frente 1 – história integrada módulo 11

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FRENTE 1 – HISTÓRIA INTEGRADA
MÓDULO 11
EXPANSÃO CAFEEIRA E IMIGRAÇÃO EUROPEIA
2. (UNIFESP) – “Será exagero dizer que os colonos se acham
sujeitos a uma nova espécie de escravidão, mais vantajosa para os
patrões do que a verdadeira, pois recebem os europeus por preços bem
mais moderados do que os dos africanos? Sem falar no fato de o
trabalho dos brancos ser mais proveitoso do que o dos negros?”
(Thomas Davatz, Memórias de um colono no Brasil, 1854-1857.)
1. (FATEC) – O sistema de parceria expandiu-se rapidamente pelo
Oeste Paulista. A esse respeito, é correto afirmar que
a) cada família de imigrantes recebia certo número de pés de café para
cuidar, além de uma pequena área para cultivar alimentos, sendo o
lucro repartido entre ela e o fazendeiro.
b) a convivência do escravo africano com o imigrante, na última
década do século XIX, foi bastante positiva para a expansão do café
pelo interior paulista.
c) os colonos gastavam mais do que ganhavam; por isso, estavam
constantemente endividados e acabaram por perder suas terras,
migrando para as cidades.
d) graças à garantia de participação nos lucros das fazendas de café, o
fluxo de imigrantes para os cafezais brasileiros ficou assegurado
por muitos anos.
e) cabia ao governo da província bancar os gastos de transporte,
instalação e manutenção dos colonos e suas famílias, durante o
primeiro ano de permanência no Brasil.
RESOLUÇÃO:
O sistema de parceria foi implementado pelo senador Nicolau Vergueiro
no interior de São Paulo, em 1847. A expansão desse sistema ocorreu
principalmente após 1850, quando do fim do tráfico de escravos africanos,
num momento em que a produção cafeeira estava em expansão. Nesse
sistema, o colono/imigrante e o fazendeiro/proprietário deveriam dividir
o lucro obtido pelo primeiro com os cafeeiros sob sua responsabilidade.
Na prática, o endividamento dos colonos junto aos cafeicultores fazia com
que todo o produto da atividade do primeiro fosse apropriado pelo
segundo.
Resposta: A
A respeito do texto, pode-se afirmar que ele
a) denuncia tanto a escravidão de negros como a de brancos.
b) revela a tentativa do governo de estimular a escravidão branca.
c) indica a razão pela qual fracassou o sistema de parceria.
d) argumenta que o trabalho escravo é mais produtivo que o livre.
e) ignora o prejuízo dos fazendeiros com a contratação dos colonos.
RESOLUÇÃO:
O autor, um dos colonos suíço-alemães que participaram do sistema de
parceria implantado em 1847 no interior paulista, dá a entender que a
exploração dos imigrantes europeus pelos cafeicultores poderia ser
considerada uma forma de escravidão.
Resposta: C
3. (FATEC) – Na segunda metade do século XIX, a cafeicultura
dinamizou profundamente a economia brasileira ao
a) transferir o eixo econômico do País do litoral nordestino para a
região Centro-Sul.
b) liberar capitais que seriam aplicados na instalação de indústrias de
base e energéticas.
c) abandonar o modelo agro-exportador em benefício de um modelo
urbano-industrial.
d) incentivar a criação de pequenas propriedades produtoras que
utilizavam o trabalho livre.
e) estimular a diversificação das atividades econômicas internas e a
modernização da economia.
RESOLUÇÃO:
A expansão da cafeicultura pelo Oeste Paulista, na segunda metade do
século XIX, criou recursos que poderiam ser investidos em outros setores
além da agricultura; ou sejam, o setor secundário (indústrias concentradas
na capital paulista) e o terciário (expansão da malha ferroviária, das
comunicações e dos serviços urbanos).
Resposta: E
–1
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4.
(FUVEST) – Examine a seguinte tabela:
Ano
N.o de escravos que entraram no Brasil
1845
19.453
1846
50.325
1847
56.172
1848
60.000
(Dados extraídos de Emília Viotti da Costa.
Da senzala à colônia. São Paulo: Unesp, 1998.)
A tabela apresenta dados que podem ser explicados
a) pela lei promulgada em 1831, que reduziu os impostos sobre os
escravos importados da África para o Brasil.
b) pelo descontentamento dos grandes proprietários de terras em meio
ao auge da campanha abolicionista no Brasil.
c) pela renovação, em 1844, do tratado de 1826 com a Inglaterra, que
abriu nova rota de tráfico de escravos entre Brasil e Moçambique.
d) pelo aumento da demanda por escravos no Brasil, em função da expansão cafeeira, a despeito da promulgação da Lei Aberdeen.
e) pela aplicação da Lei Eusébio de Queirós, que ampliou a entrada
de escravos africanos no Brasil e tributou o tráfico interno.
RESOLUÇÃO:
Em 1845, por meio do Bill Aberdeen, o Parlamento Britânico prorrogou
por conta própria o direito de navios ingleses interceptarem barcos que
fizessem o tráfico de escravos da África para o Brasil – direito esse que o
governo brasileiro se recusara a renovar. Não obstante, a demanda de mão
de obra escrava na cafeicultura brasileira era tão grande que, conforme
a tabela comprova, a entrada de africanos no Brasil continuou a crescer,
apesar das pressões inglesas, até ser interrompida pela Lei Eusébio de
Queirós, em 1850.
Obs.: O número redondo apresentada na tabela para o ano de 1848
constitui, obviamente, uma estimativa.
Resposta: D
2–
5. (FGV) – “Visando elevar a renda do Estado, em um momento de
consolidação do sistema imperial, o liberalismo alfandegário foi
abandonado em prol do protecionismo. O ministro da Fazenda tinha
em mente aumentar a carga fiscal, aspecto que foi bem recebido pela
Câmara. A nova lei estabeleceu que os tributos sobre os produtos de
importação subiriam de 15% para 30% (caso não houvesse similar
nacional) ou 60% (caso o artigo também fosse produzido no País).”
(Rubim Santos Leão Aquino et alii,
Sociedade Brasileira: uma História Através dos Movimentos Sociais.)
No contexto do Brasil Império, o trecho refere-se
a) à Lei de Terras.
b) à Tarifa Alves Branco.
c) ao Bill Aberdeen.
d) à Lei Eusébio de Queiros.
e) ao reconhecimento da Independência.
RESOLUÇÃO:
A Tarifa Alves Branco, de 1844, foi posta em vigor com objetivos fiscalistas (aumentar a arrecadação do Estado Brasileiro). Mas, combinada com
os efeitos da Lei Eusébio de Queirós (liberação de capitais até então investidos no tráfico negreiro), de 1850, produziu também resultados protecionistas, favorecendo o surto industrial que seria liderado por Mauá.
Resposta: B
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MÓDULO 12
A CRISE DO IMPÉRIO E
MOVIMENTO REPUBLICANO
1. (MACKENZIE) – “Na década de 1870, as relações entre o
Estado e a Igreja se tornaram tensas. A união entre trono e altar, prevista
na Constituição de 1824, representava, em si mesma, fonte potencial
de conflito.”
(Boris Fausto)
Identifique a causa fundamental do conflito mencionado pelo texto
acima.
a) O Estado Imperial Brasileiro reconhecia a religião católica como
oficial, mas não interferia nas questões eclesiásticas.
b) Na década de 1870, o clero passou a exigir maior autonomia ao
Estado, reivindicando a supressão do beneplácito.
c) Em decorrência do beneplácito, a proibição do papa ao ingresso de
maçons nas irmandades desencadeou um atrito entre Estado e Igreja.
d) Pelo fato de a Maçonaria não ter nenhuma expressão na política
interna do Império, a proibição papal não provocou repercussões.
e) O Estado laico foi implantado logo após o conflito com a Igreja,
para contornar a oposição do clero ao imperador.
2. (FUVEST) – O descontentamento do Exército, que culminou na
Questão Militar, já no ocaso do Império, pode ser atribuído
a) às pressões exercidas pela Igreja junto aos militares, no sentido de
induzi-los a derrubar o governo imperial.
b) à exaltação do militarismo sul-americano pela imprensa brasileira,
a qual tomava os caudilhos argentinos como exemplo.
c) às tendências ultrademocráticas das Forças Armadas, que defendiam a participação dos analfabetos na vida política.
d) à ambição de muitos oficiais do Exército, os quais pretendiam
iniciar um programa de expansão imperialista na América Latina.
e) à predominância do poder civil, que não prestigiava os militares e
lhes proibia o debate político pela imprensa.
RESOLUÇÃO:
A Questão Militar teve como ponto central a proibição de os oficiais se
manifestarem sobre questões de interesse nacional, principalmente por
meio da imprensa. Como pano de fundo, havia a resistência dos políticos
civis em aceitar a participação de membros das Forças Armadas na vida
partidária do Império.
Resposta: E
RESOLUÇÃO:
A Questão Religiosa (1872-74) foi a primeira crise entre o Estado Imperial
Brasileiro e a Igreja. Sua origem foi a negação do beneplácito
(autorização) ao cumprimento, no Brasil, da proibição de que maçons
frequentassem as irmandades (ou confrarias). Quando os dois bispos que
haviam obedecido à determinação papal foram condenados à prisão, o
episcopado brasileiro solidarizou-se com eles, abrindo uma crise com o
governo imperial.
Resposta: C
3.
(Carlos Eduardo Novaes e César Lobo,
História do Brasil para principiantes.)
A ilustração refere-se a um episódio da assinatura da Lei Áurea pela
princesa Isabel, em 13 de maio de 1888. A interpretação histórica dada
pelo cartunista baseia-se na ideia de que
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a) um dos fatores do fim do Império no Brasil foi a insatisfação dos
escravocratas com a decretação da abolição do trabalho compulsório.
b) os representantes da Monarquia, seguindo a orientação dos
abolicionistas, mostravam-se favoráveis ao estabelecimento de um
regime republicano no País.
c) os republicanos, vitoriosos nas eleições de 1888, convenceram os
monarquistas a aprovarem o fim do tráfico de escravos para o
Brasil.
d) uma das causas da proclamação da República foi a desistência da
princesa Isabel em assumir o trono do Brasil devido à má repercusão da Lei Áurea.
e) uma das primeiras medidas do governo republicano, ao assumir o
poder, foi pressionar o Congresso Nacional para aprovar a abolição
da escravatura.
RESOLUÇÃO:
O fato de a abolição da escravatura não ter previsto uma indenização para
os proprietários de escravos levou os defensores do escravismo a retirar
seu apoio à Monarquia, inviabilizando a possibilidade de a princesa Isabel
vir a assumir o trono imperial.
Resposta: A
4. (UNICAMP) – Assinale a alternativa correta sobre acontecimentos políticos do Segundo Reinado.
a) Tratava-se de um Estado centralizado política e administrativamente, sem condições de promover a expansão das forças
produtivas no País.
b) O imperador se opunha ao sistema eleitoral e exercia os poderes
Moderador e Executivo, monopolizando os elementos centrais do
sistema político e jurídico.
c) O surgimento do Partido Republicano, em 1870, institucionalizou
uma proposta federalista que já fora apresentada em momentos
anteriores.
d) A política imigratória, o abolicionismo e a separação entre a Igreja
e o Estado fortaleceram a monarquia e suas bases sociais, na década
de 1870.
e) O movimento republicano ganhou impulso na década de 1880,
quando as camadas populares urbanas aderiram a suas propostas de
caráter socialista.
RESOLUÇÃO:
Em 2 de dezembro de 1870 (data de aniversário de D. Pedro II), foi
publicado no Rio de Janeiro o n.° 1 do jornal A República, contendo um
Manifesto Republicano subscrito por um grupo de intelectuais; simultaneamente, foi fundado o Partido Republicano – o primeiro de outros que
surgiriam nas várias províncias do Império. A Constituição de 1824
organizara o Estado Brasileiro como uma entidade centralista/ unitária,
a qual foi consolidada no Segundo Reinado. Isso levou os signatários do
Manifesto a considerar o regime republicano como o único que viabilizaria
o ideal federativo (autonomia das províncias em relação ao governo central). Aliás, as ideias anticentralistas já haviam sido defendidas em
diversos momentos históricos anteriores, notadamente no Período
Regencial.
Resposta: C
4–
5. (MACKENZIE) – “O povo assistiu àquilo bestializado, atônito,
surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditavam sinceramente estar vendo uma parada.”
(Aristides Lobo)
O texto refere-se à Proclamação da República, em 15 de novembro de
1889. Dele podemos depreender que
a) o movimento contou com sólido apoio popular, envolveu choques
armados e enfrentou forte resistência dos monarquistas.
b) a vitória do movimento resultou da união entre parte do Exército,
fazendeiros do Oeste Paulista e classes médias urbanas.
c) a Guerra do Paraguai não influenciou o crescimento das ideias republicanas e positivistas, fundamentais para o advento da República.
d) o “Terceiro Reinado” era visto de forma positiva pela população,
sobre a qual a princesa Isabel exercia expressiva liderança.
e) as críticas à centralização monárquica e o surgimento de novos segmentos sociais pouco influenciaram o movimento republicano.
RESOLUÇÃO:
Alternativa escolhida por eliminação porque as classes médias não
participaram da Proclamação da República. Prova disso é o célebre
comentário de Silva Jardim (principal líder dos republicanos da classe
média) ao assistir à movimentação militar de 15 de novembro: “Acho que
está acontecendo alguma coisa...”
Resposta: B
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MÓDULO 13
REPÚBLICA DA ESPADA
1. (UFSM) – A Constituição Brasileira de 1891 organizou o regime
republicano. Sobre essa Constituição e seu respectivo período histórico,
pode-se afirmar que
a) efetivou a República federativa presidencialista, com a tripartição
de poderes e a transformação das províncias em estados.
b) consolidou a República no Brasil por meio de um governo
parlamentarista, fundamentado na doutrina positivista.
c) seguiu o modelo norte-americano, no qual os estados são independentes, somente decidindo coletivamente em caso de guerra.
d) criou a República e garantiu o direito de voto dos analfabetos, tendo
como característica inovadora o predomínio do Poder Legislativo.
e) fortaleceu o sistema presidencialista e o pluripartidarismo, restringindo o Legislativo e enfraquecendo o poder local dos “coronéis”.
RESOLUÇÃO:
A Constituição de 1891 inspirou-se no modelo norte-americano, do qual
extraiu a ideia de federação (estados-membros dotados de autonomia, mas
subordinados ao poder federal), de presidencialismo (o presidente da
República acumula as chefias do Estado e do governo) e de tripartição de
poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário equilibrados entre si).
Resposta: A
2. (PUC-SP) – “A República criou uma cidadania precária, porque
calcada na manutenção da iniquidade das estruturas sociais: acentuou
as distâncias entre as diversas regiões do País, cobrindo-as com a roupagem do federalismo difuso da ‘Política dos Governadores’; ou deu
continuidade à geografia oligárquica do poder que, desde o Império,
diluía o formalismo do Estado e das instituições.”
(SALIBA, Elias Thomé. Raízes do riso: a representação humorística
na história brasileira; da Belle Époque aos primeiros tempos do
rádio. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p.67)
A partir do texto, pode-se afirmar que a implantação da República no
Brasil
a) renovou as instituições políticas por meio do federalismo, ampliando
a força do Estado em detrimento dos poderes locais.
b) alterou radicalmente a estrutura social do Império, devido à ascensão da burguesia e ao declínio da aristocracia.
c) introduziu um modelo federalista, que incentivou tanto a autonomia local dos estados como a integração nacional.
d) manteve os desníveis sociais presentes no Império e não ofereceu
ampliação significativa dos direitos de cidadania.
e) centralizou o poder nas mãos dos governadores, diminuindo a influência das instituições federais e do presidente da República.
3. “O marechal Deodoro da Fonseca tornou-se chefe do Governo
Provisório e algumas dezenas de oficiais foram eleitos para o
Congresso Constituinte. Mas eles não formavam um grupo homogêneo. Havia rivalidades entre o Exército e a Marinha; enquanto o
Exército tinha sido o artífice do novo regime, a Marinha era vista como
ligada à Monarquia”.
(Boris Fausto)
Assinale a alternativa que comprova a rivalidade entre o Exército e a
Marinha apontada pelo texto.
a) O “Manifesto dos Treze Generais”.
b) As revoltas da Armada.
c) A Coluna Prestes.
d) A Revolução Federalista.
e) A Revolta do Forte de Copacabana.
RESOLUÇÃO:
A Armada (Marinha de Guerra) revoltou-se duas vezes durante a
República da Espada: a primeira em 1891, forçando o marechal Deodoro
da Fonseca a renunciar à Presidência da República; a segunda em 189394, contra o marechal Floriano Peixoto, que reprimiu o movimento. As
duas rebeliões, lideradas pelo almirante Custódio de Mello, refletiam as
restrições da oficialidade naval, em grande parte monarquista, à
República instaurada pelos militares do Exército.
Resposta: B
4. (UFRS) – “Os soldados já estavam nas trincheiras, armas à mão;
o canhão tinha ao lado a munição necessária. Uma lancha avançava
lentamente, com a proa alta assestada para o posto. De repente, saiu
de sua borda um golfão de fumaça espessa: ‘Queimou!’ – gritou uma
voz. Todos se abaixaram, a bala passou alto, zunindo, cantando,
inofensiva (...) Alugavam-se binóculos e tanto os velhos como as
moças, os rapazes como as velhas, seguiam o bombardeio como uma
representação de teatro: ‘Queimou Santa Cruz! Agora é o Aquidabã!
Lá vai!’. E dessa maneira a revolta ia correndo familiarmente, entrando
nos hábitos e costumes da cidade.”
(Lima Barreto, Triste fim de Policarpo Quaresma.)
A partir das informações apresentadas no texto acima, é possível inferir
que o autor se refere à Revolta
a) da Vacina.
b) de Canudos.
c) Federalista.
d) do Contestado.
e) da Armada.
RESOLUÇÃO:
O texto descreve a atitude de moradores do Rio de Janeiro diante dos
duelos de artilharia que, durante a Revolta da Armada (1893-94),
ocorriam quase diariamente entre os navios rebelados e as fortalezas
situadas na Baía da Guanabara.
Resposta: E
RESOLUÇÃO:
A República, proclamada em 1889 e regulamentada pela Constituição de
1891, não alterou a estrutura socioconômica do País, preservando o poder
das oligarquias. Assim, apesar da adoção do sufrágio universal masculino, a grande maioria da população permaneceu à margem da vida política e, portanto, do pleno exercício da cidadania.
Resposta: D
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5. “Assumindo a Presidência da República, o marechal Floriano
Peixoto deveria convocar novas eleições, mas não o fez. Diante da
reação crescente, Floriano optou pela solução de força.”
A partir do texto e de outros conhecimentos sobre o assunto, pode-se
concluir que
a) Floriano, para permanecer no poder, tornou-se um ditador, contando
com o apoio das Forças Armadas.
b) o governo de Floriano, embora constitucional, somente foi possível
devido à coesão das Forças Armadas.
c) a adoção de medidas repressivas, com apoio do Congresso, garantiu
a continuidade do governo de Floriano.
d) as pressões exercidas pelo Partido Republicano obrigaram Floriano
a renunciar em favor de Prudente de Moraes.
e) a política autoritária de Floriano Peixoto desagradou às oligarquias,
que apoiaram a Revolta da Armada.
a) Indique duas práticas políticas existentes durante a Primeira
República (1889-1930).
RESOLUÇÃO:
“voto de cabresto” (controle dos eleitores por meio de relações clientelistas
ou coercitivas, decorrentes da existência do coronelismo e da prática do
voto aberto) e fraude eleitoral (as apurações eram realizadas pelo grupo
político dominante).
RESOLUÇÃO:
Floriano completou o mandato de Deodoro, consolidando as novas
instituições políticas com o apoio do Congresso Nacional, formado em sua
maioria por representantes dos latifundiários. As manifestações contrárias
a seu governo – episódios principais: Revolução Federalista e Revolta da
Armada – foram duramente reprimidas.
Resposta: C
b) Cite duas mudanças que ampliaram o eleitorado brasileiro após a
Primeira República.
RESOLUÇÃO:
Instituição do voto feminino e redução da idade eleitoral mínima de 21
para 18 anos, pela Constituição de 1934; e concessão do direito de voto
aos analfabetos, bem como redução da idade eleitoral mínima para 16
anos, pela Constituição de 1988.
MÓDULO 14
BASES SOCIOPOLÍTICAS
DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA
1. (UNICAMP) – A população brasileira, segundo o censo de 1920,
era de 30.365.605 habitantes. O número de votantes, entretanto, era
restrito, conforme a tabela abaixo:
População apta a votar, 1920
População
Total
Número
30.635.605
Menos analfabetos, sobram
7.493.357
Menos mulheres, sobram
4.470.068
Menos os estrangeiros, sobram
3.891.640
Menos os menores de 21 anos, sobram
3.218.243
(Adaptado de http://www.usp.br/revistausp/59/09-josemurilo.pdf.
Acesso em 18/10/2011.)
6–
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2. (MACKENZIE) – “Exigia-se para a cidadania política uma
qualidade que só o direito social da educação poderia fornecer e,
simultaneamente, desconhecia-se esse direito. Era uma ordem liberal,
mas profundamente antidemocrática e resistente aos esforços de
democratização.”
(José Murilo de Carvalho)
A República Velha (1889-1930), em relação à participação política dos
cidadãos, determinou
a) a escolha de um modelo pautado nos moldes norte-americanos, que
garantiam a liberdade individual por meio do voto censitário.
b) a implatação de uma república liberal idealizada pelos cafeicultores
que, para se efetivar, necessitou do apoio das demais classes sociais.
c) a estruturação de um regime que garantisse os direitos individuais
de todos os cidadãos, graças à eliminação do voto censitário.
d) a perpetuação da injustiça social e dos privilégios de setores oligárquicos; o voto popular era manipulado pelos grupos dominantes.
e) a substituição do voto censitário pelo sufrágio universal, integrando
a maioria dos cidadãos no processo político-eleitoral do País.
RESOLUÇÃO:
A Constituição de 1891 exigia, entre outros requisitos, que o cidadão, para
exercer o direito do voto, fosse alfabetizado; mas não estabelecia o direito
à educação nem proclamava ser esta um dever do Estado. Dessa maneira,
a maioria da população permenaceu afastada do processo político e sem
possibilidade de ascensão econômica e social – situação propícia à
perpetuação do poder dos “coronéis”.
