câncer bucal: diagnóstico precoce através do auto

Propaganda
ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ
ESPECIALIZAÇÃO EM PRÁTICAS CLÍNICAS EM SAÚDE DA FAMÍLIA
KARINE MONTEIRO MOTA
CÂNCER BUCAL:
DIAGNÓSTICO PRECOCE ATRAVÉS DO AUTO-EXAME
FORTALEZA
2009
2
KARINE MONTEIRO MOTA
CÂNCER BUCAL:
DIAGNÓSTICO PRECOCE ATRAVÉS DO AUTO-EXAME
Projeto de Intervenção submetido à Escola de Saúde
Pública do Ceará, como parte dos requisitos para a
obtenção do título de Especialista em Práticas
Clínicas em Saúde da Família.
Orientador:
Prof°. Dr. JOSÉ OSMAR VASCONCELOS FILHO
FORTALEZA
2009
3
KARINE MONTEIRO MOTA
CÂNCER BUCAL:
DIAGNÓSTICO PRECOCE ATRAVÉS DO AUTO-EXAME
Especialização em Práticas Clínicas em Saúde da Família
Escola de Saúde Pública do Ceará
Aprovado em ____/____/____
Banca Examinadora:
José Osmar de Vasconcelos Filho
Doutor
______________________________________
Helena Fernandes Guedes Rafael
Mestre
______________________________________
Kelly Rose Tavares Neves
Mestre
______________________________________
4
SUMÁRIO
1 RESUMO..............................................................................................................
05
2 ABSTRACT..........................................................................................................
06
3 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 07
4 OBJETIVOS.......................................................................................................... 11
5 REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................
12
6 METODOLOGIA.................................................................................................
17
7 CRONOGRAMA.................................................................................................
20
REFERÊNCIAS.......................................................................................................
21
5
1 RESUMO
O câncer configura-se como problema de saúde pública tanto nos países desenvolvidos como
nos países em desenvolvimento e, no Brasil, é a segunda maior causa de morte por doença.
Neste país, a boca está entre as dez localizações mais freqüentes para ocorrência de câncer. O
diagnóstico precoce do câncer bucal e o imediato encaminhamento do paciente para
tratamento são fatores importantes para a redução da morbidade e da mortalidade causadas
pela doença. Através deste projeto de intervenção pretende-se realizar atividades educativas
na Unidade Básica de Saúde da Família Machuca (Aquiraz-Ce) de modo a esclarecer as
medidas preventivas, e, principalmente, implantar o hábito do auto-exame de boca como
método de diagnóstico precoce.
6
2 ABSTRACT
The cancer has become as a public health problem both in developed and developing
countries and in Brazil, is the second leading cause of death by disease. In Brazil, the mouth is
among the ten most frequent sites for occurrence of cancer. Early diagnosis of oral cancer and
the immediate referral of patients for treatment are important factors for the reduction of
morbidity and mortality caused by disease. Through this project intervention aims to achieve
educational activities in the Basic Health Unit of the Family Machuca (Aquiraz –Ce) in order
to clarify the preventive measures and, importantly, establish the habit of self examination of
mouth as a method of early diagnosis.
7
3 INTRODUÇÃO
Os dados epidemiológicos disponíveis atualmente permitem configurar o câncer
como problema de saúde pública no Brasil; além da mudança de hábitos de vida da
população, diversos fatores como o aumento da expectativa de vida, a industrialização e a
urbanização estão diretamente relacionados com o aumento do risco de desenvolver câncer
(DIAS et al, 2003/05).
O município de Aquiraz está localizado na região metropolitana de Fortaleza, com
uma população aproximada de 72.523 habitantes, dentre estes 5.720 são considerados idosos
(acima de 60 anos). Na localidade Machuca estão presentes 3,69% destes idosos, totalizando
211 habitantes acima de 60 anos, distribuídos em três comunidades: Riviera, Novo Aquiraz e
Machuca, sede da Unidade (dados disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde de
Aquiraz). O câncer bucal é uma patologia que acomete, preferencialmente, pessoas com idade
superior a 40 anos, com vício de fumar cigarro e cachimbos, consumo de álcool, má higiene
bucal, exposição excessiva ao sol e uso de próteses mal-adaptadas. Uma parcela da população
idosa coberta pela Unidade Básica de Saúde da Família Machuca apresenta alguns destes
fatores de risco como hábito de fumar cachimbo, etilismo, má higiene bucal e exposição
excessiva ao sol sem a devida proteção, além de alguns casos de próteses mal-adaptadas
(dados estes coletados através das agentes comunitárias de saúde e pesquisa nos prontuários
familiares disponíveis na Unidade de Saúde). Estes fatores fazem com que esta população
específica mereça um olhar atento e atividades educativas acerca do tema, bem como uma
busca ativa de casos de câncer de boca, uma vez que nunca foi realizada nenhuma atividade
semelhante na comunidade.
