Natal, RN ___/___/2014 Aluno: N° Série Turma Turno 9° PROFESSOR: CIÊNCIAS APOSTILA COMPLEMENTAR 3 TRIMESTRE EMERSON ATOMÍSTICA "Se, em algum cataclisma, todo o conhecimento científico for destruído e só uma frase puder ser passada para a próxima geração, qual seria a afirmação que conteria maior quantidade de informação na menor quantidade de palavras? Eu acredito que seria a hipótese atômica de que todas as coisas são feitas de átomos..." Richard Feynman (1918-1988) em The Feynman Lectures on Physics a) Feche os olhos e tente pegar no seu estojo, contendo vários materiais uma borracha. Você conseguirá pegá-la? b) Apalpe seu dedo indicador. Você consegue “sentir” como é o formato dos ossos? c) Cite algo que conhecemos indiretamente, sem tê-lo visto ou tocado? OS ÁTOMOS EXISTEM? Frequentemente os cientistas se defrontam com algo que não está diretamente acessível aos nossos sentidos. O mundo atômico é um exemplo. Em razão de seu tamanho extremamente reduzido, não podemos enxergar os átomos. Se fosse possível enfileirar átomos ao longo de uma régua de 10 cm, conseguiríamos colocar ali 1 bilhão de átomos. Mesmo com os melhores microscópios eletrônicos, é impossível vê-los, mas sabemos que eles existem. Como sabemos, então, de sua existência, se não podemos vê-los? Nem sempre é preciso ver algo para saber que ele existe. Considere, por exemplo, uma caixa de sapatos bem vedada, dentro da qual foi colocado um objeto. Sem abrir a caixa, sabemos que ela contém algo, pois quando balançamos, percebemos que há um objeto em seu interior. Mas como saber o que há lá dentro? Hum, isso é mais difícil? Podemos pegar a caixa na mão, balançá-la, atravessá-la com um pedaço de arame, olhá-la através da luz, medir sua massa etc., mas não podemos olhar o seu interior. Podemos fazer uma série de observações e, em função delas, elaborar uma hipótese sobre o conteúdo da caixa, ou ao menos sobre a forma desse conteúdo. As observações devem facilitar nossa tarefa, e é até possível que consigamos descobrir o que há dentro da caixa, porém, certeza final só virá mesmo quando abrirmos a caixa, se isso for possível, e olharmos seu interior. Desta forma, podemos destacar que, o átomo se parece muitas vezes com algo colocado em uma caixa de sapatos bem fechada, cujo conteúdo só podemos conhecer indiretamente. (Adaptado de: Silva Júnior, César da. Ciências: entendendo a natureza. São Paulo: Saraiva, 2001.) UM POUCO DE HISTÓRIA Era uma vez... Leucipo de Mileto e Demócrito de Abdera, que viveram na Grécia por volta de 400 a. C., eles foram os primeiros a desenvolver a ideia de que toda matéria é composta de partículas invisíveis e indivisíveis que se agrupam. A essas partículas eles deram o nome de átomo. A palavra átomo deriva do grego Atomos que significa indivisível. Por volta do século XIX, os cientistas puderam não só comprovar a existência do átomo, como também entender melhor sua estrutura, sempre indiretamente, sem contar com a visão direta. Constataram que o átomo é divisível em partículas ainda menores. Ainda no século XIX descobriu-se que existem diversos tipos de átomos. É a combinação desses diferentes tipos de átomos que forma todo o universo que conhecemos. DESVENDANDO O MUNDO ATÔMICO OS MODELOS DE REPRESENTAÇÃO – MODELOS ATÔMICOS Ao longo do tempo, vários cientistas fizeram observações acerca do átomo, sugerindo propostas de modelos para representá-los. Um modelo é um conjunto de hipóteses elaboradas para explicar determinado fenômeno. Vamos agora iniciar nossa jornada... O MODELO DE JOHN DALTON – Bolas de Bilhar (1808) Quem primeiro deu tratamento científico ao estudo do átomo foi o inglês John Dalton (1766-1844). Baseado em experimentos e em observações em laboratório, Dalton revelou a primeira ideia concreta sobre o átomo. Ele resgatou a ideia do átomo como uma pequena esfera, com massa definida e propriedades características. Um conjunto de átomos com a mesma massa e tamanho apresenta as mesmas propriedades e constitui um elementos químico. Dessa maneira, ele poderia explicar as reações químicas pelo arranjo de átomos, que seriam, para ele, as menores partículas