1 universidade federal do paraná setor de ciências

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
PARASITOLOGIA VEGETAL
PROF. MARIA APARECIDA ZAWADNEAK
HOMOPTERA DE IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA
1. INTRODUÇÃO
Homo = Igual, uniforme,
Pteras = Asas.
Refere-se ao fato das asas anteriores apresentarem textura uniforme em toda a
extensão.
Nesta ordem inclui-se as cigarras, cigarrinhas, pulgões de plantas, cochonilhas e
compõe-se de insetos terrestres, numerosos e diversificados, muito semelhante a ordem
Hemíptera. Mostram grande variação na forma do corpo e muitas espécies são
estruturalmente degeneradas.
Todos são fitófagos e muitas espécies transmitem doenças de plantas. Outras
espécies são úteis. (Fonte de corante, cêra e goma-laca).
2. CLASSIFICAÇÃO
2.1. Sub-ordem:
Auchenorrhyncha
Super-famíla: Cicadidea
Famílias:
Cicadidae
Membracidae
Aethalionidae
Cicadellidae
Cercopidae
Super-família: Fulgoroidea
Famíla:
Fulgoridae
Derbidae
Achilidae
Delphacidae (Areopodidae)
Dictyopharidae
Cixiidae
Tropiduchidae
Nogodinidae
Flatidae
Acanaloniidae
Issidae
Ricaniidae
Lophopidae
2.2. Sub-ordem:
Sternorryncha
Super-família: Psylloidea
Família:
Psyllidae
Super-família: Aleyrodoidea
Família:
Aleyrodidae (Aleurodidae)
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Super-famíla: Aphidoidea
Famílias:
Aphydidae (Aphidae)
Eriosomatidae
Phylloxeridae
Super-família: Coccoidea
Famílias:
Margarodidae
Ortheziidae
Diaspididae
Coccidae
Aclerdidae
Laccideridae
Asterolecaniidae
Pseudococcidae
Eriococcidae
Dactilopiidae
Kermidae
3. CARACTERÍSTICAS GERAIS
A ordem Homoptera compreende insetos terrestres, de tamanho variado, desde
grandes e médios até extremamente pequenos.
Os insetos desta ordem são providos de rostro geralmente dividido em três
segmentos, cabeça de forma variada e olhos, quando presentes, bem desenvolvidos com
dois a três ocelos.
As asas, em número de quatro, são membranosas, sendo a anterior maior e mais
forte; a posterior tem uma área anal dobrável.
O poliformismo alar, ligado ou não ao sexo, é encontrdo na ordem. Geralmente as
fêmeas apresentam tal polimorfismo, porém há casos em que ambos os sexos são
dimórficos.
Durante o vôo, os insetos unem as duas asas, o que é indício de evolução da ordem.
As antenas podem ser rudimentares, como é o caso das cochonilhas, e quando
presentes, são curtas, setáceas, com poucos segmentos. Têm dois ou três artículos basais e
o maior flagelo é representado por uma cerda articulada.
A cabeça articula-se com o tórax em grande extensão, e é quase imóvel.
Apresentam abdome geralmente cilíndrico, com 10 segmentos, sendo o último
muito pequeno. Cercos ausentes.
O tegumento pode ser muito forte, como nas cigarras, a muito fraco, como nos
pulgões. Apresenta, muitas vezes, cores vivas.
As pernas são ambulatórias, porém algumas espécies possuem grande capacidade
de saltar. As pernas adaptadas ao salto não possuem modificações no fêmur; os grandes
músculos dorso-ventrais encontram-se no interior do corpo e é a sua concentração que age
sobre a base de trocanteres.
Os tarsos são triarticulados.
3. CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS HOMOPTEROS
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3.1. SUB-ORDEM AUCHENORRHYNCHA
São ativos e de vida mais ou menos livre em relação à planta na qual se alimentam,
todos com exceção das cigarras são saltadores.
Todos são fitófagos, tanto as ninfas como os adultos. Alimentam-se de partes aéreas
em crescimento, mas as cigarras tem um estágio ninfal subterrâneo em que se alimentam de
raízes. Depositam seus ovos dentro dos tecidos das plantas através de um ovipositor
cortante.
O rostro sai da parte posterior da cabeça e as antenas são curtas e cetáceas divididas
em 3 partes distintas: escapo, pedicelo e flagelo (em forma de cerda). As asas são bem
desenvolvidas e os tarsos possuem 3 segmentos.
