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SOLUÇÕES
AEPTH8_11
PREPARAR OS TESTES
HISTÓRIA 8
1.
2.1.
2.2.
2.3.
3.
4.1.
PÁGS. 23-24
a) A partir de meados do século XV, a população europeia voltou a aumentar.
b) Os Europeus pretendiam ter acesso directo ao ouro
e especiarias.
c) No início do século XV eram os Muçulmanos que
controlavam o comércio do ouro e das especiarias.
A quantidade de produtos que abundava em Ceuta, já
que esta era fértil em pão, vinho, carnes, frutas, pescarias de variadas espécies de peixes e outras coisas dignas
de louvor.
Posição estratégica desta cidade que se localiza entre
o mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, junto ao estreito de Gibraltar, já que a sua conquista possibilitava
a Portugal controlar os navios que entravam e saíam
do Mediterrâneo. Ceuta era igualmente uma importante cidade comercial, passando por lá diversas rotas
comerciais. Aí eram armazenadas diversas mercadorias (especiarias, ouro, por exemplo) que, posteriormente, eram vendidas para outros locais. Desta forma,
os portugueses julgavam conseguir obter grandes benefícios económicos com a conquista desta cidade
africana.
Em Ceuta, abundavam também os solos férteis que
produziam elevadas quantidades de cereais, produto
que escasseava, por vezes, em Portugal. Os portugueses viam na conquista de Ceuta a possibilidade, também, de controlarem melhor os ataques dos piratas
muçulmanos a embarcações portuguesas e à costa algarvia e de difundirem a fé cristã.
De facto, os benefícios económicos que Portugal pretendia obter com a conquista de Ceuta não foram alcançados, pois os solos férteis eram constantemente
atacados, ficando totalmente destruídos, e os Muçulmanos desviaram as rotas comerciais que passavam
por Ceuta para outras cidades do Norte de África.
Assim, a manutenção desta conquista obrigou a Coroa
portuguesa a um esforço económico e militar enorme
que não foi recompensado.
1418 – Redescoberta de Porto Santo.
1434 – Passagem do cabo Bojador.
1456 – Descoberta do arquipélago de Cabo Verde.
1458 – Conquista de Alcácer Ceguer.
O documento 2 trata-se da carta enviada por Cristóvão Colombo aos reis de Castela, dando conta da sua
chegada às Índias. Esta foi uma informação errada, já
que na verdade o navegador ao serviço da coroa castelhana tinha alcançado as Antilhas e não a Índia.
Assim, quando correu a notícia desta descoberta,
D. João II, relembrando o que havia ficado estabelecido
no Tratado de Alcáçovas, informou Castela de que estas terras pertenciam ao reino português e as disputas
entre portugueses e castelhanos reacenderam-se novamente. Foi necessário assinar o Tratado de Tordesilhas (1494), explicitado no documento 3, para pôr fim
às disputas por este território. Neste tratado ficou estabelecido que o mundo ficava dividido em duas partes,
através de um meridiano que passava 370 léguas a
oeste de Cabo Verde. Assim, as terras descobertas e a
178
5.1.
5.2.
6.
7.
descobrir a oriente deste meridiano pertenciam ao dito
Senhor Rei de Portugal e a seus sucessores, já aos Senhores Rei e Rainha de Castela pertencia tudo o outro assim
ilhas como terra firme que são ou forem achadas pelos ditos Senhores Rei e Rainha de Castela e de Aragão a ocidente deste mesmo meridiano.
comércio, feitorias, marfim, ouro, malagueta, escravos,
despovoados, Madeira, Açores, agricultura, pecuária,
açúcar, escrava, tráfico de escravos.
As relações estabelecidas entre Portugueses e Africanos, ao longo dos séculos XV e XVI, foram essencialmente comerciais. Contudo, a convivência entre os
dois povos resultou numa troca cultural. Assim, os Africanos sofreram uma aculturação, ou seja, modificaram
alguns aspectos da sua cultura e mesmo a sua religião,
devido à convivência e ao contacto com os Portugueses. Desta forma, muitos africanos converteram-se à fé
cristã e adoptaram a língua portuguesa como idioma
oficial, situação que hoje em dia ainda perdura em alguns países.
Para desenvolver o comércio no Oriente, no século
XVI, os portugueses estabeleceram feitorias. Assim, os
produtos comercializados por cada uma das feitorias
eram enviados para Goa, capital do Império Português
do Oriente, sendo depois trazidos pelos portugueses
para a Europa, através da rota do Cabo.
A Casa da Índia, situada em Lisboa, capital do reino
português, detinha uma enorme importância no século XVI, já que administrava o comércio entre o nosso
país e o Oriente e estava ainda responsável por exportar os produtos orientais para o resto da Europa.
TESTE DE AVALIAÇÃO 1
1.1.
1.2.
1.3.
PÁGS. 25-27
Segundo o documento, no início do século XV, os Europeus apenas conheciam, para além do continente
onde habitavam, o Norte de África e a sua costa até ao
cabo Bojador e parte da Ásia. A América e a Oceânia
eram ainda desconhecidas.
Os mapas da época medieval reflectiam o conhecimento limitado que os Europeus tinham do Mundo.
Deste modo, apenas a Europa era correctamente representada. Já o continente asiático e o africano eram incorrectamente representados, aparecendo este último,
na cartografia medieval, bastante alongado para Sul, já
que se julgava que os oceanos Atlântico e Índico não
tinham comunicação entre si. A América e a Oceânia
não constavam dos mapas medievais, pois ignorava-se
a sua existência.
O conhecimento limitado que os Europeus tinham do
Mundo, no início do século XV, propiciou a criação de
lendas e mitos acerca dos mares ainda não navegados
e dos territórios ainda desconhecidos. Assim, julgava-se que nos mares até aí nunca navegados existiam
monstros que engoliriam os navios, acreditava-se que
nos territórios desconhecidos existiam homens sem
cabeça, estando o rosto embutido no peito, e pessoas
com cabeça de animal. A expansão marítima permitiu
alargar o conhecimento do Mundo e provar que estas
lendas e mitos não passavam disso mesmo, já que não
correspondiam à realidade.
©
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
t
SOLUÇÕES
HISTÓRIA 8
PREPARAR OS TESTES
SOLUÇÕES
O
ce
Malaca
a
Timor
Ín
di
lâ
co
nti
co
Cabo da Boa
Esperança
0
7.4.
1.3.
2.1.
2.2.
©
t
3.1.
179
2400 km
Rotas espanholas
Lisboa, Sevilha e Antuérpia eram os principais centros
económicos, nos séculos XV e XVI. A Lisboa chegavam
os produtos vindos dos seus domínios dispersos por
três continentes; já Sevilha recebia as mercadorias provenientes dos seus domínios americanos. Depois de
reunidos em Lisboa e Sevilha, os produtos eram enviados para Antuérpia, situada na Flandres (actual Bélgica). A partir daí eram distribuídos por toda a Europa.
Alterações na agricultura, visto que se introduziram
novas culturas. Ocorreram ainda alterações nos hábitos alimentares das populações, bem como no vestuário utilizado.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1.1.
1.2.
co
o
At
Angola
Moçambique
n
o
Brasil
Rotas portuguesas
7.3.
fi
no
Pa
Cabo
O Verde
Peru
an
n
cí
Japão
Ormuz China
Índia Macau
Manila
Goa
ce
7.1.
Acapulco
a
co
6.4.
ce
fi
6.2.
6.3.
O
cí
6.1.
Lisboa
Sevilha
México
Vera Cruz
Pa
5.3.
N
o
5.1.
5.2.
7.2.
ea
4.1.
a) 4; b) 3; c) 2; d) 5; e) 1
económicos, Norte de África, nobreza, terras, cargos,
burguesia, ouro, africana
O quadro representa o elevado interesse que
D. Afonso V demonstrou pelas conquistas no Norte de
África. Este elevado interesse de D. Afonso V pelas conquistas no Norte de África não permitiu que o monarca se empenhasse directamente na exploração da
costa africana, levando-o a assinar o contrato descrito
no documento 2. Neste contrato ficou estabelecido
que D. Afonso V arrendava a exploração da costa africana por cinco anos a Fernão Gomes, pagando o burguês duzentos mil reais cada ano. Todos os anos, Fernão Gomes deveria descobrir pela costa em diante cem
léguas. Em troca, o comerciante burguês teria direito
ao comércio exclusivo da costa africana.
Manter o domínio português no Oriente.
Os vice-reis deviam governar, em nome do monarca
português, os territórios no Oriente e desenvolver o
comércio.
D. Francisco de Almeida defendia que os portugueses
deveriam concentrar a sua força no mar, pois considerava que se nele não fossemos poderosos, tudo logo seria contra nós. Assim, durante a sua governação, adoptou uma política de domínio dos mares, travando
diversos combates no mar contra aqueles que ameaçavam o poderio comercial de Portugal no Oriente. Já
o seu sucessor, Afonso de Albuquerque, considerava
que o domínio português não poderia estar fundado
apenas no mar. Deste modo, defendia a construção de
fortalezas e a conquista de certas cidades estratégicas
para manter o domínio português no Oriente.
Segundo o documento, os habitantes do Brasil eram
pardos, à maneira de avermelhados, de bons rostos e
bons narizes, bem feitos. Não vestiam roupa e usavam
ornamentos nos lábios. Quanto ao cabelo era liso e um
deles trazia uma cabeleira de penas de ave amarela.
D. João III.
No Brasil, após a divisão em capitanias, intensificou-se
a exploração do pau-brasil, passou a cultivar-se a bananeira e a cana-de-açúcar. Para intensificar ainda
mais a produção, os portugueses levaram para o Brasil
escravos africanos.
D. João III iniciou a colonização do Brasil e decidiu
adoptar o mesmo modelo que havia sido usado na
Madeira e Açores: a divisão em capitanias. No entanto,
o sistema de capitanias não resultou no Brasil. Assim,
D. João III decidiu adoptar um novo modelo de administração: nomeou um governador-geral, que ficou
responsável pela defesa, administração e justiça de
todo o território brasileiro.
Comércio intercontinental, ou seja, comércio efectuado entre vários continentes.
Oc
2.
3.
PÁGS. 42-43
Renascimento.
O Homem tinha, neste período, uma nova visão do
Mundo e, sobretudo, do seu lugar nesse Mundo. Assim, ao teocentrismo medieval, sucedia o antropocentrismo, que defendia que o Homem e as suas capacidades estavam no centro do Mundo e do pensamento
humano.
Esta afirmação significa que, durante a época medieval, a Antiguidade Clássica tinha sido esquecida e
pouco valorizada. Contudo, no Renascimento, o
Mundo acordou desse esquecimento e voltou a valorizar o mundo clássico, passando a repudiar a cultura
medieval.
