Franqueado DECRETO LEGISLATIVO No 52288/63 unicef Nº 94 - Brasília, dezembro 2007 UNICEF/HQ05-1553/Susan Markisz Por uma infância livre do HIV Car@ radialista, É muito bom estar de volta ao Rádio pela Infância. Ainda em clima de 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids, aproveito para lembrar o quanto é importante protegermos nossos meninos e meninas dos riscos da aids. Você sabia que mais de 15 mil crianças e adolescentes vivem com HIV/aids no Brasil? A maioria delas contraiu o vírus durante a gestação, na hora do parto ou na amamentação. É o que os médicos chamam de transmissão vertical, quando o vírus passa da mãe para o filho. Essa forma de transmissão pode ser quase totalmente evitada, se a mulher recebe a devida assistência médica e o tratamento adequado. Mas, para isso, todas as mães precisam ter acesso a exames de pré-natal, ao teste de HIV e aos serviços de saúde necessários ainda durante a gravidez. Quanto mais cedo a mãe fizer o teste, menores serão as chances de transmitir o vírus para o bebê. Por isso, amig@ radialista, a sua contribuição é fundamental. Pelo rádio, você tem o poder de levar informações sobre a aids aos seus ouvintes. Ajude a sensibilizar gestantes e profissionais da área de saúde sobre a importância de se fazer o exame logo no início do pré-natal. Só assim é possível proteger nossas crianças do HIV. Um grande beijo, Daniela Mercury Mônica recebe título de Embaixadora do UNICEF no Brasil UNICEF/BRZ/Samir Baptista A personagem Mônica, dos quadrinhos de Mauricio de Sousa, é a mais nova Embaixadora do UNICEF no Brasil. Amada e querida pelos brasileiros, Mônica foi escolhida pela influência que exerce sobre crianças, professores e famílias. Ao longo de mais de 44 anos, a personagem tem ajudado a transmitir valores como a amizade, a importância da educação e da convivência familiar e comunitária. Com a nomeação, Mônica ajudará o UNICEF a defender os direitos das crianças, usando uma linguagem que permita a meninos e meninas entenderem melhor os direitos a educação, saúde, proteção e carinho. Mauricio de Sousa, criador da Mônica, recebeu o título de Escritor do UNICEF para as Crianças. O UNICEF no Brasil conta também com o apoio de Daniela Mercury e Renato Aragão, ambos embaixadores, e do piloto Felipe Massa, Campeão do UNICEF para as Crianças Brasileiras. O PROJETO RÁDIO PELA INFÂNCIA TEM APOIO DA Prevenção no pré-natal Fazer o teste de HIV durante a gravidez reduz riscos de transmissão do vírus da mãe para o bebê Assim, mesmo que não tenha o vírus, a mulher aprende a se proteger de doenças sexualmente transmissíveis. Para enfrentar a transmissão vertical no Brasil, o UNICEF tem empreendido diversas ações, entre elas, os seminários de Prevenção da Transmissão Vertical e da Sífilis, em 14 Estados do Norte e do Nordeste brasileiro, e o treinamento de mais 750 profissionais dessas regiões para a testagem rápida do HIV e sífilis. Diferenças Regionais Patrícia Nascimento Delorme Com a adoção de testes de HIV para gestantes em grande parte do País, o Ministério da Saúde conseguiu reduzir a média nacional de transmissão vertical para aproximadamente 8%. Porém, continua alta nas regiões Norte e Nordeste (12% e 15%, respectivamente), onde grande parte das gestantes não faz o teste de HIV. A maioria das crianças brasileiras de até 12 anos que vivem com HIV/aids contraiu o vírus durante a gestação, o parto ou a amamentação. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 500 bebês são infectados no Brasil, a cada ano. Mas a transmissão vertical do HIV, como é conhecido esse tipo de contágio, pode ser evitada se a futura mãe tiver acesso ao teste de HIV e aos serviços de saúde durante a gravidez. Só assim é possível oferecer às gestantes soropositivas a orientação e o atendimento de que elas precisam para se cuidar e proteger o bebê. Nesse caso, ainda não existe cura para a futura mãe, mas, com o tratamento adequado, ela pode conviver bem com a doença e as chances de o bebê contrair o HIV são muito próximas de zero. Desprotegidas Muitas gestantes passam pela gravidez sem nenhum tipo de exame preventivo. Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde revelou que 38% das mulheres grávidas de todo o País não fizeram testes anti-HIV no ano passado. Um dado preocupante, já que a estimativa é de que aproximadamente 240 mil mulheres em idade reprodutiva vivem com o HIV. E o mais grave: a maior parte delas não sabe que é soropositiva. Sem prevenção, aproximadamente uma de cada quatro gestantes infectadas com algum tipo de doença sexualmente transmissível passa a doença para o filho antes, durante ou após o parto. Daí a importância de realizar exames preventivos em todas as mulheres grávidas, logo nos primeiros meses de gestação. O teste anti-HIV é gratuito e confidencial. Outros exames também estão disponíveis nos postos de saúde. Quem faz o teste também participa de uma palestra de aconselhamento. Na tentativa de mudar esse quadro, o ministério lançou, em outubro, o Plano Nacional de Redução da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis. A iniciativa, que conta com o apoio do UNICEF, vai ajudar governos estaduais e municipais a aumentar a oferta de testes de HIV/aids e de sífilis durante o atendimento pré-natal. A meta é garantir que, até 2011, 90% das gestantes façam esses exames antes do parto. Para isso, o governo federal vai repassar 16 milhões de reais por ano aos Estados e municípios. De olho na sífilis Você sabia que a sífilis também pode ser transmitida de mãe para filho durante a gravidez? A cada ano, cerca de 12 mil bebês contraem a doença. Em boa parte dos casos, a mulher não apresenta nenhum tipo de sintoma. Por isso, é importante fazer o teste de sífilis durante o pré-natal. Com o diagnóstico e tratamento adequados da gestante e do parceiro, é possível garantir a saúde do bebê. Como fica a amamentação? Mães que vivem com o HIV não devem amamentar, pois o vírus pode ser transmitido para o bebê. Nesse caso, o mais indicado é que a criança receba alimento especial, em substituição ao leite materno. A mãe também pode procurar a ajuda de um banco de leite. Lá, o leite coletado passa por um processo de pasteurização e não oferece riscos. Mas não é recomendado que outra mulher dê de mamar à criança, já que qualquer pessoa com vida sexual ativa está sujeita aos riscos da aids. Notícias para o Locutor Todos devem proteger as crianças do HIV Organizações, profissionais de saúde e poder público garantem a saúde dos bebês Dividindo responsabilidades Referência em atendimento O Programa Nacional de DST e Aids, do Ministério da Saúde, e o UNICEF estão promovendo seminários nos Estados, desde maio deste ano, para discutir a situação da transmissão vertical do HIV e da sífilis. A prioridade foi dada às regiões Norte e Nordeste, que têm as maiores taxas de infecção de mãe para filho. Belém, Rio Branco, Manaus, Boa Vista e Macapá foram as primeiras capitais a receber os encontros. Em Nergis Dias outubro e novembro, os seminários ocorreram em São Luís, Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Palmas e Teresina. Para 2008, o objetivo é discutir a transmissão vertical do HIV e da sífilis nos demais Estados da Região Nordeste. Quem participa desses seminários são profissionais de saúde, representantes das Coordenações Estaduais de DST e Aids, da Funasa e dos governos municipais e estaduais. Juntos, eles devem identificar dificuldades e elaborar um plano de trabalho para reduzir o número de casos em que as mães transmitem o vírus para o bebê durante a gravidez, o parto ou a amamentação. Além disso, 750 profissionais já foram capacitados na realização do teste rápido do HIV e da sífilis. Com essa iniciativa, o UNICEF e o Programa Nacional de DST têm estimulado Estados e municípios a capacitar suas equipes de saúde e aumentar a oferta de testes anti-HIV durante a gravidez, como parte do exame pré-natal. O que você pode comentar Dados do Ministério da Saúde revelam que, embora 96% das gestantes brasileiras passem pelo menos por uma consulta pré-natal durante a gravidez, 38% delas não têm acesso ao teste de HIV. Os Estados e municípios têm obrigação de oferecer esse tipo de serviço de graça. Quando isso não acontece, a comunidade precisa se mobilizar para fazer valer seus direitos. Sugestão de Pauta Todas as gestantes da sua região têm acesso ao atendimento pré-natal? Onde elas podem fazer o teste anti-HIV? Existem hospitais ou postos de saúde que oferecem esse serviço? Conscientize a comunidade sobre a importância do teste e cobre providências da Secretaria de Saúde, caso os exames preventivos não sejam oferecidos. Contato Programa Nacional de DST e Aids, Cristine Ferreira Tel: (61) 3448 8110 www.aids.gov.br Há mais de dez anos, o Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira, o Imip, trabalha para prevenir a transmissão do HIV de mãe para filho. O hospital, que fica no Recife, em Pernambuco, foi a primeira instituição a receber o título de Hospital Amigo da Criança e, hoje, é considerado uma referência nacional na luta contra a aids. Tudo graças ao bom atendimento oferecido a gestantes e crianças soropositivas. No Instituto, as futuras mães são incentivadas a fazer o teste de HIV logo na primeira consulta pré-natal. Mas, antes