indivisíveis que constituem a matéria. O átomo, ainda segundo Dalton era considerado uma esfera maciça e indestrutível. Com tais características o modelo atômico de Dalton foi comparado com uma bola de bilhar. Dalton acreditava que havia vários tipos de átomos. O átomo que forma o fósforo seria totalmente diferente daquele que forma o oxigênio, que por sua vez seria distinto do que forma o oxigênio. Isso explicaria a constituição diferente dos vários elementos químicos. MODELO ATÔMICO DE THOMSON – PUDIM COM PASSAS Na década de 1850 os ingleses Geissler e Crookes, desenvolveram um tubo de descarga para investigar a condução de corrente elétrica em gases rarefeitos. Como resultado obteve um feixe luminoso (raio catódico), que nada mais era do que trajetória deixada por elétrons. Em 1887, o cientista inglês Joseph J. Thomson (1856-1940) conseguiu demonstrar que o átomo é divisível, utilizando uma aparelhagem denominada tubo de raios catódicos. Segundo Thomson, o átomo seria uma esfera maciça e positiva com as cargas negativas (elétrons) distribuídas, ao acaso, na esfera. A quantidade de cargas positivas e negativas seria igual e dessa forma o átomo seria eletricamente neutro. O modelo proposto por Thomson ficou conhecido como "pudim com passas". MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD O cientista Ernest Rutherford, nascido na Nova Zelândia, propôs um modelo atômico baseando-se em experimentos com radioatividade. Em seu tempo já se sabia que átomos radioativos, como urânio, polônio, emitiam uma certa radiação invisível, composta, basicamente de partículas alfa, partículas beta e radiação gama. As partículas alfa são pesadas, com massa equivalente à de 4 átomos de hidrogênio e carga elétrica positiva. Para verificar se os átomos eram maciços, Rutherford bombardeou uma finíssima lâmina de ouro (0,0001 cm) com as partículas alfa do elemento radioativo polônio (Po). Com este experimento ele observou que as partículas alfa atravessavam a lâmina em linhas retas, mas algumas se desviavam e espalhavam-se num anteparo fluorescente (figura 01). Figura 1 Experimento usado por Rutherford para observar o comportamento das partículas radioativas. Ao concluir seu experimento, Rutherford tirou uma série de conclusões que estão dispostas no quadro a seguir. OBSERVAÇÃO CONCLUSÃO A maior parte do átomo seria vazia. Nesse A maioria das partículas α (alfa) atravessava espaço (eletrosfera) devem estar localizados a lâmina sem sofrer desvios. os elétrons. Poucas partículas α (alfa) não atravessavam Deve existir no átomo uma pequena região na qual está concentrada sua massa (o a lâmina e voltavam. núcleo). Algumas partículas α (alfa) sofriam desvios O núcleo do átomo deve ser positivo, o que provoca uma repulsão nas partículas alfa de trajetória ao atravessar a lâmina. (positivas). Desta forma para Rutherford um átomo é composto por um pequeno núcleo carregado positivamente e rodeado por uma grande eletrosfera, que é uma região envolta do núcleo que contém elétrons. No núcleo está concentrada a carga positiva e a maior parte da massa do átomo. MODELO ATÔMICO DE BÖHR O cientista dinamarquês Niels Böhr propôs algumas alterações ao modelo de Rutherford, em 1913. Sugeriu que os elétrons girariam ao redor do núcleo em órbitas circulares, chamadas de níveis ou camadas. Esse modelo de Böhr, que ficou conhecido como modelo de Rutherford-Böhr, também é chamado como “modelo planetário”, pois lembra o Sistema Solar, com os vários planetas girando ao redor do Sol. Figura 2 Modelo Atômico de Rutherford-Böhr Características do modelo de Rutherford-Böhr Cada elemento químico teria quantidades específicas de prótons e elétrons; As órbitas circulares distribuíam-se em sete camadas, denominandoas (K, L, M, N, O, P e Q); Cada camada contém um número máximo de elétrons. Quando um elétron passa a um nível superior ele absorve energia e, retornando ao nível original emite/libera energia na forma de um quantum ou fóton. Camadas Número máximo de elétrons K 2 L 8 M 18 N 32 O 32 P 18 Q 2 É HORA DE PRATICAR!!! 