a>1 0<a<1 - Apostilaz

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An&aacute;lise Combinat&oacute;ria
Fatorial de um n&uacute;mero:
n!=n.(n-1).(n-2)...3.2.1
Defini&ccedil;&otilde;es especiais: 0!=1
1!=1
100!+101!
.
99!
100!+101! 100.99!+101.100.99!
=
= 100 + 101.100 = 100 + 10100 = 10200
99!
99!
1) Calcule o valor da express&atilde;o
( x + 1)!
= 56.
( x − 1)!
( x + 1)!
( x + 1)( x)( x − 1)!
= 56 ⇒
= 56 ⇒ ( x + 1)( x) = 56 ⇒ x 2 + x = 56 ⇒
( x − 1)!
( x − 1)!
2) Resolva a equa&ccedil;&atilde;o
x = 7
− 1 &plusmn; 225
− 1 &plusmn; 15
⇒ x=
⇒
2
2
x = -8
Resposta : x = 7, pois n&atilde;o existe fatorial de um n&uacute;mero negativo.
⇒ x 2 + x − 56 = 0 ⇒ x =
3) Quatro times de futebol (Gr&ecirc;mio, Santos, S&atilde;o Paulo e Flamengo) disputam o torneio dos
campe&otilde;es do mundo. Quantas s&atilde;o as possibilidades para os tr&ecirc;s primeiros lugares?
R : Existem 4 possibilidades para o 1&ordm; lugar, sobrando 3 possibilidades para o 2&ordm; lugar e 2
possibilidades para o 3&ordm; lugar → 4.3.2 = 24 possibilidades.
Arranjo simples:
An , p =
4) Calcule
n!
( n − p )!
A6, 2 + A4,3 − A5, 2
A9, 2 + A8,1
A6, 2 + A4,3 − A5, 2
A9, 2 + A8,1
.
6!
4!
5!
+
−
(6 − 2)! ( 4 − 3)! (5 − 2)! 30 + 24 − 20 34 17
=
=
=
=
9!
8!
72 + 8
80 40
+
(9 − 2)! (8 − 1)!
5) Quantos n&uacute;meros de 3 algarismos distintos podemos formar com o algarismos do
sistema decimal (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9) sem os repetir, de modo que :
a) COMECEM COM 1.
R : O n&uacute;mero pode possuir tr&ecirc;s algarismos, sendo que para o primeiro existe apenas 1
possibilidade (1) e para os outros dois ainda existem 9 n&uacute;meros dispon&iacute;veis :
9!
9! 9.8.7!
1. A9, 2 =
= =
= 9.8 = 72 n&uacute;meros.
(9 − 2)! 7!
7!
b) COMECEM COM 2 E TERMINEM COM 5.
R : Para o primeiro algarismo existe apenas 1 possibilidade (2), e para o terceiro tamb&eacute;m
existe apenas 1 possibilidade (5). Para o segundo ainda existem 8 possibilidades :
8!
8! 8.7!
1.1. A8,1 =
= =
= 8 n&uacute;meros.
(8 − 1)! 7! 7!
c) SEJAM DIVIS&Iacute;VEIS POR 5.
R : Para um n&uacute;mero ser divis&iacute;vel 5, ele deve terminar com 0 ou com 5. Primeiramente
vamos calcular o n&uacute;mero de divis&iacute;veis por 5 que terminam com 0 :
→ Para o terceiro algarismo existe apenas 1 possibilidade (0), e para os dois primeiros ainda
existem 9 n&uacute;meros dispon&iacute;veis. Portanto o n&uacute;mero de divis&iacute;veis por 5 que terminam com 0 &eacute; :
9!
9! 9.8.7!
1. A9, 2 =
= =
= 9.8 = 72 n&uacute;meros.
(9 − 2)! 7!
7!
→ Agora calculamos quantos divis&iacute;veis por 5 terminam com 5 : para o terceiro algarismo
existe apenas uma possibilidade (5). Para o primeiro algarismo existem ainda 8 possibilidades,
pois o n&uacute;mero n&atilde;o pode come&ccedil;ar com 0 (sen&atilde;o seria um n&uacute;mero de 2 algarismos). E para o
segundo algarismo tamb&eacute;m existem 8 possibilidades (o segundo algarismo pode ser 0).
8!
8!
8! 8! 8.7! 8.7!
1. A8,1 . A8,1 =
.
= . =
.
= 8.8 = 64 n&uacute;meros.
(8 − 1)! (8 − 1)! 7! 7! 7! 7!
Resposta : O n&uacute;mero de divis&iacute;veis por 5 &eacute; 72 + 64 = 136 n&uacute;meros.
6) Quantos s&atilde;o os n&uacute;meros compreendidos entre 2000 e 3000 formados por algarismos
distintos escolhidos entre 1,2,3,4,5,6,7,8 e 9?
R : O n&uacute;mero deve ter quatro algarismos (pois est&aacute; entre 2000 e 3000). Para o primeiro
algarismo existe apenas uma possibilidade (2), e para os outros tr&ecirc;s ainda existem 8 n&uacute;meros
dispon&iacute;veis, ent&atilde;o :
8!
8! 8.7.6.5!
1. A8,3 =
= =
= 8.7.6 = 336 n&uacute;meros.
(8 − 3)! 5!
5!
Permuta&ccedil;&atilde;o Simples: &Eacute; um caso particular de arranjo simples. &Eacute; o tipo de
agrupamento ordenado onde entram todos os elementos.
Pn = n!
7) Quantos n&uacute;meros de 5 algarismos distintos podem ser formados por 1,2,3,5 e 8?
P5 = 5! = 5.4.3.2.1 = 120 n&uacute;meros.
8) Quantos anagramas da palavra EDITORA :
a) COME&Ccedil;AM POR A.
Para a primeira letra existe apenas uma possibilidade (A), e para as outras 6 letras
existem 6 possibilidades. Ent&atilde;o o total &eacute; :
1.P6 = 1.6!= 6.5.4.3.2.1 = 720 anagramas.
b) COME&Ccedil;AM POR A e terminam com E.
Para a primeira letra existe 1 possibilidade (A), e para &uacute;ltima tamb&eacute;m s&oacute; existe 1 (E),
e para as outras 5 letras existem 5 possibilidades. Ent&atilde;o o total &eacute; :
1.1.P5 = 1.1.5!= 5.4.3.2.1 = 120 anagramas.
8) Calcule de quantas maneiras podem ser dipostas 4 damas e 4 cavalheiros, numa fila, de
forma que n&atilde;o fiquem juntos dois cavalheiros e duas damas.
R :Existem duas maneiras de fazer isso :
C - D - C - D - C - D - C - D ou D - C - D - C - D - C - D - C
Colocando um cavalheiro na primeira posi&ccedil;&atilde;o temos como n&uacute;mero total de maneiras :
P4 .P4 = 4!.4!= 24.24 = 576 maneiras.
Colocando uma dama na primeira posi&ccedil;&atilde;o temos tamb&eacute;m :
P4 .P4 = 4!.4!= 24.24 = 576 maneiras.
Portanto o total &eacute; 576 + 576 = 1152 maneiras.
Combina&ccedil;&atilde;o Simples: &eacute; o tipo de agrupamento em que um grupo difere do
outro apenas pela natureza dos elementos componentes.
Cn, p =
n!
p!(n − p )!
9) Resolver a equa&ccedil;&atilde;o C m,3 − C m , 2 = 0.
m!
m!
−
=0
3!( m − 3)! 2!(m − 2)!
m.(m − 1).(m − 2).(m − 3)! m.(m − 1).(m − 2)!
−
=0
3!( m − 3)!
2!(m − 2)!
m.(m − 1).(m − 2) m.(m − 1)
−
=0
3!
2!
m 3 − 2m 2 − m 2 + 2m m 2 − m
−
=0
6
2
m 3 − 3m 2 + 2m − 3m 2 + 3m
= 0 ⇒ m 3 − 6m 2 + 5m = 0
6
m ' = 5
6 &plusmn; 16
m 2 − 6m + 5 = 0 ⇒ m =
⇒ 
2
m ' ' = 1
Resposta : m = 5.
obs : m = 1 n&atilde;o &eacute; a resposta porque n&atilde;o pode haver C1,3 .
10) Com 10 esp&eacute;cies de frutas, quantos tipos de salada, contendo 6 esp&eacute;cies diferentes
podem ser feitas?
10!
10.9.8.7.6! 5040 5040
C10,6 =
=
=
=
= 210 tipos de saladas.
6!.(10 − 6)!
6!.4!
4!
24
11) Numa reuni&atilde;o com 7 rapazes e 6 mo&ccedil;as, quantas comiss&otilde;es podemos formar com 3
rapazes e 4 mo&ccedil;as?
RAPAZES - C 7 ,3
MO&Ccedil;AS - C 6, 4
O resultado &eacute; o produto C 7 ,3 .C 6, 4 .
7!
6!
7.6.5.4! 6.5.4! 210 30
.
=
.
=
. = 35.15 = 525 comiss&otilde;es.
3!(7 − 3)! 4!(6 − 4)!
3!.4! 4!.2!
3! 2
Bin&ocirc;mio de Newton
Introdu&ccedil;&atilde;o
Pelos produtos not&aacute;veis, sabemos que (a+b)&sup2; = a&sup2; + 2ab + b&sup2;.
Se quisermos calcular (a + b)&sup3;, podemos escrever:
(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3
Se quisermos calcular
, podemos adotar o mesmo procedimento:
(a + b)4 = (a + b)3 (a+b) = (a3 + 3a2b + 3ab2 + b3) (a+b)
= a4 + 4a3b + 6a2b2 + 4ab3 + b4
De modo an&aacute;logo, podemos calcular as quintas e sextas pot&ecirc;ncias e, de
modo geral, obter o desenvolvimento da pot&ecirc;ncia
a partir da
anterior,
ou
seja,
de
.
Por&eacute;m quando o valor de n &eacute; grande, este processo gradativo de c&aacute;lculo
&eacute;
muito
trabalhoso.
Existe um m&eacute;todo para desenvolver a en&eacute;sima pot&ecirc;ncia de um bin&ocirc;mio,
conhecido como bin&ocirc;mio de Newton (Isaac Newton, matem&aacute;tico e f&iacute;sico
ingl&ecirc;s, 1642 - 1727). Para esse m&eacute;todo &eacute; necess&aacute;rio saber o que s&atilde;o
coeficientes binomiais, algumas de suas propriedades e o tri&acirc;ngulo de
Pascal.
Coeficientes Binomiais
Sendo n e p dois n&uacute;meros naturais
binomial de classe p, do n&uacute;mero n, o n&uacute;mero
, chamamos de coeficiente
, que indicamos por
(l&ecirc;-se: n sobre p). Podemos escrever:
O coeficiente binomial tamb&eacute;m &eacute; chamado de n&uacute;mero binomial. Por
analogia com as fra&ccedil;&otilde;es, dizemos que n &eacute; o seu numerador e p, o
denominador. Podemos escrever:
&Eacute; tamb&eacute;m imediato que, para qualquer n natural, temos:
Exemplos:
Propriedades dos coeficientes binomiais
Se n, p, k
e p + k = n
1&ordf;)
ent&atilde;o
Coeficientes binomiais como esses, que tem o mesmo numerador e a
soma dos denominadores igual ao numerador, s&atilde;o chamados
complementares.
Exemplos:
Se n, p, k
e p
p-1
0
2&ordf;)
ent&atilde;o
Essa igualdade &eacute; conhecida como rela&ccedil;&atilde;o de Stifel (Michael Stifel,
matem&aacute;tico alem&atilde;o, 1487 - 1567).
Exemplos:
Tri&acirc;ngulo de Pascal
A
disposi&ccedil;&atilde;o
ordenada dos n&uacute;meros
binomiais, como na
tabela ao lado, recebe
o nome de Tri&acirc;ngulo
de Pascal
Nesta tabela triangular, os n&uacute;meros binomiais com o mesmo numerador
s&atilde;o escritos na mesma linha e os de mesmo denominador, na mesma
coluna.
Por exemplo, os n&uacute;meros binomiais
n&uacute;meros binomiais
,
,
,
, ...,
,
,
e
est&atilde;o na linha 3 e os
, ... est&atilde;o na coluna 1.
Substituindo cada n&uacute;mero binomial pelo seu respectivo valor, temos:
Constru&ccedil;&atilde;o do tri&acirc;ngulo de Pascal
Para construir o tri&acirc;ngulo do Pascal, basta lembrar as seguintes
propriedades dos n&uacute;meros binomiais, n&atilde;o sendo necess&aacute;rio calcul&aacute;-los:
1&ordf;) Como
= 1, todos os elementos da coluna 0 s&atilde;o iguais a 1.
2&ordf;) Como
= 1, o &uacute;ltimo elemento de cada linha &eacute; igual a 1.
3&ordf;) Cada elemento do tri&acirc;ngulo que n&atilde;o seja da coluna 0 nem o &uacute;ltimo de
cada
linha
&eacute;
igual
&agrave;
soma
daquele
que est&aacute; na mesma coluna e linha anterior com o elemento que se situa
&agrave;
esquerda
deste
&uacute;ltimo
(rela&ccedil;&atilde;o
de Stifel).
Observe os passos e aplica&ccedil;&atilde;o da rela&ccedil;&atilde;o de Stifel para a constru&ccedil;&atilde;o
do tri&acirc;ngulo:
Propriedade do tri&acirc;ngulo de Pascal
P1 Em Qualquer linha, dois n&uacute;meros binomiais eq&uuml;idistantes dos
extremos s&atilde;o iguais.
De fato, esses binomiais s&atilde;o complementares.
P2 Teorema das linhas: A soma dos elementos da en&eacute;sima linha &eacute;
.
De modo geral temos:
P3 Teorema das colunas: A soma dos elementos de qualquer coluna, do
1&ordm; elemento at&eacute; um qualquer, &eacute; igual ao elemento situado na coluna &agrave;
direita da considerada e na linha imediatamente abaixo.
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 = 21
1 + 4 + 10 + 20 = 35
P4 Teorema das diagonais: A soma dos elementos situados na mesma
diagonal desde o elemento da 1&ordf; coluna at&eacute; o de uma qualquer &eacute; igual ao
elemento imediatamente abaixo deste.
1 + 3 + 6 + 10 + 15 = 35
F&oacute;rmula do desenvolvimento do bin&ocirc;mio de Newton
Como vimos, a pot&ecirc;ncia da forma
chamada bin&ocirc;mio de Newton. Al&eacute;m disso:
•
quando n = 0 temos
•
quando n = 1 temos
•
quando n = 2 temos
•
quando n = 3 temos
•
quando n = 4 temos
, em que a,
, &eacute;
Observe que os coeficientes dos desenvolvimentos foram o tri&acirc;ngulo de
Pascal. Ent&atilde;o, podemos escrever tamb&eacute;m:
De modo geral, quando o expoente &eacute; n, podemos escrever a f&oacute;rmula do
desenvolvimento do bin&ocirc;mio de Newton:
Note que os expoentes de a v&atilde;o diminuindo de unidade em unidade,
variando de n at&eacute; 0, e os expoentes de b v&atilde;o aumentando de unidade em
unidade, variando de 0 at&eacute; n. O desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1
termos.
F&oacute;rmula do termo geral do bin&ocirc;mio
Observando os termos do desenvolvimento de (a + b)n, notamos
que cada um deles &eacute; da forma
.
•
Quando p = 0 temos o 1&ordm; termo:
•
Quando p = 1 temos o 2&ordm; termo:
•
Quando p = 2 temos o 3&ordm; termo:
•
Quando p = 3 temos o 4&ordm; termo:
•
Quando
p
=
4
temos
o
5&ordm;
termo:
..............................................................................
Percebemos, ent&atilde;o, que um termo qualquer T de ordem p + 1pode ser
expresso por:
Cilindro
Na figura abaixo, temos dois planos paralelos e distintos,
, um
c&iacute;rculo R contido em e uma reta r que intercepta
, mas n&atilde;o R:
Para cada ponto C da regi&atilde;o R, vamos considerar o segmento
paralelo &agrave; reta r
:
Assim, temos:
,
Chamamos de cilindro, ou cilindro circular, o conjunto de todos os
segmentos
congruentes e paralelos a r.
Elementos do cilindro
Dado o cilindro a seguir, consideramos os seguintes elementos:
•
bases: os c&iacute;rculos de centro O e O'e raios r
•
altura: a dist&acirc;ncia h entre os planos
•
geratriz: qualquer segmento de extremidades nos pontos das
circunfer&ecirc;ncias das bases ( por exemplo,
) e paralelo &agrave; reta r
&Aacute;reas
Num cilindro, consideramos as seguintes &aacute;reas:
a) &aacute;rea lateral (AL)
Podemos observar a &aacute;rea lateral de um cilindro fazendo a sua
planifica&ccedil;&atilde;o:
Assim, a &aacute;rea lateral do cilindro reto cuja altura &eacute; h e cujos raios dos
c&iacute;rculos das bases s&atilde;o r &eacute; um ret&acirc;ngulo de dimens&otilde;es
:
b) &aacute;rea da base ( AB):&aacute;rea do c&iacute;rculo de raio r
c) &aacute;rea total ( AT): soma da &aacute;rea lateral com as &aacute;reas das bases
Volume
Para obter o volume do cilindro, vamos usar novamente o princ&iacute;pio de
Cavalieri.
Dados dois s&oacute;lidos com mesma altura e um plano , se todo plano ,
paralelo ao plano , intercepta os s&oacute;lidos e determina sec&ccedil;&otilde;es de mesma
&aacute;rea, os s&oacute;lidos t&ecirc;m volumes iguais:
Se 1 &eacute; um paralelep&iacute;pedo ret&acirc;ngulo, ent&atilde;o V2 = ABh.
Assim, o volume de todo paralelep&iacute;pedo ret&acirc;ngulo e de todo cilindro &eacute;
o produto da &aacute;rea da base pela medida de sua altura:
Vcilindro = ABh
No caso do cilindro circular reto, a &aacute;rea da base &eacute; a &aacute;rea do c&iacute;rculo de
raio r
;
portanto seu volume &eacute;:
Esfera
Chamamos de esfera de centro O e raio R o conjunto de pontos do
espa&ccedil;o cuja dist&acirc;ncia ao centro &eacute; menor ou igual ao raio R.
Considerando a rota&ccedil;&atilde;o completa de um semic&iacute;rculo em torno de um
eixo e, a esfera &eacute; o s&oacute;lido gerado por essa rota&ccedil;&atilde;o. Assim, ela &eacute; limitada por
uma superf&iacute;cie esf&eacute;rica e formada por todos os pontos pertencentes a essa
superf&iacute;cie e ao seu interior.
Volume
O volume da esfera de raio R &eacute; dado por:
Partes da esfera
Superf&iacute;cie esf&eacute;rica
A superf&iacute;cie esf&eacute;rica de centro O e raio R &eacute; o conjunto de pontos do
es[a&ccedil;o cuja dist&acirc;ncia ao ponto O &eacute; igual ao raio R.
Se considerarmos a rota&ccedil;&atilde;o completa de uma semicircunfer&ecirc;ncia em
torno de seu di&acirc;metro, a superf&iacute;cie esf&eacute;rica &eacute; o resultado dessa rota&ccedil;&atilde;o.
A &aacute;rea da superf&iacute;cie esf&eacute;rica &eacute; dada por:
Cone circular
Dado um c&iacute;rculo C, contido num plano , e um ponto V ( v&eacute;rtice) fora
de , chamamos de cone circular o conjunto de todos os segmentos
.
Elementos do cone circular
Dado o cone a seguir, consideramos os seguintes elementos:
•
altura: dist&acirc;ncia h do v&eacute;rtice V ao plano
•
geratriz (g):segmento com uma extremidade no ponto V e outra num
ponto da circunfer&ecirc;ncia
•
raio da base: raio R do c&iacute;rculo
•
eixo de rota&ccedil;&atilde;o:reta
do cone
determinada pelo centro do c&iacute;rculo e pelo v&eacute;rtice
Cone reto
Todo cone cujo eixo de rota&ccedil;&atilde;o &eacute; perpendicular &agrave; base &eacute; chamado cone
reto, tamb&eacute;m denominado cone de revolu&ccedil;&atilde;o. Ele pode ser gerado pela
rota&ccedil;&atilde;o completa de um tri&acirc;ngulo ret&acirc;ngulo em torno de um de seus
catetos.
