SENTIMENTOS DE MULHERES COM DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE MAMA Cláudia Maria Sousa de Carvalho1, Fernanda Cláudia Miranda Amorim1, Adélia Dalva da Silva Oliveira1, Roniely Thays Soares da Silva1, Vanessa Ferreira Alves1 Nadiana Sousa Monte Introdução: O câncer de mama é considerado pelas mulheres como um grande vilão, pois o mesmo interfere em um local do corpo feminino de grande significado. Objetivos: descrever os sentimentos vivenciados por mulheres com diagnóstico de câncer de mama e discutir esses sentimentos, com vistas a contribuir para a qualidade do cuidado da mulher nesta condição. Metodologia: estudo descritivo, exploratório, de natureza qualitativa, a coleta dos dados foi realizada nos meses de Março a Abril de 2015. Foram entrevistadas 12 mulheres internadas em um hospital referência em câncer no município de Teresina-PI, e que atenderam aos critérios de inclusão da pesquisa. Utilizou-se da Técnica da Análise de conteúdo na análise das informações. O estudo cumpriu as normas da Resolução 466/12, sendo aprovado o projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE n° 4172215.0.0000.5210. Resultados: constatou-se que os sentimentos mais evidenciados foram de tristeza, revolta, aflição, angústia, negação e medo da morte; também foram descritos sentimentos de esperança, paz e vontade de viver, revelou-se ainda a importância da rede social de apoio para estas mulheres. Conclusão: o conhecimento dos sentimentos vivenciados por mulheres com câncer de mama possibilita aos profissionais de saúde o planejamento de uma assistência integral e direcionada. Descritores: Cuidados de Enfermagem; Mastectomia; Neoplasias da Mama. Introdução A sociedade tem a palavra câncer como um grande mal, geralmente á associam com a morte. Para as mulheres, o câncer de mama é um grande vilão, pois o mesmo interfere em um local do corpo feminino de grande significado. Esse tipo de câncer é classificado como uma das neoplasias malignas mais frenquentes no mundo (Lotti et al 2008). Acomete principalmente mulheres, tendo taxa de 22% de casos a cada ano. A taxa de incidência do Brasil no ano de 2014 foi de cerca de 57.120 novos casos. O Piauí alcançou taxa de 31,12 casos para cada 100 mil mulheres, tendo estimativa de cerca de 520 casos no estado, e taxa bruta de 27,23% na capital Teresina, ou seja, estimativa de 210 casos no ano de 2014 (Brasil, 2014). De acordo com Figueiredo, Monteiro e Ferreira (2013), os principais fatores de risco para o desenvolvimento do Câncer são: história familiar da doença (principalmente mãe), diagnóstico de hiperplasia atípica, densidade da mama aumentada, menarca precoce e menopausa tardia, obesidade, uso de contraceptivos orais, reposição hormonal via oral (estrógeno e progesterona), pósmenopausa, nuliparidade, primeira gravidez tardia aos 30 anos, e consumo de bebidas alcoólicas. Os sintomas mais frequentes do câncer de mama são a presença de nódulo, que na maioria das vezes, apresenta-se indolor, duro e com bordas irregulares, e de consistência enrijecida, mas existem tumores que são de consistência mole, globoso e delimitado, ou a pele pode apresentar-se com semelhança à casca de laranja, formando edema cutâneo, retração cutânea, dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo e secreção papilar. 1-Enfermeira, Mestre, FMS, SESAPI, UNINOVAFAPI; [email protected] 2-Dicentes do Curso de Enfermagem Podendo, também, surgir linfonodos palpáveis na região axilar (BRASIL, 2014). Diante desse conjunto de alterações presentes na mulher, e em um estudo desenvolvido por Ramos et al (2012), pôde-se constatar que as mulheres com o diagnóstico do câncer de mama, na maioria das vezes, tem esse diagnóstico de forma negativa, isto é, por que ele traz consigo grandes mudanças na vida de quem o recebe, trata-se de um momento marcante e difícil de ser enfrentado, pois o câncer de mama é uma doença que ameaça a integridade física e emocional e que ainda exige da mulher cuidados intensivos a um tratamento longo, invasivo e possivelmente turbulento. Silva (2008), destaca que o tratamento produz repercussões importantes no que se refere à identidade feminina. Além da perda da mama devido à mastectomia, ou de parte dela, os tratamentos complementares, como a quimioterapia, podem trazer como consequência a alopecia, a parada ou irregularidade da menstruação e a infertilidade, fragilizando ainda mais o sentimento de identidade feminina. O diagnóstico de câncer de mama pode causar impacto sobre a vida das mulheres de diferentes modos. Com a notícia e a comunicação do diagnóstico tanto a paciente quanto os familiares, assim