01) Uma importante contribuição do modelo de Rutherford foi considerar o átomo constituído de: a) elétrons mergulhados numa massa homogênea de carga positiva. b) uma estrutura altamente compactada de prótons e elétrons. c) um núcleo de massa desprezível comparada com a massa do elétron. d) uma região central com carga negativa chamada núcleo. e) um núcleo muito pequeno de carga positiva, cercada por elétrons. 02) (UnB-DF) O entendimento da estrutura dos átomos não é importante apenas para satisfazer à curiosidade dos cientistas: possibilita a produção de novas tecnologias. Um exemplo disso é a descoberta dos raios catódicos, feita pelo físico William Crookes, enquanto estudava as propriedades da eletricidade. Tal descoberta, além de ter contribuído para um melhor entendimento a respeito da constituição da matéria, deu origem aos tubos de imagem de televisores e dos monitores dos computadores. Alguns grandes cientistas que contribuíram para o entendimento da estrutura do átomo foram: Bohr (1885- 1962), Dalton (1766-1844), Rutherford (1871-1937) e Linus Pauling (1901-1994). Com relação à estrutura da matéria, julgue os itens seguintes (Verdadeiro ou Falso): ( ) Ao passar entre duas placas eletricamente carregadas, uma positivamente e outra negativamente, as partículas alfa desviam-se parao lado da placa negativa. ( ) O átomo é a menor partícula que constitui a matéria. ( ) Cada tipo de elemento químico é caracterizado por um determinado número de massa. ( ) O modelo atômico que representa o comportamento do elétron na forma orbital é o de Rutherford-Bohr. 03) Os raios catódicos são constituídos de: a) elétrons b) ânions c) cátions d) prótons e) nêutrons CARACTERÍSTICAS DAS LETRAS QUE ESCREVEM O ALFABETO DA NATUREZA – OS ÁTOMOS. NÚCLEO ATÔMICO Número Atômico (Z) Em 1913, ao realizar experiências de bombardeamento de vários elementos químicos com raios X, o cientista Moseley percebeu que o comportamento de cada elemento químico estava relacionado com a quantidade de carga positiva existente no seu núcleo. Dessa forma, o número de prótons identifica e caracteriza cada um dos átomos, cada um dos elementos químicos. O número atômico (Z) de um átomo corresponde ao seu número de prótons. Exemplos: Ferro Z = 26 Cobre Z = 29 Hidrogênio Z = 1 Elemento Químico é um conjunto de átomos que apresentam o mesmo número atômico. Atualmente, são conhecidos 118 elementos químicos, sendo 90 naturais e os restantes produzidos em laboratório pelo ser humano. Mas o que explica a existência dessa variedade tão grande de substâncias ou materiais no mundo? A resposta, na verdade, é bem simples. Vamos fazer uma comparação. Quantas palavras podemos escrever com as 27 letras do alfabeto? Podemos escrever um número enorme de palavras, com as letras que representam os sons do nosso idioma; outras tantas, com as que representam sons utilizados nos outros idiomas; ou até mesmo combiná-las aleatoriamente, de modo que não tenham sentido nenhum. Mas o que nos interessa é a ideia de agrupar. Cada grupamento de letra tem um sentido e uma função diferentes, quando os grupos forem diferentes. Na natureza ocorre exatamente a mesma coisa. Só que as letras da natureza são os átomos. Com os 118 tipos diferentes de átomos existentes, que se agrupam de diferentes maneiras, são formados os diferentes materiais ou substâncias que conhecemos: vidro, plástico, cera, algodão. Número de Nêutrons (n) Essas partículas descobertas em 1932 por Chadwick, durante experiências com material radioativo, estão localizadas no núcleo e apresentam massa muito próxima à dos prótons, mas são desprovidas de carga elétrica. O número de nêutron (n) indica a quantidade de nêutrons no núcleo atômico. Número de massa (A) O número de massa (A) é a soma do número de prótons (p) e do número de nêutrons (n) presentes no núcleo de um átomo. O número de massa pode, então, ser determinado pela fórmula: A=p+n Ou A=Z+n Adaptado de: educação uol. Maria Silva Abrão O número de massa é, na verdade, o que determina a massa de um átomo, pois os elétrons são partículas com massa desprezível, não tendo influência significativa na massa dos átomos. Exercício de Fixação Cálcio Cloro Argônio Z = 20 Z = 