03/02/2014 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri *Conceitos básicos de ligação química, geometria molecular e teorias de ligação; Bacharelado em Ciência e Tecnologia Diamantina - MG - Ligações iônicas, covalentes e estruturas de Lewis; - Polaridade da ligação e eletronegatividade; - Estrutura de Lewis, ressonância e carga formal; - Forças e comprimentos das ligações covalentes; - Modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência; - Geometria molecular e polaridade; Profa. Dra. - Teoria da ligação de valência; Flaviana Tavares Vieira - Teoria dos orbitais moleculares. Ligação Iônica Ligação Covalente -O que é uma ligação química ? -Como e porque se forma uma ligação química ? 3 -A configuração eletrônica estável pode ser obtida de 2 maneiras: Transferência eletrônica → Ligação Iônica Compartilhamento eletrônico → Ligação Covalente 4 • Ligação química: é a força atrativa que mantém 2 ou mais átomos unidos. • Ligação covalente: resulta do compartilhamento de elétrons entre 2 átomos. Normalmente encontrada entre elementos não-metálicos. • Ligação iônica: resulta da transferência de elétrons de um metal para um não-metal. 5 • Ligação metálica: é a força atrativa que mantém metais unidos. 1 03/02/2014 • Localização dos elétrons em um átomo: representa-se os elétrons como pontos ao redor do símbolo do elemento. • O número de elétrons disponíveis para a ligação é indicado por pontos desemparelhados. • Geralmente coloca-se os elétrons nos 4 lados ao redor do símbolo do elemento. Elétrons são divididos entre internos e de valência. B: 1s2 2s2 2p1 [He] = 1s2 B: [He] 2s2 2p1 Valência = 2s2 2p1 Br: [Ar] 3d10 4s2 4p5 [Ar] = 3d10 Valência = 4s2 4p5 8 -Número de elétrons de valência de um átomo é igual ao número do grupo a que ele pertence. Estrutura de Lewis para Moléculas Poliatômicas 1. Contar o número total de elétrons de valência em cada átomo e determine o número total de pares de elétrons na molécula. 2. Escreva o símbolo químico dos átomos para mostrar sua posição na molécula. Preveja o arranjo mais provável usando padrões comuns e regras já conhecidas. 3. Colocar 1 par de elétrons entre cada par de átomos ligados. 4. Completar o octeto (ou dubleto, no caso do H) de cada átomo colocando os pares de elétrons remanescentes em torno dos átomos. Se não houver pares de elétrons suficientes, forme ligações múltiplas. 9 10 1. Some os elétrons de valência de todos os átomos. 2. Escreva os símbolos para os átomos a fim de mostrar quais átomos estão ligados entre si e unaos com uma ligação simples. • Complete o octeto dos átomos ligados ao átomo central. • Coloque os elétrons que sobrarem no átomo central. • Se não existem elétrons suficientes para dar ao átomo central um octeto, tente ligações múltiplas. 2 03/02/2014 • Esses são derivados da configuração eletrônica dos elementos com o número necessário de elétrons adicionados ou removidos do orbital mais acessível. • As configurações eletrônicas podem prever a formação de íon estável: • Mg: [Ne]3s2 • Mg+: [Ne]3s1 não estável • Mg2+: [Ne] estável não estável • Cl: [Ne]3s23p5 • Cl-: [Ne]3s23p6 = [Ar] estável -A regra do octeto explica as valências e estruturas de muitos compostos. -C, N e F, obedecem rigorosamente a regra. -Em alguns casos de compostos formados por P, S, Cl e outros não-metais podem fugir à regra. • Todos os gases nobres, com exceção do He, têm uma configuração s2p6. • Regra do Octeto: os átomos tendem a ganhar, perder ou compartilhar elétrons até que eles estejam rodeados por 8 elétrons de valência (4 pares de elétrons). • Cuidado: existem exceções à regra do octeto. • Existem 3 classes de exceções à regra do octeto: • moléculas com número ímpar de elétrons (radicais); • moléculas nas quais 1 átomo tem menos de 1 octeto, ou seja, moléculas deficientes em elétrons; • moléculas nas quais um átomo tem mais do que 1 octeto, ou seja, moléculas com expansão de octeto. 