O Universo Escola Básica Paulo da Gama Amora, novembro de 2014 Trabalho realizado pela Catarina Candeias Nº4 da turma 7ºA no âmbito da disciplina Tecnologias de Informação e Comunicação sob a orientação do prof. Sérgio Heleno Amora – Setúbal - Portugal 2 O Universo Escola Básica Paulo da Gama Amora, novembro de 2014 Escola Básica Paulo da Gama Amora, novembro de 2014 Trabalho realizado pela Catarina Candeias Nº4 DA TURMA 7ºA no âmbito da da disciplina Tecnologia de Informação e Comunicação sob a orientação do prof. Sérgio Heleno Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 3 Índice 1 Introdução ................................................................................................... 5 2 O que são estrelas ...................................................................................... 5 2.1 3 O brilho das estrelas ................................................................................... 6 3.1 4 As reações estelares ............................................................................. 6 Nebulosas ............................................................................................. 6 3.1.1 Nebulosas difusas .......................................................................... 6 3.1.2 Nebulosas planetárias .................................................................... 6 3.2 Fases para a formação de uma estrela ................................................. 7 3.3 Como acabam as estrelas? ................................................................... 7 3.3.1 Morte de uma estrela de pequena dimensão ................................. 8 3.3.2 Morte de uma estrela de grande dimensão .................................... 8 Galáxias; enxames de galáxias ................................................................... 9 4.1 Tipos ou Forma das Galáxias: .............................................................. 9 4.1.1 Galáxias em espiral ........................................................................ 9 4.1.2 Galáxias elípticas.......................................................................... 10 4.1.3 Galáxias irregulares ...................................................................... 10 4.2 Enxames de Galáxias ......................................................................... 10 4.3 Superenxames .................................................................................... 10 4.3.1 Quasares ...................................................................................... 10 5 Esfera Celeste ........................................................................................... 10 6 Constelações ............................................................................................ 11 6.1 A Ursa Maior ....................................................................................... 12 6.2 A Ursa Menor ...................................................................................... 12 6.3 A Orientação pelas Estrelas ................................................................ 12 Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 4 Amora – Setúbal - Portugal 7 Modelo heliocêntrico e geocêntrico ........................................................... 13 7.1 Luz visível e não visível....................................................................... 13 7.2 Modelo geocêntrico e heliocêntrico ..................................................... 14 8 A teoria do Big Bang ................................................................................. 14 9 Sistema solar ............................................................................................ 16 9.1 Constituição do sistema solar ............................................................. 16 9.2 O Sol ................................................................................................... 16 9.3 Os cometas ......................................................................................... 17 9.4 Os asteroides ...................................................................................... 18 9.5 Os Satélites Naturais........................................................................... 19 9.6 Os meteoroides ................................................................................... 19 9.6.1 Qual é a origem dos meteoróides? ............................................... 20 9.7 Planetas anões ................................................................................... 21 9.8 Características dos Planetas ............................................................... 22 10 9.8.1 Planetas telúricos ......................................................................... 22 9.8.2 Planetas gigantes ......................................................................... 26 Distâncias no Universo ........................................................................... 30 10.1 Unidade Astronómica ....................................................................... 30 10.2 Ano-luz ............................................................................................. 31 10.2.1 Velocidade da luz ...................................................................... 31 10.2.2 Anos-luz (a.l.) ............................................................................ 32 11 Conclusão .............................................................................................. 32 12 Para pensar ............................................................................................ 33 Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 5 1 Introdução Este trabalho surgiu no âmbito da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) com a finalidade de aprender a utilizar o programa MS Word. Neste trabalho vou falar do Universo, como é constituído, etc. Trabalho realizado entre outubro e novembro de 2014 na Escola Paulo da Gama, na cidade de Amora. 