GEOTECNIA Prof. Amaury HISTÓRICO: CONCEITO 1º - TEORIA DAS ESTRUTURAS: TRATAMENTO MATEMÁTICO (concreto / aço / madeira) 2º - HIDRÁULICA: FLÚIDOS: TRATAMENTO MATEMÁTICO + ENSAIOS EM MODELOS REDUZIDOS COM ANÁLISE DOS SEUS COMPORTAMENTOS 3º - MECÂNICA DOS SOLOS: ESTUDA O COMPORTAMENTO DOS SOLOS SOB O ASPECTO DA ENGENHARIA CIVIL O SOLO: COBRE O SUBSTRATO ROCHOSO DA TERRA E PROVÉM DA DESINTEGRAÇÃO E DECOMPOSIÇÃO DAS ROCHAS POR INTEMPERISMO FÍSICO E QUÍMICO. CARACTERÍSTICAS MARCANTES: HETEROGENEIDADE COMPLEXAS. E PROPRIEDADES BASTANTE FICA DIFÍCIL UM MODELO MATEMÁTICO OU UM ENSAIO EM MODELO REDUZIDO PARA CARACTERIZAR DE MANEIRA SATISFATÓRIA O SEU COMPORTAMENTO. PAPEL DO SOLO NA ENGENHARIA: MATERIAL DE CONSTRUÇÃO, ABSORVER CARGAS APLICADAS E INTERAGIR EM PRÉDIOS, TÚNEIS ETC. ATUALMENTE A MECÂNICA DOS SOLOS SITUA-SE DENTRO DE UM CAMPO MAIS ABRANGENTE JUNTO COM A ENGENHARIA DOS SOLOS (MACIÇOS E OBRAS DE TERRA E FUNDAÇÕES) E A MECÂNICA DAS ROCHAS QUE É DENOMINADO DE GEOTECNIA. ELA TEM O OBJETIVO DE ESTUDAR AS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS GEOLÓGICOS, SOLOS, ROCHAS E SUAS APLICAÇÕES EM OBRAS DE ENGENHARIA CIVIL QUER COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO OU COMO PARTE DA FUNDAÇÃO. PARA SE ENTENDER O COMPORTAMENTO DOS SOLOS A PARTIR DE BASES FÍSICAS, COM MODELOS REOLÓGICOS (RAMO DA MECÂNICA DOS FLÚIDOS QUE ESTUDA AS PROPRIEDADES FÍSICAS RELACIONADAS AO MOVIMENTO DOS FLÚIDOS: VISCOSIDADE, PLASTICIDADE, ELASTICIDADE E O ESCOAMENTO DA MATÉRIA NO FLUXO DE UM FLÚIDO) E OBSERVAÇÕES DE CAMPO PROCUROU-SE ELABORAR TEORIAS DE COMPORTAMENTO DOS SOLOS. TIPOS: DETERMINÍSTICAS E PROBABILÍSTICAS DETERMINÍSTICAS: COM FUNDAMENTOS RACIONAIS PARA A EXPLICAÇÃO DOS FENÔMENOS OBSERVADOS. PROBABILÍSTICAS: DEVIDO A HETEROGENEIDADE DOS SOLOS, COM VARIAÇÃO, PONTO A PONTO, DAS SUAS PROPRIEDADES. CARACTERIZAÇÃO DO SOLO: NORMALMENTE É CARACTERIZADO PELA SUA FASE SÓLIDA, ENQUANTO AS FASES LÍQUIDA E GASOSA SÃO CONSIDERADAS JUNTO COM A POROSIDADE. CONTUDO, NA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO REAL DE UM SOLO, TEM QUE SE LEVAR EM CONTA OS % DAS FASES COMPONENTES, BEM COMO A DISTRIBUIÇÃO DELAS NA MASSA DE SOLO. TIPOS DE SOLOS: QUANTO À ORIGEM: RESIDUAIS; SOLOS TRANSPORTADOS A PARTIR DE AGENTES: ALUVIAIS, EÓLICOS, COLUVIAIS E GLACIAIS; ORGÂNICOS. QUANTO AO TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS: (LIMITES DEFINIDOS PELA ABNT) MATACÃO: DE 25 cm a 1 m. PEDRA: DE 7,6 cm a 25 cm. PEDREGULHO: DE 4,8 mm a 7,6 cm. AREIA GROSSA: DE 2 mm a 4,8 mm. FRAÇÃO GROSSA AREIA MÉDIA: DE 0,42 mm a 2 mm. AREIA FINA: DE 0,05 mm a 0,42 mm. SILTES: 0,005 mm a 0,05 mm. ARGILAS: INFERIOR a 0, 005 mm. FRAÇÃO FINA TIPOS DE ROCHAS Rocha é um agregado natural composto de alguns minerais ou de um único mineral. As rochas podem ser classificadas de acordo com sua composição química, sua forma estrutural, ou sua textura, sendo mais comum classificá-las de acordo com os processos de sua formação. Pelas suas origens ou maneiras como foram formadas, as rochas são classificadas como ígneas, sedimentares, e rochas metamórficas. As Rochas Magmáticas foram formadas de magma, as Sedimentares pela deposição de sedimentos e posterior compressão destes, e as Rochas Metamórficas por qualquer uma das primeiras duas categorias e posteriormente modificadas pelos efeitos de temperatura e pressão. Nos casos onde o material orgânico deixa uma impressão na rocha, o resultado é conhecido como fóssil. Ígneas (ou magmáticas): Vulcânicas (ou extrusivas) - são formadas por meio de erupções vulcânias, através de um rápido processo de resfriamento na superfície. Alguns exemplos dessas rochas são o basalto e a pedra-pomes, cujo resfriamento dá-se na água. Plutônicas (ou intrusivas) - são formadas dentro da crosta por meio de um processo lento de resfriamento. Alguns exemplos são o granito e o diabásio. Sedimentares são as rochas formadas através do acúmulo de detritos, que podem ser orgânicos ou gerados por outras rochas. Classificam-se em: Detríticas - Alguns exemplos são o arenito, o argilito, o varvito e o folhelho. Químicas - Alguns exemplos são o sal gema, as estalactites e as estalagmites. Orgânicas - Alguns exemplos são o calcário, formado através dos resíduos de conchas e corais, e o carvão mineral, formado a partir dos resíduos de vegetais. Metamórficas Alguns exemplos são o gnaisse, formado a partir do granito; a ardósia, formada a partir do xisto; o mármore, formado a partir do calcário, e