UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS – CTG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL – DEC GRUPO DE RECURSOS HÍDRICOS ‐ GRH DETERMINAÇÃO DE EQUAÇÕES DE CHUVAS INTENSAS PARA MESORREGIÕES DO ESTADO DE PERNAMBUCO USANDO DADOS PLUVIOMÉTRICOS Arthur Paiva Coutinho; Roberto Omena B.Silva; Fernandha Batista da Silva; Suzana Maria G.L.Montenegro; Antonio Celso D.Antonino; X SRHN ‐ SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE Fortaleza ‐ 2010 ESQUEMA DA APRESENTAÇÃO 1. Introdução 2. Objetivos 3. Metodologia 3.1 Escolha das cidades de mesorregiões representativas do Estado de Pernambuco. 3.2 Escolha dos postos das cidades selecionadas. 3.3 Análise estatística – distribuição de Gumbel 3.4 Teste de aderência de Kolmogorov-Smirnov (KS) 3.5 Método das relações entre durações 3.6 Método de Bell 3.7 Determinação das Equações i-d-f 3.8 Validação 4. Resultados e discussão 5. Conclusões 6. Referências bibliográficas X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 01 INTRODUÇÃO Figura 01 – Fonte: Righetto, 1998. Chuvas intensas • em áreas urbanas, as chuvas intensas provocam cheias nos sistemas de drenagem e causam picos de escoamento nas galerias pluviais (Righetto, 1998); • no meio rural, o conhecimento das características das chuvas intensas é de grande importância, sendo sua intensidade fator expressivo no processo de erosão do solo (Reyes et al., 1993); Equações IDF (Tucci, 2004); onde i é a intensidade da chuva em mm/h, TR é o tempo de retorno em anos, t é a duração da chuva em minutos e a, b, c e d são parâmetros a serem determinados para cada localidade; X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 02 JUSTIFICATIVA E OBJETIVO • Existem limitações referentes a dados disponíveis para a obtenção de chuvas intensas; • A dificuldade da geração dos modelos que descrevem a relação IDF se resume na disponibilidade dos registros pluviográficos e na baixa densidade desses registros no território brasileiro (Cecílio & Pruski, 2003); • Vasta rede pluviométrica instalada principalmente para atender ao setor de geração de energia elétrica (Oliveira et al., 2005); Objetivo: Determinar equações de chuvas intensas a partir das metodologias das relações entre durações e de Bell(1969), métodos que utilizam registros pluviométricos, para cidades das mesorregiões do estado de Pernambuco. X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 03 METODOLOGIA Tabela 01 Figura 02 •Características dos postos das cidades de diferentes mesorregiões do estado de Pernambuco. X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 04 METODOLOGIA Análise de freqüência de séries hidrológicas Séries hidrológicas: As alturas pluviométricas da série considerada devem ser relacionadas em ordem decrescente, associando-lhes a respectiva probabilidade de ocorrência F, ou período de retorno T, avaliada pelas seguintes expressões: m F= n 1 T= F T= n m F= a probabilidade acumulada de um evento ser igualado ou superado em magnitude; m= o número de ordem; T= período de retorno em anos. Tabela 02 n= número de anos de registro considerado; 05 METODOLOGIA • Análise estatística – distribuição de Gumbel: Função de probabilidade acumulada da distribuição de Gumbel; Inversa da Função de probabilidade acumulada da distribuição de Gumbel; onde β é o parâmetro de escala; α é o parâmetro de posição,; T é o tempo de retorno, X é a média e sx é o desvio padrão; X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 06 METODOLOGIA • Teste de aderência de Kolmogorov‐Smirnov (KS): Valores críticos da estatística DN do teste de aderência KS Tabela 03 – Fonte: Naghettini, 2007 X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 07 METODOLOGIA • Método das relações entre durações: • Método de Bell(1969): Coeficientes de desagregação – DAEE\CETESB (1980) onde K=0,510 e hdia(2) a altura pluviométrica máxima diária anual correspondente ao período