As superfamílias e famílias são separadas principalmente pelos caracteres dos
ocelos, posição das antenas, forma do pronoto e presença de espinhos nas pernas.
3.1.1. SUPER-FAMILIA FULGOROIDEA
FAMÍLIA DELPHACIDAE:
Possuem espinhos largos no ápice das tíbias posteriores em forma de esporão, a
maioria das espécies são pequenas e muitas tem asas reduzidas.
3.1.2. SUPER-FAMÍLIA CICADOIDEA
FAMÍLIA CICADIDAE:
As cigarras apresentam 3 ocelos no vértice da cabeça em triângulo. As asas são
membranosas, transparentes ou coloridas. Têm um par de órgãos sonoros situados no lado
ventral do 1° segmento abdominal, sendo um dos caracteres mais evidentes nas cigarras o
canto dos machos. As ninfas sugam raízes do solo (possuem o 1° par de patas fossoriais) e
os adultos sugam os ramos novos. Os principais danos são devidos ao hábito de postura no
interior de ramos causando a morte da parte terminal e a sucção da seiva.
FAMÍLIA CERCOPIDAE:
São pequenos, de cores vivas saltadores, sendo as ninfas recobertas por uma
espuma para proteção, e o adultos não produzem espuma; sugam a parte aérea das plantas.
FAMÍLIA MEMBRACIDAE:
Possuem bizarras expansões no tórax ( pronoto que recobre a cabeça).
FAMÍLIA CICADELIDAE:
Cigarrinhas com uma ou mais fileiras de espinhos ao longo da tíbia posterior.
Algumas espécies retiram quantidades excessivas de seiva e diminuem a quantidade
de clorofila das folhas ou mesmo a destroem; as folhas tornam-se cobertas de diminutas
manchas esbranquiçadas ou amareladas. Outras espécies interferem na fisiologia normal da
planta obstruindo os vasos condutores, afetando assim o transporte de nutrientes.
Ainda algumas espécies prejudicam as plantas pela oviposição nos ramos verdes,
outras são vetores de fitopatógenos, outras espécies causam o definhamento e
encarquilhamento das folhas pela inibição do crescimento da superfície ventral onde estes
insetos
se
alimentam.
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3.2. SUB-ORDEM STERNORRHYNCHA
São sedentários, compreendem 4 super-famílias distintas, sendo que todos os
membros são fitófagos. As antenas são geralmente longas e filiformes, os tarsos tem 1 ou 2
segmentos e o rostro parece originar-se entre as coxas anteriores; muitos representantes
desta sub-ordem são relativamente inativos ou sedentários.
As super-famílias são separadas com base no número de segmentos das antenas e
dos tarsos, na estrutura e nervação das asas e em outros caracteres.
3.2.1. SUPER-FAMÍLIA PSYLLOIDEA
FAMÍLIA PSYLLIDAE:
São insetos muito pequenos, de vida livre, possuem fortes pernas saltatórias e
antenas relativamente longas. Os adultos de ambos os sexos são alados e o rostro é curto
com três segmentos. As ninfas de muitas espécies produzem grande quantidade de secreção
cerosa branca. Algumas espécies induzem à formação de galhas nos seus hospedeiros.
3.2.2. SUPER-FAMÍLIA ALEYRODIDEA
FAMÍLIA ALEYRODIDAE:
As ninfas são achatadas, ovais e sedentárias. Os adultos de ambos os sexos são
alados e com as asas recobertas por uma pulverulência branca e cerosa ("mosca branca").
São em geral pequenos, ativos e se alimentam nas folhas.
3.2.3. SUPER-FAMÍLIA APHIDOIDEA
FAMÍLIA APHIDIDAE:
São os afídeos ou pulgões. Sugam grandes volumes de seiva do hospedeiro, sendo o
excesso excretado pela codícula e é conhecido como "honey dew", por ser rico em açúcar
atrai formigas, propiciando também o desenvolvimento de fungos.
São reconhecidos por apresentarem um par de pequenos tubos, os sifúnculos ou
cornículos que se encontram no final do abdome, podem secretar um material "waxy"
usado como defesa a insetos predadores. Caracterizam-se por alterarem seus hospedeiros.