como a rede pessoal da paciente, iniciam vivências que podem ocorrer de modos distintos, em relação à forma de encarar a doença. Na maioria dos casos diagnosticados, os sentimentos de medo e de vergonha, faz com que a mulher tente ocultar a doença do ambiente social, escondendo o diagnóstico ou protelando a revelação pública de sua condição (Scorsoline-Comin; Santos; Sousa, 2009). As diversas mudanças que ocorrem na vida da mulher diante do diagnóstico do câncer de mama pressupõem ser relevante conhecer os sentimentos que as mulheres vivenciam ao se deparar com esse diagnóstico na perspectiva de ampliar a oferta de cuidados à mulher com câncer de mama e promover assistência integral. Para Dalgalorrondo (2008), o sentimento é uma condição afetiva estável, e está relacionado à capacidade intelectual, aos valores, ou seja, é algo que vai se construindo. Para ele, existir é necessário à existência de uma língua e da cultura das pessoas, e são esses a cultura e a língua que codificam os estados afetivos. O sentimento pode ser classificado em vários tipos, como: sentimentos das esferas da tristeza, alegria, relação à atração pelo outro, amor, amizade e perigo. Tendo em vista as várias mudanças que ocorrem na vida da mulher e os diversos sentimentos que surgem ao se depararem com esse diagnóstico e durante o tratamento oncológico, evidencia-se a necessidade de ampliar estudos e discussões nesta área. O objeto do estudo são os sentimentos vivenciados por mulheres com diagnóstico de câncer de mama, para condução da pesquisa elaborou-se o seguinte questionamento; Quais são os sentimentos vivenciados por mulheres com diagnóstico de câncer de mama? Diante dessas consideraçãoes o estudo objetivou descrever os sentimentos vivenciados por mulheres com diagnóstico de câncer de mama e discutir os sentimentos vivenciados por mulheres com diagnóstico de câncer de mama com vistas a contribuir para a qualidade do cuidado da mulher nesta condição. Metodologia Trata-se de uma pesquisa de campo, de abordagem qualitativa, de caráter descritivo. O estudo foi realizado com doze mulheres diagnosticadas com câncer de mama em acompanhamento em um Hospital Filantrópico e de referência em 1-Enfermeira, Mestre, FMS, SESAPI, UNINOVAFAPI; [email protected] 2-Dicentes do Curso de Enfermagem tratamento de câncer, localizado na cidade de Teresina-PI. Para seleção das participantes foram aplicados como critérios de inclusão: ser mulher com diagnóstico de câncer de mama, idade maior que 18 anos, independente do estágio de evolução da doença; estar em regime de internação no momento da participação no estudo; além disso, estar em condições físicas e psíquicas para ser submetida à entrevista e aceitarem participar da pesquisa, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. As participantes do estudo foram identificadas através de nomes fictícios para assegurá-las de seu anonimato, tivemos como escolha indentificá-las com nomes de flores, por se tratar de uma pesquisa realizada com mulheres que estavam passando por um momento que as deixam mais frágeis. A coleta de dados foi realizada de março a abril de 2015, por meio de entrevistas em dia e horário previamente agendado com as participantes, em um local que assegurou a privacidade, conforto e segurança, o que facilitou o procedimento, sem gerar prejuízos para ambas às partes. Foi utilizado um gravador e um roteiro de entrevista semi estruturado, a duração média das entrevistas foi em torno de 25 minutos. As entrevistas foram transcritas na íntegra e analisadas conforme analise de conteúdo de Bardim (2009), dos discursos selecionados emergiu três categorias. O presente estudo seguiu as normas ética de pesquisa em seres humanos conforme preconizado pela Resolução 466/2012 do Ministério da Saúde, e liberado com parecer CAAE Nº 4172215.0.0000.5210 Resultados e Discussão A partir da analise dos discursos as categorias foram denominadas em: Conhecendo a mulher com câncer de mama; Revelando os sentimentos da mulher com câncer de mama e Rede social de apoio a mulheres com diagnòstico de câncer de mama . Conhecendo a mulher com câncer de mama Nesta categoria foi apresentado o perfil das participantes do estudo considerando as variáveis: nome, idade, estado civil, escolaridade, ocupação, religião e tempo de diagnóstico. Borges et al (2013), em um estudo pode constatar que a idade em que mais se ocorre o câncer de mama está entre os 40 e 69 anos. O autor destaca ainda outros fatores de riscos para o desenvolvimento dessa patologia, tais como vida reprodutiva da mulher como menarca precoce, que seria antes dos 11 anos, nuliparidade, primeira