Conclusões Gerais – Roma Antiga

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Conclusões Gerais – Roma Antiga
Podemos dizer que a República romana foi o resultado dos interesses políticos da camada patrícia, afastada do
poder quando da entrada dos reis etruscos. Os patrícios eram contrários ao absolutismo e toda história ulterior da
República iria confirmar essa aversão. O golpe de 509 a.C. só foi possível graças à crise da monarquia etrusca,
abalada pelos ataques de gregos e gauleses. Os patrícios procuraram justificar o golpe em função de razões morais.
Assim, não encontramos razões econômicas profundas para explicar o surgimento da República, mesmo porque não
houve transformações que as justificassem durante o período monárquico.
Os patrícios organizaram as instituições republicanas de modo a atender a seus interesses. Assim, detiveram o
poder em detrimento da plebe, que se revoltou. Com relação aos plebeus, os patrícios adotaram a tática de fazer
concessões graduais, que protelavam uma solução definitiva. Quando a plebe, enfim, conseguiu igualdade política, já
estava sendo afetada pelas mudanças econômicas e sociais que a transformaram em uma camada marginal.
Surgiram então os “homens novos”, poderosos adversários dos patrícios na fase final da República. Mesmo
neste caso, porém, os privilégios políticos dos patrícios foram conservados, em virtude da adoção de um critério
tradicionalista de participação política, com base nas magistraturas já exercidas.
As Guerras Civis levaram à desintegração do poder do Senado e das demais instituições republicanas. Os
“homens novos” foram agentes importantes desse processo. Nessa medida, foram também agentes da implantação
do Império, pois este resultou daquela desintegração política. Aos “homens novos” não interessava uma República
democrática semelhante à de Atenas porque seria controlada pela plebe, mais numerosa. Por isso fizeram abortar a
tentativa dos Gracos, aliando-se aos patrícios. O Império militar era uma exigência do tipo de dominação imposta
pelos romanos aos povos do Mediterrâneo - uma férrea dominação militar que exigia um governo central igualmente
forte. De fato as instituições republicanas, adequadas a uma cidade. Roma, não estava adaptada ao vasto Império
conquistado pela República.
Quanto à crise do Império, vimos que, essencialmente o problema começou ao nível econômico e foi
completado pelo político-militar. A crise do escravismo provocou a retração da produção. O déficit orçamentário gerou
a política fiscalista que levou à estagnação do comércio e à ruralização. O corte das despesas militares foi fatal.
Aproveitando-se da fraqueza do Império, os bárbaros começaram a se infiltrar nas fronteiras, primeiro pacificamente
depois pela força.
O Cristianismo, no início de sua propagação, constituiu um elemento desintegrador na medida em que a
política do culto Imperial atribuía ao imperador origem divina. No período de crise do Baixo Império, entretanto o
Cristianismo se transformou em um fator de sustentação do Império, que aliás subsistiu formalmente durante toda a
idade Média, sustentado pela Igreja.
A cultura romana pouco teve de origem, uma vez que as conquistas provocaram um sincretismo cultural, no
qual os valores romanos foram substituídos ou modificados pelos alienígenas.
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