1º G31-VL M Esta prova contém 4 B 18/03/09 questões. INSTRUÇÕES: Verifique se sua prova está completa. Preencha corretamente todos os dados solicitados no cabeçalho. Resoluções e respostas somente a tinta, azul ou preta. Utilize os espaços determinados para respostas, não ultrapassando seus limites. Evite rasuras e o uso de corretivos. Resoluções com rasuras ou corretivo não serão revisadas. Resoluções e respostas que estiverem a lápis não serão corrigidas. Boa prova! 01 – As conferências do pós-guerra, realizadas em 1945, reuniram os chamados “Três Grandes” (Estados Unidos, União Soviética e Grã-Bretanha) e resultaram no esboço de uma bipartição geopolítica da Europa, que se consolidaria nos anos seguintes. A Conferência de Yalta remodelou as fronteiras soviéticas, referendando a incorporação de territórios que pertenceram, no entre-guerras, à Polônia e à Romênia. Na prática, ela também referendou a anexação dos Estados Bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia) ocorrida em seguida ao Pacto Germano-Soviético de 1939. Desse modo, a União Soviética recuperou as fronteiras do Império Russo, retomando áreas perdidas na Primeira Guerra Mundial. Além disso, a Conferência de Yalta aceitou a exigência do ditador soviético Joseph Stalin de constituição de governos comandados pelos comunistas na Polônia, Checoslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária, Iugoslávia e Albânia. O leste europeu passava a funcionar como área de influência soviética. MAGNOLI, Demétrio. O Espaço Europeu da Guerra Fria - 2002 Quais foram os principais pontos acordados durante a Conferência de Yalta? (2,0) 02 - Leia atentamente a notícia a seguir: O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, apresentou nesta quarta-feira a líderes da União Européia "um documento sobre as reformas mais importantes para a criação de um novo Bretton Woods". Ao chegar à sede do Conselho Europeu, em Bruxelas, onde os governantes do bloco iniciaram uma cúpula de dois dias, Brown defendeu a necessidade de uma "reconstrução da arquitetura financeira internacional" para adaptar a economia às mudanças mundiais e pediu que a União Européia lidere o caminho. "Essa reconstrução pede exatamente a mesma visão que mostramos nos anos 40, quando criamos o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Mundial e a ONU (Nações Unidas)", afirmou. Brown propõe, por exemplo, que as 30 principais instituições financeiras multinacionais sejam supervisionadas por colégios internacionais em vez da supervisão individual realizada hoje por reguladores nacionais. A iniciativa do primeiro-ministro britânico conta com o apoio da França, que ocupa a presidência rotativa da União Européia."No momento em que vimos que as agências de classificação (de risco) não funcionam como deveriam e que o FMI não pôde jogar o papel forte que esperávamos, seria irresponsável não pensar em uma conferência mundial para enfrentar todos esses problemas", disse o primeiro-ministro francês, François Fillon, ao chegar à reunião. "Não é necessário se deter à localização geográfica nem às condições históricas de Bretton Woods", acrescentou Fillon. Em seu discurso aos demais governantes europeus, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, defendeu a criação de "uma nova forma de capitalismo, baseada em valores que coloquem as finanças a serviço das empresas e dos cidadãos, não o contrário". Também o ministro espanhol de Economia, Pedro Solbes, se disse favorável à iniciativa, mas afirmou que "qualquer revisão do sistema financeiro internacional tem que contar com um apoio muito sólido dos principais atores da economia mundial". "Se formos capazes de adotar uma posição européia clara, acredito que poderemos jogar um papel muito importante no futuro do sistema financeiro internacional, como jogamos na solução da crise", afirmou Solbes. Ciente disso, Brown disse querer convocar uma reunião do G8, o grupo dos oito países mais industrializados, com a participação de economias emergentes como Brasil, China, Índia e África do Sul, que seria realizada em novembro ou dezembro.A idéia de negociar com outros países uma reforma "real e completa" do sistema financeiro internacional deve constar, nesta quinta-feira, da