O classicismo, ou seja, a redescoberta e revalorização,
através do seu estudo, da Antiguidade Clássica; o individualismo, isto é, a ideia da tentativa constante de afirmação pessoal de cada indivíduo, através de uma adequada educação e da valorização das suas realizações
ao longo da vida; e o espírito crítico, ou seja, a recusa
das ideias pré-estabelecidas e não discutidas durante a
época medieval, levando o Homem a desenvolver um
espírito critico sobre tudo o que o rodeava, especialmente os problemas da sociedade.
Maior difusão dos textos humanistas, uma vez que a
produção de livros era agora mais barata e produzida
em grandes quantidades.
Para os homens do Renascimento a experiência é madre
das cousas, ou seja, era o principal instrumento para saber radicalmente a verdade, isto é, para o conhecimento
da realidade. Assim, através da experiência, o Homem
teria acesso ao saber, ao conhecimento; a experiência
era fonte de conhecimento. Desta forma, neste período,
PREPARAR OS TESTES
HISTÓRIA 8
4.1.
4.2.
5.1.
5.2.
5.3.
5.4.
Luteranismo
Princípios fundamentais:
– A salvação obtém-se pela fé, pela crença em Cristo e na
sua palavra.
– A única fonte de fé é a Bíblia (cada crente deveria ler e
interpretar a Bíblia livremente).
– Negação da autoridade do Papa e da obrigatoriedade
do celibato.
– Existência de apenas dois sacramentos: baptismo e
comunhão.
Calvinismo
Doutrina da Predestinação – a crença de que todo o
Homem nasce com o seu destino já traçado por Deus.
Anglicanismo
Tentativa de conciliação entre os princípios católicos e
calvinistas.
6.
a) V.
b) F. A Companhia de Jesus foi criada em 1534 por
Santo Inácio de Loyola.
c) V.
d) F. Na Península Ibérica, o Protestantismo teve uma
fraca implantação.
e) V.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1.
2.1.
2.2.
3.
4.1.
180
Protestantismo designa o movimento de correntes religiosas que abalaram a Igreja Católica no século XVI. A
primeira a surgir foi a Luterana, aquela que se inspirava nos princípios defendidos por Martinho Lutero
(surgindo depois a Calvinista e a Anglicana).
PÁGS. 55-56
a) Cardeal D. Henrique subiu ao trono
b) União Ibérica
c) Restauração da Independência
d) Guerra da Restauração
Era o Império Português, porque, analisando o mapa
(Doc. 1), podemos concluir que uma das principais razões que tornava tão difícil a defesa do nosso Império
era a dispersão dos territórios conquistados. Possuindo territórios coloniais na América, no Oriente e
em África, era muito difícil manter uma defesa organizada de todos esses terrtórios tão distantes entre si.
Por outro lado, todo o comércio colonial era realizado
pelo mar, o que tornava os navios portugueses alvos
preferenciais para os ataques de corsários e piratas.
Os ataques de vários países europeus defensores da
política do mar liberum (Holandeses, Franceses, Ingleses), que se opunham à política do mare clausum, as
despesas muito elevadas de manutenção dos territórios conquistados, a existência de uma administração
do Império deficiente e corrupta e o número elevado
de naufrágios, devido à sobrecarga das naus ou a tempestades, o que provocava elevados prejuízos.
Naval; burguesia; Comerciais/de Comércio; Orientais;
Ocidentais; Bolsa.
Lei promulgada por Cromwell, que definia que as mercadorias importadas pela Inglaterra só podiam ser
transportadas por navios ingleses ou por navios dos
locais de onde essas mercadorias eram originárias.
©
3.2.
acreditava-se que o conhecimento deveria ser baseado
na observação directa da Natureza (naturalismo).
A astronomia, medicina, matemática, geografia e botânica. No campo da astronomia, Copérnico desenvolveu
a Tese do Heliocentrismo, contestando a Teoria Geocêntrica defendida até então. Já no domínio da medicina, assistiu-se ao desenvolvimento das técnicas de
dissecação dos cadáveres (muito contestadas pela
Igreja Católica), que permitiu um melhor conhecimento do corpo humano, e a importantes estudos sobre a circulação do sangue. Já na matemática, Pedro
Nunes, em Portugal, desenvolveu importantes conhecimentos de cosmografia e inventou importantes instrumentos nesta área, como o nónio. Na geografia, destaque para Duarte Pacheco Pereira, grande defensor da
experiência como fonte de conhecimento, descreveu,
na sua obra Esmeraldo de Situ Orbis, com enorme rigor
e precisão, contactos com outros povos e culturas, animais e plantas. Por último, na botânica destaca-se Garcia de Orta que estudou a aplicação medicinal das
plantas, difundida na sua obra Colóquios dos Simples e
Drogas das Cousas Medicinais da Índia.
Esta afirmação é verdadeira, pois, de facto, apesar de
muito inspirada nos modelos greco-romanos, a arquitectura renascentista introduziu muitos elementos
inovadores que a distinguem, como a horizontalidade
nas construções, o equilíbrio geométrico (harmonia
nas proporções das construções), a simetria na distribuição dos volumes e a decoração inspirada em elementos da Natureza.
O Manuelino é um estilo artístico, característico do reinado de D. Manuel I, em Portugal, caracterizado pela
associação de elementos góticos com elementos de
inspiração marítima, naturalista, bem como símbolos
nacionais.
No início do século XVI, o comportamento do clero caracterizava-se pelo luxo, opulência, corrupção e imoralidade no seu quotidiano. O Papa era ainda acusado
de interferir em assuntos políticos. Tudo isto abalou o
prestígio e a autoridade da Igreja, já que estes comportamentos não estavam de acordo com a sua posição social e religiosa.
A publicação da Bula das Indulgências, em 1513: um
documento emitido pelo Papa no qual se estabelecia
que os crentes, em troca de um pagamento, recebiam
o perdão dos seus pecados. A principal razão que levou o Papa a tomar esta atitude foi a necessidade de
obter dinheiro para concluir a construção da Basílica
de S. Pedro, no Vaticano.
t
SOLUÇÕES
HISTÓRIA 8
PREPARAR OS TESTES
SOLUÇÕES
4.2.
Nesta grande reunião, convocada pelo papa Paulo III,
foram tomadas medidas para reorganizar a Igreja internamente, disciplinar os seus membros (como a criação de seminários para formação dos sacerdotes, manutenção da exigência do celibato, proibição da
acumulação de cargos) e foram reafirmados todos os
princípios fundamentais da Igreja Católica.
Esta lei prejudicava bastante a Holanda pois uma das
grandes vantagens desta província era o grande desenvolvimento da sua construção naval, tornando os
barcos holandeses os transportadores das mercadorias vindas de todo o Mundo. Assim, o Acto de Navegação, ao proibir o transporte de mercadorias por navios que não fossem ingleses ou dos locais originários
das mercadorias, fazia com que a Holanda perdesse o
domínio sobre o transporte de mercadorias.
Grupo II
1.1.
5.1.
PRINCIPAL CULTURA DO BRASIL NOS SÉCULOS XVII E XVIII
Cana-de-açúcar
5.2.
5.3.
5.4.
PRINCIPAIS CENTROS DA SUA PRODUÇÃO
– Baía
– Pernambuco
– Mais tarde, Rio de Janeiro
Mão-de-obra escrava, ou seja, eram os escravos vindos
de África.
Como podemos concluir através da análise do gráfico
(Doc. 4), a produção de açúcar no Brasil, entre 1570 e
1640, teve um crescimento contínuo, ou seja, cresceu
sempre de década em década.
Até à segunda metade do século XVI, a principal fonte
de riqueza do Império Português era o Oriente, devido
ao comércio das especiarias. Contudo, a crise que afectou o Império Português do Oriente, neste período,
motivou a descida dos lucros. Por essa razão, os Portugueses voltaram as suas atenções para os territórios
atlânticos, apostando, essencialmente, na produção
de açúcar, no Brasil, onde trabalhavam escravos vindos de África.
TESTE DE AVALIAÇÃO 2
1.1.
1.2.
2.
3.1.
3.2.
3.3.
3.4.
Grupo I
O autor refere-se a Deus.
Está evidenciada a tese do Antropocentrismo, ou seja, a
teoria que defende que é o Homem, e as suas capacidades pessoais, que estão no centro do Mundo e do
pensamento humano.
Humanismo, XV, classicismo, individualismo, espírito
crítico, imprensa, Guttemberg, Roterdão, Thomas.
Retrato.
A religião, a mitologia greco-romana, o quotidiano.
Botticelli, Leonardo Da Vinci e Miguel Ângelo.
A pintura renascentista distingue-se pelo equilíbrio
nas composições (muito frequente a composição em
pirâmide), pela utilização da perspectiva (permitindo
alcançar um efeito de profundidade) e pelo seu realismo e naturalismo. Neste tipo de pintura foram também aplicadas novas técnicas como a pintura a óleo
ou o sfumato.
No século XVI, o comportamento de alguns membros
do clero ficou marcado pelo luxo, opulência, corrupção e imoralidade, o que abalou o prestígio e a autoridade da Igreja. Conscientes desta situação, muito criticada e difundida pelos humanistas, os mais altos
membros do Clero decidiram agir. Nesse sentido, convocaram o Concílio de Trento (Doc. 3).
2.1.
2.2.
3.1.
3.2.
3.3.
4.1.
4.2.
©
t
4.1.
PÁGS. 57-59
1.2.
181
O grande desenvolvimento da sua agricultura e da sua
pecuária; a sua grande ligação ao mar, resultante da
pesca, do comércio marítimo e da muito desenvolvida
indústria da construção naval (os barcos holandeses
transportava mercadorias de todo o Mundo) e o facto
de aí se ter desenvolvido uma burguesia empreendedora e criativa, que apostava no desenvolvimento dos
negócios.
No século XVII, o comércio ultramarino era muito intenso, permitindo a vários países, nomeadamente à
Holanda, a acumulação de capitais. Os lucros obtidos
eram depois reinvestidos nos negócios (no comércio,
na indústria ou mesmo na agricultura), gerando novos
capitais que seriam de novo investidos. Chamamos a
este sistema capitalismo comercial.
Contudo, para o desenvolvimento do capitalismo comercial, era necessário criar novos instrumentos financeiros, adaptados a estes grandes negócios. Foi neste
contexto que foram criados os primeiros Bancos (locais onde se recebiam depósitos, faziam-se pagamentos, trocava-se moeda estrangeira – câmbio – e faziam-se empréstimos) e as Bolsas de Valores (locais
onde se compravam e vendiam acções).
1 – Portugal; 2 – Brasil; 3 – África
A principal razão que levou o Império Português a levar a cabo esta viragem atlântica, ou seja, a aposta nas
relações comerciais entre os territórios atlânticos foi a
crise do comércio com o Oriente (até então a sua principal fonte de riqueza).
