AS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS E A REGULAÇÃO

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AS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS E A REGULAÇÃO HORMONAL
Figura 1 – Símbolo Feminino e Masculino
Microsoft
CONTEÚDOS

Tipos de hormônios

Glândulas endócrinas, exócrinas e mistas

Classificação dos hormônios

As glândulas

Distúrbios e doenças hormonais
AMPLIANDO SEUS CONHECIMENTOS
O sistema endócrino realiza um papel particularmente fundamental na
sexualidade, no metabolismo e no desenvolvimento, atuando de diferentes formas. A
partir de agora, vamos conhecer algumas dessas glândulas e os hormônios envolvidos
nessas diferentes situações.
Afinal de contas, o que são hormônios e como agem?
Hormônios são moléculas produzidas e secretadas por glândulas, o corpo
humano apresenta diversas glândulas, que apesar de não estabelecerem uma relação
anatômica direta, constituem juntas um sistema orgânico. Observe a imagem a seguir,
e verifique a distribuição das principais glândulas no homem e na mulher.
Figura 2 – Principais Glândulas do Sitema Endócrino
Fonte: UOL
Os hormônios são substâncias de origem proteica ou gordurosa que funcionam
como mensageiros químicos, essas substâncias são transportadas através do sangue
até as células-alvo, locais onde os hormônios exercem seus efeitos. Somente as
células-alvo apresentam os receptores específicos para cada tipo de hormônio. Esses
receptores estão localizados na superfície celular ou no interior do citoplasma (Figura
3). Ao encontrar seu receptor, o hormônio se liga a ele através de um reconhecimento
molecular e com isso ativa uma série de reações químicas nessas células. Veja a seguir
a interação entre um receptor de superfície e seu hormônio na célula-alvo:
Célula-alvo
Receptor de
superfície celular
Núcleo
Citoplasma
Hormônio
Figura 3 – Célula alvo (em destaque os receptores de superfície celular)
Fundação Bradesco
A produção de hormônios realizada pelas glândulas endócrinas não é a mesma
o tempo todo, ela se altera dependendo da fase da vida em que uma pessoa se
encontra. No período da infância, por exemplo, a produção do hormônio de crescimento
é intensa, enquanto que na puberdade, os hormônios sexuais alcançam níveis elevados.
Outros hormônios são temporariamente produzidos no período da gestação e
amamentação. Já durante o processo de envelhecimento, várias glândulas vão
gradualmente reduzindo sua capacidade de produção.
No corpo humano existem glândulas endócrinas, exócrinas e mistas. As
glândulas endócrinas, liberam os hormônios para o interior do corpo, enquanto as
glândulas exócrinas liberam suas secreções para fora do corpo e/ou para o interior de
cavidades. Exemplo de glândulas exócrinas: glândulas sudoríparas, glândulas salivares
e glândula sebácea. As glândulas mistas são endócrinas e exócrinas, produzem tanto
hormônios liberados para o interior do corpo, quanto para fora dele. Observe as figuras
a seguir, que evidenciam as glândulas mistas e endócrinas:
Figura 4 - Tipos de Glândulas
Fonte: UOL
O pâncreas é um exemplo de glândula mista, produz insulina e glucagon que
são liberados na circulação sanguínea, além do suco pancreático, que é liberado no
duodeno, segmento do intestino delgado, observe as duas porções dessa glândula:
Porção Endócrina: secreção
sendo lançada no sangue
Porção Exócrina: secreção
sendo lançada nos ductos
Figura 5 – Pâncreas – uma glândula mista
Fonte: UOL
A classificação dos hormônios
Existem três tipos básicos de hormônios cuja a classificação depende de sua
composição química. De acordo com essa classificação, existem três classes de
hormônios: os proteicos, os esteroides e os aminoácidos.

Proteicos: sua composição consiste basicamente de proteínas e são os mais
numerosos, sempre se fixam na superfície celular. Exemplos: hormônio do
crescimento, hormônios antidiurético e ocitocina.

Esteroides: consiste, na maioria, em derivados do colesterol e sempre
atravessam a membrana celular para realizar suas funções, seus receptores
encontram-se no interior da célula. Por exemplo: progesterona, estrógenos,
testosterona, cortisol e aldosterona.