declaração final da cúpula européia. BBC Brasil – 15/10/2008 Com base na notícia anterior e nas discussões em sala de aula, responda: a) Explique sucintamente o que foi a conferência de Bretton Woods. (1,0) b) Analise o significado do seguinte trecho no texto: (2,0) "Não é necessário se deter à localização geográfica nem às condições históricas de Bretton Woods". c) Que acontecimento recente teria motivado o discurso do primeiro-ministro britânico, defendendo a criação de um novo Bretton Woods? (1,0) 3 – Julgue V (verdadeiro) ou F (falso) as proposições a seguir: (2,0) ( ) O FMI e o BIRD foram criados com o intuito de reconstruir o mundo do pós 2º Guerra Mundial na Conferência de São Francisco, em abril de 1945. ( ) Sob a hegemonia da URSS, foram criados o COMECON em 1949 e o Pacto de Varsóvia em 1955. ( ) As noções sobre os conceitos de desenvolvimento e subdesenvolvimento começam a ser utilizadas somente após a Segunda Guerra Mundial. ( ) São exemplos de países subdesenvolvidos industrializados: Índia, Uruguai, Indonésia, Bulgária, Egito, México, Israel e Nova Zelândia. 04 - Itamaraty aposta em discussão sobre reforma na ONU A diplomacia brasileira aposta todas as fichas em uma discreta negociação sobre a reforma do Conselho de Segurança, que começou nas Nações Unidas neste mês. Diante da oportunidade aberta, o governo trabalha para restaurar a unidade do grupo que ambiciona uma cadeira permanente Alemanha, Japão, Brasil e Índia, o chamado G4 - e para aliciar os 53 países da África na montagem de uma proposta única de reforma. Nessa estratégia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá o papel de reforçar a tese da ampliação do Conselho em foros internacionais como o G20, que se reunirá em Londres no início de abril. O desafio esteve arquivado por quatro anos, desde a fracassada tentativa do G4 de apresentar aos 193 membros da ONU sua proposta de reforma do Conselho. Desta vez, o modelo adotado pela Assembleia-Geral anima o Itamaraty. Não se trata mais da discussão de um grupo de trabalho ou de uma confraria de especialistas, mas de um debate informal no plenário da Assembléia Geral. Esse mesmo formato resultou, em 2006, na criação do Conselho de Direitos Humanos da ONU. A posição do G4, embora encontre o apoio de diversos membros, encontra também resistência declarada de outros. A Índia tem oposição do Paquistão, país com que mantém um conflito há décadas devido à disputa pela região da Caxemira. A Alemanha tem oposição da Itália e o Brasil não conta com o apoio da Argentina e do México, que questionam a liderança brasileira no contexto latino-americano. No caso do Japão a situação é mais complicada e pode colocar a perder todo o esforço diplomático dos 4 países. A China é contra a participação do Japão, sob alegação de o país ter cometido diversos crimes contra o povo chinês durante a invasão da Manchúria e a Segunda Guerra Mundial. O que de fato está em jogo é a disputa pela hegemonia na região do Pacífico. Por essa razão, caso a ampliação do Conselho de Segurança seja aprovado na Assembléia Geral, a China declarou que fará uso de seu poder de veto. Ao derrubar o Japão, derruba todo o G4. A pretensão brasileira de atuar como membro permanente no Conselho tem a idade da ONU, 63 anos. O tema ganhou o topo da prioridade da política exterior nas duas vezes em que o embaixador Celso Amorim conduziu o Itamaraty - entre 1993 e 1994, no governo Itamar Franco, e desde 2003, na administração Lula. Boa parte da extensa agenda de visitas do chanceler e do próprio Lula nos últimos anos, sobretudo para a África, responde a esse objetivo. Desde o final da Guerra Fria e do fim da URSS, tem-se discutido a possibilidade de ampliação do Conselho de Segurança da ONU. Segundo defensores dessa idéia, a ordem mundial atual tem outra configuração. A bipolaridade que marcou o período da Guerra Fria foi substituída pela multipolaridade econômica em que novos atores assumem importância decisiva na reordenação do poder mundial. O Estado de São Paulo – 12/01/2009 A notícia acima traz a idéia de uma reforma do Conselho de Segurança da ONU. Descreva resumidamente a atual estrutura, destacando suas principais atribuições e a quantidade de países que o compõem. (2,0)