Profª Drª Deborah Quintanilha Falcão [email protected] modelar a cinética de liberação melhorar a absorção aumentar a estabilidade do fármaco vetorizar para uma determinada população celular Liberação do fármaco de maneira dirigida ou concentrada a uma região do corpo, tecido ou sítio de absorção ou ação. LIBERAÇÃO CONTROLADA Sistemas que mantêm algum controle temporal ou espacial (ou ambos) na liberação de fármacos no organismo. VETORIZAÇÃO Liberação temporal (velocidade) Liberação espacial (local) = Molécula do fármaco TUMOR LIBERAÇÃO EXCLUSIVA DO FÁRMACO A TIPOS ESPECÍFICOS DE CÉLULAS Características: LIBERAÇÃO CONTROLADA VETORIZAÇÃO a eficácia terapêutica, com liberação progressiva e controlada do fármaco Controlar e direcionar o fármaco no organismo ↓ toxidade e efeitos indesejáveis Administração segura e conveniente Incorporação de substâncias hidro- e lipofílicas • Oral • Nasal • Parenteral (intravenosa, intramuscular, subcutânea) • Tópica • Oftálmica MAGIC BULLET (Paul Ehrlich) OS ATIVOS ESTÃO LONGE DESTE DESENHO O ATIVO É LOCALIZADO DE FORMA PRECISA NO LOCAL DA AÇÃO NANOTECNOLOGIA “Nanotecnologia é o estudo, design, criação, síntese, manipulação e aplicação de materiais funcionais, dispositivos e sistemas através do controle da matéria em nível nanonométrico (1-100 nanômetros), isto é , em nível atômico e molecular, e a exploração de novos fenômenos e propriedades da matéria nesta escala”. Especificamente quando esta tecnologia é aplicada às Ciências da Vida recebe o nome de Nanobiotecnologia Engenharia Mecânica Engenharia Elétrica Informática Física Nanotecnologia Nanotecnologia Ciências dos Materiais Química Biologia Farmácia Medicina Engenharias Informática Física Nanotecnologia Nanobiotecnologia Ciências dos Materiais Química Biologia 1 nm = 10-9 m PRODUTOS NO MERCADO Bergmann, 2007. Nanomedicina: Nanofarmacos. II Escola de Nanociência e Nanotecnologia da UFRJ. Sistemas bifásicos Gotículas dispersas entre 20 e 200 nm Transparentes ou translúcidas quando observadas a olho nu, mostrando um reflexo azulado Potencial como promotor da absorção de fármacos, tanto em nível tópico, como oral, aumentando a biodisponibilidade substâncias pouco hidrossolúveis Nanoreatores para polimerizações de Solans et al. Current Opinion in Colloid and Interface Science, 10, 102-110. 2005. Sistemas onde as fases aquosa e oleosa coexistem, em escala quasi molecular, apresentando microdomínios, de pequenas dimensões (da ordem de 10 a 50 nm). Trasparência Baixa viscosidade Muito apreciadas como promotores de absorção, de uso tópico e oral. Li et al. International Journal of Pharmaceutics, 288, 27–34. 2005. Capazes de promover a solubilização da substância ativa, sua liberação nos sítios de absorção e finalmente sua biodisponibilidade Estruturas bicontínuas Nome popular: “Botão de ouro” ou “saquinho” Uso popular: “Irritação da pele” e diversos tipos de câncer Inédita cientificamente Etnofarmacologia Fitoquímica Antioxidante Atividades Farmacológicas Antimicrobiana Antiviral – Herpes 1 e 2 Toxidade Mutagenicidade Citotoxidade Fototoxidade Irritação ocular e cutânea in vivo Fitoquímica Nanoemulsão Conceitos de formulação Microemulsão - EHL - Diagrama de Fases Nome comercial Nome Químico Fornecedor Ondina 68® Óleo de parafina Shell Óleo de rícino Óleo de rícino Cooper Óleo de girassol Óleo de girassol Alban Muller International Cetiol S® Dioctilcicloexano Cognis Eutanol G® Octildodecanol Cognis M.O.D.® Miristato de octildodecila Etilato de dietilenoglicol Estudo de solubilidade Seleção da fase oleosa Óleo de parafina, Transcutol P® e LAS® Transcutol P® Óleo de parafina Fase lipofílica Labrafil M 2125 CS® L.A.S.