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DGS − UESP (Unidade de Apoio às Emergências de Saúde Pública)
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ALERTA
INFORMAÇÃO DIÁRIA DE SAÚDE PÚBLICA
12-01-09
O ALERTA reúne informação diária recolhida na Direcção-Geral da Saúde sobre ocorrências de saúde, nacionais e internacionais, susceptíveis de terem implicações em Portugal.
Pretende-se que esta informação destinada a todos os profissionais de saúde e responsáveis pela gestão do risco em Saúde Pública seja precoce e exaustiva.
Informação de Saúde
Fonte da informação e endereço
Moçambique: Autoridades reabrem Centro de Tratamento de Cólera de Maputo para fazer face a
aumento do número de casos
Lusa*
Angola: Governo alarga medidas preventivas contra Ébola nas fronteiras
Lusa**
*Moçambique: Autoridades reabrem Centro de Tratamento de Cólera de Maputo para fazer face a aumento de casos
Maputo, Moçambique 10/01/2009 13:54 (LUSA)
Maputo, 10 Jan (Lusa) - As autoridades sanitárias de Maputo reactivaram o Centro de Tratamento de Cólera na capital moçambicana face ao aumento do
número de infecções registadas, mas asseguram que a situação está controlada e “o número de casos está a diminuir”. Em declarações à agência Lusa, a
directora de Saúde da Cidade de Maputo, Alice Magaia, adiantou que permanecem internados no Centro de Tratamento de Cólera (CTC) de Maputo 40 doentes
de cólera, sobretudo mulheres, mas também homens e crianças. Desde que os primeiros casos de cólera começaram a ser identificados em Dezembro já
morreram duas pessoas que “chegaram tardiamente” ao CTC, instalado num terreno anexo ao Hospital de Mavalane, junto ao aeroporto da cidade, um local
vedado e de acesso fortemente condicionado acessível apenas a pacientes e profissionais de saúde. “Comparado com o ano passado a situação está bem
melhor. O número de casos chegou a aumentar, mas desde Dezembro que têm vindo a diminuir”, disse Alice Magaia, justificando a reabertura do centro com a
Este relatório foi enviado para: dirigentes/chefias da Direcção-Geral da Saúde, Alto Comissariado da Saúde, ENSP, INSA, IHMT INEM, IPS, INFARMED e Autoridades de Saúde
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incapacidade das unidades de saúde da capital moçambicana de lidar com o surto registado. “O número de casos de diarreia aumentou e tivemos a
confirmação de que estavam associados à cólera e os hospitais gerais não tinham capacidade de receber estes casos, por isso o CTC teve que ser reaberto”,
apontou. A responsável da Saúde em Maputo aconselha, por isso, os habitantes da capital a “dirigirem-se às unidade sanitárias assim que detecte um caso de
diarreia” e não “fiquem em casa a achar que o sintoma é ligeiro e vai passar”. Alica Magaia reforçou, contudo, a necessidade de os habitantes de Maputo
tomarem “medidas preventivas”, que são “mais importantes e eficazes”. “Cuidar da água e do lixo, que deve ser bem conservado e enterrado, ter as latrinas
sempre tapadas (…) Se lutarmos para ter estes três pontos, principalmente a água, resolvíamos o problema”, considerou. A cólera já fez 49 mortos em oito das
11 províncias de Moçambique nos últimos 10 meses, com 3.539 casos confirmados no mesmo período. As províncias mais afectadas continuam a ser as do
centro e norte do país, com destaque para Manica e Tete (centro), Niassa e Nampula (norte). Para ajudar as vítimas da cólera, o Ministério da Saúde de
Moçambique abriu cerca de 15 centros de emergência de tratamento da doença nas oito províncias do país.
**Angola: Governo alarga medidas preventivas contra Ébola nas fronteiras
Luanda, Angola 09/01/2009 15:40 (LUSA)
Temas: Saúde, Epidemias e pragas, governo
Luanda, 09 Jan (Lusa) - As autoridades angolanas reforçaram a segurança nas fronteiras das províncias da Lunda Sul, Moxico, Malange e Uige com a
República Democrática do Congo (RDC), como medida de prevenção do alastramento da epidemia de ébola que assola o país vizinho. Este reforço da
segurança, traduzido no aumento de meios operacionais no terreno, surge como medida complementar ao encerramento total das fronteiras da Lunda Norte,
que é a província angolana com acesso directo à região congolesa do Kassai Ocidental, onde foi declarada a epidemia de febre hemorrágica provocada pelo
virus do Ébola em Dezembro e que já provocou mais de quatro dezenas de contágios. Segundo o vice-ministro do Interior para os Serviços de Migração e
Estrangeiros, Eduardo Martins, em declarações à Agência Lusa, a província da Lunda Norte é considerada de “alto risco”. O Governo angolano anunciou na
segunda-feira o encerramento da fronteira que delimita a província da Lunda Norte com a RDC, para o impedimento da propagação da doença e, já na quintafeira, o Jornal de Angola avançou com a notícia do encerramento da fronteira do Luau, no Moxico, que Eduardo Martins não confirmou hoje à Lusa. De acordo
com o vice-ministro, em função da evolução da epidemia, estão já também as restantes províncias com fronteira comum com a RDC a trabalhar no sentido da
sua prevenção para evitar o alastramento do ébola. “No âmbito da cooperação com as Forças Armadas Angolanas e outras estruturas de segurança e ordem
interna, fez-se o reforço na fronteira na Lunda Norte, mas também ao nível das outras províncias estamos a fazer o reforço com as FAA e outras estruturas”,
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disse Eduardo Martins. O governante referiu ainda que as autoridades estão em estado de alerta, com o permanente contacto com a missão consular angolana
na RDC e com a Organização Mundial de Saúde (OMS). “Até quinta-feira houve uma evolução, com a descoberta de mais um caso. Eram 40 e ontem subiu
para 41, mas hoje não temos qualquer informação de alteração da situação”, salientou. A epidemia de ébola matou até ao momento 13 pessoas na RDC. Não é
conhecida a existência de casos em Angola. Desde 27 de Novembro de 2008 que ocorre na região de Mweca, província do Kassai Ocidental, RDCongo, uma
epidemia provocada pelo vírus de ébola, que foi confirmada laboratorialmente a 16 de Dezembro, tendo a OMS para a região africana informado Angola. Nesse
sentido as autoridades governamentais têm utilizado como medidas preventivas o aumento da informação sobre o modo de manifestação da doença, o reforço
da vigilância no sector da saúde para a eventualidade de que possam aparecer casos que sejam suspeitos e permitir que a resposta seja o “mais precoce
possível” para limitar a epidemia. Não se conhece o reservatório da doença, com um período de incubação de dois a 21 dias, com uma mortalidade
elevada,situada em mais de 30 por cento. Manifesta-se por febres altas, dores de cabeça, dores musculares e sangramentos na boca e na pele. A OMS admitiu
que a causa da doença possa estar ligada ao consumo de carne de macaco.
Este relatório foi enviado para: dirigentes/chefias da Direcção-Geral da Saúde, Alto Comissariado da Saúde, ENSP, INSA, IHMT INEM, IPS, INFARMED e Autoridades de Saúde
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