: : assinaturas 11-3178-1016 6.12.05 > ano 3 > nº 134 1/4 uma publicação semanal da Plano Editorial : : inclusão digital - III : : inclusão digital - I A Semp Toshiba ajuda na produção do chip O Brasil desenvolve laptop de US$ 100 com tecnologia nacional Os gastos com propriedade intelectual para fabricar um DVD superam os custos dos materiais utilizados, diz Tomas Gonzalez, da Semp Toshiba. Segundo ele, 51% do preço do DVD corresponde a gastos com patente, licenças e propriedade intelectual embutida no chip. Gonzalez cita os números para exemplicar que a fabricação do chip se tornou relativamente barata em comparação com as funcionalidades nele embutidas. “É isso que estamos desenvolvendo. Temos condição de fazer a composição, integração e o desenho do chip”, afirma. Em parceria com o Instituto Von Braun, a Semp Toshiba já fechou dois contratos de venda de funcionalidades (desenho do chip, inclui hardware e software) ao mercado internacional — os contratos são nas áreas de VoIP e RFID (identificação por radiofreqüência). “Temos um caso de sucesso, que será colocado no mundo inteiro”, informa. Ele propõe a integração de outros centros de microeletrônica e de outras indústrias ao Instituto Von Braun para criar no Brasil uma grande cadeia de serviço para atender o mercado externo, cuja demanda é alta. Diretor Editorial: Wilson Moherdaui Editora Executiva: Fátima Fonseca Editores Assistentes: Carmen Lúcia Nery (Rio de Janeiro) e Gilson Euzébio (Brasília) Repórter: Fabiano Candido Arte: Denis Torquato Diretor de Marketing: Márcio Valente Diretor de Publicidade: Fábio Sgarbi : : TI & Governo é uma publicação semanal da Plano Editorial Ltda. Av. Paulista, 1.159, 10º andar, CEP 01311-921, telefone (11) 3178-1000, Fax (11) 3178-1001 - São Paulo, SP [email protected] http://www.planoeditorial.com.br Diretor Responsável: Wilson Moherdaui (MT 10.821) O Instituto Von Braun, em parceria com outros centros de pesquisa e indústrias, deve lançar até março as duas primeiras versões do laptop de US$ 100 com tecnologia totalmente nacional. O computador de US$ 100 começou a ser discutido pelo governo brasileiro a partir de propostas de pesquisadores do MIT (Massachussets Institute of Technology), como forma de promover a inclusão digital dos alunos de escolas públicas. Os pesquisadores concluíram que o Brasil não precisa da tecnologia do MIT. “Estamos desenvolvendo um projeto para resolver parte do problema da inclusão digital”, afirma Tomas Gonzalez, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Semp Toshiba, uma das parceiras do projeto. O diretor técnico do Von Braun, Dario Sassi Thober, acrescenta que a grande vantagem é a autonomia tecnológica do país, que não precisará pagar royalties pela tecnologia e ainda poderá receber pela propriedade intelectual se a tecnologia for exportada para outros países. : : inclusão digital - II O governo discute o modelo de negócio Dentro do governo, a discussão está mais centrada no modelo de negócio, que deve ser baseado na prestação de serviço, do que na tecnologia. “O Instituto Von Braun tem um modelo de negócio muito interessante e atraente”, afirma Victor Mammana, da Divisão de Sistemas de Hardware do Cenpra (Centro de Estudos Renato Archer) do Ministério da Ciência e Tecnologia, um dos encarregados de avaliar as propostas apresentadas. Na proposta do MIT, a conta seria bancada pelo governo – em torno de R$ 100 milhões. Já o modelo idealizado pelo Instituto Von Braun baseia-se na oferta de serviços e na possibilidade de subsídios à educação. Nesse caso, o custo do equipamento se torna irrelevante, a exemplo dos aparelhos de celular. A indústria nacional tem toda condição de atender a esse novo mercado, afirma Tomas Gonzalez. A proposta, segundo ele, pode ser atraente para operadoras de telefonia, que vão explorar o serviço, e para a indústria nacional como um todo. Um dos objetivos do Instituto Von Braun é fazer com o que o Brasil se aproprie dos resultados da propriedade intelectual e do capital. O computador, segundo Dario Thober, utilizará tecnologia desenvolvida pelo Instituto junto com a Semp Toshiba para atender operadoras de telefonia: o Instituto criou um aparelho de telefone que informa à operadora todas as operações feitas no terminal (transmissão de voz, dados, Internet). Junto com o novo computador, o Instituto quer implantar um novo modelo de negócio. A idéia é que as operadoras de telecomunicações ofereçam o computador como se fosse um celular: o ganho da empresa é com o serviço e não com a venda do equipamento. 