O Brasil desenvolve laptop de US$ 100 com

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6.12.05 > ano 3 > nº 134
1/4
uma publicação semanal da Plano Editorial
: : inclusão digital - III
: : inclusão digital - I
A Semp Toshiba ajuda
na produção do chip
O Brasil desenvolve laptop de
US$ 100 com tecnologia nacional
Os gastos com propriedade intelectual
para fabricar um DVD superam os
custos dos materiais utilizados, diz
Tomas Gonzalez, da Semp Toshiba.
Segundo ele, 51% do preço do DVD
corresponde a gastos com patente,
licenças e propriedade intelectual
embutida no chip. Gonzalez cita os
números para exemplicar que a
fabricação do chip se tornou
relativamente barata em comparação
com as funcionalidades nele embutidas.
“É isso que estamos desenvolvendo.
Temos condição de fazer a
composição, integração e o desenho do
chip”, afirma. Em parceria com o
Instituto Von Braun, a Semp Toshiba já
fechou dois contratos de venda de
funcionalidades (desenho do chip, inclui
hardware e software) ao mercado
internacional — os contratos são nas
áreas de VoIP e RFID (identificação por
radiofreqüência). “Temos um caso de
sucesso, que será colocado no mundo
inteiro”, informa. Ele propõe a integração
de outros centros de microeletrônica e
de outras indústrias ao Instituto Von
Braun para criar no Brasil uma grande
cadeia de serviço para atender o
mercado externo, cuja demanda é alta.
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O Instituto Von Braun, em parceria
com outros centros de pesquisa e
indústrias, deve lançar até março as
duas primeiras versões do laptop de
US$ 100 com tecnologia totalmente
nacional. O computador de US$ 100
começou a ser discutido pelo
governo brasileiro a partir de
propostas de pesquisadores do MIT
(Massachussets Institute of
Technology), como forma de
promover a inclusão digital dos
alunos de escolas públicas. Os
pesquisadores concluíram que o
Brasil não precisa da tecnologia do
MIT. “Estamos desenvolvendo um
projeto para resolver parte do
problema da inclusão digital”, afirma
Tomas Gonzalez, gerente de
Pesquisa e Desenvolvimento da
Semp Toshiba, uma das parceiras
do projeto. O diretor técnico do Von
Braun, Dario Sassi Thober,
acrescenta que a grande vantagem é
a autonomia tecnológica do país, que
não precisará pagar royalties pela
tecnologia e ainda poderá receber
pela propriedade intelectual se a
tecnologia for exportada para outros
países.
: : inclusão digital - II
O governo discute o modelo de negócio
Dentro do governo, a discussão está
mais centrada no modelo de negócio,
que deve ser baseado na prestação de
serviço, do que na tecnologia. “O Instituto
Von Braun tem um modelo de negócio
muito interessante e atraente”, afirma
Victor Mammana, da Divisão de Sistemas
de Hardware do Cenpra (Centro de
Estudos Renato Archer) do Ministério da
Ciência e Tecnologia, um dos
encarregados de avaliar as propostas
apresentadas. Na proposta do MIT, a
conta seria bancada pelo governo – em
torno de R$ 100 milhões. Já o modelo
idealizado pelo Instituto Von Braun
baseia-se na oferta de serviços e na
possibilidade de subsídios à educação.
Nesse caso, o custo do equipamento se
torna irrelevante, a exemplo dos
aparelhos de celular. A indústria nacional
tem toda condição de atender a esse
novo mercado, afirma Tomas Gonzalez.
A proposta, segundo ele, pode ser
atraente para operadoras de telefonia,
que vão explorar o serviço, e para a
indústria nacional como um todo. Um
dos objetivos do Instituto Von Braun é
fazer com o que o Brasil se aproprie dos
resultados da propriedade intelectual e do
capital. O computador, segundo Dario
Thober, utilizará tecnologia desenvolvida
pelo Instituto junto com a Semp Toshiba
para atender operadoras de telefonia: o
Instituto criou um aparelho de telefone
que informa à operadora todas as
operações feitas no terminal (transmissão
de voz, dados, Internet). Junto com o
novo computador, o Instituto quer
implantar um novo modelo de negócio. A
idéia é que as operadoras de
telecomunicações ofereçam o
computador como se fosse um celular: o
ganho da empresa é com o serviço e
não com a venda do equipamento.