3.2.4. SUPER-FAMÍLIA COCCOIDEA:
São as cochonilhas. Caracterizam-se por as fêmeas serem ápteras, amorfas, vivendo
mais ou menos imóveis nos seus hospedeiros. Os machos raramente são vistos,
assemelham-se a mosquitos, possuem apenas um par de asas, não tem peças bucais, não se
alimentam e apresentam prolongamento afilado do abdome. As famílias de Coccoidea são
separadas com base nos caracteres da fêmea.
FAMÍLIA COCCIDAE:
As fêmeas são achatadas, ovais, moles com muita água e cobertas com secreção de
cera de tipos variados que são produzidas por glândulas hipodérmicas.
FAMÍLIA PSEUDOCOCCIDAE:
Cochonilhas ou piolhos farinhentos ou pulverulentos, estes nomes populares
derivam da secreção cerosa que cobre o corpo destes insetos.
A fêmea tem corpo oval alongado, segmentado e pernas bem
desenvolvidas.
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FAMÍLIA DIASPIDIDAE:
SUB-FAMÍLIA PHOENICOCOCCINAE:
Fêmea sem escama protetora.
SUB-FAMÍLIA: DIASPIDINAE:
A fêmea adulta não possui pernas, olhos e antenas, ou se possuem, estas são
rudimentares. O corpo é pequeno, achatado e arredondado recoberto por escamas
protetoras, ficando esta geralmente livre do corpo do inseto. A escama é constituida de cera
segregada pelo inseto e das exúvias de estágios anteriores, sendo a forma da escama
variável conforme a espécie.
FAMÍLIA MARGARODIDAE:
A fêmea é ativa, grande e arredondada com pernas bem desenvolvidas ou ainda
reduzidas. Nua ou coberta com secreção cerosa, pulverulenta, com ovissaco grande (lados
estriados longitudinal). São as "Pérolas da Terra".
4. ANATOMIA EXTERNA
Cabeça: Opistognata
Olhos simples, compostos ou ainda ausentes.
Ocelos em número de 2 a 3, ou ainda ausentes.
Antenas setáceas ou filiformes conforme a Ordem.
Aparelho Bucal é do tipo picador-sugador, sendo que o conjunto de peças bucais
formam o rostro trissegmentado, originando-se da parte posterior da cabaça. Em alguns
adultos as peças bucais são rudimentares ou ausentes, consistindo de 4 estiletes perfurantes
(as mandíbulas e as maxilas).
Tórax: As asas são na maioria 2 pares, sendo as anteriores com textura membranosas
ou ligeiramente espessadas e as asas posteriores são membranosas. Em repouso ficam em
telhado sobre o corpo, com as margens internas sobrepondo-se um pouco no ápice. Em
alguns grupos o macho tem um par de asas e a fêmea é áptera, em outros , ambos podem
ser ápteros e ainda em outros grupos pode ocorrer indivíduos alados e ápteros no mesmo
sexo.
As pernas podem ser ambulatórias ou normais; saltatórias ou ausentes. Ninfas móveis
de cigarras apresentam pernas fossoriais.
Abdome: Apresentam 11 anéis sendo os 3 primeiros fundidos. As fêmeas podem
apresentar ovipositores desenvolvidos.
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4.1. PARTICULARIDADE DO SISTEMA DIGESTIVO DOS HOMÓPTEROS
Em quase todos os homóptero o tubo digestivo apresenta uma modificação que
consiste da "Câmara Filtro", representada por duas partes do tubo digestivo mais ou menos
afastadas ( geralmente a extremidade posterior do mesenteron e a parte anterior do mesmo,
ou ainda a parte posterior do estomodeo) intimamente aplicadas uma sobre a outra por uma
bainha de tecido conjuntivo. Graças a esta disposição a parte líquida da seiva aspirada pelo
rostro passa imediatamente e quase totalmente da porção anterior do tubo digestivo a
porção terminal, através de difusão pelas paredes epiteliais, em contato da câmara filtro,
sendo expelida pelo ânus logo após ingerida em forma de gotículas, em grandes
quantidades.
A seiva expelida é rica em açucares mas pobre em aminoácidos essenciais para o
crescimento, sendo muito apreciado pelas formigas. Ocorre uma associação entre
homópteros e formigas, sendo que estas alimentam-se do líquido expelido pelos
homópteros em troca dão proteção, sendo este tipo de associação denominado trofobiose.
Os homópteros adaptaram-se a alimentação de seiva composta por substancia que
dispensam a digestão.