6.12.05 > ano 3 > nº 134 2/4 1/4 : : certificação digital : : infra-estrutura : : política O governo desenvolve piloto para municípios A Finep lança chamada de R$ 120 milhões Gadelha assume a Sepin sob pressão O Ministério do Planejamento quer estimular o uso da certificação pelos Estados, municípios e outros entes do setor público para melhorar a gestão e o atendimento à população. Por meio do Programa Nacional de Gestão e Modernização (Gespública), o Ministério assinou convênio com o município de Sorocaba (SP) e o ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação) para desenvolvimento de um projeto-piloto com uso da certificação digital. As funcionalidades serão incorporadas no decorrer do projeto, explica Paulo Daniel, coordenador do Gespública. “A partir de Sorocaba vamos ver as possibilidades sob a ótica da facilitação na oferta de serviços e da transparência”, afirma. Segundo ele, a eliminação da burocracia e redução do tempo de atendimento de demandas serão o principal ganho da certificação. O Gespública tem várias linhas de ação para melhorar a gestão pública. Colocou a disposição do setor público, por exemplo, um software para avaliar a satisfação dos usuários e identificar pontos críticos, na visão da população, e estimula a criação de centrais de atendimento integradas. Em parceria com o Sebrae e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o programa tenta reduzir a burocracia na abertura de empresas. Com o uso da TI, é possível reduzir o tempo para abertura de empresa de mais de 100 dias para 8 a 15 dias. O programa funciona por adesão. Hoje, 2.800 entes já integram o programa, entre eles apenas quatro Estados e dez municípios. A ampliação do número de municípios participantes vai depender da capacidade de convencimento dos gestores do programa, até porque o orçamento é de apenas R$ 1,3 milhão. A Finep lançou chamada pública para selecionar projetos de implantação, modernização e recuperação da infraestrutura das instituições de pesquisa. Esses projetos receberão R$ 120 milhões do Fundo Setorial de Infraestrutura em 2006 e 2007. No ano passado, foram destinados R$ 110 milhões à infra-estrutura, em benefício de 91 instituições. De acordo com a Finep, desde a criação do CT-Infra, em 2001, já foram investidos R$ 527 milhões nas instituições de pesquisa. Os projetos para 2006 e 2007 podem ser encaminhados até 30 de março de 2006. Antes mesmo de assumir o cargo de secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Augusto César Gadelha recebeu pedidos para continuar o trabalho iniciado pelo seu antecessor, Marcelo Lopes. Um executivo de uma importante multinacional foi claro em conversa com o novo secretário: a indústria espera que ele aplique a Lei a quem se beneficia dos incentivos ao setor de informática e deixam de investir em P&D. Durante a gestão de Marcelo Lopes, a Sepin apurou mais de R$ 600 milhões em dívidas e encaminhou os processos à Receita Federal. A indústria teme retrocesso também na modernização da Sepin, que trabalha para reduzir os prazos de tramitação dos processos. Há também parlamentares intrigados com a troca de secretário: “Agora, eu vou fiscalizar todos os atos do novo secretário”, diz um deputado de oposição. : : mct Emendas ao orçamento superam R$ 3 bilhões O total de emendas, incluindo as individuais e de comissão, ao orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia para 2006 superou R$ 3 bilhões. O número serve mais para demonstrar que o Congresso Nacional quer prioridade para a