análise de deslizamentos ocasionados por chuvas intensas

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 INSTITUTO FEDERAL DE SANTA
CATARINA
CURSO TÉCNICO DE METEOROLOGIA
PROFESSOR ORIENTADOR:
MICHEL MUZA E ELIANE BARETA
TUYANE VIRÍSSIMO
ANÁLISE DE DESLIZAMENTOS OCASIONADOS POR
CHUVAS INTENSAS
FLORIANÓPOLIS – SANTA CATARINA
JUNHO DE 2011
RESUMO
Abordo a ocorrência de chuvas intensas que atingem áreas socialmente habitadas,
resultando em deslizamentos naturais. Sendo que a gravidade é a força elementar por
trás de qualquer deslizamento nas superfícies que ficam juntas por várias forças, a mais
importante é o atrito, pela qual todos os relevos são formados entre a capa do sedimento
e o leito de rocha. Alguns mais presos que os outros assim podem iniciar o movimento
da massa de terra, como ocorreu no Rio de Janeiro. Esse deslizamento em Nova
Friburgo foi um desastre que gerou muitas vítimas e prejuízos, suas causas e
consequências foram presenciadas nesse ano de 2011. Entre os fatores que contribuem
para gerar esse fenômeno, inclui o conhecimento dos solos, no qual tem uma
característica para cada camada, sendo a primeira considerada fértil. É propícia para o
plantio, mas há camadas que são compostas por areia, na qual deixa mais favorável a
entrada de ar e água. As chuvas em excesso podem criar rachaduras e também deixam o
solo encharcado, facilitando no deslizamento de terra. Para evitar as tragédias existem
algumas medidas como o planejamento urbano territorial, e também meios de amenizar
os danos nas comunidades.
Palavras-chave: Deslizamentos de terra. Chuvas Intensas. Desastres Naturais.
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Deslizamento Nova Friburgo, RJ.............................................................6
FIGURA 2 – Deslizamento de terra no Rio de Janeiro..................................................7
FIGURA 3 – Grãos de Solo...........................................................................................9
FIGURA 4 – Chuvas convectivas.................................................................................11
FIGURA 5 – Chuvas orográficas ou de relevo.............................................................12 FIGURA 6 - Chuvas frontais........................................................................................13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................5
1.1 OBJETIVO.............................................................................................................5
1.1.1 Objetivo Geral.......................................................................................................5
1.1.2 Objetivo específico................................................................................................5
2 PRINCIPAIS CAUSAS DO DESLIZAMENTO NO BRASIL.................................6
3 DESLIZAMENTO RECENTE...................................................................................7
4 CARACTERÍSTICAS DO SOLO..............................................................................8
4.1.1 Funções do solo......................................................................................................9
4.1.2 Composições do solo............................................................................................10
5 CHUVAS INTENSAS..............................................................................................10
6 CHUVAS CONVECTIVAS......................................................................................11
7 CHUVAS OROGRÁFICAS.....................................................................................12
8 CHUVAS FRONTAIS..............................................................................................12
9 CONCLUSÃO..........................................................................................................14
10 REFERÊNCIAS.....................................................................................................15
1 INTRODUÇÃO
Os deslizamentos em encostas e morros urbanos vêm ocorrendo com uma grande
frequência nestes últimos anos, pois está tendo um crescimento desordenado das
cidades, e a ocupação de novas áreas de risco, principalmente pela população mais
carente. (DEFESA CIVIL). A época de ocorrência dos deslizamentos coincide com o
período das chuvas prolongadas, que seria no verão devido à aproximação do sol na
terra iniciando o ciclo da evaporação. A água escoada será infiltrada e irá desestabilizar
as encostas, devido os morros serem terrenos inclinados e quando a água entra na terra,
deixa o solo propício ao deslizamento. Os movimentos das massas de terra destroem a
paisagem criada pelo homem, deixando vítimas fatais e grandes prejuízos materiais.
1.1 OBJETIVOS
1.1 Objetivo Geral
Investigar o motivo dos deslizamentos relacionados ao aumento da população em
áreas de risco.
