Carta aos Efésios

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Um novo tempo em sua vida
A MENTE DE PAULO
Epístolas da Prisão – Estudo da Carta aos Efésios
Introdução a Epístola de Efésios
A Epístola de Efésios foi reconhecida como a rainha das epístolas de Paulo.
Escrita provavelmente em 61 A.D (depois de Cristo), 30 anos mais ou menos,
depois da sua conversão, onde o apóstolo encontrava-se preso em Roma, mas
tinha a liberdade de ensinar. Antes de ser preso Paulo morou, trabalhou e ensinou
por 03 anos na cidade de Éfeso.
Esta epístola é destinada aos santos e fiéis em Cristo Jesus. E é uma descrição
inspirada da vivência com Cristo e com o Espírito Santo, e do propósito de Deus
para o mundo através da igreja.
Entre os assuntos tratados neste livro:
As bênçãos espirituais em Cristo e busca pela santidade.
A salvação pela graça mediante a fé
O plano eterno de Deus para a igreja
Os dons concedidos à igreja para promover a edificação dela.
A conduta cristã em várias relações: marido/mulher,
patrão/empregado.
 A armadura de Deus para enfrentar os inimigos espirituais





pais/filhos
e
Capítulo I
Versículos Chaves – (Efésios 1: 1 a 13)
Deus tem nos abençoado em Cristo. Este trecho apresenta diversos fatos
importantes sobre o plano eterno de Deus para nossa salvação. Entre eles:
V: 2,3 - Entramos em regiões celestiais, mesmo enquanto estamos na Terra, Deus
habita em nós e nós nele. As bênçãos estão em Cristo. Não há outro caminho que
leve à salvação. Recebemos bênçãos espirituais.
V: 4- Deus nos escolheu e nos predestinou segundo o bom propósito de sua
vontade. O texto aqui não sugere nada de predestinação arbitrária segundo o
capricho de Deus. A idéia é que tudo que Deus tem feito desde a eternidade
tinha o propósito de nos salvar.
V: 5- Ele quer pessoas santas e fiéis. Ser santo não significa que uma pessoa não
peca. E sim “pessoa separada por Deus”. A primeira preocupação de Deus não é o
que você faz e sim o que você é. O ser sempre precede o fazer, pois o que
fazemos sempre será determinado por aquilo que somos. E ser fiel significa
“aquele que se comprometeu com Cristo, reconhecendo Seu senhorio sobre a sua
vida”.
V:6- Recebemos a adoção de filhos. Que privilégio de entrar na família de Deus
como filhos dele! E a adoção desses filhos é através da sua redenção, que
significa “livramento mediante o pagamento de um preço, Cristo pagou este preço
de sangue na cruz”. Temos o privilégio de entrar no Reino de Deus como filhos
d’Ele.
V: 7-9 - Deus nos concedeu sua gloriosa graça no seu amado Filho. A história da
salvação é uma história de graça e amor. Temos a redenção/remissão dos pecados
pelo sangue de Cristo. “... sem derramamento de sangue, não há remissão". Deus
derramou sobre nós abundantemente sua rica graça pela revelação de sua
vontade. Deus nos oferece a salvação que ele preparou desde a eternidade.
V: 10- Todos os aspectos do plano d’Ele se convergiram em Cristo no tempo
determinado por Deus. (plenitude dos tempos).
V: 11 - Em Cristo, fomos feitos herança. Não somente recebemos a herança como
primogênitos, mas também nos tornamos a herança de Deus para a glória D’Ele.
A expressão “em Cristo” significa um relacionamento íntimo com Ele que leva uma
vida transformada. Ou seja, uma vida em que Cristo é Senhor e à Ele entregamos
nossas vidas.
Não podemos também esquecer que estar em Cristo quer dizer estar no Espírito,
unindo-nos a Cristo e uns aos outros no seu corpo, a igreja.
V: 12 - A mesma salvação que Deus ofereceu aos judeus foi também concedida
aos gentios (são todos aqueles que não são Judeus, somos nós). Eles foram
selados com o mesmo Espírito da promessa (marca da Promessa). Judeus e
gentios recebem a salvação da mesma fonte e pertencem ao mesmo Espírito.
V: 13-14 - O Espírito é o penhor (garantia, sinal, entrada) da nossa herança. As
afirmações do Espírito sobre a nossa salvação nos consolam enquanto aguardamos
a vinda de Cristo e a glória eterna.
Versículos Chaves – (Efésios 1: 15 a 23)
Para se ter uma vida cristã saudável, é de vital importância seguir o exemplo de
Paulo. Se conservamos juntos o louvor (gratidão) e a oração, nos ajudará a manter
o nosso equilíbrio espiritual.
Muitas pessoas confiam na oração, mas não entendem o poder dela. O poder não
está na oração em si, nem na pessoa que a faz. O poder permanece naquele que
ouve e responde às orações (Efésios 3:20). Eu creio no poder da oração!
A essência da oração de Paulo aos efésios é “para saberdes” (v:18). Assim Paulo
reúne três grandes verdades que deseja que saibamos.
1ª- A esperança do chamamento de Deus
Para que Deus nos chamou? Seu chamamento não era algo sem sentido ou sem
propósito. Deus tinha um objetivo quando nos chamou: para termos comunhão com
Cristo, sermos santos e livres do pecado, para termos um novo estilo de vida e
para o seu Reino e Glória.
2ª- A grandeza da Herança de Deus
A segunda parte da oração de Paulo é para que saibamos a riqueza da sua herança
nos santos. Se o chamamento de Deus aponta para o começo da nossa vida cristã,
a herança de Deus aponta para frente, para o seu fim. Somos herdeiros de Deus
e Co-herdeiros com Cristo.
3ª- A grandeza do poder de Deus
Se o chamamento de Deus olha para o começo da nossa vida cristã, e se a herança
de Deus olha para frente, para o fim, então o poder de Deus abrange o período
intermediário, pois só esse poder pode fazer cumprir as expectativas do nosso
chamamento e nos conduzir com segurança à nossa herança em Cristo.
Como Deus demonstrou a grandeza do seu poder? (v: 19-23)
R: Derrotando dois poderes que o homem não pode controlar: a morte e o mal.
Deus demonstrou a eficácia da força do seu poder, exercendo em Cristo uma
tripla ação:
a) Ressuscitando-o dentre os mortos – derrotando a morte (v: 20)
b) Fazendo-se sentar-se à sua direita nos lugares celestiais (v: 21)
c) Colocando todas as coisas debaixo dos seus pés e fazendo O Cabeça de
todas as coisas e da igreja.
A igreja é a plenitude de Cristo, porque é o seu complemento. Jesus pode ser
visto em seu corpo, que é a igreja. O segredo da Igreja é que Cristo vive nela.
Esta é a vocação da igreja: tornar visível o Cristo invisível.
Capítulo II
O capítulo 2 se divide em duas partes: a primeira, falando da nossa situação de
onde Deus nos resgatou (2:1-10); e a segunda parte, nossa situação social, o novo
povo de Deus, a igreja (2:11-22).
Versículos Chaves – (Efésios 2: 1 a 3)
V: 1- Paulo faz um diagnóstico de toda a sociedade humana caída, em todos os
tempos e em todos os lugares. Ele não começou o seu argumento com a salvação, e
sim com o problema do pecado. "Estando vós mortos...". Precisamos reconhecer
o problema do pecado para apreciar a importância e o valor da salvação. Esta é
uma declaração real da condição espiritual de todas as pessoas fora de Cristo.