área do que para qualquer resultado concreto. O próprio relator do orçamento, deputado Carlito Merss (PT-SC), se encarregará de cortar a maior parte delas, já que a previsão de receitas não comporta aumento de despesas nessa proporção. Mesmo depois de aprovado no Congresso, o orçamento ainda passa pela tesoura dos ministérios da Fazenda e do Planejamento. Por enquanto, apesar das emendas, a única coisa dada como certa pelo ministro Sérgio Rezende, da Ciência e Tecnologia, é a redução do contingenciamento dos fundos setoriais, com um ganho em torno de R$ 400 milhões. Esse será o aumento de recursos se o governo cumprir a promessa de limitar o contingenciamento ao máximo de 40% da arrecadação dos fundos. : : software A ABDI divulga estudo sobre exportação A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o consórcio Brasscom divulgam hoje, 6, o estudo feito sob encomenda pela A.T.Kearney sobre as oportunidades do software brasileiro no mercado internacional. Segundo uma fonte, o estudo não traz nada de novo. É basicamente uma repetição de estudo anterior, feito pelo MIT. “O estudo reafirma tudo que já tínhamos detectado”, afirma. Ou seja, que é preciso melhorar a qualidade do software nacional, explorar nichos de mercado; que há poucas empresas exportadoras e que é preciso melhorar a competitividade. O esforço de exportação, comenta a fonte, esbarra na capacidade de atendimento da demanda. 6.12.05 > ano 3 > nº 134 : : inclusão digital - I A Intel assina acordo com o Minicom ... O ministro das Comunicações, Hélio Costa, assina hoje, 6, com a Intel um acordo para a implantação de um projeto-piloto em Belo Horizonte, com tecnologia WiMax. O Minicom quer buscar tecnologias alternativas ao satélite para fornecer conexão ao programa Gesac (Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão). Hoje, a Visom/Comsat fornece conexão via satélite aos 3,2 mil pontos do Gesac, mas um estudo do Minicom mostra que é possível substituir mil pontos de satélite por outras tecnologias, como o WiMax. Segundo Ronaldo Miranda, diretor da Intel, o piloto em Belo Horizonte vai conectar um bairro (Jardim América) levando a Internet sem fio a vários estabelecimentos e não apenas a órgãos de governo. A infra-estrutura será montada até dezembro e os testes terão a duração de 90 dias. O acordo será assinado durante a segunda edição do Intel Developer Forum (IDF) no Brasil, evento realizado pela Intel para apresentar ao mercado as novas tendências tecnológicas, baseadas em suas pesquisas de hardware, software e aplicativos. : : inclusão digital - II ... e amplia o programa Escola Modelo. A Intel anuncia também hoje, durante o fórum de desenvolvimento, a ampliação do acordo de cooperação que tem com a Fundação Bradesco no programa Escola Modelo. Serão selecionadas mais 20 escolas públicas, em seis Estados, para participar do programa que tem por objetivo ajudar diretores e professores a tornarem as aulas mais atrativas a partir do uso da tecnologia em sala de aula. Vão fazer parte do programa escolas dos municípios digitais Piraí, Rio das Flores e Mangaratiba (no Rio de Janeiro) e Ouro Preto (Minas Gerais), cidades que já contam com infra-estrutura WiMax. A Intel tem investido em vários programas-pilotos para testar a tecnologia. Além do Rio e Minas, tem um acordo com a Prodam (Companhia de Processamento de Dados do Município de São Paulo) para realizar um teste que fornecerá bases e métricas para futuras definições da rede de banda larga sem fio da cidade. : : incentivos São Paulo cria o centro digital A prefeitura de São Paulo formalizou a criação do Pólo de Tecnologia da Informação no centro da cidade, na região vizinha à Estação da Luz, Sala São Paulo e Santa Efigênia. A lei municipal que dá incentivos fiscais e de investimentos, por dez anos, as empresas que se instalarem na região já foi aprovada. O projeto, denominado São Paulo Digital – Pólo Tecnológico da Nova Luz, pretende atrair para o centro da cidade empresas de desenvolvimento de software e de serviços de TI. Os