Segundo Costa e Migliorati (2001), no Brasil, a boca está entre as dez localizações
mais freqüentes para ocorrência de câncer; entretanto, na Unidade Básica de Saúde da Família
Machuca não existe nenhum programa voltado para prevenção e diagnóstico precoce do
câncer bucal. Esta falta de atenção para o câncer de boca pode estar relacionada ao
desconhecimento, tanto por parte dos pacientes quanto dos profissionais de saúde e gestores,
do alto grau de morbimortalidade que esta patologia acarreta quando diagnosticada
tardiamente, que é o que mais ocorre. Através deste projeto de intervenção pretende-se
realizar atividades educativas esclarecendo as medidas preventivas, bem como a implantação
do hábito do auto-exame de boca como método de diagnóstico precoce.
8
Como dito anteriormente, o câncer de boca se tornou um problema de saúde
pública; nem tanto por sua mortandade, mas sim por sua morbidade (ALVES et al, 2002). O
câncer é uma doença que provoca invalidez e exige internação hospitalar e acompanhamento
ambulatorial freqüentes, principalmente quando diagnosticado tardiamente. O diagnóstico e o
tratamento são realizados por uma equipe multiprofissional altamente especializada,
empregando geralmente tecnologia sofisticada e dispendiosa (COSTA e MIGLIORATI,
2001). Assim, o alto tributo pago pela sociedade e pelos indivíduos acometidos de câncer
justifica a urgência na adoção de medidas que viabilizem o diagnóstico precoce, evitando
tratamentos mais invasivos, mutilantes e onerosos, que se tornam necessários quando o câncer
é diagnosticado em fase mais evoluída.
Considerando-se que a boca é um local de fácil acesso ao exame físico, pode-se
deduzir que existe uma deficiência importante no diagnóstico destes tipos de câncer, o que
reflete o pouco envolvimento do setor público no diagnóstico precoce do câncer bucal, sendo
pequena a participação dos cirurgiões-dentistas (ABDO, GARROCHO, AGUIAR, 2006;
COSTA e MIGLIORATI, 2001).
De acordo com o Ministério da Saúde, entre as lesões bucais malignas mais
freqüentes observa-se que é predominante o estadiamento desconhecido ou tardio (III ou IV),
o que aumenta a seqüela do tratamento e diminui a possibilidade de cura e a sobrevida dos
pacientes (COSTA e MIGLIORATI, 2001). Cerca de 80% dos pacientes que procuram ou são
encaminhados para os hospitais e centros especializados em diagnóstico e tratamento do
câncer bucal, encontram-se em estágios avançados da doença, impossibilitando a cura
(DONATO et al, 2001).
O diagnóstico precoce do câncer bucal e o imediato encaminhamento do paciente
para tratamento são fatores importantes para a redução da morbidade e da mortalidade
causadas pela doença (COSTA e MIGLIORATI, 2001). Estima-se que a mortalidade por
câncer bucal possa ser reduzida pelo esforço em identificar lesões precoces em segmentos da
população com risco mais elevado e efetivo tratamento dessas lesões malignas (ANTUNES,
TOPORCOV, WÜNSCH-FILHO, 2007).
É internacionalmente aceito que, apesar do avanço das técnicas modernas de
diagnóstico de lesões malignas da cavidade bucal e da possibilidade de tratamento destas
lesões, o diagnóstico precoce e o pronto tratamento da lesão é ainda a melhor forma de
aumentar a sobrevida e diminuir a morbidade e a mortalidade. Quando uma lesão maligna é
diagnosticada em sua fase inicial, ou seja, menor que 2 cm de extensão e sem
comprometimento linfodonal (T1, N0, M0), o tratamento cirúrgico local será provavelmente
9
suficiente para curar o paciente. Entretanto, se o diagnóstico não é feito no início, a extensão
local certamente ocorrerá, podendo então haver invasão dos linfonodos regionais. Isso altera o
estadiamento do câncer (T2, T3 e T4) e o tratamento deverá incluir radioterapia e, em alguns
casos, quimioterapia. Estas formas de tratamento oncológico são acompanhadas de
complicações severas, tanto para a boca como para o resto do organismo, sendo que algumas
delas são definitivas, como a xerostomia e o risco para osteoradionecrose. Além do mais, uma
lesão maligna que poderia ter sido curada passa a ser tratada com menores chances de cura,
mudando totalmente o prognóstico do paciente. Uma informação comum na anamnese e na
história clínica destes doentes é o longo tempo de desenvolvimento das lesões, provavelmente
porque o próprio paciente não procura atendimento precocemente por falta de informação ou
porque os profissionais negligenciam lesões em fase inicial. Em conseqüência disso,
freqüentemente os pacientes se apresentam com lesões avançadas já causando morbidade e
severas alterações no prognóstico e na qualidade de vida (COSTA e MIGLIORATI, 2001).