gestação tardia acima dos 30 anos de idade, o uso de anticonceptivos orais, a menopausa tardia, e a utilização de terapia hormonal. Contudo o autor revela que mesmo com todos esses fatores de riscos a idade ainda assim é um dos fatores de mais importância, constatando que a incidência do câncer de mama aumenta rapidamente até os 50 anos, e posteriormente o mesmo ocorre de forma mais vagarosa. No entanto Crippa et al (2003), relata em seus estudos que embora o câncer de mama aconteça com mais frequência na perimenopausa, não podemos abandonar a possibilidade do mesmo acontecer em mulheres em seu período reprodutivo. Pois essa idade é marcada pelo início do climatério, momento onde se inicia a morte funcional das gônadas femininas e que tem seu término aos 65. Já quanto ao pior prognóstico do câncer de mama em mulheres jovens, existem várias controvérsias. O autor destaca que existe 1-Enfermeira, Mestre, FMS, SESAPI, UNINOVAFAPI; [email protected] 2-Dicentes do Curso de Enfermagem baixo índice de suspeição clínica da doença, a dificuldade durante o exame das mamas densas e a não realização de rastreamento mamográfico nessas mulheres são os principais fatores que atrasam os diagnósticos nessas pacientes, o que consequentemente piora o prognóstico das mesmas, pois sabemos que quanto mais cedo a descoberta do câncer, mais chances o mesmo tem de ser curado. Brasil (2014), diz que a recomendação para mulheres entre 50 e 69 anos é que seja feita a mamografia a cada dois anos, e do exame clínico das mamas anualmente. Essa prática ajuda no rastreamento do câncer para que o mesmo seja descoberto o mais precoce possível, possibilitando assim maiores chances de cura e redução da mortalidade. Matos, Pelloso e Carvalho (2011), evidenciaram que a cobertura da mamografia ainda é baixa entre as mulheres brasileiras. Os autores dizem que os possíveis fatores relacionados à sua realização destacam-se a escolaridade, o estado civil, a profissão e a renda da mulher como interferentes na prevalência de realização de mamografia. A história de internação anterior relacionadas ao câncer de mama foi relatada por metade das entrevistadas e a presença de depressão após o diagnóstico de câncer de mama foi verbalizada por quatro das entrevistadas. No que se diz respeito a depressão em mulheres com câncer de mama, Cangunssu et al (2010), em seus estudos evidenciou que a depressão é comum em pessoas que apresentam alguma patologia clínica. Os sintomas geralmente estão ligados às complicações das doenças ou ao tipo de tratamento que essas pessoas recebem, ou a nova fase de adaptação à doença que pode ameaçar a sua vida. As predominâncias de manifestações depressivas em pacientes com câncer de mama é discrepante, em diversos estudos variam de acordo com a característica da população. As pessoas deprimidas expressam exacerbação de sintomas físicos, perda funcional, pouca adesão aos tratamentos, redução de autocuidado, agravamento na qualidade de vida e ainda pior prognóstico, aumentando a morbidade e mortalidade. Portanto, podemos evidenciar que os fatores como idade, estado civil, grau de escolaridade, ocupação, histórico de internações anteriores e ainda histórico de depressão são dados importantíssimos no que se refere a mulheres com câncer de mama, pois a idade, grau de escolaridade e ocupação, podem interferir no diagnóstico precoce dessa patologia, e ainda histórico de depressão é um fator de grande importância, pois pessoas deprimidas estão mais propensas a desenvolverem doenças como câncer de mama, e é de grande valia que os profissionais saibam investigar o perfil dessas mulheres para poderem implementar estratégias que visem o melhor prognóstico e diminua os índices de mortalidade Revelando os sentimentos de mulheres com diagnòstico de câncer de mama O câncer desde a antiguidade representa uma grande carga de significados negativos. A forma como as pessoas enxergam essa doença hoje comparada com a de antigamente mudou muito, mas ainda assim é notório que essa doença implica em várias complicações para a vida da mulher. Ramos et al (2012), destacam a importância de se conhecer os sentimentos que são vivenciados por mulheres acometidas por câncer de mama. Pois as mulheres quando descobrem que existe algo errado com o seu corpo, experimentam vários tipos de sentimentos e, quando as mesmas se 1-Enfermeira, Mestre, FMS, SESAPI, UNINOVAFAPI; [email protected] 2-Dicentes do Curso de Enfermagem veem frente ao diagnóstico de câncer de mama, por ser um tipo de câncer que ameaça a identidade feminina, passam a conviver com vários sentimentos, como: angústia, dor, sofrimento, tristeza, culpa, sendo