6.12.05
> ano 3
> nº 134
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: : certificação digital
: : infra-estrutura
: : política
O governo desenvolve
piloto para municípios
A Finep lança chamada
de R$ 120 milhões
Gadelha assume a
Sepin sob pressão
O Ministério do Planejamento quer
estimular o uso da certificação pelos
Estados, municípios e outros entes
do setor público para melhorar a
gestão e o atendimento à população.
Por meio do Programa Nacional de
Gestão e Modernização (Gespública),
o Ministério assinou convênio com o
município de Sorocaba (SP) e o ITI
(Instituto Nacional de Tecnologia da
Informação) para desenvolvimento de
um projeto-piloto com uso da
certificação digital. As funcionalidades
serão incorporadas no decorrer do
projeto, explica Paulo Daniel,
coordenador do Gespública. “A partir
de Sorocaba vamos ver as
possibilidades sob a ótica da
facilitação na oferta de serviços e da
transparência”, afirma. Segundo ele, a
eliminação da burocracia e redução do
tempo de atendimento de demandas
serão o principal ganho da
certificação. O Gespública tem várias
linhas de ação para melhorar a gestão
pública. Colocou a disposição do
setor público, por exemplo, um
software para avaliar a satisfação dos
usuários e identificar pontos críticos,
na visão da população, e estimula a
criação de centrais de atendimento
integradas. Em parceria com o Sebrae
e Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, o
programa tenta reduzir a burocracia na
abertura de empresas. Com o uso da
TI, é possível reduzir o tempo para
abertura de empresa de mais de 100
dias para 8 a 15 dias. O programa
funciona por adesão. Hoje, 2.800 entes
já integram o programa, entre eles
apenas quatro Estados e dez
municípios. A ampliação do número de
municípios participantes vai depender
da capacidade de convencimento dos
gestores do programa, até porque o
orçamento é de apenas R$ 1,3 milhão.
A Finep lançou chamada pública para
selecionar projetos de implantação,
modernização e recuperação da infraestrutura das instituições de pesquisa.
Esses projetos receberão R$ 120
milhões do Fundo Setorial de Infraestrutura em 2006 e 2007. No ano
passado, foram destinados R$ 110
milhões à infra-estrutura, em benefício de
91 instituições. De acordo com a Finep,
desde a criação do CT-Infra, em 2001, já
foram investidos R$ 527 milhões nas
instituições de pesquisa. Os projetos
para 2006 e 2007 podem ser
encaminhados até 30 de março de 2006.
Antes mesmo de assumir o cargo de
secretário de Política de Informática do
Ministério da Ciência e Tecnologia,
Augusto César Gadelha recebeu
pedidos para continuar o trabalho
iniciado pelo seu antecessor, Marcelo
Lopes. Um executivo de uma importante
multinacional foi claro em conversa com
o novo secretário: a indústria espera que
ele aplique a Lei a quem se beneficia dos
incentivos ao setor de informática e
deixam de investir em P&D. Durante a
gestão de Marcelo Lopes, a Sepin
apurou mais de R$ 600 milhões em
dívidas e encaminhou os processos à
Receita Federal. A indústria teme
retrocesso também na modernização
da Sepin, que trabalha para reduzir os
prazos de tramitação dos processos.
Há também parlamentares intrigados
com a troca de secretário: “Agora, eu
vou fiscalizar todos os atos do novo
secretário”, diz um deputado de
oposição.
: : mct
Emendas ao orçamento
superam R$ 3 bilhões
O total de emendas, incluindo as
individuais e de comissão, ao
orçamento do Ministério da Ciência e
Tecnologia para 2006 superou R$ 3
bilhões. O número serve mais para
demonstrar que o Congresso Nacional
quer prioridade para a área do que para
qualquer resultado concreto. O próprio
relator do orçamento, deputado Carlito
Merss (PT-SC), se encarregará de cortar
a maior parte delas, já que a previsão de
receitas não comporta aumento de
despesas nessa proporção. Mesmo
depois de aprovado no Congresso, o
orçamento ainda passa pela tesoura dos
ministérios da Fazenda e do
Planejamento. Por enquanto, apesar das
emendas, a única coisa dada como
certa pelo ministro Sérgio Rezende, da
Ciência e Tecnologia, é a redução do
contingenciamento dos fundos setoriais,
com um ganho em torno de R$ 400
milhões. Esse será o aumento de
recursos se o governo cumprir a
promessa de limitar o
contingenciamento ao máximo de 40%
da arrecadação dos fundos.