incentivos fiscais prevêem a redução de ISS (Imposto sobre Serviços) em 60%, além de redução nas taxas de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), de ITBI (Imposto de Transferência de Bens Imóveis) e incentivos ao investimento – incluem gastos com a compra de terreno, construção e com equipamentos. “A prefeitura emitirá um certificado de incentivo ao desenvolvimento, que permitirá ao empresário ter um retorno de 80% do que for investido em abatimento de impostos municipais”, informa José Vidal Bellinetti, diretor do ITS (Instituto de Tecnologia de Software), que está coordenando o projeto junto com a prefeitura de São Paulo. “Uma empresa que investir R$ 1 milhão em infra-estrutura e equipamentos receberá um certificado no valor de R$ 800 mil e poderá usar esse incentivo para abater em impostos municipais num prazo de cinco anos”, exemplifica Vidal. O ITS fez uma pesquisa com 170 empresas e 25% já demonstraram interesse em aderir ao projeto, segundo Vidal. : : pregão 3/4 1/4 A Dataprev compra servidores Está marcado para o dia 13 o pregão eletrônico da Dataprev para a compra de 93 servidores. O valor estimado da aquisição é de R$ 9 milhões e deve ser o principal investimento da empresa neste ano. Segundo uma fonte, o grosso do investimento na modernização da Dataprev será feito em 2006, em torno de R$ 100 milhões. Os servidores devem ser usados principalmente para rodar soluções de segurança, um dos pontos fracos da empresa. : : modernização A Caixa lança editais na área de TI A Caixa Econômica Federal marcou para quinta-feira, 8, a licitação para contratação de empresa para prestação de serviços de transmissão de bancos de dados, contendo informações sobre cotação de ações, contratos de DI, dólar comercial, índice Bovespa, taxas e indicadores financeiros. Hoje, 6, será feita a licitação para contratar serviços de disponibilização pela Internet ou arquivo magnético de dados cadastrais, econômico-financeiros, governança e classificação de risco. No dia 15, será feita a licitação para contratar serviços de tratamento de dados. Outros editais estão suspensos e devem ser republicados ou aguardam liberação da Justiça, como é o caso do pregão para compra de 27.301 equipamentos de informática (3.301 estações fianceiras e 24 mil estações de trabalho). Já as licitações para contratação de curso de capacitação de desenvolvimento em software livre Linux e PHP/ Postgre-SQL, para compra de 348 impressoras de folhas de cheques, compra de firewall apliance, licenças de software de firewal e microcomputador Risc/Sparc, e para compra de servidores e unidade de armazenamento de dados foram suspensos para revisão das especificações técnicas. Os editais devem ser republicados. 4/4 1/4 6.12.05 > ano 3 > nº 134 : : desempenho - I A EDS Brasil cresce 25% ... A EDS Brasil vai encerrar 2005 com um crescimento na receita de 25%, bem acima da meta da empresa e da média do mercado, de 15%. A empresa não divulga o faturamento regional – a receita global deve permanecer na casa dos US$ 22 bilhões – mas informa que o Brasil responde por 50% do resultado da América Latina, que é de 4% do volume mundial (o país, portanto, tem uma participação estimada de US$ 440 milhões, ou 2% na receita da EDS Corp.). Na composição da receita, o setor de telecomunicações representa 27%; seguido pelo setor financeiro, com 26%; manufatura, 25%; serviços offshore, 13%; e energia, 8%. Segundo o presidente da EDS Brasil, Chu Tung, a subsidiária brasileira firmou cerca de 30 contratos este ano (inclui aditivos e renovações) e contratou 1.200 funcionários, principalmente na área de desenvolvimento de sistemas. “Vamos encerrar o ano com 6.800 funcionários e temos planos de ampliar o quadro em mais 1.500 profissionais em 2006 para atender a demanda dos serviços de offshore”, destaca Chu Tung. : : desempenho - II ... e aposta no outsourcing em 2006. O presidente da EDS Brasil prevê uma forte tendência de incremento nos serviços de outsourcing de TI para 2006. A América Latina foi definida como