estes sentimentos presentes, também, na fase de tratamento. Tais sentimentos estão presentes nas falas das mulheres com câncer de mama, envolvidas neste estudo, conforme depoimentos a seguir: O câncer é muito triste, é dolorido, é muito sofrido. Teve sentimento de alegria? Não. Não posso ter esse sentimento de alegria. O câncer é um mal, é um mal miserável. O câncer? Ele só vai descendo a pessoa! Ele não leva a lugar nenhum, só o buraco! (ROSA). O tratamento eu não gostei não! Não gostei porque tem esse negocio aí de obrigada a fazer esse negocio de químico, e tem uma reação grande. Eu emagreci muito, eu pesava mais de sessenta quilos. Olha situação que eu estou! Quarenta e seis quilos. Só o corinho vei! Eu olho pra mim e me acho horrível! (LÍRIO). Não dá vontade de comer, não dá! [Silêncio]. Às vezes, pra eu beber água, eu tinha que triscar minha boca no limão pra poder ter vontade. Tudo é ruim na boca da gente (FLOR-DE-LÓTUS). Tudo transformou na minha vida fisicamente. Não me olho no espelho de jeito nenhum! (GIRASSOL). [...] Ao retirar a mama, eu me senti [...] apavorada! (CEREJEIRA). A MULHER COM CÂNCER DE MAMA E A REDE SOCIAL DE APOIO Ramos e Lustosa (2009), dizem que a rede de apoio social é um dos fatores de proteção e de recuperação da saúde da mulher com câncer de mama, porque à fortalece, fazendo com que a mesma encontre nesses, motivos para enfrentar e lidar com a doença, tornando-a mais fácil de ser superada. O autor diz ainda que esse apoio social demonstra efeitos positivos sobre o sistema imunológico, tornando a autoconfiança mais forte, e engrandece a capacidade das pessoas superarem as divergências que acontecem em suas vidas, esse apoio pode surgir da família, dos amigos, do trabalho, dos serviços de saúde e da religião. Nos registros a seguir podemos notar que existe grande importância desse apoio social na vida das mulheres acometidas pelo câncer de mama, esse apoio foi 39 Podemos notar que as consequências geradas pelo tratamento, como a mudança na alimentação, a perda de peso, são fatores que, também, modificam a aparência física da mulher e representam motivos de sofrimento e preocupação para as mulheres com câncer de mama, constatamos isso nas falas descritas a seguir: demonstrando nos relatos como uma fonte de segurança e de motivação para querer prosseguir: Tenho duas filhas, só que uma não mora aqui, só mora uma comigo, então só sou eu, meu marido e uma filha minha, a outra mora em São Paulo. Só nos três, mas também a vizinhança, nossa me ajudou, me ajudaram muito também. Tive Além do diagnóstico de câncer de mama ter um impacto muito grande na vida da mulher após o diagnóstico, ela se vê frente a vários desafios, como o mal prognóstico, os tipos de tratamento que as mesmas serão submetidas, as consequências físicas que são geradas a partir desses tratamentos, alteração da imagem corporal, as restrições e os efeitos do tratamento complementar à cirurgia 1-Enfermeira, Mestre, FMS, SESAPI, UNINOVAFAPI; [email protected] 2-Dicentes do Curso de Enfermagem todo apoio, foram super legais, pra mim parecia que eu tava assim como uma gripe muito forte que tava demorando um pouco mais pra se curar (ORQUIDEA). Poucos no momento não fazem besteira com sua própria vida. Mas eu pensei nos meus filhos, e resolvi lutar. Meus filhos, meus pais estão do meu lado me dando força. Vitória, vitória (GIRASSOL). Tem muita gente que me ajudou, em termo de lá em casa mermo, tem um bocado que ajuda lá (LIRIO). Minha família, eles me dão muita força, confiança, embora a gente saiba que eles tão muito preocupados, mas me deram muita força, meu marido, meu filho, meus irmãos (VIOLETA). A rede social é o apoio estrutural ou institucional que a pessoa recebe, podendo ela ser a vizinhança, a religião, o sistema de saúde, escola. Esse apoio tem uma dimensão individualizada, podendo ser constituído por membros da rede social que estão ligados à pessoa. Podemos entendê-la como uma teia de relações, que faz ligações entre indivíduos que possuem algum vínculo social, permitindo que os recursos de apoio sejam transmitidos por meio desses vínculos (PISONE et al., 2013). Ele sempre me acompanhou em tudo meu esposo, desde a primeira consulta até hoje ele acompanha, na minha quimio, nas minhas consulta de rotina e ele sempre falou não te preocupa que se tu ficar careca vai ficar do mesmo jeito (GARDENIA). Sempre com muita força, muita fé pra terminar tudo bem, graças a Deus com muito apoio da minha família, meus filhos, do meu esposo, família todinha junta comigo. Tenho muito o apoio de todos, principalmente do meu marido que é uma pessoa muito compreensiva (GARDENIA). Eu fiquei triste, eu fiquei baixa {Silêncio}, mas depois de muita conversa com meus amigos, minhas amigas, meus filhos {Silêncio} eu subi o astral de novo (CEREJEIRA). 