Resposta: D
O trecho trata de um fenômeno que, no Brasil,
a) possui profundas raízes históricas, tendo surgido na República
Velha e se modificado ao longo do tempo, uma vez que, se antes
não se valia de métodos coercitivos, hoje essa é uma prática
corrente.
b) apesar de possuir raízes históricas, não pode ser aplicado à realidade
atual do País, uma vez que os avanços democráticos verificados nos
últimos anos impossibilitam o surgimento dos chamados “coronéis”.
c) está ligado às transformações urbanas do pós-Segunda Guerra
Mundial, já que aquele conflito trouxe alterações significativas para
a estrutura social do País, possibilitando a emergência de novas
camadas.
d) não tem nenhuma ligação com o passado, mesmo porque falar de
práticas coercitivas e métodos baseados no mandonismo não faz
parte da realidade política brasileira, baseada na democracia desde
sua fundação.
e) possui profundas raízes históricas, relacionando-se com uma
concepção de governo que inclui práticas de mandonismo local,
com métodos coercitivos e/ ou paternalistas para com a população
e os trabalhadores.
RESOLUÇÃO:
A personagem e a situação descritas vão além do coronelismo que predominou durante a Primeira República (1889-1930), pois suas origens
mergulham no passado patriarcal do Brasil Colônia, quando a ausência
de autoridades administrativas propiciava, ao latifundiário local, o
exercício de um poder supremo e irrecorrível.
Resposta: E
3. (MACKENZIE) – “Recordo-me de como ouvi, pela primeira
vez, na minha meninice, falar desse grande seridoense [José Bezerra
de Araújo-Galvão, natural de Seridó, RN]. Seu nome soava como uma
nota de clarim, vibrando nas quebradas das serras e dos vales como
defensor da honra alheia, dos limites da propriedade privada, da moça
ofendida, do pobre que apelava para a sua proteção, inimigo da
prepotência, defensor dos hábitos e costumes do seu povo, transformados por uma sedimentação de vários séculos em norma de vida ou
código de lei. Em seu município predominou por muito tempo o regime
de ‘O Estado sou eu’. O município era ele; a lei era ele; o juiz, o
delegado, o padre, eram ele.”
(M. R. de Melo. Patriarcas e Carreiros.
Rio de Janeiro: Pongetti, 1954. p. 273.)
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4.
(FATEC)
5. (FATEC) – Entre as principais características do modelo
político adotado no Brasil durante a República Velha (1889-1930),
destacaram-se
a) a política do “Regresso Conservador”, o militarismo e o voto
censitário.
b) a “Política dos Governadores”, o coronelismo e o “voto de
cabresto”.
c) o “parlamentarismo às avessas”, o clientelismo e o voto a
descoberto.
d) a “Política do Café com Leite”, o coronelismo e o voto secreto
censitário.
e) a política de valorização do café, a prática do populismo e o voto
universal.
RESOLUÇÃO:
Embora a Primeira República Brasileira se tenha estendido de 1889 a
1930, as características mencionadas na alternativa são mais aplicáveis à
chamada “República das Oligarquias”, que teve início em 1894, após o
período denominado “República da Espada”. A “Política dos Governadores”, que embasou a “Política do Café com Leite”, consistia no apoio
recíproco entre o governo federal e as oligarquias estaduais; estas, por sua
vez, apoiavam-se no coronelismo (mandonismo local dos grandes
proprietários) e na prática do voto aberto, que ensejava a pressão sobre o
eleitor, configurando o “voto de cabresto”.
Resposta: B
A FÓRMULA DEMOCRÁTICA
Os detentores do poder:
“Tenham paciência, mas aqui não entra mais ninguém!”
(http://novahistorianet.blogspot.com/2009/01/republica-velha.html.
Acesso em 05.03.2010.)
A charge do caricaturista gaúcho Storni, publicada na revista Careta
em 1925, faz uma crítica
a) à Constituição de 1891, que dava autonomia aos estados e a seus
governadores, em detrimento da autoridade do governo federal.
b) à “Política do Café com Leite”, na qual os candidatos à Presidência
eram indicados ora pela oligarquia paulista, ora pela mineira.
c) às oligarquias rurais — representadas na charge por Paraíba e Bahia
—, por meio das quais os “coronéis” influenciavam o governo central.
d) ao clientelismo entre os “coronéis” e os trabalhadores rurais, que
garantia aos primeiros a vitória nas eleições realizadas nos estados.
e) à “Política dos Governadores”, resultante de acordos entre o governo
federal, de um lado, e os grupos oligárquicos dos estados, de outro.
RESOLUÇÃO:
A “Política do Café com Leite”, que aliou as oligarquias de São Paulo e
Minas Gerais para controlar o governo federal, foi criada por Campos
Sales (1898-1902) e se manteve ao longo da República Velha, tendo sido
interrompida apenas durante o quadriênio de Hermes da Fonseca (191014).
Resposta: B
8–
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MÓDULO 15
IDEIAS E MOVIMENTOS
URBANOS NA PRIMEIRA REPÚBLICA
1. (UNICAMP) – Em 1917, eclodiu em São Paulo a primeira manifestação operária de impacto nacional, orientada por organizações
sindicalistas e partidos operários.
a) Em que contexto histórico se inseriu a greve de 1917?
b) Que corrente ideológica predominou naquele movimento grevista?
c) Qual era a principal reivindicação dos trabalhadores?
RESOLUÇÃO:
A Revolta da Vacina resultou, em termos imediatos, da insatisfação manifestada pela população carioca de baixa renda contra a obrigatoriedade
da vacinação antivariólica. Essa medida foi imposta pelo governo
Rodrigues Alves dentro de seu projeto de modernização do Rio de Janeiro,
vinculado à ideia de “progresso republicano”. No entanto, a revolta
popular tinha outras motivações além da vacinação obrigatória; entre
elas, a reurbanização do centro da capital, que implicou a demolição dos
cortiços e casarões decadentes, descritos por Luis Edmundo no trecho
transcrito. Ora, tais construções justamente abrigavam membros das
camadas pobres, os quais foram forçados a se deslocar para os morros ou
para os subúrbios.
Resposta: A
RESOLUÇÃO:
a) Externamente, no contexto da Primeira Guerra Mundial e da Revolução Russa; internamente, no contexto da República das Oligarquias
e da repressão ao movimento operário brasileiro.
b) O anarcossindicalismo.
c) Aumento dos salários e redução da jornada de trabalho (esta última
reivindicação não foi atendida).
2. (FATEC) – No início do século XX, o cronista Luis Edmundo
descreveu o Rio de Janeiro, então capital da República, como “um
monstro em que as epidemias se albergam dançando sabbats
magníficos, aldeia melancólica de prédios velhos e alçapados, a
descascar pelos rebocos, vielas sórdidas cheirando mal.”
(Nosso Século. São Paulo: Abril Cultural/Círculo do Livro,
1985, v. 1, p. 37.)
Uma tentativa oficial de alterar esse cenário desolador resultou, em
1904, na rebelião popular conhecida como
a) Revolta da Vacina.
b) Revolta da Armada.
c) Revolta da Chibata.
d) Revolta de Canudos.
e) Revolta do Contestado.
3. (FUVEST-2013/Adaptado) – “Durante os primeiros tempos de
sua existência, o PCB prosseguiu em seu processo de diferenciação
ideológica com o anarquismo, de onde provinha parte significativa de
sua liderança e militância. No que se refere à questão parlamentar, foi
necessário proceder a uma homogeneização da militância comunista.
Houve algumas tentativas de participação em eleições e de formulação
de propostas a serem apresentadas à sociedade, mas elas se revelaram
infrutíferas por questões conjunturais. A primeira vez em que isso
ocorreu foi em 1925, no município portuário paulista de Santos, onde
os comunistas locais, apresentando-se pela legenda da Coligação
Operária, tiveram um resultado pífio. No entanto, como todos os atos
pioneiros, essa participação deixou uma importante herança: a
presença, na cena política brasileira, dos trabalhadores e suas
reivindicações”.
(Dainis Karepovs. A classe operária vai ao Parlamento.
São Paulo: Alameda, 2006, p.169.)
A partir do texto, pode-se afirmar que
a) as eleições de representantes parlamentares advindos de grupos comunistas e anarquistas foram frequentes desde a Proclamação
da República, contribuindo inclusive para a eclosão da Revolução
de 1930.
b) comunistas, anarquistas e outros grupos de representantes dos trabalhadores eram proibidos de participar de eleições desde a proclamação da República, cenário que só se modificaria com a Constituição
de 1988.
c) as primeiras décadas do século XX representam um período de grande diversidade partidária no Brasil, o que favoreceu a emergência
de grupos de esquerda, os quais não obtiveram resultados eleitorais
expressivos.
–9
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d) as experiências parlamentares envolvendo operários e camponeses,
no Brasil da década de 1920, consolidaram sua presença no cenário
político nacional, após o colapso do regime encabeçado por Getúlio
Vargas.
e) as primeiras participações eleitorais de candidatos trabalhadores
ganharam importância histórica, uma vez que a política partidária
da Primeira República era dominada por grupos oriundos das elites
econômicas.
RESOLUÇÃO:
A questão realça dois aspectos fundamentais do modernismo brasileiro:
a ruptura com o academicismo de influência europeia e a busca de uma
produção artística e literária ligada a temas brasileiros e à problemática
nacional.
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
A importância do movimento operário no Brasil já era expressiva antes
que ele participasse legalmente da vida política nas citadas eleições
municipais de Santos, em 1925. Haja vista as inúmeras greves realizadas,
com destaque para a ocorrida em São Paulo no ano de 1917.
De qualquer forma, é inegável que o surgimento do PCB (então “Partido
Comunista do Brasil”) deu um direcionamento mais preciso e consistente
ao movimento operário.
Resposta: E
4. (FGV) – “A Semana de 22 não foi um fato isolado e sem origens.
As discussões em torno da necessidade de renovação das artes surgem
em meados da década de 1910 em textos de revistas e em exposições,
como a de Anita Malfatti em 1917. Em 1921, intelectuais como Oswald
de Andrade e Menotti Del Picchia já alimentavam a intenção de
transformar as comemorações do Centenário da Independência em
momento de emancipação artística.”
(www.itaucultural.org.br)
Os artistas participantes da Semana de Arte Moderna propunham
a) que a arte, especialmente a literatura, abandonasse as preocupações
com os destinos brasileiros e se voltasse para o princípio da “arte
pela arte”.
b) a rejeição ao conservadorismo da produção artística brasileira,
defendendo novas estéticas e temas, como a discussão das questões
nacionais.
c) que os artistas estabelecessem vínculos com correntes filosóficas,
mas não com projetos ideológicos, fossem estes progressistas ou
conservadores.
d) o reconhecimento da superioridade da arte europeia e da importância da civilização portuguesa no desenvolvimento cultural
brasileiro.
e) que apenas as artes plásticas, com destaque para a pintura, poderiam
representar avanços revolucionários em direção a uma arte de fato
inovadora.
10 –
5. (MACKENZIE-Adaptado) – Em 2012 completam-se 90 anos
da Semana de Arte Moderna, marco de renovações artístico-culturais
do Brasil. A respeito desse acontecimento, assinale a alternativa
incorreta.
a) Internacionalismo e nacionalismo foram, simultaneamente, as
características básicas da Semana. O nacionalismo viria como
decorrência da afirmação, presente desde a implantação da República em 1889, de uma arte e cultura genuinamente brasileiras.
b) A Semana exprimia o anseio de uma nova mentalidade, insatisfeita
com o status quo das artes de então. Por isso, tinha como um de
seus objetivos centrais a modernização, por meio de um olhar para o
social e para o que havia de mais avançado na criação artística.
c) Existia naquele movimento um olhar para o futuro que trazia um
desejo de ruptura, de inovação e de experimentação. Mas, ao mesmo
tempo, marcava presença um sentimento de nostalgia, um retomar
das raízes culturais que marcaram a formação histórica do País.
d) Por partirem de concepções nacionalistas, esses artistas negavam
as influências externas na cultura brasileira. Para eles, uma arte
genuinamente nacional somente aconteceria por meio do total
afastamento em relação às principais vanguardas europeias.
e) Internacionalismo e nacionalismo foram, simultaneamente, seus
aspectos básicos. As artes do período desejavam o rompimento com
o século XIX, cujo academicismo de origem europeia se tornara
um símbolo de dominação sobre a arte brasileira.
RESOLUÇÃO:
Os participantes da Semana de Arte Moderna rejeitavam o academicismo
de influência francesa, que dominava os valores estéticos da cultura brasileira na época. Mas, além de obviamente influenciados pelas tendências
vanguardistas contemporâneas vindas da Europa, propunham absorver
os elementos que pudessem contribuir para a consolidação de uma verdadeira cultura nacional. Essa era, aliás, a proposta do Manifesto
Antropófago de Oswald de Andrade, publicado em 1928.
Resposta: D
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MÓDULO 16
A CRISE DE 1929 E O NEW DEAL
1. (UFRJ) – “Tomei consciência do problema do desemprego em
1928. Lembro-me do choque que senti quando, pela primeira vez, me
misturei com vagabundos e mendigos, e descobri que boa parte deles
eram mineiros e colhedores de algodão, jovens e honestos, contemplando seu destino com aquele assombro estúpido de um animal que
caiu numa armadilha. Simplesmente não conseguiam entender o que
acontecia com eles. Tinham sido criados para trabalhar, e era como se
nunca mais fossem ter a oportunidade de voltar ao trabalho.”
(George Orwell.
“O Caminho para Wigan Pier”, In: História do Século XX,
São Paulo, Abril Cultural, 1974, vol. 6, p. 1351.)
O relato do escritor George Orwell nos dá conta do ambiente de crise
em que viveu a sociedade norte-americana no final da década de 1920,
especialmente a partir de 1929.
a) Comente um problema que a economia norte-americana enfrentou
ao longo da década de 1920 e que contribuiu para a Crise de 1929.
b) Identifique duas medidas do New Deal para superar os efeitos da
crise.
RESOLUÇÃO:
a) Manutenção de altos níveis de produção agrícola e industrial, contrastando com a queda do consumo provocada pelo término da Primeira Guerra Mundial, pela recuperação da produção europeia e
pela saturação do mercado interno norte-americano.
b) Programa de realização de grandes obras públicas, concessão de financiamentos aos agricultores, fixação de preços mínimos para
produtos primários, criação do salário mínimo e supervisão do
sistema financeiro pelo governo federal.
2. (UNESP) – “A história dos vinte anos após 1973 é a de um mundo
que perdeu suas referências e resvalou para a instabilidade e a crise.
Só no início da década de 1990 encontramos o reconhecimento de que
os problemas econômicos eram de fato piores que os da década de
1930. Em muitos aspectos, isso era intrigante. Por que deveria a
economia mundial ter-se tornado menos estável?”
(Eric Hobsbawm. A Era dos extremos, 1995. Adaptado.)
Os problemas econômicos da década de 1930, citados no texto,
derivaram, entre outros fatores,
a) dos movimentos sociais e mobilizações revolucionárias na América
Latina, em especial no México, que impediram a exportação de
produtos norte-americanos para a região.
b) das reformas financeiras e sociais realizadas na União Soviética
após a Revolução de 1917, que fechou os mercados do bloco
socialista aos países capitalistas do Ocidente.
c) da ascensão do nazismo alemão e dos regimes fascistas em Itália,
Espanha e Portugal, o que paralisou a produção industrial europeia
e provocou a Segunda Guerra Mundial.
d) de uma ampla crise do liberalismo, que ganhou contornos mais
nítidos após a Primeira Guerra Mundial e desembocou na quebra
da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929.
e) do forte crescimento econômico da Alemanha na passagem do
século XIX para o XX e da acirrada competição comercial e naval
desse país com a Grã-Bretanha e a França.
RESOLUÇÃO:
A questão faz uma abordagem macroeconômica do período iniciado com
a depressão de 1873 e que se estendeu até a Grande Depressão pós-1929,
quando o intervencionismo passou a predominar na economia.
Esse predomínio prolongar-se-ia até a década de 1980, quando o neoliberalismo se tornou um consenso quase unânime entre os economistas da
época.
Resposta: D
– 11
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3.
(ENEM) –
Texto I
“A Europa entrou em estado de exceção, personificado por obscuras
forças econômicas sem rosto ou localização física conhecida, que não
prestam contas a ninguém e se espalham pelo globo por meio de
milhões de transações diárias no ciberespaço.”
(Clóvis Rossi. “Nem fim do mundo nem mundo novo”.
Folha de S. Paulo, 11 dez. 2011 – Adaptado)
Texto II
Estamos imersos numa crise financeira como nunca tínhamos visto
desde a Grande Depressão, iniciada em 1929 nos Estados Unidos.
(Entrevista de George Soros.
Disponível em: www.nybooks.com.
Acesso em: 17 ago. 2011 – Adaptado)
A comparação entre os significados da atual crise econômica [iniciada
em 2008] e do crash de 1929 oculta a principal diferença entre essas
duas crises, pois
a) o crash da Bolsa em 1929 adveio do envolvimento dos Estados
Unidos na I Guerra Mundial e a atual crise é o resultado dos gastos
militares desse país nas guerras do Afeganistão e do Iraque.
b) a Crise de 1929 ocorreu devido a um quadro de superprodução
industrial nos Estados Unidos e a atual crise resultou da especulação
financeira e da expansão desmedida do crédito bancário.
c) a crise de 1929 resultou da concorrência entre os países europeus,
reconstruídos após a Guerra de 1914/18, e a atual crise se associa à
emergência dos BRICS como novos concorrentes econômicos.
d) o crash da Bolsa em 1929 resultou do excesso de proteções ao setor
produtivo estadunidense e a atual crise tem origem na internacionalização das empresas e no avanço da política de livre mercado.
e) a Crise de 1929 decorreu da política intervencionista norte-americana sobre o comércio mundial e a atual crise resultou do excesso
de regulação dos Estados Unidos sobre o sistema monetário.
RESOLUÇÃO:
Embora a Crise de 1929 tenha explodido com o crash da bolsa de Nova
York – o que aparentaria um colapso puramente financeiro –, suas origens
estão no descompasso entre os altos níveis de produção agrícola e
sobretudo industrial, alcançados pelos Estados Unidos durante a Primeira
Guerra Mundial, e a contração do consumo na década seguinte. Já a crise
atual teve sua origem no próprio sistema financeiro, devido à gestão
temerária dos créditos concedidos ao setor imobiliário norte-americano.
Resposta: B
4. (UNESP) – De certa forma, o colapso econômico que se abateu
sobre o mundo capitalista em 1929 pode ser explicado
a) por uma crise na atividade industrial, sem vínculo com o subconsumo resultante da existência de bolsões de pobreza na população.
b) por uma onda de hiperprodução, associada a uma situação de crise
social causada pelos altos salários e pelo superconsumo.
c) pela acumulação de excedentes agrícolas e industriais, que os mercados interno e externo não conseguiam absorver.
d) pelos elevados gastos militares, resultantes das frequentes intervenções dos Estados Unidos na América Latina.
e) pela política intervencionista do presidente Hoover, que contrariava o tradicional liberalismo econômico dos Estados Unidos.
RESOLUÇÃO:
A interpretação tradicional a respeito da Crise de 29 é que ela resultou,
essencialmente, de um desequilíbrio entre o excesso da produção agrícola e industrial, de um lado, e o consumo insuficiente, de outro.
Resposta: C
5. (UNICENTRO) – “Durante os primeiros anos do longo governo
do presidente Franklin Delano Roosevelt (1933-45), os Estados Unidos
adotaram um importante conjunto de medidas econômicas destinadas
à superação da crise econômica. New Deal (“Novo Acordo”) foi o
nome pelo qual ficou conhecido esse conjunto de medidas, inspiradas
nas ideias do economista inglês John Keynes (1883-1946).”
(Cotrim, p. 361)
Essas informações e outros conhecimentos sobre o Período
Entre-guerras permitem afirmar que a Crise de 1929, referida no texto,
a) evidenciou a fragilidade da União Soviética quando esta incorporou
as regras do New Deal, com o objetivo de equilibrar sua economia.
b) levou os Estados Unidos a adotar o New Deal, como plano de ajuda
aos países europeus atingidos pela Grande Depressão.
c) confirmou a eficiência do liberalismo econômico adotado pelos
países do continente americano ao longo do século XIX.
d) contribuiu para a intervenção do Estado na economia, ao mesmo
tempo em que abria espaço ao fortalecimento de regimes ditatoriais.
e) resultou na valorização da monocultura cafeeira no Brasil, impedindo a implantação de indústrias em território nacional.
RESOLUÇÃO:
Conhecimento factual.
Resposta: D
12 –
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MÓDULO 17
CRISE DO ESTADO OLIGÁRQUICO
E REVOLUÇÃO DE 1930
1.
a)
b)
c)
No quadro da Revolução de 1930, analise
a influência da Crise de 1929;
a candidatura presidencial de Júlio Prestes;
o significado da Aliança Liberal.
RESOLUÇÃO:
a) A Crise de 29 agravou os problemas de superprodução da cafeicultura brasileira, enfraquecendo a oligarquia paulista e abrindo espaço
para seu afastamento da cena política federal.
b) O Presidente Washington Luis, ligado à política de São Paulo, apoiou
a candidatura do também paulista Júlio Prestes para sucedê-lo. Essa
decisão rompeu a “Política do Café-com-Leite” e fez com que a
oligarquia de Minas Gerais apoiasse a candidatura dissidente de
Getúlio Vargas.
c) A Aliança Liberal, formada por oligarquias dissidentes (Minas Gerais,
Paraíba, Rio Grande do Sul e o Partido Democrático, de São Paulo),
lançou Getúlio Vargas como candidato à Presidência da República,
em oposição à candidatura oficial de Júlio Prestes. Além de se opor
ao predomínio de São Paulo no governo federal, a Aliança Liberal
propunha reformas políticas (voto secreto e voto feminino), econômicas (fim da hegemonia do café) e sociais (direitos trabalhistas).
2. (ENEM) – “Até que ponto, a partir de posturas e interesses
diversos, as oligarquias paulista e mineira dominaram a cena política
nacional na Primeira República? A união de ambas foi um traço
fundamental, mas que não conta toda a história do período. A união foi
feita com a preponderância de uma ou de outra das duas facções. Com
o tempo, surgiram as discussões e um grande desacerto final.”
Bóris Fausto. História do Brasil.
São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado).
“A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo
e Minas, um acordo de alternância na Presidência entre os dois estados,
não passa de uma idealização de um processo muito mais caótico e
cheio de conflitos. Profundas divergências políticas colocavam-nos em
confronto por causa de diferentes graus de envolvimento no comércio
exterior.”
S. Topik. A presença do estado na economia política do
Brasil de 1889 a 1930. Rio de Janeiro: Record, 1989
(adaptado).
Para a caracterização do processo político durante a Primeira República, utiliza-se com frequência a expressão Política do Café com Leite.