2 O que são estrelas A estrela é um astro que tem luz e calor próprios e que mantêm praticamente as mesmas posições relativas na esfera celeste. Apresenta um brilho cintilante, o que as distingue dos planetas. É uma esfera de plasma grande e luminosa que pela gravidade é mantida íntegra. É composta de hélio e outros elementos mais pesados. As estrelas constituem o elemento fundamental da formação do Universo, Um grupo de estrelas forma as constelações. As mais conhecidas são "as TrêsMarias", o Cruzeiro do Sul", as constelações Zodiacais, que formam os símbolos do zodíaco etc. O Sol é uma estrela, o astro central do sistema solar. Estrela é o nome dado à figura de cinco ou seis pontas, que se irradiam de um centro. No sentido figurado estrela significa destino, sorte, guia, direção: vida de estrela, brilhar como uma estrela, ter uma estrela na testa. Estrela cadente é o nome dado a um fragmento de matéria do espaço interplanetário, que ao penetrar na atmosfera se aquece, tornando-se luminoso. Estrela d'alva ou Estrela da Manhã é o nome dado impropriamente ao planeta Vênus, quando observado no céu, ao amanhecer ou quando observado depois do anoitecer, recebendo o nome de Estrela Vespertina ou Estrela da Tarde. Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 Amora – Setúbal - Portugal 6 Estrela polar é a designação tradicional da estrela Alfa da Ursa Menor, que é, das estrelas visíveis a olho nu, a mais próxima do Polo Norte. 2.1 As reações estelares O gás hidrogénio é o combustível das estrelas. No interior das estrelas ocorrem reacções nucleares, onde o hidrogénio se transforma no hélio, com libertação de grandes quantidades de energia sob a forma de calor e de luz. HIDROGÉNIO HÉLIO + ENERGIA 3 O brilho das estrelas Quanto maiores as dimensões de uma estrela, maior a sua temperatura e também maior a intensidade do seu brilho. 3.1 Nebulosas Regiões (“nuvens”) cheias de gases e poeiras. O principal gás que faz parte das nebulosas é o hidrogénio. 3.1.1 Nebulosas difusas São nebulosas escuras, onde nascem as novas estrelas. 3.1.2 Nebulosas planetárias São nebulosas brilhantes. Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 7 3.2 Fases para a formação de uma estrela As estrelas podem ter a sua origem na contração de uma nebulosa escura ou difusa, tornando-se cada vez mais quente e começando a ocorrer no seu interior reações nucleares que libertam muita energia. Esta região apresenta movimento de rotação e forma uma estrela. Contração da nebulosa Nebulosa escura Contração da matéria Rotação da matéria e formação de disco Formação da estrela Formação do sistema planetário Formação do sistema planetário em redor da estrela central 3.3 Como acabam as estrelas? Á medida que o hidrogénio é consumido, a estrela vai envelhecendo e acaba por morrer. As fases que ocorrerão no envelhecimento das estrelas dependem da dimensão da estrela. Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 8 Amora – Setúbal - Portugal 3.3.1 Morte de uma estrela de pequena dimensão Quando o hidrogénio começa a esgotar-se, ocorre a expansão da estrela com a formação de uma Gigante Vermelha, onde as camadas mais exteriores expandem e o núcleo da estrela contrai, ficando mais pequeno. As camadas mais exteriores afastam-se e dão origem a uma Nebulosa Planetária, enquanto que o núcleo da estrela morta vai contraindo e dar origem a uma Anã Branca, perdendo toda a sua energia. 3.3.2 Morte de uma estrela de grande dimensão Analogamente ao que ocorre com o envelhecimento de uma estrela de pequena dimensão, ocorre uma expansão das camadas exteriores e a contração do núcleo da estrela, formando-se desta vez, uma Supergigante. Dada a dimensão deste corpo celeste e a energia que ainda apresenta, ocorrem explosões violetas nas camadas exteriores e formam-se as chamadas Supernovas extremamente brilhantes. Os núcleos das Supernovas podem, quando se tratam de estrelas pouco maiores do que o Sol, dar origem a Estrelas de Neutrões ou Pulsares, ou então, quando se tratam de estrelas muito maiores do que Sol (mais de 8 vezes maiores), podem dar origem aos Buracos Negros. Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 9 3.3.2.1 Buraco Negro Corpo celeste extremamente denso, onde se concentra uma enorme quantidade de matéria e que absorve tudo à sua volta, até a luz. Como não emite nada, não é observado, daí ser chamado de buraco negro. 4 Galáxias; enxames de galáxias Conjuntos ou aglomerados de estrelas e outros corpos celestes (gases e poeiras) que se encontram numa dada região do Universo. A nossa galáxia chama-se Via Láctea. 4.1 Tipos ou Forma das Galáxias: 4.1.1 Galáxias em espiral Têm um núcleo central brilhante do qual partem vários braços com estrelas de diferentes idades (a nossa galáxia situa-se num dos seus braços). Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 Amora – Setúbal - Portugal 10 4.1.2 Galáxias elípticas Têm uma forma arredondada ou elíptica. São o tipo mais comum que se observa no Universo e são formadas por estrelas mais velhas. 4.1.3 Galáxias irregulares Têm uma forma irregular (sem forma definida) e normalmente são constituídas por estrelas muito jovens, ricas em gases e poeiras. 4.2 Enxames de Galáxias Conjuntos de galáxias que se concentram numa dada região do Universo. A nossa galáxia, a Via Láctea, pertence ao enxame designado de Grupo Local. 4.3 Superenxames Conjuntos de enxames de galáxias. O nosso enxame, o Grupo Local, pertence ao Superenxame Local ou Superenxame da Virgem. 4.3.1 Quasares Ou "quase-estrela" são galáxias muito afastadas e que parecem uma única estrela muito brilhante e que libertam imensa energia. 5 Esfera Celeste Quando, em qualquer lugar da Terra onde nos encontramos, contemplamos o espaço que nos envolve, podemos observar uma cúpula esférica onde, durante o dia, parece mover-se o Sol e, à noite, parecem mover-se muitos milhares de estrelas cintilantes. A cúpula esférica é a parte visível da Esfera Celeste, uma esfera imaginária que rodeia a Terra. A superfície terrestre que vemos, e a partir da qual começa a parte visível da Esfera Celeste, chama-se horizonte do lugar. O zénite do lugar é o ponto mais alto da Esfera Celeste e fica acima da nossa cabeça. Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 11 6 Constelações Desde há muito que, quando se observava o céu noturno, se associava desenhos e linhas a grupos de estrelas que eram observados no céu noturno e que pareciam próximas umas das outras. A estes conjuntos de estrelas dava-se o nome de constelação. Devido ao movimento aparente da esfera celeste, as constelações vão rodando no céu e tomando diferentes posições ao longo da noite e ao longo do ano (exceto a estrela Polar, que se encontra na cauda da Ursa Menor e que está sempre na mesma posição e ainda serve de orientação para os habitantes do hemisfério- rio Norte, pois indica o ponto cardeal Norte). Consoante o observador esteja no hemisfério Norte ou no hemisfério Sul, assim se podem observar diferentes regiões do Universo e consequentemente, diferentes constelações. De acordo com a União Astronómica Internacional define-se como constelação uma região do céu limitada, onde se encontram todos os Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 12 Amora – Setúbal - Portugal corpos celestes que são visíveis do planeta Terra. No Hemisfério Norte podem observar-se 88 regiões, ou seja, 88 constelações. 6.1 A Ursa Maior A Ursa Maior é uma das constelações que mais facilmente se identifica no céu. Tem forma de uma caçarola, embora alguns povos antigos a identificassem como uma caravana no horizonte, bois atrelados, uma concha e mesmo um homem sem uma perna. O par de estrelas Merak e Dubhe formam as chamadas «Guardas», muito úteis para se localizar a Estrela Polar. Curiosamente, existem duas estrelas (Mizar e Alcor) que se confundem com uma apenas, mas um bom observador consegue distingui-las a olho nu. 6.2 A Ursa Menor A Ursa Menor, ligeiramente mais pequena que a Ursa Menor, é também mais difícil de identificar, principalmente com o céu ligeiramente nublado, uma vez que as suas estrelas são menos brilhantes. A sua forma é idêntica à da Ursa Maior. Na ponta da sua «cauda» fica a Estrela Polar, bastante mais brilhante que as outras estrelas, e fundamental para a orientação. Esta estrela tem este nome precisamente por indicar a direção do Polo Norte. As restantes constelações rodam aparentemente em torno da Estrela Polar, a qual se mantém fixa. 6.3 A Orientação pelas Estrelas Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 13 Se traçarmos uma linha imaginária que passe pelas duas «Guardas» da Ursa Maior, e a prolongarmos 5 vezes a distância entre elas, iremos encontrar a Estrela Polar. A figura ilustra este procedimento, e mostra também o sentido de rotação aparente das constelações em torno da Estrela Polar, a qual se mantém fixa. Se prolongarmos uma linha imaginária passando pela primeira estrela da cauda da Ursa Maior (a estrela Megrez) e pela Estrela Polar, numa distância igual, iremos encontrar a constelação da Cassiopeia, em forma de «M» ou «W», a qual é facilmente identificável no céu. Assim, a Cassiopeia e a Ursa Maior estão sempre em simetria em relação à Estrela Polar. Para obter o Norte, para nos orientarmos de noite, basta descobrir a Estrela Polar. Se a «deixarmos cair» até ao horizonte, é nessa direção que fica o Norte.´ A observação das estrelas na esfera celeste dá uma ideia ilusória que as estrelas estão próximas umas das outras. Na realidade, podem estar muito afastadas como se pode observar no seguinte esquema: 7 Modelo heliocêntrico e geocêntrico 7.1 Luz visível e não visível A luz visível é aquela a que os nossos olhos são sensíveis, ou seja, é aquela que os nossos captam (vêm),como a luz emitida por vários corpos celestes, como, por exemplo, as estrelas. Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 Amora – Setúbal - Portugal 14 A luz não visível ou invisível é aquela a que os nossos olhos não são sensíveis, ou seja, é aquela que os nossos olhos não vêm. Alguns exemplos de luz não visível: raios X, luz infravermelha, luz ultravioleta, micro-ondas, etc. 7.2 Modelo geocêntrico e heliocêntrico O Modelo Geocêntrico, defendido pelo filósofo grego Aristóteles, no século IV a.C., colocava a Terra no centro do Universo. As observações realizadas no dia-a-dia pareciam apoiar este modelo: a Terra parecia imóvel e todos os astros observáveis (planetas e estrelas) pareciam girar à sua volta. Este modelo, também defendido por Ptolomeu, foi aceito até ao séc. XV. O Modelo Heliocêntrico coloca o Sol no centro do Universo, com os planetas a orbitarem à sua volta. Foi Nicolau Copérnico quem defendeu primeiro este modelo, e, mais tarde, Galileu Galilei. 8 A teoria do Big Bang Durante toda a história do homem, o maior mistério de todos sempre foi saber de onde viemos, ou o que teria originado o mundo e, mais tarde ainda, o universo, quando pudemos perceber que somos apenas um planeta entre bilhares flutuando um universo aparentemente Sobre homem em a só infinito. origem do falta um consenso, sobre a Terra, já existe uma explicação plausível, mas sobre o universo, talvez não haja explicação para a origem da origem. Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 15 O big-bang é a teoria mais aceita sobre o surgimento das estrelas e galáxias. O big-bang é a teoria mais aceita sobre o surgimento das estrelas e galáxias. Mas, uma teoria chega bem perto disso, a teoria do “Big Bang”. O primeiro a usar este nome para descrever a teoria que explica a origem do universo de uma “explosão” primordial, foi o físico inglês Fred Hoyle que propunha, na época, uma outra teoria para explicar a origem do cosmos, a já derrubada “teoria do universo estacionário”. Na verdade, a teoria do Big Bang, não diz que o universo se originou de uma explosão propriamente dita, porque a ocorrência de uma explosão pressupõe a existência de alguma coisa anterior que explodiu em um meio preexistente. E, no caso do universo, tudo o que existe surgiu desse ponto inicial. É difícil compreender e admitir que tudo surgiu do nada, por isso que até hoje ninguém conseguiu uma explicação racional que explicasse o que havia antes do Big Bang. As leis da física moderna não são capazes de explicar o que ocorre em um ponto onde a temperatura e a densidade são possivelmente infinitas em um volume igual a zero. Nem a teoria da Relatividade Geral, que foi uma das bases para a formulação da teoria do Big Bang consegue explicar a existência de algo antes mesmo de haver o tempo. No início do século XX, Edwin Powell Hubble observou que as galáxias estão se afastando umas das outras em um movimento de centrífuga. Então ele e seu colega Milton L. Homanson, formularam uma equação através da qual é possível calcular a velocidade de afastamento das galáxias com relação a Via Láctea de acordo com a distância que estas se encontram de nós. Eles haviam percebido que quanto mais distante uma galáxia se encontra de nós mais rápido é seu movimento de afastamento. Foi este afastamento que deu a base para que em 1927 Georges Lemaítre (cosmólogo belga) formulasse a teoria do Big Bang baseado na teoria da relatividade de Einstein e nas equações de Alexander Freima. Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 Amora – Setúbal - Portugal 16 9 Sistema solar 9.1 Constituição do sistema solar O nosso sistema é constituído por: uma estrela, o Sol, satélites naturais, planetas principais ou primários, planetas anões, cometas, asteróides e meteoróides. O Sistema Solar é constituído por oito planetas principais: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno. E cinco planetas anões: Plutão, Éris, Ceres, e mais recentemente Haumea e Makemake. Existem ainda planetas secundários, ou luas, conhecidos ainda como Satélites Naturais. 9.2 O Sol É a única estrela do Sistema Solar. Encontra-se a 150 milhões quilómetros (km) da Terra. Tal como o Sistema Solar, tem aproximadamente 5 mil milhões de anos e tudo indica estar na meia-idade. É uma estrela de média dimensão. Comparativamente à Terra, o seu diâmetro é aproximadamente 109 vezes maior. É constituído por gás, na sua maioria hidrogénio ionizado. Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 17 O Sol liberta um conjunto de radiação e partículas carregadas que são ejectadas e se propagam pelo Sistema Solar a que se dá o nome de vento solar. A gravidade existente origina, no seu núcleo, uma enorme pressão (milhares de milhões de vezes a pressão atmosférica terrestre) e uma temperatura de 16 milhões de graus, o que lhe permite manter a reacção de fusão nuclear que, por sua vez, liberta energia suficiente para impedir o seu colapso gravitacional. A energia libertada corresponde à explosão de 100 mil milhões de toneladas de TNT por segundo. No núcleo produz-se energia, a temperatura atinge 8 milhões de graus e baixa até aos 7000 °C na superfície. Na superfície do Sol (fotosfera) a radiação solar liberta-se para o espaço. Encontramos, na fotosfera, zonas escuras denominadas manchas solares. Por cima da fotosfera existe uma faixa avermelhada que é envolta pela coroa solar. A coroa só é visível durante um eclipse e atinge normalmente um milhão de graus. O Sol tem períodos de maior actividade, onde surgem manchas e erupções na fotosfera com maior intensidade. Existe um ciclo de 11 anos. As erupções mais violentas libertam energia equivalente a milhões de bombas nucleares e podem interferir com os satélites e perturbar as telecomunicações. 9.3 Os cometas Um cometa é o corpo menor do sistema solar, Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 Amora – Setúbal - Portugal 18 semelhante a um asteróide, mas composto principalmente por gelo. No nosso sistema solar, as órbitas dos cometas estendem-se para lá da órbita de Plutão. Entre os primitivos e silvícolas inspiravam superstições e temores, associados a anjos, demónios ou entidades espirituais providas de poder sobre os povos. A constituição básica de um cometa aparentemente é um núcleo de dimensões relativamente pequenas que em princípio mostra estar envolto por uma névoa brilhante e uma coma, ou cabeleira, cuja forma é aparentemente esférica. À medida que se aproxima do Sol, o seu brilho vai aumentando progressivamente; normalmente começa por cauda que aparecer pode alcançar até milhares de uma chegar a centenas de quilómetros de extensão. 9.4 Os asteroides Um asteróide é um corpo menor do sistema geralmente da algumas centenas solar, ordem de de quilómetros apenas. É também chamado termo de planetóide. "asteroide" deriva O do grego "astér", estrela, e "óide", sufixo que denota semelhança. Já foram catalogados mais de 3 mil asteroides, sendo que diversos deles ainda não possuem dados orbitais calculados; provavelmente existem ainda milhares de outros asteroides a serem descobertos. Estima-se que mais de 400 mil possuam diâmetro superior a 1 quilómetro. Os asteroides estão concentrados numa órbita cuja distância média do Sol é em torno de 2,17 a 3,3 unidades astronómicas, entre as órbitas de Marte e Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 19 Júpiter. Esta região é conhecida como Cintura de Asteróides. No entanto, dentro desta cintura há diversas faixas que estão praticamente vazias (são as chamadas Lacunas de Kirkwood), que correspondem a zonas de ressonância onde a atração gravitacional de Júpiter impede a permanência de qualquer corpo celeste. Alguns asteróides, no entanto, descrevem órbitas muito excêntricas, aproximando-se periodicamente dos planetas Terra, Vénus e, provavelmente, Mercúrio. Os que podem chegar perto da Terra são chamados EGA (earthgrazers, ou earth-grazing asteroides). Um deles é o famoso Eros, que se pode observar na figura ao lado. Ceres era considerado o maior asteróide conhecido, possuindo diâmetro de aproximadamente 1000km, mas desde 24 de Agosto de 2006 passou a ser considerado um planeta anão. Possui brilho variável, o que é explicado pela sua forma irregular, que reflete como um espelho a luz do Sol em diversas direções. 