Divulgar a Marca - IDS - Instituto para o desenvolvimento sustentável

Propaganda
Divulgar a Marca (MA)
Participantes:
Belmonte Amado Rosa Cavalcante – Cerâmica Estrela
Jhonny Afonso Cunha – SEBRAE
Edgard Más – Cerâmica Santo Antônio
Conceito:
Logomarca é a representação simbólica, gráfica ou tipográfica de uma marca. A marca em si é muito mais do que apenas o
desenho (logomarca) que a representa. Qualquer empresa, entidade pública ou não governamental pode ser reconhecida através
de sua logomarca.
A logomarca é uma referência a uma determinada empresa, e o seu desenho pode nos lembrar dos valores dessa empresa ou
organização. Uma logomarca também pode reprentar um ideal (Paz) ou até mesmo um super herói (como o Batman). Para
facilitar o entendimento, vamos tratar nessa página apenas das marcas comerciais.
O conceito de marca é bem mais abrangente que o desenho do logotipo que a representa. A marca pode ser lembrada não
apenas pelo seu desenho (logomarca) mas por outros meios (mídias), além das características de diferenciação.
Um exemplo de diferenciação de uma marca, que não depende da logomarca (que é apenas o desenho) é a marca de motos
Harley Davidson. Só de pensarmos nesse nome, imaginamos a liberdade de poder viajar tranquilamente com uma moto
possante, acompanhados por um grupos de motoqueiros que também buscam essa paz, liberdade e descontração.
Além disso, uma das principais características na diferenciação da marca Harley Davidson é o barulho do seu motor. Na
década de 1990, após um processo judicial por plágio, a Harley Davidson conquistou o direito de ser a única fabricante de
motos do mundo que pode produzir motos que saem de fábrica com o seu barulho do escapamento característico. Isso ocorreu
porque algumas fabricantes japonesas perceberam que iriam aumentar a venda de suas motos japonesas se copiassem o barulho
da Harley Davidson (que é norte-americana).
Dessa forma, a fabricante americana provou que o barulho da moto também é uma das características da marca Harley
Davidson, e seu plágio foi proibido.
A marca alimenta expectativas e comunica a "promessa" de um produto, apresenta seu diferencial frente aos concorrentes e
torna uma empresa única.
A marca não é só o desenho do logotipo.
Voce já deve ter escutado uma propaganda na rádio e reconhecido a empresa quando o locutor falou o nome da marca. Nesse
caso, voce não viu o desenho do logotipo (ou logomarca), apenas escutou falar da marca e já fez a conexão. Esse é apenas mais
um exemplo de que o logotipo é apenas a representação gráfica da marca.
O valor de uma marca é parcialmente abstrato, pois o mesmo perfil de consumidor pode atribuir valores diferentes para uma
mesma marca. Na sua análise temos de usar as disciplinas que a utilizam e regulam mais diretamente, que são o direito
comercial e a gestão de marketing.
Marca no direito comercial: para o direito comercial, a marca é um sinal: no Brasil, as marcas são protegidas e registradas no
INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial. A American Marketing Association nos Estados Unidos acrescenta na
definição jurídica: “A marca é um nome, um termo, um sinal, ou um desenho, ou uma combinação destes elementos, com vista
a identificar os produtos e serviços de um vendedor, ou de um grupo de vendedores, e a diferenciá-los dos concorrentes”.
Segundo o mestre dos estudos de Administração de Marketing Philip Kotler, “talvez a habilidade mais característica dos
profissionais de marketing seja a capacidade de criar, manter, proteger e melhorar uma marca. Para os profissionais de
marketing, o estabelecimento de uma marca é a arte e a essência do marketing” (Retirado da pagina 393 do livro
"Administração de Marketing" de Philip Kotler, nona edição traduzida para o português).
Expectativa da Marca
A marca é uma promessa da empresa em fornecer uma série de atributos, benefícios e serviços uniformes aos compradores, a
garantia de qualidade vem junto com as melhores marcas. Uma marca é um símbolo mais complexo, podendo trazer até seis
níveis de significados:
• Atributos: a marca tem o poder de trazer a mente certos atributos.
• Benefícios: estes são traduzidos em benefícios funcionais e emocionais.
• Valores: a marca também transmite os valores da empresa.
• Cultura: a marca tem o poder de representar certa cultura.