No entanto, os textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilização:
a) A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia paulista a prerrogativa
de indicar os candidatos à Presidência, sem necessidade de alianças.
b) As divisões políticas internas de cada estado da Federação invalidavam o uso do conceito de aliança entre estados para o período.
c) As disputas políticas e os interesses econômicos do período contradiziam a suposta estabilidade da aliança entre mineiros e paulistas.
d) A centralização do poder no Executivo federal impedia a formação
de uma aliança duradoura entre as oligarquias de São Paulo e Minas.
e) A diversificação da produção e a preocupação com o mercado
interno unificavam os interesses das oligarquias.
RESOLUÇÃO:
A questão se baseia em textos que revelam as disputas políticas e
econômicas entre a oligarquia paulista e a mineira, quando afirmam:
“com o tempo, surgiram as discussões e um grande desacerto final” e
“profundas divergências políticas colocavam-nas em confronto por causa
de diferentes graus de envolvimento no comércio exterior”.
Resposta: C
– 13
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3. (UNESP) – A Coluna Prestes, que percorreu cerca de 25 mil
quilômetros no interior do Brasil entre 1924 e 1927, associa-se
a) ao florianismo, do qual se originou, e ao repúdio às fraudes
eleitorais da Primeira República.
b) à tentativa de implantação de um poder popular, expressa na defesa
de pressupostos marxistas.
c) ao movimento tenentista, do qual foi oriunda, e à tentativa de
derrubar o presidente Artur Bernardes.
d) à crítica ao caráter oligárquico da Primeira República e ao apoio à
candidatura presidencial de Getúlio Vargas.
e) ao esforço de implantação de um regime militar e à primeira
mobilização política de massas na história brasileira.
d) explicita a preocupação dos setores políticos e sociais dominantes
frente à crise econômica provocada pela alta do preço do café e sua
tentativa de regulamentar o setor.
e) demonstra a defesa, pelo autor, da politização da produção literária
e o abandono de parte dos princípios estéticos que guiaram sua obra
na década anterior.
RESOLUÇÃO:
No texto transcrito, Oswald de Andrade enfatiza os efeitos da Crise de 29
tanto no plano econômico como no intelectual; e, por essa razão, propõe a
reformulação e politização do pensamento modernista.
Resposta: E
RESOLUÇÃO:
A Coluna Prestes (da qual Luis Carlos Prestes foi subcomandante)
constituiu o ponto alto do movimento tenentista iniciado com o episódio
dos 18 do Forte.
Embora o objetivo imediato da Coluna fosse a derrubada do presidente
Artur Bernardes (1922-26), o movimento tinha uma dimensão mais ampla,
contrária à República Oligárquica e favorável a reformas políticas, com
uma inserção maior dos cidadãos na vida nacional.
Resposta: C
5.
4. (UNESP) – “Com pouco dinheiro, mas fora do eixo revolucionário do mundo, ignorando o Manifesto Comunista e não querendo ser
burguês, passei naturalmente a ser boêmio. Continuei na burguesia, de
que, mais que aliado, fui índice cretino, sentimental e poético. A valorização do café foi uma operação imperialista; a poesia Pau Brasil, também. Isso tinha que ruir com as cornetas da crise, como ruiu quase toda
a literatura brasileira ‘de vanguarda’, provinciana e suspeita, quando
não extremamente esgotada e reacionária.”
(Oswald de Andrade. Prefácio a Serafim Ponte Grande, 1933.)
O texto de Oswald de Andrade
a) indica o afastamento gradual dos participantes da Semana de Arte
Moderna em relação aos componentes ideológicos de esquerda que
caracterizaram o movimento.
b) revela algumas das principais características do movimento modernista de 1922, como a busca da identidade nacional e a adesão a
projetos político-partidários de direita.
c) expõe o anseio do autor de que a literatura e as demais formas
artísticas fossem controladas pelo Estado e escapassem, assim,
da tutela da classe social hegemônica.
14 –
(MACKENZIE-Adaptado) –
Atribui-se ao governador mineiro Antônio Carlos uma frase que
simboliza a tensão existente no Brasil em 1930: “Façamos a revolução
antes que o povo a faça.” Tal demonstração de preocupação, por parte
das elites da Aliança Liberal, mostra que elas tinham consciência de
que era necessário agir para assumir o controle político e conter as
insatisfações populares. A respeito da Revolução de 1930, como ilustra
a foto da época, é correto afirmar que
a) a ascensão do gaúcho Getúlio Vargas como novo presidente
representava a aliança das antigas oligarquias com os setores sociais
urbanos e os representantes do tenentismo, aparentemente vitorioso
dentro das Forças Armadas. Esses grupos se comprometeram a
defender as diretrizes econômicas e políticas do governo anterior.
b) a Revolução de 1930 não pode ser considerada uma ruptura decisiva
na história do País porque, além da permanência de grupos ligados
ao governo anterior, não ocorreu nenhuma mudança no sistema representativo brasileiro. Continuou a prevalecer a defesa dos interesses políticos e econômicos de uma única categoria social.
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c) os líderes do movimento, após tomarem o poder, buscaram de todas
as maneiras criar a imagem de um Brasil totalmente diferente.
Podemos considerar a Revolução de 1930 como a vitória da
burguesia industrial sobre a tradicional oligarquia cafeeira e que as
Forças Armadas promoveriam a integração e a união nacioniais.
d) a derrota do paulista Júlio Prestes, nas eleições presidenciais de
1930, precipitou o levante revolucionário, responsável por entregar
o poder a Getúlio Vargas, que governou durante 15 anos. Para
preservar sua liderança, o político gaúcho contou com o apoio
irrestrito das Forças Armadas, adversárias das antigas oligarquias.
e) Getúlio Vargas, ao assumir o comando político da nação logo após
o movimento de 1930, divulgou uma imagem em que envergava
um uniforme militar, dando à opinião pública a impressão de que,
sob sua liderança, começava um período de combate aos males da
Velha República.
RESOLUÇÃO:
A alternativa e foi escolhida por eliminação, pois interpreta subjetivamente o
fato de Getúlio Vargas, após a vitória da Revolução de 30, ter divulgado sua
foto “envergando um uniforme militar” (aliás, sem quaisquer insígnias de
posto). Na verdade, o líder gaúcho adotara aquele traje já na eclosão do
movimento revolucionário, pois este, desde seu início, contou com a
participação predominante de unidades das Forças Armadas. Ademais, a
alternativa erra ao dar a entender que Vargas assumiu o “comando político
da Nação” em 31 de outubro de 1930 – data em que ele chegou ao Rio de
Janeiro. Sua posse na chefia do Estado, porém, somente ocorreria em 3 de
novembro, quando o poder lhe foi entregue pela “Junta Militar Pacificadora”,
que derrubara o presidente Washington Luiz em 24 de outubro.
Resposta: E
MÓDULO 18
ERA VARGAS
1.
(ENEM) –
Cartaz da Revolução
Constitucionalista.
Disponível em:
http://veja.abril.com.br.
Acesso em: 29 jun. 2012.)
Elaborado pelos partidários da Revolução Constitucionalista de 1932,
o cartaz apresentado pretendia mobilizar a população paulista contra o
governo federal.
Essa mobilização utilizou-se de uma referência histórica, associando
o processo revolucionário
a) à experiência histórica francesa, expressa no chamado à luta contra
a ditadura.
b) aos ideais republicanos, indicados no destaque dado a bandeira
paulista.
c) o protagonismo das Forças Armadas, representadas pelo militar que
empunha a bandeira.
d) ao bandeirantismo, símbolo paulista apresentado em primeiro
plano.
e) ao papel figurativo de Vargas na política, enfatizado pela pequenez
de sua figura no cartaz.
RESOLUÇÃO:
Considerando que o bandeirantismo (ou bandeirismo) foi um fenômeno
exclusivamente paulista e exigiu de seus participantes muita coragem e
persistência, a figura do bandeirante foi largamente utilizada pela Revolução Constitucionalista de 1932 como um símbolo da altivez e heroísmo
do povo de São Paulo.
Resposta: D
– 15
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2. (PUC-SP) – Assim como os nazistas e os fascistas, os integralistas
pregavam a substituição da luta de classes pela ascensão dos melhores,
para renovar as camadas dirigentes e continuar, estrutural e funcionalmente, o seu papel na sociedade.
Antonio Candido, Adaptado.
O texto compara nazismo, fascismo e integralismo, criando entre eles
uma identificação baseada
a) no anseio de estabelecer um governo proletário, capaz de frear a
ascensão da burguesia e de patrocinar amplas reformas, tanto
sociais como políticas.
b) na aceitação da luta de classes como princípio das relações sociais
e na valorização da reforma administrativa como meio de eliminar
os problemas políticos.
c) no esforço de criar e valorizar a identidade nacional, único traço
capaz de impedir a luta de classes e assegurar a formação de um
governo socialista.
d) na rejeição da ideia de que a sociedade seja movida pela luta de
classes e na afirmação de que o poder deve ser exercido por um
grupo limitado de pessoas.
e) na proposta de uma revolução proletária internacional e no reconhecimento do papel central que o governo deve exercer para a harmonização das relações sociais.
RESOLUÇÃO:
A questão ressalta dois aspectos das ideologias de extrema direita,
surgidas no Período Entreguerras e designadas genericamente como
“fascismos”: a rejeição ao conceito marxista de luta de classes e a
valorização da liderança exercida por indivíduos considerados
excepcionais.
Resposta: D
16 –
3. (MACKENZIE) – A respeito do Estado Novo (1937-45), analise
as proposições abaixo.
I –
Para legitimar o golpe de Estado de novembro de 1937, Vargas
utilizou como pretexto a “iminência de uma revolução
comunista no Brasil, a ser realizada pelos agentes de Moscou.”
II –
Durante o Estado Novo, o governo foi conduzido de maneira
fortemente personalista, o que se evidencia na supressão dos
partidos políticos, entre eles a ANL e a AIB.
III – A Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada em 1933, foi
revogada pela ditadura varguista, que adotou uma política de
repressão ao movimento operário.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a proposição I é verdadeira.
b) Somente a proposição II é verdadeira.
c) Somente a proposição III é verdadeira.
d) Somente as proposições I e II são verdadeiras.
e) Somente as proposições II e III são verdadeiras.
RESOLUÇÃO:
A proposição II é falsa porque a ANL (Aliança Nacional Libertadora) foi
fechada em 1935 — antes, portanto, da implantação do Estado Novo. A
proposição III é falsa porque a CLT foi posta em vigor em 1943 — dentro,
portanto, do Estado Novo e em consonância com a política populista de
Vargas.
Resposta: A
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4. (MACKENZIE) –
5. (CESGRANRIO) – A redemocratização do Brasil, no final do
Estado Novo, pode ser associada a diferentes transformações internas
e externas do período, entre as quais se inclui
a) a aproximação de Getúlio Vargas com os setores liberais, em torno
do projeto “queremista”.
b) a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, que fortaleceu
os ideais democráticos e antitotalitários.
c) a recusa do governo em permitir a recriação dos partidos políticos
e convocar eleições.
d) a resistência do empresariado à implantação da legislação trabalhista e previdenciária.
e) o apoio dos movimentos sociais inspirados no ideário nazi-fascista,
como a União Nacional dos Estudantes.
RESOLUÇÃO:
A vitória das democracias na guerra colocou em xeque a ditadura
varguista, pois lhe retirou a sustentação ideológica proporcionada pelo
nazi-fascismo.
Resposta: B
A fotografia acima, de 1.° de maio de 1942, revela um traço
fundamental da história política da época. Trata-se
a) da polarização eleitoral entre os integrantes do movimento operário
e os partidários das oligarquias agrárias.
b) da militarização da sociedade por meio do estímulo a um patriotismo exacerbado, como preparação para a guerra iminente.
c) do apoio ao Estado por parte dos trabalhadores urbanos, cooptados
por uma legislação trabalhista de amplo efeito propagandístico.
d) de manifestações de operários, professores e estudantes, nas quais
os participantes expressavam seu repúdio ao regime ditatorial.
e) da mobilização popular em prol da nacionalização dos recursos
minerais do País, dentro da campanha de “O Petróleo é Nosso.”
RESOLUÇÃO:
A data de 1.º de Maio remete ao Dia do Trabalho, muito valorizado pelo
Estado Novo. O fenômeno político relacionado com o evento é o
populismo, traduzido como o apoio do proletariado urbano ao regime
varguista e a seu líder, em troca de benefícios trabalhistas.
Resposta: C
– 17
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FRENTE 2 – HISTÓRIA GERAL
MÓDULO 11
REFORMAS RELIGIOSAS DO SÉCULO XVI
1. (UPE-Adaptado) – O predomínio do catolicismo fez parte de um
grande período da história da Europa. Com o surgimento e a expansão
da Reforma, novas ideias surgiram, abalando o poder secular da Igreja.
Lutero, um dos líderes da Reforma, defendia
a) o fim do clero católico, que criticava numerosos trechos das
Sagradas Escrituras, duvidando de suas verdades.
b) o pensamento expresso por Santo Agostinho, que valorizava o papel
da fé na salvação do indivíduo.
c) a manutenção dos sete sacramentos, para fortalecer a difusão da
palavra de Deus por meio do baixo clero.
d) a continuidade do celibato clerical, bem como a manutenção da
autoridade papal e da hierarquia eclesiástica.
e) a oposição ao poder dos reis, os quais, em seu entender, usurpavam
a autoridade do próprio Deus.
RESOLUÇÃO:
Para Lutero, a salvação da alma não poderia vir do livre-arbítrio (ainda
que auxiliado pela graça de Deus) e da prática de boas obras – conforme
ensinava Tomás de Aquino – porque, para ele, o homem era essencialmente pecador. Assim, o reformador alemão preferiu perfilhar a posição
de Santo Agostinho, representante de um cristianismo mais primitivo,
para quem a simples fé na misericórdia divina seria suficiente para a
salvação.
Resposta: B
18 –
2. (UFG) – “O ingresso das sociedades ocidentais na cultura escrita
foi uma das principais evoluções da Era Moderna.”
(Roger Chartier. “As práticas de escrita.” In: História da vida privada no
Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 114. Adaptado.)
O fragmento menciona uma importante transformação ocorrida nas
sociedades ocidentais, no início da Idade Moderna: a progressiva
disseminação da cultura escrita. No século XVI, essa transformação se
expressou, entre outros aspectos, por meio
a) de novas formas de devoção, as quais propunham uma interpretação
pessoal e direta da Bíblia pelo fiel.
b) do início da escolarização da sociedade europeia, graças à rápida
multiplicação de estabelecimentos de ensino.
c) da disseminação do costume de escrever diários íntimos e manter
correspondência com associações literárias.
d) da criação e divulgação de jornais diários, ampliando o número de
leitores interessados em informações.
e) do crescimento do número de monastérios, nos quais os textos
manuscritos eram reproduzidos pelos copistas.
RESOLUÇÃO:
Um dos pontos fundamentais da doutrina luterana foi a livre interpretação
da Bíblia pelo fiel; foi com esse objetivo que Lutero traduziu as Sagradas
Escrituras para o alemão. Calvino e outros reformadores, ainda que não
perfilhassem a tese da livre interpretação, estimularam igualmente a
leitura dos textos bíblicos, o que contribuiu poderosamente para a difusão
do hábito da leitura — ao menos nos países que aderiram ao protestantismo.
Resposta: A
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3. (UNIRIO) – Entre os fatores que contribuíram para a expansão
do movimento reformista protestante, durante o século XVI,
destacamos
a) o declínio do nacionalismo no processo de formação dos Estados
modernos.
b) o fim do comércio de indulgências e de relíquias patrocinado pela
Igreja Católica.
c) o embate entre o progresso do capitalismo comercial e as teorias
religiosas católicas.
d) o cerceamento da liberdade de crítica trazido pelo Renascimento
Cultural.
e) os abusos cometidos pela Companhia de Jesus e a ação política do
Concílio de Trento.
5. (UNIFESP) – No século XVI, nas palavras de um estudioso,
"reformar a Igreja significava reformar o mundo, porque a Igreja era o
mundo". Tendo em vista essa afirmação, é correto afirmar que
a) o aparecimento dos anabatistas e outros grupos radicais são a prova
de que a reforma extrapolou o campo da religião.
b) os principais reformadores, como Lutero, não se envolveram nos
desdobramentos políticos e socioeconômicos de suas doutrinas.
c) o Papado, por estar consciente dos desdobramentos da Reforma,
recusou-se a iniciá-la, até ser a isso obrigado por Calvino.
d) a burguesia, ao contrário da nobreza e dos príncipes, aderiu à
reforma para se apoderar das riquezas da Igreja.
e) os cristãos que aderiram à reforma estavam preocupados somente
com os benefícios materiais que dela adviriam.
RESOLUÇÃO:
A Reforma Religiosa iniciada por Lutero ganhou grande impulso com a
pregação de João Calvino, que adaptou a doutrina cristã às conveniências
do capitalismo nascente. Nesse sentido, Calvino procurou justificar a
prática do lucro e da usura, que a Igreja Católica — ainda apegada aos
valores medievais — considerava pecaminosa.
Resposta: C
RESOLUÇÃO:
A Reforma, em suas diferentes ramificações, constituiu uma adaptação da
fé cristã aos interesses do Estado, da burguesia e até da nobreza (no caso,
dos príncipes alemães). Mas deu também origem a movimentos radicais
de base popular; nesse sentido, os camponeses anabatistas da Alemanha,
com as reivindicações de terras e de nivelamento social, constituem o
exemplo mais expressivo.
Resposta: A
4. (UFG) – No século XVI, com a ocorrência da Reforma e da
Contrarreforma, católicos e protestantes, apesar de continuarem
pertencendo ao tronco comum do cristianismo, passaram a divergir
quanto às práticas e às explicações para suas crenças. Considerando
tais divergências, conclui-se que, em relação à hierarquia religiosa,
a) os católicos reconheciam o poder temporal dos reis, criando uma
relação de submissão da Igreja em relação ao Estado.
b) os luteranos aceitavam a relação direta entre Deus e o fiel por meio
da oração, sem dispensar a figura de um intermediador religioso.
c) os católicos negavam a autoridade dos clérigos, indignados com os
privilégios que eles tinham como intérpretes das Escrituras.
d) os calvinistas conservaram a liturgia determinada por Roma,
mantendo o culto aos santos e à Virgem Maria.
e) os luteranos aboliram os sacramentos do batismo e da eucaristia,
rompendo com o ordenamento proposto pelo cristianismo.
RESOLUÇÃO:
Os diversos ramos do protestantismo valorizam o contato direto do fiel
com Deus, realizado por meio da oração. Ao mesmo tempo, admitem a
existência do pastor – muito mais como um orientador dos fiéis do que um
intermediário entre eles e o Criador. Nesse sentido, Lutero considerava a
existência de uma Igreja como útil à salvação, enquanto os católicos
entendiam-na como necessária.
Resposta: B
– 19
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MÓDULO 12
O ABSOLUTISMO FRANCÊS
1. O reinado pessoal de Luís XIV (1661-1715), iniciado após a
morte do primeiro-ministro Mazzarino, assinalou não só o apogeu da
França na Idade Moderna, mas também o começo de sua decadência.
Explique essa aparente contradição.
RESOLUÇÃO:
Durante a maior parte do reinado possoal de Luís XIV, a França foi a
potência hegemônica no continente europeu, ao mesmo tempo em que o
absolutismo real alcançava seu máximo prestígio. Entretanto, quando o
“Rei-Sol” faleceu, o Estado Francês sofria uma grave crise financeira,
causada pelos grandes gastos militares e pela manutenção de uma corte
luxuosa. Essa crise se agravaria ao longo do século XVIII, contribuindo
para a eclosão da Revolução Francesa.
2. (MACKENZIE) – “Durante o reinado de Carlos IX (1560-74),
acirrou-se a luta entre católicos e huguenotes (calvinistas franceses).
A facção católica, liderada pela família de Guise, que tinha o apoio de
Catarina de Médicis, mãe do rei, e a huguenote, comandada pelos
Bourbons, colocaram em confronto a nobreza católica defensora dos
antigos privilégios feudais e a burguesia mercantil calvinista.”
(Cláudio Vicentino)
O texto apresenta parte do cenário das Guerras de Religião na França
durante o século XVI. Assinale a alternativa que apresenta o ponto alto
desses conflitos.
a) O Tratado de Verdun.
b) A Noite de São Bartolomeu.
c) A Guerra de Reconquista.
d) A Rebelião da Jacquerie.
e) As revoltas das Frondas.
RESOLUÇÃO:
O Massacre (ou Noite) de São Bartolomeu, ocorrido em 24 de agosto de
1572, foi o episódio mais sangrento das Guerras de Religião na França.
Realizado em Paris e algumas outras cidades, consistiu na matança, pelos
católicos, de cerca de 20.000 huguenotes.
Resposta: B
20 –
3. (UFRS) – Pelo Edito de Nantes, assinado em 1598, Henrique IV
da França
a) reprimiu violentamente os protestantes em Paris, no episódio conhecido como "Noite de São Bartolomeu".
b) determinou a cobrança de impostos territoriais somente sobre os
súditos protestantes.
c) concedeu liberdade religiosa aos huguenotes e igualdade de direitos
em relação aos católicos.
d) reduziu o poder da minoria católica, assegurando a supremacia
política dos huguenotes.
e) abriu mão de várias prerrogativas reais, visando pôr fim à luta entre
protestantes e católicos.
RESOLUÇÃO:
Pelo Edito de Nantes, que pôs fim às Guerras de Religião na França,
Henrique IV fez três importantes concessões à minoria huguenote: além
das duas já mencionadas na alternativa, concedeu aos huguenotes o
controle militar sobre certo número de praças-fortes no país.
Resposta: C
4. (PUC-PR) – Um dos teóricos defensores do absolutismo real
escreveu: "Já o disse: sois deuses, isto é, tendes em vossa autoridade,
trazeis em vossa fronte um caráter divino. Entretanto, ó deuses de carne
e sangue, ó deuses de lodo e pó, morreis como homens. A grandeza
separa os homens por breve tempo; uma queda comum, no fim, a todos
iguala."
O texto acima consta da obra
a) Sobre o Direito da Guerra e da Paz, de Hugo Grotius.
b) Os Seis Livros da República, de Jean Bodin.
c) O Príncipe, de Nicolau Maquiavel.
d) Leviatã, de Thomas Hobbes.
e) Política extraída das Sagradas Escrituras, de Jacques Bossuet.
RESOLUÇÃO:
Na Europa, a ideia de que o poder dos reis tem origem divina cristalizouse na Baixa Idade Média, durante a formação das monarquias nacionais,
e ganhou o status de teoria política no século XVII, com a obra de Bossuet,
vindo a constituir o alicerce ideológico do Antigo Regime.