15 -Um radical é a espécie com 1 elétron desemparelhado: CH3., H3COO., H3CO., ClO., HCO., NO. N O N O -Um birradical tem 2 elétrons desemparelhados no mesmo átomo ou em átomos diferentes. -Os radicais degradam a camada de ozônio na atm, degradação de plásticos sob a radiação UV, altera membranas celulares, causam envelhecimento, impedem a replicação correta 17 do DNA e RNA. -É a maior classe de exceções. -Os átomos do 3º período em diante podem acomodar mais de 1 octeto. -Além do 3º período, os orbitais d são baixos em energia o suficiente para participarem de ligações e receberem a densidade eletrônica extra. -Ex.: o fósforo reage com quantidade limitada de cloro formando PCl3, mas em excesso forma PCl5. P4(g) + 6Cl2(g) → 4PCl3(l) PCl3(l) + Cl2(g) → PCl5(s) 18 3 03/02/2014 -Relativamente raro. -As moléculas com menos de um octeto são típicas para compostos dos Grupos 1A, 2A, e 3A. -Exemplo representativo: trifluoreto de boro (BF3), em que o átomo de boro tem 1 octeto incompleto. -Como o boro possui 3 elétrons na camada de valência, esperaria uma ligação iônica. -Ocorre pela promoção eletrônica do elétron para o orbital mais energético. 19 Atração entre partículas com cargas elétricas opostas: Lei de Coulomb Forças eletrostáticas ou coulômbicas. Formação de íons. 22 Sólido Iônico: é um conjunto de cátions e ânions empacotados em um arranjo regular. -NaCl: os íons sódio alternam-se com os íons cloreto e um grande número de íons opostamente carregados são alinhados nas 3 dimensões de átomos. 23 5 4 03/02/2014 Porque nosso esqueleto é composto por fosfato de cálcio? Uma energia considerável é necessária para produzir cátions e ânions a partir de átomos neutros. O abaixamento de energia global que leva á formação do sólido iônico deve-se à forte 25 atração entre os cátions e ânions que ocorre no estado sólido. Considere a reação entre o sódio e o cloro: Na(s) + ½Cl2(g) NaCl(s) DHºf = -410,9 kJ (a)O sólido original: arranjo ordenado de cátions e ânions. (b)Um golpe de martelo pode empurrar os íons para posições onde os cátions estarão próximos de outros cátions e ânions de outros ânions: há fortes forças repulsivas agindo. (c)Como resultado: o sólido quebra-se em fragmentos. • A reação é violentamente exotérmica. • Inferere-se que o NaCl é mais estável do que os elementos que o constituem. Por quê? • O NaCl forma uma estrutura regular na qual cada íon Na+ é circundado por 6 íons Cl-. • O Na perdeu 1 elétron para se transformar em Na+ e o cloro ganhou o elétron para se transformar em Cl-. Observe: Na+ tem a configuração eletrônica do Ne e o Cl- tem a configuração do Ar. • Similarmente, cada íon Cl- é circundado por 6 íons Na+. • Isto é, tanto o Na+ como o Cl- têm um octeto de elétrons circundando o íon central. • Há um arranjo regular de Na+ e Cl- em 3D. • Os íons são empacotados o mais próximo possível. • Não é fácil encontrar uma fórmula molecular para descrever a rede iônica. 5 03/02/2014 Cátion [C]x+ Íons de Metais de Transição • As energias de rede compensam a perda de até 3 elétrons. • Em geral, os elétrons são removidos dos orbitais em ordem decrescente de n (i.e. os elétrons são removidos do 4s antes do 3d). Ânion [A]y- Cy A x Íons Poliatômicos • Os íons poliatômicos são formados quando há uma carga global em um composto contendo ligações covalentes. Por exemplo: SO42-, NO3-. -São duros e quebradiços; Como se forma a ligação iônica no MgCl2? -Possuem altos pontos de fusão; -Possuem altos pontos de ebulição; -Conduzem corrente elétrica quando dissolvidos em água ou fundidos; -São solúveis em solventes polares. 34 • A formação de Na+(g) e Cl-(g) a partir de Na(g) e Cl(g) é endotérmica. • Por que a formação de Na(s) é exotérmica? • A reação NaCl(s) Na+(g) + Cl-(g) endotérmica (DH = +788 kJ/mol) 35 é • A formação de uma rede cristalina a partir dos íons na fase gasosa é exotérmica: Na+(g) + Cl-(g) NaCl(s) DH = -788 kJ/mol 6 03/02/2014 • Energia de rede: é a energia necessária para separar completamente 1 mol de um composto sólido iônico em íons gasosos. • A energia de rede depende das cargas nos íons e dos tamanhos dos íons: • A energia de rede aumenta à medida que: -As cargas nos íons aumentam -A distância entre os íons diminui k é uma constante (8,99 x 109 J m/C2), Q1 e Q2 são as cargas nas partículas, d é a distância entre seus centros. A ligação covalente ocorre quando ambos os átomos envolvidos na ligação química tendem a receber elétrons e, portanto, compartilham seus elétrons formando pares de elétrons compartilhados. Pares de elétrons ligantes -Quando uma ligação covalente se forma, os átomos compartilham elétrons até que atinjam a 41 configuração de gás nobre. 