• Personalidade: a marca pode projetar certa personalidade.
• Usuário: a marca sugere o tipo de consumidor que pode usar determinado produto
A marca é um contrato, ela diminui o risco que o consumidor corre ao adquirir o produto. Garante um nível de performances,
independentemente da forma de distribuição, pois ela identifica. Numa oferta com produtos de igual qualidade e função, a
marca facilita o reconhecimento e favorece a fidelidade. Como exemplo temos as bebidas, os televisores, os celulares, veículos
etc.
Valor positivo e valor negativo da marca
A marca valoriza ou desvaloriza aquele que a usa ou a consome, transmite a sua identidade às pessoas, vende status social.
E se voce tivesse investido em uma dessas 3 marcas acima?
Com certeza voce estaria com muita raiva, pois as 3 empresas acima eram fortes no mercado, mas faliram gerando prejuízo
para milhões de famílias.
• Em 1994 a Construtora Encol faliu e lesou mais de 50 mil compradores;
• O banco Lehman Brothers (EUA) quebrou e causou a crise financeira de 2008;
• A Enron maquiava resultados para parecer lucrativa, mas quebrou em 2001.
Essas 3 marcas acima já foram marcas fortes e de grande participação no mercado, mas hoje só transmitem raiva, indignação e
valores ruins.
A marca é a cara da empresa, e assim como uma pessoa, uma marca tem uma identidade física ou formal, um carácter, uma
personalidade ligada à sua história e aos seus valores fundamentais (identidade cultural da marca).
O nome da marca
É o mais importante elemento do dispositivo identificador de uma marca. Existem vários tipos de nomes:
• Patronímico: marcas que têm por nome o do seu fundador
• Sigla: nomes que resultam da transformação do nome de uma empresa numa sigla própria
• Evocativo: o nome da marca lembra a categoria de produto
• Marca de fantasia: nomes que podem ter um significado prévio
• Marca de família: nome construído com um prefixo ou um sufixo tirado da marca institucional
• somatório de nomes: nomes que evitam susceptibilidades quando resultam de reestruturações
O nome deve:
• Ser curto (não mais de três sílabas) e de fácil memorização (como em Nintendo);
• Não deve ter conotações indesejáveis (trocadilhos que possam surgir relativamente ao nome das marcas);
• O nome deve ser internacional, alguns nomes são difíceis de pronunciar nas línguas estrangeiras, relativamente ao
país de origem;
• O nome deve ser disponível e defensável juridicamente;
• O nome não deve ser restritivo, deve permitir extensões de marca para outras gamas de produtos.
Marca na política
Em matéria publicada pelo jornalista Josias de Souza no UOL, a possível candidata a presidência da república nas eleições de
2014 Marina Silva utiliza os termos marca elogomarca para se referir aos resultados visíveis da administração da então
presidente Dilma, segundo seu ponto de vista:
"Alheia às indefinições [sobre a candidatura], Marina misturou as coisas definitivas que Dilma disse e tratou de definir as
coisas. Fernando Henrique Cardoso a economia, ela disse. Lula vitaminou as políticas sociais, acrescentou, antes de grudar no
anzol a próxima isca que Dilma vai mastigar: “retrocesso”.
“A marca do governo Dilma tem sido a do retrocesso. Não gostaria que a presidente tivesse essa marca. Ela cumpriu o seu
papel, mas o modelo se esgotou, não tem mais para onde ir”. Nada parece deixar Dilma mais aflita do que a ausência de
uma logomarca capaz de resumir sua administração."
Analisando mais profundamente o contexto do artigo e do discurso, podemos concluir que Marina Silva cometeu uma pequena
confusão entre os termos marca e logomarca. Isso é comum, pois somente os publicitários e designers tem uma visão mais
definida das diferenças entre os dois termos. Marca é a experiência vivenciada por um nome ou empresa, enquanto
que logomarca (ou logotipo) é apenas a representação gráfica (ou desenho) de uma marca. Um equívoco perdoável para todos
os mortais. Confira o artigo completo no link abaixo:
Fonte: parágrafos 5 e 6 do Blog do Josias, 15/10/2013 (http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/category/geral/)
Com o desenvolvimento da Indústria Cerâmica do Norte de Goiás nos anos 50, constatou –se que os produtos elaborados
tinham uma qualidade diferenciada, isto é, auta resistência mecânica, som metálico nas peças queimadas e coloração bem
avermelhada, o que atraía os consumidores. Foi quando deu –se início a produção de telha e eram levadas outras localidades, e
tornou- se um produto reconhecido na região Norte.