um dos quatro centros globais de offshore da EDS (os outros são na Índia, China e no Leste Europeu). A divisão de Desenvolvimento e Manutenção de Sistemas da empresa (são três fábricas de software: no interior de São Paulo, em Araraquara; no Rio de Janeiro e em Florianópolis) tem sido impulsionada pela exportação de serviços de software. Segundo o diretor da área, Caio Rainério Silva, outsourcing de aplicação e desenvolvimento de sistemas foram os serviços que mais cresceram dentro dessa divisão. “Fechamos um total de US$ 50 milhões de novos contratos em 2005 e contratamos para essa divisão 350 profissionais, elevando o número de funcionários na divisão para 1.400”, informa o diretor. : : desempenho - III As vendas da Brocade para governo caem ... As consecutivas crises no governo atrapalharam a performance da Brocade no setor público em 2005. Segundo Samuel Xavier, gerente regional da Brocade para América Latina, a área governamental deverá representar entre 15% e 20% do faturamento da empresa neste ano — em 2004, esse índice foi de 40%. “No mercado ninguém assume, mas muita licitação foi postergada ou engavetada. E somente agora, em dezembro, é que algumas estão sendo retomadas”, afirma. Entre os negócios feitos com a área pública em 2005, destaca o executivo, estão a venda de um suíte para storage para o Banco do Brasil e equipamentos de storage para alguns tribunais federais. Apesar do desempenho não satisfatório no setor público, diz Xavier, a Brocade deve fechar o ano com um crescimento de cerca de 20% no faturamento da América Latina, graças ao bom desempenho nas áreas de finanças e telecomunicações. : : desempenho - IV ... e a Dell quer ampliar a receita no setor público. Atual líder em vendas para o segmento de pequenas, médias e grandes empresas no mercado nacional, a Dell quer conquistar, nos próximos anos, o o setor público. Conforme Raymundo Peixoto, diretor-geral da subsidiária brasileira, a empresa está montando uma estratégia e uma área específica para tratar de vendas para o governo. “Hoje ele representa uma pequena parte no faturamento, mas queremos reverter esse quadro”, informa. A idéia de apostar no setor público, diz Peixoto, é baseada no bom desempenho que a Dell teve neste ano nas concorrências públicas. “Ganhamos licitações importantes, entre elas uma do Banrisul – venda de cerca de sete mil computadores — e uma da Receita Federal — venda de cerca de mil computadores.” Entusiasmada com esses resultados, a empresa se prepara para participar do maior número possível de licitações em 2006, tanto que já tem agendado, nos próximos meses, a presença em pelo menos oito pregões. : : estratégia A Accenture amplia os investimentos Em todo o mundo, o segmento de governo é o de maior crescimento entre todas as verticais em que está dividida a Accenture, à exceção do Brasil onde a empresa ainda tem uma fraca atuação. Para reverter esse quadro a consultoria resolveu focar em governo e está ampliando os investimentos no setor. Segundo Antonio Carlos Ramos, sócio-diretor responsável pela vertical governo, a decisão de atender o setor ocorreu em 2001, mas até 2003 a consultoria ficou estudando o mercado. Em 2003 foi estruturada a vertical e estabelecidas algumas parcerias com empresas como HP e SAP, mas os resultados não foram tão bons porque o período coincidiu com a retração do governo. “Foi um período de estreitar os relacionamentos e agora chegou a hora de disputarmos esse mercado para valer”, diz Ramos, acrescentando que a consultoria já conta com 20 consultores dedicados à àrea e tem planos de expandir a filial de Brasília. Entre as licitações da qual a Accenture está participando ele destaca os editais do Tesouro Nacional, da Secretaria de Fazenda do Maranhão, a pré-qualificação para fábrica de software do Ministério do Planejamento e do Serpro e o projeto de Balanced Scorecard do Ministério da Agricultura. “Em nível mundial o setor de governo representa mais de 10% das receitas da Accenture. Essa é a nossa meta para o Brasil”, conclui.