40 Precisei de muito apoio mesmo, muito apoio e to chegando lá. Tenho recebido apoio demais da minha irmã a minha mãe, meus filhos, meu marido também (CRAVO). A fé se categoriza como uma das redes de apoio social, e podemos notar que ela, para as mulheres, atua como uma das principais formas de conseguir enfrentar a doença. Para as mulheres entrevistadas a fé em Deus, é o motivo de não fraquejar, é o que dá força durante todos os momentos, sendo ele o que promove alívio mental dos sofrimentos e cura todas as enfermidades. Faço que nem a história, eu entrego pra Deus! Pedindo todo dia, orando pedindo a Deus que dê tudo certo. A gente tem que ter sempre fé em Jesus Cristo, porque ele é tudo nosso. Sem fé a gente não consegue nada! Porque Deus preparou o homem pra poder cuidar de nós né, com a ajuda dele. Então meu objetivo é esse, quando eu entrei na sala de operação, desde quando eu soube eu digo: senhor ta nas tuas mãos, me guia pelo teu caminho certo, que a pessoa que for fazer o tratamento faça tudo correto, mas é essa to aqui com a fé em Jesus cristo que vai terminar tudo bem. É uma vitória por Deus (MARGARIDA) Graças a Deus superei, estou lutando ainda (GIRASSOL). Graças a Deus eu sei me conformar. Tive uns dias com depressão, quase arriava, mas Deus me deu força. (LÍRIO). Quando a gente serve a Deus, naquele momento ali, que eu me vi, eu pensei, eu não estou só! Porque eu sirvo a um Deus vivo. Tudo que acontece na nossa vida é permissão dele. Eu sempre disse assim: não gente, realmente a força não é minha, é de Deus que está em mim. Porque ele tava comigo, ai tudo 1-Enfermeira, Mestre, FMS, SESAPI, UNINOVAFAPI; [email protected] 2-Dicentes do Curso de Enfermagem aconteceu assim, mas nunca tive medo, nunca tive preocupação (COPO-DE-LEITE). Os depoimentos mostram-nos uma esperança e muita confiança em Deus, diante dessas palavras podemos perceber que a fé as ajuda a recomeçar suas vidas, e compreender essa nova fase que estão vivenciando. Com a esperança depositada em Deus as mesmas passam a ver esse momento de forma positiva. Por isso, é de grande importância que se compreenda o significado da religião para essas mulheres durante esse processo de adoecimento, pois assim podem-se realizar estratégias de promoção a saúde que visem diminuir os sofrimentos gerados diante dessa doença. Graças a Deus foi bem pra mim, na medida do possível né, tudo na santa paz de Deus. Sempre tive fé que eu ia vencer, se num 41 acontecesse, tem outra vida que a gente pode viver, eu podia viver outra vida (COPO-DE-LEITE). Eu vou vencer foi isso que eu pensei. Não vou desistir! Tive fé e agora estou aqui. Deus vai me abençoar. Estou tranquila e com esperança, com fé. Queria que todas as pessoas tivessem a fé que eu tenho. Deus é minha fé (VIOLETA). Graças a Deus eu tou até ai lutando. Eu tou aqui lutando, enquanto houver esperança. Você tem que ter primeiramente muita fé em Deus, com fé em Deus você consegue chegar lá (TULIPA). Moura et al (2010), fala que devoção facilita o enfrentamento de momentos de angústia, depressão e medo, possibilitando uma sensação de proteção. A preocupação vivenciada pela mulher que recebe esse diagnóstico é capaz de mudar de acordo com as características de cada pessoa, que adquire essa patologia. O diagnóstico pode trazer consigo a sensação de incerteza em relação ao prognóstico, gerando medo da morte, mas diante disso tudo, podem surgir também a esperança e a fé como métodos que ajudam a vencer a doença. Como podemos evidenciar nas falas a seguir: Você tem de se agarrar com Deus, ter fé, olhar pra cura, querer se curar. Ter força e fé! [Silêncio] Que vence! Que eu tou, já venci faz muito tempo [Silêncio] no nome de Jesus estou curada! Deus é tão bom que tenho vontade de comer, comer toda hora. Ter fé e lutar, lutar, lutar, lutar (FLOR-DE-LÓTUS). Nunca pensei em desistir, nenhum momento, sempre com muita força, muita fé pra terminar tudo bem, graças a Deus! (GARDENIA). Eu estou com fé em Deus, que ele é bom! Estou com fé que vou ficar boa (CEREJEIRA). Portanto é preciso compreender que a rede de apoio social é uma forma de tratamento, ou melhor, de enfrentamento, que auxilia a mulher nesse momento difícil. A família, a religião, os amigos, ajudam a compreender que os motivos para estarem vivas, são maiores que os efeitos adversos do câncer e tratamento. É importante dar destaque a religião como uma das principais formas, ou porque não dizer a