Batalha de Alcácer Quibir.
A morte de D. Sebastião causou um grave problema
de sucessão, pois D. Sebastião não deixou descendentes (filhos) e não tinha irmãos, ou seja, não havia sucessor directo ao trono português.
D. Catarina de Bragança que não reuniu apoios suficientes (acabando por desistir), D. António, Prior do
Crato, que tinha o apoio do povo (que receava perder
a independência) e Filipe II, rei de Espanha, que era
apoiado pelos nobres que viam aqui a possibilidade
de acesso a cargos ou títulos importantes e pelos burgueses que aspiravam ter acesso a importantes circuitos comerciais do Império Espanhol.
A revolução ocorrida a 1 de Dezembro de 1640.
Após a revolução e a aclamação de D. João IV, não foi
fácil manter a independência. Iniciou-se a Guerra da
Restauração, durante a qual a Espanha tentou várias
vezes invadir e recuperar o território português. Esta
guerra durou 28 anos. D. João IV, de forma a preparar a
defesa do reino, mandou construir fortalezas junto às
fronteiras e reorganizou e fortaleceu o exército.
PREPARAR OS TESTES
HISTÓRIA 8
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1.
2.1.
2.2.
3.1.
3.2.
3.3
3.4.
PÁGS. 80-81
a) F. A agricultura era a actividade que ocupava a
maioria da população europeia durante o Antigo
Regime.
b) V
c) F. Portugal, neste período, importava grandes quantidades de cereais e tecidos.
d) F. A partir da segunda metade do século XVII, a balança comercial portuguesa passou a ser desfavorável.
O motivo que levou o Conde da Ericeira a tomar as
medidas descritas no documento foi a crise comercial
vivida, na segunda metade do século XVII, em Portugal. Neste período, a balança comercial portuguesa
era desfavorável: o número de importações era superior ao número de exportações. Os produtos que os
Portugueses importavam em maior quantidade eram,
sem dúvida, os têxteis ingleses. Era preciso, por isso,
reduzir as importações, de modo a equilibrar a balança comercial.
O Conde da Ericeira, com o intuito de reduzir as importações dos têxteis ingleses, de modo a equilibrar a balança comercial portuguesa, decidiu cuidar da fábrica
dos panos, ou seja, desenvolver a indústria manufactureira dos lanifícios (lã animal) na Covilhã, Fundão e Portalegre. O ministro de D. Pedro II pretendia ainda atrair
pessoas a entrarem neste negócio, fazendo com elas contratos e concedendo-lhes privilégios. Por outro lado, foi
ordenado que as alfandegas não despachem panos grossos de fora do Reino, ou seja, pretendia-se que não entrassem em Portugal têxteis fabricados no estrangeiro.
O Conde da Ericeira decidiu igualmente renovar as fábricas de chapéus, meias e fitas, procurando-se de fora artífices que fabriquem estes géneros, ou seja, fomentou as
manufacturas de chapéus, meias, fitas, apoiando a
vinda de técnicos especializados estrangeiros. Por fim,
debruçou a sua atenção sobre as fábricas de vidro e papel que estavam principiadas com o intuito de desenvolver a produção deste produtos, de modo a que se evitem estes géneros vindos de fora.
Clero, Nobreza e Terceiro Estado.
O Clero dedicava-se especialmente ao serviço de Deus,
ou seja, a sua principal função era a oração. Esta ordem
social estava ainda encarregue do ensino e da assistência a pobres e doentes. Já a Nobreza deveria defender o
Estado pelas armas, ou seja, a principal função desta ordem social era o desempenho de funções militares. A
Nobreza exercia ainda cargos administrativos e religiosos. Por sua vez, o povo, pertencente ao Terceiro Estado,
deveria alimentar e manter o Estado, ou seja, assegurar
as actividades produtivas. A burguesia, pertencente
também ao Terceiro Estado, dedicava-se ao comércio,
bem como ao exercício de funções administrativas.
182
4.1.
4.2.
5.1.
5.2.
6.1.
6.2.
As funções desempenhadas, os deveres e direitos que
tinham, a forma como se vestiam e as relações sociais
que estabeleciam permitiam distinguir cada uma dessas três ordens.
Ascender na hierarquia da sociedade do Antigo Regime não era fácil, mas em algumas situações era possível. Assim, os burgueses letrados, que exerciam importantes cargos, poderiam conseguir ascender à
nobreza de toga. Contudo, aos burgueses que se dedicavam ao comércio estavam vedadas as hipóteses de
ascender socialmente. O Terceiro Estado podia ainda
ascender socialmente se optasse pela via religiosa. Porém, os cargos mais importantes desempenhados na
Igreja eram guardados para os nobres clérigos, ou
seja, para os clérigos que eram provenientes da Nobreza.
Arquitectura, pintura e escultura.
Porque foi durante o reinado de D. João V que Portugal recebeu a maior quantidade de ouro brasileiro e,
por isso, foi neste reinado que o barroco atingiu o seu
auge em Portugal, já que, devido à sua exuberância e
magnificência, a construção de edifícios neste estilo
exigiam grandes quantidades de dinheiro.
A forma de governo adoptada durante o reinado de
D. José I foi o Despotismo Esclarecido, uma nova concepção do absolutismo, em que o poder do rei foi reforçado, a autoridade do monarca era ilimitada. Contudo, o poder absoluto do rei e a sua autoridade
ilimitada tinham um objectivo: o bem-estar do povo.
Assim, julgava-se que o poder absoluto do monarca
era guiado pelo progresso e pela razão para, deste
modo, governar para o bem do povo e caminhar no
sentido do progresso da sociedade.
O Erário Régio (controlava as finanças públicas), a Junta
do Comércio (supervisionava as actividades económicas, nomeadamente, o comércio e a indústria), a Real
Mesa Censória (controlava as publicações, censurando
todas aquelas que poderiam pôr em causa o poder do
Estado e do rei), a Intendência Geral da Polícia (deveria
manter a segurança pública) e o Colégios dos Nobres
(onde eram formados os nobres que futuramente exerceriam funções junto do rei).
No início do reinado de D. José I a agricultura produzia
muito pouco e a indústria estava muito pouco desenvolvida; por isso, era necessário continuar a importar
diversos produtos. Contudo, o ouro do Brasil, que até
aí possibilitava pagar as importações, no início do reinado de D. José I, começou a chegar ao nosso país em
quantidades cada vez menores. Assim, tornou-se difícil pagar as importações, gerando-se uma grave crise
económica.
Para solucionar a grave crise económica que Portugal
atravessava, Sebastião José de Carvalho e Melo decidiu intervir, primeiramente, no comércio, através da
criação de companhias monopolistas (a do Grão-Pará
e Maranhão era uma delas). Estas companhias eram
constituídas por accionistas e, como descreve o documento 5, detinham o comércio exclusivo, ou seja, o monopólio dos produtos que controlavam.
©
A primeira Batalha travou-se em 1644, no Montijo, mas
foi na batalha dos Montes Claros, em 1665, que os portugueses alcançaram uma clara vitória sobre os espanhóis. A Espanha reconheceu a independência de Portugal em 1668 (já com D. Pedro II como rei).
t
SOLUÇÕES
HISTÓRIA 8
PREPARAR OS TESTES
SOLUÇÕES
Contudo, a crise económica mantinha-se. Deste modo,
o Marquês de Pombal decidiu tomar medidas no
campo da indústria manufactureira, como demonstra
o documento 6. Só com o desenvolvimento deste sector era possível reduzir as importações. Segundo o documento 6, o ministro de D. José I decidiu reorganizar
as fábricas reais já existentes, nomeadamente, a da
seda em Lisboa, e a dos lanifícios, o que gerou o aumento da produção, definiu ainda o aperfeiçoamento
de outras manufacturas e a introdução de algumas que
anteriormente se não fabricavam. Foi ainda fundada a
primeira fábrica de refinação de açúcar em Portugal
continental, incentivou-se a vinda para o nosso país de
técnicos especializados estrangeiros, foram concedidos alguns privilégios, como monopólios ou isenção
de impostos, e aplicadas medidas proteccionistas com
o objectivo de proteger os produtos portugueses.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1.
2.1.
2.2.
3.1.
3.2.
4.
5.1.
5.2.
PÁGS. 90-91
Pascal; 2. Lavoisier; 3. Heliocêntrica; 4. Astronomia;
5. Medicina; 6. Física; 7. Experimental
Academias.
As academias eram associações de cientistas e intelectuais onde se discutiam ideias, partilhavam conhecimentos e investigações em curso.
A Igreja Católica representou um obstáculo à renovação científica dos séculos XVII e XVIII, sobretudo através da acção da Inquisição e da Companhia de Jesus
(Jesuítas). Eram, precisamente, os Jesuítas que, nesse
período, detinham o monopólio do ensino e, como refere o documento, a Companhia de Jesus defendia
que não se ensinassem nas lições ou nos exames opiniões de pouco valor ou inúteis, como são as de Descartes, Newton.
Por considerar que algumas descobertas científicas
constituíam ameaças aos saberes defendidos na Bíblia.
a) Razão; b) Tolerância; f ) Progresso; g) Igualdade perante a lei; h) Liberdade
Era a instrução.
Montesquieu defendeu a teoria da separação de poderes: os poderes legislativo, executivo e judicial deviam ser independentes entre si, ou seja, pertencerem
a diferentes órgãos.
Rosseau, defendeu a teoria da soberania popular: o
poder pertencia ao povo e este, por sua vez, delegava
esse poder a representantes, escolhidos através do
voto.
Voltaire defendeu, sobretudo, a liberdade e a justiça
social, denunciando as injustiças existentes entre os
grupos privilegiados (clero e nobreza) e os não privilegiados.
TESTE DE AVALIAÇÃO 3
2.1.
2.2.
3.1.
PÁGS.92-95
1.1.
1.2.
Colbert.
Em primeiro lugar, esforçou-se por instalar em França
as melhores indústrias, ou seja, promoveu e desenvolveu a indústria manufactureira, através da isenção de
©
t
Grupo I
183
impostos e concessão de monopólios, com o intuito
de evitar importar produtos. Desta forma, os produtos
que eram importados do estrangeiro em grande número deveriam passar a ser produzidos no país. Concedeu privilégios a companhias de comércio monopolistas que iriam concorrer com as já existentes,
desenvolveu o comércio internacional, proibiu as colónias de desenvolverem relações comerciais directamente com outros Estados. Assim, as colónias só poderiam comerciar directamente com a metrópole, que
depois comercializava com outros países, obtendo
maiores lucros. Por fim, aumentou os impostos aplicados aos produtos importados, fazendo com que fossem vendidos a preços muito elevados no mercado,
diminuindo assim a procura, impedindo, desta forma,
os outros Estados de introduzirem os seus produtos no
reino de França. Diminuiu ainda os impostos aplicados
aos produtos que saíam do país para serem vendidos
a outros Estados (exportações).
