidas a partir do “pirilampo luminoso” são eletromagnéticas e transversais. São ondas eletromagnéticas porque não necessitam de um meio material para se propagarem e transversais porque a oscilação ocorre na direção perpendicular à propagação da onda. Já o 6 © Edições ASA som emitido pela sirene é uma onda mecânica e longitudinal. Onda mecânica porque necessita de um meio material para se propagar e longitudinal porque as partículas do meio oscilam na mesma direção em que a onda se propaga. 3.3.2. (B) A equação geral de um movimento harmónico sinusoidal é x = A sin (w.t) (m) Identificar a amplitude. Por comparação com a equação dada, concluímos que a amplitude é 2 * 10-3 m. Determinar a frequência, o período e o comprimento de onda. Por outro lado, w = 2p f § 2p f = 2,0p * 103 § § f = 103 Hz. Como T = 1 f §T= Dado que v = l T 1 1000 § T = 0,0010 s § l = 343 * 0,0010 § § l = 0,343 m. Com base nos cálculos realizados e na análise feita, conclui-se que a única opção correta é a (B). 3.3.3. (C) A intensidade do som é tanto maior quanto maior for a amplitude de vibração e o som é tanto mais grave quanto menor for a frequência de vibração. Assim, a amplitude terá de aumentar e a frequência de diminuir. 3.4.1. Obtém-se uma estimativa da altura da coluna de líquido que a esfera atravessa, calculando a área definida no gráfico velocidade-tempo. Calcular a área de cada quadrícula. Nesse gráfico, cada quadrícula tem uma área de 0,05 * 1,0 = 0,05 Calcular a área total. Contando o número de quadrículas subjacentes ao gráfico, determina-se a área total aproximada n.° de quadrículas ] 13 Área total ] 13 * 0,05 = 0,65 Estimar a altura da coluna de líquido. A altura da coluna de líquido é aproximadamente 0,65 m ou seja, 65 cm. 3.4.2. (A) Afirmação falsa. Durante o movimento da esfera no líquido além do peso da atua também a força de resistência do líquido (força de viscosidade). Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS (B) Afirmação verdadeira. No instante t = 4,0 s 4. o movimento já é uniforme, pelo que a resul- 4.1.1. » = q * E. » (C) A força elétrica é dada por F el 0 Assim, quando qo é positiva, os dois vetores têm a mesma direção e sentido e quando qo é » eE » têm a mesma direção mas negativa, F el sentidos opostos. 4.1.2. (A) No ponto X, o campo magnético gerado pelo íman da esquerda tem sentido de X para a esquerda e para o criado pelo íman da direita também tem sentido de X para a esquerda. Assim, a soma desses dois campos magnéticos dará origem a um campo magnético resultante com direção horizontal e sentido da direita para a esquerda. 4.1.3. Oersted verificou que uma corrente gera um campo magnético já que uma agulha magnética se desvia quando passa corrente num fio condutor que está nas suas proximidades. Aumentando a intensidade da corrente que passa no fio, aumenta o desvio da agulha, e se se inverter o sentido da corrente, o desvio da agulha é feito em sentido contrário. Faraday verificou que uma variação de campo magnético nas proximidades de um fio condutor, induz-lhe uma corrente elétrica. Assim, movimentando um íman no interior de um bobina, gera-se nesta uma corrente elétrica. Do mesmo modo, se uma bobina percorrida por uma corrente for movimentada no interior de uma outra bobina maior, nesta cria-se, também, uma corrente elétrica. 4.2. (A) Afirmação falsa. São de baixa frequência, ou seja, elevado comprimento de onda. (B) Afirmação falsa. As ondas de rádio fazem, também, parte da radiação eletromagnética. (C) Afirmação falsa. O primeiro cientista a produzir ondas de rádio foi Hertz. (D) Afirmação verdadeira. Como as ondas de rádio têm frequência inferior à das microondas, então, as ondas de rádio têm maior comprimento de onda. (E) Afirmação falsa. As ondas de rádio também sofrem reflexão e refração. (F) Afirmação verdadeira. As ondas de rádio como têm grande comprimento de onda sofrem mais facilmente difração ao encontrar obstáculos. tante das forças é nula, ou seja, » =P »+R » »±R F =0 =P r líquido líquido Rlíquido = m * g § Rlíquido = 5,00 * 10-2 * 10 § § Rlíquido = 0,50 N (C) Afirmação falsa. Nos primeiros 3,0 s, a lei da inércia não é válida porque a resultante das forças não é nula e como consequência a esfera não está em repouso nem tem movimento retilíneo e uniforme. A partir do instante t = 3,0 s, o movimento obedece à lei da inércia. (D) Afirmação verdadeira. Até ao instante t = 3,0 s, o módulo do peso é superior ao módulo da força de viscosidade, dado que o movimento é acelerado no sentido do peso da esfera. (E) Afirmação falsa. A força que constitui par ação-reação com a força de viscosidade que o líquido exerce na esfera está aplicada no líquido viscoso. (F) Afirmação falsa. O movimento não é uniformemente acelerado por que a variação do valor da velocidade não é diretamente proporcional ao intervalo de tempo em que tal ocorreu. É um movimento acelerado, mas não uniformemente acelerado (a aceleração não tem valor constante). (G) Afirmação falsa. A 2.a lei de Newton é válida em qualquer instante do intervalo de tempo [0 ; 3,0[ s. Contudo, como o valor da aceleração não é constante, também o valor da força resultante não é constante nesse intervalo de tempo. 3.4.3. (C) Ao abrir o paraquedas aumenta a resistência do ar e diminui bruscamente a velocidade de queda, ou seja, a 2.a velocidade terminal será muitíssimo inferior à primeira velocidade terminal. Por outro lado, ao fletir as pernas aumenta o intervalo tempo de colisão dos pés com o solo. Fr = m a e a = Dv . Dt Dv Assim, Fr = m . Dt Deste modo, diminui a intensidade da força de impacto pés-solo, tornando o contacto com o chão menos “agressivo”. O farol de Leça © Edições ASA 7 Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS (G) Afirmação verdadeira. Por exemplo, os sa- A tensão no cabo do elevador no instante télites de GPS emitem sinais que são de t = 10 s é 8010 N e no instante t = 50 s é 8000 N. micro-ondas. Usam-nas por estas atravessa- 4.4.1. rem facilmente a atmosfera terrestre. O aluno que tem razão é o A. (H) Afirmação falsa. No vazio, toda a radiação Deduzir a expressão do tempo de voo. eletromagnética se propaga à mesma velocidade. Assim, micro-ondas e ondas de rádio propagam-se à mesma velocidade, quando no vazio. 1 2 at2 Na vertical não há velocidade inicial para nenhum dos berlindes (tanto o lançado horizon- 4.3.1. Verifica-se a lei da inércia ou 1.ª lei de Newton talmente como o que é deixado cair). quando a velocidade é nula ou quando a velo- Verifica-se que, quando os berlindes atingirem cidade é constante. o solo, y = 0 m. Como a única força que atua Como a trajetória do elevador é retilínea e no nos berlindes é o peso, a aceleração dos ber- intervalo de tempo ]20 ; 80[ s, o valor da velo- lindes é a aceleração gravítica. Considerando cidade é constante, pode afirmar-se que nesse o referencial vertical orientado positivamente intervalo de tempo se verifica a lei da inércia. para cima, verifica-se que a = g < 0. 4.3.2. (B) No intervalo de tempo [0 ; 20[ s o movimento é uniformemente acelerado e no intervalo ]20 ; 80[ s é uniforme. Por outro lado, o valor da aceleração no primeiro intervalo de tempo é 0,0125 m s-2 e no segundo intervalo de tempo o valor da velocidade é 0,5 m s-1. 4.3.3. (A) O módulo do valor da aceleração no arran- 0=h+ 1 2 (-g)t2 § -2h = -gt2 § t = V 2h g Concluir com base na expressão deduzida. A expressão do tempo de voo dos berlindes apenas depende da altura de que é deixado cair e do valor da aceleração gravítica. Como os berlindes verticalmente são “deixados cair” da mesma altura e no mesmo local, atingirão que [0 ; 20[ s é igual ao módulo do valor da o solo no mesmo instante. Assim, o aluno A é aceleração no intervalo de tempo de travagem o aluno que tem razão. ]80 ; 100[ s. Se o módulo da aceleração é 4.4.2. igual, também o módulo da força resultante é (D) A componente vx da velocidade vai perma- igual, já que Fr = m * a. necer constante e igual ao valor da velocidade 4.3.4. de lançamento. Já na vertical, a velocidade vai Determinar a massa total do sistema. variar linearmente com o tempo, dado que se m(total) = 680,0 + 2 * 60,0 § despreza a resistência do ar. Considerando o § m(total) = 800,0 kg eixo de referência (na vertical) orientado posi- Determinar o módulo da resultante das for- tivamente para cima, o valor da velocidade se- ças na cabine para t = 10 s e t = 50 s. Para t = 10 s: Fr = m * a § § Fr = 800 * 0,0125 § Fr = 10,0 N Para t = 50 s: uma vez que a velocidade é constante, a resultante das forças é nula. Determinar o módulo da tensão que atua na gundo OY será negativo. 