ENSINO FUNDAMENTAL II Valor: 2,0 pontos Nota: Data: / /2017 Professor: Vinícius Disciplina: História n o: Nome: Ano: 7º 1º bimestre TRABALHO DE RECUPERAÇÃO BIMESTRAL DE HISTÓRIA Este trabalho é parte de um roteiro de estudo para você recuperar o conteúdo proposto para o ano de 2017. Siga as instruções e bom trabalho! ORIENTAÇÕES: 1 - Leia com muita calma e atenção e sublinhe o mais importante. Não é permitido rasuras. 2 - Faça anotações se necessário – procure no dicionário as palavras desconhecidas. 3 - Utilize caneta azul ou preta para as respostas. Os caminhos da ruralização – origens do feudalismo Entre os séculos V e VII, os invasores germânicos organizaram Estados centralizados – reinos bárbaros – nos quais fizeram a fusão de seu padrão civilizatório com as tradições político-administrativas romanas. Esses povos lutaram entre si durante a definição de seus territórios e fronteiras e, posteriormente, no momento das invasões de grupos asiáticos e do extremo-norte europeu. Observe a afirmação do historiador francês George Duby: “Os reinos nascidos dessas grandes migrações eram civilizações de guerra e agressões.” A onda de violência que atingiu o sul da Europa, a partir do século V, não era apenas externa. No interior da sociedade romana, havia segmentos de despossuídos e famintos que praticavam saques e pilhagens. Em resposta a essa onda de banditismo, os romanos se refugiaram nas vilas. Em função do grande contingente que passou a procurar a segurança das grandes propriedades rurais, criou-se uma lei no Império Romano que impedia a saída de determinados funcionários administrativos das cidades. A mão de obra nessas grandes propriedades rurais não seria mais escrava. O trabalhador ganharia uma outra configuração. Surgiu, então, durante a crise do Império Romano, a instituição do colonato. A partir do século VIII, uma nova onda de invasões atingiu violentamente o centro-sul europeu: • os muçulmanos dominaram a Península Ibérica e controlaram o comércio no Mar Mediterrâneo; • os normandos ou viquingues, originários da Suécia, Noruega e Dinamarca, excelentes navegadores e guerreiros, tomaram de assalto cidades europeias; • os magiares ou húngaros, grupos tradicionalmente nômades, fizeram incursões bélicas pela Europa. Essa nova onda de invasões levou os europeus a se fecharem em palácios e fortalezas. Grandes castelos foram construídos e, ao seu redor, passaram a viver as populações camponesas. As bases para o feudalismo estavam, desde então, definitivamente traçadas. Entende-se por feudalismo o sistema constituído por uma relação de dependência entre suseranos e vassalos, que caracterizou a Europa durante o período histórico denominado Idade Média. Estudos medievalistas demonstram que, em torno do ano 1000, o feudalismo estava com suas bases consolidadas no território europeu. Os caminhos desse sistema feudal foram traçados ao longo da ruralização das atividades econômicas europeias, após a crise final do Império Romano do Ocidente. No século X, a palavra feudo passou a designar grandes extensões de terra, na Europa Ocidental. A sociedade feudal é denominada estamental, pois fundamenta-se em dois grandes estamentos: servos e senhores feudais. O senhor feudal tinha a posse da terra – dono dos campos e do castelo –, detinha o poder político, militar e judiciário dentro de sua propriedade. Os servos tinham a posse útil da terra. Dependentes do senhor feudal, entregavam-lhe parte de tudo o que produziam e davam-lhe certo período de trabalho gratuito. Intermediando esses dois grandes grupos ou estamentos, havia outros segmentos sociais. Observe o quadro que se segue: 1 Vilões Homens livres, historicamente ligados às vilas romanas, eram pequenos proprietários de terra que se colocavam sob a proteção de um senhor. Ministeriais Fiscalizavam a cobrança dos impostos e o trabalho dos servos. Eram pessoas da confiança do senhor feudal. Escravos Em pequeno número no início do feudalismo, apresentavam-se como um legado do Império Romano. Foram, aos poucos, desaparecendo. As relações entre senhores feudais e servos estabeleciam-se a partir de vínculos de proteção, fidelidade e defesa militar. Os senhores deveriam proteger os servos e a terra. Aos servos cabia uma série de obrigações, isto é, compromissos devidos e prestados ao seu senhor, em troca de uma gleba de terra. Vamos entender melhor! Observe atentamente o quadro: Corveia Dias da semana em que o servo trabalhava na propriedade do senhor feudal. Geralmente, dois ou três dias por semana. Talha Parte da produção do servo entregue ao senhor feudal. Geralmente, a metade de tudo o que foi produzido. Banalidades Pagamentos que os servos efetuavam ao utilizar bens do senhor feudal: fornos, moinho, lagar. Mão-morta Quando da morte de um servo, sua família pagava um tributo ao senhor feudal para continuar a viver nas terras do feudo. Entre si, os senhores mantinham uma relação de fidelidade mútua. Não há senhor sem terra, não há terra sem senhor feudal Introdução Durante muito tempo, a economia do sistema feudal foi caracterizada como sendo amonetária, isto é, sem circulação de moedas e mercadorias. Pesquisas sobre a História Medieval adquirem, atualmente, um caráter de maior abrangência ao analisar os mil anos do período feudal à luz de vários e diferenciados aspectos. As relações econômicas do período medieval podem ser assim estabelecidas: • A base da economia feudal era a agricultura, existindo simultaneamente uma pequena pecuária e eventuais trocas comerciais. • Sem dúvida alguma, existiam elementos de economia autossuficiente, de subsistência, dentro dos feudos. • Moedas circulavam na Europa, se bem que de forma muito reduzida. Na Idade Média, a prosperidade sobre a terra definia as relações de poder e de submissão ao controle do senhor feudal. Os domínios territoriais de um senhor feudal consistiam em três grandes partes: • manso senhorial: conjunto de construções fortificadas onde se situavam o castelo feudal, oficinas, estábulos, pomar e cavalariça. • manso servil: também chamado de tenência, era o pequeno pedaço ou gleba de terra que os servos recebiam para cultivar. • manso de reserva: também chamado de terras comuns: bosques, pastagens, áreas onde ficavam os fornos, moinhos e lagares. Senhor feudal, um exercício de poder As relações políticas no sistema feudal caracterizavam-se pela descentralização administrativa. O senhor feudal tinha plenos poderes e autonomia dentro de suas terras. O desenvolvimento histórico do feudalismo evidenciou a gradual diminuição do poder do rei. O rei passou a ter poder em seu domínio de terra. O território europeu transformava-se em uma imensa colcha de retalhos, entrecortado pelas propriedades feudais. E surgem contratos feudo-vassálicos A concessão de terras feudais era considerada uma cerimônia especial, que envolvia rituais simbólicos e obrigações recíprocas entre: • suserano: aquele que concedia a terra e • vassalo: aquele que recebia a terra Ficava então estabelecida uma relação de vassalagem, ou feudo-vassálica, que definia a dependência e a fidelidade do vassalo para com o suserano. O contrato simbólico estabelecia que o vassalo devia também prestar serviço militar e ajuda financeira se o suserano necessitasse. Quanto ao suserano, cumpria-lhe garantir ao vassalo a posse do feudo, dar-lhe proteção e auxílio, respeitá-lo e não lhe tirar o feudo sem razão. 2 1) Agora, você deverá resolver os seguintes exercícios: a) Explique o que é o manso senhorial, manso servil e manso de reserva. .................................................................................................................................................. .................................................................................................................................................. .................................................................................................................................................. .................................................................................................................................................. 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