O preço do açúcar brasileiro, entre 1650 e 1688, reduziu drasticamente. Assim, em 1650, uma arroba de
açúcar custava, aproximadamente, 3700 réis, já em
1688 rondava os 1400 réis.
A redução drástica do preço do açúcar brasileiro, entre
1650 e 1688, deveu-se à concorrência dos Holandeses,
que estavam a produzir este mesmo produto nas Antilhas. Se até aqui os Portugueses detinham a venda exclusiva do açúcar, a partir da segunda metade do século XVII passaram a ter concorrência. Deste modo, o
açúcar brasileiro viu-se banido dos mercados franceses, ingleses e holandeses, o que provocou acumulação de stock e, consequentemente, uma queda dos
preços, porque a oferta aumentava muito mais rapidamente que a procura.
Com o intuito de resolver a crise comercial que afectava Portugal, o Conde da Ericeira, ministro de D. Pedro II, tomou algumas medidas de inspiração mercantilista para desenvolver as manufacturas nacionais.
Uma delas foi a publicação das Leis Pragmáticas, leis
proteccionistas, que, como demonstra o documento 3,
definiam que nenhuma pessoa se poderia vestir de pano
que não seja fabricado neste reino, ou seja, proibia-se o
uso de tecidos de lã estrangeiros, como também não
poderia usar de voltas, de rendas, cintos, talins, e chapéus que não sejam feitos nele, isto é, proibia-se igualmente o uso de artigos de luxo estrangeiros. Pretendia-se com estas medidas reduzir as importações de
têxteis ingleses, de modo a equilibrar a balança comercial portuguesa.
Contudo, estas medidas proteccionistas, promulgadas
pelo Conde da Ericeira, cedo provocaram contestação.
Os ingleses responderam às medidas tomadas pelo
reino português reduzindo a importação dos nossos
vinhos. Esta situação afectou os produtores nacionais
de vinho, muitos deles pertencentes à alta nobreza,
que também se posicionaram contra as medidas mercantilistas de apoio às manufacturas.
Pressionado pelos comerciantes ingleses e pelos
produtores de vinho, o Estado português assinou o
Tratado de Methuen com a Inglaterra, em 1703, que,
PREPARAR OS TESTES
HISTÓRIA 8
4.1.
5.1.
5.2.
5.3.
1.
2.1.
2.2.
2.3.
2.4.
a) 3; b) 4; c) 2; d) 5; e) 1
Soberania popular.
Esta teoria política defendia que o poder pertencia ao
povo. Este delegava o poder a representantes escolhidos através do voto.
O Iluminismo defendia a valorização da razão como
única forma de alcançar o verdadeiro conhecimento e
como meio de adquirir o progresso, mas também da
liberdade, da tolerância e da igualdade de todos perante a lei. Os iluministas viam ainda a instrução como
único meio de tornar os espíritos humanos críticos e
permitir o desenvolvimento e o progresso.
Os meios de difusão do Iluminismo eram os salões, cafés e clubes (lugares de convívio onde se discutiam
ideias e se difundiam conhecimentos); Enciclopédia
(dirigida por Diderot e D´Alembert, era composta por
184
3.1.
3.2.
3.3.
35 volumes, publicados entre 1751 e 1771, onde colaboravam ilustres cientistas e intelectuais); academias
(associações de cientistas e intelectuais onde se discutiam ideias, partilhavam-se conhecimentos, investigações em curso); Maçonaria (sociedade secreta, composta por membros da nobreza, filósofos, cientistas e
profissionais liberais, que defendiam a valorização da
razão, do progresso e da igualdade e fraternidade).
A reforma efectuada pelo Marquês de Pombal descrita
no documento é a reforma da Universidade de Coimbra, com a introdução do ensino de novas matérias,
como a Matemática e as Ciências da Natureza, e com a
modernização do seu ensino, nomeadamente através
da aquisição de uma colecção de máquinas, aparelhos
e instrumentos que permitiam o recurso à experiência
laboratorial.
Expulsou os Jesuítas, proibiu o uso dos seus métodos
de ensino (nomeadamente dos seus manuais) por os
considerar antiquados, extinguindo igualmente a Universidade de Évora (controlada por essa ordem religiosa); criou o Real Colégio dos Nobres, para instrução
dos filhos da nobreza que no futuro exerceriam cargos
de responsabilidade na administração do Estado; criou
uma rede de escolas menores (ensino primário) e de
escolas Régias (ensino secundário).
Os estrangeirados são os portugueses que, tendo vivido no estrangeiro, tiveram contacto com as teorias
iluministas e procuraram difundi-las em Portugal.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1.1.
1.2.
1.3.
1.4.
2.1.
2.2.
PÁGS.108-109
A rotação quadrienal de culturas.
Este sistema pôs fim ao pousio, permitindo desenvolver o cultivo intensivo da terra.
Segundo a opinião do autor, este novo sistema de culturas teria êxito nas enclosures, já que os pequenos
agricultores não poderão jamais efectuar estas melhorias.
Neste período ocorreram mudanças e inovações técnicas: drenagem de pântanos e melhorias dos solos arenosos, juntando-lhes argila e calcário e ainda estrume
de animais, para que se tornassem mais férteis. Para
além disso, começaram também a utilizar-se algumas
máquinas na agricultura, foram introduzidas novas
culturas e procedeu-se à selecção das melhores sementes e animais reprodutores.
O saldo fisiológico, em Inglaterra, entre 1700 e 1800
evoluiu muito positivamente, já que a mortalidade diminuiu drasticamente, a partir de 1740, enquanto a
natalidade aumentou consideravelmente, entre 1710
e 1750, registando depois alguma estabilidade, ou
seja, mantendo-se alta. Assim, até cerca de 1732, o
saldo fisiológico foi nulo ou mesmo negativo. A partir
desta data tornou-se positivo, crescendo ao longo dos
anos, devido à diminuição, cada vez mais acentuada,
da mortalidade.
A Revolução Agrícola provocou o aumento da produtividade. Por isso, a população começou a alimentar-se
mais e melhor. O organismo humano tornou-se assim
mais forte e mais resistente a doenças. Este facto, os
©
segundo o documento 4, estabelecia que os panos de
lã e outros lanifícios de Inglaterra entrassem em Portugal sem restrições, como era costume até ao tempo em
que foram proibidos. Por seu lado, a Inglaterra reduzia
em um terço os direitos alfandegários sobre os vinhos
portugueses, fazendo com que este produto chegasse
ao mercado inglês a um preço bastante mais acessível.
O absolutismo foi um regime político que vigorou na
esmagadora maioria dos Estados Europeus (com excepção da Inglaterra e Holanda) durante o Antigo Regime. Defendia o poder divino do monarca, bem
como a concentração de todos os poderes e funções
de Estado nas mãos do rei.
Acreditava-se que o trono real não era o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus, os reis seriam os representantes de Deus na Terra. Assim, só perante Deus
é que o rei deveria prestar contas acerca da sua governação; por isso, todos os seus súbditos, ou seja toda a
sociedade do Antigo Regime, deveria obedecer-se-lhe sem murmurar, isto é, ser totalmente submissa ao
seu rei, até porque o rei vê de mais longe e de mais alto.
Burguesia.
O ministro de D. José I impulsionou a burguesia a participar activamente no desenvolvimento das companhias comerciais monopolistas e da indústria manufactureira, o que lhe rendeu bastantes lucros, agraciou
alguns burgueses com títulos nobiliárquicos e decretou ainda a igualdade entre cristãos-novos e cristãos-velhos, o que beneficiou bastante a burguesia, já que
muitos dos seus membros eram cristãos-novos, perseguidos pela Inquisição. Esta medida pôs fim a essas
perseguições.
Em 1758, D. José I foi vítima de um atentado. Alguns
nobres e a família dos Távoras, bem como a Companhia de Jesus, foram responsabilizados por este acontecimento. Por consequência, alguns elementos da família Távora e outros nobres de grandes famílias
nacionais foram condenados à morte, mesmo sem
existirem provas conclusivas acerca do seu envolvimento no atentado. A família Távora foi ainda despojada dos seus bens e benefícios. Os Jesuítas foram expulsos de Portugal e todos os seus bens confiscados
pela Coroa portuguesa.
Grupo II
t
SOLUÇÕES
HISTÓRIA 8
PREPARAR OS TESTES
SOLUÇÕES
2.3.
3.1.
3.2.
3.3.
3.4.
©
t
4.1.
progressos na Medicina e a melhoria das condições de
higiene, que se verificaram também neste período, foram responsáveis por uma acentuada redução da mortalidade, principalmente da infantil.
De facto, no século XVIII, ocorreu uma Revolução Demográfica que se iniciou em Inglaterra, expandindo-se
depois pela Europa, já que se assistiu à acentuada redução da mortalidade, principalmente da infantil, a
um considerável crescimento populacional e ainda ao
aumento da esperança média de vida e ao aumento
do número de filhos, que provocou o rejuvenescimento da população; ou seja, a tendência demográfica que se mantinha há vários séculos inverteu-se totalmente, neste período, graças essencialmente à
Revolução Agrícola.
Sector têxtil.
A existência de matérias-primas essenciais para o desenvolvimento deste sector, já que das enclosures inglesas saíam grandes quantidades de lã, devido à criação de gado, e do Império Inglês chegava o algodão,
bem como o facto de a Inglaterra exportar grandes
quantidades destes tecidos e ainda a longa tradição
inglesa na produção têxtil.
A evolução da exportação inglesa de tecidos, entre
1697 e 1789, foi positiva. Contudo, entre 1697 e 1749,
os valores registados foram relativamente estáveis,
não sendo elevados. A partir de 1750, as exportações
inglesas de tecidos aumentaram espectacularmente.
Assim, entre 1740-1749, o volume de negócios era de
11 000 libras, enquanto que, entre 1780-1789, os valores ascendiam às 756 000 libras.
O crescimento espectacular das exportações inglesas de
tecidos, verificado a partir de 1750, deve-se à crescente
produção destes produtos graças à introdução dos inventos técnicos neste sector, tal como o representado
na imagem. Assim, a Revolução Industrial, que arrancou
neste sector, trouxe o aumento da produção, o que provocou o aumento substancial das exportações.
A Revolução Industrial trouxe consequências negativas: ocorreram transformações na paisagem, já que
muitas cidades inglesas foram ocupadas com diversas
fábricas; junto das fábricas viviam os operários em casas muito pequenas e degradadas, sem as mínimas
condições de higiene e segurança. Esta situação está
descrita no documento 4: como o autor refere, à volta
de Manchester, cidade industrial inglesa, foram semeadas miseráveis habitações de pobres, ou seja, de operários. Os salários que auferiam implicavam que vivessem
na miséria, alimentando-se à base de pão e batata.
