Jardim das Borboletas no Parque Municipal Américo René Giannetti

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Prêmio INOVAR BH
Identificação do Projeto: 0155
Modalidade do Projeto
B - Experiências e iniciativas de sucesso implementadas ou em processo de implementação
Área temática do Projeto
Avaliação, Implementação e Monitoramento de Políticas Públicas (Gestão dos Recursos e Transparência, Participação Social,
Sustentabilidade, Governança Social e Mobilidade Urbana).
Título do Projeto
Jardim das Borboletas no Parque Municipal Américo René Giannetti
Resumo do Projeto
O Jardim das Borboletas é mais uma alternativa ao manejo ambiental em áreas urbanizadas como o Parque Municipal. Jardins são
conhecidos como áreas onde são cultivadas plantas com características de ornamentação em variações de cores e formatos. O "Jardim
das Borboletas" incorpora na sua composição mais uma importante função: atrair e manter a vida de borboletas, provocando um
valioso enriquecimento ambiental para animais e vegetais que se relacionam intensamente neste local. O Jardim das Borboletas é um
espaço interativo a céu aberto, um lugar para a contemplação, mas também preservação, pesquisa e educação ambiental. Em uma
área do Parque Municipal, de aproximadamente 600 metros quadrados, foram implantados, a partir de 2008, canteiros com flores
fornecedoras de néctar pra o inseto adulto e as plantas-alimento para lagartas, além de outras plantas a serem testadas quanto ao
papel ecológico para os demais seres vivos. Um pequeno laguinho também faz parte deste jardim. O espaço, anteriormente pouco
utilizado pelos usuários do parque, passou a ser mais belo, agradável e rico, e principalmente uma importante ferramenta de
educação ambiental.Cotidianamente, são agendadas trilhas educativas para alunos e grupos variados no parque quando são
explorados aspectos relativos à flora e fauna, o ciclo biológico das borboletas e mariposas (insetos Lepidópteros), a recuperação
ambiental de pequenos espaços e seu impacto para o ambiente e a importância da água. Após a trilha é realizada a exposição dos
terrários de criação dos Lepidópteros e oficinas lúdicas de reaproveitamento de materiais descartáveis que se transformam como uma
metamorfose em objetos decorativos ou oficina de plantio quando há a oportunidade de se aprender a plantar, cuidar e levar para
casa uma lembrança viva do jardim.O Jardim das borboletas pretende sensibilizar os visitantes da importância ambiental do parque
criando um espaço expositivo original mostrando que cada um pode contribuir para a sustentabilidade
Escopo do Projeto (itens 1 a 5)
1. Caracterização da situação anterior.
O Parque Municipal Américo René Giannetti, teve concluído em 2007, o Levantamento Qualiquantitativo da Flora Arbórea e Arbustiva ,
uma importante informação como subsídio às ações de manejo ambiental. Também foram realizados levantamentos da fauna e as
ações específicas necessárias. As borboletas são insetos bioindicadores de qualidade ambiental e vêm sendo observadas e analisados
no parque desde 2005, sendo que o trabalho mais minucioso de identificação de lepidópteros no parque, foi finalizado em 2008. Em
conjunto, no mesmo período, após revisão e plantio de praticamente todos os canteiros do parque, ocorreu a implantação do jardim
das borboletas a fim de recuperar um setor que estava sendo subutilizado e gerar mais condições de conservação e ampliação das
melhores condições de sobrevivência destes e outros animais . O Jardim segue a linha de "Paisagismo Ambiental", uma forma de
utilização de plantas que além de embelezar ou compor uma paisagem, prioriza a formação de nichos ecológicos, atualmente aplicado
no parque. Também amplia as possibilidades de educação ambiental ao público visitante.