17 Z = 18 A = 40 A = 35 n = 22 ÍONS, CÁTIONS E ÂNIONS Durante o primeiro trimestre, estudamos que os átomos são eletricamente neutros, pios possuem quantidades equivalentes de elétrons e prótons. Estudamos ainda que, os prótons localizados no núcleo estão fortemente ligados, do qual não podem ser removidos com facilidade. Somente com o aparecimento dos aceleradores de partículas é que os cientistas puderam romper os núcleos atômicos e arrancar deles prótons, nêutrons e outras partículas. Quer saber mais sobre os aceleradores de partículas? Leia o Box 1. Os elétrons por sua vez, estão conectados ao átomo de modo mais frouxo e podem ser retirados com relativa facilidade. Lembram da eletrização por atrito? Um simples atrito poder ser suficiente para movimentar elétrons nas camadas. Com base nos estudos da eletricidade, sabemos que, quando um átomo perde elétrons, ele deixa de ser eletricamente neutro e transforma-se numa partícula carregada positivamente. Quando ele ganha um elétron ele, por sua vez, passa a ser um partícula carregada negativamente. Dizemos, então, que o átomo está ionizado, que transformou-se em um íon. ÍON Nome dado ao átomo que perdeu ou ganhou elétrons. Para diferenciar os íons positivos dos íons negativos, usamos os termos CÁTIONS (íons positivos) e ÂNIONS (íons negativos). Costuma-se representar um íon pelo símbolo do elemento químico, com a carga elétrica que ele adquiriu. BOX 1 O que são os aceleradores de partículas? São equipamentos complexos usados para uma missão "bem simples": investigar do que o mundo é feito. Eles ajudam os cientistas a descobrir quais são os ingredientes básicos na composição de todos os materiais que conhecemos. O primeiro acelerador de partículas foi criado pelo físico britânico Ernest Rutherford em 1911. Ele usou uma fonte radioativa para lançar partículas alfa contra uma fina camada de ouro. Ao redor desse obstáculo, uma chapa de sulfeto de zinco servia como um detector 3 , capaz de revelar a trajetória das partículas que atravessavam os átomos de ouro. Entretanto, Rutheford percebeu que algumas partículas "ricocheteavam" ao esbarrar em componentes ainda menores dos átomos de ouro. Foi isso que levou à descoberta de que o átomo era subdividido em elétrons, prótons e nêutrons. Os aceleradores atuais usam o mesmo princípio. Com eles os cientistas já identificaram que prótons e nêutrons são subdivididos em quarks. O desafio agora é provar a existência das partículas de Higgs, que, teoricamente, seriam os elementos fundamentais que compõem todas as coisas. AUTÓDROMO PARTÍCULAS DE Veja como vai funcionar o maior acelerador do mundo, o LHC, um mega túnel em forma de anel Exemplos de Cátions Íon Hidrogênio H Íon Sódio Na + + + Íon Potássio K Íon de alumínio Al +3 Exemplos de Ânions -2 Íon de Oxigênio O Íon de Cloro Cl - Íon de Enxofre S -2 NOTAÇÃO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS Antes de qualquer coisa, vocês devem ter percebido no item anterior que, os elementos químicos são representados por uma simbologia específica. Mesmo sabendo que o número de elementos é pequeno frente aos milhões de substâncias químicas conhecidas, é necessária uma forma objetiva para representá-los. Cada elemento químico é representado por um símbolo único e exclusivo. Muitos elementos têm seus símbolos derivados da primeira letra, como por exemplo, o hidrogênio (H) ou das duas primeiras letras, exemplo, Hélio (He) de seus nomes. Porém, os nomes dos elementos em português derivam, de um modo geral, dos nomes latinos ou latinizados e devem ser considerados substantivos comuns, por isso são grafados com inicial minúsculas. Ver quadro abaixo. 1- O Grande Prêmio das partículas começa nos injetores. Prótons de átomos de hidrogênio ganham velocidade ao percorrer quatro pequenos aceleradores, um em linha reta e três circulares. Quando atingem 19 mil km/s, são injetados no LHC - sigla em inglês para Grande Colisor de Hádrons (partículas feitas de quarks). 2- Em forma de anel, o LHC tem dois túneis subterrâneos, que funcionam como pistas de 27 km para a corrida dos prótons. Em cada túnel corre um feixe de prótons, em sentidos opostos. Os túneis são mantidos a vácuo, para que "retardatários" como partículas de oxigênio ou nitrogênio do ar - não fiquem no caminho. 