principal forma de enfrentamento encontrada pelas mulheres durante o processo de adoecimento, pois como podemos notar, as mulheres nos depoimentos depositam uma confiança em Deus, que ultrapassa a confiança que as mesmas depositam em tudo, chega muitas vezes a superar a confiança que as mesmas depositam nos médicos, nos tratamentos cirúrgicos 42 e farmacológicos, encontram em Deus força maior do que a que encontram em sua família. Contundo mesmo sabendo que a rede de apoio social, principalmente a religião auxilia muito no processo de recuperação 1-Enfermeira, Mestre, FMS, SESAPI, UNINOVAFAPI; [email protected] 2-Dicentes do Curso de Enfermagem dessas mulheres, podemos notar em alguns dos depoimentos que as mesmas, sentem a necessidade de apoio da família, verificamos que ainda existem falhas nas redes de apoio, muitas vezes por falta de compreensão dos que fazem parte da mesma, e em alguns casos podemos perceber que ao invés da mulher com câncer receber apoio, esta é quem tem que dar apoio à família como será visto nos próximos depoimentos: Minha filha começou a chorar, minha neta, eu disse: não adianta chorar! Vamos agir e me ajude o câncer não vai curar com choro! (ROSA). E quando eu cheguei em casa que fui dar a noticia pra minha filha ela chorou demais, e eu é quem fui acalmar ela, dizendo: pra ela que não se entristecesse, que tudo isso ia passar da maneira que Deus quisesse (COPO-DE-LEITE). A família ficou muito abalada né, mas desde eu dar, elas me dar apoio, eu quem dei apoio pra elas (TULIPA). Segundo Biffi, Mamede, (2010), as relações familiares podem controlar a qualidade e quantidade do fluxo de emoções gerada por essas mulheres, podendo assim facilitar alguns caminhos de liberação emocional. Por isso. é importante que os profissionais de saúde levem esses pontos em consideração, e através deles encontrem maneiras de prestarem uma assistência qualificada às mulheres que se encontram nessa condição de saúde, pois sabemos que além dos cuidados, como procedimentos de enfermagem, essas mulheres devem receber apoio emocional. Discutindo o cuidado à mulher com câncer de mama A mulher acometida por câncer de mama não se sente apenas com seu corpo modificado mas, também, com sua autoimagem corporal e diferentes aspectos da sua vida social afetados. O impacto ao receber o diagnóstico médico dessa doença grave quase sempre é acompanhado pelo paciente por sentimentos intensos e contraditórios (RAMOS, et al, 2012). 43 O medo, a tristeza, angústia, dor, sofrimento, culpa são sentimentos gerados a partir do diagnóstico e que podem agravar o estado de saúde dessas mulheres, são experiências emocionais vividas que influenciam nesse processo de adoecimento podendo levar a outros problemas de saúde, como foi o caso de uma depoente. Graças a Deus eu sei me conformar. Tive uns dias com depressão, quase arriava, mas Deus me deu força (LÍRIO). O conhecimento dos sentimentos vividos pelas mulheres em tratamento de câncer de mama ajuda significativamente nas ações a serem implementadas pelos profissionais de saúde, é importante buscar na paciente o que mais tem lhe afligido, já que estas demonstram fragilidades em relação à gravidade da doença, as reações causadas pelo tratamento, à ausência de apoio, a impossibilidade de cura, que pode prejudicar a adesão ao tratamento. Na hora eu disse: eu não vou fazer o tratamento eu vou morrer. Eu dizia assim, era muito difícil. Aí a diretora lá do hospital onde eu trabalho me deu os exames e veio me encaminhar pra Teresina, eu, disse num adianta nem me encaminhar que eu num vou. Eu vou morrer! Vocês sabem que eu vou morrer (CRAVO). Minha família, são minhas duas filhas e a família do meu marido, são minhas cunhadas e tudo, mas elas não se comoveram. A gente encontra gente de todo jeito em todo lugar (FLOR-DELÓTUS). Os cuidados devem estar centrados não somente na paciente mas, também, em sua família, onde estes devem buscar o 1-Enfermeira, Mestre, FMS, SESAPI, UNINOVAFAPI; [email protected] 2-Dicentes do Curso de Enfermagem envolvimento de todos os seus membros, e envolvê-los todos com importância especial às relações estabelecidas entre eles, de forma que sejam entendidas como um dos determinantes do processo saúde/doença (BIFFI; MAMEDE, 2010). Pra mim num mudou nada, então fez foi melhorar muito mais ainda e eu acho muito bom. Eu acho muito bom o apoio que eu tenho, admiro muito o pessoal da minha família, marido, as minha filha também e eu acho que eu to realizada nesse lado, tenho do que reclamar não (GARDENIA). Portanto, podemos notar que é de suma importância que todos os membros da família estejam juntos durante o