roma teria

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INTRODUÇÃO
Sobre um tablado de madeira de atores ambulantes da velha farsa popular, nasceu o teatro romano. Mesmo sendo uma
estrutura temporária e tendo como modelo os textos gregos, o
teatro era de responsabilidade dos curule aediles, altos oficiais
que tinham como função a organização da arquitetura, das
obras e também eram os responsáveis pelos jogos, os conhecidos ludi e os circenses.
Em Roma, o teatro era visto como forma de diversão. Tudo
começou por volta do século III a.C., quando a Magna Grécia teria sido conquista pelos ardilosos romanos. De uma forma geral,
sua cultura teria sido absorvida pelo romanos. O povo grego, os
de Atenas e seus aliados, eram apaixonados por suas leis, por
suas cidades e sua cultura, mas o gosto pela guerra era marcadamente peculiar. Depois de um certo período de vitórias,
os gregos foram derrotados e dominados militarmente pelos
vizinhos da cidade de Esparta, depois pelos Macedônios, e por
último, pelo povo romano, situação que ficou conhecida como
a dominação mais duradoura de todo o mundo antigo.
O teatro não teve de início, tanta importância. Os romanos não estavam muito voltados para a arte. Conta-se que,
por volta do ano 240 a.C., um romano
teria assistido a alguns espetáculos
na Grécia, despertando sua vontade em reproduzir aos romanos tamanho feito. Improvisou um palco
na cidade, traduziu para o latim e
dessa forma, o teatro, aos poucos
foi fazendo parte da história dos
romanos. Não há como negar: o
teatro romano é, sem sombra de
dúvida, um grande herdeiro da
prática teatral grega. Além do
teatro, os romanos copiavam os
gregos em tudo, da arquitetura
à religião.
Na verdade, o que acontecia nos palcos romanos, eram
espetáculos regados a muita
violência e terror, uma brutalidade indescritível. Danças, mágicos, engolidores
de fogo, estupros, torturas,
execuções, sacrifícios eram
comuns nesse grande circo
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Arte
Burlesco – Em termos geral, qualquer obra que satirize ou parodie
outra, esta geralmente séria. Especificamente, gênero muito em
voga nos Estados Unidos em torno de 1900, que consistia em números musicais com acrobacias,
mágicos, esquetes e um número
final de dança do ventre. Na década de 20, foram introduzidos
números de striptease, que logo
alcançaram grande repercussão
junto ao público. O humor burlesco era geralmente grosseiro,
sem requinte, sutileza ou apelo
intelectual mais elaborado. A
temática girava em torno da política e, na maioria das vezes, do
sexo.
In Vasconcelos, Luiz Paulo Vasconcelos – Dicionário de Teatro.
Lívio Andrônico (em latim Lucius
Livius
Andronicus; 284
a.C. — 204 a.C.) foi um escritor
épico romano de origem grega.
É considerado o fundador da
poesia épica romana. A sua
primeira obra foi, em 240 a.C.,
uma tradução para o latim de um
drama grego. A sua contribuição
fundamental para a épica grecolatina é a tradução da Odisseia
de Homero para o verso latino
típico, o satúrnio. Trata-se da
primeira obra épica em latim,
precursora da obra de Névio.
Também compôs tragédias a
partir de modelos gregos. Apesar
de a sua obra estar praticamente
perdida - apenas se conservam
cerca de uma centena de versos
dispersos -, Andrônico é citado
pelos autores latinos posteriores
como o introdutor em Roma de
gêneros literários gregos tão
diversos quanto a poesia épica, a
tragédia, a comédia e até mesmo
a poesia lírica. Segundo Cícero, a
atividade literária de Andrônico
deveu começar em 240 a. C.
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de horrores. No teatro, os romanos desejavam além da diversão, muita violência, o que configura uma apresentação voltada
para o burlesco.
Preocupados em não sofrer nenhum tipo de represália ou
constrangimento, as primeiras tragédias romanas encenadas
tinham suas histórias ambientados na Magna Grécia, tendo
como objetivo enaltecer a história da própria Roma. Lentamente, os romanos criaram o seu próprio estilo. Suas tragédia eram
diferentes das gregas por apresentar cenas de mortes verdadeiras.
Algumas das adaptações de textos gregos foram, talvez por
ordem oficial, feitas por Lívio Andrônico.