Apesar de ser um dos tipos de câncer onde existe a possibilidade de auto-exame, e
sendo esta a estratégia mais importante para obter-se o diagnóstico de câncer de boca em fase
inicial, a conscientização é bastante restrita tanto da população quanto dos profissionais de
saúde e dos órgãos governamentais da importância de se chegar a um diagnóstico precoce
para aumentar a possibilidade de cura (DIAS et al, 2003/05; DONATO et al, 2001;
MENDONÇA, VÊNCIO, CAIXETA, 1998).
Embora seja muito difícil atuar na estrutura da cultura de um povo, se os aspectos
de educação em saúde bucal forem enfatizados, com o passar do tempo serão internalizados,
contribuindo seguramente para a manutenção da saúde bucal da população, parte importante
da saúde do ser humano integral. Para conseguirmos que a população tenha o autocuidado,
não basta explicarmos bem as causas das doenças, como evitá-las e exigirmos que aprendam.
É necessário criar recursos para estimular a vontade de aprender, despertar sua atenção e
interesse, ou seja, motivá-la (DIAS et al, 2003/05).
Havendo informação e conscientização da população através dos profissionais de
saúde, podemos alcançar níveis ótimos, não somente na detecção precoce, bem como na
prevenção do câncer de boca. Porém para que isso ocorra os próprios profissionais deverão
reavaliar suas condutas e procedimentos no tocante a tais informações (ALVES et al, 2002).
A educação dos pacientes para o reconhecimento precoce de lesões com potencial
de malignidade através do auto-exame que os levem a procurar o profissional da Unidade de
Saúde para atendimento imediato, certamente contribuiria para a melhora do serviço e do
prognóstico para os pacientes portadores de câncer bucal (COSTA e MIGLIORATI, 2001).
10
As limitações do SUS e dos recursos humanos não devem invalidar o esforço de
discutir o assunto. Ao contrário, divulgá-los e torná-los mais acessíveis contribuirá,
certamente, para que o cirurgião-dentista, que atua no nível primário de atendimento, seja
imprescindível no controle do câncer bucal, o que irá resultar no incremento da suspeita e do
diagnóstico precoce, única condição capaz de permitir a redução da morbidade e mortalidade
desta patologia (HAYASSY, 1998).
11
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
- Implantar o hábito do auto-exame da cavidade bucal na população adscrita pela Unidade
Básica de Saúde da Família Machuca, no município de Aquiraz.
2.2 Objetivos Específicos
- Orientar a população de risco quanto às causas do câncer de boca e como realizar o autoexame identificando lesões pré-cancerígenas ou câncer em estágios iniciais;
- Identificar pacientes portadores de câncer bucal ainda em sua fase inicial;
- Ter uma possibilidade de mortalidade muito baixa ou ausente;
- Possibilitar um tratamento mais simples, menos invasivo e mutilante.
12
3 REVISÃO DE LITERATURA
O câncer é uma patologia que afeta parcela significante da população mundial,
sendo a incidência de câncer bucal no Brasil considerada uma das mais altas do mundo (DIAS
et al, 2003/05). As neoplasias malignas são reconhecidas como problema de saúde pública e,
atualmente, constituem a segunda maior causa de morte por doença no Brasil, substituindo as
doenças infecciosas e perdendo apenas para as doenças cadiovasculares (ALVES et al, 2002;
COSTA e MIGLIORATI, 2001; DONATO et al, 2001; HAYASSY, 1998; LOPES et al,
2002; OSTERNE et al, 2008).
O INCA (Instituto Nacional do Câncer) do Ministério da Saúde estimou que no
ano de 2008 o número de novos casos seria cerca de 466.730, dos quais 14.160 casos seriam
na cavidade oral, isso coloca o câncer bucal entre os oito tipos mais comuns de neoplasias
malignas no país. Ainda segundo estimativas do INCA para o ano 2008 foi esperado no Ceará
cerca de 16.170 novos casos de câncer em todo estado. Deste total, cerca de 450 casos seriam
de cavidade oral, com previsão de 240 casos no sexo masculino e 210 casos no sexo feminino
(OSTERNE et al,2008). No Brasil, os registros hospitalares de câncer mostram que a boca
está entre as dez localizações mais freqüentes para a ocorrência de câncer (COSTA e
MIGLIORATI, 2001), comprovando os dados estimados pelo INCA.