Resposta: E
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5. (UFOP) – O governo pessoal de Luís XIV (1661-1715) foi um
dos mais marcantes na história da França. Sobre as características da
monarquia francesa nessa época, assinale a alternativa incorreta.
a) A França era a potência militar hegemônica no Continente Europeu.
b) A liberdade religiosa foi assegurada, graças à manutenção do Edito
de Nantes.
c) O ambiente cultural da corte valorizava a arquitetura, a dramaturgia
e as ciências.
d) Colbert, ministro das Finanças, pôs em prática a política mercantilista.
e) A construção do Palácio de Versalhes e os gastos da corte prejudicaram
as finanças do Estado.
RESOLUÇÃO:
Luís XIV revogou o Edito de Nantes em 1685, retirando a liberdade de
culto e a igualdade de direitos concedidas aos huguenotes. Estes emigraram em massa, levando consigo uma parte significativa dos recursos
financeiros do país.
Resposta: B
MÓDULO 13
ABSOLUTISMO INGLÊS E
REVOLUÇÕES INGLESAS DO SÉCULO XVII
1. (MACKENZIE) – O rei Henrique VIII, apesar de intitulado
“Defensor da Fé” pelo Papado, rompeu com o pontífice Clemente VII,
em 1534, porque
a) se opôs ao Ato de Supremacia, que submetia a Igreja Anglicana à
autoridade papal.
b) pretendia rever os dogmas da Igreja Católica, inclusive a questão
da infalibilidade do papa.
c) aceitou as 95 Teses de Martinho Lutero, que denunciavam as irregularidades da Igreja Católica.
d) ambicionava apoderar-se das propriedades eclesiásticas e fortalecer
a autoridade real.
e) afirmava serem o trabalho e a acumulação de capital manifestações
de predestinação à salvação.
RESOLUÇÃO:
Embora a ruptura de Henrique VIII com a Igreja Romana tenha sido
desencadeada pela recusa do papa em anular o casamento do rei, é
inegável que a Reforma Anglicana fortaleceu a autoridade do soberano,
ao unir seu poder temporal com o espiritual. Ademais, a Coroa Inglesa
ampliou consideravelmente seu patrimônio, ao confiscar as propriedades
eclesiásticas na Inglaterra e incorporar parte delas aos domínios reais.
Resposta: D
2. (UNIP) – O longo reinado de Elizabeth I / Isabel I (1558-1603)
assinalou o início da ascensão da Inglaterra no cenário mundial.
Um aspecto importante desse processo foi a disputa pela
supremacia marítima, travada com
a) os Países Baixos.
b) a França.
c) a Suécia.
d) a Espanha.
e) o Sacro Império Romano Germânico.
RESOLUÇÃO:
A política econômica mercantilista praticada pelos reis Tudors priorizou
o desenvolvimento marítimo inglês — o que ia de encontro à hegemonia
naval até então exercida pela Espanha. Nessa conjuntura, Elizabeth I
apoiou a ação de corsários e até de piratas contra a navegação espanhola.
O clímax do confronto se deu em 1588, quando a frota inglesa derrotou a
“Invencível Armada”, organizada por Felipe II da Espanha para invadir
a Inglaterra.
Resposta: D
3. Em 1601, por influência de Isabel I (ou Elizabeth I), o Parlamento
aprovou a Poor Law (“Lei dos Pobres”), na tentativa de solucionar o
problema da miséria e da mendicância nas vilas e cidades inglesas.
Essa lei
a) determinava que todos os desempregados deveriam sindicalizar-se
e obter garantias profissionais.
b) estabelecia punições à mendicância e incumbia as paróquias de conseguir trabalho para os desocupados.
c) concedia um aumento geral dos salários, sobretudo para os trabalhadores de baixa renda.
d) criava uma política social que facilitaria a transição do trabalho
artesanal para o manufatureiro.
e) implementava uma política assistencialista, com o objetivo de
promover a inclusão social dos pobres.
RESOLUÇÃO:
A Lei dos Pobres não eliminou — e nem mesmo reduziu — a pobreza na
Inglaterra; mas, por outro lado, disponibilizou serviçais baratos para as
classes abastadas, e sobretudo mão de obra mal remunerada para as
manufaturas.
Resposta: B
– 21
C2_3A_EXE_Hist_2014_Keli 03/01/14 08:31 Página 22
4. (FATEC-SP) – Guilherme de Orange foi proclamado rei da
Inglaterra, com o nome de Guilherme III, depois que assinou o Bill of
Rights, aceitando as limitações impostas à Coroa pelo Parlamento.
Acerca dessas limitações, é correto afirmar que
a) estabeleciam um conselho de ministros, formado por representantes
da nobreza e da burguesia.
b) oficializavam o anglicanismo e estabeleciam tolerância para todos
os cultos, inclusive o católico.
c) restringiam a liberdade de imprensa, a liberdade individual e a
propriedade privada.
d) dispensavam a aprovação das duas Câmaras para aumento ou
criação de impostos.
e) configuravam um conjunto de medidas que acabou por consolidar
uma monarquia parlamentarista.
RESOLUÇÃO:
O Bill of Rights (“Declaração de Direitos”), de 1689, foi promulgado pelo
Parlamento Inglês para completar a Revolução Gloriosa do ano anterior,
que derrubara o rei Jaime II Stuart, católico e de tendência absolutista.
O documento consagrou a supremacia do Parlamento sobre o rei e definiu
os direitos do cidadão em face do Estado. Nas décadas seguintes, o
Parlamento adquiriu a prerrogativa de indicar o primeiro-ministro,
configurando assim a primeira monarquia parlamentarista da História.
Resposta: E
5. (UNESP) – A Revolução Puritana (1642-60) e a Revolução
Gloriosa (1688) transformaram a Inglaterra do século XVII. Sobre o
conjunto de suas realizações, pode-se dizer que
a) determinaram o declínio da hegemonia inglesa no comércio
marítimo, pois os conflitos internos reduziram drasticamente a
produção e a exportação de manufaturados.
b) resultaram na vitória política dos projetos populares e radicais dos
cavadores e dos niveladores, que defendiam o fim da monarquia e
dos privilégios dos nobres.
c) envolveram conflitos religiosos que, juntamente com as disputas
políticas e sociais, desembocaram na retomada do poder pelos
católicos e em perseguições contra protestantes.
d) geraram um Estado monárquico em que o poder real devia
submeter-se aos limites estabelecidos pela legislação e respeitar as
decisões tomadas pelo Parlamento.
e) precederam as revoluções sociais que, nos dois séculos seguintes,
abalaram França, Portugal e as colônias na América, produzindo a
ascensão política do proletariado industrial.
RESOLUÇÃO:
As Revoluções Inglesas do Século XVII foram as primeiras revoluções
burguesas de caráter antiabsolutista. A Revolução Puritana derrubou a
dinastia Stuart e implantou uma república parlamentar, depois ditatorial,
sob o comando de Oliver Cromwell. Este reprimiu os movimentos populares e impulsionou o comércio inglês a partir do Ato de Navegação (1651).
Com a Revolução Gloriosa, a burguesia inglesa se libertou definitivamente
do Estado absolutista que, com seu permanente intervencionismo,
representava uma barreira para uma acumulação mais ampla de capital.
O novo rei, Guilherme de Orange, se subordinou ao Bill of Rights. Dessa
forma, a burguesia, aliada à aristocracia rural, passou a exercer
diretamente o poder político por meio do Parlamento.
Resposta: D
22 –
MÓDULO 14
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA INGLATERRA
1. (UEL) – Sobre a Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, é
correto afirmar que
a) uma condição indispensável para a transição do artesanato para a
manufatura, e desta para a indústria moderna, foi a concentração
da propriedade dos meios de produção nas mãos dos capitalistas.
b) o crescimento industrial na Inglaterra provocou o processo
conhecido como "segunda servidão", na qual os antigos servos
rurais foram transferidos para as indústrias urbanas.
c) tanto a burguesia urbana como a aristocracia rural não possuíam
capitais que possibilitassem o desenvolvimento da Revolução Industrial, sendo esta, portanto, financiada por pequenos investidores.
d) a industrialização na Grã-Bretanha iniciou-se com a instalação das
indústrias de bens de capital e, depois de estruturada essa base, teve
início a produção de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
e) não havia complementaridade entre a atividade industrial e a
pecuária (gado bovino e ovino) e, por isso, a segunda foi duramente
atingida pela conversão da Europa rural em industrial.
RESOLUÇÃO:
A alternativa aborda as transformações ocorridas no sistema produtivo,
começando com o sistema doméstico de produção artesanal, passando
pelo surgimento das manufaturas na Baixa Idade Média e concluindo-se
com o advento do sistema fabril, no século XVIII. No primeiro caso, o
trabalhador ainda detinha os meios de produção (local de trabalho,
ferramentas e matéria prima); nas manufaturas, ainda que conservasse
sua habilidade profissional, o operário perdeu o controle dos meios de
produção; e, com a industrialização, até mesmo sua qualificação
profissional lhe foi retirada, dada a supremacia da máquina no processo
produtivo. Paralelamente a esse despojamento do trabalhador, os meios
de produção passavam para o domínio do empresário, favorecendo a
ampliação de seus lucros e uma maior acumulação de capital.
Resposta: A
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2. (UNESP) – “Este considerável aumento de produção que, devido
à divisão do trabalho, o mesmo número de pessoas é capaz de realizar,
é resultante de três circunstâncias: primeiro, o aumento da destreza de
cada trabalhador; segundo, a economia do tempo, que antes era perdido
ao se passar de uma operação para outra; terceiro, a invenção de
máquinas que facilitam o trabalho e reduzem o tempo indispensável
para o realizar, permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos.”
(Adam Smith. Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das
Nações (1776), In: Adam Smith/Ricardo. Os pensadores. São Paulo: Abril
Cultural, 1984.)
O texto, publicado em 1776, destaca três características da organização
do trabalho na Revolução Industrial. Assinale a alternativa que contém
essas características.
a) Desenvolvimento da maquinofatura, valorização do artesanato e
advento da figura do patrão.
b) Expansão do mercado consumidor, liberdade no emprego do tempo
e redução da demanda de mão de obra.
c) Escassez de mão de obra qualificada, aumento das importações e
disciplina do trabalhador.
d) Rigoroso controle de qualidade, introdução do relógio de ponto e
melhoria do sistema de distribuição de mercadorias.
e) Especialização do trabalhador, divisão das tarefas e utilização de
máquinas na produção.
RESOLUÇÃO:
O texto de Adam Smith enumera três aspectos responsáveis pela
agilização do processo produtivo e pelo consequente aumento da
produção, no contexto da Revolução Industrial. Entretanto, deve-se
lembrar que os dois primeiros elementos citados — especialização do
trabalhador e divisão das tarefas — já existiam de alguma forma nas
manufaturas anteriores ao século XVIII.
Resposta: E
3. (UEL) – “Essa Revolução Industrial, que nasceu na Inglaterra do
século XVIII e se propaga, no século XIX, pelo continente, na França,
na Bélgica, no Oeste da Alemanha, no Norte da Itália e em alguns
pontos da Península Ibérica, repousa no uso de uma nova fonte de
energia, o carvão, e no desenvolvimento das máquinas, depois das
invenções que modificam as técnicas de fabricação. A conjunção desses
dois fatores, a aplicação dessa energia nova à maquinaria, constitui a
origem da Revolução Industrial, cujo símbolo é a máquina a vapor.”
(RÉMOND, R. “O século XIX: 1815-1914.” Introdução à história de nosso
tempo – 2. São Paulo: Editora Cultrix, 1976. p. 103.)
Sobre a Revolução Industrial e algumas de suas consequências,
considere as afirmações a seguir.
I – Com a Revolução Industrial e o crescimento do novo sistema de
produção, surgiu uma classe de trabalhadores constituída pelos
operários assalariados.
II – A multiplicação das unidades produtivas, a partir da Revolução
Industrial, propiciou também o surgimento de uma categoria de
empresários possuidores de capitais.
III – A Revolução Industrial atingiu mais a população campesina que
a urbana, pois esta constituiu a parcela menos influenciada pelas
transformações decorrentes da industrialização.
IV – A Revolução Industrial não solucionou os problemas dos trabalhadores, pois o número de empregos era menor que a mão de obra
disponível. Surgiu assim o conceito de "exército de reserva de
mão de obra".
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmações I, II e III são verdadeiras.
b) Somente as afirmações I, II e IV são verdadeiras.
c) Somente as afirmações I, III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmações II, III e IV são verdadeiras.
e) Todas as afirmações são verdadeiras.
RESOLUÇÃO:
A afirmação III é falsa porque, embora os camponeses tenham sido
bastante afetados pelos cercamentos que antecederam a Revolução
Industrial, foram os trabalhadores urbanos os mais atingidos pelo
impacto da industrialização, que substituiu o artesanato e a manufatura
tradicional pela produção fabril.
Resposta: B
– 23
C2_3A_EXE_Hist_2014_Keli 03/01/14 08:31 Página 24
4. (UFSM) – "Todas as relações imutáveis e esclerosadas, com seu
cortejo de representações e de concepções vetustas e veneráveis,
dissolvem-se; as recém-constituídas corrompem-se antes de ganhar
consistência. Tudo que era estável e sólido desmancha-se no ar."
(In: Karl Max e Friedrich Engels. Manifesto do partido comunista
(1.a ed. 1848). Porto Alegre: L &PM, 2001. p. 29.)
Nesse pequeno trecho, Marx e Engels sugerem o caráter transformador
e transitório do capitalismo industrial. Sobre esse processo histórico,
que se iniciou com a Primeira Revolução Industrial, analise as
proposições a seguir.
I – A Inglaterra foi pioneira, a partir da segunda metade do século
XVIII, e seu crescimento industrial baseou-se na fabricação de
mercadorias de consumo de massas, como os têxteis.
II – Industrialização e trabalho escravo nem sempre foram incompatíveis, visto que a produção de algodão no Sul dos Estados
Unidos, com mão de obra escrava, fornecia matéria-prima para
a indústria britânica.
III – A industrialização acelerou a urbanização e o desenvolvimento
tecnológico, excluindo da produção grande parte dos trabalhadores e provocando, na primeira metade do século XIX, o enfraquecimento do movimento operário, como demonstram o
luddismo e o cartismo.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as proposições I e II são verdadeiras.
b) Apenas as proposições I e III são verdadeiras.
c) Apenas as proposições II e III são verdadeiras.
d) Todas as proposições são verdadeiras.
e) Toas as proposições são falsas.
RESOLUÇÃO:
A proposição III é falsa porque o luddismo (fins do século XVIII e início
do XIX) e o cartismo (década de 1840) constituíram tentativas incipientes
de mobilizar a classe proletária. E, ainda que reprimidos ou esvaziados,
lançaram as bases para a organização do movimento operário na segunda
metado do século XIX.
Resposta: A
24 –
5. (ENEM) – “A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros; tudo se
transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas
favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua
ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os
novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a
escravização do homem do que seu poder.”
(P. Deane. A Revolução Industrial.
Rio de Janeiro: Zahar, 1979 – Adaptado.)
Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos
ocorridos durante a Revolução Industrial Inglesa e as características
das cidades industriais, no início do século XIX?
a) A facilidade de se estabelecerem relações lucrativas transformava
as cidades em espaços privilegiados para a livre iniciativa – uma
característica da nova sociedade capitalista.
b) A intensa exploração dos trabalhadores industriais ocasionou o
surgimento de aglomerados urbanos marcados por péssimas
condições de moradia, saúde e higiene.
c) O desenvolvimento de núcleos urbanos integrados por transporte
coletivo facilitava o deslocamento dos trabalhadores, da periferia
até as fábricas.
d) A grandiosidade das construções fabris evidenciava os avanços da
arquitetura do período, transformando as cidades em locais de
experimentação estética e artística.
e) O desenvolvimento do planejamento urbano aumentou a eficiência
do trabalho industrial, graças à construção de bairros operários
dotados de razoável infraestrutura.
RESOLUÇÃO:
A Revolução Industrial, que se desenvolveu na Inglaterra a partir da
segunda metade do século XVIII, teve consequências nefastas para os
trabalhadores, submetidos à superexploração e a péssimas condições de
trabalho e de vida. Os bairros operários caracterizavam-se pela proliferação de cortiços, marcados pela promiscuidade e pela insalubridade.
Resposta: B
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1. (FATEC) – Na introdução de um panfleto publicado em 1789,
quando a Revolução Francesa era iminente, o abade Sieyès escreveu:
– O que é o Terceiro Estado? Tudo.
– O que ele tem sido até agora na ordem política? Nada.
– O que ele pede? Ser alguma coisa.”
3. (UNIRIO)
Robespierre — Que se passa por aqui?
III Cidadão — Que pode se passar? Passa-se que aquelas poucas gotas
de sangue de agosto e setembro não deram para as bochechas do povo
ficarem coradas. A guilhotina anda muito devagar. Precisamos de um
bom aguaceiro!
I Cidadão — Nossas mulheres e filhos clamam por pão. Queremos
cevá-los com carne da aristocracia. Vamos! Matai os que não têm o
casaco esburacado!
Todos — Matai! Matai!
(E. J. Sieyès. Qu'est-ce que te Tiers État? In: História
contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 2001. p. 19).
(Georg Büchner. A morte de Danton. Quadros dramáticos da época do terror
na França. Trad. Mario da Silva, Clássicos de Bolso, Ed. Tecnoprint S.A.s/d)
Durante a Revolução Francesa, uma das principais reivindicações do
Terceiro Estado foi
a) a instauração da igualdade civil, pondo fim aos privilégios.
b) a limitação da participação popular nos assuntos do Estado.
c) a criação de um novo estamento, formado só pela burguesia.
d) a ascensão política dos nobres, em detrimento do poder real.
e) a ampliação do poder real, em detrimento do clero e da nobreza.
O drama acima, escrito em 1834-35, retrata um momento da Revolução
Francesa em que os jacobinos estão no poder, tentando varrer da França
os "traidores" da Revolução. Sobre o período retratado, podemos
afirmar que
a) favoreceu o atendimento das demandas populares e preservou os
privilégios do clero e da nobreza.
b) garantiu a permanência da alta burguesia (girondinos) e da nobreza,
aliadas na defesa da Revolução.
c) preservou os direitos feudais e garantiu os privilégios da nobreza
francesa, conciliados com os avanços burgueses.
d) conservou uma Constituição de feição liberal e defendeu o voto
censitário, garantindo a participação política da burguesia.
e) foi o momento mais radical do processo revolucionário e teve ampla
participação popular.
MÓDULO 15
REVOLUÇÃO FRANCESA
RESOLUÇÃO:
Embora pertencesse ao Primeiro Estado (clero) na sociedade francesa do
Antigo Regime, o abade Sieyès foi deputado do Terceiro Estado nos Estados
Gerais instalados em 1789. O panfleto que ele escreveu sintetizava as
reivindicações da burguesia, das quais a mais importante era a igualdade
de todos os cidadãos perante a lei, pondo fim à sociedade de ordens que
privilegiava a nobreza e o clero. Essa foi, aliás, uma das primeiras medidas
da Assembleia Nacional Constituinte que sucedeu aos Estados Gerais,
tendo sido aprovada em 4 de agosto de 1789.
Resposta: A
2. (PUC-SP) – A ideia de democracia surgiu em Atenas no
século V a.C. e foi retomada muitos séculos depois, em documentos
históricos como a Declaração de Independência dos Estados Unidos
(1776) e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789),
durante a Revolução Francesa. Hoje, a democracia existe em boa parte
do mundo ocidental, inclusive no Brasil. Sobre a atual democracia
brasileira, pode-se afirmar que é
a) diferente da praticada em outros países ocidentais porque os
brasileiros são menos rebeldes e mais cordiais.
b) semelhante à praticada na Grécia Antiga porque nem todos podem
participar da escolha do presidente da República.
c) diferente da proposta na independência dos Estados Unidos porque
a condição econômica da população brasileira é precária.
d) semelhante à proposta durante a Revolução Francesa porque
considera a liberdade um direito fundamental de todos.
e) diferente de todos os modelos democráticos já experimentados
porque o clima tropical facilita as relações pessoais.
RESOLUÇÃO:
O período da Revolução Francesa que se seguiu à queda dos girondinos,
em maio-junho de 1793, e se estendeu até o Golpe de 9 Termidor (27 de
julho) de 1794, foi dominado pela facção radical dos montanheses ou
jacobinos, liderados por Robespierre. Nessa fase da Revolução, os sansculottes (trabalhadores urbanos) de Paris, organizados e armados, deram
sustentação ao governo revolucionário, apoiando as medidas de exceção
adotadas naquela conjuntura. A violência do período celebrizou-o sob o
nome de “Terror”.
Obs.: “Aquelas poucas gotas de sangue de agosto e setembro” são uma
referência a dois sangrentos episódios da Revolução Francesa, anteriores
ao Período do Terror, mas que já denotavam a violência dos sans-culottes.
Em agosto de 1792, o povo atacou o Palácio das Tulherias, onde vivia a
Família Real, e massacrou a guarnição de mercenários suíços; em setembro
seguinte, os sans-culottes invadiram as prisões de Paris e assassinaram
centenas de prisioneiros, em sua maioria pertencentes à nobreza.
Resposta: E
RESOLUÇÃO:
O princípio da liberdade dos cidadãos constitui um aspecto fundamental
da democracia ao longo dos tempos. Ele está presente na democracia
ateniense e nos documentos históricos citados no enunciado, bem como no
atual regime político do Brasil.
Resposta: D
– 25
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4. (PUCCAMP) – No contexto da Revolução Francesa, a organização do governo revolucionário significou uma forte centralização do
poder: o Comitê de Salvação Pública, eleito pela Convenção, passou a
ser o efetivo órgão de governo. Havia ainda o Comitê de Segurança
Geral, que dirigia a polícia e controlava a justiça, atuando em colaboração com o Tribunal Revolucionário; este tinha competência para
punir, até com a morte, os suspeitos de oposição ao regime. O conjunto de medidas de exceção adotadas pelo governo revolucionário deu
margem a que essa fase da Revolução recebesse o nome de
a) Período do Terror.
b) Massacres de Setembro.
c) Grande Medo.
d) Reação Termidoriana.
e) Golpe de 18 Brumário.
RESOLUÇÃO:
O Período do Terror (ou simplemente “Terror”) estendeu-se da queda dos
girondinos (maio-junho de 1793) à prisão de Robespierre (julho de 1794).
Foi a fase mais violenta da Revolução, caracterizando-se pelo emprego de
várias medidas de exceção e pela ação implacável do Tribunal Revolucionário.