1.2 Objetivos Específicos
a) buscar as principais causas do deslizamento no Brasil.
b) análisar fenômenos precipitantes que resultam em deslizamentos.
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2
PRINCIPAIS CAUSAS DO DESLIZAMENTO NO BRASIL
O deslizamento de terra é um fenômeno geológico, no qual ocorrem grandes
movimentos no solo. Resulta-se em quedas de rochas, carências de terras e o fluxo de
detritos presente no solo. A principal causa dos deslizamentos de terra é à força da
gravidade sobre as encostas, mas também existem outros fatores que contribuem para o
deslizamento das terras. A corrosão dos rios é um exemplo, que na presença das chuvas,
faz com que crie encostas inclinadas. Outro fator é a exposição do solo que sofre
compactação devido ao impacto das gotas de chuva, e acabam surgindo áreas de
escoamento e consequente surgimento de rachaduras e fendas que tendem a favorecer os
deslizamentos, como mostra a imagem abaixo. A construção de estradas e edificações
em locais inadequados, como morros em áreas de riscos até mesmo terreno inclinado
que possui a vegetação na base bananeiras. Esse tipo de vegetação tem a raiz curta, na
qual não fixa no solo e acaba acumulando água, contribuindo para a ocorrência de
deslizamentos. Em climas tropicais, como no Brasil, o índice de pluviosidade é
geralmente alto o que faz com que o solo fique encharcado, favorecendo os movimentos
de massa. É possível evitar o deslizamento de terras, para isso, a restauração da
vegetação é fundamental, pois ela reduz o impacto da chuva sobre o solo evitando a
compactação e alguns tipos de plantas ainda possuem sistemas radiculares que
favorecem a agregação do solo. A criação de terrenos na forma de degraus, para que o
solo seja protegido das águas da chuva, também é uma alternativa para evitar
deslizamentos.
Fonte:< http://www.essaseoutras.com.br/deslizamentos‐no‐rio‐matam‐mais‐de‐200‐pessoas> FIGURA 1 – Deslizamento Nova Friburgo, RJ. 7
3 DESLIZAMENTO RECENTE
Os deslizamentos ocorridos no Rio de Janeiro no período de janeiro de 2011, foi
considerado um desastre, do ponto de vista do solo não passa de um evento natural.
Esse fenômeno é um movimento de massas em que as rochas e sedimentos se soltam de
um leito de rocha estável ao longo de uma zona diferente de fraqueza. A imagem abaixo
retrata o deslizamento de terra provocado no Rio de Janeiro, início de 2011.
Fonte:<https://EIwB_dI8to8/TW1V8vNe7dI/AAAAAAAAAH0/58zrzAx_oCI/s1600/comoAconteceDesl
izamentoA s_RTE.gif>
FIGURA 2 – Deslizamento de terra no Rio de Janeiro.
A superfície da terra consegue se manter intacta devido à atuação de várias forças,
sendo a principal delas o atrito. Todos os relevos são formados pelo atrito entre a capa
do sedimento e o leito de rocha, alguns são mais presos que outros. Assim os
deslizamentos ocorrem quando a gravidade supera a força do atrito. Mas no Rio de
Janeiro, a água foi o agente que provocou a disparidade de forças e consequentemente
iniciou o deslizamento. A água reduz o atrito entre o leito de rochas e o sedimento, e a
gravidade faz os detritos rolarem para abaixo. Nos solos arenosos e argilosos, um pouco
de água pode aumentar a estabilidade. Água em excesso deixa o solo encharcado e faz
com que o sedimento escorregue, levando junto o que estiver no caminho.
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Os seres humanos podem alterara o meio ambiente e deixa os deslizamentos mais
propícios, como as atividades de mineração, desmatamento e construção de estradas
podem causar danos à estrutura do solo. Não muitas medidas para evitar um
deslizamento, porém algumas atitudes podem ser tomadas para prevenir este evento.
No caso do Rio de Janeiro havia um mapeamento precedente, pois em junho de
2004, o Instituto de Geociências da Universidade Federal Fluminense (UFF) entregou à
prefeitura um mapeamento com todas as áreas de risco de Niterói. No documento, o
Morro do Bumba, onde ocorreu o grave deslizamento, era apontado como uma região
de extremo risco, onde facilmente poderiam ocorrer desastres devido ao fluxo de
detritos acumulados no solo. Um estudo mais recente, concluído em 2007, apontou 142
pontos de risco em 11 regiões da cidade.