Aminoácidos: em sua composição há principalmente moléculas de aminoácidos,
fixam-se na superfície celular ou atravessam a membrana. Exemplos: T3, T4
e adrenalina.
As glândulas endócrinas
Hipófise - a glândula mestra
A hipófise é do tamanho de um grão
de ervilha e pesa cerca de 0,5 mg, apesar
de ser muito pequena, os diferentes
hormônios
produzidos
pela
hipófise
exercem controle sob o funcionamento de
todas as outras glândulas, tais como:
tireoide, adrenal, gônadas (testículos e
ovários) e glândulas mamárias. A hipófise
por sua vez é controlada pelo hipotálamo,
uma pequena região do sistema nervoso
central que controla a secreção hipofisária.
Observe na figura ao lado, a localização da
Figura 6 – Localização da hipófise e do
hipotálamo
Fonte: Marco Tulio Sette
hipófise e do hipotálamo.
Alguns hormônios são apenas armazenados na hipófise, sua produção
entretanto, ocorre no hipotálamo. O hormônio antidiurético (ADH), por exemplo, é
liberado pela hipófise em casos de desidratação e queda da pressão arterial, esse
hormônio atua nos rins promovendo a reabsorção de água, reduzindo e concentrando
o volume de urina.
A ocitocina, também produzida pelo hipotálamo, é armazenada e liberada pela
hipófise no momento do parto para estimular as contrações uterinas e na descida do
leite materno. Além disso, sua função também é estreitar o vínculo afetivo entre mãe e
filho. A ocitocina é chamada de hormônio do amor pois está intimamente ligada à
sensação de prazer, bem estar físico e emocional, e à sensação de segurança. Esse
hormônio também é produzido pelo homem, sendo responsável por influenciar seu
comportamento. A ocitocina é capaz de deixá-los menos agressivos, mais amáveis,
generosos e com comportamentos sociais mais adequados, embora sua atuação seja
muitas vezes bloqueada pela ação da testosterona.
Durante nosso crescimento e desenvolvimento, a hipófise produz e secreta o
hormônio de crescimento, também conhecido como GH (Growth Hormone). Esse
hormônio é responsável pelo nosso crescimento em altura e também pelo
desenvolvimento da nossa mente e corpo. Sua produção é maior na infância e continua
até o fechamento das cartilagens e crescimento dos ossos, culminando no final da
adolescência. Apresenta picos de produção, principalmente no período noturno, com
duração de 3 à 4 horas por noite.
CURIOSIDADE:
Os Anões de Itabaianinha
Um estudo brasileiro revelou a causa da alta
prevalência de nanismo na população da cidade de
Itabaianinha, em Sergipe.
Os pesquisadores
encontraram um defeito genético que impede a
produção normal do hormônio de crescimento pela
hipófise entre os indivíduos com nanismo. Esse
defeito genético
população
por
acabou
conta
se
de
disseminando
muitos
na
casamentos
consanguíneos. Os indivíduos que apresentavam o
defeito genético, não produziam o hormônio de
crescimento
de
forma
adequada,
com
isso
desenvolveram baixa estatura. Entre os portadores
do defeito genético, a altura variou de 1,08 à 1,35
metros de altura.
Figura 7 – Localização de
Itabaianinha
Fonte: Diário de São Paulo
.
A Glândula Adrenal
Leia o título da manchete de jornal a seguir:
Disponível em: <http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/noticia/2014/03/adrenalina-e-muita-emocao-devemmarcar-gp-brasil-de-motocross-em-penha-4459805.html>. Acesso em: 21 mar. 2016. 09h20min.
É muito comum associarem a palavra “adrenalina” às situações perigosas, tais
como as proporcionas pelos esportes radicais, a exemplo do Motocross. A adrenalina é
um hormônio produzido pela glândula adrenal, geralmente após fortes reações
emocionais, especialmente quando condições do meio ameaçam a integridade do
corpo, física ou psicológica, como a ansiedade, por exemplo.