Resposta: A
MÓDULO 16
A ERA NAPOLEÔNICA E O CONGRESSO DE VIENA
1. (UNIRIO – Adaptado) – A Era Napoleônica (1799-1815)
marcou a conjuntura de transição do mundo moderno para o
contemporâneo, alterando o equilíbrio de poder construído pelos
Estados europeus. Sobre a Era Napoleônica, é correto afirmar que,
a) por ocasião do 18 Brumário de 1799, o Diretório, controlado pelos
revolucionários jacobinos, realizou uma série de execuções políticas
(o chamado "Período do Terror").
b) durante o Consulado (1799-1804), consolidaram-se projetos liberais
da burguesia francesa, tais como a promulgação do Código Civil e
a reforma do ensino francês.
c) durante o Império (1804-15), a aliança política e a coligação militar
com a Áustria e a Inglaterra permitiram o avanço dos exércitos
franceses contra a Rússia.
d) durante o governo dos Cem Dias (1815), Napoleão convocou uma
Assembleia Nacional Constituinte que estabilizou politicamente o
país, promovendo a paz com a Inglaterra.
e) no Congresso de Viena (1814-15), o reconhecimento do princípio
da legitimidade assegurou a fixação das fronteiras francesas de acordo
com as conquistas realizadas por Napoleão.
RESOLUÇÃO:
O Consulado foi, sob o ponto de vista institucional, administrativo e
econômico, o período mais profícuo da Era Napoleônica. Entre suas
realizações, a reforma do ensino (sobretudo o superior) e a promulgação
do código civil ocupam um lugar de destaque.
Resposta: B
5. (PUCCAMP) – No contexto histórico da Revolução Francesa, o
episódio denominado “Golpe de 18 Brumário” aconteceu
a) no início do governo do Diretório, que se impopularizou por conta
dos desmandos políticos praticados.
b) no momento em que a Conjuração dos Iguais propunha a tomada
do poder pela força e o fim da propriedade privada.
c) quando Napoleão, apoiado pelo Exército e pela alta burguesia,
derrubou o Diretório e assumiu o poder.
d) no momento em que os monarquistas tentavam voltar ao poder,
sendo reprimidos pelo general Bonaparte.
e) quando Robespierre, Saint Just e seus companheiros foram
executados na guilhotina, pondo fim ao Terror.
RESOLUÇÃO:
A alta burguesia, temendo que o governo do Diretório fosse incapaz de
barrar aqueles que desejavam restaurar o Antigo Regime, bem como as
forças populares que haviam emergido no período jacobino, preferiu
apoiar uma ditadura militar que garantisse as conquistas burguesas
obtidas durante a Revolução.
Resposta: C
26 –
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2. (UEG) – Em 1804, Napoleão Bonaparte recebeu o título de
imperador, confirmado por um plebiscito. Durante a cerimônia da
coroação, ele retirou a coroa das mãos do papa e a colocou sobre a
própria cabeça. Esse gesto ousado significou
a) o rompimento da Igreja Católica Romana com o novo Estado
Francês, marcado pela laicização da administração e do ensino.
b) a transferência, para a pessoa de Napoleão, de todas as responsabilidades inerentes ao exercício do Poder Moderador.
c) a criação de uma religião de Estado, tendo como figura central o
imperador, a exemplo do que já ocorrera na Igreja Anglicana.
d) a aceitação, pelo Papado, do anticlericalismo que permeou o
processo revolucionário francês desde seu início.
e) que Napoleão, por encarnar naquele instante a força da burguesia,
considerava-se mais importante que as tradições da Igreja.
RESOLUÇÃO:
Alternativa escolhida por eliminação, pois simplifica de maneira até
ingênua a complexidade dos fundamentos do poder de Napoleão como
imperador, reduzindo-o a um mero representante da burguesia. Com
efeito, a autocoroação de Napoleão serviu para marcar não só a
independência do poder laico em relação à autoridade da Igreja, mas
também a supremacia do Estado Francês, em seu próprio território, sobre
o poder eclesiástico.
Resposta: E
4. (UFC) – Entre 1792 e 1815, a Europa esteve em guerra quase
permanente, encerrando esse período com a derrota dos exércitos
napoleônicos. Os governos europeus reuniram-se então no Congresso
de Viena, dominado pelas potências vencedoras de Napoleão (Rússia,
Prússia, Grã-Bretanha e Áustria) e que teve, entre outras consequências, a criação da Santa Aliança. Assinale a alternativa que contenha
duas decisões geopolíticas aprovadas pelo Congresso de Viena.
a) Defesa da ideologia liberal e apoio aos movimentos socialistas
europeus, visando criar uma relativa justiça social.
b) Restabelecimento das fronteiras anteriores a 1789 e isolamento da
França no cenário político europeu.
c) Valorização da aristocracia em toda a Europa Continental e
ascensão dos girondinos ao governo da França, a partir de 1815.
d) Reentronização das casas reais destituídas e criação de um pacto
político de equilíbrio entre as potências europeias.
e) Apoio aos movimentos republicanos e atribuição, à Grã-Bretanha,
do papel de principal força contrarrevolucionária.
RESOLUÇÃO:
O Congresso de Viena esteve reunido de 2 de maio de 1814 a 9 de junho
de 1815, tendo como objetivo precípuo reorganizar a Europa após as
convulsões da Revolução Francesa e das Guerras Napoleônicas, dentro de
uma perspectiva contrarrevolucionária. As principais decisões tomadas
por essa conferência foram: restauração das dinastias destronadas desde
o início da Revolução; defesa do absolutismo, quando possível;
remanejamento das fronteiras europeias; e estabelecimento de um
“concerto europeu”, baseado no equilíbrio entre as potências.
Resposta: D
3. (IBMEC-SP) – A expansão napoleônica no início do século XIX
influenciou decisivamente vários acontecimentos históricos. Entre eles,
podemos destacar
a) a independência dos Estados Unidos. Aproveitando a guerra da
Inglaterra contra a França Napoleônica, os colonos americanos
declararam sua emancipação, derrotando rapidamente os ingleses.
b) a formação da Santa Aliança, que evitou a irrupção de movimentos
revolucionários liberais ou nacionalistas na Europa e dificultou a
independência das colônias espanholas e inglesas na América.
c) a independência do Brasil. Com a ocupação de Portugal pelas tropas
napoleônicas, a monarquia portuguesa enfraqueceu-se e não conseguiu impedir que o príncipe D. Pedro separasse o Brasil de Portugal.
d) a independência das colônias espanholas na América. A ocupação
da Espanha pelos franceses, além de difundir os ideais liberais,
favoreceu a emancipação das colônias hispano-americanas.
e) o Congresso de Viena. Nessa conferência, a França Napoleônica
firmou um pacto com Áustria, Inglaterra e Rússia, tendo como objetivo estabelecer uma trégua para reorganizar o mapa da Europa.
RESOLUÇÃO:
A imposição de José Bonaparte como rei da Espanha foi o pretexto para
que as colônias da América Espanhola criassem Juntas Provisórias de
Governo – primeiro passo em direção à emancipação política, a qual se
concretizaria alguns anos depois.
Resposta: D
– 27
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5. (FGV) – “Os soberanos do Antigo Regime venceram Napoleão,
em quem eles viam o herdeiro da Revolução. E a escolha de Viena,
para a sede do congresso que reuniria os representantes de todos os
Estados europeus, era simbólica, pois essa foi uma das poucas capitais
que não haviam sido sacudidas pela revolução; ademais, a Dinastia de
Habsburgo era um símbolo da ordem tradicional, da Contrarreforma e
do Antigo Regime.”
(René Remond, O século XIX:
introdução à história do nosso tempo)
Acerca do Congresso de Viena (1814-15), é correto afirmar que
a) veio a ser o mais importante símbolo da vitória do liberalismo na
Europa, pois defendia a legitimidade das dinastias que aceitassem
a limitação de seus poderes por meio da outorga de cartas
constitucionais.
b) países como Inglaterra, Portugal e Espanha – os mais prejudicados
pelo expansionismo napoleônico – propunham que a França se
tornasse uma república, com o intuito de evitar novos surtos
revolucionários.
c) foi norteado, entre outros, pelo “Princípio da Legitimidade”, que
determinava a volta ao poder das dinastias reinantes no período prérevolucionário, bem como a restituição dos territórios que
governavam antes de 1789.
d) as potências vencedoras modificaram o mapa da Europa; mas o
representante francês, Talleyrand, autor da proposta de restauração
das dinastias destronadas, conseguiu que seu país mantivesse as
fronteiras de 1789.
e) criou, a partir de uma sugestão da Prússia, um organismo
multinacional – a Santa Aliança – que tinha a tarefa de incentivar
os regimes absolutistas a se modernizarem, para melhor enfrentar
as mobilizações populares.
RESOLUÇÃO:
As potências vencedoras de Napoleão – Grã-Bretanha, Rússia, Prússia e
Áustria – aproveitaram o Congresso de Viena para ampliar seus
territórios (possessões coloniais, no caso da Grã-Bretanha). Nesse
contexto, o representante francês, Talleyrand, teve a habilidade de
conseguir que a França preservasse as fronteiras de 1789, abrindo mão
apenas das conquistas realizadas após essa data.
Resposta: D
28 –
MÓDULO 17
IDEIAS SOCIAIS E POLÍTICAS DO SÉCULO XIX
1. (PUC-PR) – As revoluções liberais burguesas inspiraram-se em
ideias de intelectuais iluministas que muito valorizavam a razão,
procurando explicações racionais para todas as coisas. Considere as
proposições a seguir, verificando sua possível relação com aqueles
movimentos revolucionários.
I – A liberdade individual era um entrave ao funcionamento do
Estado e deveria ser abolida.
II – O Estado representava o poder conjunto de todos os membros da
sociedade, poder esse sujeito a limitações.
III – O poder político deveria ser uno e indivisível, pois somente assim
poderia alcançar seus objetivos.
IV – Contrariamente ao que ocorria no Antigo Regime, os poderes
político-administrativos deveriam ser centralizados.
V – O mercantilismo deveria ser substituído pelo liberalismo,
eliminando-se qualquer tipo de regulamentação econômica.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as proposições I e III são verdadeiras.
b) Somente as proposições I e IV são verdadeiras.
c) Somente as proposições II e V são verdadeiras.
d) Somente as proposições III e IV são verdadeiras.
e) Somente as proposições IV e V são verdadeiras
RESOLUÇÃO:
A proposição I é falsa porque a liberdade constituía um princípio
fundamental da ideologia iluminista. A proposição III é falsa porque os
iluministas eram contrários à concentração de poderes existente no
absolutismo; aliás, foi o filósofo iluminista Montesquieu que propôs a
tripartição dos poderes de governo. A proposição IV é falsa porque a
centralização político-administrativa era inerente ao Antigo Regime.
Resposta: C
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2. (UESPI) – A modernidade não se fez sem a multiplicidade de
saberes e o confronto de concepções de mundo. Por exemplo: no século
XIX, o movimento romântico
a) incentivou ideais nacionalistas e teceu críticas ao racionalismo dos
iluministas.
b) negou as teorias de Rousseau sobre a importância dos sentimentos na
ação humana.
c) foi contra as tradições populares, o que favoreceu a escolha de
caminhos elitistas.
d) aceitou muitas regras do classicismo, desprezando o individualismo
burguês.
e) anulou a importância da memória histórica e do apego às
tradições.
RESOLUÇÃO:
O Romantismo constituiu uma vertente do liberalismo burguês na primeira
metade do século XIX. Como o liberalismo tinha suas origens no
iluminismo do século XVIII, valores como a liberdade e a igualdade de
todos perante a lei continuaram a fazer parte do ideário liberal no século
XIX. Entretanto, a preferência pelos ideais rousseaunianos (em desfavor
no século XVIII) de apego à Natureza e a importância dos sentimentos
levaram os românticos a criticar o racionalismo iluminista e a resgatar
valores — até mesmo medievais — que pudessem fortalecer o nacionalismo
do período.
Resposta: A
3. (MACKENZIE) – “O sistema financeiro, coração da economia
global, não será mais o mesmo depois do colapso iniciado pela falência
do banco americano Lehman Brothers. Economistas do primeiro time
recomendam ao presidente americano a estatização provisória do
sistema financeiro. Eles não são comunistas, revolucionários ou
radicais. São fervorosos adeptos da economia de mercado, uma
economia que precisa agora negar seus princípios sagrados para
sobreviver.”
(Jornal Mundo, 03/2009.)
Entre os “princípios sagrados” do capitalismo mencionados no texto,
considere as proposições a seguir.
I – Lei da oferta e da procura e livre iniciativa.
II – Livre concorrência e não intervenção estatal na economia.
III – Estatização das indústrias de base e protecionismo.
IV – Planificação econômica e coletivização.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as proposições I e II são verdadeiras.
b) Somente as proposições I e III são verdadeiras.
c) Somente as proposições I e IV são verdadeiras.
d) Somente as proposições II e III são verdadeiras.
e) Somente as proposições II e IV são verdadeiras.
RESOLUÇÃO:
As proposições III e IV são falsas porque a estatização da atividade
produtiva, a planificação econômica e a coletivização são características
da economia socialista, também denominada “economia planificada”, em
oposição à “economia de mercado do capitalismo”. Quanto ao
protecionismo, trata-se de uma característica que pode ocorrer tanto na
economia socialista como na capitalista.
Resposta: A
4. (ESPM) – Em conjunto com as grandes transformações econômicas, políticas e sociais do século XIX, surgiram doutrinas e correntes
ideológicas. Uma delas foi o anarquismo, que pregava
a) o respeito à propriedade privada, o controle demográfico e a observância da lei natural da oferta e da procura.
b) a revolução socialista, o controle do Estado pela ditadura do
proletariado e o comunismo.
c) a erradicação do Estado, das classes, das instituições e tradições
visando à imediata instalação do comunismo.
d) a necessidade de um contrato entre os governados e o Estado, o
império da moral e o bem comum como fundamentos do poder
político.
e) a religião como instrumento de reforma e justiça social, além da
formação de comunidades coletivistas.
RESOLUÇÃO:
A teoria anarquista se desenvolveu no século XIX como uma variante
radical do marxismo (socialismo científico). Os anarquistas se consideravam comunistas, pois defendiam uma sociedade igualitária; porém
negavam a necessidade de um partido político para comandar a revolução
e a sociedade que surgiria após a supressão do Estado, pois ela seria
baseada na “autogestão”.
Resposta: C
5. (CESGRANRIO) – No século XIX, o desenvolvimento desigual
da sociedade capitalista liberal deu origem à "questão social". Tentando
resolvê-la, surgiram diversas teorias, sobre as quais são feitas as
afirmações a seguir. Analise-as.
I – O socialismo utópico e reformista (de Fourier e outros) pretendia
reconstruir a sociedade a partir de um plano ideal, igualitário e
justo.
II – O catolicismo social preocupava-se com a defesa da justiça
social, ameaçada pelo desenvolvimento da sociedade industrial
capitalista.
III – O socialismo científico de Marx e Engels, baseado no materialismo histórico e dialético, propunha uma sociedade sem classes.
IV – O movimento cartista (1838-42), vitorioso na Inglaterra,
preconizava o anarco-sindicalismo.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmações I, II e III são verdadeiras.
b) Somente as afirmações I, II e IV são verdadeiras.
c) Somente as afirmações I, III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmações II, III e IV são verdadeiras.
e) Todas as afirmações são verdadeiras.
RESOLUÇÃO:
A afirmação IV é falsa porque o cartismo foi um movimento reivindicatório
dos trabalhadores ingleses relativo à obtenção de direitos políticos (aliás,
negados pelo Parlamento), não tendo chegado a adquirir uma consistência
ideológica definida.
Resposta: A
– 29
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MÓDULO 18
A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E ITALIANA
1. (UFRS) – A unificação da Alemanha, habilmente arquitetada por
Otto Von Bismarck, realizou-se por meio de guerras bem-sucedidas
contra países vizinhos. Assinale a alternativa correta em relação às
motivações e aos acontecimentos que desencadearam esse processo de
unificação.
a) A fragmentação política obstaculizava o pleno desenvolvimento
comercial e industrial da Alemanha. A unificação criaria um
mercado ágil e ampliado, com condições de enfrentar a concorrência inglesa, graças à proteção governamental.
b) A unificação foi liderada pela Áustria, o mais poderoso Estado
germânico, capaz de barrar as pretensões da Prússia. A Áustria
contou com o apoio da França para vencer a resistência prussiana.
c) A constituição redigida por Bismarck inaugurou uma era democrática nos estados alemães, sob a influência dos ideais da Revolução
Francesa, baseados na soberania da nação e na participação popular.
d) As decisões do Congresso de Viena foram fundamentais para a
consolidação da unificação da Alemanha, pois inibiram as
pretensões italianas aos territórios alemães do Sul.
e) O processo da unificação alemã contou com o apoio da França que,
prejudicada pela hegemonia marítima britânica, via no novo Estado
um importante aliado na corrida imperialista.
RESOLUÇÃO:
Antes da unificação alemã, a Prússia já era uma potência industrial, tendo
sido bastante beneficiada pela implantação do Zollverein (1834). Com a
unificação, a Alemanha adquiriu condições para concorrer com a GrãBretanha nos mercados internacionais; a propósito, no final do século XIX,
a produção industrial alemã já havia superado a britânica.
Resposta: A
30 –
2. (PUC-SP) – Os textos a seguir se referem a dois momentos
distintos da história alemã: respectivamente, a unificação do Estado
Nacional, no século XIX, e o período nazista, no século XX.
“O próprio Bismarck parece não se ter preocupado muito com o
simbolismo, a não ser pela criação de uma bandeira tricolor, que unia
a branca e preta prussiana com a nacionalista liberal preta, vermelha e
dourada.”
(HOBSBAWM. Eric. A invenção das tradições.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, pp. 281.)
“Hitler escreve a propósito da bandeira nazista: ‘Como nacionalsocialistas, vemos em nossa bandeira o nosso programa. Vemos no
vermelho a ideia social do movimento, no branco a ideia nacionalista
e na suástica nossa missão de luta pela vitória do homem ariano; e, na
mesma luta, pela vitória da ideia do trabalho criador que, como sempre
tem sido, sempre haverá de ser antissemita’.”
(REICH. Wilhelm. Psicologia de massas do fascismo.
São Paulo: Martins Fontes, 1988, p. 94-5.)
A composição das duas bandeiras a que os textos se referem presta-se,
nos dois casos, a
a) representar o caráter socialista do Estado Alemão moderno; daí a
presença do vermelho nas duas bandeiras.
b) identificar o projeto político vitorioso com o conjunto da sociedade
e com o Estado Alemão.
c) defender a paz conquistada após períodos de guerra; daí a presença
do branco nas duas bandeiras.
d) valorizar a diversidade de propostas políticas, caracterizando a
Alemanha como um país democrático.
e) demonstrar o caráter religioso e cristão do Estado Alemão; daí a
presença do preto nas duas bandeiras.
RESOLUÇÃO:
O objetivo de uma bandeira nacional é corporificar o sentimento de
identidade da nação, associando-o às tradições e, quando possível, ao
projeto político dominante no momento. Foi o que Bismarck e Hitler
procuraram realizar em seus respectivos momentos históricos.
Resposta: B
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3. (UFV) – A expressão Risorgimento designa o conjunto de movimentos heterogêneos que desejavam a unificação da Itália no século
XIX. A vertente vitoriosa que promoveu a unificação da Itália foi
a) o projeto republicano de Giuseppe Mazzini, que criou o movimento
da “Jovem Itália”.
b) a corrente dos carbonários, que propunha a criação de um Estado
livre da influência do Império Alemão.
c) o Papado, que defendia a instauração de uma monarquia teocrática
com sede no Vaticano.
d) liderada pelo Reino do Piemonte, que implantou uma monarquia
constitucional laica.
e) o movimento dos “camisas vermelhas”, liderado por Garibaldi e
defensor de uma Itália repubicana.
RESOLUÇÃO:
O reino da Sardenha e Piemonte, único estado não absolutista da Itália e
já em processo de industrialização, era o mais adequado para realizar a
unificação do país. Graças à ação política do primeiro-ministro Cavour e
à atuação militar de Giuseppe Garibaldi, a Itália foi unificada sob a forma
de monarquia constitucional, liberal e laica.
Resposta: D
5. (UFRJ) – Em 1860, um contemporâneo da unificação da Itália
afirmou: “Fizemos a Itália; agora precisamos fazer os italianos.”
(D’AZEGLIO, Massimo (1792-1866).
Apud HOBSBAWM, E. A Era do Capital: 1848-1875.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.)
Assinale a alternativa que identifica um aspecto da unificação italiana
implícito na frase citada.
a) Oposição entre nacionalismo e Estado-nação.
b) Fusão entre patriotismo e etnocentrismo.
c) Adoção da língua italiana no dia-a-dia da população.
d) União entre os interesses dos partidários da Igreja e da República.
e) Antagonismo entre regionalismo e unidade nacional.
RESOLUÇÃO:
O longo período em que a Itália permaneceu politicamente desunida
fortaleceu as identidades regionais, que a recém-concluída unificação do
país ainda não conseguira superar.
Resposta: E
4. (UFPR) – A Itália foi uma nação que se unificou tardiamente, na
segunda metade do século XIX. Levando em conta os fatores históricos
desse processo, é incorreto afirmar que
a) o Congresso de Viena (1814-15) dividiu a Itália em sete Estados,
parte dos quais submetida à influência do Império Austríaco.
b) o Norte da Itália era relativamente desenvolvido, contando com
fábricas, ferrovias, estabelecimentos de crédito e redes comerciais.
c) a burguesia da Itália Meridional, após a unificação, promoveu o
desenvolvimento do capitalismo industrial na região.
d) a burguesia industrial da Itália Setentrional tinha interesse na
unificação, para expandir investimentos e conquistar mercados.
e) a Guerra Franco-Prussiana foi decisiva para que o Reino da Itália
conquistasse Roma, completando o processo unificador.
RESOLUÇÃO:
A alternativa c é incorreta porque o Mezzogiorno (designação dada à Itália
Meridional), após a unificação, manteve seu atraso econômico e social,
decorrente da estrutura fundiária tradicional e das práticas agrícolas
arcaicas.
Resposta: C
– 31
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FRENTE 1
MÓDULO 11
EXPANSÃO CAFEEIRA E IMIGRAÇÃO
EUROPEIA
1. (MACKENZIE) – Analise as proposições a seguir relativas à
economia brasileira durante o Segundo Reinado (1840-89).
I – A abolição do tráfico de escravos e os investimentos ingleses no
Brasil deram à economia do País uma feição eminentemente
industrial, observável no predomínio demográfico do meio
urbano sobre o rural.
II – A ampliação do mercado consumidor externo de café (destacadamente o norte-americano), na segunda metade do século XIX,
representou um grande estímulo à expansão do cultivo do
produto no Centro-Sul do País.
III – A instalação e desenvolvimento do transporte ferroviário foram,
em grande parte, determinados pela crescente necessidade de
escoamento da produção cafeeira para os portos de embarque.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as proposições I e II são verdadeiras.
b) Apenas as proposições I e III são verdadeiras.
c) Apenas as proposições II e III são verdadeiras.
d) Todas as proposições são verdadeiras.
e) Todas as proposições são falsas.
