Estudo epidemiológico do Vaccinia virus na região sudeste do Brasil: revisão de literatura Epidemiologic study of vaccine virus in the southeast region of Brazil: literature review SILVA, Priscila de Cássia Rodrigo Gontijo Trabalho de conclusão de curso Biomedicina RESUMO O Vaccinia vírus, membro da família Poxviridae, pertencente ao gênero dos Orthopoxvirus, foi utilizado como vacina para a campanha mundial de erradicação da varíola. Após a varíola ter sido declarada como erradicada no final dos anos 70, o interesse clínico e científico nos poxvírus decaiu substancialmente A partir de 2000, infecções humanas zoonóticas por Orthopoxvirus vem sendo observadas na região sudeste do Brasil, Este trabalho apresenta uma meta-análise sobre a expansão dos surtos ocorridos na região Sudeste do Brasil considerando os aspectos epidemiológicos. De todo o levantamento bibliográfico realizado, pode-se dizer que o número de casos no bovino e em seres humanos vem sido descrito em toda a região sudeste do Brasil. Contudo, apenas uma fração vem sendo demonstrada nos trabalhos publicados sobre este tema. Considera-se que maior atenção deve ser dada aos casos desta zoonose. Os surtos relacionados ao Vaccinia vírus acarretam grandes prejuízos pecuários e problemas de saúde publica, deixando clara a necessidade de investigação dos surtos. Palavras-chave: Vaccinia vírus. Varíola bovina. Orthopoxvirus. Zoonoses. Região Sudeste. Brasil. ABSTRACT The Vaccinia virus, member of the Poxviridae family, pertaining to the sort of the orthopoxviruses was used as vaccine for the world-wide campaign of eradication of the smallpox. After the smallpox to have been declared as eradicated in the end of years 70, the clinical and scientific interest in poxvírus decayed substantially From 2000, infections zoonosis human beings for orthopoxviruses comes being observed in the Graduada em Biomedicina pelo Centro Universitário Izabela Hendrix – Belo Horizonte -MG. E-mail: [email protected] Doutorando em Neurociências, UFMG, Doutorando em Ciências do Desporto, Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro , UTAD, Portugal, Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade do Vale do Paraíba Docente de Biomedicina e Fisioterapia do Instituto Metodista Isabela Hendrix, Belo Horizonte MG. Belo Horizonte, MG, v. 01, n.02, dezembro de 2011 24 Southeastern region of Brazil, This work presents a revision of literature on the expansion of the Outbreak occurred in the Southeastern region of Brazil considering the aspects epidemiologists. Of all the carried through bibliographical survey, it can be said that the number of cases in the cattle and human beings comes increasing to each year. However, only one fraction comes being demonstrated in the works published on this subject in Brazil. It is considered that bigger attention must be given to the cases of this zoonosis. The Outbreak related to the Vaccinia virus cause great economic damages, and health problems publish, leave clear the necessity of inquiry of the Outbreak. Keywords: Vaccinia virus. bovine smallpox. Orthopoxviruses. Zoonosis. Southeastern region of Brazil. INTRODUÇÃO O Vaccinia vírus é membro da família Poxviridae, pertencente ao gênero dos Orthopoxvirus, os vírus pertencentes a essa família tem como característica comum a tendência em produzir lesões cutâneas. São vírus complexos que se replicam no citoplasma celular de uma enorme variedade de hospedeiros vertebrados e invertebrados. O genoma desses vírus é constituído por DNA e potencialmente pode codificar cerca de 200 proteínas com diferentes funções, dentre elas, a replicação do DNA viral, a transcrição, a morfogênese da partícula, a interação aos hospedeiros e a evasão do sistema imune (MOSS, 2001; BULLER- PALUMBO, 1991). O Vaccinia vírus, foi utilizado como vacina para a campanha mundial de erradicação da varíola, devido à semelhança genética e antigênica entre