O câncer se desenvolve através de um crescimento desordenado de células, que
podem chegar a invadir as estruturas adjacentes bem como órgãos distantes (ALVES er al,
2002). A ação dos agentes cancerígenos na mucosa bucal resulta, inicialmente, em lesões
inflamatórias inespecíficas que são reversíveis, se a agressão for suspensa. Caso contrário,
pode provocar o desenvolvimento de alterações celulares chamadas displasias, que podem
evoluir de leves a moderadas, conforme a intensidade e o tempo de exposição aos agentes
cancerígenos, e daí para displasias graves e, finalmente, para carcinoma in situ. As
características clínicas são mudanças na coloração da mucosa de rósea para avermelhada ou
irritação dolorosa bucal. Nesta situação, ainda não houve o rompimento da camada basal do
epitélio, as células malignas ainda não alcançaram os vasos sangüíneos e linfáticos, e o tumor
é considerado inicial. O diagnóstico até esta fase é extremamente importante, pois, além da
possibilidade de cura, o tratamento tem baixo custo. Após esta fase, as células tumorais
continuarão a multiplicar-se, provocando o rompimento da camada basal, introduzindo-se no
tecido conjuntivo e nos vasos sangüíneos, o que resulta num carcinoma invasivo. As
displasias passam despercebidas pelo paciente, pois, exceto pela ardência, principalmente no
13
uso de alimentos muito salgados ou doces, não apresentam outra sintomatologia. Portanto, o
cirurgião-dentista ou o médico é responsável pelo reconhecimento de lesões e alterações, que
clinicamente representam as displasias, capaz de obter a cura do paciente, motivando-o a
abandonar os fatores de risco, como tabagismo e etilismo, orientando sobre cuidados
dietéticos e exposição solar e também removendo as várias condições agressoras da mucosa
bucal (HAYASSY, 1998).
É importante ressaltar que existem as lesões pré-cancerígenas que podem se
transformar em lesões malignas. Dentre estas lesões se encontram as leucoplasias e as
eritroplasias. Leucoplasia é um termo clínico usado para lesões brancas não-removíveis à
raspagem que não podem ser classificadas como outras doenças: mais de 18% delas se
transformam em lesões malignas. Já as eritroplasias, são lesões vermelhas que não podem ser
caracterizadas como outras doenças, a maioria delas apresenta displasia epitelial, carcinoma
in situ ou até mesmo carcinoma invasivo. A detecção e remoção dessas lesões podem reduzir
significativamente a incidência do câncer oral (DIAS et al,2003/05).
O câncer tem uma etiologia multifatorial e diversos fatores estão relacionados
com a mudança do perfil epidemiológico desta doença. A expectativa de vida do brasileiro
vem aumentando progressivamente, tem-se uma estimativa que a população chamada de
terceira idade praticamente duplicou, com isso é realmente esperado que doenças crônicas,
como o câncer, tomem proporções mais elevadas (COSTA e MIGLIORATI, 2001). Além
disso, a urbanização, a industrialização e as mudanças de hábitos de vida da população,
provocadas pelo desenvolvimento tecnológico, expõem as pessoas a fatores de risco para o
câncer, como os aditivos alimentares, pesticidas, tabagismo e etilismo (COSTA e
MIGLIORATI, 2001; DIAS et al, 2003/05).
Portanto, a etiologia do câncer bucal é um somatório de fatores que podem levar
ao aparecimento da doença. Podemos dividir tais fatores em intrínsecos e extrínsecos. Dentre
os fatores intrínsecos podemos ressaltar: desnutrição, condição sistêmica, idade, sexo, fator
hereditário e genes oncogênicos (ALVES et al, 2002). O fator externo mais associado à
gênese do câncer de boca é o tabagismo, seguido pelo alcoolismo, dieta, radiações (incluindo
exposição excessiva ao sol) e irritação mecânica crônica (ALVES et al, 2002; BIAZEVIC et
al, 2006; DIAS et al, 2003/05; GARRIGA e GARCÍA, 2002). Suspeita-se que o fumo seja um
agente iniciador e o álcool o promotor do mecanismo oncogênico; sendo que, quando
associados, atuam sinergicamente, aumentando significativamente o risco para o
desenvolvimento do câncer bucal (ALVES et al, 2002; GARRIGA e GARCÍA, 2002). Temse aumentado a atenção também para o fator etiológico viral, por haver a possibilidade de
14
uma relação causal entre vírus oncogênicos como o HPV e o câncer da cavidade bucal
(GARRIGA e GARCÍA, 2002; OSTERNE et al, 2008).
O tipo histológico mais comum dos cânceres que acometem a cavidade oral é o
carcinoma espinocelular (CEC), correspondendo a cerca de 90% dos casos (ALVES et al,
2002; GARRIGA e GARCÍA, 2002; LOPES et al, 2002; OSTERNE et al, 2008). Os tumores
malignos da boca têm predileção pelo sexo masculino e são mais freqüentes a partir da quinta
década de vida (ALVES et al, 2002; COSTA e MIGLIORATI, 2001; DIAS et al, 2003/05;
DONATO et al, 2001; MELO et al, 2005; OSTERNE et al, 2008). Os sítios anatômicos mais
comuns do câncer intra-oral são a língua e o assoalho bucal e na região extra-oral, o lábio
inferior (ALVES et al, 2002; DONATO et al 2001; LOPES et al, 2002; OSTERNE et al,
2008). A localização do câncer nas regiões da boca dependerá dos tipos de fatores de risco. O
câncer de palato é mais comum em fumantes de cachimbo; na mucosa jugal e assoalho, em
mascadores de fumo; em língua, assoalho e gengiva inferior, nos fumantes e alcoólatras. O
risco de originar um câncer na região de lábio dependerá da intensidade e da freqüência de
exposição do indivíduo à luz do sol (DONATO et al, 2001).
