Conheça mais sobre CIRCUITOS ELÉTRICOS... Olhe ao seu redor, certamente verá algum celular, televisão, ventilador, ou quem sabe um poste de iluminação pública. Dentro desses e de milhares de outros aparelhos que utilizamos no nosso dia-dia, estão lá, escondidinhos, os circuitos elétricos. O que seria da gente nosso conforto sem o ventilador ou o ar-condicionado em pleno verão, sem a TV, sem o computador no novo modo de vida? Até o telefone... Imagine se cada vez que precisasse falar com alguém você tivesse que andar até onde essa pessoa estivesse! Já pensou o que seriam das nossas noites sem as lâmpadas? Só de pensar que antigamente não existiam lâmpadas... Enfim, o que seria da gente sem os circuitos elétricos? O que é um circuito elétrico? Circuito elétrico é o conjunto de caminhos pelos quais a corrente elétrica pode passar, no qual aparece uma ou mais fontes de energia elétrica (pilhas, baterias, etc.) e outros dispositivos elétricos (lâmpadas, resistores, capacitores, motores elétricos, etc.). O que é Corrente elétrica? Os metais são bons condutores de eletricidade, pois possuem elétrons com liberdade para se movimentarem no seu interior. Esses elétrons são chamados de "elétrons livres". Imagine o interior de um metal. Se não houver tensão elétrica (voltagem), os elétrons livres movimentam-se de forma caótica, como abelhas em torno da colméia: vão ora pra esquerda, ora pra direita, ora pra cima, ora pra baixo... “Na média” permanecem no mesmo lugar. Mas se suas extremidades forem conectadas a uma pilha, como os elétrons possuem carga negativa, eles serão “repelidos” pelo pólo negativo (cargas de mesmo sinal se repelem) e “atraídos” pelo pólo positivo (cargas de sinais contrários se atraem). Haverá, agora, um “movimento ordenado” de elétrons ao longo do metal, ou seja, haverá uma corrente elétrica. É como se o enxame de abelhas fosse, nesse caso, arrastado por uma leve brisa: o movimento de cada elétron continua complexo, mas agora há uma tendência de se deslocarem no sentido dessa brisa. Conclusão: • A corrente elétrica é o movimento "ordenado" dos elétrons. • Só há corrente elétrica se houver uma tensão elétrica (pilhas, baterias, etc.). Assim, podemos dizer que a energia química da pilha é convertida em energia elétrica, transportada por elétrons (corrente elétrica) ao longo do circuito elétrico e pode ser transformada em energia luminosa (lâmpadas), em energia mecânica (motores elétricos – ventilador, liquidificador, etc.), energia sonora (aparelhos de som), etc. Alguns elementos de um circuito elétrico: Resistor: O resistor é um aparelho que tem apenas uma função: transformar energia elétrica em energia térmica. Quando a corrente elétrica passa por um resistor, este oferece uma oposição à passagem da corrente (resistência elétrica). Durante esse processo, parte da energia elétrica do circuito é transformada em calor (efeito Joule). Há um resistor dentro do chuveiro elétrico, dentro do ferro de passar, e em outros aparelhos com a função de esquentar. Lâmpada: Há dois tipos de lâmpadas: incandescentes e fluorescentes. Nessa mídia trabalharemos apenas com as lâmpadas incandescentes. Essas lâmpadas possuem um filamento de tungstênio por onde passa a corrente elétrica. Por efeito Joule, o filamento aquece tanto (3000 ˚C aproximadamente) que passa a emitir luz. Na prática, apenas 5% da energia elétrica é convertida em energia luminosa, o restante é dissipado em forma de calor. Por esta razão, nessa mídia, trataremos as lâmpadas como resistores, sendo que seu brilho fica em função da corrente que a atravessa. Gerador: elemento responsável pela “alimentação” do circuito (geram “voltagem” ou tensão). Transformam outras modalidades de energia em energia elétrica. Ex: a pilha (transforma energia química em energia elétrica). Os geradores dão energia para o funcionamento dos aparelhos elétricos e para a manutenção da corrente elétrica nos