FUNDAÇÃO DE APOIO A PESQUISA, ENSINO E ASSISTÊNCIA À ESCOLA DE MEDICINA E CIRURGIA E AO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFRÉE E GUINLE E A UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A influenza, comumente denominada de gripe, é causada pelos vírus influenza A e B, ocorrendo naturalmente durante as estações de outono e inverno. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de três a cinco milhões de casos graves de influenza sazonal ocorrem todos os anos. Uma pandemia de influenza ocorre quando surge uma nova cepa do vírus influenza A, contra a qual o ser humano não possui imunidade, resultando em propagação da doença e em óbito. A denominada “gripe suína” é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa, com sinais e sintomas semelhantes aos da gripe comum, frequentemente com febre superior a 38 graus, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal. Esse novo tipo de vírus, formado por uma combinação viral oriunda de dois tipos de vírus suíno, um vírus da ave e um do ser humano, é mais agressivo que o da gripe comum. Enquanto a maioria das mortes por gripe comum ocorre por complicações como pneumonia bacteriana, na influenza A H1N1 muitas mortes têm ocorrido por pneumonia viral primária, ou seja, o próprio vírus causa o óbito, algo raro na gripe comum. A prestigiada revista científica britânica Nature publicou estudos da Universidade de Wisconsin (EUA), demonstrando que o vírus AH1N1 (gripe suína) causa mais danos aos pulmões, bem como é capaz de lesionar tecidos dos órgãos respiratórios. Já outros vírus da gripe, em geral, acometem predominantemente a parte superior do sistema respiratório, como garganta e às vezes a traquéia e de forma bem incomum os pulmões. Estudos científicos têm demonstrado que, nos países onde o vírus AH1N1 circula livremente, entre eles o Brasil, têm ocorrido a substituição do vírus sazonal da gripe comum pelo novo vírus, fato este reconhecido pelo próprio Ministério da Saúde, que confirmou que a circulação do novo vírus no país já corresponde a cerca de 77%. O novo vírus influenza é um “visitante” em nosso país, está de passagem, não veio para ficar, e como era previsto, passado mais de seis semanas, a sua circulação evidencia redução drástica e a situação encontra-se aparentemente sob controle. Dessa forma a aglomeração de pessoas, em função de um concurso público com a importância do atual, já não representa uma ameaça como outrora. FUNDAÇÃO DE APOIO A PESQUISA, ENSINO E ASSISTÊNCIA À ESCOLA DE MEDICINA E CIRURGIA E AO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFRÉE E GUINLE E A UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A FUNRIO decidiu manter inalteradas as datas do concurso. Embora saibamos que, no momento, o risco de transmissão do vírus influenza A H1N1 seja muito baixo, ainda assim várias medidas foram adotadas. Veja a seguir: • As provas serão realizadas com portas e janelas abertas. Quando houver ventilador o mesmo deverá ser direcionado para cima e não diretamente sobre os alunos; • Os candidatos que estiverem com a nova gripe devem permanecer em suas casas seguindo a orientação das Secretarias de Saúde; • A coordenação do concurso disponibilizou, nos estados mais frios, máscaras descartáveis para as pessoas que desejarem; • Todos os banheiros terão água, sabão e papel toalha para a higiene das mãos; • Os locais das provas manterão um profissional de saúde apto a orientar os candidatos em caso de dúvidas sobre a nova gripe; • As gestantes serão convidadas a realizar suas provas em locais separados dos demais candidatos; Rio de Janeiro, 03 de Setembro de 2009. CONSULTOR: PROF. EDIMILSON MIGOWSKI - MD, PhD, MSc Professor Adjunto Doutor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Doutor em Doenças Infecciosas pela UFRJ; Mestre em Pediatria pela UFRJ; Chefe do Serviço de Infectologia Pediátrica da UFRJ; Membro Titular da Academia Fluminense de Medicina; Membro Titular da Academia Nacional de Farmácia; Membro da Sociedade Europeia de Infectologia Pediátrica; Diretor Presidente do Instituto Prevenir É Saúde; Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações – RJ; Membro do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro; Membro do Grupo Técnico da UFRJ para Assuntos relacionados com Influenza.