o quartzito, formado a partir do arenito. http://www.ofitexto.com.br Quartzo Feldspato Mica Calcita MINERALOGIA DOS SOLOS ARGILOMINERAIS Obs.: < 0,005 mm. UNIDADES CRISTALOGRÁFICAS DO SOLO TIPOS MINERALÓGICOS MÉTODOS PARA IDENTIFICAÇÃO Difratometria de Raios-X: O objetivo do experimento é determinar as linhas características do metal que compõe os alvos do tubo de raios-X. Neste fenômeno nós temos a base para um método de análise química. Assim, os elementos de uma amostra podem ser induzidos a emitir suas linhas características por meio do bombardeamento com Raios-X ou com elétrons. Desse modo, os elementos poderão ser identificados através da análise da radiação emitida. O equipamento utilizado é o Espectrômetro de raios-X. Análise termo diferencial Análise físico-química de um sistema mineral em que se medem as variações de troca de calor entre um sistema mineral amostrado em comparação com outro de referência e inerte. Desse modo, os elementos serão progressivamente aquecidos ou resfriados, permitindo definir picos endo e exo térmicos decorrentes de reações diversas como desidratação, oxidação, reações minerais e que podem ser diagnósticos para definir algumas espécies minerais como argilas e zeolitas entre outros. Análise por microscopia A microscopia Eletrônica de Varredura é uma técnica utilizada tanto para pesquisa básica como aplicada. Esta técnica permite a observação e a caracterização de diferentes tipos de matérias. Exemplos: mineral, vegetal, animal e outros produtos, sendo possível caracterizá-los do ponto de vista da sua morfologia, sua organização e composição química. A análise micromorfológica fornece bons indicadores sobre a composição mineralógica, sobre a porosidade e agregação entre as partículas que formam o solo. Determinações químicas As amostras de solo são submetidas às análises químicas de pH, cátions trocáveis, carbono orgânico, umidade do solo e nitrogênio orgânico. Conforme manual de métodos de análise de solo da Embrapa (1997). PROPRIEDADES DOS PRINCIPAIS GRUPOS DE ARGILOMINERAIS ESTRUTURA DAS CAMADAS DOS ARGILOMINERAIS (Lâminas silícicas e alumínicas: união firme entre os retículos) ESTRUTURA 1.1 Caulinitas ESTRUTURA 2: 1 Esmectitas e Ilitas (íons não permutáveis: união estável entre os retículos) (Grupo das bentonitas: união frágil entre os retículos permite expansibilidade) FORMAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS Ainda que de forma resumida e superficial, cabe, de início, esclarecer uma questão terminológica. Os geólogos de engenharia e os agrônomos usam termos diferentes para classificar as camadas dos solos tropicais. Os primeiros adotam a seguinte série para o que denominam de camadas: solo orgânico (camada fina e rica em matéria orgânica superficial, que possui de um a alguns decímetros); solo superficial (camada bastante afetada pelo intemperismo e pelos processos de laterização e pedogênese, cuja espessura varia de 0,5 m a 2 m); solo saprolítico ou de alteração de rocha (camada de solo com minerais pouco alterados quimicamente e que guarda várias feições herdadas da rocha original, com espessuras extremamente variáveis, desde decímetros até mais de uma dezena de metros); finalmente, com profundidade praticamente ilimitada, rocha pouco alterada ou sã. Já os agrônomos, que em vez de camada usam o termo horizonte, classificam a mesma seqüência com as seguintes denominações: horizonte A, horizonte B, horizonte C e rocha, agregando às propriedades descritas características próprias do comportamento agronômico destes solos. Em regra, a camada de solo superficial (horizonte B agronômico) tem uma composição bem mais argilosa do que as camadas inferiores (solo saprolítico – horizonte C agronômico), especialmente considerando o perfil de solos típico do embasamento geológico cristalino (rochas magmáticas e metamórficas), o que lhe confere uma coesão entre partículas muito maior, tornando-a, por conseguinte, mais resistente aos processos erosivos de superfície. Vale lembrar que a argila é o tipo de solo formado por minerais com a granulometria mais fina (o diâmetro das partículas é inferior a 0,005 mm), o que lhe confere uma propriedade altamente ligante, ou seja, a argila dá coesão aos grãos minerais formadores dos solos. É interessante a explicação do motivo pelo qual há mais minerais argilosos na proximidade da superfície dos terrenos. Os minerais das rochas primárias (magmáticas ou metamórficas) se formaram em condições