4 CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS
Entre os elementos necessários para se iniciar o fenômeno do deslizamento, o solo
é a matéria essencial, ele recobre a superfície terrestre emersa, entre a litosfera e a
atmosfera. Os solos são constituídos de três fases: sólida (minerais e matéria orgânica),
líquida (solução do solo) e gasosa (ar). Essas fases podem ser encontradas em diferentes
proporções, depende dos fatores como tipo de solo e forma de utilização.
Solos estão constantemente em desenvolvimento, devido ao tempo e clima que
vem atuando. Um solo é o produto de uma ação combinada e concomitante de diversos
fatores. Alem disso, sao fatores da formação do solo, os organismos, seu material de
origem, tempo e relevo.
A imagem apresenta um solo seco e composto por grãos grandes, no qual facilita a
entrada de água entre ele, ocasionando o movimento das massas de terra.
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Fonte:< http://www.webartigos.com/articles/24855/1/A-Agua-e-os-Poros-do-Solo/pagina1.html>
FIGURA 3 – Grãos de Solo.
4.1.1 FUNÇÕES DO SOLO
O solo é utilizado pelas plantas para o seu crescimento, nele os vegetais buscam os
nutrientes para se desenvolverem. É também responsável pelo controle do fluxo da água
e pela ação protetora da qualidade da água subterrânea, o lençol freático.
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4.1.2 COMPOSIÇÕES DO SOLO
O solo é a camada mais superficial da crosta, é composto por sais minerais
dissolvidos na água, seres vivos e rochas em decomposição.
Há muita variação de terreno a terreno dos elementos do solo, mas basicamente
existem quatro camadas principais:
A primeira camada é rica em húmus, detritos de origem orgânica. Essa camada é
chamada de camada fértil. Ela é a melhor para o plantio, e é nessa camada que as
plantas encontram alguns sais minerais e água para se desenvolver.
A outra camada é a camada dos sais minerais. Ela é dividida em três partes:
a) Primeira parte é a do calcário. Corresponde entre 7 e 10% dessa camada.
b) Segunda parte é a da argila, formada geralmente por caolinita, caulim e
sedimentos de feldspato. Corresponde a 20 a 30% dessa camada.
c) Última parte é a da areia. Esta camada é muito permeável e existem espaços
entre as partículas da areia, permitindo que entre ar e água com mais facilidade.
Esta parte corresponde a 60 a 70% da camada em abertura com o Magma.
A terceira camada é a das rochas parcialmente decompostas. Depois de se
decomporem totalmente, pela ação da erosão e agentes geológicos, essas rochas podem
virar sedimentos.
A quarta camada é a de rochas que estão inicialmente começando a se decompor.
Essas rochas podem ser chamadas de rocha matriz.
5 CHUVAS INTENSAS
As chuvas intensas acontecem com frequência no verão, período que ocorre mais
evaporação e consequentemente a precipitação. É nessa época que as chuvas interagem
por mais tempo, assim as grandezas da intensidade e duração são inversamente
proporcionais, a relação entre elas pode ser obtida pela análise de registros
pluviográficos. Os dados de chuvas intensas são obtidos dos registros pluviográficos, na
forma de pluviogramas, que seria diagramas de precipitação acumulada ao longo do
tempo.
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As durações são de 5, 10, 15, 30 e 45 min e 1, 2, 3, 6, 12 e 24 horas. Os limites de
duração são fixados em cinco minutos e 24 horas. Cinco minutos representa o menor
intervalo que se pode ler nos registros pluviográficos com precisão adequada dos
gráficos, estabelece para as diversas durações as maiores intensidades ocorrida durante
dada chuva, e nas durações maiores que 24 horas, podem ser utilizados dados
observados
em
pluviômetros.
COMPUTACIONAL,
(LABORATORIO
DE
HIDRÁULICA
2011).