A prevenção de uma enfermidade, ao eliminar o fator causal, representa o maior
êxito no campo da saúde. Entretanto, quando prevenir não é possível, um mecanismo para
detectar a doença de forma precoce pode melhorar a morbidade e diminuir a mortalidade que
acompanham uma enfermidade diagnosticada em estágio avançado (GARRIGA e GARCÍA,
2002).
Embora passível de prevenção e detectável em estágios iniciais, o carcinoma
bucal não tem recebido suficiente atenção por parte da população e dos profissionais de
saúde; muitos casos são diagnosticados em estágios avançados, fazendo com que o tratamento
seja mais invasivo (BIAZEVIC et al, 2006). O diagnóstico de tumores de boca em estágio
inicial implica num melhor prognóstico para os pacientes, entretanto, a porcentagem de
câncer bucal diagnosticado precocemente nos últimos 40 anos não sofreu alteração, este fato
pode evidenciar que existe uma falha dos programas de prevenção e detecção precoce nos
serviços de saúde (ABDO, GARROCHO, AGUIAR, 2006). Além disso, a assistência nesta
área é uma das mais onerosas, incluindo custos com testes diagnósticos, tratamento das
neoplasias e custos indiretos decorrentes da incapacidade de produção pelo paciente, da
morbidade relacionada à doença e mortalidade (OSTERNE et al, 2008).
O fato de a boca ser a sede de uma infinidade de patologias benignas, como a
úlcera traumática, gengivite, herpes labial dentre outras, que “desaparecem” com o tempo
(sete dias), faz com que o paciente negligencie o surgimento de lesões cancerosas, acreditando
15
ser este mais um problema sem importância. Pensando assim, aliado à falta de programas de
prevenção contra o câncer, o paciente não procura atendimento médico odontológico para
saber da gravidade da lesão que apresenta (DIAS et al, 2003/05).
No Brasil, a prevenção primária do câncer de boca consiste, fundamentalmente,
em programas e medidas de combate ao consumo de tabaco e álcool, num esforço integrado
de promoção da saúde que visa à redução de vários outros agravos. O exame visual da boca
para detecção precoce de lesões cancerizáveis e tumores não sintomáticos é uma estratégia de
prevenção atraente, a partir da qual se espera viabilizar o diagnóstico da doença em seus
estágios iniciais e, assim, possibilitar um melhor prognóstico por meio da pronta e efetiva
intervenção terapêutica, já que o sofrível perfil de sobrevivência dos pacientes está associado
ao retardo do diagnóstico (ANTUNES, TOPORCOV, WÜNSCH-FILHO, 2007).
Um estudo de base populacional para avaliar o impacto do exame visual da
cavidade bucal sobre o câncer oral na Índia mostrou que esse tipo de rastreamento pode,
efetivamente, reduzir a mortalidade em grupos de alto risco. Com base nesse mesmo estudo,
os autores esperam que a mortalidade por câncer bucal seja reduzida pelo esforço em
identificar lesões precoces em segmentos da população com risco mais elevado. Portanto, o
principal objetivo de um rastreamento é identificar casos suspeitos e possibilitar a rápida
aplicação de recursos laboratoriais visando confirmar ou rejeitar a suspeita diagnóstica e, a
partir do resultado, encaminhar o paciente para o tratamento adequado (ANTUNES,
TOPORCOV, WÜNSCH-FILHO, 2007).
Um programa de prevenção do câncer bucal no município de Goiânia mostrou que
os pacientes ainda são pouco informados sobre as conseqüências das neoplasias e que a
eficácia e o sucesso de um programa de prevenção contra o câncer bucal necessitam,
fundamentalmente, da ajuda dos programas de saúde bucal (MENDONÇA, VÊNCIO,
CAIXETA, 1998).
O cirurgião-dentista é um profissional da saúde que possivelmente entrará em
contato com muitos casos de câncer por ano, portanto, é dever realizar exames à procura de
qualquer sinal de câncer em todo paciente em toda consulta, e para benefício dos pacientes,
ensiná-los a realizar o auto-exame mensalmente (DIAS et al,2003/05).
Vários estudos sublinham a importância do cirurgião-dentista na redução da carga
da doença, através de sua participação nos esforços preventivos, antecipação do diagnóstico,
orientação dos tratamentos e reabilitação dos pacientes (BIAZEVIC et al, 2006).
Concordando com estes estudos e considerando a necessidade de conscientizar a população
sobre os riscos relacionados ao câncer bucal e a necessidade de efetivar uma estratégia de
16
diagnóstico precoce de casos da doença, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo
implantou, desde 2001, a participação de cirurgiões-dentistas nas campanhas anuais de
vacinação de idosos contra a gripe. Desse modo, os profissionais de saúde têm acesso a um
contingente da população em faixa etária de risco mais elevado para a doença. Nesse contato,
os profissionais de saúde buscam prover orientações quanto à prevenção e redução do
consumo de tabaco e bebidas alcoólicas e realizar exames bucais para detecção de lesões de
tecido mole da boca (ALVES et al, 2002).