A primeira figura que Paulo usa é do morto:
Uma pessoa morta não pode se movimentar; ela está totalmente inerte e perde
por completo aquilo que chamamos de personalidade. A incapacidade de reagir, de
corresponder. Deus falando com o homem, e o homem não escutando coisa alguma,
não respondendo, não reagindo, mas continuando no seu próprio caminho.
O corpo ao perder a vida começa a se decompor. A situação do homem sem Deus
é uma situação de decomposição, não no sentido apenas de mau cheiro, mas de que
a integração da sua pessoa, da sua personalidade, está se perdendo tanto quanto
a de um cadáver. A sociedade humana se decompõe quando se separa de Deus.
V: 2- Quando Paulo fala sobre o andar conforme o “curso deste mundo”, se
refere a uma sociedade organizada sem Deus com um sistema de valores
distorcidos. No original se refere a uma “corrente de escravos”. Isso acontecia
com freqüência no império romano; depois de uma guerra, para punir os povos
rebeldes, faziam uma corrente e algemavam, pelos pescoços e pelas pernas,
centenas de presos levados ao império como escravos.
A palavra andar (normalmente não se pensa em mortos andando), mas nesta nova
figura, eles andam. Porém é um andar pressionado, um andar de presos. As
algemas, cadeias escravizam; isto se refere a cultura formada sem Deus.
Outra frase que descreve essa corrente de escravos é segundo o “príncipe da
potestade do ar”, o general conquistador, que andava na frente desta longa fila
de escravos. Onde aponta-se para o Diabo e indica que ele tem o domínio sobre
principados e potestades.
V: 3- Todos nós andamos segundo as “inclinações da carne”. A palavra no
original para inclinação, quer dizer “os desejos da própria pessoa”. Isso indica
que estamos sempre prontos a agir segunda a nossa carne, uma natureza humana
caída e egocêntrica.
Paulo também usa a expressão “Éramos por natureza filhos da ira”. A palavra
natureza indica nossa condição natural, quando deixados por conta própria. E
filhos da ira significa que todos os homens estão pelo seu pecado, exposto à ira
divina. E esta ira não é como a do homem, ou seja, não é mau humor e nem
vingança; ela é apenas a reação divina a apenas um único fato: o mal ou o pecado.
Mas quem crê no Filho tem a vida eterna, e o que se mantém rebelde, virá sobre
ele a ira de Deus.
A ira de Deus é descrita de uma maneira sentimental na história do filho pródigo.
Fugindo de casa ele busca seus próprios prazeres, e escravizando-se neles. Mas
longe de casa, está o seu pai esperando. É uma ira cheia de amor, mas que não
pode atravessar aquela distância até que o filho amado caia em si (o que a bíblia
chama de arrependimento).
Versículos Chaves – (Efésios 2: 4 a 10)
V: 4- "Mas Deus", deve-se sublinhar essas palavras, porque são a única
esperança de todos os pecadores deste mundo. Mas Deus introduz o amor e a
misericórdia de Deus frente ao homem escravizado pelo pecado.
V:5- Deus nos deu vida com Cristo; no original (vitalizados com Cristo). Se nós
em nossa morte nos reconhecemos como mortos, podemos nos aliar com o corpo
inerte de Jesus no túmulo para sentirmos a mesma força que levantou Jesus para
novidade de vida. A nossa morte em pecado é cancelada pela mesma força que
cancelou o poder que deteve Jesus no sepulcro.
V:6- “juntamente com Ele nos ressuscitou”. Este poder da ressurreição é uma
força que nos transforma, do interior para fora. E “nos faz assentar nos
lugares celestiais em Cristo”, no seu trono. Desse trono emana toda a força que
vence o pecado, a morte e a força satânica. Este poder estar ao nosso alcance
porque Cristo venceu todas as forças escravizadoras. Assumindo a nossa culpa, se
fazendo pecado por nós. Ele foi identificado com os transgressores, (Is 53), mas
por ter vencido, nos oferece participação em sua conquista. Por isso Paulo afirma
que somos mais que vencedores.
Deus nos salvou, para que, de agora em diante andemos realizando boas obras. A
bíblia diz que por onde Jesus andava, Ele ia fazendo o bem. As boas obras aqui
mencionada, nos falam de um novo estilo de vida, no qual nosso propósito é o de
produzir bons frutos.
Não há aqui qualquer idéia de realizar boas obras para a salvação. Não somos
salvos por causa de obras, e sim pela graça (v: 8-10). Deus agiu nos dando vida,
movido pela sua misericórdia, graça e bondade.
As boas obras que a igreja de Cristo precisa produzir são as atuações de Cristo,
através de nossos corpos, de nossas mentes. Essas boas obras são sempre algo
impulsionado e motivado pelo amor de Cristo. Jesus disse que o mundo nos
reconheceria como seus discípulos, pelo amor.
Versículos Chaves – (Efésios 2: 11 a 22)
V:1-12 - Vivemos em uma geração desesperançada e desiludida. A sociedade
torna-se cada dia mais injusta, devido às desigualdades sociais, à corrupção, à
violência, o caos social do desemprego. Este é o retrato de uma humanidade
alienada. Muito antes dos nossos dias, a bíblia já falava dessa alienação humana,
em relação a Deus e ao próximo. Paulo refere-se em particular ao mundo gentio
(todo aquele que não era judeu, hoje somos nós) antes de Cristo; eram estranhos
à aliança da promessa. Esta situação permanece em nossa sociedade. Os homens
sem Cristo continuam a edificar “paredes de separação” entre si, que são os
muros da discriminação.
V: 13- 22- Paulo declara que a intervenção de Deus realizou-se em Cristo, e
pelo sangue de Cristo. Jesus é a nossa paz (o "Príncipe da Paz"). Ele derrubou a
parede de separação, assim, todos têm acesso ao Pai por meio d’Ele. Na cruz,
Jesus destruiu a inimizade. Que ironia que o instrumento empregado pelo inimigo,
fosse usado por Jesus para trazer paz e reconciliação.
V: 15 - Paulo nos fala da obra de Cristo e como foi feita. Criando uma nova
humanidade. Deus criou em “si mesmo, um novo homem”. Em Cristo agora existe
uma nova raça humana. (somos novas criaturas).
V:16-18- A obra de Jesus seria incompleta se a mensagem não fosse divulgada.
A mensagem da paz foi comunicada a outros, dando acesso ao Pai.
V:19- : Deixamos de ser estrangeiros, peregrinos, pessoas sem rumo, sem raízes
e sem o abrigo de uma pátria; para sermos “concidadãos dos santos”, ou seja,
membros com muitos outros do reino de Deus. A nova sociedade de Deus tem as
características básicas de uma família (igreja).
V:20-22- A imagem utilizada é de um edifício, cujo o fundamento sobre o qual os
apóstolos e profetas foram edificados, e foi o fundamento que eles lançaram nas
vidas dos outros.
A “Pedra Angular” é Cristo, a sustentação do edifício de Deus, que é a Igreja. A
Pedra Angular denota sua posição no edifício. Era colocada nos alicerces, nos
cantos, a fim de ligar tudo, e dar as paredes linha reta.
Os restantes das pedras desse edifício (igreja), somos todos nós, partes
integrantes desta nova construção de Deus, e que junto a muitas outras pedras
construímos esse grande edifício, que cresce continuamente, e no qual Ele habita.