4.5.1. (A) O ângulo de incidência é 50° e é igual a q1. Por outro lado, q2 e q3 são ângulos complementares, pelo que têm a mesma amplitude e terá de ser menor que 50° já que q2 é o ângulo cabine para t = 10 s e t = 50 s. » =T »+P »±F =T-P§ Para t = 10 s: F de refração de um ângulo incidente de 50°, § T = P + Fr § T = 800 * 10 + 10,0 § quando a luz passa do ar para o vidro. Por úl- r r § T = 8010 N » =T »+P »±F =T-P§ Para t = 50 s: F r r 8 y = y0 + v0t + timo, q1 = q4 porque q1 é igual ao ângulo de incidência e o raio que emerge do vidro para o ar § 0 = T - P § T = P § T = 800 * 10 § é paralelo ao raio que incide no vidro e que dá § T = 8000 N origem à refração. © Edições ASA Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS 4.5.2. Aplicar a lei de Snell-Descartes. nvidro sin q3 = nar sin 90 ° § § 1,5 sin q3 = 1,1 § § sin q3 = 1 1,5 ± q3 = 41,8° 5.1.2. De acordo com Aristóteles, a velocidade de um corpo em queda livre era constante. Assim, o gráfico seria: v Concluir com base nos cálculos O ângulo q3 deverá ter no mínimo a amplitude de 41,8°. 4.6.1. Determinar o período. 0,10 ms 1 div = T 4 div § T = 0,40 ms Determinar o erro experimental associado ao aparelho de medida. Cada divisão corresponde 0,10 ms. Como cada uma destas está dividida em 5 partes, a menor divisão da escala é 0,02 ms. Como se trata de um aparelho de medida analógico, o erro é metade da menor divisão, ou seja, 0,01 ms. Exprimir o período atendendo ao erro experimental. T = (0,40 ¿ 0,01) ms 4.6.2. Determinar a tensão pico a pico. A tensão pico a pico será 5 div * 2 V/ div = 10 V Determinar a tensão eficaz. Uef = Upp V√2 § Uef = 10 V√2 = 7,1 V A tensão nos extremos da lâmpada é cerca de 7,1 V. 4.6.3. (C) A alteração da escala não afeta o sinal. Assim, continuará a ter o mesmo período. 5. Nada vem do nada 5.1.1. No âmbito do texto, o termo “salto” significa evolução. Assim, a frase referida traduz que a Ciência entre Aristóteles e Galileu sofreu uma evolução muito considerável. Por exemplo, o conceito de movimento foi clarificado com os contributos de Galileu. Aristóteles considerava que um corpo em queda livre tinha movimento uniforme e Galileu admitia que nessa situação o valor da velocidade do corpo aumenta constantemente com o tempo (movimento uniformemente variado). t De acordo com Galileu, o movimento é uniformemente variado. Assim, o gráfico velocidade-tempo será: v t 5.1.3. Uma frase do texto que pode evidenciar que a Ciência é um processo em construção é: “Estas ideias andavam já no ar, sim, Galileu teve predecessores”. 5.2.1. A velocidade é uma grandeza vetorial. Para ficar totalmente caracterizada será necessário ter em conta o seu módulo, a sua direção e o seu sentido. Como a velocidade é um vetor com direção tangente à trajetória, não é possível um corpo mover-se numa trajetória curvilínea e ter velocidade constante, já que se não varia em módulo, varia, pelo menos, em direção. 