processo de adoecimento, e é fundamental para mulher que sua família esteja incorporada durante o processo de tratamento e recuperação da mesma, pois isto traz a ela uma grande confiança por não se sentir sozinha nesse momento. É notório que esclarecimentos dados sobre a patologia e o tipo de tratamento a ser seguido favorecem a promoção da saúde, fazendo com que as pacientes busquem uma maior independência para o cuidado de si mesma e para a realização de outras atividades relacionadas à família (BIFFI; MAMEDE, 2010). Minhas filhas, mas são duas adolescentes mulher, muito diferente de né? é assim, estão dentro de casa comigo, tudo, mas não é aquela coisa, sabe? A noção, assim, só se você for mesmo buscar, está estudando, ou mesmo vivendo aquilo porque se não [Silêncio] e ainda tem vez que a gente ta vivendo aquilo e não sabe o tamanho da gravidade (FLOR-DELÓTUS). As meninas demoravam, queriam [Silêncio] bora menina ir no médico aí ficavam [Silêncio] daqui que levantasse eu ia chegar atrasada aqui [Silêncio] montava na moto e vinha embora [Silêncio] e sozinha vou pra médico (FLOR-DE-LÓTUS) É importante que os profissionais de enfermagem incorporem à família no planejamento de cuidados à mulher acometida por câncer de mama, e focalizem a atenção nas suas relações sociais, estabelecidas entre os membros familiares da paciente no processo de adaptação à nova condição de vida familiar pode ser uma estratégia importante de cuidado e que venha ter bons resultados, ajudando a minimizar sentimentos negativos gerados após o diagnóstico da doença (BIFFI; MAMEDE, 2010). Diante dos relatos das participantes, pode-se perceber que estas necessitam de uma assistência mais ampliada onde suas necessidades físicas e psicológicas possam ser atendidas, pois o câncer de mama trata-se de uma doença que afeta tanto o físico quanto o emocional da mulher, gerando vários sentimentos. Godoy et al (2009) cita em seu estudo que os profissionais de enfermagem podem criar um planejamento de assistência, com objetivos na redução de dificuldades enfrentadas por estas mulheres, onde estas sejam avaliadas e assistidas como um todo. A fala do autor pode ser confirmada com os relatos das participantes onde mencionam como se sentiram abaladas diante da doença. Tanto fisicamente como psicologicamente. Muita dificuldade porque a vida transforma, entendeu? Dificuldade de trabalhar de cuidar dos meus filhos, [Silêncio] bem difícil, mas Deus é maior (GIRASSOL). Ah, minha fia, meche o psicológico da gente todo (MARGARIDA). 45 Eu me senti mal, mas depois de uns dias voltei ao normal de novo (CEREIJEIRA). A historia do câncer é essa, não tem outra, é muito sofrimento, uns sofrem mais, outros sofrem menos, mas se a gente procura à não sofrer tanto, a gente consegue, porque se eu tivesse recebido 1-Enfermeira, Mestre, FMS, SESAPI, UNINOVAFAPI; [email protected] 2-Dicentes do Curso de Enfermagem esse resultado, tivesse me fechado dentro de um quarto eu já tinha morrido [Silêncio] entendeu? (ROSA). Os profissionais de enfermagem devem propor-se a prestar uma assistência que congregue técnica, ciência e humanização, tendo sempre em mente a importância do respeito às necessidades dessa paciente, ao atuar de uma forma humanizada, incluindo como cuidados não somente técnica, mas também o diálogo, saber ouvir, a segurança, a valorização das queixas e o apoio dos familiares (COSTA et al.,2012). No momento que eu recebi o diagnóstico eu não queria aceitar de jeito nenhum, fiquei só um pouco triste, mas não deprimida que eu achava que comigo não poderia acontecer né, mas aí depois eu aceitei numa boa, depois de um mês, dois meses, eu aceitei aí pronto eu me entreguei mermo pra cuidar logo na cirurgia, pra ocorrer tudo bem, segui o tratamento completo, aí até agora ta indo tudo bem, graças a Deus (GARDENIA). Observa-se que o diálogo é uma ferramenta importante para tentar minimizar o sofrimento causado pela doença, por isso, há a necessidade de que o cuidado técnico e o expressivo estejam interligados, levando-se em conta a integralidade do sujeito que será cuidado. Almeida et al (2009) fala que a partir do momento que mulheres diagnosticadas com câncer de mama podem ser escutadas pelos profissionais, sentimentos como o medo da morte e a impossibilidade do câncer ser curado, na maioria dos casos, além dos temores relacionados à imagem corporal podem ser trabalhados no contexto hospitalar. É importante enfatizar que o enfermeiro deve ser um participante educador e ativo nas equipes multidisciplinares atuando com ética e conhecimentos específicos da área para que possa contribuir para desmistificar o estigma