O câncer bucal é uma patologia reconhecida como problema de saúde pública,
onde o sistema de saúde reconhece a necessidade de sua prevenção e cujo diagnóstico não
requer aparelhos caros nem intervenções complicadas, porém, ainda apresenta um quadro
dramático de morbimortalidade (HAYASSY,1998). A detecção precoce das patologias
malignas da cavidade bucal leva a um menor número de mortalidade, melhor prognóstico da
doença, menores custos com tratamento, além de prover uma melhor qualidade de vida para o
paciente pós-tratamento, por ser este menos mutilante e traumático.
Com base nestes conceitos, este projeto tem por proposta conscientizar
determinada população do município de Aquiraz quanto à importância do auto-exame da
cavidade oral e habilitá-la a realizar a detecção de lesões bucais precursoras do câncer, bem
como lesões cancerosas em estágios iniciais.
17
4 METODOLOGIA
4.1 Cenário da Intervenção
Este projeto terá como cenário o município de Aquiraz, localizado na região
metropolitana de Fortaleza, litoral leste do Estado do Ceará. Com uma população aproximada
de 72.523 habitantes, dentre estes 5.720 são considerados idosos (dados disponibilizados pela
Secretaria Municipal de Saúde).
As ações propostas neste projeto serão dirigidas à Unidade Básica de Saúde da
Família Machuca, uma das 21 equipes que formam o PSF de Aquiraz. A população idosa
desta UBASF corresponde a 3,69% dos idosos de todo o município, o que equivale a 211
idosos cobertos pelo PSF Machuca, distribuídos em três microáreas: Machuca propriamente
dito, Riviera e Novo Aquiraz.
As atividades serão realizadas nas escolas disponíveis nas três microáreas por
terem espaço compatível, luminosidade necessária e, principalmente, porque desta forma o
público alvo não terá que se deslocar até a Unidade de Saúde, tendo uma maior adesão do
mesmo.
4.2 Sujeitos da Intervenção
Os sujeitos da intervenção serão aquela parcela da população com um ou mais
fatores de risco para o câncer de boca: idade superior a 40 anos, vício de fumar cigarro ou
cachimbo, consumo de bebidas alcoólicas, exposição excessiva ao sol, uso próteses maladaptadas. Além de enfatizar bem a presença dos pacientes idosos. Esta população será
convocada antecipadamente pelas Agentes Comunitárias de Saúde de cada microárea.
O auto-exame da boca é a estratégia mais importante para obter-se o diagnóstico
do câncer bucal em fase inicial. Consiste em uma técnica simples, podendo ser realizado por
qualquer pessoa, sendo necessário apenas o uso de um espelho em ambiente iluminado. Deve
ser sistematicamente ensinado nas atividades de educação comunitárias em linguagem fácil e
acessível à população, contribuindo para o diagnóstico precoce (DIAS et al, 2003/05).
4.3 Procedimento de Intervenção
A carta de Ottawa elege a educação para a saúde, como um dos pontos centrais à
consolidação da prática voltada para a melhoria da saúde das populações. Para que as
mudanças comportamentais sejam atingidas, é necessário criar ou mudar percepções, utilizar
forças motivadoras e tomar decisão para agir. Quando um programa educativo é bem
18
planejado e tem apoio, embasamento científico forte e linguagem inteligível adequada para o
grupo que recebe a mensagem, certamente alcançará os resultados esperados. Sendo a
motivação um requisito indispensável para aprender, devemos utilizar diferentes sistemas
representacionais: visual, auditivo, sinestésico (sensação/gustação), pois é por meio deles que
vivenciamos o mundo (DIAS et al, 2003/05).
Para execução deste projeto de intervenção serão realizadas, inicialmente,
atividades de educação em saúde em cada localidade coberta pela Unidade Básica de Saúde
da Família Machuca, totalizando três localidades: Machuca, Riviera e Novo Aquiraz. Estas
atividades serão desenvolvidas nas escolas municipais de cada área, contando com a
colaboração das Agentes Comunitárias de Saúde que divulgarão o evento para a população de
risco. Estas atividades terão por finalidade ensinar e motivar os pacientes a realizarem o autoexame da cavidade bucal de forma rotineira, capacitando-os a identificarem lesões précancerígenas ou suspeitas de câncer bucal, e seguirão os seguintes passos:
4.3.1. Convocação de um voluntário para que seja demonstrado como se deve
realizar o auto-exame. Neste momento, será enfatizado que o auto-exame deve ser feito em
um local bem iluminado, diante do espelho, com o objetivo de identificar as lesões
precursoras do câncer de boca. Devem ser observados sinais como mudança na cor da pele e
mucosas, endurecimentos, caroços, feridas, inchações, áreas dormentes, dentes quebrados ou
amolecidos e úlcera rasa, indolor e avermelhada. Será repassado para o público que, antes de
realizar o auto-exame, deve-se lavar bem a boca e remover próteses dentárias, se for o caso.