5.2.2. Situação A: o corpo está inicialmente em movimento e a força resultante tem a mesma direção e sentido contrário à velocidade. Como têm a mesma direção, a trajetória do corpo vai ser retilínea. Dado que a força tem sentido contrário à velocidade inicial, o movimento começa por ser uniformemente retardado no sentido da velocidade e depois inverte o sentido do movimento e passa a ter movimento uniformemente acelerado no sentido da força exercida. Situação B: O corpo está inicialmente em movimento e força aplicada não tem a direção da velocidade inicial. Assim, a força exercida fará com que a trajetória seja curvilínea e por outro lado fará o valor da velocidade diminuir, já que a componente da força na direção da velocidade tem sentido contrário a esta. Situação C: O movimento será retilíneo e uniformemente acelerado no sentido da força aplicada, já que o corpo parte do repouso. © Edições ASA 9 Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS 5.3. (B) Determinar a reação normal para os corpos A e B. Corpo A: » =T »+N » +P »+F » F r 1 » A força F pode ser decomposta na direção ho1 rizontal e na direção vertical, pelo que: » =F » +F » y, sendo que: sin 20° = F 1 1x 1 § F1y = F1 sin 20° e cos 20° = F1x F1 F1y § F § § F1x = F1 cos 20° Assim, a equação da resultante das forças pode tomar a forma: »= T »+N » +P »+F » +F » F 1x 1y Na direção vertical, a resultante das forças é nula pelo que a soma das forças e componentes de forças nesta direção terá de ser nula, isto é, » +P »+F » =0 »§N-P–F =0§ N 1y 1y § N = P + F1y § N(A)= P + F1 sin 20° Corpo B: » =T »+N » +P »+F » F r 2 » A força F pode ser decomposta na direção ho2 rizontal e na direção vertical, pelo que: » =F » +F » , sendo que: sin 20° = F 2 2x 2y § F2y = F2 sin 20° e cos 20° = F2x F2 F2y F § § § F2x = F2 cos 20° Assim, a equação da resultante das forças pode tomar a forma: » =T »+N » +P »+F » +F » F r 2x 2y Na direção vertical a resultante das forças é nula pelo que a soma das forças e componentes de forças nesta direção terá de ser nula, isto é, » +P »+F » =0 »§N+F -P=0 »§ N 2y 1y § N = P - F1y § N(B) = P - F2 sin 20° Concluir com base nas deduções feitas. » eF » têm a mesma intensiComo as forças F 1 2 dade e o peso dos blocos é igual, pode concluir-se que a normal que atua em A é mais intensa do que a que atua em B. 5.3.2.1. (D) Se o fio que liga os corpos for cortado deixa de existir a tensão do fio Determinar o módulo da aceleração de cada corpo. Corpo A: » =N » +P »+F » F r 10 © Edições ASA 1 Na direção horizontal, a resultante das forças » , ou será igual à componente horizontal de F 1 seja, » =F » ± ma = F cos 20° § a = F r 1x 1 F1 cos 20° m Corpo B: » =N » +P »+F » F r 2 Na direção horizontal, a resultante das forças » , ou será igual à componente horizontal de F 2 seja, » =F » ± ma = F cos 20° § a = F r 2x 2 F2 cos 20° m Concluir com base nas deduções realizadas. Os dois corpos vão passar a mover-se com acelerações de igual módulo, mas com sentido contrários. 5.3.2.2. Determinar o valor da aceleração do bloco B. a(B) = F2 cos 20° m § a(B) = 50 * cos 20° 4,0 § § a(B) = 11,7 m s-2 O valor da aceleração do bloco B é 11,7 m s-2. Determinar o valor da reação normal. N(B) = P - F2 sin 20° § § N(B) = 40,0 - 50 sin 20° § N(B) = 23 N O valor da reação normal que atua é 23 N. 5.4.1. (C) 5.4.2.1. » representa a reação normal da suA força F 1 » reperfície da mesa sobre o bloco e a força F 2 presenta o peso do bloco. 5.4.2.2. » A força que constitui para ação-reação com F 1 está aplicada no tampo da mesa, tem direção vertical e sentido da mesa para o solo. » | = |F » |, sendo F » De acordo com a figura, |F 1 2 2 o peso do corpo. Assim, a força que é par ação» terá valor igual ao peso do reação com F 1 corpo. 5.5.1. Uma fotografia estroboscópica consiste no registo da posição de um corpo de instante em instante constante. No caso do exemplo dado, é feito o registo segundo a segundo. 5.5.2. Uma vez que o movimento é uniformemente acelerado, no instante t = 2 s a velocidade e a resultante das forças têm a mesma direção e Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS sentido. Numa trajetória retilínea, um movimento só é acelerado se a resultante das forças tiver o mesmo sentido da velocidade. 