Cada pessoa ( que em Hebreus, chama de “pedras vivas”), descobre seu
verdadeiro lugar e função relativamente a Cristo, à medida que vai sendo
edificada n’Ele. Ou seja, cada pedra é encaixada n’Ele.
Cristo é a “Pedra angular” que dá a igreja toda a sua forma e destino.
Capítulo III
Versículos Chaves – (Efésios 3: 1 a 13)
V:1 - “Por esta causa...” (defendia uma causa)...
De uma coisa devemos nos lembrar: somos chamados para ser fundamento
(suporte ) na vida de outras pessoas, que vão ser “construídas” por cima de nós.
Paulo está lá embaixo (fundamento), mas nós estamos aqui em cima; o edifício
está subindo, e assim como nós dependemos de Paulo, colocado por Deus em baixo
como nosso fundamento, há outras pessoas que estão dependendo e irão
depender de nós; as “Pedras vivas” (tijolos) se assentam sobre outras pedras
vivas. Esta é a causa que Paulo mencionava. Hoje quem você tem por fundamento?
Quem são as “pedras” que lhe sustentam ? Lembre-se que você também
sustentará ou já está sustentando outras pessoas; que lhe vêem como espelho
( modelo).
“Sou prisioneiro por amor a vós...” - Paulo diz que é um privilégio ser um
“prisioneiro de Cristo Jesus”. Humanamente falando, ele era prisioneiro de Nero,
pois apelara ao imperador romano, e aguardava o resultado da sua apelação.
Se alguém pensa que no ministério não tem sofrimento, que o chamado de Cristo é
para uma vida sem aflição, está enganado. Paulo diz em Col 1:24 que é um
sofrimento alegre e que dar prazer. Ele se regozija por estar sustentando a vida
de muitos discípulos com sua intercessão e com os seus ensinamentos.
Se você foi chamado para o ministério de servir aos outros através do evangelho,
prepara-se, pois haverá sofrimento alegre e agradável na sua vida. Esse
sofrimento é o de investir tudo, aguardando receber uma grande realização
espiritual. E é por isso que Paulo chama este privilégio de “graça” (um favor
alegre e imerecido).
V: 2 – “...Dispensação da Graça”:
Dispensação tem a ver com o cuidar das riquezas da casa, ter a chave do cofre.
Paulo recebera do Senhor o privilégio de distribuir as riquezas de Deus para
aquelas pessoas de Éfeso. Isto é graça, ter sido honrado com as chaves de toda a
casa do Senhor. Esta graça focaliza o ministério.
Na aula que vem no capítulo 4:7, veremos que esta graça foi concedida a cada um.
Todos nós temos o privilégio da dispensação da graça, o privilégio de sermos
transmissores da riqueza e da glória do Senhor; e Paulo reconhece que essa graça
foi no seu caso, uma graça pioneira. Ele está à frente da longa fila dos santos que
têm edificado a Casa do Senhor.
V: 3-7 – “...O mistério sendo revelado...”
Podemos dizer que este é o mistério de Cristo, pois antes o evangelho só era
pregado para os Judeus, mas a Paulo foi revelado este mistério: o de divulgar as
boas novas para outros povos, e esse evangelho chegou até nós.
* Talvez dentro de você tenha um chamado/vocação para um povo específico –
Ex: casais etc...
V: 8-11 – Agora ele nos fala acerca do seu segundo privilégio, o de proclamar a
verdade do evangelho das insondáveis riquezas de Cristo. Paulo se sentiu honrado
e diante deste privilégio e se diz ser “o menor de todos os santos”. (penso se
ele foi o menor, onde é que eu me encontro?).
* Paulo não quis visibilidade... Ser pequeno no reino de Deus é ser grande. ( maior
é aquele que serve).
V: 13 – Paulo faz parte do corpo de Cristo. Seus sofrimentos na prisão são os
sofrimentos daqueles irmãos também. Tudo que acontecia a Paulo, também
afetava todo o corpo.
Quando um membro do corpo sofre, sente dor, todo o corpo sente, e é afetado.
Ex: Se um dedo quebrar, todo o restante do nosso corpo sentirá a dor. Também
tem que ser assim no corpo de Cristo, se um irmão está sofrendo, todos sofremos
juntos...
V: 14-15 - Parece que a carta de Efésios foi escrita de Joelhos. Mas uma vez
Paulo demonstra seu anseio de que as verdades profundas que acabara de ensinar
fossem implantadas pelo Espírito Santo em nosso “homem interior”, que necessita
de constante fortalecimento do poder de Deus.
Paulo se põe de joelhos, usado pelo Espírito na intercessão. Vemos o peso da
responsabilidade de Paulo em orar por aquelas pessoas que estavam sendo
edificadas por ele. Ele dirige sua oração ao Pai. Por que ao Pai e não a Deus?
Talvez porque, lá na prisão, Paulo estivesse pensando em si como de certa forma,
como o pai espiritual daqueles crentes.
Quando pensamos em Deus como “a nossa Rocha”, é como um Deus imutável,
seguro e estável. Quando pensamos em Deus como “a nossa Luz”, é como um Deus
perfeito, onde não há mal nem trevas; e quando falamos em relacionamento
humano, pensamos em Deus “como nosso Pai”, aquele de quem toda vida emana
(nasce), é um Deus que usa de misericórdia para conosco e se inclina para ouvir o
clamor do nosso coração.
V: 16 - “Segundo a riqueza da sua glória” – a palavra glória, no original
( hebraico), significa: valores incontáveis que não podem ser esgotados. Há
sempre mais!
Nesta oração Paulo pede para que eles “fossem fortalecidos pelo Seu Espírito”.
Esta palavra está no passivo. Notemos que não nos fortalecemos a nós mesmos,
mas temos que ser fortalecidos. A fonte desta força é sempre o Espírito Santo.
E onde este fortalecimento ocorre? É no nosso “homem interior”. Paulo fala em
(II Co 4:16), que o homem exterior ( o que vemos com o olhos), se desfalece a
cada dia, mas o nosso homem interior está se renovando a cada dia. O homem
aberto à ação do Espírito está sendo fortalecido mais e mais.
V: 17 – “para que Cristo habite...” No original a palavra “habite” significa
tomar conta de toda a casa, tendo autorização para poder fazer a limpeza
necessária nas despensas, mudar o que precisar ser mudado. Cristo é o dono da
casa – nossa vida (Ele habita em nós) – Cristo vive em mim, não mas vivo eu. A
oração de Paulo trata de uma transformação de valores. O que se deve esperar
de uma vida fortalecida é a realidade de Cristo tomar conta da casa (nossa vida).
V: 17b – “... que permaneceis arraigados e alicerçados em amor”.
A palavra “arraigado” é sinônimo de enraizado, firme pela raiz. Portanto, o amor
deve ser o solo em que as nossas vidas devem ser plantadas e firmadas pela raiz,
como deve ser o fundamento sobre o qual devemos ser edificados.
Há um fruto a produzir, e a semente é o amor que Cristo espalha em toda a casa
que Ele habita. Aqui a virtude mais importante é o amor. A família de Deus (igreja
– o corpo de Cristo) ama ao Pai e que ama o próximo. Para enfatizar a grande
necessidade desta virtude, Paulo nos compara a uma árvore bem arraigada e a
uma casa bem edificada.