Devido à crescente construção de fábricas, o ambiente
ficou também bastante mais poluído; como descreve
o autor, em redor das fábricas e dos bairros dos operários, um dos riachos arrasta lentamente águas fétidas
que os trabalhos da indústria tingiram de cores negras.
Um fumo espesso e negro cobre a cidade.
Outra das consequências negativas da Revolução Industrial foi a multiplicação do trabalho infantil nas fábricas, como ilustra o Doc. 5; para reduzir os custos, os
patrões preferiam as crianças que trabalhavam muitas
horas e recebiam um baixíssimo salário.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1.
2.1.
2.2.
3.
4.1.
4.2.
185
PÁGS. 126-127
a) F. No século XVII, as treze colónias inglesas da América do Norte estavam obrigadas, pela Inglaterra, a
fazerem comércio apenas com esta potência.
b) V.
c) F. A Constituição Americana estabelecia a criação de
um Estado Federal, ou seja, um Estado que englobava várias Estados, autónomos em vários aspectos,
mas em que todos respeitavam as decisões do Governo Central (estavam unidos pelo mesmo Presidente).
d) V.
Esta caricatura pretende retratar a sociedade francesa
no período do Absolutismo. Na imagem podemos ver
o Terceiro Estado a ser esmagado pelo peso da Nobreza e do Clero. De facto, a sociedade francesa deste
período era marcada por profundas desigualdades: a
Nobreza e o Clero (cerca de 2% da população) eram os
grupos privilegiados, estavam isentos do pagamento
de impostos e ocupavam importantes lugares na administração. Quanto ao Terceiro Estado (cerca de 98% da
população), vivia sobrecarregado de impostos pagos
quer ao rei, quer aos senhores das terras, quer à Igreja.
O rei francês, Luís XVI, sentindo cada vez mais o clima
de revolta e descontentamento que se vivia em
França, decidiu convocar os Estados Gerais (que não se
reuniam desde 1614), ou seja, a assembleia consultiva
onde se reuniam os representantes do Clero, da Nobreza e do Terceiro Estado.
Nesta reunião, a 5 de Maio de 1789, os representantes
do Terceiro Estado rejeitaram a forma tradicional de
votação (por ordem social), exigindo o voto por cabeça, o que lhes garantia a vitória (pois o Terceiro Estado tinha o maior número de representantes). Apesar
da oposição dos membros do Clero e da Nobreza, os
membros do Terceiro Estado não cederam.
Assim, realçando o facto de representarem a grande
maioria da população, os membros do Terceiro Estado
decidiram formar uma Assembleia Nacional, ou seja,
seriam os representantes da nação francesa.
O rei ordenou, então, aos grupos privilegiados que se
reunissem com o Terceiro Estado, formando-se assim a
Assembleia Nacional Constituinte, que teria por objectivo elaborar uma Constituição.
1 – Monarquia Absoluta de Luís XVI
4 – O Consulado de Napoleão
3 – O Directório
2 – A Convenção
5 – O Império de Napoleão
Sinédrio.
A permanência do rei no Brasil e o facto do governo
português ser controlado pelos ingleses (chefiados
pelo general Beresford) e a grave crise comercial que
se vivia, sobretudo devido à abertura dos portos brasileiros à navegação estrangeira (através de um Tratado
de Comércio estabelecido com a Inglaterra, em 1810),
prejudicando gravemente os negócios portugueses e
a nossa burguesia.
PREPARAR OS TESTES
HISTÓRIA 8
4.4.
5.1.
5.2.
6.1.
6.2.
6.3.
Segundo o documento, os principais objectivos eram
assumir o governo de Portugal e convocar Cortes com
o fim de redigir a futura Constituição.
A igualdade entre todos os cidadãos; a soberania da
nação (o poder do povo era exercido através da eleição dos deputados às Cortes) e a divisão dos poderes:
o executivo cabia ao rei, o legislativo (que detinha supremacia) às Cortes (eleitas por sufrágio directo e universal) e o judicial aos Tribunais.
O Absolutismo.
D. Pedro, vendo que D. Miguel não cumprira os compromissos estabelecidos e que tinha reposto o regime
absoluto, decidiu agir. Abdicando do trono do Brasil
em favor do seu filho, assumiu a regência de Portugal,
em nome da sua filha, D. Maria da Glória.
Com o apoio francês e inglês, organizou um exército liberal (cerca de 8000 homens), juntando-se na Terceira
(Açores) aos exilados liberais e partiu para Portugal,
desembarcando, ainda nesse ano, numa praia perto
do Porto, ocupando essa cidade sem grande resistência.
D. Pedro e os liberais (juntamente com os portuenses)
tiveram de resistir a um ano de cerco à cidade do
Porto, organizado por D. Miguel e as suas tropas.
A partir do Porto, a guerra civil estendeu-se a quase
todo o país, tendo os exércitos liberais alcançado uma
série de vitórias, nomeadamente reconquistando Lisboa em 1833. Em Maio de 1834, D. Miguel aceitou assinar a paz, na Convenção de Évora-Monte.
A extinção das ordens religiosas e confiscação dos
seus bens, que passaram para o Estado.
Abolição do direito de morgadio, ou seja, o direito que
o filho mais velho (o morgado) tinha de herdar, exclusivamente, todos os bens dos pais; extinção da dízima
paga ao Clero e dos direitos senhoriais; reforma da administração pública, através da divisão do país em províncias, comarcas e concelhos; liberalização do comércio e da pequena indústria, através da extinção dos
monopólios.
Apesar de importantes, estas reformas não foram suficientes para que Portugal registasse um grande desenvolvimento económico, sobretudo, devido à
grande instabilidade política que se vivia.
TESTE DE AVALIAÇÃO 4
2.1.
2.2.
1.1.
1.2.
2.1.
2.2.
3.
4.1.
4.2.
PÁGS. 128-129
Grupo I
1.1.
1.2.
1.3.
Enclosure.
A criação de gado.
Os nobres rurais ingleses conseguiram obter longas
planícies de muitas milhas onde não há casas, nem terras trabalhadas, só se vêem árvores, urzes e verdura onde
um número infinito de carneiros pastam todo o ano, ou
seja, grandes propriedades em que a actividade desenvolvida predominantemente é a criação de gado
(enclosures), através da anexação de baldios (terrenos
não cultivados que podiam ser utilizados por todos os
habitantes de uma povoação, para a pastagem do
gado e a recolha da lenha). Estes terrenos deixaram
então de ser comunais, ou seja, de pertencer a todos
186
4.3.
5.1.
5.2.
os habitantes de determinada região, para se tornarem propriedade privada, deixando assim os habitantes de ter permissão para os utilizar.
A máquina a vapor foi aplicada na indústria e nos
transportes.
O progresso da indústria levou ao desenvolvimento
dos meios de transportes, já que era necessário transportar rapidamente as matérias-primas até às fabricas
e escoar os produtos fabricados para o mercado. Por
isso, as acessibilidades (estradas, caminhos-de-ferros,
canais) foram melhoradas e os transportes foram desenvolvidos, tornando-se mais rápidos e eficazes.
Grupo II
1776.
A obrigatoridade de fazerem comércio apenas com a
Inglaterra provocou um grande descontentamento,
sobretudo, por parte de uma burguesia rica e empreendedora que se tinha desenvolvido nessa região;
o aumento dos impostos, nomeadamente das taxas
sobre o açúcar, o chá e o papel selado, aumentou os
sentimentos de revolta dos colonos em relação à metrópole.
Esse período designa-se Convenção.
A expressão sublinhada no documento mostra bem o
ambiente violento que se viveu durante a Convenção.
De facto, a partir de 1793, a Convenção iniciou um período de terror, sendo constituído um governo revolucionário, dirigido por Robespierre. Durante esse período, milhares de pessoas, consideradas contra o
governo, ou seja, inimigos do povo, na opinião de Robespierre, foram perseguidas e condenadas à guilhotina.
a) Os principais protagonistas da Revolução Francesa
foram os burgueses.
b) O Rei Luís XVI foi executado durante o período político designado Convenção.
c) Em 1806, Napoleão decretou o Bloqueio Continental, com o objectivo de enfraquecer a Inglaterra.
d) A derrota final de Napoleão deu-se na Batalha de
Waterloo.
A recusa do governo português em aderir ao Bloqueio
Continental.
A permanência de D. João VI, e da corte portuguesa,
no Brasil; a grave crise comercial que se vivia, sobretudo pela abertura dos portos brasileiros à navegação
estrangeira, prejudicando gravemente os negócios
portugueses; o facto do governo português ser agora
controlado pelos ingleses (chefiados pelo general Beresford), o que muito descontentava os políticos e os
militares.
É um sistema político no qual o rei tem que obedecer
aos princípios fundamentais definidos pela Constituição.
Liberais e Absolutistas.
Os liberais eram na sua maioria burgueses, defensores
dos ideais de igualdade entre todos os cidadãos. Essa
igualdade proclamada pelos liberais ia contra um conjunto de privilégios e regalias de que a Nobreza e o
Clero gozaram durante o Antigo Regime. Assim, vendo
muitos das suas anteriores regalias retiradas pelas re-
©
4.3.
t
SOLUÇÕES
HISTÓRIA 8
PREPARAR OS TESTES
SOLUÇÕES
formas dos liberais, os membros destas ordens sociais
apoiavam D. Miguel nas suas pretensões de repor o
Absolutismo, esperançosos de que tal simbolizasse
um retorno à sociedade de ordens e aos antigos privilégios.
5.1.
5.2.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1.1.
1.2.
1.3.
1.4.
2.1.
2.2.
2.3.
3.
4.1.
4.2.
A Alemanha apostou na formação dos seus jovens empregados, ou seja, apostou na formação de técnicos
especializados.
Era a Inglaterra. Como era a maior potência industrial
do Mundo, os jovens empregados alemães iam formar-se lá durante 3 ou 4 anos. Era na Inglaterra que se
concentravam os melhores técnicos, os mais avançados conhecimentos e as mais desenvolvidas técnicas.
Os sectores têxtil, metalúrgico e químico.
Os excelentes recursos naturais que possuía.
Navio a vapor.
A construção de navios de grandes dimensões, com
casco de ferro, que permitiam transportar uma grande
quantidade de mercadorias, a formação de companhias de navegação de longo curso, que asseguravam
a circulação regular de pessoas e bens entre continentes, e a abertura de canais.