Essas peça foram encenadas em Roma, e como era de costume, o referido dramaturgo também teria participado dessas apresentações como ator, encenador e cantor, mostrando
todo o seu talento para os romanos. Considerado o primeiro
dramaturgo romano, teria chegado a Roma nas condições de
um escravo grego, mas graças aos seus conhecimentos culturais, teria sido promovido a conselheiro. A Odisséia, de Homero
foi traduzida por Lívio para o latim toda em versos. Com tantas
atividades vocais dedicadas ao teatro, Lívio Andrônico chegou
a perder a voz. Afirmam alguns historiadores que, acometido
de uma grave rouquidão, que o deixara sem voz, teve que ser
dublado em uma de suas apresentações.
Preocupados em não atormentar o povo com assuntos sérios,
os líderes romanos preferiram a comédia, por tratar de assuntos
sem muita profundidade. O desejo de diversão falava mais alto,
portanto, escreviam farsas e paródias de seu cotidiano.
1
A POLÍTICA DO PÃO E CIRCO
O circo que conhecemos hoje é bem diferente da prática circense desenvolvida pelos romanos. Foi na Roma antiga que o
circo teve o seu nascimento reconhecido,em uma época que
ao invés do picadeiro, existia a arena. A plateia se dispunha em
uma arquibancada, que tinha o formato de uma grande escadaria. Esse espaço também era chamado de anfiteatro, local destinado ao jogos públicos.
A expressão pão e circo e panis et circenses foi usada para
definir uma prática segundo a qual os poderosos ofereciam ao
povo diversão e comida, deixando claro que tudo isso era suficiente e que eles não podiam reclamar de nada, pois estavam
muito felizes.
Nessa data, foram-lhe encomendadas pelo menos uma comédia e uma tragédia, que ele
próprio representou como ator
por ocasião dos ludi romani celebrados após a vitória romana
na primeira guerra púnica. Este
ensaio, que muito provavelmente consistiria numa tradução não isenta de originalidade
de obras gregas, teve sucesso,
pois – a partir dessa data – se
sucederam as adaptações de
temas e metros gregos para o
latim. Com esta técnica foram
surgindo obras das quais apenas se conhece pouco mais do
que o título. As tragédias Achilles, Aegisthus, Aiax, Andromeda, Danae, Equos Troianus,
Hermiona, Tereus e talvezIno.
Editam-se como seus os fragmentos das comédias Gladiolus, Ludius, Virgo.
In: www. wikipedia.com.br
Farsa –
gênero dramático
muito comum em vários
momentos da história do teatro.
Ficou conhecido por mostrar
situações engraçadas, com um
certo exagero, tendo como
base os desentendimentos
e bagunças promovidas por
seus personagens, na maioria
das vezes caricatas. Associado
ao grotesco, ao bufão e ao
riso solto. Dotado de um estilo
nada refinado, justamente por
abusar da realidade social de
uma forma bem apimentada.
O Teatro em Roma
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Anfiteatros são arenas ovais ou circulares ro-
deadas de degraus a céu aberto (não confundir com os
“teatros” que são de bancada semi-circular ou semi-oval).
Na Roma Antiga foram adaptados dos teatros gregos para
servirem aos combates de gladiadores, de animais selvagens e demais diversões públicas. Podiam ser até cheios
de água (alguns deles) para espetáculos de combates navais. O mais conhecido e maior deles é o coliseu de Roma.
Alguns anfiteatros, como o coliseu romano e a arena de
Verona, podiam albergar até 40 000 pessoas.
Fonte: www.wikipedia.com.b
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Arte
Teatro Romano de Mérida
O Teatro Romano de Mérida foi mandado construir
pelo cônsul Marco Vipsânio Agripa e inaugurado, possivelmente, entre os anos 16-15 adC.1
Situado em Mérida, a capital da Estremadura, em
Espanha, é um dos mais relevantes monumentos da
cidade e desde 1933 alberga o Festival de Teatro Clássico
com o qual recupera a sua função original.
Está composto por um terraço com capacidade,
no momento, para 6 000 espectadores, divididos em três
zonas, pela orquestra, lugar em que nas representações
ocupava o coro, o palco e por último o cenário.
O teatro sofreu várias remodelações, a mais importante foi em finais do século I, possivelmente na época
do imperador Trajano, quando se levantou a actual frente do palco, e outra entre os anos 330-340.
O Teatro em Roma
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Em todas as terras dominadas por Roma havia teatro. Era preciso impressionar e mostrar aos povos conquistados a moral do império. Por todas as regiões de domínio romano havia jogos e diversão à vontade. Os romanos não demonstravam nenhum interesse intelectual no que se refere à prática teatral. Estavam interessados na verdade em shows, de grande popularidade, onde se podiam
ver artistas diversos, solistas, animais e palhaços.
Anfiteatro romano de Arles, França, ainda em uso atuamente.