V: 18-19a. – Paulo ora para que possamos compreender as dimensões do amor de
Cristo para com as nossas vidas e para com toda a humanidade, são essas as
dimensões: “largura, comprimento, altura e a profundidade”.
“O amor de Cristo é suficientemente largo para abranger a totalidade da
humanidade, é suficientemente comprido para durar por toda a eternidade, é
suficientemente profundo para alcançar o pecador mais degradado, e é suficiente
alto para levá-lo ao céu” (John Stott).
Aprendemos que só podemos compreender essas dimensões do amor de Cristo em
conjunto com o corpo de Cristo – a igreja.
V: 19b – “... que sejais tomados (cheios) de toda a plenitude de Deus”.
O termo plenitude faz referência mais direta à perfeição de Deus, como também
à de Jesus. Paulo ora para que sejamos tomados ou enchidos, de toda a plenitude
de Deus, ou seja, que a perfeição (santidade) – “sede santos...” que existe em
Deus faça gradualmente parte da nossa vida.
V: 20 – No fim da oração Paulo diz: “Pensam que estou pedindo muito?” Deus é
poderoso para fazer muito mais do que acabamos de pedir, pensar e imaginar.
Segundo o seu poder que em nós opera.
Há um poder dentro de nós, e quando pensarmos nas nossas fraquezas e
dificuldades, podemos ter certeza que dentro de nós habite o próprio Espírito de
Deus, que nos torna capaz de destruir fortalezas.
Com esta confiança em Cristo, Paulo incentivou os efésios a não desistir. As
tribulações deles poderiam ser motivo de desânimo e falta de coragem. Poderiam
ser consumidos pela tristeza em ver o amado apóstolo sofrendo na prisão.
Poderiam desmaiar com medo de tribulações iguais às dele. Tribulações, porém,
não devem ser motivo para abandonar a fé. Ao contrário, devem fortalecer a
nossa fé a cada dia como está escrito no livro de (Tiago 1:2-4).
V: 21 - Essa maravilhosa oração de Paulo só poderia terminar com muito louvor:
“... a Ele seja a glória, por todas as gerações, para todo sempre, amém!”.
Até esta geração de hoje, não sei quantas já se passaram desde Paulo, mas ele
orou por nós e por todas as gerações que virão!
Capítulo IV
Versículos Chaves – (Efésios 4: 1 a 16)
Em sua carta aos Efésios, Paulo compara a igreja como um corpo humano, formado
de muitos membros. E neste capítulo, ele nos chama individualmente a reconhecer
qual é a nossa parte dentro do corpo de Cristo.
V: 1-6 - “Andai de modo digno da vocação (dom especial para cumprir algo)
a que fostes chamados...”
O segredo da igreja é que Cristo vive nela. E a vocação da igreja é tornar visível o
Cristo invisível. É ser testemunha de Cristo. Para exercemos essa vocação
devemos ser unidos e mantermos a mansidão, humildade, longanimidade (a virtude
de suportar aqueles que não nos parecem ser tão bons), e a unidade que é o
vínculo da paz.
Na verdadeira igreja de Cristo, ricos e pobres se reúnem em pé de igualdade,
sem distinção e favoritismo. Paulo manda os cristãos se esforçarem em conservar
a unidade. Uma unidade que já existe pelo simples fato da igreja existir. Ela é
produzida pelo Espírito de Deus; mas é nossa a responsabilidade de preservá-la.
A obra do ministério necessita que todo membro do corpo de Cristo sejam ou
estejam espiritualmente sadios. Nenhum atleta passa o tempo todo participando
de jogos para os quais ele é treinado. Ele também passa muitas horas se
conservando em forma e desenvolvendo ao máximo suas habilidades. O mesmo se
dá com o corpo de Cristo.
A obra do ministério nunca será realizada de modo adequado por uma igreja fraca
e doentia. Muito dano já foi causado por discípulos sem saúde. É preciso ter no
corpo a experiência calorosa da comunhão (koinonia) que era parte essencial do
cristianismo primitivo.
Na igreja primitiva se evidenciava um ritmo de vida em que os cristãos se reuniam
nas casas para se instruírem, para estudarem, orarem, louvarem e
compartilharem experiências do dia a dia. Então eles deixavam o calor e o brilho
das suas vidas plenas de amor, transbordarem num testemunho cristão
espontâneo, que atraia os não cristãos, como uma sorveteria atrai as crianças.
V:7-14 – “ ... ele deu dons aos homens”.
No grego existem 2 (duas) palavras referente a dom:
* Doréan ( dádiva ou presente, oferta) - Dádiva ou presente de Deus para o
homem e uma oferta do homem para “alguém”.
*Chárisma – (graça- favor imerecido) habilidade especial dada ao cristão para o
exercício do seu ministério.
Dons Espirituais são habilidades concedidas pelo Espírito Santo a cada membro
do corpo para a edificação da igreja.
Dom é diferente de talento. O talento é destinado ao crescimento pessoal ou da
humanidade. E é utilizado para realização no campo profissional ou social. O dom
não é para a edificação única e exclusiva de quem os recebe, mas é para o
crescimento da Igreja.
Paulo compara a diversidade dos dons à diversidade dos membros do corpo, e o
Espírito Santo distribui os dons conforme a necessidade da igreja. Há
diversidade dos dons, mas o Espírito é um, e eles são dados para um fim
proveitoso.
Não podemos impor o dom que queremos receber. O máximo que podemos fazer e
procurar e pedir com zelo os melhores dons. Mas aprove ao Espírito nos dar.
Uma das qualidades mais importantes da vida é o sentimento de utilidade. O Novo
Testamento apresenta a igreja como um organismo vivo, no qual os membros
funcionam.
Cada membro tem pelo menos um dom espiritual e Deus deseja que coloquemo-no
em prática.
Devemos ser mordomos dos dons. E o ministério é a área o qual o dom se insere.
É preciso que zelemos pelos dons que Deus nos deu. Devemos aperfeiçoá-los
através de cursos especiais, leituras e contatos com pessoas que tenham o mesmo
dom. Eles devem ser regados com muita espiritualidade, não apenas conhecimento
técnico, mas com muita oração e palavra.
Os dons encontrados no Novo Testamento são: Palavra de sabedoria, de
conhecimento - ciência, fé, curar, milagres, profecia-profeta, discernimento,
variedade de línguas e interpretação, apóstolo, mestre, socorros, governos,
ministério (serviço), exortação, generosidade-contribuição, hospitalidade,
misericórdia, evangelista e pastores.
Para o funcionamento do corpo, os dons são classificados em 3 grupos:
1) Apoio – eles servem para o aperfeiçoamento (em inglês diz: Equipment, ou
seja, equipar) os santos para o desenvolvimento do seu serviço para a
edificação do corpo. A palavra equipar no grego é da onde provêm à palavra
“artesão”, alguém que trabalha com as mãos para fazer ou construir algo.
A palavra também é traduzida no grego como “preparar ou por em
forma”. E o instrumento usado para equipar é a Palavra de Deus. Estes
dons são: (apóstolos, profetas, evangelistas, mestres, pastores, fé
discernimento, sabedoria e conhecimento-ciência).
2) Serviço – são aqueles que só tem sentido quando entra em ação (ministério
– serviço, socorro, governo, exortação, presidir, misericórdia e
generosidade – contribuição).