circuitos. Os geradores utilizados nessa mídia serão as pilhas. Todo gerador possui uma “força eletro-motriz”, ou f.e.m., (E), medida em volts, e uma resistência interna (r). Lei de Ohm: Todo corpo oferece uma oposição à passagem de corrente elétrica chamada de resistência elétrica. Quanto menor for o valor da resistência elétrica de um corpo, maior será a intensidade da corrente elétrica que o atravessará para uma mesma tensão (voltagem). Mas o que aconteceria se dobrássemos a voltagem? A corrente iria dobrar! Se triplicássemos a voltagem, observaríamos que a corrente triplicaria também! A lei de Ohm diz que a tensão é proporcional à corrente elétrica que atravessa o resistor, ou seja, a tensão entre as “pontas” de um resistor é igual ao produto entre a sua resistência e a corrente que o atravessa. Lei de Ohm: V = Ri Onde V = tensão (voltagem); i = corrente elétrica e R = resistência. OBS: a unidade de medida padrão da resistência elétrica é o Ohm (Ω). Mas e se o circuito tiver mais de um resistor? Em circuitos elétricos, é comum a presença de associações tanto de resistores quanto de geradores. Essas associações podem ser: • Em série: aparelhos ligados em sequência compartilhando a mesma corrente. • Em paralelo: aparelhos ligados a pontos em comum do circuito (mesma voltagem). • Mista: Como o próprio nome sugere, é uma “mistura” de associações em série e em paralelo. Nesses casos, reduzimos o circuito encontrando um dispositivo equivalente a toda associação e trabalhamos apenas com ele. Associações de resistores: devemos calcular a “resistência equivalente” (Req) a cada associação, ou seja, a resistência total. Assim, reduziremos o circuito e o estudamos como se houvesse apenas um resistor: o “resistor equivalente”. • Em série: Req = R1 + R2 +R3 + R4 + ... • Em paralelo: 1/Req = 1/R1 + 1/R2 + 1/R3 + 1/R4 + ... OBS: Como vimos, as lâmpadas serão tratadas aqui como “resistores”, portanto, toda a teoria envolvendo resistores servirá também para as lâmpadas e para as associações de lâmpadas. Associações de geradores: de forma análoga, geradores associados podem ser representados por um “gerador equivalente”. Devemos calcular o valor equivalente da sua f.e.m. (Eeq) e da sua resistência interna (req). • Em série: Eeq = E1 + E2 + E3 + ... ; req = r1 + r2 + r3 + ... • Em paralelo: Eeq = E1 = E2 = E3 = ... ; 1/req = 1/r1 + 1/r2 + 1/r3 + ... Leis de Kirchhoff: Em circuitos mais complexos, a solução deve ser encontrada através de duas Leis chamadas Leis de Kirchhoff: Para entendermos essas leis, precisamos definir os conceitos de “nó”, de “malha” e de “ramo”. Tomemos novamente o circuito abaixo: Nó: Ponto em que 3 ou mais condutores são ligados. No circuito acima, “b” e “c” são nós, ao contrário dos demais pontos. O nó “divide” a corrente elétrica. Malha: Qualquer caminho condutor fechado. Nesse caso, “abcd” e “befg” são malhas internas, isto é, são malhas que não contêm outras malhas. Já a malha “aefd” é uma malha dita externa, pois contem as malhas “abcd” e “befg”. Ramo: Caminho condutor aberto que liga dois nós. Ex: “badc”, “bc “ e “befc” são os ramos desse circuito. 1ª Lei de Kirchhoff (Lei dos nós): em um nó qualquer, a soma de todas as correntes que “entram” é igual à soma de todas as correntes que “saem”. No circuito apresentado, temos i = i1 + i2. 2ª Lei de Kirchhoff (Lei das malhas): a soma das “tensões geradas” menos a soma das “tensões consumidas” numa malha é igual a zero. Potência: qual a diferença entre Volt e Watt? Volt: como discutimos, unidade de tensão elétrica. Watt: unidade de potência. Potência é a rapidez com que um aparelho consome energia. Por exemplo, se a potência de um ferro de passar é 1000 w, então ele vai consumir energia 10 vezes mais rápido do que uma televisão de cuja potência é 100 w. A potência (P, em Watt) é calculada através do produto entre a tensão (V, em volt) e a corrente (i, em ampére): Potência: P = Vi