Esse hormônio reage fazendo com que o
sangue fique mais oxigenado, pois acelera o
ritmo da respiração e os batimentos cardíacos.
Um maior aporte de sangue é direcionado para
os músculos, disponibilizando nutrientes e
oxigênio para as células, preparando o corpo
para uma ação rápida da musculatura, caso
necessite reagir ou fugir, por exemplo. Sua ação
sob reservas energéticas consiste em estimular
a quebra de glicogênio no fígado, aumentando
os níveis de glicose, e de promover a lipólise
(quebra de gordura) no tecido adiposo. Desta
Figura 8 – Motocross
forma, os nutrientes são disponibilizados na
Fonte: Microsoft
circulação para o consumo rápido, caso o corpo
necessite.
A glândula adrenal localiza-se nos polos
superiores dos rins, portanto, possuímos um par
de glândulas adrenais. Além da adrenalina, a
glândula
adrenal
produz
o
cortisol,
um
hormônio sintetizado em situações em que o
corpo encontra-se sob estresse. Sua ação
concentra-se em disponibilizar ao corpo energia.
O aumento da glicemia, consequentemente gera
migração de água para o sangue, aumentando o
volume sanguíneo e a pressão arterial. Outra
ação conhecida do cortisol é sua capacidade de
atenuar
a
intensidade
dos
processos
inflamatórios. A indústria farmacêutica produz
inúmeros fármacos que apresentam substâncias
sintéticas análogas ao cortisol que imitam seus
Figura 9 – Anti-inflamatórios
Fonte: Microsoft
efeitos no organismo.
A Glândula Tireoide
A glândula da tireoide localiza-se na base
do pescoço, próxima a região conhecida como
pomo de adão, é uma das maiores glândulas do
corpo humano, seus hormônios atuam em quase
todas as células do organismo, regulando a taxa
metabólica. Quando os níveis dos hormônios
tireoidianos no sangue estão diminuídos, o corpo
funciona mais lentamente, condição denominada
de hipotireoidismo. Se existe a situação contrária,
ou seja, quando os hormônios estão em níveis
elevados,
essa
condição
denomina-se
hipertireoidismo, a taxa metabólica aumenta,
resultando no aceleramento das funções do
Figura 10 - Sal iodado
Negócios Brasil
organismo.
Para produção dos hormônios tireoidianos, é necessário a presença de iodo no
organismo. O sal de cozinha produzido no Brasil, por lei recebe complementação de
iodo com o intuito de reduzir os riscos dos distúrbios da tireoide por deficiência de iodo
na população brasileira, especialmente, o hipotireoidismo (Figura 10).
Como os hormônios tireoidianos regulam a taxa de metabolismo, tem se
observado a suplementação desses hormônios indevidamente mesmo para pessoas
que não apresentam deficiência em sua produção, visando o aumento da taxa
metabólica e com isso obter o emagrecimento, conforme destaca a manchete de jornal,
a seguir:
Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,venda-de-hormonios-sinteticos-datireoide-cresce-65-em-cinco-anos,1020990,0.htm>. Acesso em: 21 mar. 2016. 09h43min.
A venda de produtos contendo substâncias sintéticas que imitam os efeitos
desses hormônios é ilegal e proibida, pois o uso indiscriminado pode causar problemas
no funcionamento da tireoide e doenças cardiovasculares. Veja a seguir, os efeitos da
suplementação desse hormônio, em uma pessoa saudável:
Figura 11 - Hormônio da tireoide e o emagrecimento.
Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
O pâncreas
Ao estudar o sistema digestório, você aprendeu que os nutrientes absorvidos no
intestino delgado são distribuídos ao restante do corpo pela circulação sanguínea. Após
a digestão dos carboidratos são liberados na circulação sanguínea moléculas de
glicose. O sistema endócrino controla a quantidade de glicose no sangue, impedindo
que essa taxa se altere excessivamente. Vamos entender como esse controle hormonal
ocorre: quando a taxa de glicose no sangue eleva-se, por exemplo, após as refeições,
as células do pâncreas são estimuladas a produzir a insulina, um hormônio que habilita
as demais células do corpo a absorverem a glicose do sangue e a utilizarem como
combustível celular.