A Revolução nos Transportes levou à intensificação do
comércio. Assim, a nível nacional, as regiões situadas
quer no interior quer no litoral passaram a conseguir
escoar facilmente os seus produtos, bem como ser
abastecidas dos bens que necessitavam. Desta forma,
os mercados nacionais fortificaram-se e expandiram-se. A nível internacional, o comércio à escala mundial,
intensificava-se cada vez mais, graças à Revolução dos
Transportes. Deste modo, os países industrializados
acorriam às colónias africanas e asiáticas em busca de
matérias-primas para as transformar industrialmente,
fazendo, depois, chegar a todo o Mundo os seus produtos.
química, eléctricos, corantes, perfumes, medicamentos, explosivos, alumínio, detergentes, fertilizantes
agrícolas, comunicação, Samuel Morse, telefone, Marconi, energia, série, Industrial.
Grande concentração empresarial.
Controlar a produção e o comércio de determinado
sector ou produto.
As grandes empresas conseguiam produzir mais e
com um preço de produção mais reduzido, o que se
traduzia numa baixa do preço do produto final. Ora, as
pequenas empresas não conseguiam sobreviver à livre
concorrência, pois o preço da sua produção era muito
mais elevado, sendo o produto final consequentemente mais caro. Como o consumidor comprava o
mais barato, a pequena empresa entrava em dificuldade e acabava por falir. Estas pequenas empresas falidas eram, muitas vezes, compradas e integradas nestas concentrações empresariais. Mas estas associações
de várias empresas podiam nascer, também, da união
de vários pequenos fabricantes para fazer face a uma
grande empresa, tal como refere o documento, e
ainda de duas grandes empresas concorrentes que se
6.1.
6.2.
6.3.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1.1.
1.2.
©
t
4.3.
PÁGS. 147-148
juntavam de modo a controlarem em absoluto um determinado produto, como também demonstra o documento.
Canadá, EUA, Brasil, Argentina, África do Sul, Austrália
e Nova Zelândia.
A Revolução Agrícola dispensou muita mão-de-obra,
pois as máquinas faziam agora muitas das funções dos
camponeses. Também a explosão demográfica do século XIX levou à acumulação de muita mão-de-obra
nos campos. Assim, muitos destes desempregados decidiram migrar para as cidades, onde sonhavam obter
melhores condições de trabalho e de vida. Contudo,
muitos daqueles que chegavam às cidades não arranjavam emprego. A solução era emigrar de modo a obter melhores condições de trabalho e de vida.
a) B; b) A; c) A; d) B; e) A; f ) A; g) B; h) A
Durante a expansão da Revolução Industrial ocorreram transformações económicas e sociais: a burguesia
afirmou-se na sociedade, passou a deter importância
social e a acumular elevadas fortunas; cresceu o operariado mas as suas condições de trabalho e de vida
agravaram-se, sendo muito penosas e difíceis. Ora, o
romance realista nasceu com o principal objectivo de
criticar a sociedade da época, nomeadamente, a vida
de luxo da burguesia e denunciar a pobreza e a miséria do proletariado.
A industrialização criou, por um lado, a necessidade de
novas construções, mas disponibilizou, por outro lado,
novos materiais e técnicas.
Surgiu então a arquitectura do ferro, que utilizava materiais como o ferro, o cimento e o vidro, permitindo
realizar construções bastante funcionais e de carácter
utilitário.
Este tipo de arquitectura foi utilizado em estações de
comboio, mercados, armazéns, pavilhões de exposições, grandes armazéns, pontes.
187
PÁGS. 157-158
As invasões francesas prejudicaram a agricultura portuguesa no sentido em que as batalhas travadas durante esse período, e a acção violenta das tropas napoleónicas, provocaram a destruição de muitos campos
de cultivo.
O mau aproveitamento do solo, a ausência de conhecimentos técnicos e científicos modernos, nomeadamente a não utilização de adubos químicos e de mecanização nos trabalhos agrícolas (em muito devido
ao analfabetismo dos camponeses), a ausência de
uma rede de transportes, a cobrança de elevados impostos aos camponeses e a existência de uma enorme
quantidade de terras que pertenciam a proprietários
que não tinham grande interesse em aumentar a produtividade dos solos, mantendo-os explorados de
forma tradicional.
PREPARAR OS TESTES
HISTÓRIA 8
3.1.
3.2.
4.1.
4.2.
5.1.
5.2.
O documento 2 revela-nos um relato da inauguração
do primeiro troço de caminho-de-ferro que ligava Lisboa ao Carregado, bem como o entusiasmo da autora
ao esperar a chegada desse novo meio de transporte a
Portugal. O grande responsável pela introdução e, sobretudo, pelo desenvolvimento dos caminhos-de-ferro em Portugal foi Fontes Pereira de Melo.
O Fontismo (designação pela qual ficou conhecido
este período) representou um enorme passo no desenvolvimento dos transportes e comunicações em
Portugal: construção de pontes e grande desenvolvimento da rede de estradas, modernização dos principais portos do país, estabelecimento da rede telegráfica, reorganização dos correios (introdução do selo
postal), construção de uma rede de faróis, estabelecimento das ligações, através de cabo submarinos, ao
estrangeiro e às colónias, entre outros exemplos de
realizações deste período.
Máquina a vapor.
Veio acentuar a nossa dependência económica relativamente ao estrangeiro, uma vez que o nosso país não
produzia esse tipo de maquinaria. Assim, Portugal
teve que aumentar as suas importações, quer de maquinaria, quer de matérias-primas.
A Regeneração foi um período da História portuguesa,
entre 1851 e 1859, caracterizado politicamente por
um período de pacificação e acalmia, o que favoreceu
o desenvolvimento económico do país, iniciando-se a
revolução dos transportes e a industrialização.
A burguesia, no período da Regeneração, assumiu-se
uma classe autónoma e empreendedora. De facto, foi
neste período que a alta burguesia capitalista, sobretudo os empresários ligados à indústria, aos negócios
e à banca começaram a ocupar lugares de destaque
na administração e governo do país.
O operariado, tal como acontecia noutros países industrializados, tinha condições de trabalho e de vida
muito difíceis: horários muito prolongados (ao romper
da manhã, já os pequeninos esperavam, (…) que lhes
abrissem o portão da fábrica), baixos salários, falta de
higiene e segurança no trabalho, uma má alimentação
(Pão e sardinha era o invariável menu), entre outros aspectos. Como refere o Doc. 6, em Portugal, também se
recorreu à mão-de-obra infantil, referindo o autor que
as crianças trabalhavam com seis e sete anos, em condições muito difíceis.
À semelhança de outros países europeus, também o
operariado português, cansado das condições de trabalho e de vida atrás mencionadas, começou a unir-se
e a reivindicar melhores condições de vida e de trabalho, recorrendo à greve como forma de luta operária.
TESTE DE AVALIAÇÃO 5
1.1.
1.2.
1.3.
1.4.
1.5.
1.6.
2.1.
2.2.
2.3.
3.1.
3.2.
PÁGS. 159-162
Grupo I
Bélgica.
A abundância de minerais existentes no subsolo
belga.
Segundo o documento, a França iniciou a sua industrialização em 1830.
188
A queda de Napoleão permitiu que a França conseguisse alcançar a estabilidade necessária para se lançar na industrialização. Assim, iniciou a construção de
caminhos-de-ferro e os sectores têxtil e metalúrgico
foram industrializados.
Segundo o documento, o Japão lançou-se na industrialização em 1880.
Devido ao fim do regime feudal, que permitiu que o
país progredisse rapidamente, abrindo-se ao Ocidente, utilizasse as técnicas ocidentais e apostasse em
técnicos com formação feita nos países industrializados. Assim, a indústria têxtil e a construção naval desenvolveram-se e iniciou-se a construção de caminhos-de-ferro. O Estado japonês apoiou bastante a
industrialização do país, bem como as famílias mais
poderosas que investiram os seus capitais na indústria.
O comboio.
Ao longo da segunda metade do século XIX, a linha de
caminhos-de-ferro expandiu-se consideravelmente.
Em 1870 as principais cidades europeias encontravam-se ligadas por caminhos-de-ferro. Também nos
continentes americano e asiático o comboio se expandiu rapidamente. Construíram-se ainda pontes, túneis
e viadutos, o que permitiu vencer obstáculos naturais
e instalar as linhas de caminhos-de-ferro em qualquer
local.
A Revolução dos Transportes permitiu que, pessoas e
bens passassem a deslocar-se mais rapidamente, com
mais segurança e a um preço mais reduzido, o que
possibilitou um aumento das migrações, com especial
destaque para a emigração da Europa para a América.
O desenvolvimento dos transportes levou também à
intensificação do comércio. A nível nacional, as regiões, situadas quer no interior quer no litoral, passaram a conseguir facilmente escoar os seus produtos,
bem como ser abastecidas dos bens que até aí escasseavam. Deste modo, os mercados nacionais fortificaram-se e expandiram-se, o que favoreceu as actividades agrícola e industrial. A nível internacional
registou-se um aumento do comércio entre continentes. O comércio à escala mundial, iniciado no século
XVI, intensificava-se cada vez mais, a mundialização da
economia acentuava-se. Deste modo, os países industrializados acorriam às colónias africanas e asiáticas
em busca de matérias-primas para as transformar industrialmente, fazendo depois chegar a todo o Mundo
os seus produtos.
O título do documento é adequado porque, como se
pode comprovar pelo quadro, tanto em Londres como
noutras cidades inglesas, entre 1750 e 1800, verificou-se um crescimento espectacular do número de bancos.
O liberalismo económico obrigava as empresas a
apostar no progresso, era necessário estar sempre actualizado e adoptar constantemente as inovações que
surgiam, pois só assim era possível competir com as
outras empresas, o que, por sua vez, implicava grandes investimentos. Quando os empresários não dispunham de capital suficiente recorriam ao financiamento
dos bancos.
©
2.1.
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SOLUÇÕES
HISTÓRIA 8
PREPARAR OS TESTES
SOLUÇÕES
4.1.
4.2.
4.3.
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t
5.1.
5.2.
5.3.
Por outro lado, neste período, assistia-se à construção
de grandes investimentos por parte do Estado, tanto
no desenvolvimento dos transportes, como das próprias indústrias, o que obrigava o Estado a recorrer
igualmente ao crédito bancário.
Esta corrida ao financiamento, fez multiplicar o número de bancos existentes tanto na Inglaterra como
noutros países.
Entre 1800 e 1880, a população de todas as grandes cidades europeias cresceu consideravelmente, com especial destaque para Londres, Paris e Berlim, as capitais dos países europeus industrialmente mais
desenvolvidos neste período. Londres, em 1800, era a
cidade europeia que registava o maior número de habitantes, já que era também a potência industrial mais
desenvolvida. Seguia-se Paris e Berlim onde a população urbana também cresceu.