o vírus causador da varíola o Orthopoxvirus variolae (SCHATZMAYR et al ., 2009) No Brasil, as campanhas de vacinação foram realizadas nas zonas rurais por equipes que se deslocavam de uma propriedade à outra, manipulando os frascos contendo a vacina viva com o vírus Vaccinia em altos títulos, sendo comum a não eliminação adequada dos materiais residuais, contendo restos do imunizante. Admite-se que estes procedimentos permitiram a implantação de amostras do Vaccinia vírus em ciclos naturais, pela infecção de animais reservatórios, como roedores silvestres, vindo a atingir posteriormente bovinos e pessoas que manejam estes animais. Tais informações sugerem que atualmente os roedores silvestres sejam considerados o reservatório animal da varíola bovina (ABRAHÃO et al., 2009; SCHATZMAYR et al ., 2009). Infecções pelo Vaccinia vírus podem ser caracterizadas como infecções zoonóticas ocupacionais pelo fato de acometerem seres humanos que trabalham diretamente com o bovino, os ordenhadores (LEITE et al., 2005). A mão dos ordenhadores e os equipamentos de ordenha constituem as principais formas de transmissão da poxvirose entre os bovinos, com a penetração do vírus nas Belo Horizonte, MG, v. 01, n.02, dezembro de 2011 25 soluções de continuidade da pele e mucosa dos animais, principalmente na região das tetas e úbere. A infecção dos humanos ocorre a partir das lesões existentes nos animais, durante o manejo e a retirada do leite dos bovinos havendo a necessidade de lesões na mão dos ordenhadores para a penetração viral (LANNA, 1980; LOBATO et al., 2005). As lesões causadas pelo vírus apresentam-se nas formas proliferativas, ulceradas ou em crostas. Quando os vírus atingem a pele, observa-se o desenvolvimento de eritema cutâneo característico, que se inicia com o aparecimento de pequenas manchas, as quais evoluem para vesículas, pústulas e crostas que terminam por cicatrizar (BREMAN; HENDERSON, 2002). Contudo o diagnóstico clínico geralmente não é suficiente, tornando-se necessário estabelecer um diagnóstico laboratorial específico através: 1) Demonstração da partícula viral, do antígeno viral ou do ácido nucléico; 2) Demonstração do anticorpo antiviral; 3) Visualização das inclusões intracitoplasmáticas; 4) A soroneutralização contribui para a identificação das amostras isoladas, pois possibilita a diferenciação do ortopoxvírus de outros gêneros da família Poxviridae 5) microscopia eletrônica de macerados dos espécimes clínicos sendo feita uma contrastação negativa com ácido fosfotungstico a 2% para visualizar as estruturas características dos Orthopoxvirus (LOBATO et al., 2005; DA FONSECA et al., 2002; TRINDADE et al., 2003). A reação em cadeia da polimerase (PCR) constitui uma das principais técnicas de diagnóstico molecular na determinação dos agentes etiológicos das poxviroses, em especial para os gêneros Orthopoxvirus (CUMMINGS et al., 2004). A ocorrência dos surtos relacionados ao Vaccinia vírus é um fato especialmente relevante, visto que um número cada vez maior de pessoas não tem imunidade contra esses vírus, pois não foram vacinados durante a campanha de vacinação contra a varíola que terminou há cerca de 30 anos atrás. Essa ausência de imunidade pode criar uma oportunidade para a disseminação desses vírus no mundo. Além disso, o isolamento cada vez mais freqüente desses vírus em diferentes regiões brasileiras reforça a hipótese de que o Vaccinia vírus está circulando no país, no meio selvagem e em áreas rurais, e que esses vírus parecem ser endêmicos (LEITE et al., 2005). Ao circularem na população humana, estes poxvírus podem desenvolver alguns tipos de adaptações, como o aumento de patogenicidade e transmissibilidade, sendo estes efeitos altamente deletérios ao homem. (FERREIRA et al., 2008). Os surtos relacionados ao Vaccinia vírus são extremamente relevantes para a economia leiteria no Brasil, uma vez que, o leite originado de animais