Quando os níveis de glicose caem, automaticamente reduzem os níveis
circulantes de insulina no sangue, essa quantidade chega a níveis mínimos constantes
que não mais estimulam as células do pâncreas a produzirem a insulina. Quando a
quantidade de glicose chega a níveis mínimos, o pâncreas é estimulado a produzir o
hormônio denominado glucagon, que estimula o fígado a transformar suas reservas
energéticas, o glicogênio, em glicose liberando-a no sangue. Quando a glicose atinge
níveis adequados, o pâncreas interrompe a produção de glucagon. Observe o esquema
que resume o mecanismo envolvido na produção desses hormônios:
Figura 12. Regulação dos níveis de glicose através dos hormônios Insulina e Glucagon
Fonte: Wikimédia
Distúrbios no metabolismo da glicose: Diabetes Mellitus
Quando uma pessoa apresenta deficiência na produção de insulina, seja pela
destruição das células do pâncreas ou pela atuação irregular do hormônio, a glicemia
(quantidade de glicose no sangue) fica elevada. Esse é um sinal clínico do aparecimento
de um distúrbio metabólico denominado Diabetes Mellitus. Há dois tipos de Diabetes
Mellitus, a diabetes do tipo 1 e a diabetes do tipo 2.
No Brasil, a incidência de diabetes do tipo 2 é maior, esse tipo de diabetes está
relacionado ao sobrepeso e aos hábitos de vida e caracteriza-se por um defeito de
interação entre a insulina e as células que dela necessita, isso ocorre porque o hormônio
não consegue ultrapassar a resistência oferecida pelo excesso de gordura no corpo,
especialmente a gordura abdominal, portanto, o problema está na função do hormônio,
também chamado de resistência à insulina. A diabetes do tipo 2, representa 90% dos
casos de diabetes e geralmente se manifesta na fase adulta. Observe no infográfico a
seguir, a incidência de Diabetes Mellitus no Brasil e no Mundo:
Figura 13 - Incidência de Diabetes Mellitus no Brasil e no mundo
Fonte: Educação em Diabetes
A diabetes do tipo 1, por outro lado, embora ocorra em qualquer idade, é mais
frequente em crianças e adolescentes, é caracterizada por uma reação autoimune, onde
o sistema imunológico reage contra as células responsáveis pela produção de insulina,
nesse tipo de diabetes o indivíduo necessita de doses diárias de injeções de insulina a
fim de manter a glicemia normalizada. Os principais sintomas do portador de Diabetes
Mellitus são:
Figura 14 - Sintomas da Diabetes Mellitus
Fonte: Controle da Diabetes
As Gônadas
As gônadas são os testículos no sexo masculino e os ovários, no sexo feminino.
Além de produzirem as células reprodutoras, esses órgãos também sintetizam
hormônios que influenciam o crescimento e o desenvolvimento do corpo de forma geral.
Os hormônios produzidos pelas gônadas são chamados de hormônios esteroides e
também controlam o ciclo reprodutivo e determinam os caracteres sexuais secundários
masculinos e femininos.
Hormônios masculinos
Diferentemente do sistema genital feminino, as gônadas masculinas estão
localizadas do lado de fora do abdômen, mas isso tem uma razão de ser, para produzir
e nutrir essas células reprodutoras, essa região deve estar 1°C mais baixa do que a
temperatura corporal normal. Parte da função da bolsa escrotal é assegurar essa
temperatura ótima, afastando-se do corpo no clima quente ou contraindo-se trazendoos para próximo do corpo no clima frio. Os testículos secretam andrógenos, dos quais
a testosterona é a mais importante. Ela é responsável pelo desenvolvimento das
características sexuais secundárias masculinas e pela espermatogênese. Ela é também
essencial para o crescimento normal, desenvolvimento e maturação do sistema
esquelético masculino.
Os efeitos andrógenos da testosterona são responsáveis, em parte, pela
retenção da proteína muscular e hipertrofia muscular observados durante o treinamento
de força.