Da figura, e pelo Teorema de Pit&aacute;goras, temos a seguinte rela&ccedil;&atilde;o:
G2 = h2 + R2
Sec&ccedil;&atilde;o meridiana
A sec&ccedil;&atilde;o determinada, num cone de revolu&ccedil;&atilde;o, por um plano que
cont&eacute;m o eixo de rota&ccedil;&atilde;o &eacute; chamada sec&ccedil;&atilde;o meridiana.
Se o tri&acirc;ngulo AVB for eq&uuml;il&aacute;tero, o cone tamb&eacute;m ser&aacute; eq&uuml;il&aacute;tero:
&Aacute;reas
Desenvolvendo a superf&iacute;cie lateral de um cone circular reto, obtemos um
setor circular de raio g e comprimento
:
Assim, temos de considerar as seguintes &aacute;reas:
a) &aacute;rea lateral (AL): &aacute;rea do setor circular
b) &aacute;rea da base (AB):&aacute;rea do circulo do raio R
c) &aacute;rea total (AT):soma da &aacute;rea lateral com a &aacute;rea da base
Volume
Para determinar o volume do cone, vamos ver como calcular volumes
de s&oacute;lidos de revolu&ccedil;&atilde;o. Observe a figura:
d = dist&acirc;ncia do
centro de gravidade
(CG)
da
sua
superf&iacute;cie ao eixo e
S=&aacute;rea da superf&iacute;cie
Sabemos, pelo Teorema de Pappus - Guldin, que, quando uma
superf&iacute;cie gira em torno de um eixo e, gera um volume tal que:
Vamos, ent&atilde;o, determinar o volume do cone de revolu&ccedil;&atilde;o gerado pela
rota&ccedil;&atilde;o de um tri&acirc;ngulo ret&acirc;ngulo em torno do cateto h:
O CG do tri&acirc;ngulo est&aacute; a uma dist&acirc;ncia
Logo:
do eixo de rota&ccedil;&atilde;o.
CONJUNTOS NUM&Eacute;RICOS
• Conjunto dos n&uacute;meros naturais (IN)
IN={0, 1, 2, 3, 4, 5,...}
Um subconjunto importante de IN &eacute; o conjunto IN*:
IN*={1, 2, 3, 4, 5,...}  o zero foi exclu&iacute;do do conjunto IN.
Podemos considerar o conjunto dos n&uacute;meros naturais ordenados sobre
uma reta, como mostra o gr&aacute;fico abaixo:
• Conjunto dos n&uacute;meros inteiros (Z)
Z={..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}
O conjunto IN &eacute; subconjunto de Z.
Temos tamb&eacute;m outros subconjuntos de Z:
Z* = Z-{0}
Z+ = conjunto dos inteiros n&atilde;o negativos = {0,1,2,3,4,5,...}
Z_ = conjunto dos inteiros n&atilde;o positivos = {0,-1,-2,-3,-4,-5,...}
Observe que Z+=IN.
Podemos considerar os n&uacute;meros inteiros ordenados sobre uma reta,
conforme mostra o gr&aacute;fico abaixo:
• Conjunto dos n&uacute;meros racionais (Q)
Os n&uacute;meros racionais s&atilde;o todos aqueles que podem ser colocados na
forma de fra&ccedil;&atilde;o (com o numerador e denominador ∈ Z). Ou seja, o
conjunto dos n&uacute;meros racionais &eacute; a uni&atilde;o do conjunto dos n&uacute;meros
inteiros com as fra&ccedil;&otilde;es positivas e negativas.
5
3 3
Ent&atilde;o : -2, − , − 1, , 1, , por exemplo, s&atilde;o n&uacute;meros racionais.
4
5 2
Exemplos:
−3 −6 −9
=
=
1
2
3
1 2 3
b) 1 = = =
1 2 3
a) − 3 =
Assim, podemos escrever:
Q = {x | x =
a
, com a ∈ Z , b ∈ Z e b ≠ 0}
b
&Eacute; interessante considerar a representa&ccedil;&atilde;o decimal de um n&uacute;mero
racional a , que se obt&eacute;m dividindo a por b.
b
Exemplos referentes &agrave;s decimais exatas ou finitas:
1
= 0,5
2
−
5
= −1,25
4
75
= 3,75
20
Exemplos referentes &agrave;s decimais peri&oacute;dicas ou infinitas:
1
= 0,333...
3
6
= 0,857142857142...
7
7
= 1,1666...
6
Toda decimal exata ou peri&oacute;dica pode ser representada na forma de
n&uacute;mero racional.
• Conjunto dos n&uacute;meros irracionais
Os n&uacute;meros irracionais s&atilde;o decimais infinitas n&atilde;o peri&oacute;dicas, ou seja,
os n&uacute;meros que n&atilde;o podem ser escrito na forma de fra&ccedil;&atilde;o (divis&atilde;o de dois
inteiros). Como exemplo de n&uacute;meros irracionais, temos a raiz quadrada de
2 e a raiz quadrada de 3:
2 = 1,4142135...
3 = 1,7320508...
Um n&uacute;mero irracional
=3,1415926535...
bastante
conhecido
&eacute;
o
n&uacute;mero
π
• Conjunto dos n&uacute;meros reais (IR)
Dados os conjuntos dos n&uacute;meros racionais (Q) e dos irracionais,
definimos o conjunto dos n&uacute;meros reais como:
IR=Q ∪ {irracionais} = {x|x &eacute; racional ou x &eacute; irracional}
O diagrama abaixo mostra a rela&ccedil;&atilde;o entre os conjuntos num&eacute;ricos:
Portanto, os n&uacute;meros naturais, inteiros, racionais e irracionais s&atilde;o
todos n&uacute;meros reais. Como subconjuntos importantes de IR temos:
IR* = IR-{0}
IR+ = conjunto dos n&uacute;meros reais n&atilde;o negativos
IR_ = conjunto dos n&uacute;meros reais n&atilde;o positivos
Obs: entre dois n&uacute;meros inteiros existem infinitos n&uacute;meros reais. Por
exemplo:
• Entre os n&uacute;meros 1 e 2 existem infinitos n&uacute;meros reais:
1,01 ; 1,001 ; 1,0001 ; 1,1 ; 1,2 ; 1,5 ; 1,99 ; 1,999 ; 1,9999 ...
• Entre os n&uacute;meros 5 e 6 existem infinitos n&uacute;meros reais:
5,01 ; 5,02 ; 5,05 ; 5,1 ; 5,2 ; 5,5 ; 5,99 ; 5,999 ; 5,9999 ...
Determinantes
Como j&aacute; vimos, matriz quadrada &eacute; a que tem o mesmo n&uacute;mero de linhas
e de colunas (ou seja, &eacute; do tipo nxn).
A toda matriz quadrada est&aacute; associado um n&uacute;mero ao qual damos o nome
de determinante.
Dentre as v&aacute;rias aplica&ccedil;&otilde;es dos determinantes na Matem&aacute;tica, temos:
•
resolu&ccedil;&atilde;o de alguns tipos de sistemas de equa&ccedil;&otilde;es lineares;
•
c&aacute;lculo da &aacute;rea de um tri&acirc;ngulo situado no plano cartesiano, quando s&atilde;o
conhecidas as coordenadas dos seus v&eacute;rtices;
Determinante de 1&ordf; ordem
Dada uma matriz quadrada de 1&ordf; ordem M=[a11], o seu determinante &eacute; o
n&uacute;mero real a11:
det M =Ia11I = a11
Observa&ccedil;&atilde;o: Representamos o determinante de uma matriz entre duas
barras verticais, que n&atilde;o t&ecirc;m o significado de m&oacute;dulo.
Por exemplo:
•
M= [5]
det M = 5 ou I 5 I = 5
•
M = [-3]
-3
det M = -3 ou I -3 I =
Determinante de 2&ordf; ordem
Dada a matriz
, de ordem 2, por defini&ccedil;&atilde;o o determinante
associado a M, determinante de 2&ordf; ordem, &eacute; dado por:
Portanto, o determinante de uma matriz de ordem 2 &eacute; dado pela diferen&ccedil;a
entre o produto dos elementos da diagonal principal e o produto dos
elementos da diagonal secund&aacute;ria. Veja o exemplo a seguir.
Menor complementar
Chamamos de menor complementar relativo a um elemento aij de uma
matriz M, quadrada e de ordem n&gt;1, o determinante MCij , de ordem n - 1,
associado &agrave; matriz obtida de M quando suprimimos a linha e a coluna que
passam por aij .
Vejamos como determin&aacute;-lo pelos exemplos a seguir:
a) Dada a matriz
, de ordem 2, para determinar o menor
complementar relativo ao elemento a11(MC11), retiramos a linha 1 e a
coluna 1:
Da mesma forma, o menor complementar relativo ao elemento a12 &eacute;:
b) Sendo
•
, de ordem 3, temos:
•
Cofator
Chamamos de cofator ou complemento alg&eacute;brico relativo a um elemento
aij de uma matriz quadrada de ordem n o n&uacute;mero Aij tal que Aij = (-1)i+j .
MCij .
Veja:
a) Dada
matriz M s&atilde;o:
b) Sendo
, os cofatores relativos aos elementos a11 e a12 da
, vamos calcular os cofatores A22, A23 e A31:
Teorema de Laplace
O determinante de uma matriz quadrada M = [aij]mxn
pode ser
obtido pela soma dos produtos dos elementos de uma fila qualquer ( linha
ou coluna) da matriz M pelos respectivos cofatores.
Assim, fixando
, temos:
em que
&eacute; o somat&oacute;rio de todos os termos de &iacute;ndice i, variando de 1 at&eacute;
m,
.
Regra de Sarrus
O c&aacute;lculo do determinante de 3&ordf; ordem pode ser feito por meio de um
dispositivo pr&aacute;tico, denominado regra de Sarrus.
Acompanhe como aplicamos essa regra para
.
1&ordm; passo: Repetimos as duas primeiras colunas ao lado da terceira:
2&ordm; passo: Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal
principal com os dois produtos obtidos pela multiplica&ccedil;&atilde;o dos elementos
das paralelas a essa diagonal (a soma deve ser precedida do sinal positivo):
3&ordm; passo: Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal
secund&aacute;ria com os dois produtos obtidos pela multiplica&ccedil;&atilde;o dos elementos
das paralelas a essa diagonal ( a soma deve ser precedida do sinal
negativo):
Assim:
Observa&ccedil;&atilde;o: Se desenvolvermos esse determinante de 3&ordf; ordem aplicando o
Teorema de Laplace, encontraremos o mesmo n&uacute;mero real.
Determinante de ordem n &gt; 3
Vimos que a regra de Sarrus &eacute; v&aacute;lida para o c&aacute;lculo do determinante de
uma matriz de ordem 3. Quando a matriz &eacute; de ordem superior a 3, devemos
empregar o Teorema de Laplace para chegar a determinantes de ordem 3 e
depois aplicar a regra de Sarrus.
Propriedades dos determinantes
Os demais associados a matrizes quadradas de ordem n apresentam as
seguintes propriedades:
P1 ) Quando todos os elementos de uma fila ( linha ou coluna) s&atilde;o nulos, o
determinante dessa matriz &eacute; nulo.
Exemplo:
P2) Se duas filas de uma matriz s&atilde;o iguais, ent&atilde;o seu determinante &eacute; nulo.
Exemplo:
P3) Se duas filas paralelas de uma matriz s&atilde;o proporcionais, ent&atilde;o seu
determinante &eacute; nulo.
Exemplo:
P4) Se os elementos de uma fila de uma matriz s&atilde;o combina&ccedil;&otilde;es lineares
dos elementos correspondentes de filas paralelas, ent&atilde;o seu determinante &eacute;
nulo.
Exemplos:
P5 ) Teorema de Jacobi: o determinante de uma matriz n&atilde;o se altera
quando somamos aos elementos de uma fila uma combina&ccedil;&atilde;o linear dos
elementos correspondentes de filas paralelas.
Exemplo:
Substituindo a 1&ordf; coluna pela soma dessa mesma coluna com o dobro da 2&ordf;,
temos:
P6) O determinante de uma matriz e o de sua transposta s&atilde;o iguais.
Exemplo:
P7) Multiplicando por um n&uacute;mero real todos os elementos de uma fila em
uma matriz, o determinante dessa matriz fica multiplicado por esse n&uacute;mero.
Exemplos:
P8) Quando trocamos as posi&ccedil;&otilde;es de duas filas paralelas, o determinante de
uma matriz muda de sinal.
Exemplo:
P9) Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal
principal s&atilde;o todos nulos, o determinante &eacute; igual ao produto dos elementos
dessa diagonal.
Exemplos:
P10) Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal
secund&aacute;ria s&atilde;o todos nulos, o determinante &eacute; igual ao produto dos
elementos dessa diagonal multiplicado por
.
Exemplos:
P11)
Para
A
e
B
matrizes
. Como:
Exemplo:
P12)
Exemplo:
quadradas
de
mesma
ordem
n,
Equa&ccedil;&otilde;es alg&eacute;bricas
(com uma vari&aacute;vel)
Introdu&ccedil;&atilde;o
Equa&ccedil;&atilde;o &eacute; toda senten&ccedil;a matem&aacute;tica aberta que exprime uma rela&ccedil;&atilde;o de
igualdade. A palavra equa&ccedil;&atilde;o tem o prefixo equa, que em latim quer dizer
&quot;igual&quot;. Exemplos:
2x + 8 = 0
5x - 4 = 6x + 8
3a - b - c = 0
N&atilde;o s&atilde;o equa&ccedil;&otilde;es:
4 + 8 = 7 + 5 (N&atilde;o &eacute; uma senten&ccedil;a aberta)
x - 5 &lt; 3 (N&atilde;o &eacute; igualdade)
(n&atilde;o &eacute; senten&ccedil;a aberta, nem igualdade)
A equa&ccedil;&atilde;o geral do primeiro grau:
ax+b = 0
onde a e b s&atilde;o n&uacute;meros conhecidos e a &gt; 0, se resolve de maneira simples:
subtraindo b dos dois lados, obtemos:
ax = -b
dividindo agora por a (dos dois lados), temos:
Considera a equa&ccedil;&atilde;o 2x - 8 = 3x -10
A letra &eacute; a inc&oacute;gnita da equa&ccedil;&atilde;o. A palavra inc&oacute;gnita significa &quot;
desconhecida&quot;.
Na equa&ccedil;&atilde;o acima a inc&oacute;gnita &eacute; x; tudo que antecede o sinal da igualdade
denomina-se 1&ordm; membro, e o que sucede, 2&ordm; membro.
Qualquer parcela, do 1&ordm; ou do 2&ordm; membro, &eacute; um termo da equa&ccedil;&atilde;o.
Equa&ccedil;&atilde;o do 1&ordm; grau na inc&oacute;gnita x &eacute; toda equa&ccedil;&atilde;o que pode ser
escrita na forma ax=b, sendo a e b n&uacute;meros racionais, com a
diferente de zero.
Conjunto Verdade e Conjunto Universo de uma Equa&ccedil;&atilde;o
Considere o conjunto A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e a equa&ccedil;&atilde;o x + 2 = 5.
Observe que o n&uacute;mero 3 do conjunto A &eacute; denominado conjunto
universo da equa&ccedil;&atilde;o e o conjunto {3} &eacute; o conjunto verdade dessa mesma
equa&ccedil;&atilde;o.
Observe este outro exemplo:
•
Determine os n&uacute;meros inteiros que satisfazem a equa&ccedil;&atilde;o x&sup2; = 25
O conjunto dos n&uacute;meros inteiro &eacute; o conjunto universo da equa&ccedil;&atilde;o.
Os n&uacute;meros -5 e 5, que satisfazem a equa&ccedil;&atilde;o, formam o conjunto
verdade, podendo ser indicado por: V = {-5, 5}.
Da&iacute; conclu&iacute;mos que:
Conjunto Universo &eacute; o conjunto de todos os valores que
vari&aacute;vel pode assumir. Indica-se por U.
Conjunto verdade &eacute; o conjunto dos valores de U, que
tornam verdadeira a equa&ccedil;&atilde;o . Indica-se por V.
Observa&ccedil;&otilde;es:
•
O conjunto verdade &eacute; subconjunto do conjunto universo.
•
N&atilde;o sendo citado o conjunto universo, devemos considerar como
conjunto universo o conjunto dos n&uacute;meros racionais.
•
O conjunto verdade &eacute; tamb&eacute;m conhecido por conjunto solu&ccedil;&atilde;o e pode
ser indicado por S.
Ra&iacute;zes de uma equa&ccedil;&atilde;o
Os elementos do conjunto verdade de uma equa&ccedil;&atilde;o s&atilde;o chamados ra&iacute;zes
da equa&ccedil;&atilde;o.
Para verificar se um n&uacute;mero &eacute; raiz de uma equa&ccedil;&atilde;o, devemos obedecer &agrave;
seguinte seq&uuml;&ecirc;ncia:
•
Substituir a inc&oacute;gnita por esse n&uacute;mero.
•
Determinar o valor de cada membro da equa&ccedil;&atilde;o.
•
Verificar a igualdade, sendo uma senten&ccedil;a verdadeira, o n&uacute;mero
considerado &eacute; raiz da equa&ccedil;&atilde;o.
Exemplos:
Verifique quais dos elementos do conjunto universo s&atilde;o ra&iacute;zes
das equa&ccedil;&otilde;es abaixo, determinando em cada caso o conjunto verdade.
•
Resolva a equa&ccedil;&atilde;o x - 2 = 0, sendo U = {0, 1, 2, 3}.
Para x = 0 na equa&ccedil;&atilde;o x - 2 = 0 temos: 0 - 2 = 0
=&gt; -2 = 0. (F)
Para x = 1 na equa&ccedil;&atilde;o x - 2 = 0 temos: 1 - 2 = 0
=&gt; -1 = 0. (F)
Para x = 2 na equa&ccedil;&atilde;o x - 2 = 0 temos: 2 - 2 = 0
=&gt; 0 = 0. (V)
Para x = 3 na equa&ccedil;&atilde;o x - 2 = 0 temos: 3 - 2 = 0
=&gt; 1 = 0. (F)
Verificamos que 2 &eacute; raiz da equa&ccedil;&atilde;o x - 2 = 0, logo V = {2}.
•
Resolva a equa&ccedil;&atilde;o 2x - 5 = 1, sendo U = {-1, 0, 1, 2}.
Para x = -1 na equa&ccedil;&atilde;o 2x - 5 = 1 temos: 2 . (-1) 5 = 1 =&gt; -7 = 1. (F)
Para x = 0 na equa&ccedil;&atilde;o 2x - 5 = 1 temos: 2 . 0 - 5 =
1 =&gt; -5 = 1. (F)
Para x = 1 na equa&ccedil;&atilde;o 2x - 5 = 1 temos: 2 . 1 - 5 =
1 =&gt; -3 = 1. (F)
Para x = 2 na equa&ccedil;&atilde;o 2x - 5 = 1 temos: 2 . 2 - 5 =
1 =&gt; -1 = 1. (F)
A equa&ccedil;&atilde;o 2x - 5 = 1 n&atilde;o possui raiz em U, logo V = &Oslash;.
Fun&ccedil;&atilde;o de 1&ordm; grau - Afim
Defini&ccedil;&atilde;o
Chama-se fun&ccedil;&atilde;o polinomial do 1&ordm; grau, ou fun&ccedil;&atilde;o afim, a qualquer
fun&ccedil;&atilde;o f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b
s&atilde;o n&uacute;meros reais dados e a 0.
Na fun&ccedil;&atilde;o f(x) = ax + b, o n&uacute;mero a &eacute; chamado de coeficiente de x e o
n&uacute;mero b &eacute; chamado termo constante.