contaminados torna-se impróprio para consumo, favorecendo assim importante impacto econômico. Ainda, do ponto de vista de saúde pública estes surtos contribuem negativamente na qualidade de vida dos indivíduos afetados por essa zoonose (FERREIRA et al., 2008; LEITE et al., 2005). Belo Horizonte, MG, v. 01, n.02, dezembro de 2011 26 Pretende-se com essa revisão realizar uma meta-análise do Vaccinia vírus e novas variantes virais na região Sudeste do Brasil, no período de 2000 a 2009. Além de identificar fatores de risco associados à doença, analisar o caráter sazonal do Vaccinia vírus na região Sudeste do Brasil, alertar sobre a importância da notificação dos novos casos e sugerir medidas sanitárias contribuindo para prevenção da doença. METODOLOGIA Os estudos incluídos nesta revisão foram selecionados por meio de buscas nos bancos de dados PubMed, Scielo, Lilacs, Medline, utilizando os seguintes descritores: Vaccinia vírus, varíola bovina, Orthopoxvirus,zoonoses e região sudeste do Brasil a coleta de dados do período a ser observado nesse estudo foi de artigos publicados entre o ano de 2000 a 2009, sendo selecionados os artigos de interesse nos idiomas Português, Inglês e Espanhol. Realizou-se uma leitura dos títulos dos artigos encontrados como forma de pré-seleção dos mesmos. Em seguida foi feita a leitura dos resumos a fim de selecionar os artigos a serem lidos integralmente. Todos aqueles que abordaram o tema Vaccinia vírus na região sudeste do Brasil foram qualificados como possíveis fontes desta revisão. Os artigos identificados pela estratégia de busca foram avaliados em termos dos critérios de inclusão: (1) Descrição do Vaccinia vírus e/ou variantes virais na região sudeste do Brasil (2); Infecção Humana zoonótica por Vaccinia vírus e/ou variantes do vírus, (3) Fatores de risco endemia e epidemia do vírus; (4) Surtos caracterizados como problema econômico e problema de saúde publica. Não foram incluídos nesse estudo: (1) Artigos que não relatam infecção humana zoonótica por Vaccinia vírus e/ou variantes do vírus. (2) Estudos que não abrangem a região sudeste do Brasil. RESULTADOS E DISCUSSÃO A consulta bibliográfica realizada neste estudo apresentou resultado final de 11 artigos, sendo sete de língua inglesa e quatro de língua portuguesa, referente ao período de 2000 a 2009. Os primeiros relatos de surto iniciaram-se na Zona da Mata de Minas Gerais em 2000. Desde esses primeiros casos na Zona da Mata de Minas Gerais, relatos de surtos relacionados ao Vaccinia vírus têm sido descritos em toda a região sudeste do Brasil (Tabela 01). Belo Horizonte, MG, v. 01, n.02, dezembro de 2011 27 Tabela 01: Relatos de surtos relacionados ao Vaccinia vírus descritos na região sudeste do Brasil. Fonte: De autoria própria. 2011 De acordo com os artigos analisados as áreas de ocorrência dos surtos são semelhantes entre si, caracterizada por propriedades rurais (Fazendas e/ou propriedades agrícolas) com diversos cultivos, pastagens e cercadas por área silvestre. Observa-se ainda proximidade das propriedades acometidas pelo surto do Vaccinia vírus (Figura 01). Belo Horizonte, MG, v. 01, n.02, dezembro de 2011 28 FIGURA 01- Localização dos surtos de vaccinia vírus oficialmente relatados na região Sudeste de Brasil. Fonte: http://www.brasilescola.com/brasil/a-regiao-sudeste.htm - Modificado>. Acesso em: 09 maio 2011. Considerando a quantidade de surtos relatados e o número de propriedades (Fazendas e/ou propriedades agrícolas) analisadas nos artigos desse estudo, verifica-se que os surtos encontram-se predominantes no estado de Minas Gerais (Figura 02). FIGURA 02 - Prevalência dos Surtos de Vaccinia vírus nos Municípios localizados na Região Sudeste do Brasil. Fonte: De autoria própria, 2011. Belo Horizonte, MG, v. 01, n.02, dezembro de 2011 29 Considerando-se que o estado de Minas Gerais é responsável por cerca de um terço da produção nacional de leite, a