Entre os tipos de chuvas exite a convectiva, orográfica e frontal, e entre elas suas
semelhanças e diferenças. As características se tornam um referêncial entre elas.
6 Chuvas convectivas
Chuvas Convectivas são precipitações formadas pela ascensão das massas de ar
quente da superfície, carregadas de vapor d'água. A imagem abaixo apresenta que ao
subir o ar sofre resfriamento provocando a condensação do vapor de água presente e,
consequentemente, a precipitação. São características deste tipo de precipitação a curta
duração, alta intensidade, frequentes descargas elétricas e em pequenas áreas.
Fonte:< http://tueaescola.wordpress.com/2010/12/12/geografia/>
FIGURA 4 - Chuvas convectivas
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7 Chuvas Orográficas
Chuvas Orográficas são normalmente provocadas pelo deslocamento de camadas
de ar úmido, representado pela massa de ar vinda do mar, presente na figura. Essa massa
segue para cima devido a existência de elevação natural do terreno por longas
extensões. Caracterizam-se pela longa duração e baixa intensidade, ocorrendo em
grandes áreas por várias horas continuamente e sem descargas elétricas.
Fonte:< http://tueaescola.wordpress.com/2010/12/12/geografia/>
FIGURA 5 - Chuvas orográficas ou de relevo. 8 Chuvas Frontais
Chuvas Frontais originam-se do deslocamento de frentes frias ou quentes contra
massas de ar termicamente diferentes. Elas são mais fortes que as orográficas,
precipitando intermitentemente com breves intervalos de estiagem, como a figura
apresenta momentos de aguaceiros e chuviscos. Tem presença de violentas descargas
elétricas.
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Fonte:< http://tueaescola.wordpress.com/2010/12/12/geografia/>
FIGURA 6 - Chuvas frontais. 14 9 CONCLUSÃO
Os deslizamentos ocorrem com mais frequência nesses últimos anos, isso porque
aumentou tanto a ocupação da sociedade nas áreas de risco como também o aumento da
precipitação. As chuvas intensas contribuem para aumentar o peso específico das
camadas do solo, e a época mais propícia para ocorrência de deslizamentos seria no
período das chuvas de verão. O clima se torna mais úmido e quente em grande parte do
Brasil, e esse aumento de temperatura, é devido à aproximação do sol, quando está mais
perto da Terra. Então, ocorre mais vaporização da água presente no solo, o que resulta
em chuvas. Os impactos das gotas da chuva contribuem para a formação de rachaduras
e fendas, e consequentemente inicia os movimentos nas massas de terra.
Medidas devem ser tomadas, restaurando a vegetação e focando a importância do
planejamento urbano e territorial. É possível adequar os diversos tipos de uso e
ocupação de solo, reduzindo os riscos de acidentes naturais e os custos das obras de
infraestrutura.
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10 REFERÊNCIAS
MORAES, Alessandra et al. Recursos naturais. Programa educar
Disponível em: http://educar.sc.usp.br/ciencias/recursos/solo.html
Acesso em 19/05/2011
JARBAS, Tony et al. Embrapa
Disponível em: http://www.cnps.embrapa.br/search/mirims/mirim01/mirim01.html
Acesso em 18/05/12011
ESTADO, Agencia. ONU: Deslizamento no Rio de Janeiro está entre os 10 piores do
mundo. Gazeta online
Disponível em: http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/01/746490onu+deslizamento+no+rio+de+janeiro+esta+entre+10+piores+do+mundo.html
Acesso em 18/05/2011
FERNANDES, Carlos. Chuvas. UAED- Recursos Hídricos
Disponível em: http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Dren02.html
Acesso em 22/05/2011
PROF, Marcos. Atmosfera- Espessura, composição e camadas. Para sempre
geografia
Disponível em: http://prasempregeografia.blogspot.com/2010_05_01_archive.html
Acesso em 22/05/2011
MARCELINO, E.v. Desastres naturais e geotecnologias: conceitos básicos. Santa
Maria.
Defesa Civil.Desastres natuais.
Acesso em 03/07/2011.
http://www.defesacivil.pb.gov.br/paginas/desastre_deslizamento.htm
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