2. Descrição do Projeto
Borboletas e mariposas pertencem a ordem Lepidoptera. Os lepidópteros são insetos que possuem asas com escamas, geralmente
coloridas, outras transparentes, de brilho metálico ou ainda impressionantemente camufladas com os elementos da natureza, mas
invariavelmente todas elas com grande capacidade de impressionar os olhos humanos em vôos ágeis.Esta ordem é a segunda mais
numerosa na classe Insecta, com cerca de 150 mil espécies descritas e aproximadamente 13% delas sendo as borboletas e 87%
mariposas. Das 8 mil espécies de borboletas descritas, no Brasil são encontradas 3200 espécies em variados biomas. O estudo dos
lepidópteros em áreas urbanas e análise da estrutura, dinâmica das populações em ambientes modificados, já foi tema de diversos
estudos. Se comprova que a riqueza florística em áreas urbanas é fundamental para a preservação de espécies, amenizando as
condições adversas das cidades. Ambientes urbanos como parques são considerados habitats que desempenham importante papel na
conservação oferecendo recursos alimentares e abrigo para muitos animais, inclusive as borboletas. Borboletas são insetos que
apresentam metamorfose completa quando o indivíduo jovem ou larva, a lagarta, alimentadora de folhas, se empupa, para se
transformar no inseto adulto: a borboleta. Em relação ao hábito alimentar, as borboletas adultas se dividem em dois grupos: as que se
alimentam de frutas maduras (frugívoras) e as que se alimentam de néctar (nectarívoras). As espécies frugívoras sugam o líquido
fermentado de frutos maduros entrando em decomposição e as nectarívoras sugam o néctar líquido das flores, algumas espécies
também o pólen das plantas visitadas.Geralmente são atraídas por flores de cores vivas, principalmente o vermelho e o laranja e odor
leve. Fazem parte do grupo de animais polinizadores auxiliando as plantas nos processos reprodutivos. As borboletas são insetos com
ciclo de vida rápido e sensíveis a alterações ambientais enquadrando portanto como bioindicadores de qualidade ambiental. São
modelos para estudos biológicos, ecológicos e evolutivos, importantes na biologia da conservação. Ambientes urbanos como parques
e jardins, quando bem manejados podem oferecer muitos recursos necessários à sobrevivência de animais silvestres, inclusive as
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borboletas. Os jardins são considerados primariamente locais de conservação de espécies vegetais e consequentemente das espécies
animais correlatas. Os jardins possuem ainda um importante papel pela sua capacidade de participar na conscientização e educação
ambiental para o público visitante. Portanto, um jardim denominado "Jardim das borboletas" irá portar plantas hospedeiras a estas
mas também a outros seres vivos que convivem neste espaço e participará das ações de manejo e educação ambiental no local. Os
usuários que costumam frequentar parques procuram uma forma de lazer que possa ser recreativa e saudável ao mesmo tempo. Uma
excelente oportunidade de atuação educativa sobre temáticas ambientais.
2.1 Objetivos propostos e resultados visados
Objetivo geral: implantação e manutenção de um jardim das borboletas no Parque Municipal Américo René Giannetti
Objetivos específicos: recuperar área subutilizada; implantar paisagismo ambiental, implantar pequeno lago com cascata no interior
do jardim, atrair borboletas e outros animais para o parque, acompanhar as interações inseto-planta e outros animais, preservar
espécies animais e vegetais de interesse ecológico, criar novo espaço para realização de trilha educativa monitorada, ampliar
possibilidades de visitação na área do parque, gerar trabalhos científicos, dar subsídios as ações de manejo, fomentar apoio à
conservação do parque e outras áreas verdes, fazer levantamento e monitoramento botânico da área.
2.2 Público-alvo do projeto
O Parque Municipal é a área verde pública mais antiga e democrática de Belo Horizonte, frequentado por seus habitantes de
diferentes segmentos sociais e visitado por turistas de diversas origens. Durante todo o ano, o Jardim das Borboletas disponibiliza aos
usuários, que podem atingir cifras de vinte mil/dia ou seiscentos mil/mês de pessoas presentes, mais uma área de apreciação e lazer.
Durante a semana, também é visitado por escolares, e grupos agendados espontaneamente, em trilhas monitoradas no interior do
jardim. O espaço também pode ser local para realização de trabalho por pesquisadores científicos.
2.3 Ações e etapas de implementação
O local escolhido para a implantação do "Jardim das Borboletas" se encontra na área de limite entre a porção do parque próxima à
alameda Ezequiel Dias e a avenida Afonso Pena com a Instituição Clóvis Salgado (Palácio das Artes). Está em continuidade ao Viveiro
de Plantas Medicinais do Parque Municipal Américo René Giannetti. Anteriormente, era apenas um "corta caminho" para quem vinha
da portaria Carandaí em direção à região mais central do parque onde se encontram o prédio administrativo, sanitários públicos,
Lagoa dos Marrecos e outra vias de acesso às demais portarias em demais ruas do centro da cidade.