5.5.3. m = 400,0 g § m = 0,4000 kg Determinar o valor da aceleração do movimento com base na imagem estroboscópica. x = x0 + v0t + 1 t2 2 Para o intervalo de tempo [0 ; 3[ s: 1,80 = 0 + 0 + 1 2 a32 § a = 0,40 m s-2 Determinar a resultante das forças que atuam no carrinho » = m» F a ± Fr = ma § Fr = 0,4000 * 0,40 § r menor que o valor da componente tangencial do peso, o bloco desceria o plano com movimento uniformemente acelerado. Por outro lado, o valor da reação normal será igual à componente normal do peso (componente na direção perpendicular à superfície do plano inclinado). Assim, terá uma intensidade menor que o peso. 5.6.2. Dado que é dado o gráfico velocidade-tempo pode-se determinar o espaço percorrido através da área definida nesse gráfico. Assim, a distância percorrida sobre o plano inclinado nas condições referidas corresponde à área no intervalo de tempo [0 ; 3[ s. § Fr = 1,6 N A= O valor da força resultante é 1,6 N. 5.5.4. Determinar o valor da velocidade no instante t = 3,0 s. v = v0 + at § v = 0 + 0,40 * 3,0 § B*h 2 Como a = t = 3 s. De acordo com a Lei da Inércia, quando a re- Fr = m sultante das forças é nula, o corpo possui morepouso. Nesta situação, como estava em movimento, mover-se com velocidade igual à que tinha no instante em que a força deixou de atuar, ou seja, no instante t = 3 s. Traçar o gráfico velocidade-tempo v/m s–1 1,2 Dt 6. 5.6.1. (C) Para o bloco estar a mover-se com movimento uniforme terá de existir atrito, já que será essa força que compensará a componente tangencial do peso (paralela à superfície do plano inclinado). Caso não existisse atrito ou se a intensidade da força de atrito fosse § Fr = m 0,2 - 0,8 3-0 Em torno da velocidade do som 6.1. Identificar a velocidade do som a 20 °C e a velocidade da luz. A velocidade do som no ar a 20 °C é 343 m s-1 e a velocidade da luz no ar é aproximadamente 3,0 * 108 m s-1. Determinar a razão entre a velocidade da luz e a velocidade do som. vsom (20 °C) 6,0 t/s vf - vi vf - vi vluz no ar 3,0 § A = 0,9 Atendendo a que o módulo da velocidade está a diminuir, a força resultante deverá ter sentido contrário à velocidade. vimento retilíneo uniforme ou está em forças passa a ser nula, o corpo continuará a 2 , a equação da resultante das Dt forças pode ser escrita na forma: Identificar o tipo de movimento a partir de a partir do instante em que a resultante das 3 * (0,8 - 0,2) Assim, o espaço percorrido, s, será 0,9 m. 5.6.3. (C) » = ma » ± Fr = ma F r § v = 1,2 m s-1 0 §A= = 3,0 * 108 343 = 8,7 * 105 Identificar a ordem de grandeza do número obtido. Dado que o primeiro algarismo do número que identifica a razão entre as velocidades é 8, ou seja, superior a 5, então, a ordem de grandeza é a potencial de base 10 com o expoente aumentado de uma unidade. O valor determinado está mais próximo de 106 do que de 105. Assim, a ordem de grandeza é 106. © Edições ASA 11 Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS 6.2. De acordo com o texto, a velocidade do som 6.5.2. no ar depende da densidade e da temperatura Comparar a amplitude das duas ondas. do ar. As ondas A e B têm a mesma amplitude. 6.3. O som no ar propaga-se através de ondas me- Comparar a frequência das duas ondas. cânicas longitudinais, gerando-se zonas de A frequência da onda A é inferior à frequência elevada densidade de partículas e zona de da onda B. baixa densidade. As zonas de elevada densi- Comparar a intensidade do som A e B. dade de partículas são zonas de elevada pres- Para sons com a mesma amplitude, quanto são e designam-se zonas de compressão. As maior for a frequência do som maior é a inten- zonas de reduzida densidade são zonas de sidade. Como A e B têm a mesma amplitude, baixa pressão e designam-se zonas de rarefa- o de maior frequência é o de maior intensi- ção. É nesta sequência de compressões e ra- dade. Assim, o som B é mais intenso que o refações que consiste a propagação de um som no ar. som A. 6.6. Determinar a velocidade do som no ar à 6.4.1. temperatura de 35 °C. Um sinal puro ou simples é representado em vsom(ar) = (331 + 0,606 * q) termos temporais ou espaciais por uma fun- vsom(35 °C) = 331 + 0,606 * 35 § ção sinusoidal. É possível determinar com cla- § vsom(35 °C) =352 m s-1 reza o comprimento de onda ou o seu período. Determinar o comprimento de onda da onda 6.4.2. sonora a 35 °C. (A) f = 1100 Hz f = 440 Hz 1 T= f §T= 1 440 v = lf § l = § T = 2,27 * 10 s § §l= f -3 352 1100 § § l =0,320 m § l = 320 mm § T = 2,27 ms A 35 °C, o comprimento de onda da onda so- No gráfico A, 2T = 4,54 ms § T = 2,27 ms. nora é 320 mm. Este é o gráfico que traduz corretamente o período de som. 6.5.1. 