2. (FUVEST) – Sobre a Lei de Terras (1850), promulgada depois que a
Lei Eusébio de Queirós suprimiu o tráfico negreiro, é correto afirmar que
a) dificultava o acesso dos ex-escravos à propriedade da terra, pois estabelecia o critério da compra e venda como única forma de aquisição.
b) estava associada à concepção de distribuição de terras para
estimular a produção agrícola.
c) facilitava a aquisição de terras pelos ex-escravos e imigrantes, ao
associar a noção de “terra livre” à de “trabalho livre”.
d) estava vinculada à necessidade de expansão da fronteira agrícola
mediante a aquisição de terras na Amazônia.
e) superava o antigo conceito de sesmaria, ao impedir a concentração
de terras nas mãos de poucos proprietários.
3. (MACKENZIE) – “Em poucos anos, entre o final do século XIX e
início do XX, a cidade de São Paulo consolidou-se como grande centro
capitalista, integrador regional, mercado receptor e distribuidor de produtos e serviços – fatores vinculados ao crescimento da produção cafeeira.”
(Maria Izilda Matos – A cidade em debate.)
A respeito da capital paulista e de sua relação com a economia cafeeira,
podemos afirmar que
a) o café acumulou capitais para a indústria e atraiu mão de obra
imigrante, além de favorecer o crescimento da população urbana,
graças à expansão dos setores industrial e de serviços.
b) a entrada de imigrantes foi um fator negativo para a diversificação
da economia regional, pois o fluxo imigratório foi canalizado para
a cafeicultura, sem direcionar trabalhadores para os serviços
urbanos.
32 –
c) a Lei de Terras, de 1850, contribuiu para a acumulação de capital
pelo trabalhador imigrante na província de São Paulo, possibilitando-lhe amplo acesso à propriedade fundiária.
d) as fazendas de café do Oeste Paulista continuaram a utilizar o
trabalho escravo, ao contrário da mentalidade empresarial reinante
entre a burguesia agrária do Vale do Paraíba.
e) embora a produção cafeeira paulista fosse considerável em fins do
século XIX, não suplantou o açúcar na pauta das exportações, o que
assegurou o poder político dos senhores de engenho.
4. (MACKENZIE) – “A política praticada pela cafeicultura paulista,
ao estimular e promover a imigração em proporções bem superiores
às possibilidades de emprego no campo, muito favoreceu o crescimento
da população urbana. Assim, em situações de geada, pragas ou queda
do preço do café, a evasão de colonos para as cidades era acentuada,
gerando acúmulo de despossuídos, envoltos em um cotidiano de longas
jornadas de trabalho, carestia, fome, falta de moradia, especulação,
desemprego, epidemias e outros flagelos.”
(Maria Izilda de Matos, Âncora de Emoções.)
A respeito das relações entre imigração, cafeicultura e desenvolvimento
da indústria paulista, na segunda metade do século XIX e primeira do
XX, é incorreto afirmar que
a) a indústria, em grande parte, desenvolveu-se graças ao dinamismo
econômico gerado pela produção cafeeira.
b) a política da época criou, por meio de incentivos fiscais, um polo
industrial na cidade de São Paulo, o qual iria provocar uma intensa
migração de origem nordestina.
c) a indústria paulista do período produzia bens de consumo nãoduráveis, que não exigiam tecnologia sofisticada e substituíam
produtos similares importados.
d) a imigração estrangeira, direcionada para suprir as necessidades da
cafeicultura, aumentou o número de trabalhadores livres no País.
e) parte dos lucros gerados na economia cafeeira foi investida em
outros setores, inclusive no de serviços.
MÓDULO 12
A CRISE DO IMPÉRIO E
MOVIMENTO REPUBLICANO
1. (UNESP) – “Na verdade, o Brasil já era republicano desde a partida
do trem da São Paulo Railway (colocado nos trilhos pelos ingleses)
em 1867, símbolo da fração dinâmica da economia do País.”
(Ana Luiza Martins, República: um outro olhar.)
Com base no texto acima, é possível afirmar que
a) o desenvolvimento econômico das últimas décadas do século XIX,
em parte associado à ferrovia, revelaria os grandes anacronismos
do Império, como a centralização político-administrativa.
b) a presença de empresas estrangeiras, notadamente nos serviços
urbanos, só foi possível diante do compromisso do Parlamento
Brasileiro em abolir o tráfico de escravos.
c) a recusa deliberada do imperador de investir em ferrovias fez
crescer uma forte oposição dentro do Partido Conservador e
incentivou a criação do Partido Republicano Paulista, em 1871.
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d) a contradição entre os cafeicultores do Vale do Paraíba, senhores
de escravos, e o Senado vitalício—com maioria abolicionista—
apressou a Proclamação da República.
e) o fim da Monarquia tornou-se uma questão de tempo, a partir das
amplas reformas eleitorais da década de 1860—que ampliaram o
número de eleitores—e do retorno aos princípios federalistas.
2. (PUC-RS) – Um fator que contribuiu decisivamente para a queda
do Império Brasileiro foi a
a) invasão do Rio de Janeiro pelos franceses que, ao fundarem a
França Antártica, desestabilizaram o governo de Dom Pedro II.
b) concorrência do açúcar antilhano, que abalou as bases da economia
nacional e provocou uma crise generalizada no País.
c) crise do escravismo, o qual constituía a base produtiva do Império,
abalando a economia e induzindo os cafeicultores a deixar de apoiar
a Monarquia.
d) Revolução Farroupilha, que levou à fragmentação política e ao
enfraquecimento econômico do País, desestabilizando o regime
monárquico.
e) Guerra do Paraguai, pois o acordo celebrado com a Argentina e o
Uruguai para formar a Tríplice Aliança descontentou os cafeicultores e os setores progressistas do Exército.
3. (FUVEST) – “O regime da federação, baseado portanto na
independência recíproca das províncias, elevando-as à categoria de
Estados próprios, unicamente ligados pelo vínculo da mesma nacionalidade e da solidariedade dos grandes interesses da representação e
da defesa, é aquele que adotamos em nosso programa, como sendo o
único capaz de manter a comunhão da Família Brasileira.”
Levando em conta as transformações ocorridas no Brasil durante a
segunda metade do século XIX, justifique a ideia defendida neste
trecho do Manifesto Republicano de 1870.
4. Em15 de novembro de 1889, a Monarquia foi derrubada por um
golpe militar e substituída pela República. Contribuíram para esse fato
a) falhas no sistema de parceria e em outras iniciativas para ampliar a
imigração europeia e o trabalho livre.
b) interesses de fazendeiros do Oeste Paulista, das classes médias
urbanas e de setores militares, todos aliados em oposição ao arcaico
centralismo monárquico.
c) os conflitos entre o governo imperial e o clero, cujas sérias repercussões
sociais culminaram com a adesão da Igreja ao golpe republicano.
d) a malsucedida campanha da Guerra do Paraguai e o consequente
declínio do prestígio dos militares quando retornaram ao País.
e) as grandes mudanças sociais ocorridas sob o governo monárquico,
que inseriram índios e escravos na vida política e perturbaram a
estabilidade do Império, provocando a reação das elites tradicionais.
MÓDULO 13
REPÚBLICA DA ESPADA
1. “O primeiro ano da República foi marcado por uma febre de
negócios e de especulação financeira.”
(Boris Fausto)
A partir da afirmação anteriores,
a) identifique o fenômeno mencionado no fragmento e o responsável
por sua ocorrência.
b) mencione dois desdobramentos, além da “febre de negócios e de
especulação finaceira”, provocados por esse acontecimento.
2. Logo no início de seu Governo Provisório, o marechal Deodoro da
Fonseca, assinou vários decretos, estabelecendo algumas inovações
importantes. Entre elas, podemos citar
a) a separação entre a Igreja e o Estado.
b) a abolição da escravatura.
c) o fim dos castigos corporais nas Forças Armadas.
d) a instituição do voto feminino.
e) a ruptura de relações diplomáticas com a Grã-Bretanha.
3. O marechal Deodoro da Fonseca foi eleito presidente da República,
pelo Congresso Nacional, com uma margem relativamente estreita de
129 votos contra 97, atribuídos ao paulista Prudente de Morais. A crise
política que caracterizou o governo constitucional de Deodoro levouo à renúncia, em novembro de 1891. Explique o principal fator dessa
crise.
4. (PUC) – “A República criou uma cidadania precária porque calcada na manutenção da iniquidade das estruturas sociais: acentuou as
desigualdades entre as diversas regiões do País, cobrindo-as com a roupagem do federalismo difuso da ‘Política dos Governadores’; e deu
continuidade à geografia oligárquica do poder que, desde o Império,
diluía o formalismo do Estado e das instituições.”
(SALIBA, Elias Thomé. Raízes do riso: a representação humorística na
história brasileira; da Belle Époque aos primeiros tempos do rádio.
São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p.67.)
A partir do texto anterior, pode-se afirmar que a implantação da República no Brasil
a) renovou as instituições políticas, ampliando o poder do Estado em
detrimento dos poderes locais.
b) alterou radicalmente a estrutura social do Império, devido à ascensão da burguesia e ao declínio da aristocracia.
c) introduziu um modelo federalista que incentivou tanto a autonomia
local como a integração nacional.
d) manteve os desníveis sociais presentes no Império e não ofereceu
ampliação significativa dos direitos de cidadania.
e) centralizou o poder nas mãos dos governadores, diminuindo a influência das instituições federais e do presidente da República.
MÓDULO 14
BASES SOCIOPOLÍTICAS DA
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA
1. (FUVEST) – A expressão “Política do Café com Leite” é muito
utilizada para caracterizar a Primeira República no Brasil. Descreva o
funcionamento dessa política.
2. (MACKENZIE) – “Do ponto de vista eleitoral, o coronel
controlava os votantes em sua área de influência. Trocava votos em
candidatos por ele indicados por favores tão variados como um par de
sapatos, uma vaga no hospital, um emprego de professora.”
(Boris Fausto – História do Brasil.)
A permanência do coronelismo na República Velha deveu-se
a) ao apoio do tenentismo às práticas da política oligárquica.
b) ao isolamento do sertanejo nordestino, visto que o coronelismo
somente ocorreu na Região Nordeste.
c) ao fato de os chefes locais não dependerem de recursos dos governos para a concessão de favores e benefícios locais.
– 33
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d) ao clientelismo resultante da desigualdade social, da precariedade dos
serviços públicos e da impossibilidade de o cidadão exercer
plenamente seus direitos.
e) à autonomia dos “coronéis”, que não dependiam de outras instâncias
do poder, inclusive no plano militar.
3. (MACKENZIE) – “Assim, com a vigência do pacto, pouco
adiantava vencer nas urnas; era preciso vencer também nas atas, onde
normalmente ocorria a ‘degola’ da oposição. O poder local, dono dos
votos, ganhava força.” (Leonardo Trevisan)
O trecho anterior descreve o contexto eleitoral de um período da
História Brasileira. Identifique-o.
a) Época do populismo, quando ocorreu uma grande mobilização das
massas urbanas.
b) Período Imperial, durante o qual as eleições eram distorcidas pela
violência praticada por liberais e conservadores.
c) República Velha, marcada pelo voto de cabresto e pela pressão dos
coronéis sobre o eleitorado.
d) Nova República, na qual a influência da mídia superou a dos
partidos na formação da opinião pública.
e) “Anos de chumbo” da ditadura militar, quando as eleições eram
indiretas e o governo controlava a política por meio do
bipartidarismo.
4. (UNIFESP) – “Neste regime, a verdadeira força política, que no
apertado unitarismo do Império residia no poder central, deslocou-se
para os estados. A “Política dos Estados”, isto é, a política que fortifica
os vínculos de harmonia entre os estados e a União, é pois, em sua
essência, a política nacional. É lá, na soma dessas unidades autônomas,
que se encontra a verdadeira soberania da opinião. O que pensam os
estados, pensa a União.”
(Campos Sales. “Mensagem”, 3 de maio de 1902, in Manifestos e mensagens.
São Paulo: Fundap/Imprensa Oficial, 2007.)
II – “A institucionalização da República não poderia comportar a
existência de um Parlamento com substância liberal, formado a partir
de escolhas individuais dos cidadãos e segmentado segundo clivagens
político-partidárias (...) A estabilidade deve derivar de um arranjo entre
o governo nacional e os chefes estaduais, tentando definir o que deveria
ser chamado de ‘parte não constitucional do pacto político’.”
(LESSA, Renato. A Invenção Republicana: Campos Sales, as bases e a
decadência da Primeira República Brasileira.
Rio de Janeiro: IUPERJ; São Paulo: Vértice, 1988, p. 100.)
De acordo com a leitura dos textos acima, podemos concluir que
a) Campos Sales temia a restauração monárquica e, tentando evitá-la,
concebeu a “Política dos Governadores”— mecanismo explicado
pelo texto II de Renato Lessa.
b) os dois textos abordam a necessidade de se institucionalizar o
regime republicano no Brasil, mas elaboram diagnósticos diferentes: enquanto Campos Sales afirmava não haver risco de
restauração monárquica, para Renato Lessa esse perigo era real.
c) Renato Lessa acreditava que a estabilidade da República dependia
de um acordo entre o governo federal e os chefes estaduais; esse
acordo foi articulado por Campos Sales, cujo texto defende a
necessidade de se consolidar a obra republicana não por medo de
ameaças monarquistas, mas por necessidade do próprio regime.
d) o texto I afirma que, apesar da inexistência de uma ameaça iminente
de restauração monárquica, a República deveria se proteger contra
essa eventualidade, estabelecendo medidas restritivas no campo
político—tema discutido pelo texto II.
e) o texto II defende a ideia de que a consolidação do regime
republicano seria feita pela adoção de fórmulas democráticas e
liberais. No texto I, Campos Sales anuncia as medidas necessárias
para instituir o Estado liberal e democrático no País.
MÓDULO 15
Ao defender a “Política dos Estados” (ou “Política dos Governadores”)
e associá-la às ideias de “harmonia”, “soma” e “soberania da opinião”,
o então presidente da República, Campos Sales, defendia
a) o fim da autonomia dos estados e a retomada da centralização política que faria da República das Oligarquias um regime ditatorial.
b) a democratização da República Brasileira, visando impedir que
surgissem novos protestos políticos, inclusive armados.
c) o estreitamento das relações diplomáticas com os demais países sulamericanos, com vistas a concretizar novas alianças e acordos
comerciais no Exterior.
d) um pacto entre o governo federal e os governos estaduais, que
teriam autonomia econômica, mas assegurariam apoio político ao
presidente da República.
e) um modelo político que, segundo ele, seria capaz de democratizar
o Brasil e fazê-lo alcançar, sem lutas, a unidade política e territorial
ainda inexistente.
5. (FGV) – I – “Nunca me anuviou o espírito o fantasma da restauração monárquica. A atitude dos adeptos do regime decaído (...) deixoume, desde a primeira hora, a convicção de que a República não tinha
adversários que devessem ser temidos. Consolidar as novas instituições
não era, portanto, atacar e destruir inimigos (...) mas completar a
organização de aparelhos democráticos e normalizar suas funções.”
(CAMPOS SALES, Manuel Ferraz de.
Da Propaganda à Presidência. Brasília: Ed. da UNB, p.69.)
34 –
IDEIAS E MOVIMENTOS URBANOS
NA PRIMEIRA REPÚBLICA
1. (UNICAMP) – “Em novembro de 1904 — data da revolta — a demolição das casas para abrir a Avenida Central, executada por 1.800
operários, terminara e 16 dos novos edifícios estavam sendo construídos. O eixo central da avenida fora inaugurado em 7 de setembro,
em meio a grandes festas, já com serviços de bondes e iluminação elétrica. A derrubada de cerca de 640 prédios rasgara, através da parte mais
habitada da cidade, um corredor que ia da Prainha ao Passeio Público.”
(CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados.São Paulo:
Companhia das Letras, 1987. p. 93.)
a) A que revolta ocorrida no Rio de Janeiro o texto se refere?
b) Cite duas razões para a eclosão dessa revolta.
c) O que objetivava a remodelação urbana descrita no texto?
2. (FUVEST) – “As fábricas devoram a vida humana desde os sete
anos de idade. Sobre as mulheres pesam, de ordinário, trabalhos tão
árduos quanto os dos homens; não percebem senão salários reduzidos.
Equiparam-se aos adultos, para o trabalho, os menores de quatorze e
doze anos (...) O horário, geralmente, nivela sexos e idades, entre os
extremos habituais de nove a dez horas cotidianas de canseira.”
(Rui Barbosa, A Questão Social e Política no Brasil, durante sua segunda
campanha presidencial, 1919)
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a) Indique os principais problemas sociais apontados pelo texto.
b) Relacione os problemas citados com as ideias, reivindicações e formas de luta dos operários de São Paulo, na década de 1910.
3. (MACKENZIE) – “As moças ricas não podem compreender o casamento senão com o doutor; e as pobres, quando alcançam um matrimônio dessa natureza, enchem de orgulho a família toda, os colaterais
e os afins. Não é raro ouvir alguém dizer com todo o orgulho:
— Minha prima está casada com o doutor Bacabau.
..................................................
O título de ‘doutor’, anteposto ao nome, tem na Bruzundanga o efeito do ‘dom’ em terras de Espanha. Mesmo no Exército, ele soa em
todo o seu prestígio nobiliárquico. Quando se está em face de um coronel com o curso de Engenharia, o modo de tratá-lo é matéria para atrapalhações protocolares. Se só se o chama tout court ‘doutor
Kamisão’, ele ficará zangado porque é coronel; se se o designa
unicamente por ‘coronel’, ele julgará que o interlocutor não tem em
grande consideração seu título universitário-militar.”
(Lima Barreto, Os Bruzundangas)
A sátira que o escritor carioca traçou a partir da descrição da “República dos Estados Unidos da Bruzundanga” se refere, no trecho acima,
a um fenômeno próprio da sociedade brasileira da época. Trata-se do
a) bacharelismo.
b) coronelismo.
c) parnasianismo.
d) arrivismo.
e) militarismo.
4. (FGV) – “Até o início dos anos 20, o movimento grevista foi intenso. O nível de vida dos assalariados continuava baixo, enquanto
vitórias socialistas na Europa (...) estimulavam a luta dos operários.
Entre 1917 e 1921, ocorreram 150 greves na capital paulista, 46 no interior e 84 no Rio de Janeiro.”
(Francisco Alencar et alii, História da Sociedade Brasileira)
Durante os primeiros anos do século XX, a liderança do movimento
operário esteve com os
a) socialistas utópicos.
b) socialistas cristãos.
c) anarcossindicalistas.
d) marxistas-leninistas.
e) militantes católicos.
MÓDULO 16
A CRISE DE 1929 E O NEW DEAL
1. (UFRJ) – “Tomei consciência do problema do desemprego em
1928 (...) Lembro-me do choque, do espanto que senti quando pela
primeira vez me misturei com vagabundos e mendigos, ao descobrir
que uma boa parte, talvez uma quarta parte dessa gente (...) eram
mineiros e colhedores de algodão, jovens e honestos, contemplando
seu destino com aquele assombro estúpido de um animal que caiu
numa armadilha. Simplesmente não conseguiam entender o que
acontecia com eles. Tinham sido criados para trabalhar, e – vejam! –
era como se nunca mais fossem ter a oportunidade de voltar ao
trabalho. Nessas circunstâncias, era inevitável, no início, que fossem
perseguidos por um sentimento de degradação pessoal. Tal era a atitude
para com o desemprego naquele tempo: era um desastre que acontecia
a você como indivíduo e a culpa era sempre sua.”
(ORWELL, George. “O Caminho para Wigan Pier”, in: História
do século XX. São Paulo, Abril Cultural, 1974, vol. 6, p. 1351.)
O relato do escritor George Orwell nos dá conta do ambiente de crise
em que viveu a sociedade norte-americana no final da década de 1920,
especialmente a partir de 1929.
a) Comente um problema que a economia norte-americana enfrentou
ao longo da década de 1920 e que colaborou para a Crise de 1929.
b) Identifique duas medidas do New Deal, programa adotado pelo
governo de Franklin Roosevelt para superar os efeitos da crise.
2. (UNESP) – Um periódico norte-americano apresentou uma
fotografia de um homem, ao lado de um automóvel luxuoso, com o
seguinte cartaz: “Cem dólares compram este carro. Pagamento à vista.
Perdeu tudo no mercado de ações.” Essa imagem traduz a maior crise
da história do capitalismo.
a) Onde e quando teve início essa crise?
b) Indique os efeitos dessa crise no Brasil.
3. (UFSM)
5. (FGV) – “Tem-se ressaltado [seu] caráter espontâneo (...) e não há
motivo para se rever o fundo dessa qualificação. A ausência de um plano, de uma coordenação central, de objetivos predefinidos é patente. Os
sindicatos têm restrito significado; o Comitê de Defesa Proletária —
expressão da liderança anarquista e, em menor escala, socialista — não
só se forma no curso do movimento como procura apenas canalizar
reivindicações. O padrão de agressividade da greve relaciona-se com o
contexto sociocultural de São Paulo e com a fraqueza dos órgãos que
poderiam exercer funções combinadas de representação e controle.”
(Boris Fausto, Trabalho Urbano e Conflito Social)
O texto faz referência
a) à greve geral de 1917.
b) à greve pelas oito horas de trabalho de 1907.
c) à Intentona Comunista de 1935.
d) à Revolução Constitucionalista de 1932.
e) ao levante tenentista de 1924.
(AQUINO, Rubim, LISBOA, Ronaldo & PEREIRA NETO,
André. Fazendo a História. Rio de Janeiro:
Ao Livro Técnico, 1986. p.134.)
– 35
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A charge se refere a uma das crises cíclicas do capitalismo: a queda da
Bolsa de Valores de Nova York, em 1929. Nela evidenciam-se algumas
características daquela crise, quais sejam
a) a falência dos banqueiros norte-americanos e o alastramento da
recessão pelos países do Leste Europeu, mal recuperados dos
efeitos da Primeira Guerra Mundial.
b) a venda desenfreada de ações na Bolsa de Valores de Nova York e
maciços investimentos dos EUA nos países não alinhados.
c) as greves gerais, empreendidas pelos operários em defesa da
manutenção de seus empregos, e negociações dos industriais para
reescalonar as dívidas de suas empresas.
d) o agravamento da questão social, expresso nas greves operárias e
nas manifestações de desempregados, e a incapacidade do FMI em
contribuir para a solução do problema.
e) o alastramento do desemprego, a diminuição da atividade econômica e a consequente redução do poder aquisitivo do mercado
consumidor norte-americano.
4. (UNESP) – “Encontrando-se o Estado em situação de poder calcular
a eficiência (...) dos bens de capital a longo prazo e com base nos
interesses gerais da comunidade, espero vê-lo assumir uma responsabilidade cada vez maior na organização direta dos investimentos.”
(J. M. Keynes. A Teoria Geral do Emprego,
do Juro e da Moeda. 1936.)