que representa o câncer e minimizar os sentimentos negativos que podem surgir para a mulher e a sua família, promovendo para estes uma melhor qualidade de vida. Tais colocações foram confirmadas nos depoimentos: 46 [...] eu disse nam não vou fazer o tratamento eu vou morrer eu dizia assim, era muito difícil (CRAVO). [...] o câncer não vai curar com choro, nem com tratamento muitas vezes imagina em choro (ROSA). [...] então diante de um câncer somos nada, não somos ninguém (ROSA). Diante dos depoimentos, nota-se que é de suma importância que o enfermeiro esteja atento a todas essas dificuldades e sentimentos vivenciados por essas pacientes, devendo procurar orientá-las e prestar-lhes cuidados adequados nas diferentes etapas de sua recuperação, oferecendo-lhe suporte, conforto, tranquilidade e segurança com objetivos de promover a integridade do corpo, mente e espírito nessa trajetória difícil. Discussão Conclusão CONSIDERAÇÕES FINAIS O câncer de mama é uma doença que afeta muito a identidade feminina, tanto no que se diz respeito aos aspectos físicos quanto psicológicos. É entendido ou vivenciado por mulheres, como uma experiência que desencadeia muito sofrimento, pois quando recebem o diagnóstico sentem-se inseguras, angustiadas e preocupadas com o prognóstico da doença, com os efeitos colaterais do tratamento, a sobrevida e tudo o que a doença poderá trazer, como ela irá repercutir em suas vidas, diante de múltiplos sentimentos que podem surgir. Trata-se de condição que trás grandes mudanças em seu cotidiano, por tratarse de uma doença que causa diversas 1-Enfermeira, Mestre, FMS, SESAPI, UNINOVAFAPI; [email protected] 2-Dicentes do Curso de Enfermagem mudanças em suas vidas, em que ocorrem alterações no ritmo e na rotina doméstica, no mundo do trabalho e nas vivências afetivas: familiar, conjugal e social. As mulheres ao se depararem com o diagnóstico dessa patologia e com os tratamentos advindos da mesma, se veem frente a vários tipos de sentimentos, tais como: tristeza, revolta, dor, aflição, angústia, sofrimento, tensão, não aceitação do diagnóstico, medo da morte até o suicídio, medo da rejeição, descaracterização e preocupação com a estética, relacionado à mastectomia, queda do cabelo, reações da medicação e efeitos colaterais de perda de peso. Contudo, não foram descritos somente sentimentos negativos, mas também sentimentos de esperança, fé, força, paz e vontade de viver. Esses sentimentos positivos foram fortalecidos pela ajuda recebida da rede social de apoio, que é composta pela família, amigos, trabalho, serviços de saúde e religião, tendo a fé em Deus como uma das principais formas de conseguir enfrentar a doença, não deixando-as fraquejar, dando-lhes forças durante todos os momentos. Diante do conhecimento dos sentimntos vivenciados por mulheres acometidas por câncer de mama, verificou-se que estas necessitam de assistência mais ampliada onde suas necessidades possam ser atendidas. O trabalho destaca ainda as intervenções necessárias que os profissionais de saúde podem incorporar a sua prática como a assistência individual e direcionada, tais como: incorporar a família no planejamento de cuidados à cliente de forma a contribuir com as estratégia de apoio social; promover assistência global e humanizada enfatizando tanto o cuidado físico como o biopsicossocial; esclarecimentos sobre o tratamento do câncer de mama, assim como desmistificar a ideia do que a doença representa e dar enfoque nas orientações, 48 esclarecimentos com estratégias de educação em saúde aplicado no ambiente em que a mesma está inserida. Este estudo contribui para um maior conhecimento e discussão sobre a temática dos sentimentos vivenciados por mulheres com diagnóstico de câncer A assistência de enfermagem à mulher mastectomizada deve estar pautada nas ações de prevenção, controle, avaliação diagnóstica, tratamento, reabilitação e atendimento aos familiares. Neste sentido, é papel da enfermagem promover estratégias que amenizem os efeitos negativos do câncer, considerando a mulher nos seus vários aspectos, sejam eles: físicos ou emocionais, garantindo fidedignamente um tratamento individualizado e humanizado. Desta forma, espera-se que este estudo contribua para a prática assistencial do enfermeiro, especialmente sobre a importância de uma assistência holística à mulher mastectomizada, onde todos os aspectos humanos são considerados. Referências -ARAUJO MA, Silva RM, Bonfim IM, Fernandes AFC. A comunicação da enfermeira na assistência de enfermagem à mulher mastectomizada: um estudo de Grounded Theory, Rev. 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