6.7. Relacionar o intervalo de tempo de propagação com a velocidade. Analisar a representação gráfica da figura. A representação gráfica traduz a variação v= d Dt § Dt = temporal de duas ondas, A e B. Destes gráficos podemos obter o período do movimente e Dtgranito = consequentemente a frequência. Comparar o período e a frequência das ondas A e B TA > TB ± fA < fB Dtcobre = d Dt dgranito vgranito dcobre vcobre Comparar as distâncias percorridas. Comparar os comprimentos de onda de A e A leitura no gráfico de barras permite concluir B. que a velocidade do som no cobre é 6000 m s-1 As duas ondas propagam-se no mesmo meio, e no granito 3600 m s-1. assim, têm a mesma velocidade de propaga- Dtgranito = Dtcobre § ção. v= l T § l = vT Dado que a velocidade de propagação é a mesma, quanto maior for o período maior é o comprimento de onda. Assim, como a onda A tem maior período, terá maior comprimento de onda. 12 v © Edições ASA § dcobre = dcobre = dgranito vgranito dgranito vgranito § dcobre = dgranito vgranito = dcobre vcobre § * vcobre * vcobre § 1,00 3600 * 6000 § dcobre =1,67 m Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS No intervalo de tempo em que o som percorre 1,00 m no granito, percorre 1,67 m no cobre. 6.8.1. Determinar o valor médio do intervalo de tempo medido. D √ t= 5,71 + 5,97 + 5,45 + 5,60 4 §D √ t =5,68 ms Exprimir o intervalo de tempo médio em unidades SI, ou seja, segundo. √Dt =5,68 ms § √Dt = 5,68 * 10-3 s Determinar o valor da velocidade do som no ar. d § vsom = 2,00 § 5,68 * 10-3 √Dt § vsom = 352 m s-1 A velocidade do som determinado nestas condições experimentais é 352 m s-1. 6.8.2. Se as mãos estiverem alinhadas com os microfones, o intervalo de tempo que é registado corresponde ao tempo que o som resultante da palmada demora a ir de um microfone ao outro, ou seja, de A a B. Se a palmada não for dadas em linha com os microfones, o intervalo de tempo obtido pode não corresponder ao tempo que pretendemos. 6.8.3. Uma das alterações que se observaria é que o intervalo de tempo que o som demora de A a B ia aumentar. Por outro lado, como o microfone B está mais afastado haverá maior perda de intensidade do som ao chegar a este microfone e como consequência os picos observados deverão ter menor amplitude. v= 7. Descobrindo a rádio 7.1. O pensamento pioneiro de Maxwell foi escrever quatro equações que unificam o campo elétrico com o campo magnético. 7.2. A experiência de Hertz foi a primeiro processo experimental para gerar em laboratório ondas de rádio. Assim, deu-se início ao desenvolvimento da tecnologia que veio a permitir as comunicações a grandes distâncias. 7.3. (A) 7.4.1. O sinal representado é digital já que a variação da grandeza representada no eixo vertical, habitualmente a diferença de potencial (U), não varia de forma contínua, mas antes parece ser uma representação com base num código binário. 7.4.2. Ao contrário dos sinais analógicos, nos sinais digitais é mais fácil eliminar ruídos e é possível copiá-los um elevado número de vezes sem que percam qualidade relativamente ao sinal inicial. 7.5.1. 1 – Sinal ou mensagem que se pretende transmitir 2 – Onda portadora 3 – Sinal modulado 7.5.2. A modulação representada na figura da direita corresponde a uma modulação em frequência (FM), já que a onda modulada relativamente à onda portadora sofre alteração a nível da frequência, mantendo-se a amplitude. 7.5.3. A modulação FM como não é sensível a alterações de amplitude é, por isso, pouco afetada pelo ruído. 