Veja alguns exemplos de fun&ccedil;&otilde;es polinomiais do 1&ordm; grau:
f(x)
=
5x
3,
onde
f(x)
=
-2x
7,
onde
f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0
a
a
=
=
5
-2
e
e
b
b
=
=
-
3
7
Gr&aacute;fico
O gr&aacute;fico de uma fun&ccedil;&atilde;o polinomial do 1&ordm; grau, y = ax + b, com a 0, &eacute;
uma reta obl&iacute;qua aos eixos Ox e Oy.
Exemplo:
Vamos construir o gr&aacute;fico da fun&ccedil;&atilde;o y = 3x - 1:
Como o gr&aacute;fico &eacute; uma reta, basta obter dois de seus pontos e lig&aacute;-los
com o aux&iacute;lio de uma r&eacute;gua:
a)
Para x = 0, temos y = 3 &middot; 0 - 1 = -1; portanto, um ponto &eacute; (0, -1).
b)
Para y = 0, temos 0 = 3x - 1; portanto,
e outro ponto &eacute;
.
Marcamos os pontos (0, -1) e
dois com uma reta.
no plano cartesiano e ligamos os
x
0
y
-1
0
J&aacute; vimos que o gr&aacute;fico da fun&ccedil;&atilde;o afim y = ax + b &eacute; uma reta.
O coeficiente de x, a, &eacute; chamado coeficiente angular da reta e, como
veremos adiante, a est&aacute; ligado &agrave; inclina&ccedil;&atilde;o da reta em rela&ccedil;&atilde;o ao eixo Ox.
O termo constante, b, &eacute; chamado coeficiente linear da reta. Para x = 0,
temos y = a &middot; 0 + b = b. Assim, o coeficiente linear &eacute; a ordenada do ponto
em que a reta corta o eixo Oy.
Zero e Equa&ccedil;&atilde;o do 1&ordm; Grau
Chama-se zero ou raiz da fun&ccedil;&atilde;o polinomial do 1&ordm; grau f(x) = ax + b, a
0, o n&uacute;mero real x tal que f(x) = 0.
Temos:
f(x) = 0
ax + b = 0
Vejamos alguns exemplos:
1.
Obten&ccedil;&atilde;o
do
zero
da
f(x) = 0
da
raiz
fun&ccedil;&atilde;o
f(x)
=
2x
-
5:
2x - 5 = 0
2.
C&aacute;lculo
da
fun&ccedil;&atilde;o
g(x)
=
3x
g(x) = 0
3x + 6 = 0
+
6:
x = -2
3.
C&aacute;lculo da abscissa do ponto em que o gr&aacute;fico de h(x) = -2x + 10
corta
o
eixo
das
abicissas:
O ponto em que o gr&aacute;fico corta o eixo dos x &eacute; aquele em que h(x) =
0;
ent&atilde;o:
h(x) = 0
-2x + 10 = 0
x=5
Crescimento e decrescimento
Consideremos a fun&ccedil;&atilde;o do 1&ordm; grau y = 3x - 1. Vamos atribuir valores cada
vez maiores a x e observar o que ocorre com y:
x
y
-3
-10
-2
-7
-1
-4
0
-1
1
2
2
5
3
8
Notemos que, quando aumentos o valor de x, os correspondentes
valores de y tamb&eacute;m aumentam. Dizemos, ent&atilde;o que a
fun&ccedil;&atilde;o
y
=
3x
1
&eacute;
crescente.
Observamos novamente seu gr&aacute;fico:
Regra geral:
a fun&ccedil;&atilde;o do 1&ordm; grau f(x) = ax + b &eacute; crescente quando o coeficiente de x &eacute;
positivo
(a
&gt;
0);
a fun&ccedil;&atilde;o do 1&ordm; grau f(x) = ax + b &eacute; decrescente quando o coeficiente de x &eacute;
negativo (a &lt; 0);
Justificativa:
•
•
para a &gt; 0: se x1 &lt; x2, ent&atilde;o ax1 &lt; ax2. Da&iacute;, ax1 + b &lt; ax2 + b, de onde
vem f(x1) &lt; f(x2).
para a &lt; 0: se x1 &lt; x2, ent&atilde;o ax1 &gt; ax2. Da&iacute;, ax1 + b &gt; ax2 + b, de onde
vem f(x1) &gt; f(x2).
Sinal
Estudar o sinal de uma qualquer y = f(x) &eacute; determinar os valor de x para
os quais y &eacute; positivo, os valores de x para os quais y &eacute; zero e os valores de
x
para
os
quais
y
&eacute;
negativo.
Consideremos uma fun&ccedil;&atilde;o afim y = f(x) = ax + b vamos estudar seu
sinal. J&aacute; vimos que essa fun&ccedil;&atilde;o se anula pra raiz
poss&iacute;veis:
. H&aacute; dois casos
1&ordm;) a &gt; 0 (a fun&ccedil;&atilde;o &eacute; crescente)
y&gt;0
ax + b &gt; 0
x&gt;
y&gt;0
ax + b &lt; 0
x&lt;
Conclus&atilde;o: y &eacute; positivo para valores de x maiores que a raiz; y &eacute;
negativo para valores de x menores que a raiz
2&ordm;) a &lt; 0 (a fun&ccedil;&atilde;o &eacute; decrescente)
y&gt;0
ax + b &gt; 0
x&lt;
y&gt;0
ax + b &lt; 0
x&lt;
Conclus&atilde;o: y &eacute; positivo para valores de x menores que a raiz; y &eacute; negativo
para valores de x maiores que a raiz.
EQUA&Ccedil;&Otilde;ES EXPONENCIAIS
Chamamos de equa&ccedil;&otilde;es exponenciais toda equa&ccedil;&atilde;o na qual a
inc&oacute;gnita aparece em expoente.
Exemplos de equa&ccedil;&otilde;es exponenciais:
1) 3x =81 (a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; x=4)
2) 2x-5=16 (a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; x=9)
3) 16x-42x-1-10=22x-1 (a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; x=1)
4) 32x-1-3x-3x-1+1=0 (as solu&ccedil;&otilde;es s&atilde;o x’=0 e x’’=1)
Para resolver equa&ccedil;&otilde;es exponenciais, devemos realizar dois passos
importantes:
1&ordm;) redu&ccedil;&atilde;o dos dois membros da equa&ccedil;&atilde;o a pot&ecirc;ncias de mesma
base;
2&ordm;) aplica&ccedil;&atilde;o da propriedade:
a m = a n ⇒ m = n (a ≠ 1 e a &gt; 0)
EXERC&Iacute;CIOS RESOLVIDOS:
1) 3x=81
Resolu&ccedil;&atilde;o: Como 81=34, podemos escrever 3x = 34
E da&iacute;, x=4.
2) 9x = 1
Resolu&ccedil;&atilde;o: 9x = 1 ⇒ 9x = 90 ; logo x=0.
x
81
3
3)   =
256
4
x
x
x
4
81
34
3
3
3
3
Resolu&ccedil;&atilde;o :   =
⇒   = 4 ⇒   =   ; ent&atilde;o x = 4.
256
4
4
4
4
4
4) 3 x = 4 27
3
4
Resolu&ccedil;&atilde;o : 3 = 27 ⇒ 3 = 3 ⇒ 3 = 3 ; logo x =
x
5) 23x-1 = 322x
4
x
4
3
x
3
4
Resolu&ccedil;&atilde;o: 23x-1 = 322x ⇒ 23x-1 = (25)2x ⇒ 23x-1 = 210x ; da&iacute; 3x-1=10,
de onde x=-1/7.
6) Resolva a equa&ccedil;&atilde;o 32x–6.3x–27=0.
Resolu&ccedil;&atilde;o: vamos resolver esta equa&ccedil;&atilde;o atrav&eacute;s de uma transforma&ccedil;&atilde;o:
32x–6.3x–27=0 ⇒ (3x)2-6.3x–27=0
Fazendo 3x=y, obtemos:
y2-6y–27=0 ; aplicando Bhaskara encontramos ⇒ y’=-3 e y’’=9
Para achar o x, devemos voltar os valores para a equa&ccedil;&atilde;o auxiliar 3x=y:
y’=-3 ⇒ 3x’ = -3 ⇒ n&atilde;o existe x’, pois pot&ecirc;ncia de base positiva &eacute;
positiva
y’’=9 ⇒ 3x’’ = 9 ⇒ 3x’’ = 32 ⇒ x’’=2
Portanto a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; x=2
FUN&Ccedil;&Atilde;O EXPONENCIAL
Chamamos de fun&ccedil;&otilde;es exponenciais aquelas nas quais temos a
vari&aacute;vel aparecendo em expoente.
A fun&ccedil;&atilde;o f:IRIR+ definida por f(x)=ax, com a ∈ IR+ e a≠1, &eacute;
chamada fun&ccedil;&atilde;o exponencial de base a. O dom&iacute;nio dessa fun&ccedil;&atilde;o &eacute; o
conjunto IR (reais) e o contradom&iacute;nio &eacute; IR+ (reais positivos, maiores que
zero).
GR&Aacute;FICO CARTESIANO DA FUN&Ccedil;&Atilde;O EXPONENCIAL
Temos 2 casos a considerar:
 quando a&gt;1;
 quando 0&lt;a&lt;1.
Acompanhe os exemplos seguintes:
1) y=2x (nesse caso, a=2, logo a&gt;1)
Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores
de y, obtemos a tabela e o gr&aacute;fico abaixo:
X
y
-2
1/4
-1
1/2
0
1
1
2
2
4
2) y=(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0&lt;a&lt;1)
Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores
de y, obtemos a tabela e o gr&aacute;fico abaixo:
X
Y
-2
4
-1
2
0
1
1
1/2
2
1/4
Nos dois exemplos, podemos observar que
a) o gr&aacute;fico nunca intercepta o eixo horizontal; a fun&ccedil;&atilde;o n&atilde;o tem
ra&iacute;zes;
b) o gr&aacute;fico corta o eixo vertical no ponto (0,1);
c) os valores de y s&atilde;o sempre positivos (pot&ecirc;ncia de base positiva &eacute;
positiva), portanto o conjunto imagem &eacute; Im=IR+.
Al&eacute;m disso, podemos estabelecer o seguinte:
a&gt;1
0&lt;a&lt;1
f(x) &eacute; crescente e Im=IR+
Para quaisquer x1 e x2 do dom&iacute;nio:
x2&gt;x1 ⇒ y2&gt;y1 (as desigualdades t&ecirc;m
mesmo sentido)
f(x) &eacute; decrescente e Im=IR+
Para quaisquer x1 e x2 do dom&iacute;nio:
x2&gt;x1 ⇒ y2&lt;y1 (as desigualdades t&ecirc;m
sentidos diferentes)
INEQUA&Ccedil;&Otilde;ES EXPONENCIAIS
Chamamos de inequa&ccedil;&otilde;es exponenciais toda inequa&ccedil;&atilde;o na qual a
inc&oacute;gnita aparece em expoente.
Exemplos de inequa&ccedil;&otilde;es exponenciais:
1) 3 x &gt; 81 (a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; x &gt; 4)
2) 2 2x -2 ≤ 2 x
x
2
−1
(que &eacute; satisfeita para todo x real)
−3
4
4
3)   ≥  
(que &eacute; satisfeita para x ≤ -3)
5
5
4) 25 x - 150.5 x + 3125 &lt; 0 (que &eacute; satisfeita para 2 &lt; x &lt; 3)
Para resolver inequa&ccedil;&otilde;es exponenciais, devemos realizar dois passos
importantes:
1&ordm;) redu&ccedil;&atilde;o dos dois membros da inequa&ccedil;&atilde;o a pot&ecirc;ncias de mesma
base;
2&ordm;) aplica&ccedil;&atilde;o da propriedade:
a&gt;1
0&lt;a&lt;1
am &gt; an ⇒ m&gt;n
am &gt; an ⇒ m&lt;n
(as desigualdades t&ecirc;m mesmo sentido)
(as desigualdades t&ecirc;m sentidos
diferentes)
EXERC&Iacute;CIO RESOLVIDO:
1) 4 x −1 + 4 x − 4 x +1 &gt;
− 11
4
Resolu&ccedil;&atilde;o :
4x
− 11
A inequa&ccedil;&atilde;o pode ser escrita
+ 4 x − 4 x .4 &gt;
.
4
4
Multiplicando ambos os lados por 4 temos :
4 x + 4.4 x − 16.4 x &gt; −11 , ou seja :
(1 + 4 − 16).4 x &gt; −11 ⇒ -11.4 x &gt; −11 e da&iacute;, 4 x &lt; 1
Por&eacute;m, 4 x &lt; 1 ⇒ 4 x &lt; 4 0.
Como a base (4) &eacute; maior que 1, obtemos :
4 x &lt; 40 ⇒ x &lt; 0
Portanto S = IR - (reais negativos)
FUN&Ccedil;&Atilde;O LOGAR&Iacute;TMICA
A fun&ccedil;&atilde;o f:IR+IR definida por f(x)=logax, com a≠1 e a&gt;0, &eacute;
chamada fun&ccedil;&atilde;o logar&iacute;tmica de base a. O dom&iacute;nio dessa fun&ccedil;&atilde;o &eacute; o
conjunto IR+ (reais positivos, maiores que zero) e o contradom&iacute;nio &eacute; IR
(reais).
GR&Aacute;FICO CARTESIANO DA FUN&Ccedil;&Atilde;O LOGAR&Iacute;TMICA
Temos 2 casos a considerar:
 quando a&gt;1;
 quando 0&lt;a&lt;1.
Acompanhe nos exemplos seguintes, a constru&ccedil;&atilde;o do gr&aacute;fico em
cada caso:
3)
y=log2x (nesse caso, a=2, logo a&gt;1)
Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores
de y, obtemos a tabela e o gr&aacute;fico abaixo:
x
y
4)
1/4
-2
1/2
-1
1
0
2
1
4
2
y=log(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0&lt;a&lt;1)
Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores
de y, obtemos a tabela e o gr&aacute;fico abaixo:
x
y
1/4
2
1/2
1
1
0
2
-1
4
-2
Nos dois exemplos, podemos observar que
d) o gr&aacute;fico nunca intercepta o eixo vertical;
e) o gr&aacute;fico corta o eixo horizontal no ponto (1,0). A raiz da fun&ccedil;&atilde;o &eacute;
x=1;
f) y assume todos os valores reais, portanto o conjunto imagem &eacute;
Im=IR.
Al&eacute;m disso, podemos estabelecer o seguinte:
a&gt;1
0&lt;a&lt;1
f(x) &eacute; crescente e Im=IR
Para quaisquer x1 e x2 do dom&iacute;nio:
x2&gt;x1 ⇒ y2&gt;y1 (as desigualdades t&ecirc;m
mesmo sentido)
f(x) &eacute; decrescente e Im=IR
Para quaisquer x1 e x2 do dom&iacute;nio:
x2&gt;x1 ⇒ y2&lt;y1 (as desigualdades t&ecirc;m
sentidos diferentes)
EQUA&Ccedil;&Otilde;ES LOGAR&Iacute;TMICAS
Chamamos de equa&ccedil;&otilde;es logar&iacute;tmicas toda equa&ccedil;&atilde;o que envolve
logaritmos com a inc&oacute;gnita aparecendo no logaritmando, na base ou em
ambos.
Exemplos de equa&ccedil;&otilde;es logar&iacute;tmicas:
log3x =5 (a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; x=243)
2
8) log(x -1) = log 3 (as solu&ccedil;&otilde;es s&atilde;o x’=-2 e x’’=2)
9) log2(x+3) + log2(x-3) = log27 (a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; x=4)
2
10) logx+1(x -x)=2 (a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; x=-1/3)
7)
Alguns exemplos resolvidos:
log3(x+5) = 2
Resolu&ccedil;&atilde;o: condi&ccedil;&atilde;o de exist&ecirc;ncia: x+5&gt;0 =&gt; x&gt;-5
log3(x+5) = 2 =&gt; x+5 = 32 =&gt; x=9-5 =&gt; x=4
Como x=4 satisfaz a condi&ccedil;&atilde;o de exist&ecirc;ncia, ent&atilde;o o conjunto
solu&ccedil;&atilde;o &eacute; S={4}.
1)
log2(log4 x) = 1
Resolu&ccedil;&atilde;o: condi&ccedil;&atilde;o de exist&ecirc;ncia: x&gt;0 e log4x&gt;0
log2(log4 x) = 1 ; sabemos que 1 = log2(2), ent&atilde;o
log2(log4x) = log2(2) =&gt; log4x = 2 =&gt; 42 = x =&gt; x=16
Como x=16 satisfaz as condi&ccedil;&otilde;es de exist&ecirc;ncia, ent&atilde;o o
conjunto solu&ccedil;&atilde;o &eacute; S={16}.
2)
3) Resolva o sistema:
log x + log y = 7

3. log x − 2. log y = 1
Resolu&ccedil;&atilde;o: condi&ccedil;&otilde;es de exist&ecirc;ncia: x&gt;0 e y&gt;0
Da primeira equa&ccedil;&atilde;o temos:
log x+log y=7 =&gt; log y = 7-log x
Substituindo log y na segunda equa&ccedil;&atilde;o temos:
3.log x – 2.(7-log x)=1 =&gt; 3.log x-14+2.log x = 1 =&gt; 5.log x = 15 =&gt;
=&gt; log x =3 =&gt; x=103
Substituindo x= 103 em log y = 7-log x temos:
log y = 7- log 103 =&gt; log y = 7-3 =&gt; log y =4 =&gt; y=104.
Como essas ra&iacute;zes satisfazem as condi&ccedil;&otilde;es de exist&ecirc;ncia, ent&atilde;o o conjunto
solu&ccedil;&atilde;o &eacute; S={(103;104)}.
INEQUA&Ccedil;&Otilde;ES LOGAR&Iacute;TMICAS
Chamamos de inequa&ccedil;&otilde;es logar&iacute;tmicas toda inequa&ccedil;&atilde;o que envolve
logaritmos com a inc&oacute;gnita aparecendo no logaritmando, na base ou em
ambos.
Exemplos de inequa&ccedil;&otilde;es logar&iacute;tmicas:
1) log2x &gt; 0 (a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; x&gt;1)
2) log4(x+3) ≤ 1 (a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; –3&lt;x≤1)
Para resolver inequa&ccedil;&otilde;es logar&iacute;tmicas, devemos realizar dois passos
importantes:
1&ordm;) redu&ccedil;&atilde;o dos dois membros da inequa&ccedil;&atilde;o a logaritmos de mesma
base;
2&ordm;) aplica&ccedil;&atilde;o da propriedade:
a&gt;1
0&lt;a&lt;1
logam &gt; logan ⇒ m&gt;n&gt;0
logam &gt; logan ⇒ 0&lt;m&lt;n
(as desigualdades t&ecirc;m mesmo sentido)
(as desigualdades t&ecirc;m sentidos
diferentes)
EXERC&Iacute;CIOS RESOLVIDOS:
1) log2(x+2) &gt; log28
Resolu&ccedil;&atilde;o:
Condi&ccedil;&otilde;es de exist&ecirc;ncia: x+2&gt;0, ou seja, x&gt;-2 (S1)
Como a base (2) &eacute; maior que 1, temos:
x+2&gt;8 e, da&iacute;, x&gt;6 (S2)
O conjunto solu&ccedil;&atilde;o &eacute; S= S1 ∩ S2 = {x ∈ IR| x&gt;6}.
Portanto a solu&ccedil;&atilde;o final &eacute; a intersec&ccedil;&atilde;o de S1 e S2, como est&aacute;
representado logo abaixo no desenho:
2) log2(log3x) ≥ 0
Resolu&ccedil;&atilde;o:
Condi&ccedil;&otilde;es de exist&ecirc;ncia: x&gt;0 e log3x&gt;0
Como log21=0, a inequa&ccedil;&atilde;o pode ser escrita assim:
log2(log3x) ≥ log21
Sendo a base (2) maior que 1, temos: log3x ≥ 1.
Como log33 = 1, ent&atilde;o, log3x ≥ log33 e, da&iacute;, x ≥ 3, porque a base (3) &eacute;
maior que 1.