Haverá uma demonstração dos passos seqüenciados do auto-exame, da seguinte forma: de
frente para o espelho deve-se observar a pele do rosto e do pescoço e ver se encontra algum
sinal que não tenha notado antes, tocando suavemente com as pontas dos dedos todo o rosto.
Com os dedos puxa-se o lábio inferior para baixo, expondo a sua parte interna (mucosa). Em
seguida, apalpa-se todo o lábio. Puxa-se o lábio superior para cima e repete-se a palpação.
Com a ponta do dedo indicador, afasta-se a bochecha para examinar a parte interna da mesma,
fazendo isso dos dois lados. Ainda com a ponta do dedo indicador, percorre-se toda a gengiva
superior e inferior. Introduz-se o dedo indicador por baixo da língua e o polegar da mesma
mão por baixo do queixo, procurando palpar todo a assoalho da boca. Inclina-se a boca para
trás e, abrindo a boca ao máximo, examina-se o “céu da boca”. Palpa-se com o dedo indicador
todo o “céu da boca”. Agora, coloca-se a língua para fora e se observa o dorso lingual (a parte
de cima). Em seguida, puxando a língua para a esquerda, observa-se o lado esquerdo da
mesma, repetindo a operação para o lado direito. Estica-se a língua para fora, segurando-a
19
com um pedaço de gaze ou pano, apalpando em toda a sua extensão com os dedos indicador e
polegar da outra mão. Deve-se também examinar o pescoço, comparando os lados direito e
esquerdo e observando se há diferenças entre eles. Depois, apalpa-se o lado esquerdo do
pescoço com a mão direita e repete-se o procedimento do lado direito, palpando com a mão
esquerda, de modo a observar se existem caroços ou áreas endurecidas. Finalmente, introduzse o polegar por debaixo do queixo e apalpa-se suavemente todo o seu contorno inferior.
4.3.2. Realizada a demonstração do auto-exame, será apresentado aos
participantes um quadro explicativo que reproduzirá a mucosa normal, lesões iniciais do
câncer de boca e o câncer já em fase evoluída. A estrutura será confeccionada com uma caixa
de papelão com dimensão de aproximadamente 60 cm2, em cuja parte frontal será feita uma
divisão didática de cores (verde, amarelo e vermelho) representando a gravidade da lesão
apresentada interiormente. Este quadro explicativo foi utilizado por Dias et al (2003/05) em
uma atividade semelhante.
A mucosa normal será representada por meio de um balão de gás vermelho
contendo água, reproduzindo uma superfície semelhante à estrutura normal dos tecidos
corpóreos, externamente a cor representada será verde.
A leucoplasia (lesão branca de baixo potencial de malignidade) será representada
por um balão de gás branco e vazio, disposto de forma pregueada, caracterizando a textura da
lesão, externamente a cor representada será amarela.
Um chumaço de algodão recoberto por papel de camurça de cor vermelha escura,
originando uma superfície elevada e aveludada, caracterizará a eritroplasia (lesão
avermelhada de alto potencial de malignidade), externamente a cor representada será a
vermelha.
Para representação do carcinoma epidermóide (câncer de boca mais comum),
serão utilizados pequenos pedaços de papel crepom de cor escura, enrolados e dispostos lado
a lado, oferecendo a aparência de ferida escura e endurecida, externamente a cor representada
também será a vermelha.
4.3.3. Ocorrerá a interação dos sujeitos participantes da atividade com o quadro
educativo, de tal modo que seja possível o toque e a visualização das representações,
comparando a textura e cor da mucosa normal com a mucosa alterada, tendo este passo um
objetivo motivacional e esclarecedor.
20
4.3.4. Para finalizar, serão distribuídos folhetos explicativos esclarecendo a
importância do auto-exame na detecção do câncer bucal em fase inicial, explicando as
características das lesões expostas no quadro educativo e mostrando, com ilustrações (para
facilitar o entendimento daqueles que são analfabetos) e palavras, como se deve realizar a
auto-exame passo a passo.
4.4 Resultados Esperados
Realizadas estas atividades, que poderão ser repetidas de acordo com a
necessidade, espera-se aumentar a problematização do problema na comunidade, de modo que
surja nas pessoas uma preocupação com relação ao câncer de boca e que a população comece
a adquirir o hábito do auto-exame e, conseqüentemente, que haja uma maior procura pela
dentista da Unidade. O cirurgião-dentista responsável deverá fazer o diagnóstico diferencial
das lesões, que certamente aparecerão, com outras lesões benignas. As pessoas que
apresentarem lesões suspeitas serão encaminhadas para elucidação diagnóstica através de
biópsia, que poderá ser realizada no Centro de Especialidades Odontológicas do município
pelo cirurgião buco-maxilofacial, para que tenhamos um diagnóstico definitivo através
resultado do exame histopatológico. Caso o resultado confirme o diagnóstico de câncer bucal,
o paciente será encaminhado para tratamento em serviços de referência do Estado. Com isso,
espera-se que tenhamos a possibilidade de diagnosticar casos de câncer bucal ainda em
estágios iniciais, proporcionando maiores benefícios aos pacientes portadores desta patologia.