Hormônios femininos
O sistema reprodutor feminino é controlado pela glândula hipófise localizada no
cérebro. No período da puberdade, a hipófise recebe estímulos para produzir o
hormônio luteinizante (LH) e o hormônio do folículo estimulante (FSH) que atuarão
nos ovários para produção de estrógeno e progesterona. O controle fisiológico desse
sistema nada mais é do que um controle cíclico da produção alternada desses quatro
hormônios. Esse ciclo de produção hormonal também é conhecido pelo ciclo menstrual.
No capítulo A Reprodução e a Sexualidade Humana, estudaremos mais a fundo a
ação desses hormônios no ciclo reprodutivo da mulher.
ATIVIDADES
1 - Os hormônios atuam especificamente sobre alguns tipos de células, denominadas
células-alvo. A hipófise, por exemplo, produz vários hormônios responsáveis por
controlar o funcionamento de outras glândulas. Explique como os hormônios são
capazes de reconhecer as células-alvo específicas em órgãos e tecidos distintos.
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2 - Quando uma pessoa vivencia uma situação de perigo, o sistema nervoso estimula
as glândulas adrenais a liberarem adrenalina no sangue, que irá promover a quebra de
glicogênio. Explique a importância da quebra do glicogênio para o organismo, numa
situação de perigo.
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3 - Analise a sentença: “Os hormônios são dinâmicos e não estáticos”. Essa afirmação
está correta? Com base no conteúdo estudado, tente justificar sua resposta.
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4 - (FUVEST) O gráfico mostra os níveis de glicose medidos no sangue de duas
pessoas, sendo uma saudável e outra com Diabetes Mellitus, imediatamente após
uma refeição e nas cinco horas seguintes.
I) Identifique a curva correspondente às medidas da pessoa diabética, justificando sua
resposta.
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II) Como se explicam os níveis estáveis de glicose na curva B, após 3 horas da refeição
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LEITURAS COMPLEMENTARES
1. Os receptores de hormônios e as Terapias Atuais
A ligação entre o hormônio e seu receptor é uma etapa crucial para a ação
hormonal. Sabendo disso, a indústria farmacêutica desenvolveu alguns fármacos que
combatem a progressão do câncer bloqueando esta etapa de ligação entre o hormônio
e seu receptor. No câncer de próstata, por exemplo, o efeito exercido pelo hormônio
masculino faz com que ele progrida, uma das terapias utilizadas é bloquear o efeito do
hormônio através do uso de interferentes hormonais, observe no esquema a seguir, o
mecanismo desse tipo de terapia:
1
1
O
interferente
hormonal
apresenta afinidade pelo
receptor da célula-alvo e se
encaixa a ele.
2
O hormônio se encaixa
perfeitamente ao seu receptor
e envia sinais indispensáveis à
célula.
2
3
3
Hormônio
O interferente hormonal se
encaixa à célula e impede que
o hormônio se ligue e envie
seus sinais às células-alvo.
Interferente
Hormonal
Receptor
Hormonal
Figura 15. Terapia com bloqueadores hormonais
Fundação Bradesco
2. Desreguladores endócrinos no ambiente
Você sabia que existem algumas substâncias presentes especialmente nos materiais
plásticos que atuam como interferentes hormonais? Essas substâncias são
denominadas “desrreguladores endócrinos”, uma das substâncias mais conhecidas e
estudadas é o composto Bisfenol A. Apesar do plástico ser considerado estável, já se
sabe que as ligações químicas entre as moléculas do bifesnol A são instáveis,
permitindo que esse composto se desprenda do plástico e contamine alimentos ou
produtos embalados. No Brasil, recentemente foi proibido a adição de Bisfenol A na
fabricação de mamadeiras. Para as demais aplicações, o bisfenol A ainda é permitido,
porém a ANVISA estabeleceu limites máximos de sua concentração.
INDICAÇÕES
No Mapa Curricular de Ciências da Natureza/ Ciências da Natureza II, acesse as
indicações de Vídeos, para o conteúdo curricular “Sistema Hormonal” e amplie seus
conhecimentos sobre esse assunto.