É um local que recebe incidência solar e possibilidade de irrigação permissíveis ao cultivo de algumas espécies de flores e que já vinha
desempenhando um papel de área próxima ao viveiro onde são cultivadas planta medicinais e aromáticas. Após a implantação do
viveiro de medicinais em 2002, observou-se um pequeno aumento na população de borboletas do parque. No viveiro de cultivo das
plantas medicinais objetiva-se o crescimento de plantas fito-terapêuticas para utilizá-las na Exposição Mensal de Plantas Medicinais no
Parque Municipal. O Parque já possuía árvores e plantas ornamentais nos canteiros floríferas e produtoras de frutos, possuía especies
arbóreas hospedeiras de lagartas também, mas não um local em seu interior destinado à atração e reprodução das borboletas que
pudesse ser visitado. Além disso, o processo de manutenção adotado desde 2004, era inicialmente de recuperação das áreas
degradas no interior do parque. O Jardim das borboletas vem então conjugar as ações de manutenção e manejo da flora com
integração à fauna e às atividades de educação ambiental. Com a implantação do jardim o parque também adquiriu maior
biodiversidade de espécies botânicas, especialmente relativas as plantas ornamentais e possibilitou a visualização de um número
maior de lepidópteros.
As trilhas de educação ambiental no parque já abordavam desde 1996, os aspectos ambientais e históricos do parque e Belo Horizonte.
A trilha proposta para o jardim das borboletas introduz um pouco da história que não se perde o vínculo, mas enfatiza mais o ecológico,
o transformador como o ciclo das borboletas. Durante o processo de implantação foi importante também se realizar o levantamento
das espécies de borboletas e suas interações com as plantas existentes, pois a continuidade e o sucesso da implantação está
fortemente ligado a esta informação. Os dados vem sendo publicados em meios científicos à medida que são gerados. A Fundação
Zoobotânica (FZB) tem sido parceira à Fundação de Parques Municipais (FPM) no fornecimento de mudas de algumas plantas e troca
de importantes informações relativas ao ciclo e identificação dos lepidópteros, através do Borboletário desta instituição. Outros
parques pertencentes à Fundação de Parques, como o Parque Municipal Jacques Cousteau, tem sido parceiro no fornecimento de
mudas e o próprio Parque Municipal Américo René Giannetti tem manejado sua vegetação de forma a atender as demandas
necessárias à manutenção do Jardim das Borboletas. A implantação do laguinho utilizou recursos humanos e materiais próprios do
parque e contou com a parceira do Parque Municipal das Mangabeiras que forneceu pedras para o seu revestimento. A Fundação de
Parques junto a gráfica da Prefeitura de Belo Horizonte produz os folhetos informativos de divulgação do Jardim das Borboletas.
Atualmente, a trilha no jardim já faz parte das opções oferecidas às escolas e grupos organizados interessados em realizar atividades
de educação ambiental, também é utilizado por alunos de escolas de artes e fotografias e é cenário para Books fotográficos de
gestantes, noivas e debutantes. O local foi utilizado para a amostragem de borboletas frugívoras durante o trabalho de levantamento
das espécies em 2008 e pode ainda fornecer vários dados relativos a estes insetos, suas interações com as plantas presentes, efeitos
da estações do ano e usos do parque, interações entre os demais seres vivos presentes, sazonalidade das plantas.
Como projeto a médio prazo o Jardim das Borboletas foi incluído no Plano Diretor do Parque Municipal Américo René Giannetti ,
concluído em 2015, para que seja ampliado e mais visitado.
De maneira geral as etapas se resumem a:
1. Elaboração de proposta do jardim
2. Sensibilização da equipe gestora e técnica
3. Dimensionamento dos recursos necessários (plantas, insumos, funcionários)
4. Encaminhamento de solicitação para possíveis parceiros: Fundação Zoobotânica, Pontifica Universidade Católica, Museu de História
Natural, Centro Mineiro de Reciclagem e demais parques
5. Criação de força tarefa para implantação dos canteiros, laguinho e trilha
6.Elaboração de material informativo-placas e folders
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7. Capacitação de estagiários(monitores) para atendimento ao público
8. Estudo de levantamento das espécies de lepidópteros presentes no parque
9. Inclusão da trilha do jardim nas atividades de educação ambiental oferecidas pelo parque
3. Recursos Utilizados
Para a realização do atendimento agendado para trilhas e oficinas de educação ambiental no Jardim das Borboletas são necessários
monitores, estudantes ou graduados em técnico meio ambiente ou graduação ciências biológicas, sendo dois período manhã e dois
período tarde, de segunda a sexta. O acompanhamento será realizado por equipe do parque constituída por duas biólogas.