3- Ao longo dos túneis existem cavidades de radiofreqüência onde rola um campo eletromagnético bem forte. Como os prótons são partículas positivamente carregadas, eles recebem um empurrão extra cada vez que passam pelas cavidades. Isso acelera os prótons a uma velocidade final de 300 mil km/s! 4- Como se trata de um "circuito oval", os prótons sofrem a ação da força centrífuga, que os joga na direção da parede. Para eles não "baterem no muro", perdendo velocidade, o LHC conta com 1746 ímãs poderosos. Os imãs exercem uma força magnética perpendicular ao movimento dos prótons e os ajudam a fazer as curvas. 5- Em quatro pontos do LHC, as duas pistas viram uma só para forçar uma colisão entre os prótons. Nome em Português Símbolo Nome em Latim Ouro Au aurium Cálcio Ca calcium Potássio K kalium Mercúrio Hg hidragyrium Cobre Cu cuprum Prata Ag argentum Oxigênio O oxys Agora sim, vamos para a notação. Para representar um átomo, ou seja, um elemento químico costuma-se escrever, ao lado do seu símbolo, seu número atômico e seu número de massa. Os prótons que vêm de um lado batem nos que vêm na contramão e se despedaçam em partículas menores, como quarks e fótons. A energia liberada é tão grande que os cientistas também esperam ver a formação das partículas de Higgs. 6- Nos pontos de colisão há quatro detectores, dois deles gigantes - o Atlas e o CMS. As partículas de Higgs são instáveis e duram um milionésimo de bilionésimo de segundo, antes de virarem outras partículas. Como um filme fotográfico, as paredes dos detectores servem para registrar tudo o que se forma após as trombadas. 7- Os sensores do LHC fornecerão dados 40 milhões de vezes por segundo! Toda essa informação será filtrada para aproveitar os dados de "só" cem colisões por segundo. Em um ano, serão armazenados 15 milhões de gigabytes em dados. Milhares de cientistas no mundo ajudarão a analisar tudo. FICHA TÉCNICA DO LHC ou PROFUNDIDADE A Massa De 50 a 175 m, o equivalente a um prédio de 38 andares, na parte mais funda. Z Prótons ENERGIA CONSUMIDA Exemplos: 800 mil MWh por ano, o suficiente para abastecer uma cidade de 250 mil habitantes no mesmo período. ÁREA OCUPADA 56,6 km2, ou 35 vezes o Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Com base no exemplos acima, pode-se afirmar que, trata-se do átomo ou elemento químico Zinco contendo 30 prótons, número de massa igual a 65 e 35 nêutrons. VELOCIDADE PARTÍCULAS DAS Um bilhão de km/h, 400 mil vezes mais rápido que um caça F-15 ou 99,99% da velocidade da luz Fonte: Adapt. Tarso Araújo Editora Abril Considere o elemento químico abaixo: a) Como ele se chama? b) Quantos prótons ele tem? c) Quantos nêutrons? FENÔMENOS ATÔMICOS ISOTOPIA É o fenômeno no qual os átomos apresentam o mesmo número de prótons, mas quantidades diferentes de nêutrons. Estes átomos são chamados de Isótopos. Em geral, todos os elementos químicos contem isótopos. ISOBARIA São átomos que apresentam diferentes números atômicos, mas mesmo número de massa. Átomos esses denominados de isóbaros. ISOTONIA Podemos ainda encontrar na natureza elementos químicos distintos, que têm números de massa diferentes, mas o mesmo número de nêutrons. Esses átomos recebem o nome de isótonos. Átomos de potássio 39 e cálcio 40 são isótonos: Observem que, o número de nêutrons do potássio é 20 (A= Z +n) e igual número para o cálcio. É HORA DE PRATICAR: 1- Entre os átomos seguintes, quais são isótopos, isóbaros e isótonos? 