Contexto Histórico Objeto de Aprendizagem: O espocar do flash NOA UFPB Diga Xis..... e de repente um clarão ofusca nossos olhos e nos deixa cegos por alguns segundos.... O flash da máquina fotográfica é uma poderosa lâmpada que emite luz numa intensidade suficiente para que o filme ou o sensor (no caso de uma máquina digital) seja impressionado. Antigamente esse clarão era provocado pela reação de queima do pó de magnésio com o oxigênio do ar, provocando uma luz intensa semelhante ao de uma solda elétrica. Depois vieram as lâmpadas de magnésio descartáveis, ou seja, só poderia ser usada uma única vez. Atualmente temos em nossas maquinas o flash eletrônico que possuem uma pequena, mas poderosa lâmpada fluorescente. Para que uma luz tão intensa seja emitida é necessária uma alta voltagem entre os terminais da lâmpada de flash. Isso é conseguido usando-se um circuito eletrônico capaz de elevar a diferença de potencial de uma pilha para alguns milhares de volts e “armazená-lo” para a hora do “clique”. Antes das pilhas não era possível ter uma fonte de eletricidade contínua e controlável. Uma forma primitiva de se armazenar cargas elétricas foi a Garrafa de Leyden. Ela tem esse nome porque o dispositivo original era composto por uma garrafa de vidro com água no seu interior, com uma rolha perfurada por uma haste metálica que ficava em contato com a água e porque foi desenvolvida em Leyden, na Holanda. Esse instrumento era capaz de armazenar grandes quantidades de carga elétrica, há relatos que uma das experiências preferidas com esse instrumento era dar choques em varias pessoas de mãos dadas ao mesmo tempo. Atualmente utilizamos outro dispositivo para acumulo de cargas, eles são conhecidos como condensadores ou capacitores. Um capacitor é formado por dois condutores isolados com cargas iguais e sinais contrários. Quando se fala de capacitores também está envolvido o conceito de capacitância que é definida como a medida da “capacidade” de armazenamento de carga numa dada diferença de potencial. Além do flash fotográfico os capacitores são utilizados em outros dispositivos como desfibriladores médicos usados nos primeiros socorros em pessoas com ataques cardíacos. Da mesma forma que no flash a bateria do desfibrilador possui uma pequena diferença de potencial, um circuito eletrônico usa repetidamente essa diferença de potencial para aumenta a diferença de potencial do capacitor. Quando o capacitor do desfibrilador está pronto para o uso ele pode chegar a potencia de 100 kW, que é muito maior que a potencia da bateria que o carregou. Daí podemos perceber a utilidade que esse componente possui. Atualmente quando a pilha da máquina acaba você pode ir no supermercado e comprar pilhas novas. Mas porque o nome de pilha? Quando ela surgiu? Luigi Galvani já havia observado que quando dois metais diferentes e ligados entre si eram encostados numa perna de rã os músculos dessa perna se contraiam. Ele chamou esse fenômeno de eletricidade animal, pois acreditava que a causa desse efeito estava no músculo. No entanto Alexandro Volta demonstrou que a causa estava no contato entre diferentes metais. Para isso ele fez diversos discos de metais diferentes como prata e zinco empilhados um sobre o outro (daí o nome de pilha) e entre eles um pedaço de tecido ou papel embebido de água com sal. Então em 1800 ele escreve uma carta a Royal Society of London (Sociedade Real de Londres) descrevendo sua descoberta. Apesar do valor da tensão ser muito pequena, cerca de 0,2 volts, antes da pilha não era possível fazer estudos sobre eletricidade que precisassem de uma fonte controlada e contínua de eletricidade. A pilha de volta foi um marco na historia da eletricidade que permitiu o desenvolvimento de inúmeras aplicações técnicas e pilhas e baterias que conhecemos hoje. Agora com as pilhas era possível estudar mais detalhadamente os fenômenos elétricos inclusive o da condução elétrica em um circuito. De Janeiro a Julho de 1825, o físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854) realizou uma série de experiências com circuitos elétricos cuja fonte era uma bateria de pilhas voltaicas. Ele testou fios de diferentes comprimentos e diferentes diâmetros medindo a intensidade da corrente elétrica que passava por eles. Ele notou que havia uma relação de proporcionalidade entre a corrente e o comprimento dos fios. Observou mais ainda, que essa relação linear dependia de parâmetros que se relacionavam com a geometria e o tipo de material dos condutores, denominados por Ohm de resistência elétrica R. É comum confundir resistência ou resistividade com resistores. Resistência é uma propriedade do material condutor enquanto o resistor é um dispositivo eletrônico que possui uma resistência definida. Resistores elétricos são componentes eletrônicos, cuja finalidade é oferecer oposição à passagem de corrente elétrica através de seu material. Os Resistores podem ser Fixos ou Variáveis, onde os Fixos são Resistores cuja resistência elétrica não pode ser alterada (apresentam dois terminais), já os Resistores Variáveis são aqueles cuja resistência elétrica pode ser alterada através de um eixo ou curso (Reostato, Potenciômetro). Para identificar a resistência de um resistor é utilizado um código de cores que está representado na tabela abaixo: 1º anel 2º anel 1º digito 2ºdigito Cores 3º anel Multiplicador 4º anel Tolerância Prata - - 0,01 10% Ouro - - 0,1 5% Preto 0 0 1 - Marrom 01 01 10 1% Vermelho 02 02 100 2% Laranja 03 03 1 000 3% Amarelo 04 04 10 000 4% Verde 05 05 100 000 - Azul 06 06 1 000 000 - Violeta 07 07 10 000 000 - Cinza 08 08 - - Branco 09 09 - - No circuito do flash de uma máquina fotográfica existem outros dispositivos que estão envolvidos na carga do capacitor, no entanto seu funcionamento foge dos objetivos desse texto. O objetivo foi dar uma visão geral dos principais componentes que fazem parte do circuito do flash e que estão sendo enfatizados neste Objeto de Aprendizagem.