As condi&ccedil;&otilde;es de exist&ecirc;ncia est&atilde;o satisfeitas, portanto S={x ∈ IR| x ≥ 3}.
Fun&ccedil;&atilde;o Quadr&aacute;tica
Defini&ccedil;&atilde;o
Chama-se fun&ccedil;&atilde;o quadr&aacute;tica, ou fun&ccedil;&atilde;o polinomial do 2&ordm; grau, qualquer
fun&ccedil;&atilde;o f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a,
b
e
c
s&atilde;o
n&uacute;meros
reais
e
a
0.
Vejamos alguns exemplos de fun&ccedil;&atilde;o quadr&aacute;ticas:
1.
2.
3.
4.
5.
f(x) = 3x2 - 4x + 1, onde a = 3, b = - 4 e c = 1
f(x) = x2 -1, onde a = 1, b = 0 e c = -1
f(x) = 2x2 + 3x + 5, onde a = 2, b = 3 e c = 5
f(x) = - x2 + 8x, onde a = 1, b = 8 e c = 0
f(x) = -4x2, onde a = - 4, b = 0 e c = 0
Gr&aacute;fico
O gr&aacute;fico de uma fun&ccedil;&atilde;o polinomial do 2&ordm; grau, y = ax2 + bx + c, com a
0, &eacute; uma curva chamada par&aacute;bola.
Exemplo:
Vamos construir o gr&aacute;fico da fun&ccedil;&atilde;o y = x2 + x:
Primeiro atribu&iacute;mos a x alguns valores, depois calculamos o valor
correspondente de y e, em seguida, ligamos os pontos assim obtidos.
x
-3
-2
-1
y
6
2
0
0
1
2
0
2
6
Observa&ccedil;&atilde;o:
Ao construir o gr&aacute;fico de uma fun&ccedil;&atilde;o quadr&aacute;tica y = ax2 + bx + c,
notaremos sempre que:
•
se a &gt; 0, a par&aacute;bola tem a concavidade voltada para cima;
•
se a &lt; 0, a par&aacute;bola tem a concavidade voltada para baixo;
Zero e Equa&ccedil;&atilde;o do 2&ordm; Grau
Chama-se zeros ou ra&iacute;zes da fun&ccedil;&atilde;o polinomial do 2&ordm; grau f(x) = ax2 +
bx + c , a 0, os n&uacute;meros reais x tais que f(x) = 0.
Ent&atilde;o as ra&iacute;zes da fun&ccedil;&atilde;o f(x) = ax2 + bx + c s&atilde;o as solu&ccedil;&otilde;es da equa&ccedil;&atilde;o
do 2&ordm; grau ax2 + bx + c = 0, as quais s&atilde;o dadas pela chamada f&oacute;rmula de
Bhaskara:
Temos:
Observa&ccedil;&atilde;o
A quantidade de ra&iacute;zes reais de uma fun&ccedil;&atilde;o quadr&aacute;tica depende do valor
obtido para o radicando
, chamado discriminante, a saber:
•
quando &eacute; positivo, h&aacute; duas ra&iacute;zes reais e distintas;
•
quando &eacute; zero, h&aacute; s&oacute; uma raiz real;
•
quando &eacute; negativo, n&atilde;o h&aacute; raiz real.
Coordenadas do v&eacute;rtice da par&aacute;bola
Quando a &gt; 0, a par&aacute;bola tem concavidade voltada para cima e um ponto
de m&iacute;nimo V; quando a &lt; 0, a par&aacute;bola tem concavidade voltada para baixo
e um ponto de m&aacute;ximo V.
Em qualquer caso, as coordenadas de V s&atilde;o
Imagem
. Veja os gr&aacute;ficos:
O conjunto-imagem Im da fun&ccedil;&atilde;o y = ax2 + bx + c, a
dos valores que y pode assumir. H&aacute; duas possibilidades:
1&ordf; - quando a &gt; 0,
a&gt;0
2&ordf; quando a &lt; 0,
a&lt;0
0, &eacute; o conjunto
Constru&ccedil;&atilde;o da Par&aacute;bola
&Eacute; poss&iacute;vel construir o gr&aacute;fico de uma fun&ccedil;&atilde;o do 2&ordm; grau sem montar a
tabela de pares (x, y), mas seguindo apenas o roteiro de observa&ccedil;&atilde;o
seguinte:
1.
O valor do coeficiente a define a concavidade da par&aacute;bola;
2. Os zeros definem os pontos em que a par&aacute;bola intercepta o eixo dos
x;
3.
O v&eacute;rtice V
m&aacute;ximo (se a&lt; 0);
indica o ponto de m&iacute;nimo (se a &gt; 0), ou
4. A reta que passa por V e &eacute; paralela ao eixo dos y &eacute; o eixo de simetria
da par&aacute;bola;
5.
Para x = 0 , temos y = a &middot; 02 + b &middot; 0 + c = c; ent&atilde;o (0, c) &eacute; o ponto em
que a par&aacute;bola corta o eixo dos y.
Sinal
Consideramos uma fun&ccedil;&atilde;o quadr&aacute;tica y = f(x) = ax2 + bx + c e
determinemos os valores de x para os quais y &eacute; negativo e os valores de x
para
os
quais
y
&eacute;
positivos.
2
Conforme o sinal do discriminante = b - 4ac, podemos ocorrer os
seguintes casos:
1&ordm;- &gt;0
Nesse caso a fun&ccedil;&atilde;o quadr&aacute;tica admite dois zeros reais distintos (x1
x2). a par&aacute;bola intercepta o eixo Ox em dois pontos e o sinal da fun&ccedil;&atilde;o &eacute; o
indicado nos gr&aacute;ficos abaixo:
quando a &gt; 0
y
&gt;
0
y &lt; 0 x1 &lt; x &lt; x2
(x
&lt;
x1
ou
x
&gt;
x2)
quando a &lt; 0
y
y&lt;0
&gt;
0
(x &lt; x1 ou x &gt; x2)
x1
&lt;
x
&lt;
x2
2&ordm; -
=0
quando a &gt; 0
quando a &lt; 0
3&ordm; -
&lt;0
quando a &gt; 0
quando a &lt; 0
GEOMETRIA ANAL&Iacute;TICA
Retas
Introdu&ccedil;&atilde;o
Entre os pontos de uma reta e os n&uacute;meros reais existe uma
correspond&ecirc;ncia biun&iacute;voca, isto &eacute;, a cada ponto de reta corresponde um
&uacute;nico n&uacute;mero real e vice-versa.
Considerando uma reta horizontal x, orientada da esquerda para direita
(eixo), e determinando um ponto O dessa reta ( origem) e um segmento u,
unit&aacute;rio e n&atilde;o-nulo, temos que dois n&uacute;meros inteiros e consecutivos
determinam sempre nesse eixo um segmento de reta de comprimento u:
Medida alg&eacute;brica de um segmento
Fazendo corresponder a dois pontos, A e B, do eixo x os n&uacute;meros reais xA
e xB , temos:
A medida alg&eacute;brica de um segmento orientado &eacute; o n&uacute;mero real que
corresponde &agrave; diferen&ccedil;a entre as abscissas da extremidade e da origem
desse segmento.
Plano cartesiano
A geometria anal&iacute;tica teve como principal idealizador o fil&oacute;sofo franc&ecirc;s
Ren&eacute; Descartes ( 1596-1650). Com o aux&iacute;lio de um sistema de eixos
associados a um plano, ele faz corresponder a cada ponto do plano um par
ordenado e vice-versa.
Quando os eixos desse sistemas s&atilde;o perpendiculares na origem, essa
correspond&ecirc;ncia determina um sistema cartesiano ortogonal ( ou plano
cartesiano). Assim, h&aacute; uma reciprocidade entre o estudo da geometria
( ponto, reta, circunfer&ecirc;ncia) e da &Aacute;lgebra ( rela&ccedil;&otilde;es, equa&ccedil;&otilde;es etc.),
podendo-se representar graficamente rela&ccedil;&otilde;es alg&eacute;bricas e expressar
algebricamente representa&ccedil;&otilde;es gr&aacute;ficas.
Observe o plano cartesiano nos quadros quadrantes:
Exemplos:
•
A(2, 4) pertence ao 1&ordm; quadrante (xA &gt; 0 e yA &gt; 0)
•
B(-3, -5) pertence ao 3&ordm; quadrante ( xB &lt; 0 e yB &lt; 0)
Observa&ccedil;&atilde;o: Por conven&ccedil;&atilde;o, os pontos localizados sobre os eixos n&atilde;o est&atilde;o
em nenhum quadrante.
Dist&acirc;ncia entre dois pontos
Dados os pontos A(xA, yA) e B(xB, yB) e sendo dAB a dist&acirc;ncia entre eles,
temos:
Aplicando o teorema de Pit&aacute;goras ao tri&acirc;ngulo ret&acirc;ngulo ABC, vem:
Como exemplo, vamos determinar a dist&acirc;ncia entre os pontos A(1, -1) e
B(4, -5):
Equa&ccedil;&otilde;es de uma reta
Equa&ccedil;&atilde;o geral
Podemos estabelecer a equa&ccedil;&atilde;o geral de uma reta a partir da condi&ccedil;&atilde;o de
alinhamento de tr&ecirc;s pontos.
Dada uma reta r, sendo A(xA, yA) e B(xB, yB) pontos conhecidos e
distintos de r e P(x,y) um ponto gen&eacute;rico, tamb&eacute;m de r, estando A, B e P
alinhados, podemos escrever:
Fazendo yA - yB = a, xB - xA = b e xAyB - xByA=c, como a e b n&atilde;o s&atilde;o
simultaneamente nulos
, temos:
ax + by + c = 0
(equa&ccedil;&atilde;o geral da reta r)
Essa equa&ccedil;&atilde;o relaciona x e y para qualquer ponto P gen&eacute;rico da reta.
Assim, dado o ponto P(m, n):
•
se am + bn + c = 0, P &eacute; o ponto da reta;
•
se am + bn + c
0, P n&atilde;o &eacute; ponto da reta.
Acompanhe os exemplos:
•
Vamos considerar a equa&ccedil;&atilde;o geral da reta r que passa por A(1, 3) e B(2,
4).
Considerando um ponto P(x, y) da reta, temos:
•
Vamos verificar se os pontos P(-3, -1) e Q(1, 2) pertencem &agrave; reta r do
exemplo anterior. Substituindo as coordenadas de P em x - y + 2 = 0,
temos:
-3 - (-1) + 2 = 0
-3 + 1 + 2 = 0
Como a igualdade &eacute; verdadeira, ent&atilde;o P r.
Substituindo as coordenadas de Q em x - y + 2 = 0, obtemos:
1-2+2
0
Como a igualdade n&atilde;o &eacute; verdadeira, ent&atilde;o Q r.
Geometria Anal&iacute;tica: Circunfer&ecirc;ncia
Equa&ccedil;&otilde;es da circunfer&ecirc;ncia
Equa&ccedil;&atilde;o reduzida
Circunfer&ecirc;ncia &eacute; o conjunto de todos os pontos de um plano
eq&uuml;idistantes de um ponto fixo, desse mesmo plano, denominado centro da
circunfer&ecirc;ncia:
Assim, sendo C(a, b) o centro e P(x, y) um ponto qualquer da
circunfer&ecirc;ncia, a dist&acirc;ncia de C a P(dCP) &eacute; o raio dessa circunfer&ecirc;ncia.
Ent&atilde;o:
Portanto, (x - a)2 + (y - b)2 =r2 &eacute; a equa&ccedil;&atilde;o reduzida da circunfer&ecirc;ncia e
permite determinar os elementos essenciais para a constru&ccedil;&atilde;o da
circunfer&ecirc;ncia: as coordenadas do centro e o raio.
Observa&ccedil;&atilde;o: Quando o centro da circunfer6encia estiver na origem
( C(0,0)), a equa&ccedil;&atilde;o da circunfer&ecirc;ncia ser&aacute; x2 + y2 = r2 .
Equa&ccedil;&atilde;o geral
Desenvolvendo a equa&ccedil;&atilde;o reduzida, obtemos a equa&ccedil;&atilde;o geral da
circunfer&ecirc;ncia:
Como exemplo, vamos determinar a equa&ccedil;&atilde;o geral da circunfer&ecirc;ncia de
centro C(2, -3) e raio r = 4.
A equa&ccedil;&atilde;o reduzida da circunfer&ecirc;ncia &eacute;:
( x - 2 )2 +( y + 3 )2 = 16
Desenvolvendo os quadrados dos bin&ocirc;mios, temos:
Geometria Anal&iacute;tica - C&ocirc;nicas
Elipse
Considerando, num plano , dois pontos distintos, F1 e F2 , e sendo 2a
um n&uacute;mero real maior que a dist&acirc;ncia entre F1 e F2, chamamos de elipse o
conjunto dos pontos do plano tais que a soma das dist&acirc;ncias desses
pontos a F1 e F2 seja sempre igual a 2a.
Por exemplo, sendo P, Q, R, S, F1 e F2 pontos de um mesmo plano e F1F2
&lt; 2a, temos:
A figura obtida &eacute; uma elipse.
Observa&ccedil;&otilde;es:
1&ordf;) A Terra descreve uma trajet&oacute;ria el&iacute;ptica em torno do sol, que &eacute; um dos
focos dessa trajet&oacute;ria.
A lua em torno da terra e os demais sat&eacute;lites em rela&ccedil;&atilde;o a seus
respectivos planetas tamb&eacute;m apresentam esse comportamento.
2&ordf;) O cometa de Halley segue uma &oacute;rbita el&iacute;ptica, tendo o Sol como um dos
focos.
3&ordf;) As elipses s&atilde;o chamadas c&ocirc;nicas porque ficam configuradas pelo corte
feito em um cone circular reto por um plano obl&iacute;quo em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; sua base.
Elementos
Observe a elipse a seguir. Nela, consideramos os seguintes elementos:
•
focos : os pontos F1 e F2
•
centro: o ponto O, que &eacute; o ponto m&eacute;dio de
•
semi-eixo maior: a
•
semi-eixo menor: b
•
semidist&acirc;ncia focal: c
•
v&eacute;rtices: os pontos A1, A2, B1, B2
•
eixo maior:
•
eixo menor:
•
dist&acirc;ncia focal:
Rela&ccedil;&atilde;o fundamental
Na figura acima, aplicando o Teorema de Pit&aacute;goras ao tri6angulo OF2B2 ,
ret&acirc;ngulo em O, podemos escrever a seguinte rela&ccedil;&atilde;o fundamental:
a2 =b2 + c2
Excentricidade
Chamamos de excentricidade o n&uacute;mero real e tal que:
Pela defini&ccedil;&atilde;o de elipse, 2c &lt; 2a, ent&atilde;o c &lt; a e, conseq&uuml;entemente, 0 &lt; e
&lt; 1.
Observa&ccedil;&atilde;o:Quando os focos s&atilde;o muito pr&oacute;ximos, ou seja, c &eacute; muito
pequeno, a elipse se aproxima de uma circunfer&ecirc;ncia.
Equa&ccedil;&otilde;es
Vamos considerar os seguintes casos:
a) elipse com centro na origem e eixo maior horizontal
Sendo c a semidist&acirc;ncia focal, os focos da elipse s&atilde;o F1(-c, 0) e F2(c, 0):
Aplicando a defini&ccedil;&atilde;o de elipse
elipse:
, obtemos a equa&ccedil;&atilde;o da
b) elipse com centro na origem e eixo maior vertical
Nessas condi&ccedil;&otilde;es, a equa&ccedil;&atilde;o da elipse &eacute;:
Hip&eacute;rbole
Considerando, num plano , dois pontos distintos, F1 e F2 , e sendo 2a
um n&uacute;mero real menor que a dist&acirc;ncia entre F1 e F2 , chamamos de
hip&eacute;rbole o conjunto dos pontos do plano tais que o m&oacute;dulo da diferen&ccedil;a
das dist6ancias desses pontos a F1 e F2 seja sempre igual a 2a.
Por exemplo, sendo P, Q, R, S, F1 e F2 pontos de um mesmo plano e
F1F2 = 2c, temos:
A figura obtida &eacute; uma hip&eacute;rbole.
Observa&ccedil;&atilde;o:Os dois ramos da
hip&eacute;rbole s&atilde;o determinados por um
plano paralelo ao eixo de simetria de
dois cones circulares retos e opostos
pelo v&eacute;rtice:
Par&aacute;bola
Dados uma reta d e um ponto F
par&aacute;bola o conjunto de pontos do plano
, de um plano , chamamos de
eq&uuml;idistantes de F e d.
Assim, sendo, por exemplo, F, P, Q e R pontos de um plano e d uma
reta desse mesmo plano, de modo que nenhum ponto perten&ccedil;a a d, temos:
Observa&ccedil;&otilde;es:
1&ordf;) A par&aacute;bola &eacute; obtida seccionando-se obliquamente um cone circular reto:
2&ordf;) Os telesc&oacute;pios refletores mais simples t&ecirc;m espelhos com sec&ccedil;&otilde;es planas
parab&oacute;licas.
3&ordf;) As trajet&oacute;rias de alguns cometas s&atilde;o par&aacute;bolas, sendo que o Sol ocupa o
foco.
4&ordf;) A superf&iacute;cie de um l&iacute;quido contido em um cilindro que gira em torno de
seu eixo com velocidade constante &eacute; parab&oacute;lica.
Matrizes
Introdu&ccedil;&atilde;o
O crescente uso dos computadores tem feito com que a teoria das
matrizes seja cada vez mais aplicada em &aacute;reas como Economia,
Engenharia, Matem&aacute;tica, F&iacute;sica, dentre outras. Vejamos um exemplo.
A tabela a seguir representa as notas de tr&ecirc;s alunos em uma etapa:
Qu&iacute;mica Ingl&ecirc;s
Literatura Espanhol
A
8
7
9
8
B
6
6
7
6
C
4
8
5
9
Se quisermos saber a nota do aluno B em Literatura, basta procurar o
n&uacute;mero que fica na segunda linha e na terceira coluna da tabela.
Vamos agora considerar uma tabela de n&uacute;meros dispostos em linhas e
colunas, como no exemplo acima, mas colocados entre par&ecirc;nteses ou
colchetes:
Em tabelas assim dispostas, os n&uacute;meros s&atilde;o os elementos. As linhas s&atilde;o
enumeradas de cima para baixo e as colunas, da esquerda para direita:
Tabelas com m linhas e n colunas ( m e n n&uacute;meros naturais diferentes de
0) s&atilde;o denominadas matrizes m x n. Na tabela anterior temos, portanto,
uma matriz 3 x 3.
Veja mais alguns exemplos:
&eacute; uma matriz do tipo 2 x 3
•
•
&eacute; uma matriz do tipo 2 x 2
Nota&ccedil;&atilde;o geral
Costuma-se representar as matrizes por letras mai&uacute;sculas e seus
elementos por letras min&uacute;sculas, acompanhadas por dois &iacute;ndices que
indicam, respectivamente, a linha e a coluna que o elemento ocupa.
Assim, uma matriz A do tipo m x n &eacute; representada por:
ou, abreviadamente, A = [aij]m x n, em que i e j representam, respectivamente,
a linha e a coluna que o elemento ocupa. Por exemplo, na matriz anterior,
a23 &eacute; o elemento da 2&ordf; linha e da 3&ordf; coluna.
Na matriz
, temos:
Ou na matriz B = [ -1 0 2 5 ], temos: a11 = -1, a12 = 0, a13 = 2 e a14 = 5.
Denomina&ccedil;&otilde;es especiais
Algumas matrizes, por suas caracter&iacute;sticas, recebem denomina&ccedil;&otilde;es
especiais.
•
Matriz linha: matriz do tipo 1 x n, ou seja, com uma &uacute;nica linha. Por
exemplo, a matriz A =[4 7 -3 1], do tipo 1 x 4.
•
Matriz coluna: matriz do tipo m x 1, ou seja, com uma &uacute;nica coluna.