9.5 Os Satélites Naturais Um satélite natural, lua, ou planeta secundário é um astro que circula em torno de um planeta principal, isto é, não orbita em torno de uma estrela. Por exemplo, a Lua é um satélite da Terra. Porém, algumas luas são maiores que alguns planetas principais, como Ganimedes e Titã, satélites de Júpiter e Saturno, respetivamente, que são maiores que Mercúrio. Assim sendo estes satélites, se girassem em volta do Sol, seriam considerados planetas principais. Apesar disso, existem outros satélites que são muito menores e têm menos de 5 km de diâmetro, como várias luas do planeta Júpiter. 9.6 Os meteoroides O que são os meteoroides? Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 Amora – Setúbal - Portugal 20 Os meteoroides são fragmentos de materiais que vagueiam pelo espaço interplanetário. Os meteoróides derivam de corpos celestes como cometas e asteróides e podem ter origem em ejeções de cometas que se encontram em aproximação ao sol, na colisão entre dois asteróides, ou mesmo ser um fragmento de sobra da criação do sistema solar. Entre celestes todos que os corpos compõem o Sistema Solar, os meteoróides são, talvez, interessantes os sob mais diversos pontos de vista. No contexto da família do Sol, são os astros que exibem pequenas dimensões, apresentam-se porém, em número gigantesco. São também os únicos corpos celestes com que o homem pode ter contacto direto, sem precisar abandonar a superfície do planeta. Normalmente na linguagem popular, meteoros e meteoritos são utilizados como sinónimos, mas em termos físicos não significam a mesma coisa. Ao entrar em contacto com a atmosfera da Terra, um meteoróide passa a chamar-se de meteoro, desde que se desfaça na atmosfera e não chegue a atingir a superfície do planeta. Meteoróides que atingem a superfície da Terra são denominados meteoritos, que formam crateras por vezes muito grandes. 9.6.1 Qual é a origem dos meteoróides? Cerca de setenta por cento dos meteoroides que acabam por entrar na atmosfera terrestre vieram do espaço interestelar, sendo que este dado foi obtido através de pesquisas sobre a direção e a velocidade dos meteoroides. Outra provável origem destes corpos é a de virem da Cintura de Asteroides, região situada entre Marte e Júpiter onde fragmentos de rocha circundam o Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo Sol. 21 A Cintura Asteroides contém de principal asteróides com semieixo maior de 2,2 a 3,3 Unidades Astronómicas (UA), correspondendo a períodos orbitais de 3,3 a 6 anos. Provavelmente mais de 90% de todos os asteróides neste estão Cinturão ou nesta Cintura. Os grandes asteróides têm densidade da ordem de 2,5. Existem aproximadamente 200 asteróides com diâmetro maior de 1 km, que se aproximam da Terra, colidindo com esta a uma taxa de aproximadamente 1 objeto a cada 1 milhão de anos. São descobertos por ano, cerca de 2 a 3 novos meteoróides, sendo as suas órbitas muitas vezes instáveis. Inúmeros meteoróides acompanham os planetas nas suas órbitas e em especial os que estão presentes na órbita da Terra geram a chamada Luz Zodiacal, fraca luminosidade que se estende na região do zodíaco, depois do pôr-do-sol e antes do seu nascer e que é produzida pela reflexão da luz solar em partículas meteoríticas que se localizam próximas ao plano da eclíptica. Além disso, os astrónomos descobriram que há verdadeiros cinturões de meteoróides que acompanham alguns cometas, como o cometa Halley, entre outros. 9.7 Planetas anões Um planeta anão é muito semelhante a um planeta (porém menor), dado que orbita em volta do Sol e possui gravidade suficiente para assumir uma forma com equilíbrio hidrostático (aproximadamente esférica). Porém, não possui Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 Amora – Setúbal - Portugal 22 uma órbita desimpedida. Um exemplo é Ceres que, localizado na cintura de asteroides, possui o percurso da sua órbita repleto daqueles pequenos astros. É muito difícil a classificação dos planetas-anões. Segundo a UAI (união astronômica internacional), um planeta anão é um objeto que orbita o Sol, com uma forma redonda e que está acompanhado de outros objetos numa mesma região. Porém, observando corpos frios e que estão distantes do nosso sistema, apenas se consegue obter o seu brilho com precisão - nunca a sua forma. Este facto demonstra-nos como é delicada a classificação das classes de objetos no nosso sistema solar.1 Atualmente conhecem-se cinco planetas anões no sistema solar. São eles: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris, sendo os quatro últimos do tipo plutoide, ou seja, planetas-anões que orbitam para além da órbita de Neptuno, nos recônditos do sistema solar. 9.8 Características dos Planetas 9.8.1 Planetas telúricos Os quatro planetas mais próximos do Sol constituem o grupo dos planetas telúricos e têm como características comuns a presença de crostas sólidas formadas sobretudo por silicatos, além de núcleos cuja composição possui elevada percentagem de ferro. Durante o período de formação planetária, a ausência de gelo na região mais interior do sistema e a massa modesta desses corpos não favoreceram a retenção de gases da nebulosa solar, razão pela qual são essencialmente rochosos. Nenhum apresenta um sistema de anéis planetários e somente a Terra e Marte possuem satélites naturais. Mercúrio tem uma atmosfera extremamente rarefeita, em contraste com a espessa camada de gases que envolve o planeta Vênus. A atmosfera terrestre, por sua vez, possui uma composição peculiar devido à presença de seres vivos que com ela interagem, transformando-a, enquanto a de Marte mostra-se bastante rarefeita, embora seja provável que outrora tenha sido espessa o suficiente para garantir a presença de água em estado líquido. Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 23 9.8.1.1 Mercúrio O planeta mais próximo do Sol, que gasta somente oitenta e oito dias para completar seu período de translação, possui uma aparência acinzentada com inúmeras marcas de impactos que lembram a superfície lunar. Na topografia de Mercúrio, destacamse as áreas planas, as crateras de impacto e as cadeias montanhosas sinuosas, formadas pela contração da crosta durante o período de resfriamento do planeta. Mercúrio possui uma atmosfera extremamente rarefeita, formada somente de partículas retidas do vento solar que logo se perdem devido à intensa radiação oriunda da estrela. Por isso, a temperatura na superfície chega a ultrapassar 420 graus Celsius durante o dia e cai drasticamente durante a noite, atingindo -180°C. Também por causa da ausência de uma atmosfera substancial que pudesse desencadear processos erosivos, conservaram-se registros dos impactos de meteoroides, asteroides e cometas que ocorreram há bilhões de anos e que deixaram marcas por vezes extensas, como a bacia Caloris, com mais de 1 500 quilômetros de diâmetro. Mercúrio é o segundo planeta mais denso do Sistema Solar, com um núcleo metálico cujo raio equivale a 75% do total do planeta e que é responsável pela manutenção de um fraco campo magnético. Existem evidências da presença de água sob a forma de gelo em crateras profundas nos polos norte e sul que nunca recebem a luz do Sol diretamente. 9.8.1.2 Vénus O segundo planeta a partir do Sol possui tamanho, composição e massa similares à Terra. Contudo, o seu período de rotação é de 243 dias, superior ao tempo que Vênus leva a completar uma órbita ao redor do Sol, pelo que um dia venusiano é mais longo que um ano venusiano. Apesar de o núcleo ferroso de Vênus ser similar ao da Terra, a Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 Amora – Setúbal - Portugal 24 rotação extremamente lenta de Vênus não permite a existência de um campo magnético. A atmosfera venusiana, extraordinariamente espessa e violenta, é composta primariamente por dióxido de carbono e vapores de ácido sulfúrico na forma de nuvens permanentes que envolvem todo o planeta. Como consequência, além de uma intensa pressão atmosférica (noventa vezes superior à pressão atmosférica terrestre), ocorre um superefeito estufa que faz com que a temperatura na superfície atinja mais de 470 graus Celsius. A cobertura permanente de nuvens impede a observação direta das características da superfície, pelo que o seu mapeamento é efetuado por meio de radar e de sondas enviadas ao planeta. Tais pesquisas sugerem que o relevo de Vênus foi alterado em quase sua totalidade por ação da atividade vulcânica entre trezentos e quinhentos milhões de anos atrás. Em seu estado atual destacam-se duas regiões elevadas, a Terra de Ishtar e a Terra de Afrodite, além dos Montes Maxwell, um maciço montanhoso onde se localiza o ponto mais alto do planeta, comparável ao Monte Everest na Terra. Na geografia do planeta são igualmente característicos diversos canais que se estendem por milhares de quilômetros, criados por fluxos de lava. 9.8.1.3 Terra O maior planeta telúrico e o quinto maior do Sistema Solar é o terceiro a contar do Sol. O seu núcleo é constituído principalmente por ferro, ao redor do qual encontra-se uma camada de rochas fundidas, por sua vez cercada por uma crosta relativamente fina e dividida em placas tectónicas em constante movimento, responsáveis pelas atividades sísmica e vulcânica na Terra. O núcleo metálico e a rotação do planeta permitem a formação de um substancial campo magnético. Com mais de setenta por cento de sua superfície coberta por água, a Terra apresenta uma peculiaridade em relação aos demais planetas, já que é o único conhecido a abrigar vida. Os seres que nele habitam influenciam a composição e a dinâmica da atmosfera terrestre, Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 25 formada principalmente por nitrogénio e oxigénio. A inclinação do eixo de rotação é responsável pela ocorrência de estações que regulam o clima. Nosso planeta possui somente um satélite natural, a Lua. Como praticamente não possui atmosfera nem está sujeita a outros agentes erosivos, a superfície lunar encontra-se coberta por marcas de impacto de outros corpos na forma de inúmeras crateras. Visualmente, a Lua é dividida em duas regiões conforme sua coloração: as terras altas, geralmente mais claras, e os mares, bacias de impacto preenchidas com lava que se mostram mais escuras. O período de rotação do satélite (cerca de 27 dias) é exatamente igual ao período de translação em torno da Terra, o que faz com que a Lua tenha sempre a mesma face voltada para o planeta (fenómeno denominado rotação sincronizada). Dentre as influências que a presença da Lua provoca na Terra, pode-se ressaltar a ocorrência das marés e a estabilidade no eixo de rotação do planeta. As primeiras sondas para explorar o satélite foram enviadas em 1959 e, dez anos depois, uma missão tripulada veio a realizar uma alunissagem, o que fez da Lua o primeiro e único corpo celeste visitado por humanos até o presente. 9.8.1.4 Marte O planeta telúrico mais afastado do Sol passou a ser um mundo intrigante a partir do advento Exibindo das observações calotas características polares superficiais telescópicas. variáveis e mutantes, levantava suspeitas da possível existência de vida fora da Terra. Contudo, após o envio de sondas e exploradores robóticos, descobriu-se que Marte é um planeta desértico e não se constatou a existência de seres vivos. Com metade do tamanho da Terra, apresenta acidentes geográficos notáveis, como o Monte Olimpo, o maior vulcão extinto do Sistema Solar, com altitude três vezes maior do que a do Monte Everest, e o Valles Marineris, um sistema de cânions que se estende por mais de três mil quilômetros na região equatorial. Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 26 Amora – Setúbal - Portugal A atmosfera marciana, embora bem mais rarefeita do que a atmosfera terrestre, pode apresentar tempestades globais durante semanas, que levantam a poeira da superfície (rica em minérios de ferro, daí a coloração avermelhada predominante) e alteram completamente as características visuais do planeta. Por vezes formam-se nuvens de vapor de água e neblina sobre vales e crateras, provocando eventuais precipitações sob a forma de neve nas calotas polares. Evidências geológicas sugerem que Marte já foi um planeta rico em água, cuja quantidade teria sido suficiente para escavar os vales existentes atualmente, o que reforça também a possibilidade de o planeta, em determinado momento de sua história, ter abrigado alguma forma de vida. Marte possui dois satélites naturais, Fobos e Deimos, ambos de reduzidas dimensões e formato irregular, tratando-se provavelmente de asteroides capturados pela gravidade do planeta. 9.8.2 Planetas gigantes Os quatro maiores e mais afastados planetas do Sistema Solar formam o grupo dos gigantes gasosos, todos com dimensões consideravelmente superiores às da Terra. Seu tamanho e constituição distinguem-nos dos telúricos, pelo que também recebem a denominação de planetas jovianos, em alusão ao maior componente deste conjunto, Júpiter. Formados principalmente por hidrogênio e hélio além de uma pequena fração de elementos mais pesados, possuem baixa densidade. Apesar de estarem afastados do Sol, o calor irradiado de seus interiores aliado a sua composição gasosa faz com que suas atmosferas sejam extremamente espessas e turbulentas, não existindo uma superfície definida em tais corpos. Também possuem em comum um núcleo rochoso, possivelmente com dimensões comparáveis ao da Terra, que seria o componente original dos planetas antes da absorção de gases e gelo durante sua formação. Todos eles apresentam igualmente numerosos satélites naturais e sistemas de anéis, além de campos magnéticos. Os dois mais distantes do Sol, Úrano e Neptuno, são por vezes denominados gigantes de gelo, dada a sua composição diferenciada em relação aos outros planetas gasosos. Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 27 9.8.2.1 Júpiter O maior e mais massivo planeta do Sistema Solar exibe peculiares faixas multicoloridas criadas por fortíssimos ventos que percorrem faixas longitudinais na parte superior de sua atmosfera. Frequentemente surgem nessas bandas vórtices e sistemas de tempestades circulares, como a Grande Mancha Vermelha, uma tormenta maior que a Terra que já dura por séculos. Dentre os gases que compõem sua atmosfera, hidrogênio e hélio são os mais abundantes, seguidos por pequenas frações de vapor d'água, metano e amônia. Nas camadas gasosas inferiores do planeta, a pressão atmosférica é suficiente para liquefazer o hidrogênio. Já nas camadas mais internas do planeta, o mesmo elemento adquire propriedades metálicas e se torna eletricamente condutivo, dando origem, através do fluxo de cargas elétricas, a um poderoso campo magnético cuja intensidade é vinte mil vezes superior ao que é produzido pela Terra. O número total de satélites naturais de Júpiter excede 60, sendo que os quatro maiores e mais notáveis recebem a denominação particular de luas galileanas, por ter sido Galileu Galilei quem as primeiro observou por meio de um telescópio em 1610. Numa órbita interior à dos outros três, Io é o corpo geologicamente mais ativo do Sistema Solar, com vários vulcões continuamente renovando a matéria em sua superfície. Europa atrai especial atenção devido à expectativa de que alguma forma de vida habite o imenso oceano de água em estado líquido (cujo volume pode exceder o dobro de toda a água da Terra) que se considera existir sob a camada de gelo que envolve a lua. Ganimedes, o maior satélite natural no Sistema Solar e o único que mantém seu próprio campo magnético, ultrapassa as dimensões de Mercúrio. Por fim, a superfície extremamente antiga e repleta de crateras de Calisto é uma recordação visível dos eventos que ocorreram no início da história do Sistema Solar. Outra peculiaridade desses satélites são suas interações gravitacionais; Io, por exemplo, oscila entre a atração gravitacional exercida por Júpiter e a que sofre por parte de Europa e Ganimedes. Tal como acontece Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 Amora – Setúbal - Portugal 28 com a Lua, que mostra sempre a mesma face voltada para a Terra, também as luas de Galileu apresentam uma rotação sincronizada com Júpiter, provocando o mesmo efeito. O planeta possui ainda um tênue sistema de anéis, de difícil observação por ser formado de minúsculas partículas de baixo albedo. 9.8.2.2 Saturno O segundo maior planeta do Sistema Solar possui uma composição semelhante à de Júpiter, rica em hidrogênio e hélio. Sua atmosfera, em função do calor irradiado do interior de Saturno, apresenta-se em constante turbulência, com ventos de mais de 1 800 quilômetros por hora que criam bandas visíveis nas suas camadas superiores em tons de amarelo e dourado. Embora mais fraco que o de Júpiter, o campo magnético do planeta ainda é quinhentas vezes mais intenso que o terrestre. Contudo, a característica mais notável de Saturno é seu impressionante sistema de anéis, formado essencialmente por fragmentos de gelo que se espalham por faixas, com milhares de quilômetros de extensão e paralelo ao equador do planeta. Sua espessura média é de apenas dez metros, nunca excedendo 1,5 quilômetro, e a maioria dos corpos que o compõem apresentam tipicamente dimensões entre um centímetro e dez metros. Os satélites naturais de Saturno ostentam peculiaridades únicas no Sistema Solar. O maior deles, Titã, é envolvido por uma espessa atmosfera composta principalmente de nitrogênio, provavelmente similar à da Terra antes do surgimento das primeiras formas de vida. Jápeto possui um hemisfério com coloração brilhante e outro escuro, além de uma cordilheira que se estende exatamente sobre seu equador. Mimas apresenta uma cratera gigantesca resultante de um impacto que quase rompeu o satélite ao meio. Rico em gelo, Encélado mostra indícios de atividade vulcânica, com ejeções de vapor de água no hemisfério sul. No total, Saturno possui 53 satélites naturais, muitos deles descobertos somente através de sondas espaciais. Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 29 9.8.2.3 Úrano O sétimo planeta a partir do Sol foi o primeiro a ser descoberto com o auxílio de um telescópio em 1781. À semelhança de Vênus, o sentido de rotação de Úrano é retrógrado relativamente ao da maioria dos corpos do Sistema Solar. Além disso, seu eixo de rotação é extremamente inclinado, fazendo com que cada um dos polos do planeta fique diretamente voltado para o Sol durante um longo período. A atmosfera de Úrano, formada principalmente de hidrogênio e hélio, além de uma pequena quantidade de metano (responsável pela coloração azul-esverdeada) e água, mostra-se dinâmica conforme as mudanças de estação do planeta. No seu interior, possivelmente se aloja uma camada líquida de água, metano e amônia. Também possui um sistema de anéis com faixas estreitas e composto por partículas escuras nos anéis mais internos e brilhantes nos mais externos. Os satélites naturais de Úrano, que totalizam 27, foram designados segundo os nomes de personagens das obras de William Shakespeare e da sátira The Rape of the Lock ("O Rapto da Madeixa") de Alexander Pope, exceção à prática mais corrente de se associarem às luas nomes de figuras da mitologia greco-romana. Oberon e Titânia são os maiores corpos que orbitam o planeta, enquanto Ariel tem a superfície mais brilhante e possivelmente a mais recente dentre os satélites de Úrano, com poucas crateras de impacto. Miranda, por sua vez, apresenta intrigantes cânions onde áreas cuja superfície parece antiga se estendem ao lado de outras de aspeto recente. Todos estes satélites aparentam ser formados de uma mistura entre rochas e gelo. Os demais corpos ao redor de Úrano provavelmente são asteroides capturados pela gravidade do planeta. 9.8.2.4 Neptuno O gigante e gelado Neptuno é o planeta mais afastado do Sol e foi o primeiro a ser localizado a partir de cálculos matemáticos em vez de observações regulares do céu. Sua busca foi motivada por se terem constatado Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 Amora – Setúbal - Portugal 30 irregularidades na órbita de Úrano que só poderiam ser explicadas pela interação com considerável um corpo ainda de massa desconhecido. Observações subsequentes da área onde Neptuno se deveria encontrar, segundo os resultados calculados, vieram comprovar a sua existência. A extremamente violenta atmosfera netuniana, com ventos cuja velocidade excede nove vezes a dos mais intensos que ocorrem na Terra, apresenta relevante percentagem de metano, responsável por sua coloração azulada. Frequentemente surgem sistemas de tempestades circulares no planeta, como a grande mancha escura, um sistema anticiclónico maior que a Terra que desapareceu alguns anos após ser fotografado pela sonda Voyager 2. Presume-se que as camadas intermediárias de Neptuno sejam formadas por compostos gelados, como amônia e água, ao redor de um núcleo rochoso. 48 Dos catorze satélites naturais conhecidos de Neptuno, o maior e mais intrigante é Tritão, que orbita o planeta em direção oposta à dos demais. Apesar de extremamente gelado (com temperaturas inferiores a -230 graus Celsius), apresenta formações semelhantes a geiseres que expelem gelo da superfície, além de uma tênue atmosfera que, por razões desconhecidas, está se tornando mais quente. Muitas das outras luas são pequenas e escuras, razão pela qual foram descobertas somente após o envio de sondas espaciais. O sistema de anéis do planeta exibe diversas irregularidades, sendo preenchido de forma muito desigual, que não só apresentam indícios de serem recentes como também efêmeras. 10 Distâncias no Universo 10.1 Unidade Astronómica Distância média da Terra ao Sol e que corresponde a cerca de 150 milhões de quilómetros. Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 31 Unidade de distância adequada para expressar os valores ao nível do Sistema Solar. Na figura seguinte pode visualizar-se as distâncias aproximadas do Sol aos diferentes planetas interiores do Sistema Solar: Na figura seguinte pode visualizar-se as distâncias aproximadas do Sol aos diferentes planetas exteriores do Sistema Solar, (os planetas interiores estão representados pelos círculos pequeninos junto ao Sol, devido à escala utilizada). Nota - Plutão não é um planeta principal, mas um planeta anão. 10.2 Ano-luz 10.2.1 Velocidade da luz A luz demora apenas 1 segundo a percorrer a distância de 300.000 km. Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 Amora – Setúbal - Portugal 32 (Uma partícula de luz, denominada de fotão, demora cerca de 0,01 s (uma centésima de segundo) a ir de Lisboa a Paris! Teclar duas vezes seguidas numa tecla demora mais que isto!). 10.2.2 Anos-luz (a.l.) É a distância percorrida pela luz durante um ano, quando a mesma se propaga à velocidade da luz, ou seja, a 300.000 km/s. Estas unidades são utilizadas normalmente, para expressar as distâncias entre as estrelas e entre as galáxias. 1 ano luz corresponde a 9.460.800.000.000 km (9,5 biliões de km) Exemplos: Estrela Próxima de Centauro - a mais próxima do Sistema Solar - encontra-se a 4,2 anos-luz. A luz demora 4,2 anos a viajar dessa estrela até nós. Significa que quando olhamos para essa estrela, no céu, estamos a ver uma imagem, da estrela, há 4 anos atrás... (quem sabe como estará neste momento!). A estrela Vega encontra-se a 26 anos-luz. Vemos uma imagem da estrela, no céu, de há 26 anos atrás! 11 Conclusão Com a realização deste trabalho fiquei a saber introduzir o índice automaticamente e aprendi a formatar um documento. Tive dificuldade em formatar os títulos e em configurar o cabeçalho e o rodapé. Gostei de elaborar esta pesquisa, em especial de procurar as imagens na Internet e também de aprender mais informações sobre o Universo. Catarina Candeias 7ºA Nº4 O Universo 33 12 Para pensar Será que o Universo tem fim? Tecnologias de Informação e Comunicação 2014 34 Catarina Candeias Amora – Setúbal - Portugal 7ºA Nº4