A telha produzida na região, principalmente as margens da estrada Belém/Brasília, às margens do Rio do Ouro ganhou fama e
as empresas expandiram sua produção bem como modernizou o processo produtivo.
A história da origem de algumas marcas famosas
Starbucks
A rede de cafeterias americana representada pela sereia de duas caudas teve seu nome inspirado em parte pelo personagem
Starbuck, do livro Moby Dick. Segundo o fundador Gordon Bowker, em 1971, a rede passou perto de ser batizada de "Cargo
House". Mas ele foi aconselhado por um amigo (publicitário) a investir em nomes iniciados com as letras "St", que formariam
palavras poderosas.
Smirnoff
O nome da vodka é uma homenagem ao russo Piotr Arsenyevitch Smirnov, dono de uma destilaria em Moscou. Seu destilado
era reconhecidamente o preferido do Czar. A família fugiu para Istambul com a eclosão da Revolução Russa de 1917, e a
marca começou a internacionalizar-se.
José Cuervo
O nome da tequila mexicana homenageia dois José Cuervo: o fazendeiro José Antonio de Cuervo começou a cultivar o agave,
planta matéria-prima da bebida, em1758. Mais tarde, em 1795, foi seu filho José Maria Guadalupe Cuervo quem iniciou a
produção do destilado. No Brasil, a marca é importada e distribuída pela Aurora.
Skype
Os criadores, o dinamarquês Janus Friis e o sueco Niklas Zennström, deram originalmente o nome "Sky-Peer-to-Peer" ao
serviço de comunicação em vídeo fundado em 2003. Mais tarde, a marca derivou para "Skyper" e finalmente para a sua forma
atual "Skype".
Jack Daniel's
A embalagem também estampa o nome do seu criador, o americano Jasper Newton Daniel, apelidado Jack. Conhecido pelas
garrafas quadrangulares de rótulo negro, a marca também é chamado de Old Nuymber Seven ("Velho número 7").
LEGO
Criada pelo dinamarquês Ole Kirk Christiansen em 1934, o nome da empresa surgiu a partir das palavras dinamarquesas "Leg
Godt", que significam "brincar bem". Em latim, a expressão pode ser traduzida também como "eu armo" ou "eu junto" ou
ainda "eu monto", uma coincidência que o carpinteiro desconhecia.
Reebok
Fundada em 1895, o nome da marca esportiva foi inspirado na palavra “rhebok” – antílope, na língua africânes. Nos anos 2000
a Reebok vinha utilizando a abreviação "RBK" como novo símbolo da marca, mas desde o final de 2008 a empresa vem
abandonando este símbolo e voltou-se a utilizar o nome Reebok por completo.
Amazon
O fundador Jeff Bezos queria um nome que começasse com a letra “A”, então apareceria primeiro na ordem alfabética.
Examinando o dicionário, ele deparou-se com o nome do grande rio brasileiro. Bezzos gosta de dizer que a dimensão do curso
d’água é inspiração para o tamanho que seu site quer atingir. Detalhe: o site quase se chamou "Cadabra", mas Bezzos desistiu
do nome por sua semelhança, em algumas línguas, à palavra "cadáver".
Johnnie Walker
O primeiro nome da marca foi Walker’s Kilmarnock Whisky, uma homenagem à cidade de Kilmarnock, onde seu inventor, o
escocês John Walker, morava. Como dá para perceber, o nome da bebida foi alterado para homenagear o seu criador. É a
marca de uísque mais distribuída no mundo, vendida em quase todos os países.
Nike
Fundada em 1972 pelo treinador de atletismo universitário Bill Bowerman e seu sócio, Phil Knight, a Nike tem o nome
inspirado na deusa da vitória, Nice (Niké). O logotipo da empresa tem uma história interessante: semelhante a uma asa em
referência à deusa Nice, o símbolo foi criado pelo jovem estudante de design Carolyn Davidson em 1971, e vendido por apenas
35 dólares.