® PEG-6 ésters de óleo de milho PEG-8 de glicerídeos caprílico/cáprico Gattefossé Gattefossé Gattefossé Gattefossé Características Óleo mineral, emoliente. Óleo vegetal, emoliente. Óleo vegetal, emoliente, carreador de princípios ativos, diluente e emulsionante. Agente emoliente Agente emoliente, lubrificante, bom carreador de princípios ativos em soluções oleosas. Emoliente Solvente sintético Óleo hidrofílico, solvente, cosurfactante, veículo em dispersões oleosas. Surfactante oleoso líquido de alto poder solubilizante Órgãos Reguladores USP/NF, EP e BP USP/NF, EP, BP e JP BP EP GP JPED USP/NF e EP USP/NF, FP, JP e EP USP/NF e EP Metodologia do E.H.L. crítico → Seleção dos tensoativos (TA / CoTA) Óleo de parafina ----- 20% 1:4, 2:3, 3:2 e 4:1 TA + CoTA ----------- 5% Água destilada ------ 75% Grupo Nome comercial Nome Químico Fornecedor Características Órgãos reguladores E.H.L. Dehymuls SMS® Monoestearato de Sorbitano Cognis Emulsionante lipofílico USP/NF, BP 4,7 Eumulgin SMS 20® Sorbitanomonoestearato de polioxietileno 20 Henkel Emulsionante hidrofílico GP 14,9 Brij 72® PEG-2 éter de estearila Uniqema Emulsionante lipofílico FDA 4,9 Brij 78® PEG-20 éter de estearila Uniqema Emulsionante hidrofílico FDA 15,3 Dehymuls SMO® Oleato de sorbitano Cognis Emulsionante lipofílico USP/NF, BP 4,3 Eumulgin SMO 20® PEG-20 oleato de sorbitano Henkel Emulsionante hidrofílico USP/NF, BP, EP, GP. 15,0 Brij 92® PEG-2 éter de oleíla Uniqema Emulsionante lipofílico USP/NF 4,9 Brij 96® PEG-10 éter de oleíla Uniqema Emulsionante hidrofílico USP/NF 12,4 A B C D Diâmetro médio (nm) (EHL = 11,3) 125 122,5 120 117,5 115 112,5 110 107,5 105 102,5 100 97,5 95 92,5 90 87,5 85 82,5 80 77,5 75 72,5 70 67,5 65 62,5 60 TA/CoTA = 10% TA/CoTA = 12,5% TA/CoTA = 15% 15 17,5 20 22,5 25 27,5 Óleo de parafina (%) Zona de nanoemulsão 30 32,5 35 Diâmetro médio (nm) Extrato de flores 5% 125 122,5 120 117,5 115 112,5 110 107,5 105 102,5 100 97,5 95 92,5 90 87,5 85 82,5 80 77,5 75 72,5 70 67,5 65 62,5 60 TA/CoTA = 10% TA/CoTA = 12,5% TA/CoTA = 15% 15 17,5 20 22,5 25 27,5 Óleo de parafina (%) Tamanho: 45,46 ± 3,64 nm 30 32,5 35 Fórmula final Dehymuls SMS® ----------------------------------------- 5,25 % Eumulgin SMS 20® -------------------------------------- 9,75 % Óleo de parafina ----------------------------------------- 17,5 % Extrato etanólico de flores -------------------------------- 5 % Nipazol® ----------------------------------------------------- 0,2 % Nipagin® ---------------------------------------------------- 0,2 % Transcutol® ------------------------------------------------- 5,0 % Água destilada -------------------------------------------- 57,1 % Baixa viscosidade Spray Aplicação no corpo ou nas mãos Roll on Aplicação labial TA/CoTA = 1 TA/CoTA = 1,25 TA/CoTA = 1,5 Microemulsão Características macroscópicas Características microscópicas Base Emulsão límpida, transparente. Raio laser atravessa sem sofrer refração Extrato Emulsão amarela escura, límpida, semitransparente. Raio laser atravessa sem sofrer refração Formulação final Extrato etanólico de flores de C. chelidonioides --- 5 % L.A.S.®/Plurol® diisoesteárico -------------------------- 24 % Óleo de parafina ------------------------------------------ 65 % Água destilada -------------------------------------------- 6 % ˃ Biodisponibilidade tópica ˃ Passagem transdérmica Células de difusão de Franz Epiderme Derme Hipoderme (Adaptado de: Martini, 2003. Introduction à la dermopharmacie et à la cosmétologie. Paris:Lavoisier, 410 p). • Vias transepidérmicas 1-via transcelular; 2-via intercelular • Vias dos anexos cutâneos 3-via folicular; 4-via sebácea; 5-via sudorípara Guidance document for the conduct of skin absorption studies (OECD, 2004) Avaliação da passagem transdérmica → 24 horas Pele de porco → Orelha → ± 3 cm2, espessura entre 1,5 e 2,5 mm Integridade da barreira cutânea Células de Franz Concentração de verbascosídeo: No extrato → 14,5% 80 Tecido alvo (epiderme): Verbascosídeo (%) . 