7 03/02/2014 Uma ligação resulta de um “overlap”, ou seja, sobreposição de orbitais atômicos em átomos vizinhos. •• H •• Cl + • • •• H Cl • • •• Sobreposição do H (1s) e Cl (2p) 43 44 Estruturas de Lewis H2 • As ligações covalentes podem ser representadas pelos símbolos de Lewis dos elementos: Cl + Cl Cl Cl • Nas estruturas de Lewis, cada par de elétrons em uma ligação é representado por uma única linha: Cl Cl Ligações múltiplas • É possível que mais de um par de elétrons seja compartilhado entre dois átomos (ligações múltiplas): • 1 par de elétrons compartilhado = ligação simples (H2); • 2 pares de elétrons compartilhados = ligação dupla (O2); • 3 pares de elétrons compartilhados = ligação tripla (N2). H H O O N N • Em geral, a distância entre os átomos ligados diminui à medida que o número de pares de elétrons compartilhados aumenta. H F H O H H N H H H H C H H -A energia necessária para quebrar uma ligação covalente é denominada entalpia de dissociação de ligação, D. Isto é, para a molécula de Cl2, a D(Cl-Cl) é dada pela DH para a reação: Cl2(g) 2Cl(g) -Quando mais de uma ligação é quebrada: CH4(g) C(g) + 4H(g) DH = 1660 kJ -A entalpia de ligação é uma fração do DH para a reação de atomização: D(C-H) = ¼ DH = ¼(1660 kJ) = 415 kJ -As entalpias de ligação podem tanto ser positivas como negativas. 8 03/02/2014 -Pode-se usar a entalpia de ligação para calcular a entalpia para uma reação química. -Admite-se que, em qualquer reação química, as ligações precisam ser quebradas para que novas sejam formadas. -A entalpia da reação é dada pela soma das entalpias de ligações quebradas menos a soma das entalpias das ligações formadas. -Ex.: Reação entre o metano e o cloro CH4(g) + Cl2(g) CH3Cl(g) + HCl(g) DHrxn = ? -Nessa reação, 1 ligação C-H e 1 ligação Cl-Cl são quebradas enquanto 1 ligação C-Cl e 1 ligação H-Cl são formadas. DH rxn DC - H DCl - Cl - DC - Cl DH - Cl -104 kJ -A reação como um todo é exotérmica, o que significa que as ligações formadas são mais fortes do que as ligações quebradas. -O resultado acima é consistente com a lei de Hess. -Sabe-se que as ligações múltiplas são mais curtas do que as ligações simples. -Pode-se mostrar que as ligações múltiplas são mais fortes do que as ligações simples. -Quando o número de ligações entre os átomos aumenta, os átomos são mantidos mais próximos e mais firmemente unidos. 9 03/02/2014 H2CO (Formaldeído) Número total de elétrons de valência = 1+1+4+6=12 -Qual é a estrutura de Lewis para as moléculas de formaldeído (H2CO) e amônia (NH3)? 55 56 Estrutura de Lewis para Moléculas Poliatômicas -Qual é a estrutura de Lewis para a molécula de HCN? 1. Contar o número total de elétrons de valência em cada átomo e determine o número total de pares de elétrons na molécula. Divida o número total por 2 para obter o número de pares de elétrons. HCN (1+4+5=10) 2. Escreva o símbolo químico dos átomos para mostrar sua posição na molécula. Preveja o arranjo mais provável usando padrões comuns e regras já conhecidas. HCN : : : : : 3. Colocar 1 par de elétrons entre cada par de átomos ligados. 57 4. Completo o octeto (ou dubleto, no caso do H) de cada átomo colocando os pares de elétrons remanescentes em torno dos átomos. Se não houver pares de elétrons suficientes, forme ligações múltiplas. Mas este arranjo não completa o octeto do átomo de C. Use os elétrons para completar o octeto do átomo de C. Dessa forma o octeto do N ficará incompleto. H : C : N : : : (3 dos 5 pares de elétrons permanecem sem 58 uso) -A força de uma ligação covalente é medida por sua entalpia de ligação, que é a variação de entalpia molar na quebra de certa ligação. -Pode-se usar as entalpias de ligação para estimar a variação de entalpia durante as reações químicas nas quais ligações são quebradas e outras são formadas. Rearranje os pares de elétrons para formar uma ligação tripla entre C e N. Verifique se cada átomo possui o octeto completo. 