BMW
Abreviatura de Bayerische Motoren Werk (Fábrica de Motores da Bavária), a empresa foi fundada em 1916 pelos irmãos Karl
Rapp e Gustav Otto como uma fábrica de motores de aviões em Munique. Após a I Guerra Mundial, a empresa foi proibida de
desenvolver aeronaves. Mas a origem da marca, no entanto, é até hoje vista em seu logotipo: a teoria mais comentada é que ele
representa uma hélice de avião, nas cores azul e branco.
Antarctica
O nome foi originado da Companhia Antarctica Paulista, que fabricava a cerveja. A indústria era uma fábrica de gelo, daí a
referência ao continente e a presença dos pingüins no logotipo. Lá eram fabricadas as famosas Sodas Limonadas dos anos 90.
Em 2000, a empresa de fundiu com a Brahma, fundando a Ambev.
Google
Uma das marcas mais famosas do mundo, Google seria originalmente chamada de Googol caso uma falha de comunicação não
mudasse a história. O erro no preenchimento de um cheque que os fundadores Sergey Brin e Larry Page receberiam em 1996
aposentou a expressão Googol (nomenclatura matemática para designar o número representado por 1 seguido de 100 zeros) e
elegeu no lugar a versão alterada da palavra.
Chanel Nº5
Criada para a grife da francesa Coco Chanel, Chanel nº 5 foi assim chamado porque 5 era o número da sorte da estilista. A
superstição fez parte ainda da apresentação do novo produto ao mundo: a criadora escolheu o dia 5 de maio de 1921 para
lançar o perfume.
Skol
A Skol é uma marca de cerveja de propriedade da empresa dinamarquesa Carlsberg, com licença para ser fabricada no Brasil
pela Ambev. O nome vem da palavra escandinava skål, que significa "à vossa saúde/à nossa saúde"; expressão comum que
antecede brindes.
Pepsi
Criada em 1893 pelo americano Caleb Bradham, farmacêutico da Carolina do Norte, a Pepsi originalmente chamava-se Brad's
Drink, em referência ao nome de seu criador. Foi só em 1898 que Bradham passou a comercializá-la com o nome de PepsiCola. O nome veio dos seus principais ingredientes, pepsina e nozes de cola. A marca, no entanto, só foi registrada em 1902.
Campari
O italiano Gaspare Campari trabalhava em bares criando receitas de coquetéis à base de vinho e ervas. A combinação que iria
gerar o drinque avermelhado surgiu em 1867, e sua gradação alcoólica pode variar entre 20,5% a 28% dependendo do país
onde é vendida.
Yahoo!
Ao contrário do que se imagina, o nome da empresa não veio da exclamação “Yahoo”, que em inglês pode significar
comemoração ou alegria. Os fundadores Jerry Yang e David Filo escolheram a palavra por causa de uma influência literária:
no livro de Jonathan Swift “As viagens de Gulliver”, os “Yahoos” aparecem como espécies de criaturas selvagens.
Dreher
O rótulo brasileiro surgiu do sobrenome de uma família alemã que plantava uvas na cidade de Bento Gonçalves, no Rio
Grando do Sul, por volta de 1900. Com as uvas, eles faziam vinho branco, mas não demorou muito e o conhaque, obtido
através da destilação do vinho branco, superou as vendas do produto original.
Nintendo
As três palavras "Nin" "ten" e "do" podem ser livremente traduzidas do japonês para "Deixe a sorte para o céu". A Nintendo
foi criada por Fusajiro Yamauchi em 1889 e fabricava baralhos de cartas artesanais, parte deles com personagens de desenhos.
Foi só após sua entrada no mercado de ações, em 1963, que a companhia passou a investir em jogos eletrônicos.