investigação dos aspectos epidemiológicos relacionados aos surtos de varíola bovina, bem como a rápida detecção e identificação dos agentes virais envolvidos, são importantes para minimizar a transferência e a disseminação da doença (DAMASO et al., 2000; TRINDADE et al., 2003; NAGASSE-SUGAHARA et al., 2005). De acordo com as analises dos artigos, um total de 266 indivíduos foram acometidos nos surtos relatados. Todos os indivíduos declaram trabalhar diretamente com o gado e terem contato direto com o animal que possuía lesão característica da doença (Figura 03). FIGURA03 - Quantidade de Indivíduos acometidos nos surtos de Vaccinia vírus na região Sudeste do Brasil. Fonte: De autoria própria, 2011 Os surtos na região Sudeste do Brasil acometeram 2.269 animais (Gado bovino leiteiro) (Figura 04) contribuindo de forma significativa para perda econômica, gerada tanto com a queda na produção de leite quanto com o gasto com o tratamento (medicamentos, honorários de médicos veterinários). Belo Horizonte, MG, v. 01, n.02, dezembro de 2011 30 FIGURA 04 - Gado Bovino Leiteiro Acometido nos surtos de Vaccinia vírus na região Sudeste de Minas Gerais. Fonte: De autoria própria, 2011. A partir dos dados epidemiológicos obtidos observou-se tendência à sazonalidade, com concentração dos casos nos meses de Maio a Agosto, que coincidiu com o período de seca. No período de estação seca há possibilidade de maior ocorrência de traumatismos nas tetas, pois a pele pode apresentar-se ressecada, aumentando o número das soluções de continuidade e abrindo caminho para infecção viral (DAMASO et al., 2000; SCHATZMAYR et al., 2000; TRINDADE et al., 2003). Entre as observações de infecções humanas zoonóticas verifica-se que os indivíduos acometidos, relatavam em comum realizarem ordenha manual, sem o uso de medidas de proteção tendo contato direto com as tetas e úberes de vacas que apresentavam lesões ulceradas (Figura 05). Belo Horizonte, MG, v. 01, n.02, dezembro de 2011 31 FIGURA 05- A: Sinais clínicos típicos de varíola bovina observados nos seres humanos durante os surtos, lesões caracterizadas pela formação de pequenas vesículas na fase inicial e lesões em forma de crostas e feridas erosivas B: Sinais clínicos típicos de varíola bovina observados nos animais. Fonte: Trindade, 2003; Lobato, 2005 Adaptado. Todos os diagnósticos laboratoriais, realizados a partir de material coletado dos surtos na região Sudeste do Brasil, confirmam o envolvimento de um orthopoxvirus, mais precisamente o Vaccinia vírus. De acordo com os artigos analisados, entre as medidas de controle que devem ser adotadas, os autores destacam a separação dos animais doentes, linha de ordenha e higiene da ordenha. O uso de luvas de borracha deve ser incentivado. A introdução de animais no rebanho deve ser acompanhada por uma rigorosa inspeção nas tetas dos animais, buscando lesões compatíveis com doença (DAMASO et al., 2000; SCHATZMAYR et al., 2000; TRINDADE et al., 2003; FERREIRA et al., 2008) De acordo com os autores uma ferramenta muito importante no controle desta doença é o nível de informação do médico veterinário e dos proprietários das fazendas e/ou propriedades agrícolas, ou seja, o conhecimento da possibilidade de ocorrência desta doença e suas características, facilitando assim o diagnóstico precoce dentro de uma propriedade ou área geográfica e possibilitando a aplicação de medidas de prevenção. Belo Horizonte, MG, v. 01, n.02, dezembro de 2011 32 Campanhas de esclarecimento sobre a varíola bovina nas áreas rurais, principalmente para os ordenhadores, focando os meios de contaminação da doença, medidas de prevenção e cuidados com os animais doentes devem ser incentivadas (DA FONSECA et al., 2002, TRINDADE et al., 2003; FERREIRA et al., 2008; LEITE et al., 2005). CONCLUSÃO O número de casos de varíola bovina em seres humanos tem sido descrito em toda a região sudeste do Brasil, Contudo