 Vídeo - Guia para a diabetes tipo 1
 Vídeo - Obesidade
 Vídeo - Diabetes
 Vídeo - Novo Telecurso -Biologia/EM
 Vídeo - Diabetes - prevenção e controle
 Vídeo - Hormônios
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CONTROLE DA DIABETES. Sintomas da Diabetes Mellitus. Disponível em: <
http://www.controlediabetes.net/sintomas-da-diabetes/>. Acesso em: 21 mar. 2016.
12h42min.
DIÁRIO
DE
SÃO
PAULO.
Itabaianinha.
Disponível
em:
<
http://www.diariosp.com.br/noticia/detalhe/84916/itabaianinha-e-conhecida-como-acidade-dos-anoes>. Acesso em: 21 mar. 2016. 12h34min.
EDUCAÇÃO EM DIABETES. Incidência de Diabetes Mellitus no Brasil no Mundo.
Disponível em: <http://www.educacaoemdiabetes.com.br/diabetes-problema-de-saudemundial/#more-4050>. Acesso em: 21 mar. 2016. 10h02min.
ESTADÃO. Artigo: Venda de hormônios sintéticos da tireoide cresce 65 % em cinco
anos. Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,venda-de-hormoniossinteticos-da-tireoide-cresce-65-em-cinco-anos-imp-,1020990>. Acesso em: 21 mar.
2016. 12h38min.
SETTE, Marco Tulio. Localização da hipófise e hipotálamo. Disponível em:
http://marcotuliosette.site.med.br/index.asp?PageName=Tumores-20da-20Hip-F3fise>.
Acesso em: 21 mar. 2016. 09h02min.
NEGÓCIOS
BRASIL.
Sal
iodado.
Disponível
em:
<Fonte:<http://www.br.all.biz/img/br/catalog/35718.jpeg>. Acesso em: 21 mar. 2016.
09h40min.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA. Hormônio da
Tireoide e Emagrecimento. Disponível em: <http://www.endocrino.org.br/>. Acesso
em: 21 mar. 2016. 09h47min.
UOL
–
Mundo
Educação.
Tipos
de
Glândulas.
Disponível
em:
<
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/tipos-glandulas.htm>. Acesso em: 18
mar. 2016. 16h45min.
UOL.
Pâncreas
–
Uma
glândula
mista.
Disponível
em:
<http://escolakids.uol.com.br/glandulas.htm>. Acesso em: 18 mar. 2016. 16h51min.
UOL.
Principais
Glândulas
do
Sistema
Endócrino.
Disponível
em:
<http://escolakids.uol.com.br/hormonios.htm>. Disponível em: 21 mar. 2016. 12h32min.
WIKIMEDIA. Regulação dos níveis de glicose através dos hormônios Insulina e
Glucagon.
Disponível
em:
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/60/Glicemia.svg>. Acesso em: 21
mar. 2016. 0956min.
GABARITO
1 - O reconhecimento se deve à presença de receptores específicos a estes hormônios
nas células-alvo. Em algumas dessas células, esses receptores ficam localizados na
superfície celular, outros ficam ainda situados internamente. Em ambas as situações,
há extrema afinidade e especificidade entre o receptor e seu hormônio, o que garante
que não haja a ligação entre os tipos de moléculas, somente ao hormônio específico.
2 - A quebra do glicogênio promove a liberação de glicose, que será utilizada no
processo de respiração celular para a produção de energia, sendo utilizada pelo
organismo para responder a uma situação de perigo.
3 - Os hormônios ajustam-se conforme a situação vivenciada e de acordo com a fase
da vida. Na infância, por exemplo, alguns hormônios são produzidos mais intensamente,
outros só iniciarão na puberdade e vários hormônios tendem a reduzir sua produção na
idade avançada.
4 - I. A “curva A” representa um indivíduo diabético porque observa-se uma
hiperglicemia acentuada, ou seja, o nível de glicose sanguíneo ficou muito elevado, após
a refeição. A queda desse nível até o normal levou mais de 3 horas.
II. Na curva normal B, de 1 a 3 horas foi o tempo utilizado para que a glicemia voltasse
ao normal, devido ao hormônio insulina. Após 3 horas a glicemia permaneceu normal
por causa da ação do hormônio glucagon.
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