Por
exemplo,
,
do
tipo
3
x
1
•
Matriz quadrada: matriz do tipo n x n, ou seja, com o mesmo n&uacute;mero
de linhas e colunas; dizemos que a matriz &eacute; de ordem n. Por exemplo, a
matriz
&eacute; do tipo 2 x 2, isto &eacute;, quadrada de ordem 2.
Numa matriz quadrada definimos a diagonal principal e a diagonal
secund&aacute;ria. A principal &eacute; formada pelos elementos aij tais que i = j. Na
secund&aacute;ria, temos i + j = n + 1.
Veja:
Observe a matriz a seguir:
a11 = -1 &eacute; elemento da diagonal principal, pis i = j = 1
a31= 5 &eacute; elemento da diagonal secund&aacute;ria, pois i + j = n + 1 ( 3 + 1 = 3 + 1)
•
Matriz nula: matriz em que todos os elementos s&atilde;o nulos; &eacute;
representada por 0m x n.
Por
•
exemplo,
.
Matriz diagonal: matriz quadrada em que todos os elementos que n&atilde;o
est&atilde;o na diagonal principal s&atilde;o nulos. Por exemplo:
•
Matriz identidade: matriz quadrada em que todos os elementos da
diagonal principal s&atilde;o iguais a 1 e os demais s&atilde;o nulos; &eacute; representada
por In, sendo n a ordem da matriz. Por exemplo:
Assim,
•
para
uma
matriz
identidade
.
Matriz transposta: matriz At obtida a partir da matriz A trocando-se
ordenadamente as linhas por colunas ou as colunas por linhas. Por
exemplo:
Desse modo, se a matriz A &eacute; do tipo m x n, At &eacute; do tipo n x m.
Note que a 1&ordf; linha de A corresponde &agrave; 1&ordf; coluna de At e a 2&ordf; linha de A
corresponde &agrave; 2&ordf; coluna de At.
•
Matriz sim&eacute;trica: matriz quadrada de ordem n tal que A = At . Por
exemplo,
ou
•
seja,
&eacute; sim&eacute;trica, pois a12 = a21 = 5, a13 = a31 = 6, a23 = a32 = 4,
temos
sempre
a
=
a
ij
ij.
Matriz oposta: matriz -A obtida a partir de A trocando-se o sinal de
todos os elementos de A. Por exemplo,
.
Igualdade de matrizes
Duas matrizes, A e B, do mesmo tipo m x n, s&atilde;o iguais se, e somente se,
todos os elementos que ocupam a mesma posi&ccedil;&atilde;o s&atilde;o iguais:
.
Opera&ccedil;&otilde;es envolvendo matrizes
Adi&ccedil;&atilde;o
Dadas as matrizes
matrizes a matriz
:
, chamamos de soma dessas
, tal que Cij = aij + bij , para todo
A+B=C
Exemplos:
•
•
Observa&ccedil;&atilde;o: A + B existe se, e somente se, A e B forem do mesmo tipo.
Propriedades
Sendo A, B e C matrizes do mesmo tipo ( m x n), temos as seguintes
propriedades para a adi&ccedil;&atilde;o:
a) comutativa: A + B = B + A
b) associativa: ( A + B) + C = A + ( B + C)
c) elemento neutro: A + 0 = 0 + A = A, sendo 0 a matriz nula m x n
d) elemento oposto: A + ( - A) = (-A) + A = 0
Subtra&ccedil;&atilde;o
Dadas as matrizes
, chamamos de diferen&ccedil;a entre
essas matrizes a soma de A com a matriz oposta de B:
A- B =A+ (- B )
Observe:
Multiplica&ccedil;&atilde;o de um n&uacute;mero real por uma matriz
Dados um n&uacute;mero real x e uma matriz A do tipo m x n, o produto de x
por A &eacute; uma matriz B do tipo m x n obtida pela multiplica&ccedil;&atilde;o de cada
elemento de A por x, ou seja, bij = xaij:
B = x.A
Observe o seguinte exemplo:
Propriedades
Sendo A e B matrizes do mesmo tipo ( m x n) e x e y n&uacute;meros reais
quaisquer, valem as seguintes propriedades:
a) associativa: x . (yA) = (xy) . A
b) distributiva de um n&uacute;mero real em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; adi&ccedil;&atilde;o de matrizes: x . (A +
B) = xA + xB
c) distributiva de uma matriz em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; adi&ccedil;&atilde;o de dois n&uacute;meros reais: (x
+ y) . A = xA + yA
d) elemento neutro : xA = A, para x=1, ou seja, A=A
Multiplica&ccedil;&atilde;o de matrizes
O produto de uma matriz por outra n&atilde;o &eacute; determinado por meio do
produto dos sus respectivos elementos.
Assim, o produto das matrizes A = ( aij) m x p e B = ( bij) p x n &eacute; a matriz C =
(cij) m x n em que cada elemento cij &eacute; obtido por meio da soma dos produtos
dos elementos correspondentes da i-&eacute;sima linha de A pelos elementos da j&eacute;sima coluna B.
Vamos multiplicar a matriz
obt&eacute;m cada Cij:
•
1&ordf; linha e 1&ordf; coluna
•
1&ordf; linha e 2&ordf; coluna
para entender como se
•
2&ordf; linha e 1&ordf; coluna
•
2&ordf; linha e 2&ordf; coluna
Assim,
.
Observe que:
Portanto,
.A, ou seja, para a multiplica&ccedil;&atilde;o de matrizes n&atilde;o vale a
propriedade comutativa.
Vejamos outro exemplo com as matrizes
:
Da defini&ccedil;&atilde;o, temos que a matriz produto A . B s&oacute; existe se o n&uacute;mero de
colunas de A for igual ao n&uacute;mero de linhas de B:
A matriz produto ter&aacute; o n&uacute;mero de linhas de A (m) e o n&uacute;mero de
colunas de B(n):
•
Se A3 x 2 e B 2 x 5 , ent&atilde;o ( A . B ) 3 x 5
•
Se A 4 x 1 e B 2 x 3, ent&atilde;o n&atilde;o existe o produto
•
Se
A
4
x
2
e
B
2
x
,
1
ent&atilde;o
(
A
.
B
)
4
x
1
Propriedades
Verificadas as condi&ccedil;&otilde;es de exist&ecirc;ncia para a multiplica&ccedil;&atilde;o de matrizes,
valem as seguintes propriedades:
a) associativa: ( A . B) . C = A . ( B . C )
b) distributiva em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; adi&ccedil;&atilde;o: A . ( B + C ) = A . B + A . C ou
A+ B ) . C =A. C + B . C
(
c) elemento neutro: A . In = In . A = A, sendo In a matriz identidade de
ordem n
Vimos que a propriedade comutativa, geralmente, n&atilde;o vale para a
multiplica&ccedil;&atilde;o de matrizes. N&atilde;o vale tamb&eacute;m o anulamento do produto, ou
seja: sendo 0 m x n uma matriz nula, A .B =0 m x n n&atilde;o implica,
necessariamente, que A = 0 m x n ou B = 0 m x n.
Matriz inversa
Dada uma matriz A, quadrada, de ordem n, se existir uma matriz A', de
mesma ordem, tal que A . A' = A' . A = I n , ent&atilde;o A' &eacute; matriz inversa de A .
Representamos a matriz inversa por A-1 .
Grandezas - Introdu&ccedil;&atilde;o
Entendemos por grandeza tudo aquilo que pode ser medido, contado.
As grandezas podem ter suas medidas aumentadas ou diminu&iacute;das.
Alguns exemplos de grandeza: o volume, a massa, a superf&iacute;cie, o
comprimento, a capacidade, a velocidade, o tempo, o custo e a produ&ccedil;&atilde;o.
&Eacute; comum ao nosso dia-a-dia situa&ccedil;&otilde;es em que relacionamos duas ou
mais grandezas. Por exemplo:
Em uma corrida de &quot;quil&ocirc;metros contra o rel&oacute;gio&quot;, quanto maior for a
velocidade, menor ser&aacute; o tempo gasto nessa prova. Aqui as grandezas s&atilde;o a
velocidade e o tempo.
Num forno utilizado para a produ&ccedil;&atilde;o de ferro fundido comum, quanto
maior for o tempo de uso, maior ser&aacute; a produ&ccedil;&atilde;o de ferro. Nesse caso, as
grandezas s&atilde;o o tempo e a produ&ccedil;&atilde;o.
Grandezas diretamente proporcionais
Um forno tem sua produ&ccedil;&atilde;o de ferro fundido de acordo com a tabela
abaixo:
Tempo (minutos) Produ&ccedil;&atilde;o (Kg)
5
100
10
200
15
300
20
400
Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas
s&atilde;o vari&aacute;veis dependentes. Observe que:
Quando duplicamos
5min ----&gt; 100Kg
10 min ----&gt; 200Kg
o
tempo,
a
produ&ccedil;&atilde;o
tamb&eacute;m
duplica.
Quando triplicamos
5min ----&gt; 100Kg
15 min ----&gt; 300Kg
o
tempo,
a
produ&ccedil;&atilde;o
tamb&eacute;m
triplica.
Assim:
Duas grandezas vari&aacute;veis dependentes s&atilde;o diretamente
proporcionais quando a raz&atilde;o entre os valores da 1&ordf; grandeza &eacute;
igual a raz&atilde;o entre os valores correspondentes da 2&ordf;
Verifique na tabela que a raz&atilde;o entre dois valores de uma grandeza &eacute; igual a
raz&atilde;o entre os dois valores correspondentes da outra grandeza.
Grandezas inversamente proporcionais
Um ciclista faz um treino para a prova de &quot;1000 metros contra o
rel&oacute;gio&quot;, mantendo em cada volta uma velocidade constante e obtendo,
assim, um tempo correspondente, conforme a tabela abaixo
Velocidade (m/s)
5
8
10
16
20
Tempo (s)
200
125
100
62,5
50
Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas
s&atilde;o vari&aacute;veis dependentes. Observe que:
Quando duplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido &agrave; metade.
5m/s ----&gt; 200s
10 m/s ----&gt; 100s
Quando quadriplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido &agrave; quarta
parte.
5m/s ----&gt; 200s
20 m/s ----&gt; 50s
Assim:
Duas grandezas vari&aacute;veis dependentes s&atilde;o inversamente proporcionais quando a
raz&atilde;o entre os valores da 1&ordf; grandeza &eacute; igual ao inverso da raz&atilde;o entre os
valores correspondentes da 2&ordf;.
Verifique na tabela que a raz&atilde;o entre dois valores de uma grandeza &eacute; igual
ao inverso da raz&atilde;o entre os dois valores correspondentes da outra
grandeza.
POLIN&Ocirc;MIOS
• Defini&ccedil;&atilde;o
Uma fun&ccedil;&atilde;o polinomial ou simplesmente polin&ocirc;mio, &eacute; toda fun&ccedil;&atilde;o
definida pela rela&ccedil;&atilde;o P(x)=anxn + an-1.xn-1 + an-2.xn-2 + ... + a2x2 + a1x + a0.
Onde:
an, an-1, an-2, ..., a2, a1, a0 s&atilde;o n&uacute;meros reais chamados coeficientes.
n ∈ IN
x ∈ C (nos complexos) &eacute; a vari&aacute;vel.
GRAU DE UM POLIN&Ocirc;MIO:
Grau de um polin&ocirc;mio &eacute; o expoente m&aacute;ximo que ele possui. Se o
coeficiente an≠0, ent&atilde;o o expoente m&aacute;ximo n &eacute; dito grau do polin&ocirc;mio e
indicamos gr(P)=n. Exemplos:
a) P(x)=5 ou P(x)=5.x0 &eacute; um polin&ocirc;mio constante, ou seja, gr(P)=0.
b) P(x)=3x+5 &eacute; um polin&ocirc;mio do 1&ordm; grau, isto &eacute;, gr(P)=1.
c) P(x)=4x5+7x4 &eacute; um polin&ocirc;mio do 5&ordm; grau, ou seja, gr(P)=5.
Obs: Se P(x)=0, n&atilde;o se define o grau do polin&ocirc;mio.
• Valor num&eacute;rico
O valor num&eacute;rico de um polin&ocirc;mio P(x) para x=a, &eacute; o n&uacute;mero que se
obt&eacute;m substituindo x por a e efetuando todas as opera&ccedil;&otilde;es indicadas pela
rela&ccedil;&atilde;o que define o polin&ocirc;mio. Exemplo:
Se P(x)=x3+2x2+x-4, o valor num&eacute;rico de P(x), para x=2, &eacute;:
P(x)= x3+2x2+x-4
P(2)= 23+2.22+2-4
P(2)= 14
Observa&ccedil;&atilde;o: Se P(a)=0, o n&uacute;mero a chamado raiz ou zero de P(x).
Por exemplo, no polin&ocirc;mio P(x)=x2-3x+2 temos P(1)=0; logo, 1 &eacute; raiz
ou zero desse polin&ocirc;mio.
Alguns exerc&iacute;cios resolvidos:
1&ordm;) Sabendo-se que –3 &eacute; raiz de P(x)=x3+4x2-ax+1, calcular o valor de a.
Resolu&ccedil;&atilde;o: Se –3 &eacute; raiz de P(x), ent&atilde;o P(-3)=0.
P(-3)=0 =&gt; (-3)3+4(-3)2-a.(-3)+1 = 0
3a = -10 =&gt; a=-10/3
Resposta: a=-10/3
2&ordm;) Calcular m ∈ IR para que o polin&ocirc;mio
P(x)=(m2-1)x3+(m+1)x2-x+4 seja:
a) do 3&ordm;grau
b) do 2&ordm; grau
c) do 1&ordm; grau
Resposta:
a) para o polin&ocirc;mio ser do 3&ordm; grau, os coeficientes de x2 e x3 devem ser
diferentes de zero. Ent&atilde;o:
m2-1≠0 =&gt; m2≠1 =&gt; m≠1
m+1≠0 =&gt; m≠-1
Portanto, o polin&ocirc;mio &eacute; do 3&ordm; grau se m≠1 e m≠-1.
b) para o polin&ocirc;mio ser do 2&ordm; grau, o coeficiente de x 3 deve ser igual a
zero e o coeficiente de x2 diferente de zero. Ent&atilde;o:
m2-1=0 =&gt; m2=1 =&gt; m=&plusmn;1
m+1≠0 =&gt; m≠-1
Portanto, o polin&ocirc;mio &eacute; do 2&ordm; grau se m=1.
c) para o polin&ocirc;mio ser do 1&ordm; grau, os coeficientes de x2 e x3 devem ser
iguais a zero. Ent&atilde;o:
m2-1=0 =&gt; m2=1 =&gt; m=&plusmn;1
m+1=0 =&gt; m=-1
Portanto, o polin&ocirc;mio &eacute; do 1&ordm; grau se m=-1.
3&ordm;) Num polin&ocirc;mio P(x), do 3&ordm; grau, o coeficiente de x3 &eacute; 1. Se
P(1)=P(2)=0 e P(3)=30, calcule o valor de P(-1).
Resolu&ccedil;&atilde;o:
Temos o polin&ocirc;mio: P(x)=x3+ax2+bx+c.
Precisamos encontrar os valores de a,b e c (coeficientes).
Vamos utilizar os dados fornecidos pelo enunciado do problema:
P(1)=0 =&gt; (1)3+a.(1)2+b(1)+c = 0 =&gt; 1+a+b+c=0 =&gt; a+b+c=-1
P(2)=0 =&gt; (2)3+a.(2)2+b(2)+c = 0 =&gt; 8+4a+2b+c=0 =&gt; 4a+2b+c=-8
P(3)=30 =&gt; (3)3+a.(3)2+b(3)+c = 30 =&gt; 27+9a+3b+c=30 =&gt; 9a+3b+c=3
Temos um sistema de tr&ecirc;s vari&aacute;veis:
a + b + c = -1

4a + 2b + c = -8
9a + 3b + c = 3

Resolvendo esse sistema encontramos as solu&ccedil;&otilde;es:
a=9, b=-34, c=24
Portanto o polin&ocirc;mio em quest&atilde;o &eacute; P(x)= x3+9x2-34x+24.
O problema pede P(-1):
P(-1)= (-1)3+9(-1)2-34(-1)+24 =&gt; P(-1)=-1+9+34+24
P(-1)= 66
Resposta: P(-1)= 66
• Polin&ocirc;mios iguais
Dizemos que dois polin&ocirc;mios A(x) e B(x) s&atilde;o iguais ou id&ecirc;nticos (e
indicamos A(x)≡B(x)) quando assumem valores num&eacute;ricos iguais para
qualquer valor comum atribu&iacute;do &agrave; vari&aacute;vel x. A condi&ccedil;&atilde;o para que dois
polin&ocirc;mios sejam iguais ou id&ecirc;nticos &eacute; que os coeficientes dos termos
correspondentes sejam iguais.
Exemplo:
Calcular a,b e c, sabendo-se que x2-2x+1 ≡ a(x2+x+1)+(bx+c)(x+1).
Resolu&ccedil;&atilde;o: Eliminando os par&ecirc;nteses e somando os termos semelhantes
do segundo membro temos:
x2-2x+1 ≡ ax2+ax+a+bx2+bx+cx+c
1x2-2x+1 ≡ (a+b)x2+(a+b+c)x+(a+c)
Agora igualamos os coeficientes correspondentes:
a + b = 1

a + b + c = −2
a + c = 1

Substituindo a 1&ordf; equa&ccedil;&atilde;o na 2&ordf;:
1+c = -2 =&gt; c=-3.
Colocando esse valor de c na 3&ordf; equa&ccedil;&atilde;o, temos:
a-3=1 =&gt; a=4.
Colocando esse valor de a na 1&ordf; equa&ccedil;&atilde;o, temos:
4+b=1 =&gt; b=-3.
Resposta: a=4, b=-3 e c=-3.
Obs: um polin&ocirc;mio &eacute; dito identicamente nulo se tem todos os seus
coeficientes nulos.
• Divis&atilde;o de polin&ocirc;mios
Sejam dois polin&ocirc;mios P(x) e D(x), com D(x) n&atilde;o nulo.
Efetuar a divis&atilde;o de P por D &eacute; determinar dois polin&ocirc;mios Q(x) e R(x),
que satisfa&ccedil;am as duas condi&ccedil;&otilde;es abaixo:
1&ordf;) Q(x).D(x) + R(x) = P(x)
2&ordf;) gr(R) &lt; gr(D) ou R(x)=0
P( x)
D( x )
R( x)
Q( x)
Nessa divis&atilde;o:
P(x) &eacute; o dividendo.
D(x) &eacute; o divisor.
Q(x) &eacute; o quociente.
R(x) &eacute; o resto da divis&atilde;o.
Obs: Quando temos R(x)=0 dizemos que a divis&atilde;o &eacute; exata, ou seja, P(x)
&eacute; divis&iacute;vel por D(x) ou D(x) &eacute; divisor de P(x).
Se D(x) &eacute; divisor de P(x) ⇔ R(x)=0
Exemplo:
Determinar o quociente de P(x)=x4+x3-7x2+9x-1 por D(x)=x2+3x-2.
Resolu&ccedil;&atilde;o: Aplicando o m&eacute;todo da chave, temos:
x 4 + x3 − 7 x 2 + 9 x − 1
x 2 + 3x − 2
− x 4 − 3x3 + 2 x 2
x 2 − 2 x + 1 → Q( x)
− 2 x3 − 5x2 + 9 x − 1
+ 2 x3 + 6 x 2 − 4 x
x2 + 5x − 1
− x 2 − 3x + 2
2 x + 1 → R ( x)
Verificamos que:
4
3
2
2
x
+ 3x - 2) (x 2 - 2x + 1) + (2x + 1)
  + x  - 7x + 9x
 - 1 ≡ (x
         
   
P(x)
D(x)
Q(x)
R(x)
• Divis&atilde;o de um polin&ocirc;mio por um bin&ocirc;mio da forma ax+b
Vamos calcular o resto da divis&atilde;o de P(x)=4x2-2x+3 por D(x)=2x-1.
Utilizando o m&eacute;todo da chave temos:
4 x2 − 2 x + 3
− 4 x2 + 2 x
2x − 1
2x
3
Logo: R(x)=3
A raiz do divisor &eacute; 2x-1=0 =&gt; x=1/2.