: : software
A ABDI divulga estudo
sobre exportação
A Agência Brasileira de Desenvolvimento
Industrial (ABDI) e o consórcio Brasscom
divulgam hoje, 6, o estudo feito sob
encomenda pela A.T.Kearney sobre as
oportunidades do software brasileiro no
mercado internacional. Segundo uma
fonte, o estudo não traz nada de novo. É
basicamente uma repetição de estudo
anterior, feito pelo MIT. “O estudo
reafirma tudo que já tínhamos
detectado”, afirma. Ou seja, que é
preciso melhorar a qualidade do software
nacional, explorar nichos de mercado;
que há poucas empresas exportadoras e
que é preciso melhorar a
competitividade. O esforço de
exportação, comenta a fonte, esbarra na
capacidade de atendimento da demanda.
6.12.05
> ano 3
> nº 134
: : inclusão digital - I
A Intel assina acordo
com o Minicom ...
O ministro das Comunicações, Hélio
Costa, assina hoje, 6, com a Intel um
acordo para a implantação de um
projeto-piloto em Belo Horizonte,
com tecnologia WiMax. O Minicom
quer buscar tecnologias alternativas
ao satélite para fornecer conexão ao
programa Gesac (Governo Eletrônico
- Serviço de Atendimento ao
Cidadão). Hoje, a Visom/Comsat
fornece conexão via satélite aos 3,2
mil pontos do Gesac, mas um estudo
do Minicom mostra que é possível
substituir mil pontos de satélite por
outras tecnologias, como o WiMax.
Segundo Ronaldo Miranda, diretor da
Intel, o piloto em Belo Horizonte vai
conectar um bairro (Jardim América)
levando a Internet sem fio a vários
estabelecimentos e não apenas a
órgãos de governo. A infra-estrutura
será montada até dezembro e os
testes terão a duração de 90 dias. O
acordo será assinado durante a
segunda edição do Intel Developer
Forum (IDF) no Brasil, evento
realizado pela Intel para apresentar ao
mercado as novas tendências
tecnológicas, baseadas em suas
pesquisas de hardware, software e
aplicativos.
: : inclusão digital - II
... e amplia o programa
Escola Modelo.
A Intel anuncia também hoje, durante
o fórum de desenvolvimento, a
ampliação do acordo de
cooperação que tem com a
Fundação Bradesco no programa
Escola Modelo. Serão selecionadas
mais 20 escolas públicas, em seis
Estados, para participar do
programa que tem por objetivo
ajudar diretores e professores a
tornarem as aulas mais atrativas a
partir do uso da tecnologia em sala
de aula. Vão fazer parte do
programa escolas dos municípios
digitais Piraí, Rio das Flores e
Mangaratiba (no Rio de Janeiro) e
Ouro Preto (Minas Gerais), cidades
que já contam com infra-estrutura
WiMax. A Intel tem investido em
vários programas-pilotos para testar
a tecnologia. Além do Rio e Minas,
tem um acordo com a Prodam
(Companhia de Processamento de
Dados do Município de São Paulo)
para realizar um teste que fornecerá
bases e métricas para futuras
definições da rede de banda larga
sem fio da cidade.