Facilmente a omissão desses dons é notada na igreja. Se eles não são
postos em prática, centenas de detalhes da vida da igreja deixam de ser
executados, e a igreja sente o reflexo, tais como: desorganização, sujeira,
liderança estressada.
3) Sinais – eles envolvem uma ação extraordinária de Deus. (milagres, curas,
línguas e interpretação).
V: 15-16 – “... seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo”.
Estes versículos nos mostram que temos muito a aprender e a amadurecer. E no
próximo versículo é enfatizada a idéia do nosso crescimento junto ao Corpo. E
“todo o corpo bem ajustado (unido) e consolidado ( os membros intercedendo e
ajudando uns aos outros), pelo auxílio ( no original é um suprimento que se produz
dentro do corpo), de toda a junta ( no original esta palavra junta significa
contato, onde uma pessoa toca na outra. Deus produz o crescimento interno e
externo do corpo), segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu
próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.
Efésios 4:11
APÓSTOLO
O sentido da palavra significa enviado ou embaixador; realiza trabalhos pioneiros
na fundação de igrejas. São reconhecidos voluntariamente como líderes
espirituais de várias igrejas.
PROFETA
A palavra profeta vem da raiz grega que significa “fazer brilhar” e que está
ligada ao prefixo pro “a frente” – ver a frente, o que vai acontecer... Tem o
sentido de proclamar ou interpretar uma revelação divina ao povo.
EVANGELISTAS
Tem o dom de comunicar o evangelho com facilidade e tocam com suas palavras
àqueles que ainda não são cristãos. Eles têm facilidade em fazer amizades e têm
comunicação fácil.
PASTOR
É o que ensina dentro do corpo de Cristo para manter a vida no corpo,
alimentando-o e preservando a sua vitalidade para o seu desenvolvimento e
crescimento. É aquele que cuida das pessoas no seu dia a dia; tem prazer em
orientar e guiar espiritualmente uma igreja local; enfatiza muito à vida das
pessoas, ao invés do trabalho que elas realizam; sabe ouvir e dar direções.
Este dom pode ser aplicado em liderança de ministério, lares de vida,
aconselhamento, treinamento e liderança de uma igreja.
MESTRE
A palavra mestre no grego (didaskalia) estar relacionado a ensinar.É a capacidade
especial que o Senhor concede a alguns cristãos, tornando-os capazes de
transmitirem a verdade das escrituras em forma didática, levando as pessoas a
compreenderem seu sentido.
Este dom pode ser aplicado em discipulado, nos lares de vida, treinamentos,
ministério etc...
Aqueles que desejam ser mestres serão julgados com maior rigor (Tg 3:1), porque
são aqueles que exercem uma grande influência sobre as pessoas e podem
conduzi-las a erros.
(Outros Dons mencionados em I Coríntios 12)
PALAVRA DE SABEDORIA
É a habilidade especial de transmitir conhecimentos que podem ser aplicados da
melhor forma em situações concretas e nas tarefas da vida; administração sábia
na formação de bons planos e na seleção dos melhores meios para sua aplicação.
PALAVRA DE CONHECIMENTO
É a habilidade especial de ter melhor compreensão e conhecimento mais profundo
da Palavra. Pesquisa de uma forma mais profunda e formula respostas sobre as
questões importantes para o crescimento da igreja.
MINISTÉRIO (Serviço)
A palavra ministério no grego tem haver com diaconia ou serviço. É a habilidade
de se engajar e a usar meios disponíveis de tal forma que tarefas específicas
sejam realizadas. Este dom pode ser aplicado nos detalhes em determinadas
atividades, trabalho braçal, tarefas práticas, hospitalidade e visitas.
MISERICÓRDIA
É a habilidade de praticar atos misericordiosos; Coloca-se no lugar do outro para
sentir o que ele está sentido; É o amor prático em ação. Pode ser aplicadas em
trabalhos com grupos marginalizados pela sociedade, com missões, visitas aos
doentes e no ministério de intercessão. O cuidado que precisa tomar é evitar
carregar as pessoas no “colo”.
CONTRIBUIÇÃO (generosidade)
É o dom da generosidade financeira para o sustento da obra do senhor. Tem
prazer em repartir seus bens e ajudar em crises emergenciais.
SOCORRO
Vem do sentido de segurar nas mãos. É a habilidade especial de prestar ajuda
prática a outros cristãos para que eles desempenhem melhor o seu dom. Pode ser
aplicado a apoio a liderança. São pessoas que ajudam a aliviar a carga daqueles
que lideram. Eles têm disposição e alegria em tarefas simples que não dão
“status”; têm sensibilidade de ver quando o líder está sobrecarregado; e têm
agilidade e presteza nas tarefas.
Quem tem esse dom deve ter o cuidado de não se sentir diminuído porque está
sempre fazendo as tarefas simples.
FÉ
Alguns cristãos são dotados de uma fé especial que os leva a “ver” aquilo que os
outros não vêem, mesmo que pareça impossível aos demais. Também discernem
com grande convicção a vontade de Deus relacionada à sua vida e o futuro da
igreja. Pode ser aplicado em grupos de oração, equipe de planejamentos, fundação
de igrejas etc...
DONS DE CURAR
É a habilidade especial concedida a certos cristãos de servirem como
instrumentos de Deus para restaurar a saúde de pessoas doentes com propósitos
definidos. Tem sensibilidade em perceber que um determinado caso de doença
pode ser usado para a glória e proclamação do evangelho.
OPERAÇÃO DE MILAGRES (prodígios)
Habilidade especial de ser usado por Deus para a operação de atos poderosos e
sobrenaturais, que ultrapassam a lei da natureza.
DISCERNIMENTO DE ESPÍRITO
Habilidade de julgar com distinção e segurança, se um determinado
comportamento é de origem divina, diabólica ou humana. Tem a facilidade e a
sensibilidade em detectar a falsidade e a verdade.
VARIEDADE DE LÍNGUAS
Tem origem da palavra gene e glossôn que significa variedade de línguas e idioma
(dialeto) falado de um povo. Habilidade de falar uma língua que nunca se aprendeu
antes.
DOM DE LÍNGUAS
Não devemos confundir o dom de línguas, que é a capacidade de falar uma língua
estrangeira (de um povo), nunca antes aprendida. Com as línguas estranhas que
alguns afirmam ser um dom obrigatório para todos os cristãos.
Quem fala em línguas se edifica a si mesmo. Mas se na igreja alguém se levanta
para proferir uma mensagem em línguas, deve-se pedir ao Senhor que alguém
receba a interpretação, para a edificação de toda a igreja.
INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS
É a busca pelo sentido lógico das palavras. Relacionado ao dom de línguas, a
interpretação dar o sentido do que se diz para que cumpra seu objetivo que é
comunicar a palavra de Deus.
GOVERNO
É a habilidade de coordenar, planejar, exercer liderança na execução de planos
para o crescimento da igreja.
PRESIDIR
É a habilidade de estabelecer planos para o crescimento da igreja; liderar
pessoas; sabe conquistar o respeito dos liderados e os envolvem na execução dos
planos; as pessoas seguem os seus passos de forma voluntária.
EXORTAÇÃO
O significado desta palavra no grego é paráklesis – “chamar ao lado”. Exortar não
deve ser confundido com admoestar (um aviso contra o pecado). A exortação é
ajuda consoladora, procura resgatar a pessoa. É usado por Deus como um
instrumento de consolo e encorajamento, com a finalidade de ajudar e curar.