apenas uma fração vem sendo demonstrada nos trabalhos publicados sobre este tema. Considera-se que maior atenção deve ser dada aos casos desta zoonose. Os casos de "varíola bovina" acarretam grandes prejuízos econômicos e a ocorrência da doença nos seres humanos, deixa clara a necessidade de investigação e de investimento dos órgãos federais e estaduais de vigilância sanitária da saúde humana e animal no acompanhamento destes surtos. Os pacientes infectados são trabalhadores rurais que normalmente não procuram serviço médico por tratar-se de uma doença autolimitada, ou quando o fazem, são na sua grande maioria subdiagnosticados sendo os casos suspeitos não investigados nem notificados. REFERÊNCIAS: ABRHÃO et al. One More Piece in the VACV Ecological Puzzle: Could Peridomestic Rodents Be the Link between Wildlife andBovine Vaccinia Outbreaks in Brazil? PLoS ONE Med.,v.4,p.1-7 Out 2009. BREMAN, J.G.; HENDERSON, D.A. Diagnosis and management of smallpox. New Engl. J. Med., v.346, p.1300-1308, 2002. BULLER, R., M., L.; PALUMBO, G. J. Poxvirus Pathogenesis. Microbiological Reviews, v. 55, n. 1, p. 80-122, mar. 1991. CUMMINGS, J. F. et al. Lack of vaccinia viremia after smallpox vaccination. Clin. Infect. Dis., v. 38, p. 456-458, 2004. DAMASO, C. R. A. et al. An emergent Poxvirus from humans and cattle in Rio de Janeiro State: Cantagalo virus may derive from brazilian smallpox vaccine. Journal of General Virology, v. 277, p. 439-449, 2000. DAFONSECA, F. G. Characterization of a vaccinia-like virus isolated in a Brazilian forest. Journal of General Virology, v. 83, p. 223-228, 2002. DONATELE D. M. et al. Epidemiologia da poxvirose bovina no Estado do Espírito Santo, Brasil. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci., São Paulo, v. 44, n. 4, p. 275-282, 2007. Belo Horizonte, MG, v. 01, n.02, dezembro de 2011 33 FERREIRA, J.M.; ABRAHÃO, J.S.; DRUMOND, B.P.; OLIVEIRA, F.M.; ALVES, P.A.; PASCOAL-XAVIER, M.A.; LOBATO, Z.I.; BONJARDIM, C.A.; FERREIRA, P.C.; KROON, E.G. Vaccinia virus: shedding and horizontal transmission in a murine model. Journal of General Virology, v.89, n.12, p.2986-2991, 2008. LANNA, M. C.Propriedades biológicas dos poxvírus silvestres Cotia e BeAn58058 isolados no Brasil. Dissertação (Mestrado em Microbiologia) – Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais, 1980 LEITE, J. A. et al. Passatempo virus, a vaccinia virus strain, Brazil. Emerging Infectious Diseases, v. 11, n. 2, p. 1935-1938, dez. 2005. LOBATO, z.i.p. et al. Surto de varíola bovina causada pelo vírus Vaccinia na região da Zona da Mata Mineira. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., Belo Horizonte, v. 57, n. 4, Aug. 2005. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010209352005000400001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 10 Out. 2010. MOSS b. Poxviridae: the viruses and their replication. In: Knipe, DM; Howley, PM Fields Virology. 4.ed. Philadelphia: Linppincott Williams & Wilkins, 2001. NAGASSE-SUGAHARA T. k. et al. Human vaccinia-like virus outbreaks in São Paulo and Goiás states, Brazil: Virus detection, isolation and identification Rev. Inst. Med. Trop. S. Paulo 46 (6): 315-322, November-December, 2004. SCHATZMAYR, HERMANN G. et al. Infecções humanas causadas por poxvirus relacionados ao vírus vaccinia no Brasil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba, v.42, n.6, Dec. 2000. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003786822009000600012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 Out. 2010. SCHATZMAYR, HERMANN. G. et al. Animal infections by vaccinia-like viruses in the state of Rio de Janeiro: An expanding disease Pesq. Vet. Bras. 29 (7): 509-514, julho 2009. TRINDADE, G. S. et al. Araçatuba Virus: A vaccinialike virus associted with infection in humans and cattle. Emerging Infectious Diseases, n. 9, p. 155-160, 2003. Belo Horizonte, MG, v. 01, n.02, dezembro de 2011 34