Para assegurar a maior absorção dos nutrientes essenciais que ocorrem em baixas
concentrações em todos os tipos de seiva, 'é feita a remoção de água em grandes
quantidades através da câmara filtro concentrando em mais de 10 vezes. Assim, pelo
mesenteron, sem o excesso de líquido aspirado transita a seiva concentrada, mais viscosa.
5. BIOLOGIA
A reprodução é do tipo sexuada por anfigonia, exceto os pulgões que se reproduzem
por partenogênese telítoca e anfítoca sendo que as fêmeas fazem a postura por oviparidade
(ovos com incubação exterior).
A postura dos ovos é feita sobre folhas e ramos ou endofiticamente, depositando os
ovos em incisões feitas pelo ovipositor.
O ciclo de vida é muito complexo, compreendendo gerações bissexuais e
partenogenéticas, indivíduos alados ou ápteros e, algumas vezes, alternância de plantas
hospedeiras.
Os homópteros possuem hábitos terrestres e são encontrados em todos os lugares do
vegetal. Possuem 2 hábitos: aéreos do colo da planta para cima e, subterrâneos do colo para
baixo.
O desenvolvimento pós-embrionário é hemimetábolo compreendendo 3 fases de
vida: ovo-ninfa-adulto, com exceção das cigarras que são hipometábolos, com forma jovem
subterrânea e última fase ninfal móvel.
Em quase todos os homópteros, principalmente as formas jovens, apresentam,
distribuídas pelo corpo, glândulas ceríparas cutâneas produtoras de uma secreção cérea
abundante e de aspecto pulverulento. Em algumas espécies pode-se encontrar ainda,
glândulas secretoras de seda e de laca.
6. DANOS
Os danos causados por homópteros podem ser:
• Diretos: sucção de seiva, lesões nos tecidos:
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• Indiretos: vetores de doenças, inoculação de saliva tóxica.
7. CARACTERÍSTICAS DA FAMÍLIA APHIDIDAE
São os afídeos, pulgões ou piolhos de plantas. Constituem um importante grupo de
insetos, dos quais se conhecem em todo o mundo mais de 2000 espécies.
Apesar de seu tamanho reduzido, aparência delicada, são responsáveis por enormes
prejuízos nas culturas mais variadas, em consequência da sua atividade alimentar e do seu
elevado potencial biótico, com o hábito de sugar os vegetais em grandes quantidades em
comparação ao seu tamanho.
Aparentemente desprovidos de defesas naturais para enfrentar as adversidades
climáticas, escassez do alimento, inimigos naturais e doenças, os pulgões suprem estas
deficiências com sua grande capacidade de reprodução e rapidez de desenvolvimento,
quando ocorrem condições favoráveis, mesmo que por pouco tempo. Além disso, a
ocorrência de indivíduos alados, a partir de ápteros, quando as condições do meio estão
desfavoráveis permite sua dispersão pelo vento para áreas menos desfavoráveis.
A excreção de seiva sugada em excesso na forma de substância melosa (honey dew)
cobre a superfície dos órgãos vegetais atacados, favorecendo o desenvolvimento de
fumagina e ainda servindo de alimentos para certas formigas.
Os pulgões apresentam ação espoliadora, e além disso muitos deles são
transmissores dos agentes patógenos sobretudo vírus causadores de doenças.
7.1. MORFOLOGIA EXTERNA
Possuem tamanho máximo de 5mm, com coloração variável sendo o corpo dividido
em 3 regiões: cabeça, tórax e abdome.
Cabeça: Nas formas aladas, a cabeça está bem diferenciada do tórax, mas nas
ápteras ambas estão fusionadas, dando ao corpo aspecto ovalado. Possuem 1 par de olhos
compostos, aladas com ocelos.
As antenas possuem de 4 a 6 artículos, são filiformes, com cerdas sensoriais que
auxiliam na classificação
o aparelho bucal é do tipo picador-sugador.
Tórax: As formas aladas possuem 2 pares de asas membranosas e transparentes. A
nervação alar é reduzida.
Abdome: No 5° ou 6° segmento estão situados os sifúnculos ou cornículos, típicos
de forma e tamanho variáveis. Os sifúnculos são estruturas tubulares com função não bem
definida, podendo estar relacionada com excreção de substâncias voláteis.
Na extremidade final do abdome está a codícula, que serve para a excreção de
líquido açucarado.
