Medicina Tradicional Chinesa

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Medicina Tradicional Chinesa
Há muitos nos atrás, não me lembro em qual livro cujo o Autor deixou um célebre
conceito que veio a nortear minha vida: “ O conhecimento não ocupa espaço”. Assim,
guiado por este conceito, sempre busquei aprender tudo que me despertou o interesse e
que considerei e considero de grande valia.
Fruto desta postura, me formei em Direito, fiz duas Pós Graduações na Área Jurídica,
conclui o curso superior de Comércio Exterior, me aprofundei no Universo das Artes
Marciais e em conseqüência disto, estudei e continuo a estudar a Medicina Tradicional
Chinesa, tendo concluído cursos de Massagem, Moxabustão, Ventosaterapia,
Acupuntura Auricular e Acupuntura Sistêmica, esta ultima com certificação de extensão
universitária pela FACIBA (Faculdade de Ciências da Bahia), através de meu Shifu Li Hon
Ki, o qual é Phd. em Medicina Chinesa.
Desta forma, aplicando ao meu dia-a-dia, tanto em mim quanto as pessoas próximas,
apresento ao Internauta uma breve síntese sobre este relevante ensinamento oriental
que em muito pode contribuir para nosso bem estar.
Com base em um preceito Shaolin que diz: “ Quem sabe tirar a vida deve saber
também trazê-la, assim é o Tao”, acredito que para ser um Mestre em Kung Fu, se faz
também necessário ter os conhecimentos inerentes a MTC que sempre acompanhou os
grandes sábios das Artes Marciais.
Até hoje, a grande maioria dos Mestres de Kung Fu com feitos notáveis na China
lembrados por todo o povo, também apresentavam feitos maravilhosos na área da
Medicina Tradicional Chinesa, curando e tratando seus semelhantes.
Em minha estadia na China, pude presenciar as grandes marcas deixadas na cultura
popular pelos bravos guerreiros que lutavam pela causa justa do povo, contra a
opressão e dominações, tanto como os grandes conhecedores da Medicina Tradicional
Chinesa.
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Passarei a explanar sobre os pontos que realizei estudo e adquiri formação, uma vez
que através de meu Mestre, amplio a possibilidade para toda minha família na busca
destes fantásticos conhecimentos, promovendo cursos aos interessados em todo País.
Moxabustão: De história milenar, originária do norte da China, moxabustão significa,
literalmente, "longo tempo de aplicação do fogo", uma espécie de acupuntura térmica,
feita pela combustão da erva Artemisia sinensis e Artemisia vulgaris.
É uma técnica terapêutica da Medicina Tradicional Chinesa. Baseia-se nos mesmos
princípios e conhecimento dos meridianos de energia trabalhados na acupuntura, sendo
amplamente utilizada nos sistemas de medicina tradicional da China, Japão, Coréia,
Vietnam, Tibete, e Mongólia. Acredita-se que seja anterior à acupuntura.
A moxabustão trata e previne doenças através da aplicação de calor em pontos e/ou
certos regiões do corpo humano.
A palavra "moxa" vem do Japonês mogusa (艾) (o u não é pronunciado com força).
Yomogi (蓬) é outra palavra que designa esta técnica no Japão.
Em chinês é utilizado o mesmo ideograma (艾), que em chinês se pronuncia ài. Também
é utilizado o têrmo àiróng (艾絨), que significa "veludo de ài".
O ideograma chinês para moxabustão compõe metade da palavra chinesa zhēnjiǔ, ou
japonesa "shinkyu" (針灸), que é geralmente traduzida como "acupuntura" no ocidente.
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As folhas da artemísia são lavadas, secadas, trituradas e peneiradas, até
transformarem-se em uma massa uniforme, semelhante a uma lã vegetal - a moxa. Após
preparada, a moxa pode ser moldada de diversas formas para sua utilização: as mais
usuais são bastão e cone.
A combustão da Artemísia tem a propriedade de aquecer profundamente. A aplicação
do calor produzido pela moxa nos pontos ou meridianos de acupuntura, remove
bloqueios de energia que obstruem o seu fluxo pelos meridianos, eliminando a umidade
e o frio que promovem disfunções no organismo.
O efeito do calor ou radiação infravermelha se soma a energia yang do corpo
potencializando esse aspecto (yang) da energia (chi) podendo inclusive ser conduzido
até o seu extremo ou seja a transformação no aspecto oposto da energia (yin). O calor
de um dia quente pode ser amenizado com xícara de chá.