70 • Microemulsão → 51,3 mg/mL • Nanoemulsão → 21,1 mg/mL 60 50 40 30 CLAE-DAD 20 10 0 Lavagem Verbascosídeo Estrato córneo Epiderme Extrato / MeOH Derme Nanoemulsão Liq. Recep. Microemulsão Concentração de verbascosídeo: No extrato → 14,5% Tecido alvo (epiderme): • Microemulsão → 51,3 mg/mL • Nanoemulsão → 21,1 mg/mL Atividade anti HSV do Verbascosídeo HSV-2 ACVr → CE50 = 16,7 mg/mL Citotoxidade → CC50 > 200 mg/mL SC SC SC Ep Ep Ep HF HF De De HF De EFL em metanol Controle → Metanol Verbascosídeo SC SC Ep Ep HF HF De Nanoemulsão De Microemulsão ˃ Manilkara subsericea (Sapotaceae) “Guracica” ˃ Neomitranthes obscura (Myrtaceae) Dysdercus peruvianus ˃ Ocotea notata (Lauraceae) “Canela-branca” GARRETT et al. Antiherpetic activity of a flavonoid fraction from Ocotea notata leaves. Brazilian Journal of Pharmacognosy, 22(2), 306-313, 2012. ˃ Eugenia sulcata (Myrtaceae) ”Murtinha” LIMA et al. Chemical composition of essential oils and anticholinesterasic activity of Eugenia sulcata Spring ex Mart. Latin American Journal of Pharmacy, 31, 152-155, 2012. Herpes simplex (HSV) 120 a 200nm Extrato Hexânico dos frutos Extrato Etanólico de folhas − Marcadores Químicos FERNANDES et al. Latin American Journal of Pharmacy, 30, 1631-1634, 2011. Extrato Hexânico dos frutos Extrato Etanólico de folhas − Marcadores Químicos − Atividades biológicas • Inseticida1 • Acetilcolinesterase2 • Antiviral – HSV tipos 1 e 2 1FERNANDES et al. Laboratory evaluation of the Manilkara subsericea (Mart.) Dubard extracts and triterpenes on development of Dysdercus peruvianus and Oncopeltus fasciatus. Pest Management Science, 2012 (In Press). 2FERNANDES et al. Anticholinesterasic activity of Manilkara subsericea (Mart.) Dubard triterpenes. Latin American Journal of Pharmacy, 30, 1631-1634, 2011. Extrato Hexânico dos frutos Desenvolvimento das Nanoemulsões Extrato Hexânico dos frutos Sem extrato 55,3 nm ± 0,5 IP: 0,199 ± 0,008 P. Zeta: -28,18 mV ± 2,16 Com extrato 50,2 nm ± 0,4 IP: 0,174 ± 0,011 P. Zeta: -25,22 mV ± 1,72 Nanoemulsão (NE) Extrato Hexânico dos frutos Atividade inibitória sobre o HSV tipos 1 e 2 Percentual de Inibição Viral 100,00% 80,00% Extrato 60,00% NE com ext 40,00% NE bco 20,00% 0,00% HSV-1S Nanoemulsão (NE) HSV-2S CE50* (µg/mL) HSV-1S HSV-2S Extrato 4,62 - NE com ext 53,48 10,55 *CE50: Concentração que inibe 50% da replicação viral. Óleos essenciais Cymbopogon citratus (Poaceae) 6 unidades de D(+)-glicopiranose = α-ciclodextrina 7 unidades de D(+)-glicopiranose = β-ciclodextrina 8 unidades de D(+)-glicopiranose = g-ciclodextrina NANOESFERAS Monolíticas NANOPARTICULAS NANOCÁPSULAS Reservatório OBS.: micropartículas: > 1mm nanopartículas: < 1 mm Morfologia (MET) Nanopartícula (PCL) b-ciclodextrina (CyD) Polímeros Policaprolactona (PCL) Poli(L-lactídeo-co-glicolídeo) (PLGA) Estudo de Estabilidade EE % PCL PLGA 7 dias 15 dias 30 dias 60 dias 30,58 ± 1,73 29,55±1,27 27,72±4,92 27,02±3,05 22,73±1,56 22,21±1,02 21,61±0,83 21,26±2,61 NP + óleo essencial NP Bco (a) (b) PCL 259,3 ± 5,9 nm; PI: 0,273 (a) 271,9 ± 8,1 nm; PI: 0,217 (b) PLGA 230,9 ± 3,6 nm; PI: 0,140 231,0 ± 5,1 nm; PI: 0,256 100,00 90,00 Óleo essencial (%) 80,00 70,00 PCL 60,00 PLGA 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 0 Tampão pH 6,8 500 1000 Tempo (min) 1500 2000