Agora calculamos P(x) para x=1/2.
P(1/2) = 4(1/4) – 2(1/2) + 3
P(1/2) = 3
Observe que R(x) = 3 = P(1/2)
Portanto, mostramos que o resto da divis&atilde;o de P(x) por D(x) &eacute; igual ao
valor num&eacute;rico de P(x) para x=1/2, isto &eacute;, a raiz do divisor.
• Teorema do resto
O resto da divis&atilde;o de um polin&ocirc;mio P(x) pelo bin&ocirc;mio ax+b &eacute; igual a P(-b/a).
Note que –b/a &eacute; a raiz do divisor.
Exemplo: Calcule o resto da divis&atilde;o de x2+5x-1 por x+1.
Resolu&ccedil;&atilde;o: Achamos a raiz do divisor:
x+1=0 =&gt; x=-1
Pelo teorema do resto sabemos que o resto &eacute; igual a P(-1):
P(-1)=(-1)2+5.(-1)-1 =&gt; P(-1) = -5 = R(x)
Resposta: R(x) = -5.
• Teorema de D’Alembert
Um polin&ocirc;mio P(x) &eacute; divis&iacute;vel pelo bin&ocirc;mio ax+b se P(-b/a)=0
Exemplo: Determinar o valor de p, para que o polin&ocirc;mio P(x)=2x 3+5x2px+2 seja divis&iacute;vel por x-2.
Resolu&ccedil;&atilde;o: Se P(x) &eacute; divis&iacute;vel por x-2, ent&atilde;o P(2)=0.
P(2)=0 =&gt; 2.8+5.4-2p+2=0 =&gt; 16+20-2p+2=0 =&gt; p=19
Resposta: p=19.
• Divis&atilde;o de um polin&ocirc;mio pelo produto (x-a)(x-b)
Vamos resolver o seguinte problema: calcular o resto da divis&atilde;o do
polin&ocirc;mio P(x) pelo produto (x-a)(x-b), sabendo-se que os restos da divis&atilde;o
de P(x) por (x-a) e por (x-b) s&atilde;o, respectivamente, r1 e r2.
Temos:
a &eacute; a raiz do divisor x-a, portanto P(a)=r1
(eq. 1)
b &eacute; a raiz do divisor x-b, portanto P(b)=r2
(eq. 2)
E para o divisor (x-a)(x-b) temos P(x)=(x-a)(x-b) Q(x) + R(x)
(eq.
3)
O resto da divis&atilde;o de P(x) por (x-a)(x-b) &eacute; no m&aacute;ximo do 1&ordm; grau, pois o
divisor &eacute; do 2&ordm; grau; logo:
R(x)=cx+d
Da eq.3 vem:
P(x)=(x-a)(x-b) Q(x) + cx + d
Fazendo:
x=a =&gt; P(a) = c(a)+d
(eq. 4)
x=b =&gt; P(b) = c(b)+d
(eq. 5)
Das equa&ccedil;&otilde;es 1, 2, 4 e 5 temos:
ca + d = r1

cb + d = r2
Resolvendo o sistema obtemos:
r1 − r2
ar − ar1
e d= 2
, com a ≠ b
a−b
a−b
r −r
ar − ar1
Logo : R ( x) = 1 2 x + 2
, com a ≠ b
a−b
a−b
c=
Observa&ccedil;&otilde;es:
1&ordf;) Se P(x) for divis&iacute;vel por (x-a) e por (x-b), temos:
P(a)= r1 =0
P(b)= r2 =0
Portanto, P(x) &eacute; divis&iacute;vel pelo produto (x-a)(x-b), pois:
R( x) =
r1 − r2
ar − ar1
x+ 2
= 0+0 = 0
a−b
a−b
2&ordf;) Generalizando, temos:
Se P(x) &eacute; divis&iacute;vel por n fatores distintos (x-a1), (x-a2),..., (x-an) ent&atilde;o
P(x) &eacute; divis&iacute;vel pelo produto (x-a1)(x-a2)...(x-an).
Exemplo:
Um polin&ocirc;mio P(x) dividido por x d&aacute; resto 6 e dividido por (x-1) d&aacute;
resto 8. Qual o resto da divis&atilde;o de P(x) por x(x-1)?
Resolu&ccedil;&atilde;o:
0 &eacute; a raiz do divisor x, portanto P(0)=6
(eq. 1)
1 &eacute; a raiz do divisor x-1, portanto P(1)=8
(eq. 2)
E para o divisor x(x-1) temos P(x)=x(x-1) Q(x) + R(x)
(eq. 3)
O resto da divis&atilde;o de P(x) por x(x-1) &eacute; no m&aacute;ximo do 1&ordm; grau, pois o
divisor &eacute; do 2&ordm; grau; logo:
R(x)=ax+b
Da eq.3 vem:
P(x)=x(x-1) Q(x) + ax + b
Fazendo:
x=0 =&gt; P(0) = a(0)+b =&gt; P(0) = b
x=1 =&gt; P(1) = a(1)+b =&gt; P(1) = a+b
(eq. 4)
(eq. 5)
Das equa&ccedil;&otilde;es 1, 2, 4 e 5 temos:
b = 6

a + b = 8
Logo, b=6 e a=2.
Agora achamos o resto: R(x) = ax+b = 2x+6
Resposta: R(x) = 2x+6.
• O dispositivo de Briot-Ruffini
Serve para efetuar a divis&atilde;o de um polin&ocirc;mio P(x) por um bin&ocirc;mio da
forma (ax+b).
Exemplo: Determinar o quociente e o resto da divis&atilde;o do polin&ocirc;mio
P(x)=3x3-5x2+x-2 por (x-2).
Resolu&ccedil;&atilde;o:
   
2
RAIZ DO DIVISOR
      COEFICIENT
    ES
 DE P(x)
     
3
−5
1
−2
↓
3.( 2) − 5
1.(2) + 1
 3     1      3
COEFICIENTES DO QUOCIENTE Q(x)
3.( 2) − 2
 4 
RESTO
Observe que o grau de Q(x) &eacute; uma unidade inferior ao de P(x), pois o
divisor &eacute; de grau 1.
Resposta: Q(x)=3x2+x+3 e R(x)=4.
Para a resolu&ccedil;&atilde;o desse problema seguimos os seguintes passos:
1&ordm;) Colocamos a raiz do divisor e os coeficientes do dividendo
ordenadamente na parte de cima da “cerquinha”.
2&ordm;) O primeiro coeficiente do dividendo &eacute; repetido abaixo.
3&ordm;) Multiplicamos a raiz do divisor por esse coeficiente repetido abaixo
e somamos o produto com o 2&ordm; coeficiente do dividendo, colocando o
resultado abaixo deste.
4&ordm;) Multiplicamos a raiz do divisor pelo n&uacute;mero colocado abaixo do 2&ordm;
coeficiente e somamos o produto com o 3&ordm; coeficiente, colocando o
resultado abaixo deste, e assim sucessivamente.
5&ordm;) Separamos o &uacute;ltimo n&uacute;mero formado, que &eacute; igual ao resto da
divis&atilde;o, e os n&uacute;meros que ficam &agrave; esquerda deste ser&atilde;o os coeficientes do
quociente.
• Decomposi&ccedil;&atilde;o de um polin&ocirc;mio em fatores
Vamos analisar dois casos:
1&ordm; caso: O polin&ocirc;mio &eacute; do 2&ordm; grau.
De uma forma geral, o polin&ocirc;mio de 2&ordm; grau P(x)=ax2+bx+c que
admite as ra&iacute;zes r1 e r2 pode ser decomposto em fatores do 1&ordm; grau, da
seguinte forma:
ax2+bx+c = a(x-r1)(x-r2)
Exemplos:
1) Fatorar o polin&ocirc;mio P(x)=x2-4.
Resolu&ccedil;&atilde;o: Fazendo x2-4=0, obtemos as ra&iacute;zes r1=2 e r2=-2.
Logo: x2-4 = (x-2)(x+2).
2) Fatorar o polin&ocirc;mio P(x)=x2-7x+10.
Resolu&ccedil;&atilde;o: Fazendo x2-7x+10=0, obtemos as ra&iacute;zes r1=5 e r2=2.
Logo: x2-7x+10 = (x-5)(x-2).
2&ordm; caso: O polin&ocirc;mio &eacute; de grau maior ou igual a 3.
Conhecendo uma das ra&iacute;zes de um polin&ocirc;mio de 3&ordm; grau, podemos
decomp&ocirc;-lo num produto de um polin&ocirc;mio do 1&ordm; grau por um polin&ocirc;mio do
2&ordm; grau e, se este tiver ra&iacute;zes, podemos em seguida decomp&ocirc;-lo tamb&eacute;m.
Exemplo: Decompor em fatores do 1&ordm; grau o polin&ocirc;mio 2x3-x2-x.
Resolu&ccedil;&atilde;o:
2x3-x2-x = x.(2x2-x-1)  colocando x em evid&ecirc;ncia
Fazendo x.(2x2-x-1) = 0 obtemos: x=0 ou 2x2-x-1=0.
Uma das ra&iacute;zes j&aacute; encontramos (x=0).
As outras duas saem da equa&ccedil;&atilde;o: 2x2-x-1=0 =&gt; r1=1 e r2=-1/2.
Portanto, o polin&ocirc;mio 2x3-x2-x, na forma fatorada &eacute;:
2.x.(x-1).(x+(1/2)).
Generalizando, se o polin&ocirc;mio P(x)=anxn+an-1xn-1+...+a1x+a0 admite n ra&iacute;zes
r1, r2,..., rn, podemos decomp&ocirc;-lo em fatores da seguinte forma:
anxn+an-1xn-1+...+a1x+a0 = an(x-r1)(x-r2)...(x-rn)
Observa&ccedil;&otilde;es:
1) Se duas, tr&ecirc;s ou mais raiz forem iguais, dizemos que s&atilde;o ra&iacute;zes
duplas, triplas, etc.
2) Uma raiz r1 do polin&ocirc;mio P(x) &eacute; dita raiz dupla ou de
multiplicidade 2 se P(x) &eacute; divis&iacute;vel por (x-r1)2 e n&atilde;o por (x-r1)3.
PROBABILIDADE
A hist&oacute;ria da teoria das probabilidades, teve in&iacute;cio com os jogos de
cartas, dados e de roleta. Esse &eacute; o motivo da grande exist&ecirc;ncia de exemplos
de jogos de azar no estudo da probabilidade. A teoria da probabilidade
permite que se calcule a chance de ocorr&ecirc;ncia de um n&uacute;mero em um
experimento aleat&oacute;rio.
Experimento Aleat&oacute;rio
&Eacute; aquele experimento que quando repetido em iguais condi&ccedil;&otilde;es, podem
fornecer resultados diferentes, ou seja, s&atilde;o resultados explicados ao acaso.
Quando se fala de tempo e possibilidades de ganho na loteria, a abordagem
envolve c&aacute;lculo de experimento aleat&oacute;rio.
Espa&ccedil;o Amostral
&Eacute; o conjunto de todos os resultados poss&iacute;veis de um experimento
aleat&oacute;rio. A letra que representa o espa&ccedil;o amostral, &eacute; S.
Exemplo:
Lan&ccedil;ando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espa&ccedil;o
amostral, constitu&iacute;do pelos 12 elementos:
S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6}
1. Escreva explicitamente os seguintes eventos: A={caras e m n&uacute;mero
par aparece}, B={um n&uacute;mero primo aparece}, C={coroas e um
n&uacute;mero &iacute;mpar aparecem}.
2. Idem, o evento em que:
a)
A ou B ocorrem;
b)
B e C ocorrem;
c)
Somente B ocorre.
3. Quais dos eventos A,B e C s&atilde;o mutuamente exclusivos
Resolu&ccedil;&atilde;o:
1. Para obter A, escolhemos os elementos de S constitu&iacute;dos de um K e
um n&uacute;mero par: A={K2, K4, K6};
Para obter B, escolhemos os pontos de S constitu&iacute;dos de n&uacute;meros
primos: B={K2,K3,K5,R2,R3,R5}
Para obter C, escolhemos os pontos de S constitu&iacute;dos de um R e um
n&uacute;mero &iacute;mpar: C={R1,R3,R5}.
2. (a) A ou B = AUB = {K2,K4,K6,K3,K5,R2,R3,R5}
(b) B e C = B ∩ C = {R3,R5}
(c) Escolhemos os elementos de B que n&atilde;o est&atilde;o em A ou C;
B ∩ Ac ∩ Cc = {K3,K5,R2}
3.
A e C s&atilde;o mutuamente exclusivos, porque A ∩ C = ∅
Conceito de probabilidade
Se em um fen&ocirc;meno aleat&oacute;rio as possibilidades s&atilde;o igualmente
prov&aacute;veis, ent&atilde;o a probabilidade de ocorrer um evento A &eacute;:
Por, exemplo, no lan&ccedil;amento de um dado, um n&uacute;mero par pode ocorrer
de 3 maneiras diferentes dentre 6 igualmente prov&aacute;veis, portanto, P =
3/6= 1/2 = 50%
Dizemos que um espa&ccedil;o amostral S (finito) &eacute; equiprov&aacute;vel quando seus
eventos elementares t&ecirc;m probabilidades iguais de ocorr&ecirc;ncia.
Num espa&ccedil;o amostral equiprov&aacute;vel S (finito), a probabilidade de
ocorr&ecirc;ncia de um evento A &eacute; sempre:
Propriedades Importantes:
1. Se A e A’ s&atilde;o eventos complementares, ent&atilde;o:
P( A ) + P( A' ) = 1
2. A probabilidade de um evento &eacute; sempre um n&uacute;mero entre ∅
(probabilidade de evento imposs&iacute;vel) e 1 (probabilidade do evento
certo).
Probabilidade Condicional
Antes da realiza&ccedil;&atilde;o de um experimento, &eacute; necess&aacute;rio que j&aacute; tenha
alguma informa&ccedil;&atilde;o sobre o evento que se deseja observar. Nesse caso, o
espa&ccedil;o amostral se modifica e o evento tem a sua probabilidade de
ocorr&ecirc;ncia alterada.
F&oacute;rmula de Probabilidade Condicional
P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) &eacute; igual a P(E1).P(E2/E1).P(E3/E1 e
E2)...P(En/E1 e E2 e ...En-1).
Onde P(E2/E1) &eacute; a probabilidade de ocorrer E2, condicionada pelo fato
de j&aacute; ter ocorrido E1;
P(E3/E1 e E2) &eacute; a probabilidade ocorrer E3, condicionada pelo fato de j&aacute;
terem ocorrido E1 e E2;
P(Pn/E1 e E2 e ...En-1) &eacute; a probabilidade de ocorrer En, condicionada ao fato
de j&aacute; ter ocorrido E1 e E2...En-1.
Exemplo:
Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se ocorrer um
sorteio de 2 bolas, uma de cada vez e sem reposi&ccedil;&atilde;o, qual ser&aacute; a
probabilidade de a primeira ser vermelha e a segunda ser azul?
Resolu&ccedil;&atilde;o:
Seja o espa&ccedil;o amostral S=30 bolas, bolinhas e considerarmos os
seguintes eventos:
A: vermelha na primeira retirada e P(A) = 10/30
B: azul na segunda retirada e P(B) = 20/29
Assim:
P(A e B) = P(A).(B/A) = 10/30.20/29 = 20/87
Eventos independentes
Dizemos que E1 e E2 e ...En-1, En s&atilde;o eventos independentes quando a
probabilidade de ocorrer um deles n&atilde;o depende do fato de os outros terem
ou n&atilde;o terem ocorrido.
F&oacute;rmula da probabilidade dos eventos independentes:
P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) = P(E1).P(E2).p(E3)...P(En)
Exemplo:
Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se sortearmos 2
bolas, 1 de cada vez e respondo a sorteada na urna, qual ser&aacute; a
probabilidade de a primeira ser vermelha e a segunda ser azul?
Resolu&ccedil;&atilde;o:
Como os eventos s&atilde;o independentes, a probabilidade de sair vermelha
na primeira retirada e azul na segunda retirada &eacute; igual ao produto das
probabilidades de cada condi&ccedil;&atilde;o, ou seja, P(A e B) = P(A).P(B). Ora, a
probabilidade de sair vermelha na primeira retirada &eacute; 10/30 e a de sair
azul na segunda retirada 20/30. Da&iacute;, usando a regra do produto, temos:
10/30.20/30=2/9.
Observe que na segunda retirada forma consideradas todas as bolas, pois
houve reposi&ccedil;&atilde;o. Assim, P(B/A) =P(B), porque o fato de sair bola
vermelha na primeira retirada n&atilde;o influenciou a segunda retirada, j&aacute; que
ela foi reposta na urna.
Probabilidade de ocorrer a uni&atilde;o de eventos
F&oacute;rmula da probabilidade de ocorrer a uni&atilde;o de eventos:
P(E1 ou E2) = P(E1) + P(E2).P(E1 e E2)
De fato, se existirem elementos comuns a E1 e E2, estes eventos estar&atilde;o
computados no c&aacute;lculo de P(E1) e P(E2). Para que sejam considerados
uma vez s&oacute;, subtra&iacute;mos P(E1 e E2).
F&oacute;rmula de probabilidade de ocorrer a uni&atilde;o de eventos mutuamente
exclusivos:
P(E1 ou E2 ou E3 ou ... ou En) = P(E1) + P(E2) + ... + P(En)
Exemplo: Se dois dados, azul e branco, forem lan&ccedil;ados, qual a
probabilidade de sair 5 no azul e 3 no branco?
Considerando os eventos:
A: Tirar 5 no dado azul e P(A) = 1/6
B: Tirar 3 no dado branco e P(B) = 1/6
Sendo S o espa&ccedil;o amostral de todos os poss&iacute;veis resultados, temos:
n(S) = 6.6 = 36 possibilidades. Da&iacute;, temos:P(A ou B) = 1/6 + 1/6 – 1/36
= 11/36
Exemplo: Se retirarmos aleatoriamente uma carta de baralho com 52
cartas, qual a probabilidade de ser um 8 ou um Rei?
Sendo S o espa&ccedil;o amostral de todos os resultados poss&iacute;veis, temos: n(S)
= 52 cartas. Considere os eventos:
A: sair 8 e P(A) = 4/52
B: sair um rei e P(B) = 4/52
Assim, P(A ou B) = 4/52 + 4/52 – 0 = 8/52 = 2/13. Note que P(A e B) =
0, pois uma carta n&atilde;o pode ser 8 e rei ao mesmo tempo. Quando isso
ocorre dizemos que os eventos A e B s&atilde;o mutuamente exclusivos.
Progress&otilde;es Aritm&eacute;ticas
Progress&atilde;o aritm&eacute;tica &eacute; uma sequ&ecirc;ncia num&eacute;rica na qual, a partir
do segundo, cada termo &eacute; igual &agrave; soma de seu antecessor com uma
constante, denominada raz&atilde;o.
F&oacute;rmula do termo geral de uma P.A. : a n = a1 + ( n − 1).r
Soma de termos de uma P.A. finita : S n =
(a1 + a n ).n
2
Logo abaixo temos alguns exerc&iacute;cios de progress&otilde;es aritm&eacute;ticas
resolvidos.
1) Dada a P.A. (-19,-15,-11,...) calcule o seu en&eacute;simo termo.
Primeiramente encontramos a raz&atilde;o : r = a2 − a1 ⇒ r = −15 − (−19) ⇒ r = 4.
Logo, o termo geral &eacute; :
an = a1 + (n − 1).r ⇒ an = −19 + (n − 1).4 ⇒ an = −19 + 4n − 4 ⇒ an = 4n − 23
2) Interpole seis meios aritm&eacute;ticos entre –8 e 13.
No problema : a1 = −8, an = 13, n = 8 (pois 6 meios aritm&eacute;ticos ser&atilde;o interpolados
entre os dois extremos, que s&atilde;o - 8 e 13. Logo, existem 8 termos na P.A.).