O material para as oficinas é o mesmo já utilizado nas demais oficinas de educação ambiental do parque: garrafas pet, papel "usado",
terra, copinhos plásticos ou caixas de leite "usadas", pincéis, tinta e mudas de plantas do parque. Estão os materiais dentro do
orçamento diário de custos do parque fornecido pela Fundação de Parques Municipais. Pretende-se ainda ampliar o fator educativo ao
público visitante e para isto seria necessário a adoção da área do Jardim das Borboletas, talvez através do Programa Adote o Verde
(P.B.H.), como patrocínio à aquisição de novas mudas de plantas de interesse ao jardim (2000 Salvia splendens; 500 Tagetes
patulla;1000 Ajuga reptans; 500 Cuphea sp; 300 Ixora coccinea; 300 Torenia fournieri; 1000 sanvitalia procumbens; 1000 Impatiens sp;
500 Trapaeolum majus); ao custo de 22 mil reais.Em data futura, poderá ser feito um convite aos artistas plásticos que se interessem
em realizar mais obras ilustrativas do jardim como as borboletas de ferro reciclado, produzidas e doadas pelo artista Tarcísio Ribeiro e
que foram dispostas ao longo da trilha do Jardim das Borboletas.
Borboletas são consideradas animais bonitos e apreciados pelo público e portanto adequadas à criação dos mais variados produtos
como blocos, blusas , lápis, botoms e outros com a figura de borboletas do parque, de forma educativa e uma opção de divulgação dos
parceiros.
Resumo dos recursos já utilizados:
Recursos humanos-duas biólogas (funcionários PBH), quatro estagiários (voluntários), um pedreiro (Funcionário PBH), seis capineiros
(Funcionários FPM), dois jardineiros (Funcionários FPM)
Recursos materiais- 1 insumos (adubo e terra) disponíveis no parque e cedidos pela SLU.
2 vegetação cedida pela Fundação Zoobotânica, Parque Jacques Cousteau, remanejamento no parque
3 Borboletas metálicas -doação Centro Mineiro de Reciclagem
4 material de divulgação(folders, placas e banners) parceria ASCOM /FPM
5 material para o laguinho e trilha- parceria Parque das Mangabeiras
4. Caracterização da situação atual
4.1 Mecanismos ou métodos de monitoramento e avaliação de resultados e indicadores utilizados
O Jardim deve estar incluso na programação de manutenção e manejo e educação ambiental pertinentes no parque, com equipe
própria. Rotineiramente , os grupos que agendam as trilhas no jardim das borboletas são recepcionados e guiados por monitores
Técnicos Meio Ambiente e/ou estudantes de graduação Ciências Biológicas que são instruídos e treinados para demonstrar no jardim
os aspectos das plantas mais importantes, quais são os visitantes florais, espécies de borboletas e mariposas mais comuns no parque,
ciclo de vida e outros temas afins. Após o encerramento das atividades, que pode incluir a realização das oficinas educativas citadas
anteriormente, é solicitado ao visitante responsável pelo grupo o preenchimento de uma ficha de avaliação das atividades, com
objetivo de se avaliar o proposto e verificar as possibilidades de melhoria, além de captação de sugestões. Muitas destas escolas
retornam em períodos posteriores com novas turmas de alunos, sendo o tema trabalhado nas aulas regulares da escola.
Para projetos futuros pretende-se a trilha auto guiada para o público visitante. Quando for possível a conclusão desta trilha destinada
ao público, por sinalização instrutiva permanente, poderá ser feito um "canal do cidadão parque" via internet (site PBH) ou
pessoalmente em registro escrito, onde o público espontâneo visitante do jardim possa manifestar suas opiniões e sugestões.A
Fundação de Parques Municipais já possui projeto executivo para instalação das placas permanentes.