59 60 10 03/02/2014 Energia de Ligação Energia de Ligação • Energia de dissociação de uma ligação é a variação de entalpia na reação de quebra da ligação na molécula com reagentes e produtos na fase gasosa. H—H + Cl—Cl 2 H—Cl ∆Hºr = E lig. rompidas - E lig. formadas H—H = 436 kJ/mol Cl—Cl = 242 kJ/mol H—Cl = 432 kJ/mol H—H + Cl—Cl 2 H—Cl ∆Hºr = E lig. rompidas - E lig. formadas H—H = 436 kJ/mol Cl—Cl = 242 kJ/mol H—Cl = 432 kJ/mol ∆Hºr = +678 kJ/mol - 864 kJ/mol = -186 kJ/mol 61 62 Iônica X Covalente Energia de Ligação -Estime a energia da reação: -Nenhuma ligação é completamente iônica ou completamente covalente, disse-se que a ligação tem maior caráter iônico ou covalente. 2 H—O—O—H O=O + 2 H—O—H O—H = 463 kJ/mol O—O = 146 kJ/mol O=O = 494 kJ/mol ∆Hºr = - 348 kJ/mol 63 64 -A polaridade da ligação ajuda a descrever o compartilhamento desigual de elétrons em uma ligação e depende da diferença de eletronegatividade de cada átomo. -A eletronegatividade é uma medida numérica da habilidade de um átomo competir com outros átomos pelos elétrons compartilhados entre eles. -Aumenta da (→) em um período e diminui de ()em um grupo da tabela periódica. 66 11 03/02/2014 -Uma molécula polar é aquela cujos centros de cargas positivas e negativas não coincidem. -Em uma ligação covalente, os elétrons estão compartilhados. -O compartilhamento de elétrons para formar uma ligação covalente não significa compartilhamento igual daqueles elétrons. -Existem algumas ligações covalentes nas quais os elétrons estão localizados mais próximos a um átomo do que a outro. -O compartilhamento desigual de elétrons resulta em ligações polares. -Dessa forma, uma molécula polar tem um lado parcialmente positivo (+) e um lado negativo (-), resultando em um momento dipolo diferente de zero ( 0). -A diferença de eletronegatividade também é um indicativo do tipo de ligação, covalente ou iônica. *Os momentos de dipolo são medidos em debyes (D). 68 -Considere HF: -A diferença de eletronegatividade leva a uma ligação polar. -Há mais densidade eletrônica no F do que no H. -Uma vez que há 2 ‘extremidades’ diferentes da molécula, chamamos o HF de um dipolo. -O momento de dipolo, , é a ordem de grandeza do dipolo: Qr onde Q é a grandeza das cargas. • Eletronegatividade: é a habilidade de um átomo de atrair elétrons para si em certa molécula. • Pauling estabeleceu as eletronegatividades em uma escala de 0,7 (Cs) a 4,0 (F). • A eletronegatividade aumenta: • ao logo de um período e • ao descermos em um grupo. Eletronegatividade: é a tendência de um átomo em uma ligação atrair os elétrons para próximo de si. 71 -A diferença na eletronegatividade entre 2 átomos é uma medida da polaridade de ligação: -as diferenças de eletronegatividade próximas a 0 resultam em ligações covalentes apolares (compartilhamento de elétrons igual ou quase igual); -as diferenças de eletronegatividade próximas a 2 resultam em ligações covalentes polares (compartilhamento de elétrons desigual); -as diferenças de eletronegatividade próximas a 3 resultam em ligações iônicas (transferência de elétrons). 12 03/02/2014 -Em uma ligação covalente apolar os elétrons na ligação estão igualmente compartilhados entre dois átomos (=0) Ex: [H-H]; [O=O]; [Cl-Cl]; [F-F] -Em uma ligação covalente polar um dos átomos exerce maior atração pelos elétrons do que o outro (0) -Não há distinção acentuada entre os tipos de ligação. -A extremidade positiva (ou pólo) em uma ligação polar é representada por + e o polo negativo por -. Ex: [H2O]; [H-F]; [H-Cl]; [H-Br]; [HI] 73 -O momento de dipolo de uma molécula poliatômica depende da soma vetorial dos momentos de dipolos associados com as ligações individuais chamadas dipolos de ligação. -Determinadas formas moleculares, como AB2 linear e AB3 trigonal plana, garantem que os dipolos de ligação se cancelam, produzindo uma molécula apolar. 