extremas de temperatura e pressão. Ou seja, são ambientalmente compatíveis com essas condições extremas e, portanto, francamente desarmônicos com as condições ambientais hoje vigentes na superfície do planeta. O processo de alteração de uma rocha é, assim, um processo que caminha em direção à produção de novos minerais, mais compatíveis com o meio ambiente da superfície. Desses novos minerais, os mais equilibrados com esse novo ambiente são os argilosos. Além do intemperismo (desagregação e alteração físicoquímica dos minerais da rocha), dois outros fenômenos são importantes na formação dos solos superficiais e influem em suas características. A pedogênese, que envolve alteração bioquímica dos minerais, e a laterização, que implica a migração de íons no interior do solo. Ambos os fenômenos contribuem para a produção de minerais argilosos e para a cimentação das partículas por diversas classes de óxidos, o que concorre também para a maior ligação entre as partículas desses solos. Graças a esses fatores, os solos superficiais (horizonte B agronômico) de rochas cristalinas e de muitas rochas sedimentares chegam a ser 30 vezes mais argilosos do que os solos das camadas inferiores e até 100 vezes mais resistentes à erosão. RETIRADA DE AMOSTRAS (VIDE APOSTILA DE LABORATÓRIIO) CONFIABILIDADE: Qualidade e Representatividade CUIDADOS: Estrutura, Teor de Umidade e Textura A caracterização de um solo, através de parâmetros obtidos em simultaneamente, ensaios da de qualidade laboratório, da depende, amostra e da representatividade dos ensaios. Tanto para a amostragem quanto para os ensaios existem normas, brasileiras e estrangeiras, que regem o assunto e que, portanto, devem ser obedecidas. Temos dois tipos de amostras: A amostra deformada, uma porção de solo desagregado, deve ser representativa do solo, apenas, quanto à textura e constituição mineral. Ela é usada na identificação visual e táctil, nos ensaios de classificação (granulometria, limites de consistência e massa específica dos sólidos), no ensaio de compactação e na preparação de corpos de prova para ensaios de permeabilidade, compressibilidade e resistência ao cisalhamento. Essas amostras, até um metro abaixo da superfície do terreno, poderão ser obtidas através de ferramentas simples (pás, enxadas, picaretas e outras mais apropriadas a cada caso), enquanto que para profundidade maior terse-á necessidade de ferramentas especiais (trados ou um amostrador de parede grossa). A amostra indeformada, geralmente de forma cúbica ou cilíndrica, deve ser representativa da estrutura e teor de umidade do solo, na data de sua retirada, além da textura e composição mineral. Ela é usada para se determinar às características do solo “in situ”, como os índices físicos, o coeficiente de permeabilidade, os parâmetros de compressibilidade e de resistência ao cisalhamento. Uma amostra indeformada pode ser obtida de diversas maneiras, dependendo da cota da amostragem, da densidade do solo e da posição do lençol freático; assim, para solos moles abaixo do nível d’água será usado um amostrador de parede fina, enquanto que, para solos acima do nível d’água e mais densos, deve-se abrir um poço até a cota de interesse e retirar um bloco de solo usando uma caixa metálica ou de madeira como fôrma. A NBR 9604/86 rege a abertura de poço e trincheira de inspeção em solo, com retirada de amostras deformadas e indeformadas. Devem ser tomados cuidados especiais para que a amostra não sofra nenhuma avaria. Na retirada, no transporte e no manuseio das amostras. AMOSTRA DEFORMADA Equipamentos: Tipos de trado: A sondagem a trado é regulada pela NBR 9603/86. Amostrador de parede grossa: que é cravado dinamicamente no solo através de energia fornecida pela queda livre de um martelo. AMOSTRA INDEFORMADA O amostrador de parede fino mais empregado, o tipo Shelby, é composto basicamente de um tubo de latão ou de aço inoxidável de espessura reduzida, ligado a um cabeçote provido de uma válvula de esfera que permite ao ar e a água escaparem à medida que há a penetração da amostra. O amostrador é introduzido no solo por pressão estática e constante e, quando estiver cheio, é retirado e a camisa é então liberada do cabeçote, selada e enviada ao laboratório. Amostras indeformadas próximas à superfície (solos e resíduos) O Standard Penetration Test (SPT) Vários autores relacionam os resultados do N SPT, com as propriedades dos diferentes tipos de solos, conforme veremos.