Versículos Chaves – (Efésios 4: 17 a 5:20)
Efésios 4:17-21 “Não andeis na vaidade das vossas mentes (pensamentos)...”
A mente que não recebe uma nova atitude que vem de Cristo, é uma mente oca. A
palavra no grego para mente significa “inútil, vazia” É uma mente que não se
preocupa com nada de valor. Paulo nos convida a termos a mente de Cristo. É uma
mente que trata de valores permanentes, renovando-a através do canal da Palavra
e do Espírito.
Os nossos momentos particulares (devocionais) com Cristo nos permitem a abrir
os ouvidos do coração à mente de Cristo. “Senhor, o que Tu queres que eu faça ?”
Como Tu queres que eu aja em determinada situação?
V: 22-24 – “despojai o velho homem e renovai a vossa mente”.
Sobre o “despojar do velho homem” (Pensemos em uma Cebola)
A cebola tem uma casca seca por fora; tira-se a casca para poder comê-la, mas
interessante é que tirando a primeira casca, é possível tirar outra, e outra e
ainda outra, e nunca acaba, a não ser que acabe a cebola. Este conceito dar à
idéia de renovação contínua que põe fora a parte do velho homem (nossas velhas
práticas e as velhas atitudes). O Espírito Santo tirou a 1ª casca seca e a cada
passo da nossa vida somos motivados a deixar cair mais uma casca do nosso velho
homem, deixando o Espírito renovar a cada dia o nosso homem interior, à nossa
mente.
Ao nos despojarmos do velho homem tiramos a nossa velha humanidade, como uma
roupa suja e podre. Ao vestirmos a “roupa nova” ganhamos em Cristo uma nova
humanidade.
Cap.4:25 à 5: 1-6-Paulo menciona alguns exemplos do nosso Novo Estilo de
Vida:
1- “Deixem a mentira e falem apenas a verdade com o seu próximo” (v:
25). Os discípulos de Cristo devem ser reconhecidos como pessoas
honestas, em cuja palavra pode confiar.
2- “Não fiquem irados, a não ser com a certeza de que essa ira é justa”
(v: 26-27)
É restrita àquilo que Deus desaprova. Jesus quando se irritou no episódio
da exploração dos sacerdotes que vendiam sacrifícios por duas ou três vezes
mais que o preço normal. Pois não era lícito sacrificar nenhum outro animal senão
o que recebesse a vistoria oficial do sacerdócio. Essa injustiça provocou em
Jesus a ira, mas limitada, Jesus não pecou ( não havia fruto da carne misturado a
essa ira) e não deixou o sol se pôr sobre a sua ira. Isso quer dizer que não
guardou e alimentou essa ira em seu coração.
Em Salmos 4:4 diz “consultai no travesseiro o vosso coração e
sossegai”. Paulo sabia que essa conversa era impossível a menos que se tivesse
posto a ira de lado antes de se deitar. O perigo da ira é com o que precede, de
dá lugar ao diabo, ela oferece “uma porta meio aberta”. Pois quem não limita a sua
ira, abre o seu coração para o diabo.
3-
“Não furtem, antes trabalhem para socorrer o necessitado” (v:28)
Existem várias formas de furtar: sonegando os impostos, Gato - Net, Gato
na luz etc...
4- “Não usem a boca para o mal, mas sim para o bem” (v: 29-30).
O nosso modo de falar não pode ser impuro ou malicioso, mas construtivo e
edificador. Devemos desenvolver novos padrões de conversação. Ao invés
de ferir pessoas com as nossas palavras, devemos usá-las para ajudar,
encorajar, estimular e consolar.
5- “Não sejam maldosos ou amargos, mas sim bondosos e amorosos” (v: 315: 2). Amargura, gritaria, blasfêmias e malícia, devem permanecer longe
de um cristão. Antes, devemos ser uns para com outros benignos,
compassivos e perdoadores.
6- “Não dêem lugar a impureza sexual, às conversas maliciosas e tolas,
mas sim a uma vida de ações de graças” (Ef. 5:3-6).
Paulo acrescenta ainda a “conversação torpe” (conversas obscenas) e as
“palavras vãs” (conversas e expressões vulgares típicas de pessoas de
mente suja). Nossa boca deve ser purificada pelo Espírito de Deus. Jesus
diz em Marcos 7, o que contamina o homem não é o que entra pela nossa
boca, e sim o que sai do coração através da nossa língua. A palavra “torpe”
significa “peixe podre’, isto é o que tem mau cheiro, e isso leva as pessoas
se afastarem de nós.
Nossa vida deve ser caracterizada por ações de graças, que é o nosso
reconhecimento prático da generosidade e da graça perdoadora de Deus.
(Efésios 5:7-14)
Paulo fala nesses versículos de alguém que vive na prática desses pecados, e não
daqueles que um dia já cometeram eles. O arrependimento é o caminho para o
perdão e para a reconciliação com Deus. Aqui somos chamados a andar como
“filhos da luz”, produzindo frutos da bondade, da justiça e da verdade de Deus
(V: 9). Provando sempre o que é agradável ao Senhor.
Viver como filho da luz não é compactuar com as obras infrutíferas das trevas,
pois são estérieis e maléficas.
V: 15-17 -“vede prudentemente como andais”...
O conceito hebraico para “andar” se refere ao comportamento e ao estilo de vida.
É como se Paulo estivesse dizendo: “meditem atentamente sobre o modo como
vocês estão vivendo”.
Paulo nos ensina que a nossa vida cristã exige cuidados e atenções especiais:
* As pessoas sábias tiram maior proveito do seu tempo, aproveitando da melhor
maneira possível cada oportunidade que surge (V: 16)
*As pessoas sábias discernem (procuram compreender) a vontade de Deus (V: 17)
V: 18-“... não vos embriagueis com vinho...”
Não devemos buscar, através de fontes externa uma alegria para a alma que só o
Espírito pode dar. Também a embriaguez produz perda de controle e de
equilíbrio. “Mas enchei-vos do Espírito Santo...”.
Ter o Espírito é diferente de Ser cheio do Espírito
Todo o homem nascido de novo tem o Espírito Santo dentro de sua vida. Todavia
ter o Espírito Santo não significa ter a plenitude (ou ser cheio) do mesmo. Ser
cheio do Espírito Santo é uma simples questão de decisão. Ë preciso que saibamos
que muito mais do que minha vontade de ser Cheio do Espírito, é vontade do
próprio Deus que isso aconteça. Para se ter uma vida continua na plenitude do
Espírito de Deus, é preciso manter uma comunhão diária com o próprio Deus. Isso
se dá através da Palavra, oração e principalmente vivendo a vida de Cristo a cada
momento de sua vida.
Como Podemos ser Cheio do Espírito Santo? (V: 19-20)
* Falando entre nós com salmos e cânticos. Ou seja, falando uns com os outros
coisas que edificam e que constroem. E dando Graças a Deus por tudo (tendo um
coração mais grato por tudo).
Versículos Chaves – (Efésios 5: 22 a 6:1-9)
Efésios 5:22-23
Neste texto são focalizadas novas formas de relacionamento, ensinando como o
cristão deve se conduzir. Como deve ser o nosso relacionamento como: maridos,
esposas, pais, filhos, patrões e empregados.