Na patologia chinesa as doenças reumáticas são classificadas como doenças do frio,
da tristeza e da umidade. O frio patogênico tem características Yin e consome o Qi (Chi)
Yang. Predomina no inverno assim como as doenças do frio. Pode ser causado por
contração e estagnação ou por exposição ao frio após transpirar, ou seer apanhado pelo
vento e chuva.
A depleção do Yang pode ser percebida por membros frios; palidez, diarréia com
fragmentos de alimentos não digeridos nas fezes; urína límpida e abundante.
A Umidade predomina no final do verão, época de chuvas, torna-se susceptível aos
seus efeitos patogênicos com o uso de roupas molhadas e/ou residência em locais
úmidos, ou mesmo contatos frequentes (ocupacionais) com a água. Se caracteriza por
indolência e estagnação além de sintomas como tontura, cansaço, opressão no peito e
epigástrio, náusea, vômitos, viscosidade e sabor adocicados na bôca. Doenças de pele,
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abcessos, úlceras gotosas, leucorréia de fluxo abundante são manifestações de seu
poder patogênico. Como foi dito, pode se combinar com o frio ou calor.
No ocidente os efeitos da temperatura no corpo humano forma bastante estudados
durante o final do século XIX e início do século XX consolidando-se no que é conhecido
como hidroterapia ou termalismo. Atualmente o tratamento com aplicação de calor
(termoterapia) é administrado (geralmente com lâmpadas infra vermelhas) por
fisioterapeutas, embora ainda se utilize saunas de vapor e banhos quentes. O Ofurô
apesar de amplamente utilizado no Japão, aparentemente, não integra o elenco das
práticas médicas tradicionais da Ásia.
Apesar da concepção de saúde-doença e tratamento da moxabustuão e acupuntura
serem essencialmente semelhantes, não se aplica a moxabustão em todos os pontos de
acupuntura. Kikuchi, em sua prática e seu livro sobre o tema, selecionou 78 pontos
(tsubo em japonês)com indicação clínica e resultados empíricos de eficácia.
Do ponto de vista ocidental, os efeitos da aplicação de calor são as alterações no
comportamento metabólico/celular (elevação), circulatório (vaso-dilatação), na função
nervosa (relaxamento muscular e sedação) Observe-se que do ponto de vista da
fisiologia chinesa a energia yang corresponde à tonificação (aumento da taxa
metabólica) e a diminuição da rigidez e espasmo favorecem ao movimento e atividade.
Aceso, o bastão funciona como um charuto que deve ser aproximado do ponto ao qual
se deseja acrescentar energia.
O calor do bastão de moxa pode ser conduzido através da agulha de acupuntura, por
aproximação da pele, ou mesmo queimando a erva diretamente sobre pele (neste caso
pode causar pequenas marcas de queimadura).
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A técnica pode ser utilizada sozinha ou associada às práticas de acupuntura
tradicional e ventosaterapia.
Acupuntura Auricular: Auriculopuntura ou Acupuntura auricular é uma especialidade
da Acupuntura que tem como foco o tratamento do quadro apresentado, diretamente no
pavilhão auricular tonificando assim os pontos patógenos, através de agulhas
previamente preparadas para este fim. Existem mais de 200 pontos de acupuntura na
orelha.
Não confundir esta prática com a auriculoterapia, técnica da reflexoterapia
desenvolvida por Paul Nogier no século XX. No Brasil há diversos terapeutas que
empregam ambas as técnicas, como pode ser observado através dos links indicados em
"páginas externas".
Os princípios da Auriculopuntura são associados aos conhecimentos que
fundamentam a prática da medicina tradicional chinesa: o estudo dos meridianos de
energia; a teoria de yin yang; a teoria dos cinco elementos; e a teoria dos órgãos zang
fu.
Na acupuntura focada na orelha as diversas regiões ou pontos podem ser estimuladas
de diversas maneiras, como através de agulhas colocadas por 20 a 30 minutos, ou
pequenas agulhas semi-permantentes que podem permanecer por até 5 dias.
São utilizadas também sementes de diversas plantas para massagem dos pontos,
sendo a mais utilizada a de mostarda
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Ventosaterapia: É um tipo de terapia adotado em diversas correntes da medicina
tradicional que emprega ventosas.
Esta forma de terapia é utilizada desde tempos remotos em quase todas as
civilizacões, como a européia, oriental, africana e indígena.