Para interpolar os valores, devemos encontrar a raz&atilde;o :
an = a1 + (n − 1).r ⇒ 13 = −8 + (8 − 1).r ⇒ 13 = −8 + 7 r ⇒ 13 + 8 = 7 r ⇒
21
⇒ r = 3.
7
Encontrada a raz&atilde;o, basta interpolar os meios aritm&eacute;ticos :
- 8, - 5, - 2, 1, 4, 7, 10, 13
7r = 21 ⇒ r =
3) Escreva uma P.A. de tr&ecirc;s termos, sabendo que a soma desses termos
vale 12 e que a soma de seus quadrados vale 80.
a1 + a 2 + a 3 = 12
 2
a1 + a 2 2 + a3 2 = 80
Sabemos que a 2 = a1 + r e que a3 = a1 + 2r. Ent&atilde;o substituimos no sistema acima :
a1 + (a1 + r ) + (a1 + 2r ) = 12
3a1 + 3r = 12
⇒
⇒
 2
 2
2
2
2
2
2
2
a1 + (a1 + r ) + (a1 + 2r ) = 80
a1 + a1 + 2a1 r + r + a1 + 4a1 r + 4r = 80

→
3a1 + 3r = 12
⇒ 
3a 2 + 6a r + 5r 2 = 80
 1
1
a1 =
12 − 3r
3
→
a1 = 4 − r
Substituindo na segunda equa&ccedil;&atilde;o temos :
3(4 − r ) 2 + 6(4 − r )r + 5r 2 = 80
3(16 − 8r + r 2 ) + (24 − 6r )r + 5r 2 = 80
48 − 24r + 3r 2 + 24r − 6r 2 + 5r 2 = 80
48 + 2r 2 = 80 → 2r 2 = 80 − 48 → 2r 2 = 32 → r 2 = 16 → r = 16 → r = &plusmn;4
Agora encontramos o primeiro termo :
1) Para r = 4 :
a1 = 4 - r → a 1 = 4 - 4 → a 1 = 0
P.A : (0,4,8)
1) Para r = −4 :
a1 = 4 - r → a 1 = 4 - (-4) → a 1 = 8
P.A : (8,4,0)
Resposta : (0,4,8) ou (8,4,0).
4) Calcule quantos n&uacute;meros inteiros existem entre 13 e 247 que n&atilde;o s&atilde;o
m&uacute;ltiplos de 3.
Entre 13 e 247 existem 233 n&uacute;meros. Para calcular quantos n&uacute;meros N&Atilde;O s&atilde;o m&uacute;ltiplos de 3,
n&oacute;s devemos calcular primeiramente quantos n&uacute;meros S&Atilde;O m&uacute;ltiplos de 3, e logo ap&oacute;s subtrair o n&uacute;mero
total de n&uacute;meros (233) pelo n&uacute;mero de m&uacute;ltiplos, o que dar&aacute; como resultado o n&uacute;mero de N&Atilde;O m&uacute;ltiplos.
Para calcular o n&uacute;mero de m&uacute;ltiplos de 3 :
a1 = 15 (pois &eacute; o primeiro m&uacute;ltiplo de 3 depois do 13)
r = 3,
a n = 246 (pois &eacute; o &uacute;ltimo m&uacute;ltiplo de 3 antes do 247). Basta achar o n, que &eacute; o n&uacute;mero de m&uacute;ltiplos :
a n = a1 + (n − 1).r → 246 = 15 + (n - 1)3 → 231 = 3n - 3 → n =
Dos 233 n&uacute;meros, 78 s&atilde;o m&uacute;ltiplos de 3, logo 155 n&atilde;o s&atilde;o m&uacute;ltiplos de 3.
234
3
→ n = 78
5) Encontre o valor de x para que a sequ&ecirc;ncia (2x, x+1, 3x) seja uma
progress&atilde;o aritm&eacute;tica.
Para ser uma P.A. : a3 − a 2 = a 2 − a1
3 x − ( x + 1) = ( x + 1) − 2 x
2x − 1 = 1 − x
2x + x = 1 + 1
→
3x = 2
→
x=
2
3
6) Numa progress&atilde;o aritm&eacute;tica em que a2+a7=a4+ak, o valor de k &eacute;:
(a1 + r ) + (a1 + 6r ) = (a1 + 3r ) + a k
2a1 + 7 r = a1 + 3r + a k
2a1 − a1 + 7 r − 3r = a k
→ a k = a1 + 4r
Logo k = 5, pois a5 = a1 + 4r.
7) Se Sn &eacute; a soma dos n primeiros termos da progress&atilde;o aritm&eacute;tica (-90,86,-82,...) ent&atilde;o o menor valor de n para que se tenha Sn&gt;0 &eacute;:
r = 4

Pelo enunciado, obtemos os seguintes dados : a1 = −90
a = 94 (pois a S deve ser maior que zero)
n
 n
Basta encontrar o n&uacute;mero de termos :
a n = a1 + (n − 1).r
94 = −90 + (n − 1).4
94 + 90 = 4n − 4
184 + 4 = 4n → n =
188
→ n = 47
4
8) A soma dos n primeiros n&uacute;meros pares positivos &eacute; 132. Encontre o valor
de n.
r = 2 ; a1 = 2 ; S n = 132
a n = a1 + (n − 1).r → a n = 2 + (n − 1).2 → a n = 2 + 2n − 2 → a n = 2n
Substituindo na f&oacute;rmula da soma temos :
( a + a n ).n
( 2 + 2n) n
Sn = 1
→ 132 =
→ n 2 + n − 132 = 0
2
2
− 1 &plusmn; 1 + 4.1.132
− 1 &plusmn; 529
− 1 &plusmn; 23 n = −12
n=
=
=
=
⇒ n = 11
2
2
2
n = 11
PROGRESS&Otilde;ES GEOM&Eacute;TRICAS
Podemos definir progress&atilde;o geom&eacute;trica, ou simplesmente P.G., como
uma sucess&atilde;o de n&uacute;meros reais obtida, com exce&ccedil;&atilde;o do primeiro,
multiplicando o n&uacute;mero anterior por uma quantidade fixa q, chamada
raz&atilde;o.
Podemos calcular a raz&atilde;o da progress&atilde;o, caso ela n&atilde;o esteja
suficientemente evidente, dividindo entre si dois termos consecutivos. Por
exemplo, na sucess&atilde;o (1, 2, 4, 8,...), q = 2.
C&aacute;lculos do termo geral
Numa progress&atilde;o geom&eacute;trica de raz&atilde;o q, os termos s&atilde;o obtidos, por
defini&ccedil;&atilde;o, a partir do primeiro, da seguinte maneira:
a1
a2
a3
...
a1
a1xq a1xq2 ...
a20
...
a1xq19
an
...
a1xqn-1
...
Assim, podemos deduzir a seguinte express&atilde;o do termo geral,
tamb&eacute;m chamado en&eacute;simo termo, para qualquer progress&atilde;o geom&eacute;trica.
an = a1 x qn-1
Portanto, se por exemplo, a1 = 2 e q = 1/2, ent&atilde;o:
an = 2 x (1/2)n-1
Se quisermos calcular o valor do termo para n = 5, substituindo-o na
f&oacute;rmula, obtemos:
a5 = 2 x (1/2)5-1 = 2 x (1/2)4 = 1/8
A semelhan&ccedil;a entre as progress&otilde;es aritm&eacute;ticas e as geom&eacute;tricas &eacute;
aparentemente grande. Por&eacute;m, encontramos a primeira diferen&ccedil;a
substancial no momento de sua defini&ccedil;&atilde;o. Enquanto as progress&otilde;es
aritm&eacute;ticas formam-se somando-se uma mesma quantidade de forma
repetida, nas progress&otilde;es geom&eacute;tricas os termos s&atilde;o gerados pela
multiplica&ccedil;&atilde;o, tamb&eacute;m repetida, por um mesmo n&uacute;mero. As diferen&ccedil;as n&atilde;o
param a&iacute;.
Observe que, quando uma progress&atilde;o aritm&eacute;tica tem a raz&atilde;o positiva,
isto &eacute;, r &gt; 0, cada termo seu &eacute; maior que o anterior. Portanto, trata-se de
uma progress&atilde;o crescente. Ao contr&aacute;rio, se tivermos uma progress&atilde;o
aritm&eacute;tica com raz&atilde;o negativa, r &lt; 0, seu comportamento ser&aacute; decrescente.
Observe, tamb&eacute;m, a rapidez com que a progress&atilde;o cresce ou diminui. Isto &eacute;
conseq&uuml;&ecirc;ncia direta do valor absoluto da raz&atilde;o, |r|. Assim, quanto maior for
r, em valor absoluto, maior ser&aacute; a velocidade de crescimento e vice-versa.
Soma dos n primeiros termos de uma PG
Seja a PG (a1, a2, a3, a4, ... , an , ...) . Para o c&aacute;lculo da soma dos n
primeiros
termos
Sn,
vamos
considerar
o
que
segue:
Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an-1 + an
Multiplicando
ambos
os
membros
Sn.q = a1 . q + a2 .q + .... + an-1 . q + an .q
pela
raz&atilde;o
q
vem:
Conforme a defini&ccedil;&atilde;o de PG, podemos reescrever a express&atilde;o como:
Sn . q = a2 + a3 + ... + an + an . q
Observe que a2 + a3 + ... + an &eacute; igual a Sn - a1 . Logo, substituindo, vem:
Sn . q = S n - a 1 + an . q
Da&iacute;, simplificando convenientemente, chegaremos &agrave; seguinte f&oacute;rmula da
soma:
Se substituirmos an = a1 . qn-1 , obteremos uma nova apresenta&ccedil;&atilde;o para a
f&oacute;rmula da soma, ou seja:
Exemplo:
Calcule
Temos:
a
soma
dos
10
primeiros
termos
da
PG
(1,2,4,8,...)
Observe que neste caso a1 = 1.
5 - Soma dos termos de uma PG decrescente e ilimitada
Considere uma PG ILIMITADA ( infinitos termos) e decrescente. Nestas
condi&ccedil;&otilde;es, podemos considerar que no limite teremos an = 0. Substituindo
na f&oacute;rmula anterior, encontraremos:
Exemplo:
Resolva a equa&ccedil;&atilde;o: x + x/2 + x/4 + x/8 + x/16 + ... =100
O primeiro membro &eacute; uma PG de primeiro termo x e raz&atilde;o 1/2. Logo,
substituindo na f&oacute;rmula, vem:
Dessa equa&ccedil;&atilde;o encontramos como resposta x = 50.
Propor&ccedil;&otilde;es - Introdu&ccedil;&atilde;o
Rogeri&atilde;o e Claudinho passeiam com seus cachorros. Rogeri&atilde;o pesa 120kg,
e seu c&atilde;o, 40kg. Claudinho, por sua vez, pesa 48kg, e seu c&atilde;o, 16kg.
Observe a raz&atilde;o entre o peso dos dois rapazes:
Observe, agora, a raz&atilde;o entre o peso dos cachorros:
Verificamos que as duas raz&otilde;es s&atilde;o iguais. Nesse caso, podemos
afirmar que a igualdade
&eacute; uma propor&ccedil;&atilde;o. Assim:
Propor&ccedil;&atilde;o &eacute; uma igualdade entre duas
raz&otilde;es.
Elementos de uma propor&ccedil;&atilde;o
Dados quatro n&uacute;meros racionais a, b, c, d, n&atilde;o-nulos, nessa ordem, dizemos
que eles formam uma propor&ccedil;&atilde;o quando a raz&atilde;o do 1&ordm; para o 2&ordm; for igual &agrave;
raz&atilde;o do 3&ordm; para o 4&ordm;. Assim:
ou a:b=c:d
(l&ecirc;-se &quot;a est&aacute; para b assim como c est&aacute; para d&quot;)
Os n&uacute;meros a, b, c e d s&atilde;o os termos da propor&ccedil;&atilde;o, sendo:
•
•
b e c os meios da propor&ccedil;&atilde;o.
a e d os extremos da propor&ccedil;&atilde;o.
Exemplo:
Dada a propor&ccedil;&atilde;o
, temos:
Leitura: 3 est&aacute; para 4 assim como 27 est&aacute; para 36.
Meios: 4 e 27
Extremos: 3 e 36
Raz&otilde;es - Introdu&ccedil;&atilde;o
Vamos considerar um carro de corrida com 4m de comprimento e um kart
com 2m de comprimento. Para compararmos as medidas dos carros, basta
dividir o comprimento de um deles pelo outro. Assim:
(o tamanho do carro de corrida &eacute; duas vezes o tamanho do kart).
Podemos afirmar tamb&eacute;m que o kart tem a metade
do
comprimento do carro de corrida.
A compara&ccedil;&atilde;o entre dois n&uacute;meros racionais, atrav&eacute;s de uma divis&atilde;o,
chama-se raz&atilde;o.
A raz&atilde;o pode tamb&eacute;m ser representada por 1:2 e significa que cada
metro do kart corresponde a 2m do carro de corrida.
Denominamos de raz&atilde;o entre dois n&uacute;meros a e b (b
diferente de zero)
o quociente
ou a:b.
A palavra raz&atilde;o, vem do latim ratio, e significa &quot;divis&atilde;o&quot;. Como no
exemplo anterior, s&atilde;o diversas as situa&ccedil;&otilde;es em que utilizamos o conceito de
raz&atilde;o. Exemplos:
•
Dos 1200 inscritos num concurso, passaram 240 candidatos.
Raz&atilde;o dos candidatos aprovados nesse concurso:
(de cada 5 candidatos inscritos, 1 foi
aprovado).
•
Para cada 100 convidados, 75 eram mulheres.
Raz&atilde;o entre o n&uacute;mero de mulheres e o n&uacute;mero de convidados:
(de cada 4 convidados, 3 eram mulheres).
Observa&ccedil;&otilde;es:
1) A raz&atilde;o entre dois n&uacute;meros racionais pode ser apresentada de tr&ecirc;s
formas. Exemplo:
Raz&atilde;o entre 1 e 4:
1:4 ou
ou 0,25.
2) A raz&atilde;o entre dois n&uacute;meros racionais pode ser expressa com sinal
negativo, desde que seus termos tenham sinais contr&aacute;rios. Exemplos:
A raz&atilde;o entre 1 e -8 &eacute;
A raz&atilde;o entre
.
&eacute;
.
Observe a raz&atilde;o:
(l&ecirc;-se &quot;a est&aacute; para b&quot; ou &quot;a para b&quot;).
Na raz&atilde;o a:b ou , o n&uacute;mero a &eacute; denominado antecedente e o
n&uacute;mero b &eacute; denominado consequente. Veja o exemplo:
3:5 =
Leitura da raz&atilde;o: 3 est&aacute; para 5 ou 3 para 5.
Regra de tr&ecirc;s simples
Regra de tr&ecirc;s simples &eacute; um processo pr&aacute;tico para resolver problemas que
envolvam quatro valores dos quais conhecemos tr&ecirc;s deles. Devemos,
portanto, determinar um valor a partir dos tr&ecirc;s j&aacute; conhecidos.
Passos utilizados numa regra de tr&ecirc;s simples:
1&ordm;) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma esp&eacute;cie
em colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de esp&eacute;cies diferentes
em correspond&ecirc;ncia.
2&ordm;) Identificar se as grandezas s&atilde;o diretamente ou inversamente
proporcionais.
3&ordm;) Montar a propor&ccedil;&atilde;o e resolver a equa&ccedil;&atilde;o.
Exemplos:
1) Com uma &aacute;rea de absor&ccedil;&atilde;o de raios solares de 1,2m2, uma lancha
com motor movido a energia solar consegue produzir 400 watts por hora de
energia. Aumentando-se essa &aacute;rea para 1,5m2, qual ser&aacute; a energia
produzida?
Solu&ccedil;&atilde;o: montando a tabela:
&Aacute;rea (m2)
1,2
1,5
Energia (Wh)
400
x
Identifica&ccedil;&atilde;o do tipo de rela&ccedil;&atilde;o:
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que cont&eacute;m o x
(2&ordf; coluna).
Observe que: Aumentando a &aacute;rea de absor&ccedil;&atilde;o, a energia solar
aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos
afirmar que as grandezas s&atilde;o diretamente proporcionais. Assim sendo,
colocamos uma outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1&ordf; coluna.
Montando a propor&ccedil;&atilde;o e resolvendo a equa&ccedil;&atilde;o temos:
Logo, a energia produzida ser&aacute; de 500 watts por hora.
2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade m&eacute;dia de 400Km/h, faz
um determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo
percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h?
Solu&ccedil;&atilde;o: montando a tabela:
Velocidade
(Km/h)
400
480
Tempo (h)
3
x
Identifica&ccedil;&atilde;o do tipo de rela&ccedil;&atilde;o:
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que cont&eacute;m o x
(2&ordf; coluna).
Observe que: Aumentando a velocidade, o tempo do percurso
diminui.
Como as palavras s&atilde;o contr&aacute;rias (aumentando - diminui), podemos
afirmar que as grandezas s&atilde;o inversamente proporcionais. Assim sendo,
colocamos uma outra seta no sentido contr&aacute;rio (para cima) na 1&ordf; coluna.
Montando a propor&ccedil;&atilde;o e resolvendo a equa&ccedil;&atilde;o temos:
Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.
3) Bianca comprou 3 camisetas e pagou R$120,00. Quanto ela pagaria
se comprasse 5 camisetas do mesmo tipo e pre&ccedil;o?
Solu&ccedil;&atilde;o: montando a tabela:
Camisetas
3
5
Pre&ccedil;o (R$)
120
x
Observe que: Aumentando o n&uacute;mero de camisetas, o pre&ccedil;o aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos
afirmar que as grandezas s&atilde;o diretamente proporcionais. Montando a
propor&ccedil;&atilde;o e resolvendo a equa&ccedil;&atilde;o temos:
Logo, a Bianca pagaria R$200,00 pelas 5 camisetas.
4) Uma equipe de oper&aacute;rios, trabalhando 8 horas por dia, realizou
determinada obra em 20 dias. Se o n&uacute;mero de horas de servi&ccedil;o for reduzido
para 5 horas, em que prazo essa equipe far&aacute; o mesmo trabalho?
Solu&ccedil;&atilde;o: montando a tabela:
Horas por dia
8
5
Prazo para t&eacute;rmino
(dias)
20
x
Observe que: Diminuindo o n&uacute;mero de horas trabalhadas por dia, o
prazo para t&eacute;rmino aumenta.
Como as palavras s&atilde;o contr&aacute;rias (diminuindo - aumenta), podemos
afirmar que as grandezas s&atilde;o inversamente proporcionais. Montando a
propor&ccedil;&atilde;o e resolvendo a equa&ccedil;&atilde;o temos:
Regra de tr&ecirc;s composta
A regra de tr&ecirc;s composta &eacute; utilizada em problemas com mais de duas
grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
Exemplos:
1) Em 8 horas, 20 caminh&otilde;es descarregam 160m3 de areia. Em 5
horas, quantos caminh&otilde;es ser&atilde;o necess&aacute;rios para descarregar 125m3?
Solu&ccedil;&atilde;o: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas
de mesma esp&eacute;cie e, em cada linha, as grandezas de esp&eacute;cies diferentes que
se correspondem:
Horas
8
5
Caminh&otilde;es
20
x
Volume
160
125
Identifica&ccedil;&atilde;o dos tipos de rela&ccedil;&atilde;o:
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que cont&eacute;m o x
(2&ordf; coluna).
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde est&aacute; o x.
Observe que:
Aumentando o n&uacute;mero de horas de trabalho, podemos diminuir o
n&uacute;mero de caminh&otilde;es. Portanto a rela&ccedil;&atilde;o &eacute; inversamente proporcional
(seta para cima na 1&ordf; coluna).
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o n&uacute;mero de
caminh&otilde;es. Portanto a rela&ccedil;&atilde;o &eacute; diretamente proporcional (seta para baixo
na 3&ordf; coluna). Devemos igualar a raz&atilde;o que cont&eacute;m o termo x com o
produto das outras raz&otilde;es de acordo com o sentido das setas.