Em nossa geração, a questão da submissão às autoridades provoca um sentimento
geral de discordância e protestos. Paulo segue neste texto os ensinamentos do
Mestre Jesus, que honrou as mulheres numa época em que elas eram
desprezadas; abriu caminho para as crianças que eram ignoradas; e dignificou o
trabalho manual, trabalhando ele mesmo como carpinteiro.
A submissão que Paulo recomenda às esposas, aos filhos e aos servos não é
sinônimo de inferioridade. Os maridos e as esposas, os pais e os filhos, os patrões
e empregados têm dignidade igual, mas papéis diferentes na vida. Essa
autoridade vem de Deus. Devemos nos submeter até o ponto em que a obediência
à autoridade humana não envolva desobediência a Deus. Ela deve ser exercida
com responsabilidade sempre em prol dos outros.
Esposas:
Mulheres se submetam aos seus maridos (submissão significa colocar-se debaixo
da mesma missão de outra pessoa); tornem-se realmente pessoas que estão
prontas a consumir todas as energias, o tempo e os interesses para apoiar seu
marido.
A esposa e os filhos são para o marido a Igreja de Cristo na rua onde mora.
Sendo a Igreja de Cristo, o marido, como cabeça do lar representa “cristo” para
a esposa e filhos.
O lar se constrói para ser um lar de alegria e harmonia como uma pequenina
igreja. A esposa precisa agradar, elogiar seu marido, caso contrário “outra”
poderá fazê-lo. Lembre-se o que diz a Palavra que “a mulher sábia edifica a sua
casa”. É necessário que se tenha entre os cônjuges, diálogo e comunicação.
V: 22 - “... como ao Senhor” - fala do modo como à mulher deve encarar a sua
submissão ao seu marido, ou seja, da mesma forma como todos nós nos
submetemos à autoridade de Jesus, entendendo que Ele, por sua vez, recebeu
essa autoridade de Deus-Pai.
V: 23 - “porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o
Cabeça da igreja”.
Tem a sua origem no ato criador de Deus (o homem foi criado primeiro - Gênesis
2), quando Paulo nos lembra que Deus criou todas as coisas dentro de uma ordem
universal: “Cristo”, o cabeça de todo o homem, e o “homem”, o cabeça da mulher,
e “Deus”, o cabeça de Cristo”.
O ato redentor de Cristo, fez com que Deus o colocasse sobre todas as coisas,
fazendo d’Ele o cabeça sobre a igreja.
V: 24- “Como a igreja está sujeita a Cristo”.
Nossa sujeição a Jesus nunca se dá sob autoritarismo, imposição, força ou
qualquer ato que nos humilhe e retire o nosso valor próprio, como ocorre em
muitos casamentos doentes. Pelo contrário, ela ocorre em alegria, liberdade,
aceitação mútua e comunhão. É um relacionamento saudável, estimulante e pleno
de alegria.
Maridos
V: 25- Paulo dá muita atenção à responsabilidade do marido. Ele precisa amar
sua esposa, sendo ela a pessoa mais importante no mundo. A palavra amar é a
palavra “ágape”, que é o amor que “dá a si mesmo”. É o amor comportamental e
não emocional apenas, pois é um amor que contraria as emoções do marido.
Muitas vezes o marido não quer dar a si mesmo, como Cristo Se deu pela igreja na
cruz. Esse amor no lar vai muito além do amor egoísta. Quando o amor se torna
sacrificial, ao ponto do auto-sacrifício ou da desistência daquilo que eu quero,
começa a surgir a harmonia celestial no lar.
O marido deve amar a esposa de modo que ela não possa ter alegria em nada mais
que não seja neste amor. O amor santifica o lar. Quando o marido aprende
realmente a amar, ele começa a santificar a mulher para si. Através do amor as
intenções do coração são santificadas. Há renúncia diária e perdão. (este é o
mistério que purifica a esposa). E a esposa também tem a mesma
responsabilidade.
V: 27- “... para apresentar a si mesmo Igreja gloriosa”. A palavra gloriosa
descreve a beleza da esposa. Se a esposa tem alguma qualidade negativa, o amor
do marido ajuda a mudar. É um amor voluntário que une pessoas com muito mais
vínculo, alegria e menos egoísmo.
Paulo emprega duas analogias para ilustrar o amor com qual os maridos devem
amar suas mulheres.
1- Amar como Cristo amou a Igreja e a Si mesmo se entregou por ela (v:
25)
Como foi que Cristo amou a sua igreja? R: Sacrificou-se por ela, cuidou e
continua cuidando dela constantemente, tendo como única fonte de motivação
o Seu amor.
2- Amar como ao próprio corpo (v: 28)
Como você cuida do seu corpo? Alimentando e cuidando dele diariamente
(v: 29b). Paulo diz: façam com suas esposas, como os mesmos cuidados ou ainda
melhores.
Pais e Filhos
Cap. 6:1-4 - Os filhos devem ser os primeiros discípulos dos pais. Por que será
tão difícil discipular um filho, quando é relativamente fácil discipular os filhos
dos outros?
Os filhos não têm nenhuma escolha quanto à obediência e a honra que devem a
seus pais (6:1).
Nos relacionamentos pais e filhos, ocorrem frequentemente atritos, devidos
algumas vezes ao excessivo autoritarismo ou completa passividade dos pais, ou à
falta de percepção dos filhos sobre os seus deveres para com seus pais, entre os
quais o de honrá-los.
Como os filhos devem se submeter a Cristo, da mesma forma devem fazê-lo em
relação aos seus pais e honrá-los, para que “seus dias se prolonguem na Terra”.
Os pais são ensinados a não usar nossa autoridade para irritar os filhos. Paulo
reconhece que os filhos necessitam do amor e do estímulo positivo dos pais para
uma formação equilibrada e harmoniosa. Assim ele ensina: “... criai vossos filhos
na disciplina e na admoestação do Senhor”. Criar significa nutrir ou alimentar.
Podemos ler o texto contemporaneamente da seguinte maneira: “Alimentem seus
filhos com amor, atenção e incentivos para que eles formem uma
personalidade saudável”. Este é o significado de nutrir.
Admoestação significa instrução ou advertência verbal, mostrando que os pais
devem ser os primeiros educadores dos seus filhos. Assim eles serão conduzidos
ao temor a Deus, e a uma vida de obediência, equilíbrio e maturidade.
Patrões e Empregados
V- 6: 5-9 - Em relação aos patrões e empregados. Alguns patrões continuam
espoliar os empregados, e estes continuam enganar os patrões, com um mau
serviço.
Paulo contempla a situação histórica dos escravos, mais especificamente no
mundo romano da sua época, os quais eram considerados meros objetos nas mãos
dos seus senhores, que por sua vez, podiam até condená-los à morte pelos motivos
mais triviais. Em qualquer relação trabalhista, as recomendações do apóstolo aos
empregados são:
1- Obedecem ao seu patrão da mesma forma que vocês obedecem a Cristo. (v: 5)
2- Façam qualquer serviço com o propósito final de mostrar que vocês são servos
de Cristo, e que querem fazer de coração. (v: 6)
3- Executem suas tarefas com boa vontade, como se as tivessem realizando para
o Senhor. (v:7)
4- Esperem a recompensa final apenas do Senhor (v:8)
Se os empregados cristãos procederem desta forma, o nome de Jesus é honrado
por esta postura cristã. Isso não significa, entretanto que o trabalhador Cristão
não possa lutar por melhores condições de trabalho, mas essa luta pela justiça
não deve interferir na qualidade de seu serviço.
