Simulação da convecção do manto da Terra ― resumo Introdução A existência de heterogeneidades da densidade no manto da Terra dá origem a forças poderosas que determinam a sua deformação. Diversos fenómenos, como sismos e movimento de placas tectónicas são o resultado da existência dessas deformações. Nas escalas de tempo e nas escalas de espaço de grande parte dos fenómenos geodinâmicos, o material constituinte do manto pode ser considerado um fluido. Podem assim ser utilizados métodos de análise e cálculo provenientes da dinâmica de fluidos. Neste trabalho, que se encontra em fase de desenvolvimento, os métodos da dinâmica de fluidos computacional são utilizados para determinar a evolução do manto da Terra. O modelo do manto ao qual se aplicam estes métodos é muito simplificado, utilizando em particular uma única espécie material como constituinte do manto. Modelo e método O modelo tridimensional tem simetria esférica, a viscosidade e a massa volúmica do fluido dependem da temperatura, pressão e taxa de deformação. A condutividade térmica é constante assim como a aceleração gravítica. As equações de Navier-Stokes são discretizadas pelo método dos volumes finitos, a pressão é calculada por intermédio do algoritmo SIMPLE numa malha centrada de 440738 nós. Resultados (parciais) O modelo utilizado permite simulações credíveis face a resultados da literatura, embora as simulações se encontrem ainda numa fase precoce. A temperatura do núcleo é T=3000K. Desenvolvimentos: O número de espécies materiais e suas propriedades, diversos fenómenos mecânicos e térmicos no interior do manto poderão ser incluídos ou alterados. Com esses objectivos é importante a colaboração com investigadores interessados no desenvolvimento do modelo, bem como de especialistas de informática e de representação de resultados em 3D. 6000000 4000000 2000000 2999.9 2000 0 1800 -2000000 1000 290 -4000000 -6000000 -6000000 -4000000 -2000000 0 2000000 4000000 6000000 Isotérmicas num corte equatorial. Massa volúmica linear com p e T; viscosidade dependente exclusivamente de T. Agradecimentos: Pelos apoios a nível informático ou por discussões esclarecedoras agradeço a: Alfredo Carvalho (DQUI, UÉ) António Correia (DFIS, UÉ) José Pombinho (DFIS, UÉ) José Saias (DI, UÉ) Paulo Neves (DFIS, UÉ) Pedro Madureira (DGEO, UÉ) Pedro Nogueira (DGEO, UÉ)