A Revolução Agrícola dispensou muita mão-de-obra;
muitos camponeses deixaram de ser necessários, pois
as máquinas faziam as suas funções. Também a explosão demográfica do século XIX levou à acumulação de
muita mão-de-obra nos campos, desempregada. Por
isso, muitos decidiram migrar para as cidades, onde
sonhavam obter melhores condições de trabalho e de
vida. Assistiu-se, assim, a um elevado êxodo rural, facilitado pelo desenvolvimento dos meios de transporte
que provocou um espectacular aumento da população urbana, como se comprova pelo gráfico.
O aumento da população urbana provocou um crescimento das cidades, o que obrigou à transformação
das mesmas. Assim, foi necessário construir arranha-céus de forma a alojar os novos habitantes. Formaram-se, também, bairros de operários em redor das cidades. Como as cidades cresciam desordenadamente,
as preocupações urbanísticas passaram a estar mais
presentes. Foi então necessário construir infra-estruturas públicas para fazer face a este crescimento.
A profissão e a riqueza.
A burguesia dividia-se em alta, média e pequena. A
alta burguesia, constituída por dirigentes de bancos,
de sociedades financeiras, de fábricas ou de empresas,
encontrava-se, neste período, numa situação económica muito favorável, graças aos elevados lucros que
estas actividades lhes proporcionavam. Ocupava
ainda lugares de elevada importância na vida política.
Defendia valores como o trabalho (considerado o
único meio para enriquecer), a família, a poupança, o
direito à propriedade e a procura de bem-estar.
A média e a pequena burguesia formavam a classe
média, composta por advogados, médicos, engenheiros, professores, jornalistas, oficiais do Exército e da
Marinha, funcionários públicos, empregados de escritório, pequenos empresários, etc. Possuíam, normalmente, instrução e algum poder de compra e, ao
longo do tempo, adquiriram importância social, sobretudo, quando o direito de voto se alastrou a diversas
classes da sociedade.
No centro das cidades encontravam-se os escritórios,
as empresas, os bancos, a bolsa, ou seja, a área de negócios que ocupava os burgueses durante o dia. No
6.1.
1.1.
1.2.
2.1.
2.2.
2.3.
3.1.
189
centro das cidades encontravam-se também as elegantes lojas de roupa, onde as senhoras burguesas se
dirigiam para adquirir as roupas da moda, como demonstra o documento, os teatros, a ópera, os cafés, os
jardins onde se divertiam os burgueses e as luxuosas
casas em que habitavam.
Marx e outros seguidores do socialismo científico,
como por exemplo Engels, defendiam a transformação
do proletariado em classe dominante. Consideravam,
por isso, que deveria ser o proletariado a deter o poder e o domínio que, neste período, pertencia à burguesia. Deste modo, o proletariado deveria organizar-se, acabar com o domínio da burguesia e tomar a seu
cargo o poder político. Seguidamente, deveria utilizar
o seu domínio político para arrancar à burguesia todo o
capital e, de seguida, centralizar todos os instrumentos
de produção nas mãos do Estado, ou seja, após a tomada do poder pelo proletariado, os meios de produção (fábricas, máquinas, etc.) deveriam ser colectivizados, isto é, passariam a ser de todos.
Por fim, o marxismo defendia a construção de uma sociedade socialista que, depois, daria lugar ao Comunismo, ou seja, a uma sociedade igualitária e sem classes.
Grupo II
A alternância de culturas. Como ilustra a figura, não é
deixada nenhuma parcela de terra para pousio – todas
elas têm culturas diferentes. Ao libertar uma das parcelas de terra (que deixa de estar em descanso), incentiva-se a uma maior produtividade não saturando os
solos, uma vez que as culturas são alternadas.
O desenvolvimento de culturas, como a vinha, o milho
ou a batata; a introdução de máquinas e adubos químicos e a criação de sociedades agrícolas, que realizavam, entre outras iniciativas, feiras e exposições.
O documento 2 refere a construção do primeiro troço
de caminhos-de-ferro em Portugal, a introdução do
selo postal (o que contribuiu para a reorganização dos
Correios em Portugal) e a instalação do primeiro telégrafo.
O desenvolvimento dos transportes e das comunicações neste período contribuiu para a modernização
do país, pois possibilitou o aumento da circulação de
pessoas e de produtos, não só a nível nacional como
ao nível europeu (com os caminhos-de-ferro), favorecendo, também, o desenvolvimento económico e cultural do país.
No início da Regeneração, tornou-se ministro das
obras públicas Fontes Pereira de Melo que foi, sem dúvida, o grande impulsionador do desenvolvimento
dos transportes e das redes de comunicação.
Apesar das medidas aplicadas no sector agrícola durante a Regeneração, este sector não alcançou o desenvolvimento desejado. Este facto, aliado a um crescimento populacional que, tal como em toda a
Europa, se verificou em Portugal, levou à ruína de muitos pequenos proprietários agrícolas que, vendo-se
sem alternativa de subsistência, partiram para as cidades à procura de melhores condições de vida, através
do trabalho nas fábricas. Mas a indústria portuguesa,
ainda pouco desenvolvida, não conseguia absorver
PREPARAR OS TESTES
HISTÓRIA 8
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2.4.
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4.1.
4.2.
PÁGS. 163-167
A navegação astronómica.
Astrolábio, quadrante, balestilha e bússola.
A navegação astronómica foi bastante importante,
pois permitiu aos marinheiros portugueses navegar
no Atlântico, vencendo as correntes marítimas desfavoráveis e os ventos contrários.
Segundo o documento, os Muçulmanos entenderam
que os portugueses queriam apoderar-se do comércio
das especiarias, que antes lhes pertencia e os fazia tão poderosos. Por este motivo decidiram impedir os portugueses de entrar e se fixar em qualquer parte da Índia.
O principal objectivo dos portugueses era controlar
totalmente o comércio marítimo entre a Europa e o
Oriente.
Com o objectivo de assegurar o domínio português
no Oriente, D. Manuel I ordenou que, além das naus que
haviam de regressar com a carga de especiarias, fosse
também uma forte armada de navios e gente de armas.
Deste modo, o rei português pretendia prevenir-se de
possíveis ataques por parte dos Muçulmanos.
D. Manuel I nomeou vice-reis para a Índia que deviam
governar, em nome do monarca português, os territórios do Oriente, proteger os nossos amigos aliados e as
feitorias que aí tínhamos e impedir o comércio dos ditos
Mouros nossos inimigos.
As relações entre Portugueses e Orientais ficaram marcadas pela instabilidade. Assim, períodos houve em
que os dois povos conviveram amigavelmente, mas
outros também existiram em que se confrontaram,
por vezes até violentamente. Contudo, a verdade é
que muitos foram os portugueses que acabaram por
casar com mulheres indígenas.
• A existência, em diversas cidades italianas, da prática
do mecenato, ajudando os artistas e favorecendo a
produção cultural; o mecenato era praticado pelos
burgueses abastados e também pelos grandes senhores laicos e eclesiásticos.
• A rivalidade entre as cidades italianas mais ricas, em
que todas elas se pretendiam destacar através dos
seus monumentos e dos seus famosos escritores e artistas.
• Os vestígios greco-romanos, nomeadamente ao nível
da arte, predominavam nas cidades italianas.
• A existência de importantes escolas artísticas e universidades.
O autor defende a política do mare liberum (mar livre),
ou seja, a liberdade de circulação nos mares, considerando que o mar imenso não pode ser pertença de um
só reino, referindo-se a Espanha.
Portugal e Espanha. Durante muito tempo, estes países detiveram o monopólio da circulação e navegação,
acordado através do Tratado de Tordesilhas (mare
clausum). Com o fim do monopólio ibérico, as economias destes países teriam, agora, de se confrontar com
a concorrência internacional.
190
5.1.
A utilização de instrumentos agrícolas ainda muito rudimentares.
5.2. Também as técnicas utilizadas na agricultura, durante
este período, eram ainda muito rudimentares, recorrendo-se ainda ao pousio, o que não permitia o cultivo
intensivo da terra. De facto, o desenvolvimento desta
actividade económica era muito lento, já que os investimentos eram muito poucos ou nenhuns. Muitas terras passíveis de serem cultivadas encontravam-se
abandonadas. Tudo isto fazia com que a agricultura do
Antigo Regime fosse pouco produtiva.
5.3. Devido à fraca produtividade da agricultura que era
desenvolvida no Antigo Regime, as fomes e as pestes
eram frequentes, causando um número elevado de
mortos, o que condicionava o crescimento demográfico.
6.1. Terramoto de 1755.
6.2. A Lisboa pombalina caracteriza-se pelas suas ruas largas e perpendiculares entre si, pelos passeios calcetados, o que trouxe maior segurança para os peões, pelos edifícios com altura e fachadas iguais, embora
pintados de diferentes cores e, por fim, pela grande
praça central, a Praça do Comércio, que no seu centro
tinha uma grande estátua do rei.
7.
a) O Iluminismo desenvolveu-se, sobretudo, ao longo
do século XVIII.
b) Os iluministas defendiam a crença total na razão.
c) A separação de poderes foi uma teoria iluminista
defendida por Montesqieu.
d) O Marquês de Pombal aplicou em Portugal muitas
das ideias iluministas, nomeadamente com a reforma da Universidade de Coimbra.
8.1. 1776.
8.2. O facto de as colónias estarem obrigadas, pela Inglaterra, a fazerem comércio apenas com esse país, o que
começou a provocar um forte descontentamento, sobretudo por parte de uma burguesia rica e empreendedora que se tinha desenvolvido nessa região, e o aumento dos impostos, nomeadamente das taxas sobre
o açúcar, o chá e o papel selado, o que desencadeou
sentimentos de revolta dos colonos em relação à metrópole, conduzindo ao movimento independentista.
9.
1) 1.ª invasão francesa
6) Regeneração
3) Aprovação da 1.ª Constituição Portuguesa
2) Revolução Liberal
5) Fim da Guerra Civil entre Liberais e Absolutistas
4) Independência do Brasil
10.1. O capitalismo industrial e financeiro é um tipo de economia capitalista em que o grande comércio e a
grande indústria estão associados ao poder dos bancos que as financiam ou de outras sociedades financeiras, como por exemplo a Bolsa. O documento reflecte exactamente a prática deste tipo de economia
no século XIX. Assim, o entrevistado refere que ao lado
do dono da empresa, há o capitalista que entra com
grandes somas de dinheiro. Assim, é este capital, emprestado pelos bancos, que permitia às empresas inovar, adquirindo maquinaria mais aperfeiçoada ou
mesmo pagar os salários aos operários. E questiona o
©
tanta mão-de-obra, o que levou a que Portugal assistisse, neste período, a um surto de emigração.
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SOLUÇÕES
HISTÓRIA 8
PREPARAR OS TESTES
SOLUÇÕES
entrevistador se o capital representa uma força, não lhe
caberá receber também uma parte dos lucros? De facto,
os bancos acabavam por receber uma parte dos lucros
das empresas, visto que também eles compravam acções sendo também donos dessas empresas a quem
emprestavam elevadas quantias de dinheiro.