Montando a propor&ccedil;&atilde;o e resolvendo a equa&ccedil;&atilde;o temos:
Logo, ser&atilde;o necess&aacute;rios 25 caminh&otilde;es.
2) Numa f&aacute;brica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5
dias. Quantos carrinhos ser&atilde;o montados por 4 homens em 16 dias?
Solu&ccedil;&atilde;o: montando a tabela:
Homens
8
4
Carrinhos
20
x
Dias
5
16
Observe que:
Aumentando o n&uacute;mero de homens, a produ&ccedil;&atilde;o de carrinhos
aumenta. Portanto a rela&ccedil;&atilde;o &eacute; diretamente proporcional (n&atilde;o precisamos
inverter a raz&atilde;o).
Aumentando o n&uacute;mero de dias, a produ&ccedil;&atilde;o de carrinhos aumenta.
Portanto a rela&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m &eacute; diretamente proporcional (n&atilde;o precisamos
inverter a raz&atilde;o). Devemos igualar a raz&atilde;o que cont&eacute;m o termo x com o
produto das outras raz&otilde;es.
Montando a propor&ccedil;&atilde;o e resolvendo a equa&ccedil;&atilde;o temos:
Logo, ser&atilde;o montados 32 carrinhos.
3) Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com 2m de
altura. Trabalhando 3 pedreiros e aumentando a altura para 4m, qual ser&aacute; o
tempo necess&aacute;rio para completar esse muro?
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que cont&eacute;m o
x. Depois colocam-se flechas concordantes para as grandezas diretamente
proporcionais com a inc&oacute;gnita e discordantes para as inversamente
proporcionais, como mostra a figura abaixo:
Montando a propor&ccedil;&atilde;o e resolvendo a equa&ccedil;&atilde;o temos:
Logo, para completar o muro ser&atilde;o necess&aacute;rios 12 dias.
Exerc&iacute;cios complementares
Agora chegou a sua vez de tentar. Pratique tentando fazer esses
exerc&iacute;cios:
1) Tr&ecirc;s torneiras enchem uma piscina em 10 horas. Quantas horas
levar&atilde;o 10 torneiras para encher 2 piscinas? Resposta: 6 horas.
2) Uma equipe composta de 15 homens extrai, em 30 dias, 3,6 toneladas
de carv&atilde;o. Se for aumentada para 20 homens, em quantos dias conseguir&atilde;o
extrair 5,6 toneladas de carv&atilde;o? Resposta: 35 dias.
3) Vinte oper&aacute;rios, trabalhando 8 horas por dia, gastam 18 dias para
construir um muro de 300m. Quanto tempo levar&aacute; uma turma de 16
oper&aacute;rios, trabalhando 9 horas por dia, para construir um muro de 225m?
Resposta: 15 dias.
4) Um caminhoneiro entrega uma carga em um m&ecirc;s, viajando 8 horas
por dia, a uma velocidade m&eacute;dia de 50 km/h. Quantas horas por dia ele
deveria viajar para entregar essa carga em 20 dias, a uma velocidade m&eacute;dia
de 60 km/h? Resposta: 10 horas por dia.
5) Com uma certa quantidade de fio, uma f&aacute;brica produz 5400m de
tecido com 90cm de largura em 50 minutos. Quantos metros de tecido, com
1 metro e 20 cent&iacute;metros de largura, seriam produzidos em 25 minutos?
Resposta: 2025 metros.
Sistemas Lineares
Equa&ccedil;&atilde;o linear
Equa&ccedil;&atilde;o linear &eacute; toda equa&ccedil;&atilde;o da forma:
a1x1 + a2x2+ a3x3 + ... + anxn = b
em que a1, a2, a3, ... , an s&atilde;o n&uacute;meros reais, que recebem o nome de
coeficientes das inc&oacute;gnitas
x1, x2,x3, ... , xn, e b &eacute; um n&uacute;mero real chamado termo independente
quando b=0, a equa&ccedil;&atilde;o recebe o nome de linear homog&ecirc;nea).
(
Veja alguns exemplos de equa&ccedil;&otilde;es lineares:
•
3x - 2y + 4z = 7
•
-2x + 4z = 3t - y + 4
(homog&ecirc;nea)
•
As equa&ccedil;&otilde;es a seguir n&atilde;o s&atilde;o lineares:
•
xy - 3z + t = 8
•
x2- 4y = 3t - 4
•
Sistema linear
Um conjunto de equa&ccedil;&otilde;es lineares da forma:
&eacute; um sistema linear de m equa&ccedil;&otilde;es e n inc&oacute;gnitas.
A solu&ccedil;&atilde;o de um sistema linear &eacute; a n-upla de n&uacute;meros reais ordenados
(r1, r2, r3,..., rn) que &eacute;, simultaneamente, solu&ccedil;&atilde;o de todas as equa&ccedil;&otilde;es do
sistema.
Matrizes associadas a um sistema linear
A um sistema linear podemos associar as seguintes matrizes:
•
matriz incompleta: a matriz A formada pelos coeficientes das inc&oacute;gnitas
do sistema.
Em rela&ccedil;&atilde;o ao sistema:
a matriz incompleta &eacute;:
•
matriz completa: matriz B que se obt&eacute;m acrescentando &agrave; matriz
incompleta uma &uacute;ltima coluna formada pelos termos independentes das
equa&ccedil;&otilde;es do sitema.
Assim, para o mesmo sistema acima, a matriz completa &eacute;:
Sistemas homog&ecirc;neos
Um sistema &eacute; homog&ecirc;neo quando todos os termos independentes da
equa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o nulos:
Veja um exemplo:
A n-upla (0, 0, 0,...,0) &eacute; sempre solu&ccedil;&atilde;o de um sistema homog&ecirc;neo com n
inc&oacute;gnitas e recebe o nome de solu&ccedil;&atilde;o trivial. Quando existem, as demais
solu&ccedil;&otilde;es s&atilde;o chamadas n&atilde;o-triviais.
Classifica&ccedil;&atilde;o de um sistema quanto ao n&uacute;mero de solu&ccedil;&otilde;es
Resolvendo o sistema
, encontramos uma &uacute;nica solu&ccedil;&atilde;o: o par
ordenado (3,5). Assim, dizemos que o sistema &eacute; poss&iacute;vel (tem solu&ccedil;&atilde;o) e
determinado (solu&ccedil;&atilde;o &uacute;nica).
No caso do sistema
, verificamos que os pares ordenados (0,8),
(1,7),(2,6),(3,5),(4,4),(5,3),...s&atilde;o algumas de suas infinitas solu&ccedil;&otilde;es. Por
isso, dizemos que o sistema &eacute; poss&iacute;vel (tem solu&ccedil;&atilde;o) e indeterminado
(infinitas solu&ccedil;&otilde;es).
Para
, verificamos que nenhum par ordenado satisfaz
simultaneamente as equa&ccedil;&otilde;es. Portanto, o sistema &eacute; imposs&iacute;vel (n&atilde;o tem
solu&ccedil;&atilde;o).
Resumindo, um sistema linear pode ser:
a)
poss&iacute;vel
e
determinado
b)
poss&iacute;vel
e
indeterminado
c) imposs&iacute;vel (n&atilde;o tem solu&ccedil;&atilde;o).
(solu&ccedil;&atilde;o
(infinitas
&uacute;nica);
solu&ccedil;&otilde;es);
Sistema normal
Um sistema &eacute; normal quando tem o mesmo n&uacute;mero de equa&ccedil;&otilde;es (m) e de
inc&oacute;gnitas (n) e o determinante da matriz incompleta associada ao sistema
&eacute; diferente de zero.
Se m=n e det A 0, ent&atilde;o o sistema &eacute; normal.
Regra de Cramer
Todo sistema normal tem uma &uacute;nica solu&ccedil;&atilde;o dada por:
em que i { 1,2,3,...,n}, D= det A &eacute; o determinante da matriz incompleta
associada ao sistema, e Dxi &eacute; o determinante obtido pela substitui&ccedil;&atilde;o, na
matriz incompleta, da coluna i pela coluna formada pelos termos
independentes.
Discuss&atilde;o de um sistema linear
Se um sistema linear tem n equa&ccedil;&otilde;es e n inc&oacute;gnitas, ele pode ser:
a) poss&iacute;vel e determinado, se D=det A 0; caso em que a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; &uacute;nica.
Exemplo:
m=n=3
Ent&atilde;o, o sistema &eacute; poss&iacute;vel e determinado, tendo solu&ccedil;&atilde;o &uacute;nica.
b) poss&iacute;vel e indeterminado, se D= Dx1 = Dx2 = Dx3 = ... = Dxn= 0, para n=2.
Se n 3, essa condi&ccedil;&atilde;o s&oacute; ser&aacute; v&aacute;lida se n&atilde;o houver equa&ccedil;&otilde;es com
coeficientes das inc&oacute;gnitas respectivamente proporcionais e termos
independentes n&atilde;o-proporcionais.
Um sistema poss&iacute;vel e indeterminado apresenta infinitas solu&ccedil;&otilde;es.
Exemplo:
D=0, Dx =0, Dy=0 e Dz=0
Assim, o sistema &eacute; poss&iacute;vel e indeterminado, tendo infinitas solu&ccedil;&otilde;es.
c) imposs&iacute;vel, se D=0 e
solu&ccedil;&atilde;o.
Dxi 0, 1
i n; caso em que o sistema n&atilde;o tem
Exemplo:
Como D=0 e Dx 0, o sistema &eacute; imposs&iacute;vel e n&atilde;o apresenta solu&ccedil;&atilde;o.
Sistemas Equivalentes
Dois sistemas s&atilde;o equivalentes quando possuem o mesmo conjunto
solu&ccedil;&atilde;o.
Por exemplo, dados os sistemas:
e
verificamos que o par ordenado (x, y) = (1, 2) satisfaz ambos e &eacute; &uacute;nico.
Logo, S1 e S2 s&atilde;o equivalentes: S1 ~ S2.
Propriedades
a) Trocando de posi&ccedil;&atilde;o as equa&ccedil;&otilde;es de um sistema, obtemos outro sistema
equivalente.
Por exemplo:
e
S1 ~S2
b) Multiplicando uma ou mais equa&ccedil;&otilde;es de um sistema por um n&uacute;mero K
(K IR*), obtemos um sistema equivalente ao anterior. Por exemplo:
S1 ~S2
c) Adicionando a uma das equa&ccedil;&otilde;es de um sistema o produto de outra
equa&ccedil;&atilde;o desse mesmo sistema por um n&uacute;mero k ( K IR*), obtemos um
sistema equivalente ao anterior.
Por exemplo:
Dado
, substituindo a equa&ccedil;&atilde;o (II) pela soma do produto
de (I) por -1 com (II), obtemos:
S1~S2, pois (x,y)=(2,1) &eacute; solu&ccedil;&atilde;o de ambos os sistemas.
Sistemas escalonados
Utilizamos a regra de Cramer para discutir e resolver sistemas lineares
em que o n&uacute;mero de equa&ccedil;&otilde;es (m) &eacute; igual ao n&uacute;mero de inc&oacute;gnitas (n).
Quando m e n s&atilde;o maiores que tr&ecirc;s, torna-se muito trabalhoso utilizar essa
regra. Por isso, usamos a t&eacute;cnica do escalonamento, que facilita a discuss&atilde;o
e resolu&ccedil;&atilde;o de quaisquer sistemas lineares.
Dizemos que um sistema, em que existe pelo menos um coeficiente n&atilde;onulo em cada equa&ccedil;&atilde;o, est&aacute; escalonado se o n&uacute;mero de coeficientes nulos
antes do primeiro coeficiente n&atilde;o nulo aumenta de equa&ccedil;&atilde;o para equa&ccedil;&atilde;o.
Para escalonar um sistema adotamos o seguinte procedimento:
a) Fixamos como 1&ordm; equa&ccedil;&atilde;o uma das que possuem o coeficiente da 1&ordm;
inc&oacute;gnita diferente de zero.
b) Utilizando as propriedades de sistemas equivalentes, anulamos todos os
coeficientes da 1&ordf; inc&oacute;gnita das demais equa&ccedil;&otilde;es.
c) Repetimos o processo com as demais inc&oacute;gnitas, at&eacute; que o sistema se
torne escalonado.
Vamos ent&atilde;o aplicar a t&eacute;cnica do escalonamento, considerando dois
tipos de sistema:
I. O n&uacute;mero de equa&ccedil;&otilde;es &eacute; igual ao n&uacute;mero de inc&oacute;gnitas (m=n)
Exemplo 1:
1&ordm;passo: Anulamos todos os coeficientes da 1&ordm; inc&oacute;gnita a partir da 2&ordm;
equa&ccedil;&atilde;o, aplicando as propriedades dos sistemas equivalentes:
•
Trocamos de posi&ccedil;&atilde;o a 1&ordm; equa&ccedil;&atilde;o com a 2&ordm; equa&ccedil;&atilde;o, de modo que o 1&ordm;
coeficiente de x seja igual a 1:
•
Trocamos a 2&ordm; equa&ccedil;&atilde;o pela soma da 1&ordm; equa&ccedil;&atilde;o, multiplicada por -2,
com a 2&ordm; equa&ccedil;&atilde;o:
•
Trocamos a 3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o pela soma da 1&ordm; equa&ccedil;&atilde;o, multiplicada por -3,
com a 3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o:
2&ordm; passo: Anulamos os coeficientes da 2&ordm; inc&oacute;gnita a partir da 3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o:
•
Trocamos a 3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o pela soma da 2&ordm; equa&ccedil;&atilde;o, multiplicada por -1,
com a 3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o:
Agora o sistema est&aacute; escalonado e podemos resolv&ecirc;-lo.
-2z=-6
z=3
Substituindo z=3 em (II):
-7y - 3(3)= -2
-7y - 9 = -2
y=-1
Substituindo z=3 e y=-1 em (I):
x + 2(-1) + 3= 3
x=2
Ent&atilde;o, x=2, y=-1 e z=3
Exemplo 2:
1&ordm; passo: Anulamos todos os coeficientes da 1&ordm; inc&oacute;gnita a partir da 2&ordm;
equa&ccedil;&atilde;o:
•
Trocamos a 2&ordm; equa&ccedil;&atilde;o pela soma do produto da 1&ordm; equa&ccedil;&atilde;o por -2 com a
2&ordm; equa&ccedil;&atilde;o:
•
Trocamos a 3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o pela soma do produto da 1&ordm; equa&ccedil;&atilde;o por -3 com a
3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o:
2&ordm; passo: Anulamos os coeficientes da 2&ordf; inc&oacute;gnita, a partir da 3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o:
•
Trocamos a 3&ordf; equa&ccedil;&atilde;o pela soma do produto da 2&ordf; equa&ccedil;&atilde;o por -1 com a
3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o:
Dessa forma, o sistema est&aacute; escalonando. Como n&atilde;o existe valor real de z
tal que 0z=-2, o sistema &eacute; imposs&iacute;vel.
II) O n&uacute;mero de equa&ccedil;&otilde;es &eacute; menor que o n&uacute;mero de inc&oacute;gnitas (m &lt; n)
Exemplo:
1&ordm; passo: Anulamos todos os coeficientes da 1&ordm; inc&oacute;gnita a partir da 2&ordm;
equa&ccedil;&atilde;o:
•
Trocamos a 2&ordm; equa&ccedil;&atilde;o pela soma do produto da 1&ordm; equa&ccedil;&atilde;o por -2 com a
2&ordm; equa&ccedil;&atilde;o:
•
Trocamos a 3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o pela soma do produto da 1&ordm; equa&ccedil;&atilde;o por -1 com a
3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o:
2&ordm; passo: Anulamos os coeficientes da 2&ordm; inc&oacute;gnita, a partir da 3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o:
•
Trocamos a 3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o pela soma do produto da 2&ordm; equa&ccedil;&atilde;o por -3 com a
3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o
O sistema est&aacute; escalonado. Como m&lt;n, o sistema &eacute; poss&iacute;vel e
indeterminado, admitindo infinitas solu&ccedil;&otilde;es. A diferen&ccedil;a entre o n&uacute;mero de
inc&oacute;gnitas (n) e o de equa&ccedil;&otilde;es (m) de um sistema nessas condi&ccedil;&otilde;es &eacute;
chamada grau de indetermina&ccedil;&atilde;o (GI):
GI= n - m
Para resolver um sistema indeterminado, procedemos do seguinte modo:
•
Consideramos o sistema em sua forma escalonada:
•
Calculamos o grau de indetermina&ccedil;&atilde;o do sistema nessas condi&ccedil;&otilde;es:
GI = n-m = 4-3 = 1
Como o grau de indetermina&ccedil;&atilde;o &eacute; 1, atribu&iacute;mos a uma das inc&oacute;gnitas um
valor , supostamente conhecido, e resolvemos o sistema em fun&ccedil;&atilde;o desse
valor. Sendo t= , substituindo esse valor na 3&ordm; equa&ccedil;&atilde;o, obtemos:
12z - 6 = 30
12z= 30 + 6
=
Conhecidos z e t, substitu&iacute;mos esses valores na 2&ordm; equa&ccedil;&atilde;o:
Conhecidos z,t e y, substitu&iacute;mos esses valores na 1&ordm; equa&ccedil;&atilde;o:
Assim, a solu&ccedil;&atilde;o do sistema &eacute; dada por S=
IR.
Para cada valor que seja atribu&iacute;do a
solu&ccedil;&atilde;o para o sistema.
, com
, encontraremos uma qu&aacute;drupla que &eacute;
Trigonometria
Catetos e Hipotenusa
Em um tri&acirc;ngulo chamamos o lado oposto ao &acirc;ngulo reto de hipotenusa
e os lados adjacentes de catetos.
Observe a figura:
Hipotenusa:
Catetos:
e
Seno, Cosseno e Tangente
Considere um tri&acirc;ngulo ret&acirc;ngulo BAC:
Hipotenusa:
, m(
) = a.
Catetos:
, m(
) = b.
, m(
) = c.
&Acirc;ngulos:
,
e
.
Tomando por base os elementos desse tri&acirc;ngulo, podemos definir as
seguintes raz&otilde;es trigonom&eacute;tricas:
•
Seno de um &acirc;ngulo agudo &eacute; a raz&atilde;o entre a medida do cateto oposto a
esse &acirc;ngulo e a medida da hipotenusa.
Assim:
•
Cosseno de um &acirc;ngulo agudo &eacute; a raz&atilde;o entre a medida do cateto
adjacente a esse &acirc;ngulo e a medida da hipotenusa.
Assim:
Tangente
•
Tangente de um &acirc;ngulo agudo &eacute; a raz&atilde;o entre a medida do cateto oposto
e a medida do cateto adjacente a esse &acirc;ngulo.
Assim:
Exemplo:
Observa&ccedil;&otilde;es:
1. A tangente de um &acirc;ngulo agudo pode ser definida como a raz&atilde;o entre
seno deste &acirc;ngulo e o seu cosseno.
Assim:
2. A tangente de um &acirc;ngulo agudo &eacute; um n&uacute;mero real positivo.
3. O seno e o cosseno de um &acirc;ngulo agudo s&atilde;o sempre n&uacute;meros reais
positivos menores que 1, pois qualquer cateto &eacute; sempre menor que a
hipotenusa.
As raz&otilde;es trigonom&eacute;tricas de 30&ordm;, 45&ordm; e 60&ordm;
Considere as figuras:
quadrado de lado l e diagonal
Tri&acirc;ngulo
eq&uuml;il&aacute;tero
lado I e altura
Seno, cosseno e tangente de 30&ordm;
de
Aplicando as defini&ccedil;&otilde;es de seno, cosseno e tangente para os &acirc;ngulos de
30&ordm;, temos:
Seno, cosseno e tangente de 45&ordm;
Aplicando as defini&ccedil;&otilde;es de seno, cosseno e tangente&acute;para um &acirc;ngulo de
45&ordm;, temos:
Seno, cosseno e tangente de 60&ordm;
Aplicando as defini&ccedil;&otilde;es de seno, cosseno e tangente para um &acirc;ngulo de
60&ordm;, temos:
Resumindo
x
30&ordm;
45&ordm;
60&ordm;
sen x
cos x
tg x
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