75 -Se sabe-se quais átomos estão ligados entre si, pode-se desenhar as estrutura de Lewis para as moléculas e íons por um procedimento simples. -Algumas moléculas não podem ser expressas corretamente por uma única estrutura de Lewis. -A ressonância é uma fusão de estruturas que têm o mesmo arranjo de átomos e diferentes arranjos de elétrons. Ela diminui o caráter de ligação múltipla sobre uma molécula e diminui sua energia. 76 Ex.: Experimentalmente, o ozônio tem 2 ligações idênticas, ao passo que a estrutura de Lewis requer uma simples (mais longa) e uma ligação dupla (mais curta). O O O 13 03/02/2014 -As estruturas de ressonância são tentativas de representar uma estrutura real, que é uma mistura entre várias possibilidades extremas. -No ozônio, as possibilidades extremas têm uma ligação dupla e uma simples. A estrutura de ressonância tem 2 ligações idênticas de caráter intermediário. O O O O O O -Outros exemplos: O3, NO3-, SO42-, NO2 e benzeno. -O benzeno pertence a uma categoria de moléculas orgânicas chamada de compostos aromáticos (devido ao seu cheiro). -Escreve-se as estruturas de ressonância para o benzeno de tal forma que haja ligações simples entre cada par de átomos de C e os 6 elétrons adicionais estejam deslocalizados por todo o anel. -O benzeno consiste de 6 átomos de C em 1 anel hexagonal. -Cada átomo de C está ligado a 2 outros átomos de C e 1 átomo de H. -Ligações simples e duplas alternadas. -A estrutura experimental do benzeno mostra que todas as ligações C-C têm o mesmo comprimento. -Da mesma forma, sua estrutura mostra que o benzeno é plano. -As estruturas são igualmente exatamente a mesma energia. válidas e têm -Os elétrons que podem ocupar posições diferentes nas estruturas ressonantes são chamados elétrons deslocalizados. 83 84 14 03/02/2014 -É possível desenhar mais de uma estrutura de Lewis obedecendo-se a regra do octeto para todos os átomos. -Para determinar qual estrutura é mais razoável, usamos a carga formal. -A carga formal é a carga que um átomo teria em uma molécula se todos os outros átomos tivessem a mesma eletronegatividade. -A estrutura resultante da fusão de estruturas ressonantes é chamada híbrido de ressonância e é indicado por setas de duas pontas duplas. -Entretanto, estruturas de Lewis diferentes, em geral, não contribuem igualmente para o híbrido de ressonância. -É possível decidir que estruturas contribuem mais efetivamente, pela comparação do número de elétrons do átomo livre, calculando a carga formal. Quanto menores as cargas formais, mais estável é a estrutura. A carga formal de um átomo em uma dada estrutura de Lewis é a carga que ele teria se as ligações fossem perfeitamente covalentes e o átomo tivesse exatamente a metade dos elétrons compartilhados na ligação. Cf =V – (L + 1/2S) V = número de elétrons de valência do átomo livre L = número de elétrons livres S = número de elétrons compartilhados *A carga formal prediz qual o arranjo é mais 86 estável (menor energia). -Calculando a carga formal: -Todos os elétrons não compartilhados (nãoligantes) são atribuídos ao átomo no qual estão localizados. -Metade dos elétrons ligantes é atribuída a cada átomo em uma ligação. -A carga formal é: Cf =V – (L + ½S) elétrons de valência – (elétrons livres + metade dos elétrons compartilhados) 87 Considere: C N -Para o C: -Existem 4 elétrons de valência (tabela periódica). -Na estrutura de Lewis: 2 elétrons não-ligantes 3 elétrons na ligação tripla Total: 5 elétrons estrutura de Lewis. -Carga formal: 4 - 5 = -1 Considere: C N -Para o N: -Existem 5 elétrons de valência. -Na estrutura de Lewis: 2 elétrons não-ligantes 3 elétrons da ligação tripla Total: 5 elétrons estrutura de Lewis. -Carga formal: 5 - 5 = 0 15 03/02/2014 -A estrutura mais estável tem: -a carga formal mais baixa em cada átomo, -a carga formal mais negativa nos átomos mais eletronegativos. A carga formal sugere que a estrutura OCO é mais provável para o dióxido de carbono do que COO A carga formal sugere que a estrutura NNO é mais provável para o monóxido de dinitrogênio do que NON 92 BROWN, T.L.; Jr, H.E.L. Química a Ciência Central, 9ª ed. . Ed. Prentice Hall. São Paulo, 2005. 972p. CHANG, R. Química. 5ª ed. Ed. McGraw-Hill. Portugal, 1994. 1.117p. 93 16