: : incentivos
São Paulo cria
o centro digital
A prefeitura de São Paulo formalizou a
criação do Pólo de Tecnologia da
Informação no centro da cidade, na
região vizinha à Estação da Luz, Sala
São Paulo e Santa Efigênia. A lei
municipal que dá incentivos fiscais e
de investimentos, por dez anos, as
empresas que se instalarem na região
já foi aprovada. O projeto,
denominado São Paulo Digital – Pólo
Tecnológico da Nova Luz, pretende
atrair para o centro da cidade
empresas de desenvolvimento de
software e de serviços de TI. Os
incentivos fiscais prevêem a redução
de ISS (Imposto sobre Serviços) em
60%, além de redução nas taxas de
IPTU (Imposto Predial e Territorial
Urbano), de ITBI (Imposto de
Transferência de Bens Imóveis) e
incentivos ao investimento – incluem
gastos com a compra de terreno,
construção e com equipamentos. “A
prefeitura emitirá um certificado de
incentivo ao desenvolvimento, que
permitirá ao empresário ter um
retorno de 80% do que for investido
em abatimento de impostos
municipais”, informa José Vidal
Bellinetti, diretor do ITS (Instituto de
Tecnologia de Software), que está
coordenando o projeto junto com a
prefeitura de São Paulo. “Uma
empresa que investir R$ 1 milhão em
infra-estrutura e equipamentos
receberá um certificado no valor de
R$ 800 mil e poderá usar esse
incentivo para abater em impostos
municipais num prazo de cinco anos”,
exemplifica Vidal. O ITS fez uma
pesquisa com 170 empresas e 25% já
demonstraram interesse em aderir ao
projeto, segundo Vidal.
: : pregão
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A Dataprev
compra servidores
Está marcado para o dia 13 o pregão
eletrônico da Dataprev para a compra
de 93 servidores. O valor estimado
da aquisição é de R$ 9 milhões e
deve ser o principal investimento da
empresa neste ano. Segundo uma
fonte, o grosso do investimento na
modernização da Dataprev será feito
em 2006, em torno de R$ 100
milhões. Os servidores devem ser
usados principalmente para rodar
soluções de segurança, um dos
pontos fracos da empresa.
: : modernização
A Caixa lança
editais na área de TI
A Caixa Econômica Federal marcou
para quinta-feira, 8, a licitação para
contratação de empresa para
prestação de serviços de
transmissão de bancos de dados,
contendo informações sobre cotação
de ações, contratos de DI, dólar
comercial, índice Bovespa, taxas e
indicadores financeiros. Hoje, 6, será
feita a licitação para contratar serviços
de disponibilização pela Internet ou
arquivo magnético de dados
cadastrais, econômico-financeiros,
governança e classificação de risco.
No dia 15, será feita a licitação para
contratar serviços de tratamento de
dados. Outros editais estão
suspensos e devem ser republicados
ou aguardam liberação da Justiça,
como é o caso do pregão para
compra de 27.301 equipamentos de
informática (3.301 estações fianceiras
e 24 mil estações de trabalho). Já as
licitações para contratação de curso
de capacitação de desenvolvimento
em software livre Linux e PHP/
Postgre-SQL, para compra de 348
impressoras de folhas de cheques,
compra de firewall apliance, licenças
de software de firewal e
microcomputador Risc/Sparc, e para
compra de servidores e unidade de
armazenamento de dados foram
suspensos para revisão das
especificações técnicas. Os editais
devem ser republicados.
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6.12.05
> ano 3
> nº 134
: : desempenho - I
A EDS Brasil
cresce 25% ...
A EDS Brasil vai encerrar 2005 com
um crescimento na receita de 25%,
bem acima da meta da empresa e da
média do mercado, de 15%. A
empresa não divulga o faturamento
regional – a receita global deve
permanecer na casa dos US$ 22
bilhões – mas informa que o Brasil
responde por 50% do resultado da
América Latina, que é de 4% do
volume mundial (o país, portanto, tem
uma participação estimada de US$
440 milhões, ou 2% na receita da EDS
Corp.). Na composição da receita, o
setor de telecomunicações representa
27%; seguido pelo setor financeiro,
com 26%; manufatura, 25%; serviços
offshore, 13%; e energia, 8%.
Segundo o presidente da EDS Brasil,
Chu Tung, a subsidiária brasileira
firmou cerca de 30 contratos este ano
(inclui aditivos e renovações) e
contratou 1.200 funcionários,
principalmente na área de
desenvolvimento de sistemas.
“Vamos encerrar o ano com 6.800
funcionários e temos planos de
ampliar o quadro em mais 1.500
profissionais em 2006 para atender a
demanda dos serviços de offshore”,
destaca Chu Tung.
: : desempenho - II
... e aposta no
outsourcing em 2006.