7.6.1.1. O campo elétrico criado por uma carga pontual positiva num ponto à distância d da carga criadora tem direção radial e sentido do ponto para o exterior. Se a carga for negativa, o campo criado por esta carga nesse ponto é também radial mas dirigida do ponto para a carga. Assim, no esquema A, o campo criado no ponto X vai ser a soma do campo criado pela carga positiva e do campo criado pela carga negativa. Como os vetores que representam estes campos têm a mesma direção se sentido, o campo em X terá a direção da reta que une as cargas e sentido do ponto X para a carga negativa. 7.6.1.2. No esquema A, os vetores que representam o campo criado pelas cargas têm a mesma direção e sentido. Assim, nesse esquema, o valor do campo em X é a soma do valor do campo criado pela carga positiva e negativa. No esquema B, os vetores que representam o campo têm a mesma intensidade, mas sentidos opostos. Assim, o campo no ponto Y será » = 0. » nulo, isto é, E(Y) Como consequência, a intensidade do campo elétrico em X é superior à intensidade do campo em Y, já que neste ponto é nulo. © Edições ASA 13 Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS 7.6.1.3. O campo criado por duas cargas simétricas é o representado na figura da direita. As linhas de campo do campo criado por duas cargas elétricas simétricas são orientadas de uma carga para a outra (da carga positiva para a carga negativa), sendo linhas “fechadas” de uma carga até à outra. 7.6.2.1. Esquema C. A orientação das linhas de campo do campo magnético gerado por uma corrente num fio condutor longo, é dada pela regra da mão direita. Quando o polegar aponta no sentido da corrente, os restantes 4 dedos ao “agarrarem” o fio movimentam-se no sentido das linhas de campo. Como no esquema A, a corrente tem sentido descendente, as linhas de campo serão orientadas em sentido contrário ao representado na figura. As linhas de campo do campo magnético orientam-se do pólo norte para o pólo sul. Assim, no esquema B o sentido das linhas de campo está errado. 7.6.2.2. (D) As linhas de campo num ponto têm por tangente o vetor campo magnético. Este tem o sentido das linhas de campo. A unidade SI da intensidade do campo magnético é o tesla (T). 7.6.3.1. Faraday descobriu que o movimento de um íman nas proximidades de um fio condutor gera uma corrente elétrica nesse fio condutor. 7.6.3.2. Movimentando o íman no interior de uma bobina nos sentidos indicados fará com que haja variação do fluxo magnético através das espiras e, como consequência, gerar-se-á uma força eletromotriz induzida que origina uma corrente elétrica. Assim, o ponteiro do microamperímetro movimentar-se-á num sentido quando o íman se aproxima da bobina e em sentido contrário quando o íman se afasta do enrolamento de fio metálico. 7.6.3.3. Identificar o processo de determinar a força eletromotriz induzida. O módulo da força eletromotriz (e) é dado por: Df . O fluxo magnético (f) para N espi|e| =∆ Dt ras é determinado através da expressão | | 14 © Edições ASA f = N B A cos q (sendo q o ângulo entre o campo magnético e a normal ao plano da espira. Determinar a área de cada espira. Espira circular: A = pr2 § A = p(5 * 10-2)2 § A = 8,5 * 10-3 m2 Determinar a força eletromotriz induzida no intervalo de tempo [0 ; 2[ s. Como neste intervalo de tempo o módulo do campo magnético é constante, não há variação de fluxo magnético nas espiras, pelo que a força eletromotriz é nula. Determinar a força eletromotriz induzida no intervalo de tempo [2 ; 6[ s. f(t = 2 s) = 100 * 0,002 * 8,5 * 10-3 § § f(t = 2 s) = 1,7 * 10-3 Wb f(t = 6 s) = 100 * 0 * 8,5 * 10-3 § § f(t = 2 s) = 0 Df 0 - 1,7 * 10-3 |e| =∆ §e= § Dt 6-2 | | | | § e = 4,3 * 10 V O módulo da força eletromotriz induzida no intervalo de tempo [2 ; 6[ s foi de 4,3 * 10-3 V. 7.6.3.4. Um microfone de indução é fundamentalmente constituído por uma bobina móvel, a que está acoplada uma membrana e um íman que permanece fixo dentro do micofone. Quando ondas sonoras atingem a membrana, esta oscila e a bobina que lhe está associada move-se no campo magnético gerado pelo íman. Como há variação do fluxo magnético nas espiras da bobina, é gerada uma força eletromotriz induzida. Como a diferença de potencial criada é muito pequena, o