O ponto de vista de Keynes opõe-se a uma teoria econômica que
predominou na política governamental dos Estados Unidos nos anos
imediatamente anteriores à Crise de 1929.
a) A que teoria econômica Keynes se opunha?
b) Exemplifique, com duas medidas implementadas pelo New Deal,
o esforço do governo Roosevelt para superar os efeitos sociais da
Crise de 1929.
c) difundir o ideal da participação coletiva, próprio do capitalismo
liberal.
d) produzir uma reflexão crítica a respeito do individualismo burguês.
e) fortalecer a auto-estima da sociedade, abalada pela depressão
econômica.
MÓDULO 17
CRISE DO ESTADO
OLIGÁRQUICO E REVOLUÇÃO DE 1930
1. "O que avulta entre os fatores da Revolução de 1930 é o sentimento
regionalista, na luta pelo equilíbrio das forças entre os estados federados. Minas Gerais, aliando-se ao Rio Grande do Sul, combatia a hegemonia paulista, que a candidatura do Sr. Júlio Prestes asseguraria por
mais quatro anos."
(Barbosa Lima Sobrinho, A verdade sobre a
revolução de outubro – 1930, 1933.)
a) Explique a questão do regionalismo político no período que
antecedeu 1930.
b) Apresente a situação política de São Paulo na Federação depois da
tomada do poder por Getúlio Vargas, em 1930.
2. (UFV) – Leia o texto a seguir, extraído da música A Batalha das Latas,
composta por Gilberto Gil em 1968. Ele faz referências às transformações ocorridas na economia brasileira, nas décadas de 1920 e 1930.
A lata luta com mais força
Adeus elite do café
Enlate o seu café solúvel
Enquanto dá pé.
5. (UFSM) – Observe a figura:
Identifique e explique as principais transformações ocorridas naquele
período.
3. (UFRRJ) – A charge exposta a seguir trata da política brasileira
durante a crise do que se convencionou chamar de “República
Oligárquica”.
Qual é o que
WASHINGTON....LUIZ preferes entre
ANTONIO......CARLOS
esses três?
Entre os
três prefiro
o quarto...
JULIO......PRESTES
(Super-Homem. Superinteressante, jun. 2002. p. 40.)
A criação do Super-Homem em 1938, assim como a de outros heróis de
quadrinhos norte-americanos, pode ser explicada pela necessidade de
a) estimular uma aproximação entre os EUA e o III Reich, com base
na ideia de “raça superior”.
b) restabelecer os valores patrióticos e militaristas que orientaram a
formação dos EUA.
36 –
Charge de STORNI na revista Careta, ano 22, n. 1103,
de 10/08/1929 In: LEMOS, Renato (organizador). História do
Brasil através da caricatura (1840-2001).
Rio de Janeiro: Bom Texto Editora e Produtora de
Arte e Editora Letras & Expressões, 2001. p.61.
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A charge em questão joga com o nome de políticos importantes da
época para formar o nome de um quarto personagem. Este, conhecido
como "Cavaleiro da Esperança", carregava um enorme prestígio e
encarnava as aspirações de grandes parcelas da população, em virtude
de sua atuação
a) na revolta de julho de 1922, conhecida como os “18 do Forte de
Copacabana”, em contestação à eleição de Artur Bernardes,
representante das oligarquias dominantes.
b) no levante de novembro de 1935, em nome da Aliança Nacional
Libertadora (ANL), contra o integralismo e o governo
constitucional de Getúlio Vargas.
c) na direção do Partido Comunista do Brasil (PCB), que se tornou
vítima do autoritarismo do governo de Eurico Dutra (1946-51),
quando foi posto fora da lei.
d) na direção da luta operária do período, com a organização do Bloco
Operário e Camponês (BOC), que o lançou como candidato à Presidência da República em 1930.
e) na chamada "Coluna Miguel Costa–Prestes", que percorreu o Brasil
tentando levantar a população contra o governo das oligarquias
rurais.
4. “Assim, enquanto Prestes aderia ao comunismo – mostrando que a
vitória de Getúlio Vargas significaria a mera substituição de uns grupos
oligárquicos por outros no poder – os tenentes se deixavam envolver
pela campanha da Aliança Liberal.”
(Prestes, Anita Leocádia. Uma epopeia brasileira –
a Coluna Prestes, São Paulo: Moderna, 1995, p. 103)
Interpretando a época descrita pelo texto e com a ajuda de seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
a) O objetivo da Coluna Prestes era derrubar o governo opressivo de
Epitácio Pessoa.
b) A Aliança Liberal defendia a candidatura de Júlio Prestes, que
governava São Paulo.
c) O movimento tenentista representava uma opção socialista e
revolucionária.
d) Os grupos oligárquicos substituídos representavam principalmente
a cafeicultura.
e) A Coluna Prestes, por haver adotado uma "guerra de posições",
nunca foi derrotada pelos legalistas.
5. (UFRRJ) – Segundo Anita Leocádia Prestes, “o tenentismo vinha
preencher o vazio deixado pela falta de lideranças civis aptas a conduzirem o processo revolucionário brasileiro, falta essa que começava
a sacudir as já caducas instituições políticas da República Velha”.
(PRESTES, Anita. A Coluna Prestes.
São Paulo: Brasiliense, 1995, p. 73.)
De acordo com o texto, é correto afirmar que
a) os "tenentes" queriam moralizar a vida política nacional propondo
uma ampla aliança entre os partidos de esquerda, inclusive com o
Partido Comunista.
b) os "tenentes" queriam deixar de ser meros "jagunços" às ordens das
oligarquias estaduais, tendo para isso elaborado um programa de
cunho democrático.
c) os "tenentes" queriam pôr fim à política democrática da República
Velha e substituí-la por um regime ditatorial, que entendiam ser o
único capaz de superar o atraso do País.
d) os "tenentes" apresentavam-se como substitutos dos frágeis partidos
de oposição ao regime oligárquico e como representantes de um
ideal patriótico e moralizador.
e) o tenentismo representou um movimento que buscava romper com
a tradição de intervenção militar na política, presente desde a
Proclamação da República.
MÓDULO 18
ERA VARGAS
1. (UFG) – Em março de 1934, Luís Carlos Prestes fundou uma frente
popular denominada Aliança Nacional Libertadora (ANL), que
objetivava atrair setores democráticos e antifascistas para um programa
de reformas políticas e sociais.
O governo de Vargas perseguiu Prestes devido à
a) emergência de regimes autoritários na Europa, influenciando a
organização partidária no Brasil.
b) cooptação dos sindicatos pelo Estado, que passou a utilizar as sedes
dos primeiros como locais de propaganda oficial.
c) proposta política de estabelecer um governo revolucionário no
Brasil alinhado com a União Soviética.
d) organização da Ação Integralista Brasileira, que defendia um
projeto de Estado autoritário para o País.
e) rivalidade entre integralistas e aliancistas, que representavam os
pontos extremos do espectro ideológico e político.
2. Durante a fase do Governo Provisório (1930-34), Vargas legalizou
os sindicatos, mas conseguiu manter o controle sobre eles. Uma das
medidas varguistas para viabilizar esse controle foi
a) a nomeação dos líderes sindicais pelo governo federal.
b) a intervenção permanente das autoridades nos sindicatos.
c) a subordinação dos sindicatos ao Ministério do Trabalho, Indústria
e Comércio.
d) criação da CLT, que regulamentava as relações entre empregados e
patrões.
e) a nomeação de líderes sindicais para altos postos da administração
federal.
3. (UFRJ) – “Após o advento do Estado Novo, deu-se a consolidação de uma política de massas que vinha sendo preparada desde o
início da década. Instituído a partir de um golpe de Estado, sem
qualquer participação popular, o novo governo buscou legitimação e
apoio de setores populares mais amplos da sociedade através da
propaganda (...) Além da busca de apoio, a integração política das
massas visava controlá-la em novas bases.”
(CAPELATO, Maria Helena. O Estado Novo: o que trouxe de
novo?. In: Ferreira, Jorge (org.). O Brasil republicano. Rio de
Janeiro, Civilização Brasileira, 2003, vol. 2, p.110.)
O Estado Novo correspondeu ao período do governo Vargas iniciado
em 1937, com um golpe de Estado, e encerrado em 1945, com a
deposição do presidente.
a) Identifique duas medidas adotadas pelo governo Vargas, durante o
Estado Novo, que buscavam assegurar a realização dos objetivos
mencionados pela autora do texto.
b) Explique um fator ligado à conjuntura internacional que tenha
contribuído para o fim do Estado Novo.
– 37
C2_3A_EXE_Hist_2014_Keli 03/01/14 08:31 Página 38
7. (UERJ) –
4. (UERJ)
(Apud VICENTINO, C. e DORIGO, G.
História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1997.)
Na charge, referente ao período de 1934-1937, vê-se o presidente
Getúlio Vargas em frente ao Palácio do Catete, espalhando cascas de
banana que podem ser interpretadas como armadilhas.
Identifique o objetivo político de Vargas expresso nessa charge.
5. O que foi a polarização ideológica ocorrida no Brasil na década de
1930?
6. Em 21 de dezembro de 1941, Getúlio Vargas recebeu Osvaldo
Aranha, seu ministro das Relações Exteriores, para uma reunião. Leia
alguns trechos do diário do presidente:
"À noite, recebi o Osvaldo. Disse-me que o governo americano não
nos daria auxílio, porque não confiava em elementos de meu governo,
que eu deveria substituir. Respondi que não tinha motivos para desconfiar de meus auxiliares, que as facilidades que estávamos dando
aos americanos não autorizavam essas desconfianças, e que eu não
substituiria esses auxiliares por imposições estranhas."
(VARGAS, Getúlio, Diário. São Paulo/Rio de Janeiro, Siciliano/
Fundação Getúlio Vargas, 1995, vol. II, p. 443.)
A respeito desse período, podemos afirmar:
a) As desconfianças norte-americanas eram infundadas porque não
havia simpatizantes do nazifascismo entre os integrantes do
governo brasileiro.
b) Com sua política pragmática, Vargas negociou vantagens econômicas com os Estados Unidos e manteve em seu governo simpatizantes do nazifascismo.
c) Apesar das semelhanças entre o Estado Novo e os regimes fascistas,
Vargas não mantinha relacionamento diplomático com os países do
Eixo.
d) Nos altos escalões do governo Vargas, havia simpatizantes do
regime comunista soviético e de seu líder, Joseph Stalin.
e) As pressões do governo norte-americano levaram Vargas a demitir
seu ministro da Guerra, o general Eurico Dutra, simpatizante do
nazifascismo.
38 –
Reprodução da primeira carteira profissional emitida no Brasil, em
nome de Getúlio Vargas.
(O Globo, 22/08/2004)
A legislação trabalhista e sindical brasileira, cuja base foi criada
durante o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945), foi fruto,
entre outros aspectos, da luta organizada dos trabalhadores brasileiros.
O Brasil tem hoje como presidente da República um ex-operário, o
qual começou a se destacar no cenário brasileiro como líder sindical
em meados da década de 1970. Cite
a) uma característica da legislação trabalhista-sindical aprovada
durante o primeiro governo Vargas e uma mudança da legislação
em vigor nessa área, proposta pelo governo Lula.
b) duas características que diferenciem o movimento sindical na primeira
metade da década de 1940 daquele verificado na década de 1970.
8. “A partir de 1942-1943, as contradições e ambiguidades do regime
ditatorial de Vargas tendem a aprofundar-se. Cresce a oposição interna
à ditadura.” (Francisco Teixeira)
A respeito desse período, é correto afirmar que
a) a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial não teve
relação com a queda da ditadura de Vargas.
b) o governo Vargas, por meio de um ato adicional, impediu a realização
de eleições e, com isso, agravou as contradições do regime.
c) o regresso dos “pracinhas” brasileiros, que lutaram contra o nazifascismo, e as manifestações da UNE não contribuíram para o fim da
ditadura.
d) Vargas ensaiou uma manobra continuísta – o “queremismo” – mas
foi derrubado por um golpe militar, em outubro de 1945.
e) o Manifesto dos Mineiros e o Primeiro Congresso Brasileiro de
Escritores, em 1943 e 1945, respectivamente, solidarizaram-se com
o Estado Novo.
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9. (UNESP) – “Em 1939, o Estado Novo constitui um verdadeiro
ministério, diretamente subordinado ao presidente da República (...)
[Tal órgão] exerceu funções bastante extensas, incluindo cinema, rádio,
teatro, imprensa, literatura e política, além de proibir a entrada no País
de 'publicações nocivas aos interesses brasileiros'; agiu junto à
imprensa estrangeira no sentido de evitar que fossem divulgadas 'informações nocivas ao crédito e à cultura do País'; dirigiu a transmissão
diária do programa radiofônico Hora do Brasil.”
(B. Fausto, História do Brasil.)
O texto refere-se ao
a) Departamento de Imprensa e Propaganda.
b) Instituto Nacional de Comunicação Social.
c) Conselho Nacional de Educação e Cultura.
d) Departamento Administrativo do Serviço Público.
e) Conselho Federal de Administração e Cultura.
10. (UFES)
DEIXA LISBOA O CONTINGENTE DA FEB
“O público apinhou o cais e as elevações da capital portuguesa para
despedir-se dos soldados brasileiros/ Dois ‘pracinhas’ ficam em
terra/Marcada para o dia 17 a chegada ao Rio.”
(O Globo, 05/09/1945)
Durante o regime autoritário do Estado Novo no Brasil, o presidente
Vargas assinou decreto que levou o Brasil a entrar na Segunda Guerra
Mundial, concluída em 1945. A participação do Brasil se deu principalmente por meio da FEB (Força Expedicionária Brasileira).
Explique como essa participação e o fim da guerra, com a vitória dos
Aliados, contribuíram para a queda do Estado Novo.
11. Entre os fatores que levaram ao enfraquecimento e à queda do
Estado Novo, em 1945, apontamos
a) a forte oposição ao modelo econômico desenvolvimentista
praticado pelo governo.
b) as bem-sucedidas revoltas comunista e integralista contra Vargas.
c) a neutralidade da política externa brasileira durante a Segunda
Guerra Mundial.
d) a vitória dos Aliados contra o nazifascismo e o crescimento da
oposição interna à ditadura.
e) o fracasso do “queremismo”, que não conseguiu obter apoio popular.
12. (UNIFESP) – Benedito Valadares, em suas memórias (Tempos
Idos e Vividos, 1966), assim descreve os fundadores de um dos partidos
políticos surgidos no final do Estado Novo:
“Os que não aceitaram a Revolução de 30; os que a fizeram e se
sentiram traídos; os que a fizeram e se desentenderam com o
presidente; os que assinaram o Manifesto dos Mineiros; todos aqueles
que, por questões políticas e/ou pessoais, não aceitavam a organização
ditatorial montada sob a Constituição de 37.”
O partido em questão chamava-se
a) Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
b) Partido Comunista Brasileiro (PCB).
c) Partido Social Democrático (PSD).
d) União Democrática Nacional (UDN).
e) Partido Socialista Brasileiro (PSB).
13. (UFRS) – Na campanha presidencial de dezembro de 1945,
podiam-se ler cartazes com os seguintes dizeres:
Brasileiros!
ELE disse:
Para Presidente:
Eurico Dutra
Na propaganda acima, ELE refere-se a
a) Juscelino Kubitschek.
b) Getúlio Vargas.
c) Luís Carlos Prestes.
d) Eduardo Gomes.
e) Carlos Lacerda.
FRENTE 2
MÓDULO 11
REFORMAS RELIGIOSAS DO SÉCULO XVI
1. (FGV) – A ligação entre os reformadores protestantes com o poder
político pode ser verificada por meio
a) da defesa que o duque Frederico da Saxônia fez de Martinho Lutero
e da adesão dos príncipes alemães às teses luteranas.
b) da ação de Henrique VIII que, pautado pela doutrina da predestinação divina, fundou a Igreja Nacional da Inglaterra, embora a
mantivesse ligada a Roma.
c) do decisivo apoio político de Martinho Lutero e seus seguidores à
revolta dos camponeses alemães, em 1524.
d) da efetivação da aliança, a partir de 1533, entre João Calvino e a
monarquia francesa, ambos interessados em reforçar o poder do
clero.
e) da interferência da nobreza alemã para que luteranos e calvinistas
se mantivessem fiéis ao papa.
2. (PUCCAMP) – Ao se analisar o início dos Tempos Modernos, é
possível relacionar a Reforma Protestante, nos campos político e
cultural, respectivamente com
a) a fragmentação do poder temporal na Inglaterra e a difusão do
pensamento racionalista.
b) o enfraquecimento do poder central no Sacro Império e a divulgação da língua alemã, a partir da tradução da Bíblia.
c) o surgimento do poder real de origem divina na França e o
progresso científico.
d) o desaparecimento do poder absolutista na Espanha e a valorização
do individualismo.
e) a expansão do poder feudal na Itália e o desenvolvimento da estética
barroca na pintura e na escultura.
3. (UNESP) – Thomas Munzer liderou os anabatistas, camponeses
que, inspirados nas teses luteranas, passaram a ocupar terras da nobreza
leiga e eclesiástica, rompendo com a estrutura feudal. A atitude de
Lutero, frente ao anabatismo, foi de
a) apoio, considerando que aquele movimento era o que mais se
aproximava de seus próprios ideais religiosos.
– 39
C2_3A_EXE_Hist_2014_Keli 03/01/14 08:31 Página 40
b) oposição, pois via na rebelião camponesa uma ameaça à ordem
defendida pelos nobres que o protegiam.
c) apoio, pois via naquele movimento um instrumento para a derrota
definitiva dos defensores de Roma.
d) oposição, pois via na violência daquele movimento uma manifestação dos ensinamentos do Papado.
e) apoio, pois aquele movimento pretendia destruir as bases do Sacro
Império, principal inimigo de Lutero.
4. (FUVEST) – “Depois que a Bíblia foi traduzida, todo homem, ou
melhor, todo rapaz e toda rapariga, capazes de ler o inglês,
convenceram-se de que falavam com Deus Onipotente e que entendiam
o que Ele dizia”.
Esse comentário de Thomas Hobbes (1588-1679)
a) ironiza uma das consequências da Reforma, que levou ao livre
exame da Bíblia e à alfabetização dos fiéis.
b) alude à atitude do Papado que, por causa da Reforma, instou os
leigos a não deixarem de ler a Bíblia.
c) elogia a atitude dos reis Jaime I e Carlos I, os quais permitiram que
seus súditos pudessem escolher entre as várias Igrejas reformadas.
d) ressalta o papel positivo da liberdade religiosa para o fortalecimento
do absolutismo monárquico.
e) critica a diminuição da religiosidade, resultante do incentivo à
leitura da Bíblia pelas Igrejas protestantes.
5. (FATEC) – O Concílio de Trento (1545-63), reunido para
reorganizar a Igreja Católica e combater o avanço do protestantismo,
tomou importantes decisões para preservar a unidade do catolicismo.
Uma das medidas adotadas foi
a) favorecer a interpretação individual da Bíblia, de acordo com a
consciência de cada um.
b) adotar uma atitude mais liberal com relação aos livros religiosos,
pondo fim à censura que lhes era imposta desde a Idade Média.
c) criar uma comissão com o intuito de melhorar o relacionamento
com os povos não cristãos.
d) ampliar a representatividade do Sacro Colégio, nele incluindo
cardeais provenientes de todas as nações cristãs.
e) estimular a ação das ordens religiosas em vários setores, principalmente no educacional.
MÓDULO 12
O ABSOLUTISMO FRANCÊS
1. (UFF) – “Existem dúvidas em torno da caracterização do Estado
absoluto na França, na época de Luís XIV. O empenho do monarca em
associar o Reino aos Tempos Modernos, promovendo o progresso e
transformando o país em modelo de civilização, embaralha a definição
do seu reinado e dificulta sua inclusão na ideia de Antigo Regime”.
A partir do texto acima, caracterize o Antigo Regime francês nos níveis
político, econômico e social.
2. A Dinastia de Bourbon ascendeu ao trono francês na pessoa de
Henrique IV (1589-1610), após um longo e sangrento período de
conflitos entre católicos e huguenotes. Com o objetivo de pacificar o
país, Henrique IV, em 1598, assinou o Edito de Nantes.
a) O que foi o Edito de Nantes?
40 –
b) Como o cardeal de Richelieu, primeiro-ministro de Luís XIII, atuou
em relação ao Edito de Nantes?
c) Que decisão Luís XIV tomou em relação ao Edito de Nantes e que
efeitos resultaram de sua atitude?
3. (PASUSP) – Nicolau Maquiavel, em 1513, na Itália Renascentista,
escreveu: “O príncipe não pode observar todas as coisas a que são
obrigados os homens considerados bons, sendo frequentemente
forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a
humanidade, a religião (...) O príncipe não precisa possuir todas as
qualidades (ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso), bastando
que aparente possuí-las. O príncipe, se possível, não deve se afastar do
bem, mas deve saber entrar para o mal, se a isso estiver obrigado.”
Indique qual das afirmações a seguir está claramente expressa no texto.
a) Os homens considerados bons são os únicos aptos a governar.
b) O príncipe deve observar os preceitos da moral cristã medieval.
c) Fidelidade, humanidade, integridade e religiosidade são qualidades
indispensáveis ao governante.
d) O príncipe, para manter o governo deve sempre praticar o mal.
e) A aparência de ter qualidades é mais útil ao governante do que
realmente possuí-las.
4. (MACKENZIE) – Assinale a alternativa que contém um fragmento
de texto escrito por Jacques Bossuet (1627-1704), teórico absolutista
francês.
a) “Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado do que temido, ou o
inverso? Respondo que seria preferível ser ambas as coisas; mas,
como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser
temido do que amado, se só puder ser uma delas”.
b) “Portanto, tudo que advém de um tempo de guerra, quando cada
homem é inimigo de outro homem, igualmente advém do tempo em
que os homens viviam sem outra segurança que não a provida por
sua própria força e astúcia”.
c) “É somente na minha pessoa que reside o poder soberano (...), é
somente de mim que meus tribunais recebem sua existência e sua
autoridade; a plenitude desta autoridade, que eles não exercem
senão em meu nome, permanece sempre em mim”.
d) “Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como
ministros de Deus e seus representantes na Terra. Consequentemente, o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do
próprio Deus”.
e) “Se o homem, no estado de Natureza, é tão livre conforme
dissemos, se é senhor absoluto de sua própria pessoa e posses e a
ninguém está sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade?