O presidente da EDS Brasil prevê
uma forte tendência de incremento
nos serviços de outsourcing de TI
para 2006. A América Latina foi
definida como um dos quatro centros
globais de offshore da EDS (os
outros são na Índia, China e no Leste
Europeu). A divisão de
Desenvolvimento e Manutenção de
Sistemas da empresa (são três
fábricas de software: no interior de
São Paulo, em Araraquara; no Rio de
Janeiro e em Florianópolis) tem sido
impulsionada pela exportação de
serviços de software. Segundo o
diretor da área, Caio Rainério Silva,
outsourcing de aplicação e
desenvolvimento de sistemas foram
os serviços que mais cresceram
dentro dessa divisão. “Fechamos um
total de US$ 50 milhões de novos
contratos em 2005 e contratamos
para essa divisão 350 profissionais,
elevando o número de funcionários na
divisão para 1.400”, informa o diretor.
: : desempenho - III
As vendas da Brocade
para governo caem ...
As consecutivas crises no governo
atrapalharam a performance da
Brocade no setor público em 2005.
Segundo Samuel Xavier, gerente
regional da Brocade para América
Latina, a área governamental deverá
representar entre 15% e 20% do
faturamento da empresa neste ano —
em 2004, esse índice foi de 40%. “No
mercado ninguém assume, mas muita
licitação foi postergada ou
engavetada. E somente agora, em
dezembro, é que algumas estão
sendo retomadas”, afirma. Entre os
negócios feitos com a área pública
em 2005, destaca o executivo, estão a
venda de um suíte para storage para
o Banco do Brasil e equipamentos de
storage para alguns tribunais federais.
Apesar do desempenho não
satisfatório no setor público, diz
Xavier, a Brocade deve fechar o ano
com um crescimento de cerca de
20% no faturamento da América
Latina, graças ao bom desempenho
nas áreas de finanças e
telecomunicações.
: : desempenho - IV
... e a Dell quer ampliar a
receita no setor público.
Atual líder em vendas para o segmento
de pequenas, médias e grandes
empresas no mercado nacional, a Dell
quer conquistar, nos próximos anos, o
o setor público. Conforme Raymundo
Peixoto, diretor-geral da subsidiária
brasileira, a empresa está montando
uma estratégia e uma área específica
para tratar de vendas para o governo.
“Hoje ele representa uma pequena
parte no faturamento, mas queremos
reverter esse quadro”, informa. A idéia
de apostar no setor público, diz
Peixoto, é baseada no bom
desempenho que a Dell teve neste ano
nas concorrências públicas.
“Ganhamos licitações importantes,
entre elas uma do Banrisul – venda de
cerca de sete mil computadores — e
uma da Receita Federal — venda de
cerca de mil computadores.”
Entusiasmada com esses resultados,
a empresa se prepara para participar
do maior número possível de
licitações em 2006, tanto que já tem
agendado, nos próximos meses, a
presença em pelo menos oito
pregões.
: : estratégia
A Accenture amplia
os investimentos
Em todo o mundo, o segmento de
governo é o de maior crescimento
entre todas as verticais em que está
dividida a Accenture, à exceção do
Brasil onde a empresa ainda tem uma
fraca atuação. Para reverter esse
quadro a consultoria resolveu focar
em governo e está ampliando os
investimentos no setor. Segundo
Antonio Carlos Ramos, sócio-diretor
responsável pela vertical governo, a
decisão de atender o setor ocorreu
em 2001, mas até 2003 a consultoria
ficou estudando o mercado. Em 2003
foi estruturada a vertical e
estabelecidas algumas parcerias com
empresas como HP e SAP, mas os
resultados não foram tão bons
porque o período coincidiu com a
retração do governo. “Foi um
período de estreitar os
relacionamentos e agora chegou a
hora de disputarmos esse mercado
para valer”, diz Ramos,
acrescentando que a consultoria já
conta com 20 consultores dedicados à
àrea e tem planos de expandir a filial de
Brasília. Entre as licitações da qual a
Accenture está participando ele
destaca os editais do Tesouro
Nacional, da Secretaria de Fazenda do
Maranhão, a pré-qualificação para
fábrica de software do Ministério do
Planejamento e do Serpro e o projeto
de Balanced Scorecard do Ministério
da Agricultura. “Em nível mundial o
setor de governo representa mais de
10% das receitas da Accenture. Essa é
a nossa meta para o Brasil”, conclui.
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