de retorno, T=2 anos; Tabela 04 Fonte:Righetto, 1998 • Validação: X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 08 RESULTADOS E DISCUSSÃO Recife Vitória de Santo Antão Figura 3 - Distribuição de Frequência Estimada e Observada para as cidades de Recife e Vitória respectivamente X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 09 RESULTADOS E DISCUSSÃO Caruaru Petrolina Figura 4- Distribuição de Frequência Estimada e Observada para as cidades de Caruaru e Petrolina. X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 10 RESULTADOS E DISCUSSÃO Pesqueira Araripina Figura 5 ‐ Distribuição de Frequência Estimada e Observada para as cidades de Pesqueira e Araripina. X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 11 RESULTADOS E DISCUSSÃO ESTAÇÃO Vitória TESTE DE ADERÊNCIA‐KS DN DN,α Resultado 0,057 0,16 Boa aderência Caruaru 0,107 0,262 Boa aderência Petrolina 0,200 0,234 Boa aderência Pesqueira 0,109 0,176 Boa aderência Araripina 0,114 0,183 Boa aderência Recife 0,16 0,203 Boa aderência Tabela 05 DN‐ Maior diferença entre as freqüências. DN,α‐ Valor crítico da estatística para o nível de significância adotado. X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 12 RESULTADOS E DISCUSSÃO Figura 6 ‐ Curvas de intensidade‐duração e freqüência para a cidade do Recife utilizando o método de Bell. X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 13 RESULTADOS E DISCUSSÃO Figura 7‐ Curvas de intensidade‐duração e freqüência para a cidade do Recife utilizando o método das Relações entre durações. X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 14 RESULTADOS E DISCUSSÃO Parâmetros das Equações de Chuvas Intensas Método de Bell Parâmetros das Equações de Chuvas Intensas Método das RD Tabela 06 X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 Tabela 07 15 RESULTADOS E DISCUSSÃO Parâmetros estatísticos determinados para cada Município. Tabela 08 X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 16 CONCLUSÕES • A distribuição de Gumbel mostrou‐se adequada para representar as estimativas dos valores das precipitações máximas no nível de significância de 5% pelo teste de Kolmogorov‐Smirnov. • Os coeficientes de determinação (R²) relativo aos ajustes matemáticos as metodologias de Bell e da relação entre durações tiveram como valores mínimos, respectivamente, 0,99 e 0,97. • No tocante ao ajuste, os coeficientes obtidos(CRM, R² e RD) foram bastante satisfatórios, sendo a maioria deles próximos de seus valores ótimos (0 e 1). • Tais equações representam uma grande contribuição para as mesorregiões do estado de Pernambuco sendo uma boa alternativa para a atender aos projetos de Engenharia com período de retorno de até 100 anos e durações de até 24 horas, uma vez que a existência de séries histórias pluviográficas nestas localidades é tão escassa que impossibilitaria a utilização desta informação a pequeno e médio prazo. X SRHN - SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE - Fortaleza - 2010 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM. Rio Una, GL 4 e GL 5. Recife: 2006. 85 p. ANA – Agência Nacional das Águas. Hidroweb: Sistemas de informações hidrológicas. http://hidroweb.ana.gov.br. 10 Junho 2010. BACK, A. J.; ”Relações entre precipitações intensas de diferentes durações ocorridas no município de Urussanga,SC”. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental v.13, n.2, p.170–175, 2009. BELL, F. C.; ”Generalized rainfall-duration-frequency relationships”. Journal of the Hydraulics Division –ASCE, v.95, p311-327, 95: 311327, 1969. CECILIO, R. A.; PRUSKI, F. F.; “Interpolação dos parâmetros da equação de chuvas intensas com uso do inverso de potências da distância”. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental v.7, n.3, p.501-504, 2003. DAEE-CETESB. Drenagem urbana: Manual de projeto. São Paulo: 466p. 1980. 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