O Patrão cristão deve:
1- Proceder para com seus empregados da mesma forma como espera que
seus empregados procedam para com ele.
2- Relacionar-se com seus empregados sem ameaças, ou seja, não deve abusar
da sua posição de autoridade ameaçando de castigos.
3- Deve sempre se lembrar que ele e seus empregados pertencem a um mesmo
Senhor, o qual não faz acepção de pessoas.
Versículos Chaves – (Efésios 6:10-24)
V: 10 – “Sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder”.
Este mundo é dominado por forças destrutivas do mal, que criam miséria,
injustiça, enchendo-o de toda espécie de maldade e crueldade. Essas forças,
pouco a pouco, passaram a controlar cada vez mais a mente dos homens e suas
decisões. Não somos imunes a essas forças do mal e às suas tentações; o próprio
Senhor Jesus, ao enfrentar a cruz, no Getsêmani sentiu a proximidade dessas
forças.. Elas estão constantemente nos rodeando como leão, procurando qualquer
abertura, fraqueza, qualquer ponta de orgulho, onde nos sintamos fortes em nós
mesmos. Mas lembre-se a nossa força não está no nosso braço, mas em Deus.
V: 11-13- “Vistam a armadura para ficar firmes contra as ciladas (armadilhas)
do diabo, pois nossa luta não é contra carne nem sangue, mas contra poderes e
autoridades, contra dominadores deste mundo de trevas, contra as forças
espirituais do mal nas regiões celestiais...”.
1- Armadilhas (ciladas) são escondidas e não expostas diante dos nossos
olhos.
2- Não adianta lutar a luta errada (a luta não é contra carne...).
V: 14- “Vistam a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e
permaneçam inabaláveis”
O dia mau faz parte da vida de todo homem. Na ocasião em que escreve isto o
apóstolo vivia o seu dia mau (estava preso a um soldado romano, e ele olha para
esse soldado e começa a relatar a roupa que ele estava vestindo). Ele sabia que
precisava ser revestir de Deus para que pudesse não só resistir, como
permanecer inabalável (ficar de pé). No meio da pressão/luta (diz o apóstolo)
fiquem firmes, revestem suas vidas.
Devemos estar fortalecidos e armados para entrar nesta luta que não vemos.
Paulo começa a falar de cada parte dessa armadura, onde são usadas para defesa
e para o ataque.
V: 14ª- “Pondo o cinto da verdade”
Assuma a verdade em sua vida “pois é Ela que te liberta.” Seja verdadeiro com os
outros, com você mesmo e com Deus. Por mais que a situação te pressione a
mentir ou omitir, mantenha a confissão da verdade, não a negocie, não a
barganhe, não a venda.
* O cinto era o que permitia que um soldado tivesse suas roupas debaixo presas
ao corpo, dando sustentação ao resto da armadura, todo o restante se apóia nele.
Assim o lutador tinha liberdade de se movimentar para a luta.
V: 14b- “Vestindo a couraça da Justiça.”
Jesus disse: “Bem-aventurados o que tem sede de justiça”.Não seja injusto só
porque você sofreu algum tipo de injustiça na sua vida. Em Cristo não fazemos
mais justiça por nós mesmos, Deus se tornou o “sol da nossa justiça.” É ele quem
julga as nossas causas.
V: 15- “calçando as sandálias do evangelho.”
* As sandálias de um soldado romano, possuíam cravos na sola para que ele não
escorregasse na luta. As sandálias do evangelho estão fincadas na rocha que é
Cristo.
Um das possíveis traduções deste versículo é: “Deixe que o evangelho da paz seja
como sapatos em seus pés, para te dar firmeza.”. O Evangelho é a boa notícia que
trouxe a vida e a Paz de Deus ao nosso coração. Em meio às lutas precisamos ter
essa certeza dentro de nós, como uma ancora que segura um barco no lugar num
dia de tempestade.
V: 16 - “Use o escudo da fé”
* O grande escudo usado por um soldado romano era o que o protegia contra as
flechas inflamadas que eram lançadas contra ele.
Fé segundo Hebreus, são convicções que trazemos em nossos corações, mas não
vemos com os nossos olhos. A fé durante a adversidade é mesmo como um escudo
que protege nosso coração daquilo que vemos com nossos olhos. Fé é o que nos
protege das flechas inflamadas “pegando fogo” que são lançadas contra nós, nos
dando a certeza que independentemente do que houver, em Cristo já nos
tornamos “mais do que vencedores”.
V: 17a - “Use o capacete da salvação”
Viver o “dia mau” muitas vezes gera incertezas em nossas mentes. Quando
lutamos, nem sempre acertamos, nem sempre vamos até o fim. Muitas vezes
somos duramente atingidos, e isso nos da a sensação de que perdemos a luta pelo
caminho- Seja por nossa desistência ou por nossos erros - Por isso o apóstolo diz
que precisamos ter uma certeza: O que nos foi dado por Deus, não nos será
tirado, mesmo que tenhamos parado no meio do caminho. Precisamos entender que
a Salvação parte de Deus, e não de nós mesmos. Tenhamos a certeza de que em
Cristo o amor de Deus pelas nossas vidas “já esta consumado.”. Isso é a Graça de
Deus.
V: 17b- “... e a espada do Espírito que é a Palavra de Deus.”
Diz o texto que a Palavra é uma espada. Antigamente numa luta armada, a espada
era o principal artefato de um soldado. A espada o permitia o contra-ataque. Da
mesma forma é a Palavra de Deus que me faz anular os ataques lançados contra
minha vida. Mas não a palavra falada (conhecer versículos) mas a palavra
encarnada ( viver o que conhecemos). Há autoridade na Palavra de Deus, e quando
a vivemos, essa mesma autoridade se manifesta em nossa vida. Vivamos a Palavra,
dentro da nossa casa, na rua, nos negócios, na faculdade, nas angustias, no ganho,
na perda; e descobriremos que muitos laços e correntes estarão se rompendo por
causa do poder da palavra (espada).
V: 18 - Fale com Deus e ouça de Deus. “ Orem no Espírito em todo o
tempo...”
Devemos nos vestir de toda a armadura, vigiando e orando em toda a
oportunidade, com súplica específica. Orar é comunicar com Deus. Orar é falar,
orar é ficar calado, orar é pedir, orar é ouvir. Orar é pedir discernimento,
direção, orar é receber. Sem oração não há comunicação.
Se desejo ouvir Deus, preciso buscá-lo. Se desejo receber, preciso pedir. Se
desejo que se abra, preciso bater, se desejo ser guiado preciso ouvir. Orar em
todo tempo, não é falar o tempo todo. É estar em Deus constantemente. Seja no
grito ou no silêncio, na correria ou na tranqüilidade, na paz ou na tribulação, na
alegria no espírito, ou na ausência de qualquer emoção. Orar em todo tempo,
confiar o tempo todo, é buscar acertando ou errando não mais viver por si mesmo.
“Não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim”.
Essa é chave da vitória de nossas lutas; sabermos que somos simples soldados, e
que tudo que deve ser feito é ouvir e obedecer às ordens do nosso General.
“Pois embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As
armas com que lutamos não são humanas; ao contrário, são armas poderosas em
Deus para destruir fortalezas.” (II Co 10: 3- 4).
Deus lhe abençoe!
Estudo Elaborado pela: Pastora Jaciléa Donadio
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