sinal é amplificado e depois enviado para os altifalantes. -3 8. Comunicar com radiação eletromagnética 8.1.1. (C) Pela leitura direta da tabela verifica-se que quanto maior é o comprimento de onda, menor é o índice de refração de um dado meio para cada radiação. Na opção C, refere-se que quanto maior for a frequência maior é o índice de refração. A velocidade de propagação, o comprimento de onda e a frequência relacionam-se através da expressão: v = lf. Como num dado meio, quanto maior for a frequência menor é o comprimento de onda, opção C é a correta. Física QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS 8.1.2. O índice de refração de uma radiação num c dado meio é dado por n = , em que v é a vev locidade da luz nesse meio e c a velocidade da luz no vazio. c c n= §v= v n Como c é uma constante (velocidade da luz no vazio), quanto maior for o índice de refração, menor é a velocidade da luz nesse meio. Assim, para o mesmo comprimento de onda, o meio que tem maior índice de refração é o vidro B, pelo que é neste meio que a luz se propaga com menor velocidade. 8.1.3. O índice de refração do revestimento do núcleo de uma fibra ótica deverá ser menor do que o valor do índice de refração do núcleo. Só deste modo poderá ocorrer reflexão total quando luz que se propaga no núcleo incide na superfície de separação núcleo-revestimento. O princípio de funcionamento das fibras óticas baseia-se no fenómeno de reflexão total. Assim, o revestimento do núcleo da fibra deverá ser feito com vidro A. 8.1.4. Identificar o índice de refração do vidro A e da água para radiação de comprimento de onda 800 nm. n(l = 800 nm para o vidro A) =1,511 n(l = 800 nm para a água) = 1,328 Aplicar a lei de Snell-Descartes. n1sinq1 = n2sinq2 § 1,511 sinq1 = 1,328 sin 53° 1,328 sin 53° sinq1 = § sinq1 = 0,702 ± 1,511 ± q1 = 45° O ângulo de incidência é de 45°. 8.1.5. (B) O ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidência. Como a luz está a passar de um meio menos denso para um meio mais denso, o raio refratado vai ter menor velocidade que o raio incidente, pelo que se aproxima da normal. Assim, o ângulo de refração será menor que o ângulo de incidência e, como tal, menor que o ângulo de reflexão. 8.2. O índice de refração de uma radiação num c dado meio é dado por: n = . v Na lâmina A, o ângulo de refração é maior que na lâmina B. Assim, a velocidade de propagação se luz na lâmina A é maior que na lâmina B. Pela definição de índice de refração, quanto maior for a velocidade de propagação num meio menor é o índice de refração desse meio. Assim, o vidro da lâmina A tem menor índice de refração que o da lâmina B. 8.3. (B) Expressar o índice de refração em função da velocidade da luz no vazio e no líquido transparente. c n(líquido) = vlíquido Exprimir a velocidade da luz num dado meio em função da distância e o intervalo de tempo. dA No vazio: c = Dt dB No líquido transparente: vlíquido = Dt Deduzir a expressão do índice de refração: dA c Dt n(líquido) = § n(líquido) = § dB vlíquido § n(líquido)= dA Dt dB 8.4. O declive da reta traçada no gráfico traduz o índice de refração do meio B em relação ao meio A. nA sin i = nB sin r § sin i = nB nA sin r Comparando esta equação com y = k x, assim, nB sin i será y, a constante de proporcionalinA dade e x será sin r. 8.5.1. As ondas em A e B antes de sofrerem difração têm igual comprimento de onda, podendo ser geradas pela mesma fonte, no mesmo meio. 8.5.2. Ocorre difração quando a ordem de grandeza do comprimento de onda das ondas que encontram obstáculos ou fendas é aproximadamente igual ou maior que as dimensões desses obstáculos ou fendas. Na figura A, a dimensão da fenda é muito maior que o comprimento de onda das ondas que a atravessam. Assim, a difração é pouco significativa. Já no esquema B é bem visível a ocorrência de difração. Neste esquema, a dimensão da fenda através da qual as ondas passam é da ordem de grandeza do comprimento de onda das ondas. Deste modo, ocorre difração apreciável. © Edições ASA 15