4.2 Resultados quantitativos e qualitativos concretamente mensurados
O levantamento das espécies de borboletas no parque já gerou trabalho científico apresentado em congresso de entomologia (XXII
Congresso Brasileiro de Entomologia. Borboletas e mariposas (Lepidoptera) do Parque Municipal Américo Renê Giannetti, Belo
Horizonte,MG,Brasil: lista de espécies e utilização das plantas como fonte alimentar. 2008. (Congresso) e publicação em SOARES, G. R.
; Oliveira, A.A.P ; Silva, A. R. M. E. . Borboletas (Lepidoptera: Papilionoidea e Hesperioidea) de um parque urbano em Belo Horizonte,
Minas Gerais, Brasil. Biota Neotropica (Edição em Português. Online) , v. 12, p. 209-217, 2012. Após o início dos trabalhos de
implantação do jardim, houve uma boa aceitação do público que utiliza a trilha do jardim por ser um local agradável, muitas vezes
fotografado e também em aulas de pintura. Crianças e adultos já frequentam o jardim em atividades monitoradas quando conhecem o
universo das borboletas e seus companheiros, como os pássaros, abelhas e aranhas, mitos e curiosidades, finalizando o passeio na
cascatinha do laguinho do jardim quando é enfatizado a importância da água recurso terrestre mais importante para a vida. Durante
os últimos sete anos, desde o início de sua implantação no Parque Municipal Américo René Giannetti, o jardim recebeu 15 mil
estudantes de 3 a 60 anos em suas trilhas monitoradas e também milhares de usuários que transitam em seu interior, sendo parte
integrante das áreas de caminhada do parque.
Antes de sua implantação o local era uma área usada apenas como "corta caminho" para usuários que transitavam, sem nenhuma
atração cênica de contemplação ou educação. O jardim não só atrai as borboletas como também abelhas, libélulas, beija-flores e
outras aves e insetos que vêm usufruir das fontes de néctar, frutos, sementes e outros alimentos e da água disponível a todos eles. O
enriquecimento ambiental auxilia preservação da fauna e flora do parque.
O Jardim das Borboletas permite ainda a sensibilização e a conscientização dos visitantes sobre a importância ambiental do parque e a
participação de cada cidadão no processo de conservação. Uma área antes pouco e mal utilizada passa a ser um local agradável e
educativo.
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5. Lições Aprendidas
Durante o processo inicial de implantação do Jardim das Borboletas o parque não possuía funcionários extras à disposição para a
realização das práticas de jardinagem e estruturais dos caminhos e do laguinho. Então foi realizado um dimensionamento do serviço e
criado uma força tarefa para implantação. Após alguns períodos de interrupção do trabalho, para aquisição de mudas foram feitas
parcerias com demais parques da Fundação de Parques Municipais e Fundação Zoobotânica.Os insumos como terra e adubos foram
sendo obtidos à medida que o parque poderia receber como doação, por exemplo através do fornecimento de resíduos de poda ao
aterro sanitário da Limpeza Urbana (Prefeitura de Belo Horizonte) que depois disponibilizava o adubo orgânico da compostagem.
A necessidade de compra de mudas das plantas de ciclo rápido(anuais): substituição das existentes com função similar, coleta de
sementes para novos plantios, doação das mudas necessárias como contrapartida a eventos por terceiros no parque
Mão de obra para implantação e manutenção do jardim/falta de funcionários suficientes: funcionários(jardineiros, capineiros, pedreiro
e bombeiro) da equipe do parque em sistema de rodízio.
Monitores para guiar as trilhas: Fundação de Parques Municipais não disponibiliza estagiários bolsistas então foi feito a divulgação e
contratação de estagiários voluntários em cursos técnicos e universidades.
6. Referências Bibliográficas
BONFANTTI, Dayana, Leite, L; Carlos M. M.; Casagrande, M. M.; Mielke, E. C.; Mielke O. H. Riqueza de borboletas em dois parques
urbanos de Curitiba, Paraná, Brasil. Biota neotrop. 11(2): 247-253,2011.
LEMES, Renata;RITTER, Camila Duarte; MORAIS, Ana Beatriz Barros . Borboletas (Lepidoptera:Hesperioidea e Papilionoidea) visitantes
florais no jardim botânico da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil, revista Biotemas, 21(4), dezembro de 2008.
Anais do VIII Congresso de Ecologia do Brasil, 23 a 28 set 2007, Caxambu.
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