4.5 Avaliação da Intervenção
Como instrumento de avaliação da atividade que este projeto pretende implantar,
realizaremos pesquisa com a população alvo nas comunidades, de forma que eles serão
questionados se participaram da atividade de educação em saúde e se estão pondo em prática
aquilo que foi apresentado. Outra maneira de sabermos se o projeto foi positivo, será pela
maior procura ao serviço básico de saúde devido ao surgimento de lesões ou mesmo para
maiores esclarecimentos a respeito do assunto, o que mostrará que a população alvo se
interessou e percebeu a importância de realizar o auto-exame bucal mensalmente. As lesões
que porventura surgirem, serão quantificadas sendo estas também um método de avaliação da
intervenção.
21
5 CRONOGRAMA
AÇÕES
Preparação do material didático e divulgação das
AGO/09 SET/09 OUT/09 NOV/09
atividades para o público alvo nas comunidades
X
Atividade educativa nas escolas de Novo Aquiraz
X
e Riviera
Atividade educativa na escola do Machuca
Avaliação das atividades
X
X
Estas atividades serão postas no cronograma da Unidade Básica de Saúde da Família do
Machuca, de forma que serão realizadas anualmente, de modo contínuo.
REFERÊNCIAS
22
ABDO, E. N.; GARROCHO, A.A.; AGUIAR, M. C. F. Avaliação do nível de informação
dos pacientes sobre o álcool e o fumo como fatores de risco para o câncer bucal. Rev.
ABO Nac, v. 14, n. 1, p. 44-48, fev./mar. 2006.
ALVES, A. T. N. N. et al. Diagnóstico precoce e prevenção do câncer oral: um dever do
cirurgião-dentista. RBO, v. 59, n. 4, p. 259-260, jul./ago. 2002.
ANTUNES, J. L. F.; TOPORCOV, T. N.; WÜNSCH-FILHO, V. Resolutividade da
campanha de prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal em São Paulo. Rev.
Panam. Salud Publica, v. 21, n. 1, jan. 2007. Disponível em: ‹http: //www.
scielosp.org/scielo.php?script=sci arttext&pid=S102049892007000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt›. Acesso em: 30 mar. 2009.
BIAZEVIC, M. G. H. et al. Tendências de mortalidade por câncer de boca e orofaringe no
Município de São Paulo, Brasil, 1980/2002. Cad. Saúde Pública, v. 22, n. 10, out. 2006.
Disponível em: ‹http: //www. scielosp.org/scielo.php?script=sci arttext&pid=S0102311X200600100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt›. Acesso em: 30 mar. 2009.
COSTA, E. G.; MIGLIORATI, C. A. Câncer bucal: Avaliação do tempo decorrente entre
a detecção da lesão e o início do tratamento. Rev. Bras. Cancerologia. v. 47, n. 3, p. 283289, 2001.
DIAS, G. F. et al. Autocuidados na prevenção do câncer bucal. Investigação. v. 5, n. 1/6,
p. 14-20, jan.2003/ dez.2005.
DONATO, A. C. et al. Estudo epidemiológico do câncer bucal – revisão da literatura e
levantamento estatístico de 29 casos novos diagnosticados durante as campanhas de
prevenção do câncer bucal na cidade de Osasco. Rev. Paulista de Odontologia. v. 23, n.
5, p. 37-41, set./out. 2001.
GARRIGA, A. L. A.; GARCÍA, E. G. Factores de riesgo, pesquisa y diagnóstico precoz
en el cáncer de la cavidad bucal. Revisión de la literatura. Acta Odontol. Venez. v. 40, n.
1, p. 56-60, 2002.
HAYASSY, A. Câncer bucal no setor público de saúde. Rev. Bras. Odontol: RBO. v. 55,
n. 3, p. 173-175, mai./jun.1998.
LOPES, F. F. et al. Aspectos epidemiológicos e terapêuticos do câncer bucal. Rev. Bras.
Odontol: RBO. v. 59, n. 2, p. 98-99, mar./abr. 2002.
MELO, M. C. B. et al. A família e o processo de adoecer de câncer bucal. Psicol. Estud.
v. 10, n. 3, set./dez. 2005. Disponível em: ‹http: //www. scielo.br/scielo.php?script=sci
arttext&pid=S1413-73722005000300009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt›. Acesso em: 30
mar. 2009.
MENDONÇA, E. F.; VÊNCIO, E. F.; CAIXETA, W. B. C. Programa de prevenção do
câncer bucal no município de Goiânia. ROBRAC. v. 7, n. 23, p. 27-30, jun. 1998.
23
OSTERNE, R. L. V. et al. Saúde bucal em pacientes portadores de neoplasias malignas:
estudo clínico – epidemiológico e análise de necessidades odontológicas de 421 pacientes.
Rev. Bras. Cancerol. v. 54, n. 3, p. 221-226, 2008.
24
Download