Origem e Evolução das Marcas
Desde a antiguidade, nos primeiros modelos de civilização, escultores e pintores tinham por hábito assinar seus trabalhos
expressando características em suas obras para diferenciá- las dos demais artistas. Artesões, tecelões, entre outros produtores
da época iniciaram o processo padronizado de identificação e promoção de suas mercadorias através de selos, siglas e
símbolos, pois naquela época já era necessário identificar a origem do produto seja ele manufaturado ou agrícola com o
objetivo de atestar a procedência e a qualidade dos produtos. No século XI as marcas individuais se tornaram obrigatórias no
sentido comercial. A marca significava o vínculo entre o fabricante e o comprador podendo ele ser direto ou indireto,
proporcionado a segurança em adquirir o produto de qualidade e possibilitando também a oportunidade do comprador
reclamar a mercadoria se ela não estivesse de acordo com o prometido.No século XIX, a preocupação em relação às garantias e
registros das marcas ocasionou a Lei de Marcas de Mercadoria na Inglaterra (1862), a Lei Federal da Marca de Comercio nos
EUA (1870) e a Lei para a Proteção de Marcas na Alemanha.Com o crescimento do mercado, a grande variedade e a
quantidade d e produtos, as marcas conquistaram o seu espaço e surgiram os primeiros cartazes publicitários e catálogos de
compra. No século XX, com o sucesso das marcas as cooperativas, órgãos oficiais e grupos econômicos foram incentivados
pelas industrias a criarem a sua própria marca e divulgá- las.Com a crise econômica de 1929 houve um deslocamento na
publicidadedos produtos e as marcas colaboraram com a forte concorrência de preços e após a Segunda Guerra Mundial,
asmarcas tornaram - se uma grande manifestação da economia,ou seja, um instrumento da comunicação mercadológica.
Segundo Kotler (1999, p.233): Uma marca é um nome, termo, sinal, símbolo ou desenho, ou uma combinação dos mesmos,
que pretende identificar os bens e serviços de um vendedor ou grupo de vendedores e diferenci á-los dos concorrentes. Um
nome de marca é aquela parte da marca que pode ser pronunciada ou pronunciável.
O que exatamente constitui o conceito de uma grande marca é o emotional branding, ou seja, a marca deixa de ser apenas
uma imagem que identifica uma empresa ou produto para estabelecer uma relação emocional com os clientes. A idéia
principal é tirar a atenção das questões racionais e persuadir o consumidor a comprar o produto ou serviço através da
percepção sensorial.
O autor do livro Lovemark associa emoção e paixão à marca “As marcas foram desenvolvidas para criar diferenças entre os
produtos que corriam o risco de não serem vistos, como certas pedras no meio do cascalho”. (ROBERTS, 2005, p.30).
Conceito semelhante é exposto por Martins (2000; p.27) sobre o aspecto que todas as grandes marcas têm em sua imagem um
espírito, uma emoção e uma personalidade bem definida. De acordo com Cobra(1992; p.323), "é a arte de configurar a imagem
da empresa e o valor do produto em cada segmento de mercado, de forma que os clientes possam entender e apreciar o que a
empresa proporciona em relação à concorrência". A marca no contexto mercadológico deve ir além de seus atributos,
benefícios e uso. Seu objetivo abrange a historia, a cultura, os fatos e as fantasias que acercam. O consumidor percebe o
produto, consistindo uma definição de definir melhor a marca mantendo- a forte, presente e duradoura. O conceito de branding
está relacionado a criação de novos mercados, e não à busca de mercados já existentes, pois é utilizado quando uma nova
categoria é criada, e não a partir de uma categoria já existente, ou seja, uma nova marca é como uma nova espécie. Segundo
Sampaio (2002, p.176), brandingé um conjunto das tarefas de marketing e de comunicação destinadas a otimizar a gestão das
marcas”. Para criar uma nova marca não se deve pensar em atingir expectativas de um mercado, e sim criar outro mercado para
sua nova criação. A nova marca deve ser uma divergência de marcas existentes. Segundo Ries et alRies(2006, p. 18), “o
principal objetivo de um programa de brandingnunca é o mercado para o produto ou serviço, o objetivo é sempre a mente dos
consumidores. A mente vem primeiro, o mercado segue a mente”.
Baseado nesse princípio de conexão emocional da marca com o consumidor, surgiu o conceito Brand Equity ou também valor
agregado a marca. Não se trata apenas de um valor monetário, mas sim em tudo que o ser humano valoriza e relaciona a uma
marca, permitindo que ela seja parte da sua história e do seu comportamento de compra. O valor que a marca possui é a força
que a empresa que projetou e converteu para sua marca, sendo percebido como o conjunto de atributos existentes oferecidos à
sociedade. É importante lembrar que o complexo mecanismo de gestão das dimensões da marca e a abordagem de sua
construção através do modelo de pilares ou de organização de seus espaços mercadológicos têm que ser levado a termo sem se
perder de vista o fato de que tudo deve ser feito com um único sentido: aumentar o valor da marca. (SAMPAIO. 2002; p. 84)
O mesmo autor diz que para construir o valor d e uma marca, é necessário gerar conhecimento mais amplo e mais preciso do
público; propor um diferencial sobre as marcas concorrentes; transmitir confiança sólida na marca e estabelecer uma espécie
de crença, fé e orgulho pela marca. Para o brandingser eficaz, o brand equity tem que estar em alta sintonizado com os
resultados de comportamento para com a marca, venda, repercussão na mídia, entre outros.