Os indios usavam chifres e faziam a vácuo sugando o ar, os orientais costumavam
empregar o bambu, e a europa desenvolveu a ventosa como conhecemos hoje,
empregando o vidro.
Os copos redondos de vidro são aquecidos internamente com fogo, que cria um vácuo
em seu interior, gerando uma força de sucção. Os copos são aplicados imediatamente
após o aquecimento em áreas especificas da pele que necessitam de tratamento,
principalmente nas costas.
Seu uso é indicado para tratar diversas doenças, principalmente em dores, gastrite,
artrite, lombalgia, resfriados e gripe, entre outros.
Acupuntura Sistêmica: A acupuntura ou acupunctura (do latim acus - agulha e
punctura – pontoada) é um ramo da Medicina Tradicional Chinesa e um método de
tratamento considerado complementar de acordo com a nova terminologia da OMS Organização Mundial da Saúde.
A acupuntura consiste na aplicação de agulhas, em pontos definidos do corpo,
chamados de "Pontos de Acupuntura" ou "Acupontos", para obter efeito terapêutico em
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diversas condições.
Atribui-se o nome "Acupuntura" a um jesuíta europeu que retornando da China, no
século XVII, adaptou os termos chineses "Zhen" e "Jiu", juntando as palavras latinas
"Acum" (agulha) e "Punctum" (picada ou punção), como visto.
A tradução literal do termo chinês, no entanto, é bem diferente. O correto seria Zhen
(agulha) e Jiu moxa ou seja "longo tempo de aplicação do fogo".
A tradução causa a impressão de que o terapeuta só trabalha com agulhas. Os pontos
e meridianos também podem ser estimulados por outros tipos de técnicas. Na verdade,
os pontos de Acupuntura podem ser estimulados por: agulhas, dedos (acupressão)
caracterizando distintas variantes da técnica de massagem chinesa (tui na, shiatsu
(japonês), do-in); stiper (do inglês Stimulation and Permanency - Estimulação
Permanente); ventosa (embora seja uma aplicação em diversos pontos simultâneos) ou
pelo aquecimento promovido por moxa ou seja, longo tempo de aplicação do fogo", - um
bastão de artemísia em brasa, que é aproximado da pele para aquecer o ponto de
acupuntura. Há, também, o método de estimulação por laser, ainda em estudos.
A visão tradicional da medicina chinesa está profundamente ligada a teorias baseadas
no Taoísmo, sobre a dualidade Yin/Yang, sobre meridianos e outros conceitos bastante
"exóticos" para a ciência médica ocidental. Contudo, contribuições da Antropologia,
mais especificamente da Antropologia Médica, vem facilitando o entendimento destes
conceitos à luz da interpretação lógica das explicações mítico-religiosas compreendidas
como sistemas etnomédicos capazes de dar respostas às demandas por cuidados de
saúde de uma determinada população.
O Yin e o Yang são aspectos opostos de todo movimento no universo. É um conceito
hoje considerado quântico que os médicos chineses antigos conseguiram adaptar para
a medicina.No corpo do homem existe um equilíbrio que pode ser alterado por diversos
tipos de influências, como alimentar, comportamental e muitas outras.
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Existem muitas formas de diagnóstico na medicina tradicional chinesa. Algumas delas
são a pulsação, a observação e aspectos da língua, a cor e aspectos da pele. Um médico
chinês costuma dizer que não se deve olhar apenas o paciente, mas escutá-lo, tocá-lo,
cheirá-lo, provar sua urina e conhecer as suas fezes.
Uma consulta baseada no modelo tradicional chinês pode levar de vários minutos a
algumas horas. O terapeuta questiona vários aspectos da vida incluindo a infância,
expressão das emoções, a alimentação, hábitos e costumes.
A natureza das explicações tradicionais da medicina chinesa não tornam essa prática
essencialmente distinta de outros sistemas etno - médicos, exceto porém por sua
notável semelhança com a medicina hipocrática - a quem se atribui a origem da moderna
medicina cosmopolita. O estudo de sua história revela seu rompimento com algumas
tradições "mágicas" e incorporação do conhecimento empírico proveniente de
cuidadosas observações, consolidado no que vem sendo chamado do paradigma do Yin
- Yang e dos 5 movimentos descrito nos livros clássicos para os orientais ou
documentos etnológicos brutos para a antropologia estrutural. Entre os livros clássicos
o mais conhecido é, sem dúvida o "Livro do Imperador Amarelo" cujo exemplar mais
antigo foi encontrado em um túmulo da dinastia Han (Fu Weikang).
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