11.1. Ao longo da segunda metade do século XIX, a população aumentou consideravelmente na Inglaterra e na
Alemanha. A França aumentou o número de habitantes, embora sem significado relevante. Já os Estados
Unidos da América e a Rússia viram a sua população
sofrer um aumento significativo.
11.2. As pessoas passaram a ter mais cuidado com a sua higiene, usando frequentemente o sabão e vestindo
roupa de algodão (Doc. 9). O documento 10 demonstra a primeira cirurgia realizada com o doente anestesiado com éter, ou seja, um dos avanços da Medicina
registados neste período, a par da descoberta de novas vacinas e novos medicamentos. Estes dois factores, aliados à melhoria da alimentação das populações, conduziram a uma redução drástica da
mortalidade, nomeadamente da infantil, o que permitiu o crescimento acentuado da população, demonstrado no documento 8.
12.1. Durante a Regeneração, Fontes Pereira de Melo foi o
responsável por uma verdadeira revolução nos transportes e comunicações, sem os quais não podia haver
progresso económico em Portugal: construção de pontes e grande desenvolvimento da rede de estradas,
modernização dos principais portos do país e lançamento e grande desenvolvimento da rede de caminhos-de-ferro em Portugal. Foi também durante o
Fontismo que Portugal assistiu ao estabelecimento da
rede telegráfica, à reorganização dos correios (introdução do selo postal), à construção de uma rede de faróis, ao estabelecimento das ligações, através de cabo
submarinos, ao estrangeiro e às colónias, entre outros
exemplos de realizações deste período.
PROVA GLOBAL 2
1.1.
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2.
PÁGS. 168-172
Alcançar a Índia por mar, contornando o Sul de África.
Entre 1482-86, Diogo Cão explorou o litoral de Angola,
alcançou o rio Zaire e chegou até à actual Namíbia; em
1487, Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva foram enviados para o Oriente, por terra, com o objectivo de fazer
chegar informações ao monarca português; em 1488,
Bartolomeu Dias dobrou o cabo da Boa Esperança.
Segundo o documento, foi por causa dos perigos e tormentas que passaram ao dobrá-lo que Bartolomeu Dias
e os da sua armada lhe puseram o nome de Tormentoso.
D. João II decidiu chamar-lhe cabo da boa Esperança,
pela esperança que ele prometia da tão esperada e há
tantos anos procurada chegada à Índia. Assim, este
acontecimento permitiu descobrir a passagem para o
Oceano Índico, tornando a chegada à Índia mais provável.
a) O Tratado de Tordesilhas foi assinado em 1494.
a) Ao longo dos séculos XV e XVI, o principal objectivo
dos portugueses em África foi obter elevados lucros
com o comércio.
3.
4.1.
5.1.
5.2.
5.3.
191
b) O primeiro vice-rei da Índia, durante a sua governação, adoptou uma política de domínio dos mares.
c) O monarca português que iniciou a colonização do
Brasil foi D. João III.
a) Renascimento – movimento europeu de renovação
cultural e artística que se desenvolveu nos séculos
XV e XVI. Caracterizava-se pela valorização das capacidades humanas e pela revalorização dos ideais
da Antiguidade Clássica.
b) Classicismo – tendência artística e literária que considera os valores clássicos (gregos e latinos) como
modelos a imitar.
c) Humanismo – tendência intelectual do Renascimento que valorizava o Homem e as suas capacidades terrenas, baseada em estudos da Antiguidade
Clássica.
Tal como refere o documento 2, Lutero afixou as suas
95 Teses na Igreja de Wittemberg. Essas teses criticavam, sobretudo, a Bula das Indulgências. Lutero considerava que a capacidade de perdoar não pertencia ao
Papa, mas era antes um direito que todos os Cristãos
verdadeiramente arrependidos tinham. Frei Martinho
Lutero mostrava-se também contra os comportamentos de opulência manifestados pelos membros do
Clero e acabou por ser excomungado pelo Papa. Martinho Lutero deu então início à Reforma Protestante,
ou seja, à propagação de uma nova doutrina reformista – o Protestantismo. Desta forma, surgiram várias
Igrejas Protestantes, na Europa, no século XVI.
Face ao avanço protestante na Europa, a Igreja Católica decidiu reagir e uma das medidas que tomou foi a
Reforma Católica, ou seja, uma reforma interna no seio
da Igreja Católica, que foi definida no Concílio de
Trento (Doc. 3). Nesta grande reunião, convocada pelo
Papa Paulo III, foram tomadas medidas para reorganizar a Igreja internamente, disciplinar os seus membros
e foram reafirmados todos os princípios fundamentais
da Igreja Católica.
A perda de um grande número de naus da carreira da
Índia. As naus perdiam-se devido a diversos factores:
ataques de piratas e corsários, que, atraídos pelo tráfico das especiarias, atacavam frequentemente os navios portugueses ou devido à sobrecarga com mercadorias da Índia que as naus transportavam, fazendo
com que se afundassem.
A dispersão dos territórios que tornava a sua defesa
muito difícil; as despesas muito elevadas; a administração do Império, deficiente e corrupta, e os ataques de
vários países europeus defensores da política do mare
liberum (Holandeses, Franceses, Ingleses), que se opunham à política do mare clausum.
Devido aos factores referidos acima, Portugal começava a atravessar, na segunda metade do século XVI,
um período de crise. Já a situação do Império Espanhol era bem diferente. No século XVI, a Espanha possuía um vasto Império, sobretudo na América Central
e do Sul, de onde chegavam importantes riquezas,
como o ouro e a prata. A Espanha era, na segunda metade do século XVI, a maior potência europeia.
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HISTÓRIA 8
6.1.
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7.
8.1.
8.2.
9.
10.1.
10.2.
11.1.
11.2.
A crise do Império Português do Oriente obrigou os
Portugueses a abdicar de algumas possessões no
Oriente, o que provocou uma redução da extensão do
Império colonial português e uma perda de poder no
Oriente.
D. Sebastião morreu, em 1578, na Batalha de Alcácer
Quibir sem deixar descendentes directos, ou seja, filhos ou irmãos. Foi o seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, que governou o país durante dois anos, ou seja,
até 1580. Nesse ano morreu, provocando um grave
problema de sucessão. Surgiram então três candidatos
à sucessão, iniciando-se um período conturbado da
História de Portugal.
Pretendentes ao trono:
• D. Catarina de Bragança – Apoiado por: não reuniu
apoios suficientes, acabando por desistir.
• D. António, Prior do Crato – Apoiado por: povo que
temia a perda da independência (chegou a ser
aclamado rei em Santarém).
• D. Filipe II de Espanha – Apoiado por: nobres e burgueses que viam neste candidato a possibilidade
de acesso a importantes circuitos comerciais do
Império Espanhol, a cargos ou títulos importantes.
a) R; b) I; c) B; d) I; e) R; f) R; g) R; h) B; i) I; j) I
Teoria Heliocêntrica.
Desenvolveu-se, neste período, o método experimental que se baseia na definição de um problema, observação e experimentação para comprovar as hipóteses
levantadas para a sua resolução. Assim, acreditava-se
que os conhecimentos só podiam ser considerados
correctos quando confirmados pela razão e pela experiência.
a) V
b) F. O país pioneiro na Revolução industrial foi a Inglaterra.
c) F. A máquina a vapor foi o mais importante invento
técnico ocorrido no século XVIII.
d) F. A maquinofactura substituiu a manufactura.
Napoleão Bonaparte, ao tornar-se Imperador de
França, tinha o objectivo de conquistar um grande império, o que conseguiu através de uma série de vitórias militares. Um dos seus principais alvos de conquista era, sem dúvida, a Inglaterra. Não conseguindo
conquistá-la pela armas, Napoleão optou, em 1806,
por tentar uma nova estratégia: o Bloqueio Continental, ou seja, decretou o encerramento dos portos europeus aos produtos ingleses, como podes verificar no
documento: o comércio de mercadorias inglesas fica
proibido.
Portugal não aderiu de imediato a este decreto de Napoleão, uma vez que detinha uma velha aliança com
Inglaterra e era com este país que estabelecia grande
parte do seu comércio internacional. Face a esta recusa portuguesa, Napoleão invadiu Portugal.
Sinédrio.
Expulsar de Portugal Beresford e os oficiais estrangeiros e dar à Nação uma nova organização política e administrativa, inspirada nas ideias liberais.
192
11.3. Constituição de 1822:
• A igualdade entre todos os cidadãos.
• Soberania da nação: o poder do povo era exercido
através da eleição dos deputados às Cortes.
• A divisão dos poderes: o executivo cabia ao rei, o legislativo às Cortes e o judicial aos Tribunais.
12.1. As condições de trabalho do operariado eram realmente bastante difíceis e duras, já que os operários
chegavam a trabalhar 15 horas, 7 dias por semana, não
tinham direitos sociais e os salários auferidos eram
baixíssimos. Contudo, os operários tinham que se sujeitar a estas condições sob pena de perderem o emprego, já que se acumulavam às portas das fábricas os
desempregados, à espera de uma oportunidade. Os
empresários, de modo a reduzir os custos de produção
e, consequentemente, o preço de venda ao público,
contratavam mão-de-obra ainda mais barata, ou seja,
mulheres e crianças.
Nos arredores da cidade, situavam-se os bairros de
operários onde predominavam as casas pequenas, sobrelotadas, mal iluminadas e sem as mínimas condições de higiene. Os mais pobres habitavam nas caves e
nas águas-furtadas, onde casados e solteiros dormem
todos no mesmo quarto, não havendo qualquer privacidade. Obviamente, este ambiente, aliado à alimentação deficiente, era favorável à propagação de doenças.
12.2. As condições de trabalho e de vida do operariado geraram um clima de insatisfação, descontentamento,
revolta e agitação social.
Visto que estas formas de luta não estavam a surtir os
efeitos desejados, os operários, com o objectivo de
conseguir melhores condições de trabalho e de defender os seus direitos, uniram-se e formaram os primeiros sindicatos, em meados do século XIX. A greve era a
principal forma de luta.
12.3. No final do século XIX, o proletariado viu alguns dos
seus direitos reconhecidos, graças, fundamentalmente, à força e à acção dos sindicatos. Assim, o horário de trabalho foi reduzido para 10 horas e, posteriormente, para 8 horas diárias, os trabalhadores passaram
a ter direito a um dia de descanso por semana, os salários aumentaram, o direito à greve foi reconhecido, o
trabalho infantil (menores de 12 anos) foi proibido, começaram a ser elaborados contratos de trabalho e as
situações de doença, velhice ou acidente passaram a
ter apoio.
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5.4.
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