7.2. BIOLOGIA
É complicada, em virtude dos diferentes aspectos morfológicos que representam a
alternância do hospedeiro.
Em clima temperado, os machos são raros ou aparecem no outono. As fêmeas
podem reproduzir-se partenogeneticamente ou requerem fertilização. A fêmea áptera ou
alada, ovovivípara é a única que copula e faz postura do ovo de inverno. A forma que
nasce deste ovo é fêmea vivipara, áptera chamada de fundadora. Esta dá origem a uma
sucessão de gerações de fêmeas partenogenéticas viviparas aterras ou aladas. Dependendo
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da disponibilidade de alimento, da estação climática e da presença de inimigos naturais,
muitas espécies de pulgões migratórios alternam entre um hospedeiro primário ,
geralmente arbóreo e um hospedeiro segundário, herbáceo.
O ovo de inverno é depositado junto às gemas do hospedeiro, primário ou secundário, ou
sobre as folhas . As gerações que descendem da fundadora são aterras. Quando surgem as
aladas, migram para outro hospedeiro secundário, continuam a reprodução gerando
fêmeas aterras e no outono surgem fêmeas sexuadas aladas viviparas que retornam ao
hospedeiro primário , reproduzem -se e depositam ovos de inverno .
MIGRATÓRIAS ( polífagas, alternam entre o hospedeiro primário árvores, e o secundário - gramíneas)
FORMAS DE PULGÕES
NÃO MIGRATÓRIAS(
passam o seu ciclo em um só hospedeiro,
monófagas)
Danos: Ação espoliadora; fumagina (Capnodium) ; encarquilhamento das folhas e
dos brotos; galhas(induzidas pela saliva tóxica); inoculação de viroses como por exemplo
tristeza dos citros , vírus Y do tomate , mosaico Y e A da batata.
8..CARACTERISTICAS DA SUPERFAMÍLIA COCCOIDEA
As cochonilhas compreendem um grupo de corpo degenerado, de difícil
reconhecimento ( a identificação é feita pelo revestimento da fêmea). São insetos
pequenos, sugadores de seiva, muitas espécies são escamiformes, recobertas por secreções
céreas produzidas por glândulas epidérmicas das ninfas e adultos.
Nomes populares: cochonhilhas, coccídeos, piolho das plantas.
Biologia: Vivem como ectoparasitas durante toda a sua existência sobre as plantas
em que se criam , atacando-lhes as partes epígeas ou hipógeas. São na sua maioria
ovíparos podendo ocorrer ovoviviparidade. Podem reproduzir-se por anfigonia ou
partenogênese, são muito prolíficos sendo que uma fêmea de Ceroplastes pode pôr até
5.000 ovos.
As ninfas no primeiro estádio são microscópicas, hexápodes e móveis. Depois de
alguns dias afastam-se da mãe e procuram um local mais conveniente e aí se fixam. O
macho no terceiro estádio atrofia as peças bucais e aparecem as tecas alares. Após a quarta
ecdise surge o macho alado. A fêmea depois da primeira muda desloca-se sobre a planta
e nela se fixam definitivamente, conservando o rostro enterrado nos tecidos vegetais para
se alimentarem . Depois da terceira ecdise, estão desenvolvidas e aterras.
Caracteres morfológicos do macho: Nos primeiros estádios passa a vida parasitária
sobre a planta que os sustenta. Ao atingirem a fase adulta, tornam-se alados sendo
semelhantes a mosquitos. Nesta fase apresentam duas asas membranosas com reduzida
nervação R e M simples e oriundas de um tronco comum. O segundo par de asas é
atrofiado semelhante a balancins. As antenas com 6 a 13 artículos . Aparelho bucal
ausente. Nono urômero modificado em orgão copulador alongado (estilo).
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Caracteres morfológicos da fêmea: Sempre ápteras, nunca abandonando depois de
adulta a planta em que se criaram. São as principais responsáveis pelo s danos . Sua
identificação é baseada na morfologia .
Danos: É o grupo de insetos que pertencem algumas das maiores pragas da
agricultura. Atacam todas as partes vegetais novas ( folhas, frutos, ramos) . A sucção
constante da seiva ( ação espoliadora) e a ação tóxica da saliva causam um definhamento,
favorescimento da fumagina, depauperamento da folha, depreciação comercial da planta ou
de seus frutos.
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