de passar pelo exame, todas elas recebem aconselhamento para saber mais sobre o HIV/aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Quando o resultado do teste é positivo, a gestante é automaticamente encaminhada para tratamento adequado. A partir daí, ela passa a ser acompanhada por uma equipe de médicos, psicólogos e assistentes sociais que vão garantir a saúde dela e do bebê antes, durante e depois do parto. O que você pode comentar Um dos segredos do sucesso desse trabalho feito pelo Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira é a boa formação dos profissionais de saúde. Com uma equipe capacitada, fica mais fácil levar às futuras mães informações sobre HIV/aids. O atendimento de gestantes soropositivas exige muito cuidado, atenção e sensibilidade. Por isso, preparar médicos, enfermeiros, psicólogos e agentes de saúde é fundamental. Sugestão de Pauta Como anda a formação dos profissionais que lidam com gestantes em seu município? Será que eles estão preparados para combater a transmissão vertical do HIV? Convide representantes da Secretaria de Saúde para debater essas questões com seus ouvintes. Contato Imip - Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira, Dr. Edivaldo Souza. Tel: (81) 2122 4702 www.imip.org.br Receba gratuitamente o spot sobre a importância da testagem de HIV e sífilis durante o pré-natal. Basta mandar uma mensagem para [email protected] e aguardar o envio pela internet. Você também pode visitar a seção multimídia do site www.unicef.org.br, onde há vários spots disponíveis para veiculação gratuita. Bom trabalho! Apóie a Campanha de Natal do UNICEF Quem compra cartões e presentes do UNICEF ajuda a garantir saúde, educação e proteção a milhares de crianças brasileiras. Você, radialista, que tem acesso à Internet, também pode ajudar, divulgando nossa campanha de vendas de Natal. Basta baixar gratuitamente o spot que anuncia a venda de cartões e presentes. O spot tem 30 segundos de duração e poderá ser usado nos intervalos da sua programação. O material está disponível no site www.unicef.org.br, na seção multimídia. Dica para a família Pré-natal é um direito da gestante e do bebê A saúde da mãe e do bebê depende muito da qualidade do pré-natal. Durante as consultas, o médico acompanha mês a mês as mudanças que ocorrem no corpo da mulher e da criança. Por isso, é importante que toda gestante faça, no mínimo, seis consultas durante a gravidez. ESPAÇO DO RADIALISTA “Sou apresentador do programa A Voz da Fetase e, sempre que possível, colocamos no ar campanhas sobre temas ligados ao direito das crianças e adolescentes. Os spots do Rádio pela Infância têm ajudado bastante nosso trabalho. Gostamos muito do material, porque ele tem uma linguagem simples e direta com informações Barroso Guimarães Rádio Jornal de Sergipe importantes pra os nossos Aracaju - SE ouvintes que vivem no campo. E quando o rádio traz um assunto de interesse, não tem outra, a comunidade participa.” “Três vezes por semana, colocamos no ar, aqui na Rádio Rural de Santarém, o programa Para Ouvir e Aprender. O programa faz parte do Projeto Rádio Pela Educação que tem levado o rádio para as escolas de Santarém e de Belterra. Todo o nosso trabalho está voltado para a questão dos direitos da criança e do adolescente. E o Rádio pela Infância tem sido um ótimo suporte para as nossas produções.” Rosa Rodrigues “Os temas abordados no Rádio pela Infância têm tudo a ver com a nossa realidade, aqui no Semi-árido baiano. Além de usar as informações do boletim, a gente procura complementar o trabalho pesquisando os assuntos e adaptando as pautas para o cotidiano da nossa região. É assim que estamos tentando levar mais conhecimento e mais educação para melhorar a vida das nossas crianças.” Mero Lopes Rádio Sertão FM Valente - BA Escreva também para o Espaço do Radialista. Fale do seu trabalho, envie sugestões e críticas. Queremos saber o que você tem a dizer! Mande um e-mail para [email protected]. Rádio Rural de Santarém Santarém – PA Expediente Edição Heloisa d’Arcanchy (Oscip Escola Brasil), Pedro Ivo Alcntara (UNICEF) Reportagem Ana Cláudia Costa Revisão Heloisa d’Arcanchy (Oscip Escola Brasil) Impressão Gráfica Relevo Serviços Diagramação RV Comunicação Integrada Tiragem 5.700 exemplares Produzido por: OSCIP Escola Brasil SRTVN Quadra 702 sala 4033 Edifício Brasília Rádio Center Brasília DF - 70.719-900 Caixa Postal 2490 - 70.849-970 Telefone: (61) 3202 1720 [email protected] unicef Fundo das Nações Unidas para a Infância SEPN 510 Bloco A 2º andar Brasília – DF – 70.750-521 Tel: (61) 3035 1900 Fax: (61) 3349 0606 [email protected]