2- O Átomo X tem dois nêutrons a menos que o átomo Y. Qual o número de massa A? MASSA ATÔMICA A massa atômica é o valor médio dos números de massa de um elemento químico, considerando-se as proporções dos isótopos desse elemento existentes na natureza. Dessa forma, qual o número de massa do cloro? Como ele tem dois isótopos, o cloro 35 e o cloro 37, a massa atômica dele é 35,453. Assim, não estranhe quando aparecerem números quebrados para representar massa atômica de um elemento. MASSA MOLECULAR A massa molecular é a soma das massas atômicas de um composto, levando-se em conta a quantidade de cada elemento presente nesse composto. Como exemplo, vamos calcular a massa da molécula de água. As massas atômicas dos elementos são dadas abaixo: Massa atômica do hidrogênio = 1; Massa atômica do oxigênio = 16. Sabemos que a fórmula da molécula de água é representada por 2 átomos de hidrogênio e 1 átomo de oxigênio (H2O). Dessa forma, sua massa molecular é: H2O (2 x 1) + 16 = 18 Assim: A massa molecular (m.m) da água é igual a 18. É HORA DE PRATICAR: Encontre a massa molecular dos seguintes compostos: a) H2O2 b) H2SO4 c) NaOH d) Ca(OH)2 e) CaCl2 f) Ba(OH)2 g) SO2 h) C6H12O6 Considere as massas atômicas: H=1 S = 32 O = 16 Na = 23 Ca = 40 Ba = 137 Cl = 35,5 C = 12 A ELETROSFERA CAMADA OU NÍVEL É a região do átomo onde o elétron se move sem perder energia, indicando a distância que o elétron se encontra do núcleo, determinando assim a energia potencial do elétron. o Número Quântico Principal (n) Indica a camada em que o elétron se encontra. CAMADA K L M N O P Q n 1 2 3 5 6 7 4 SUBNÍVEL O trabalho de Böhr despertou o interesse de vários cientistas, um deles, Sommerfield, percebeu, em 1916, que as camadas obtidas por Böhr eram na verdade um conjunto de camadas mais finas e supôs então que os níveis de energia estariam divididos em regiões ainda menores, por ele denominadas subníveis de energia. Cada subnível foi identificado com uma letra: s, p, d ou f (letras relacionadas às palavras do inglês: sharp, principal, diffuse e fundamental; visto a descrição do comportamento de cada orbital). Existe uma ordem crescente de energia nos subníveis (s f...); Os elétrons de um mesmo subnível contêm a mesma quantidade de energia. O preenchimento da eletrosfera pelos elétrons em subníveis obedece à ordem crescente de energia definida pelo diagrama de Linus Pauling. 1s < 2s < 2p < 3s < 3p < 4s < 3d < 4p < 5s < 4d < 5p < 6s < 4f < 5d < 6p < 7s < 5f < 6d< 7p Cada um desses subníveis pode acomodar um número máximo de elétrons, ver quadro abaixo. DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA POR SUBNÍVEL Como num átomo o número de prótons (Z) é igual ao número de elétrons, conhecendo o número atômico, poderemos fazer a distribuição dos elétrons nos subníveis. Vejamos alguns exemplos. 1H 1s1 Nível 1 Camada K Nº de elétrons : 1 elétron 12Mg 1s2 Nível 1 2s2 2p6 3s2 Nível 2 Camada K Camada L N° de elétrons = 2 n° de elétrons = 8 Nível 3 Camada M n° de elétrons = 2 É HORA DE PRATICAR: 1. Faça a distribuição eletrônica em subníveis de energia: a) 9F b) 10Ne c) 15P d) 28Ni e) 56Ba 2. “Os implantes dentários estão mais seguros no Brasil e já atendem às normas internacionais de qualidade. O grande salto de qualidade aconteceu no processo de confecção dos parafusos e pinos de titânio, que compõem as próteses. Feitas com ligas de titânio, essas próteses são usadas para fixar coroas dentárias, aparelhos ortodônticos e dentaduras, nos ossos da mandíbula e do maxilar.” Jornal do Brasil, outubro 1996. Considerando que o número atômico do titânio é 22, sua configuração eletrônica será: a) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3 b) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 c) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 d) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d2 e) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 "O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele" São João Bosco REFERÊNCIAS http://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/atomos-1-eles-sao-as-letrasdo-alfabeto-que-escreve-a-natureza.htm http://www.unisalesiano.edu.br/encontro2007/trabalho/aceitos/PO2956240 8892.pdf http://www.agracadaquimica.com.br/quimica/arealegal/outros/210.pdf http://www.colegiomaededeus.com.br/revistacmd/revistacmd_v22011/artig os/a15_remc_cmdset2011.pdf http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-sao-os-aceleradores-departiculas SILVA JUNIOR, César, 1934 – Ciências: entendendo a natureza: a matéria e a energia – São Paulo: Saraiva, 2001. USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. Volume Único, Ed. Saraiva, 2001.