FAÇA HOJE! ANTES DE DORMIR....
Responda em seu caderno.
1. Que argumentos provam a tese de que o teatro romano é um grande herdeiro da prática teatral
grega?
2. Descreva em detalhes os espetáculos romanos.
3. O que caracteriza uma apresentação intitulada de burlesco.
4. Caracterize o estilo teatral romano.
5. Quais são as principais contribuições teatrais de Lívio Andrônico.
6. Caracterize em detalhes o gênero dramático farsa.
7. Explique a relação do teatro romano com a política do pão e circo.
Plauto
Foi ator e diretor de um grupo teatral; nasceu na cidade de Sarsina, no ano
254 a.C. Não foi um homem de muita educação. Saiu de sua aldeia com uma
trupe teatral itinerante. Tinha os pés grandes, era feio e barrigudo; ficou conhecido pelo povo de sua aldeia como pés chatos. Foi soldado romano, foi
comerciante, fez de tudo um pouco. Depois dos quarenta e cinco anos de idade, resolveu trabalhar como dramaturgo. Escreveu um grande número de comédias, entre elas: Addictus e Saturio, seu primeiro espetáculo. Casos de amor, o
sentimentalismo burguês, personagens cômicos, personagens com identidades
trocadas e diversas intrigas são ingredientes comuns em suas obras, além de elementos
do canto e da dança, o que confere ao seu trabalho, um tom de opereta. Tendo feito uso de uma linguagem coloquial, é possível perceber em seus textos a maneira como descrevia a vida dos romanos
com muita fidelidade. Cento e trinta ou cento e cinquenta, não se sabe ao certo, quantas peças foram escritas por ele. Mas sabe-se que vinte chegaram até nós. As comédias de Plauto fazem parte do
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Arte
rol das obras mais antigas da Literatura Latina preservadas até os dias atuais. Algumas obras gregas
foram adaptadas, ganhando desta forma características oriundas da cultura romana.
Plauto foi inspiração para diversos dramaturgos, de Molière à Shakespeare. Tinha como hábito
fazer deboche de sua pessoa, bem como da sociedade onde vivia. As figuras típicas da época romana são inspirações para criação de seus personagens,sendo bons exemplos: ancião, o matrona, o
mercador, o escravos, dentre tantos outros.
Terêncio
Recebeu o título de segundo poeta cômico de Roma. Demonstrou um grande fascínio pela arte grega, além de ser um apaixonado pela aristocracia. Seus
trabalhos revelam um estudo detalhado do comportamento humano. Não era
um dos preferidos dos romanos, os quais tinham grande apreço pelas farsas e
comédias de Plauto. Seu reconhecimento aconteceu tardiamente em épocas distantes de seu tempo. A Idade Média e a Renascença revelam um gosto apurado pelo
trabalho de Terêncio, tendo sido encenadas em alguns colégios do período renascentista. Em suas
obras, seus personagens ganham destaque por representarem altas personalidades da sociedade
da época. Suas peças eram escritas em um estilo claro, mesmo tendo sido reconhecido como um
dramaturgo menor que seu colega Plauto.
Sêneca
Seu nome era Lucius Annaeus Seneca . Recebeu sua educação na cidade
de Roma, onde teria tido os primeiros contatos com a filosofia e com a retórica, o que veio a facilitar sua vida como advogado. Sêneca é conhecido como
“O Jovem”, uma forma de diferenciá-lo de seu pai, o retórico Sêneca “O Velho,
O Ancião”.
De mogo geral, escreveu nove dramas trágicos, todos em versos, além de
adaptações de alguns mitos gregos. Sua maneira de escrever deixou transparecer o desprezo que
tinha pelos jovens romanos, além de deixar evidente o seu lado moralista.
FAÇA HOJE! ANTES DE DORMIR
8. Assista ao vídeo sobre a história do teatro grego e romano. Faça uma síntese enfatizando as
principais características físicas dos dois teatros.
VAMOS FAZER JUNTOS.
9. Os romanos copiavam os gregos em tudo. Comente essa afirmativa.
10. Aos poucos os romanos criaram o seu próprio estilo. Comente esse estilo.
11. Como se apresenta uma construção intitulada anfiteatro?
12. Para atrair multidões, que tipo de espetáculo poderia ser encontrado em um anfiteatro?
13. Descreva em detalhes os gêneros, farsa e mímica.
14. Destaque as principais contribuições dos autores Plauto e Terêncio.
15. Caracterize a tragédia de Sêneca.
16. Que razões podem ser destacadas como oposição ao teatro, quando Constantino se converteu
ao cristianismo?
O Teatro em Roma
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