Apesar de os produtos da Cerâmica do Norte de Goiás terem reconhecimento pelos consumidores ainda é inexpressiva sua
produção para outros mercados, principalmente pela ausência de investimento nas fábricas buscando novas tecnologias e
expandindo a produção. Como não há produto a ofertar a divulgação e busca por novos mercados é quase inexistente.
A comprovação mais evidente de que o produto cerâmico do Norte de Goiás tem reconhecimento é o fato de as empresas de
Minas Gerais não venderem na região. Para que esse setor pudesse atender as demandad de todo o estado e outras regiões
necessitaria de investimentos em fábricas mais modernas.
Percebe – se que o fator mais inibidor do crescimento é a capacitação empresarial, na sua maioria de nível de baixa
escolaridade.
Situação atual das variáveis provocadoras da evolução
O que antes era mera identificação do produtor, passa a representar status quo do consumidor uma vez que, o uso de
determinadas marcas classifica o nível social do usuário. As marcas tem assumido cada vez mais uma postura de sentimento de
ostentação.
Criar e desenvolver uma marca é uma das principais estratégias de qualquer organização, já que estrapola o valor simplesmente
do produto, e assume valores imensuráveis.
Atualmente o investimento no reforço da marca é significativo em todas as organizações.
O principal fator inibidor da evolução do setor cerâmico do Norte é o baixo nível de escolaridade de seus dirigentes e a
ausência de apoio tecnológico através de laboratórios.
Tendências futuras das variáveis provocadoras
Com forte investimento e reforço das marcas a sua tendência é a personalização, identificando grupos ou indivíduos. Há uma
necessidade de exposição da marca em todos os meios de comunicação e criando identidade com seu público alvo, quase que
confundindo com seu estilo de vida.
Em continuando o quadro atual das Indústrias Cerâmicas Do Norte Goiano, o que se percebe é o crescimento de algumas
poucas indústrias isoladamente, o que retardaria o avanço da marca do Norte de Goiás.
Para se reverter o quadro o necessário seria o agrupamento das empresas visando a melhoria de seus produtos, bem como
criação de uma central de distribuição que desse suporte para o escoamento da produção para outras regiões.
Hipóteses
1. Com o avanço do marketing e a sua segmentação as marcas investirão maciçamente no conhecimento dos hábitos de seus
usuários para se fazerem presente quase que naturalmente no modo de vida dos usuários. O certo é que perderemos cada vez
mais nossa privacidade.
2. Nada ocorrerá, será mantido o status quo da marca da Cerâmica Vermelha do Norte Goiano.
3. A marca “Cerâmica Vermelha do Norte Goiano” desaparecerá, porque nada foi efetuado.
4. A marca no ano de 2034 da “Cerâmica Vermelha do Norte Goiano” foi divulgada por todo o Brasil e no Exterior, em razão
de sua qualidade e durabilidade.
Referências Bibliográficas
COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1992.
KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: Como Criar, Conquistar E Dominar Mercados. Tradução: Bazám Tecnologia
e Lingüística: Cristina Bazám. 6º ed. São Paulo: Futura, 1999.
MARTINS, José .A natureza emocional da marca –como escolher a imagem que fortalece sua marca. São Paulo: Negócio
Editora, 2000 –5º edição.
RIES, Al e Laura. A Origem das Marcas: Descubra As Leis Naturais Da Inovação E Da Sobrevivência De Produtos E Em
presas. São Paulo: M. Books do Brasil Editora Ltda, 2006.
ROBERTS, Kevin. Lovemarks: o futuro além das marcas. São Paulo: M. Books, 2005.
SAMPAIO, Rafael. Marcas e A a Z:Como Construir E Manter Marcas E Sucesso. Rio de Janeiro: Elsivier, 2002 –
Reimpressão.
Download