5. Luís XIV, rei da França entre 1643 e 1715, tornou-se o símbolo
maior do absolutismo monárquico durante a Idade Moderna porque,
a) após a morte do cardeal Mazarino, governou o Reino pessoalmente,
sem ter primeiro-ministro.
b) ao romper com a Igreja de Roma e fundar a Igreja Galicana, acumulou os poderes temporal e espiritual.
c) ao construir o Palácio de Versalhes, fez dele uma fortaleza inexpugnável, capaz de resistir às revoltas populares.
d) ao adotar a alcunha de “Rei-Sol”, provou que o Antigo Regime era
compatível com a teoria heliocêntrica de Copérnico.
e) ao impor sua hegemonia sobre a Europa Continental, consolidou a
prosperidade econômica da França.
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MÓDULO 13
ABSOLUTISMO INGLÊS E
REVOLUÇÕES INGLESAS DO SÉCULO XVII
1. (FUVEST) – O absolutismo na Inglaterra definiu-se nos reinados
de Henrique VIII e Elizabeth I (ou Isabel I), monarcas da dinastia
Tudor. Estabeleça a correlação entre absolutismo, Reforma Anglicana
e mercantilismo na época Tudor.
2. (FGV) – As normas expressas nos excertos abaixo vieram a público
na Inglaterra do século XVII, formuladas em um documento fundamental para a história do direito e do pensamento político. Após lê-los
e analisá-los, responda aos subitens da questão.
“Quando um cidadão inglês é preso, deve ele, nas vinte e quatro horas
seguintes, receber a notificação escrita do delito que lhe é imputado.
À exceção dos atos de alta traição ou de delitos excepcionalmente graves,
qualquer pessoa presa pode obter sua liberdade provisória por meio de
fiança.
Todo oficial de justiça, magistrado ou carcereiro que violar de qualquer
maneira o habeas-corpus, deverá pagar 500 libras de indenização à
parte lesada.”
(“Bill do Habeas Corpus” – 1679, in Mosca, Gaetano,
“História das doutrinas políticas”)
a) Quais os fatos mais marcantes da vida social e política na Inglaterra
no período em que o documento acima foi elaborado?
b) Após a execução do rei Carlos I, em 1649, como se caracterizou
politicamente o governo de Oliver Cromwell, bem como suas
relações com o Parlamento e a burguesia comercial?
c) Explique o que foi a Revolução Gloriosa de 1688-89.
3. (PUC-RS) – As proposições a seguir referem-se à formação do
Estado Moderno na Inglaterra.
I – O fracasso da reforma protestante no século XVI atrasou o
processo de centralização político-administrativa na Inglaterra,
pois a Igreja preservou seu poder econômico no país ao longo do
período, apoiando-se na alta nobreza.
II – A burguesia e a pequena nobreza apoiaram a política centralizadora dos Tudors no século XVI, pois eram grupos sociais
particularmente favorecidos pela estabilidade política do país.
III – O período elizabetano, iniciado em 1558, marcou a consolidação do
absolutismo monárquico na Inglaterra, com a supressão do Parlamento e a imposição da teoria sobre a origem divina do poder real.
Pela análise das proposições acima, conclui-se que
a) apenas a proposição I está correta.
b) apenas a proposição II está correta.
c) apenas as proposições I e III estão corretas.
d) apenas as proposições II e III estão corretas.
e) todas as proposições estão corretas.
4. (UNIFESP) – Nos reinados de Henrique VIII e de Elizabeth I, ao
longo do século XVI, o Parlamento Inglês “aprovava ‘pilhas de
estatutos’ que controlavam muitos aspectos da vida econômica e social,
nível de salários e preços, padrões de qualidade dos produtos
manufaturados, proteção aos indigentes, punição aos preguiçosos etc.”.
(Lawrence Stone, 1972.)
Essas “pilhas de estatutos”, ou leis, revelam a
a) inferioridade da monarquia inglesa em relação aos outros reinos
europeus, no que diz respeito à intervenção do Estado na economia.
b) continuidade existente entre as concepções medievais e as
modernas, com relação às políticas sociais.
c) prova de que o Parlamento Inglês, já nessa época, havia conquistado
sua condição de poder independente.
d) especificidade da monarquia inglesa, a única a se preocupar com o
bem-estar e o aumento da população.
e) característica comum às monarquias absolutistas, à qual os historiadores deram o nome de mercantilismo.
5. (UFRS) – Em meados do século XVII, a Inglaterra mergulhou em
uma guerra civil conhecida como “Revolução Inglesa de 1640”. Entre
as alternativas abaixo, assinale aquela que não está relacionada com
esse contexto histórico.
a) No ápice da Revolução, o rei Carlos I foi executado e a República
proclamada. Cromwell instituiu um governo democrático, no qual
os direitos humanos passaram a ser respeitados e as classes
populares tiveram voz ativa.
b) Os puritanos, grupo político-religioso que desejava recuperar os
valores do cristianismo primitivo e que recusava a autoridade do rei
em matéria de fé, constituíram-se nos principais adversários das
ideias absolutistas.
c) Após a morte de Elisabeth Tudor em 1603, ascendeu ao trono da
Inglaterra a dinastia escocesa dos Stuarts, os quais careciam da
habilidade política necessária para negociar com o Parlamento
Inglês.
d) Uma das medidas da Revolução foi o estabelecimento do Ato de
Navegação de 1651, que se tornou uma das bases da prosperidade
comercial da Inglaterra.
e) A queda da monarquia abriu caminho para o surgimento de
reivindicações radicais, como a dos niveladores, que defendiam a
abertura do Parlamento às classes populares, e a dos cavadores,
defensores de uma redistribuição das terras.
MÓDULO 14
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA INGLATERRA
1. (UNICAMP) – “Na Europa, até o século XVIII, o passado era o
modelo para o presente e para o futuro. O velho representava a
sabedoria, não apenas em termos de uma longa experiência, mas
também da memória de como eram as coisas, como eram feitas e,
portanto, de como deveriam ser feitas.
Atualmente, a experiência acumulada não é mais considerada tão
relevante. Desde o início da Revolução Industrial, a novidade trazida
por cada geração é muito mais marcante do que sua semelhança com
o que havia antes.”
(Adaptado de Eric Hobsbawm, “O que a História tem a
dizer-nos sobre a sociedade contemporânea?” , em:
Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 37-38.)
a) Segundo o texto, como a Revolução Industrial transformou nossa
atitude em relação ao passado?
b) De que maneiras a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX
alterou o sistema de produção?
2. (UNESP) – “Para [certos autores], a reunião dos trabalhadores na
fábrica não se deveu a nenhum avanço das técnicas de produção. Ao
contrário, o que estava em jogo era justamente um alargamento do
controle e do poder do capitalista sobre o conjunto de trabalhadores
– 41
C2_3A_EXE_Hist_2014_Keli 03/01/14 08:31 Página 42
que ainda detinham os conhecimentos técnicos e impunham a dinâmica
do processo produtivo.”
(Edgar Salvadori de Decca, O nascimento das fábricas. Adaptado.)
Os argumentos apresentados no texto permitem concluir que o espaço
da fábrica relaciona-se com
a) a diminuição da produtividade nas indústrias têxteis e metalúrgicas.
b) o domínio dos trabalhadores sindicalizados sobre a produção
industrial.
c) os mecanismos de controle sobre os saberes e o tempo do trabalhador.
d) a ampliação da criatividade dos trabalhadores, graças ao emprego
das máquinas.
e) a ausência de avanços técnicos que melhorassem a segurança no
trabalho.
2. Sobre a Revolução Francesa de 1789, é correto afirmar que defendia
a) a supremacia da nobreza e do clero, graças à vigência de um sistema eleitoral censitário.
b) as instituições democráticas, como forma menos traumática de renovar a Monarquia.
c) ações revolucionárias para a concretização de um ideário igualitarista proposto pela aristocracia.
d) os ideais anarquistas que, ulteriormente, se disseminariam pelo
Mundo Ocidental.
e) Valores universais que visavam construir uma sociedade mais justa e menos diferenciada.
3. (UNICAMP) – A caricatura acima mostra a composição da
sociedade francesa antes da Revolução de 1789.
3. (UNICAMP) – As fábricas do século XVIII substituíram as antigas
oficinas artesanais. Explique o que eram essas oficinas e as diferenças
entre elas e o sistema de fábrica.
4. A Revolução Industrial Inglesa resultou da acumulação primitiva
de capitais, ocorrida na Idade Moderna e responsável pela separação
entre capital e trabalho. Dentro do advento do industrialismo, a
formação do proletariado decorreu
a) do cercamento dos campos e da expulsão dos camponeses das terras
comuns.
b) do cultivo extensivo de algodão nos campos ingleses.
c) do processo de reforma agrária na Inglaterra.
d) da intensa migração de trabalhadores de outras nações europeias
para as indústrias inglesas.
e) da produção agrícola estruturada com base em técnicas feudais.
MÓDULO 15
REVOLUÇÃO FRANCESA
1. (UERJ) – “Mil vozes servem de arauto para a novidade: ‘A Bastilha foi tomada!’ Não acreditei e fui ver o cerco de perto. Na Praça de
Grève, encontro um corpo sem cabeça estendido no riacho, rodeado
por cinco ou seis indiferentes. Faço perguntas (...) É o governador da
Bastilha.”
(Histoire: une terre, des
hommes. França: Magnard.)
a) Que grupos e relações sociais estão representados na caricatura?
b) Antes do movimento revolucionário de 1789, quais eram as principais críticas do povo em relação às camadas dominantes?
c) Que classe social liderou a Revolução e que transformações ocorreram no período mais radical do processo revolucionário?
4. A figura e o texto que se seguem tratam da violência ocorrida
durante a Revolução Francesa. Analise-os atentamente.
(RESTIF DE LA BRETONNE. As Noites Revolucionárias.
São Paulo: Estação Liberdade,1989. p. 58)
O episódio acima narrado marca o início de um dos movimentos políticos mais importantes da História: a Revolução Francesa. A tomada e
destruição da fortaleza da Bastilha explicita
a) o momento de maior radicalização do processo, quando as camadas populares rompem com a liderança burguesa e assumem o
poder.
b) a derrubada de Luis XVI e a proclamação da República Francesa,
baseada nos princípios da razão e da justiça sugeridos por Voltaire.
c) a consolidação dos jacobinos no poder tendo à frente Robespierre,
sustentado pela mobilização radicalizada dos sans-culottes.
d) a chegada ao poder do general Napoleão Bonaparte que, como Primeiro Cônsul, seria fundamental na consolidação do novo governo.
e) o levante popular sob liderança burguesa contra um dos principais
símbolos da opressão absolutista.
42 –
“Enquanto muito raramente se pôs em causa a transcendência da
Revolução Francesa, sempre se discutiu o papel desempenhado pela
violência no seu decorrer. A imagem dos franceses como uma nação
violenta e sanguinária (buveurs de sang), que enviou inumeráveis
vítimas para a guilhotina, passou para o folclore contra-revolucionário
da Europa.”
(ARDAGH, John & JONES, Colin. França: uma civilização
essencial. Madrid: Edições del Prado, 1997, v. 1, p.64)
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Com base na análise da figura e do texto apresentados, bem como em
seus conhecimentos sobre o assunto, responda:
a) Como foi apelidada a fase jacobina da Revolução?
b) Certas conquistas populares podem ser contrapostas às atrocidades
do período citado. Mencione algumas delas.
5. (UNESP) – “A Revolução de 1789 não fez nada pelo operário: o
camponês ganhou a terra, o operário está mais infeliz que outrora e os
monarquistas têm razão quando afirmam que as antigas corporações
[de ofício] protegiam melhor o trabalhador do que o regime atual.”
(Jornal Le Matin, 07 de março de 1885.)
Com tal declaração, o escritor francês Émile Zola fazia um balanço
dos efeitos sociais da Revolução Francesa, referindo-se
a) ao confisco dos bens dos nobres franceses emigrados e à política
liberal implementada pelo Estado.
b) à baixa participação dos trabalhadores urbanos nas lutas sociais na
França do final do século XIX.
c) ao apoio dos operários ao projeto de restauração do absolutismo
francês, como garantia de melhorias sociais.
d) à liderança política dos camponeses franceses nas revoluções
socialistas e comunistas do século XIX.
e) à política de bem-estar social instituída pelo Partido Socialista
Francês ao longo do século XIX.
6. Em 9 Termidor, Robespierre, Saint-Just e seus amigos foram
detidos e, no dia seguinte, mandados para a guilhotina; nas semanas
subsequentes, muitos outros líderes populares foram executados.
Iniciava-se o período final da Revolução Francesa, no qual foram
revogadas as medidas populares adotadas na fase anterior: a
Marselhesa foi proibida; revogou-se o Decreto do Máximo, que
tabelava os gêneros de primeira necessidade; restabeleceu-se a
escravidão nas colônias; os sans-culottes foram desarmados; o ensino
primário deixou de ser obrigatório; e uma nova Constituição substituiu
o voto universal pelo censitário.
Caracterize essa fase da Revolução Francesa.
7. O governo burguês do Diretório viu-se ameaçado por correntes
políticas variadas: em 1796, foi guilhotinado o jornalista Graco Babeuf,
que tramara a “Conspiração dos Iguais”, contrária à propriedade privada;
em 1797, o exército reprimiu um levante realista (monarquista) em
Paris; em 1798, o Diretório sofreu uma tentativa de golpe de Estado,
organizado por jacobinos remanescentes. Tais ameaças induziram a
burguesia a apoiar
a) a volta dos jacobinos ao poder em 1799, com Napoleão Bonaparte.
b) o golpe de 18 Brumário, uma vez perdida a confiança no Diretório.
c) a ditadura de Robespierre, que recebeu o título de Primeiro Cônsul.
d) a supressão de todas as conquistas revolucionárias.
e) a restauração do absolutismo monárquico.
MÓDULO 16
A ERA NAPOLEÔNICA E O CONGRESSO DE VIENA
l. No plano político, a Revolução Francesa alçou a burguesia ao poder,
destruindo o Antigo Regime absolutista e monárquico; no plano
econômico, aboliu os últimos vestígios do sistema feudal, criando em
seu lugar leis e instituições impulsionadoras do capitalismo. A intensa
participação popular liberou forças que, por diversas vezes, extravasaram os limites pretendidos pela burguesia. Essas tentativas, apesar
de fracassadas, iriam inspirar uma série de movimentos posteriores.
Com base no texto e em seus conhecimentos, responda:
a) De que forma o governo de Napoleão correspondeu aos interesses
da burguesia?
b) Qual a relação entre as manifestações de radicalismo ocorridas na
Revolução Francesa e os movimentos populares subsequentes na
Europa?
2. (UEM) – A Revolução Francesa de 1789 marcou o fim do Antigo
Regime na França. Sobre esse assunto, assinale as proposições corretas.
1. Uma realização importante da Revolução Francesa foi a Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão, que defendia, entre outros
princípios, a igualdade política e jurídica entre os homens.
2. O Período do Terror foi marcado pela institucionalização do regime
republicano popular, pela execução do ex-rei Luís XVI e pela
abolição das últimas instituições feudais.
3. Napoleão Bonaparte consolidou as conquistas jurídicas e sociais da
Revolução Francesa e expandiu os ideais revolucionários,
combatendo as monarquias europeias que representavam o Antigo
Regime.
4. Derrotado definitivamente na Batalha de Berlim, Napoleão Bonaparte, antes de se retirar para a Ilha de Elba, transferiu a autoridade
imperial para seu sobrinho Napoleão III.
3. (FMTM) – Pode-se afirmar que a Era Napoleônica permitiu a
consolidação da ordem burguesa porque
a) anulou o direito à propriedade privada e proibiu a organização de
greves e sindicatos.
b) garantiu os princípios da igualdade jurídica e da liberdade
individual, com a promulgação do Código Civil.
c) revogou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,
aprovada no início da Revolução Francesa.
d) preservou os ideais iluministas, ao implantar o Império e empreender guerras.
e) fortaleceu os grupos reacionários, favoráveis às medidas sociais do
Período do Terror.
4. (UFF-RJ) – “Poucas vezes a incapacidade dos governos em conter
o curso da História foi demonstrada de forma mais decisiva do que na
geração pós-1815. Evitar uma segunda Revolução Francesa, ou ainda
a catástrofe pior de uma revolução europeia generalizada tendo como
modelo a francesa, foi o objetivo supremo de todas as potências que
tinham gastado mais de 20 anos para derrotar a primeira.”
(HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções.
Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982, p. 127.)
O período conhecido como Restauração representou a vitória das
potências europeias contra o domínio napoleônico. Reunidos no Congresso de Viena, entre setembro de 1814 e junho de 1815, os países
vencedores estabeleceram o Princípio da Legitimidade, que significou
a restauração dos governos destronados no período anterior.
Analise o papel da Santa Aliança na preservação dos princípios
estabelecidos pelo Congresso de Viena.
– 43
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5. (UNIMAT)
a) Caracterize a primeira era industrial, iniciada em fins do século
XVIII.
b) A partir do texto, explique quais as características do nacionalismo.
c) De que forma o sentimento nacional foi expresso na literatura
brasileira do mesmo período?
3. (FAAP) – “O trabalho, aliado ao capital, é o fator determinante da
riqueza. A teoria da produtividade do trabalho afirma que a eficácia do
mesmo provém essencialmente de sua divisão entre os trabalhadores.
Como exemplo, o economista cita a produção de alfinetes, afirmando
que certo número de operários, executando tarefas específicas, produz
uma quantidade muitíssimo maior de alfinetes do que cada um deles
executando sozinho todas as etapas da produção.”
Observe atentamente o mapa anterior, referente a Europa durante o
Congresso de Viena, e julgue as proposições abaixo.
1. Após as Guerras Napoleônicas, três grandes impérios destacavamse na Europa Continental: o Império Russo, o Império da Áustria e
o Império Otomano.
2. Duas regiões importantes continuaram divididas em vários Estados
e, no segundo caso, parcialmente sob influência estrangeira: a
Alemanha e a Itália.
3. Devido a seu caráter restaurador, o Congresso de Viena procurou,
sempre que possível, restabelecer as fronteiras políticas de 1789.
4. Aliados nas Guerras Napoleônicas, o Reino da Grã-Bretanha e a
França perderam tanto em territórios como em influência políticomilitar.
MÓDULO 17
IDEIAS SOCIAIS E POLÍTICAS DO SÉCULO XIX
1. (FUVEST) – “Os soldados franceses que guerrearam da Andaluzia
a Moscou, do Báltico à Síria (...) estenderam a universalidade de sua
revolução mais eficazmente do que qualquer outra coisa. E as doutrinas
e instituições que levaram consigo, mesmo sob o comando de
Napoleão, eram doutrinas universais, como os governos sabiam e como
também os próprios povos logo viriam a saber.”
(Eric Hobsbawm. A era das revoluções – 1789 – 1848.)
Baseando-se no texto acima, aponte
a) as doutrinas e instituições referidas pelo autor.
b) os desdobramentos dessas guerras para a América Ibérica.
2. (UNICAMP) – “No turbilhão da primeira era industrial, o
nacionalismo tornou-se o principal meio pelo qual o governo podia
garantir a unidade da população. Da maneira como foi encorajado pelos
Estados europeus, o nacionalismo implicava convencer a população
de que ela devia sentir-se agressivamente orgulhosa do país em que
vivia. Da metade do século XIX em diante, a febre nacionalista
infiltrou-se em todas as formas culturais europeias, afetando a
educação, as artes e a literatura.”
(traduzido e adaptado de Paul Greenhalgh, Ephemeral Vistas: the Expositions
Universelles, Great Exhibitions and World's Fairs. Manchester:
Manchester University Press, 1988, p. 112-3.)
44 –
O economista em questão, contemporâneo do início da Revolução
Industrial, é
a) Adam Smith, ideólogo do liberalismo econômico.
b) Stuart Mill, da Escola Clássica da Economia.
c) Herbert Spencer, teórico do darwinismo social.
d) David Ricardo, autor da “lei férrea dos salários”.
e) Karl Marx, pai do socialismo científico.
4. Como a Encíclica Rerum Novarum, proclamada pelo papa Leão
XIII em 1891, definiu a posição da Igreja diante do conflito entre
capital e trabalho?
5. (UEM) – “Em 1848, a Europa foi varrida por uma nova onda de
revoluções que, pela primeira vez, contaram com a ativa participação
da classe operária. Naquele ano, quando o continente era sacudido pela
‘Primavera dos Povos’, Karl Marx e Friedrich Engels publicaram o
Manifesto Comunista, que assinalou o surgimento do socialismo
científico. A passagem do socialismo utópico para o científico
representou a passagem da infância para a maturidade política do
proletariado industrial.”
(MELLO, L. I. A. & COSTA, L. C. A. História Moderna e
Contemporânea. São Paulo: Scipione, 1993.)
Em relação ao Manifesto Comunista de Marx e Engels, analise as
proposições a seguir, assinalando V (verdadeira) ou F (falsa).
1. Marx e Engels combatiam a sociedade capitalista, apelando para
que os burgueses abrissem mão de suas propriedades e
organizassem uma sociedade socialista.
2. Marx e Engels afirmavam que o antagonismo entre as classes
sociais, provocado por interesses econômicos divergentes, era a
força motriz das grandes transformações históricas.
3. Segundo Marx e Engels, a luta de classes na sociedade capitalista
caracteriza-se pelo conflito entre a burguesia industrial e a nobreza
desejosa de reconquistar sua condição de classe dominante.
4. Marx e Engels escreveram o Manifesto Comunista para expor ao
mundo uma teoria consolidada, a qual propunha o fim da
propriedade privada dos meios de produção.
5. Marx e Engels entendiam que a construção da nova sociedade
passaria necessariamente por uma revolução, a qual destruiria o
capitalismo burguês e o substituiria pela propriedade coletiva dos
meios de produção.
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MÓDULO 18
A UNIFICAÇÃO ALEMÃ E ITALIANA
1. A unificação da Alemanha, empreendida pelo chanceler prussiano
Bismarck, foi o principal acontecimento político da Europa na segunda
metade do século XIX. Sobre ela, pergunta-se:
a) Qual foi o antecedente econômico da Unificação Alemã? Explique-o.
b) Quais foram os efeitos da Unificação Alemã para a Europa?
2. (UNICENTRO) – Ocorrida no contexto da expansão das ideias
socialistas no século XIX, a Comuna de Paris de 1871 representou
a) a resistência ao avanço das ideologias marxista e anarquista
registrado no período.
b) a primeira tentativa de implantação de um Estado proletário e
socialista na Europa.
c) a contestação ao anticlericalismo, bastante arraigado no seio da
aristocracia francesa.
d) o caráter predominantemente operário da Terceira República
Francesa.
e) o apoio à política imperialista desenvolvida por Napoleão III.
(PUC-SP) – Atenção: Para responder à questão 3, considere os textos
abaixo, que se referem a dois momentos distintos da história da
Alemanha: respectivamente, à unificação do Estado Nacional, no
século XIX, e ao Período Nazista, no século XX.
“O próprio Bismarck parece não ter-se preocupado muito com o
simbolismo, a não ser pela criação de uma bandeira tricolor, que unia
a branca e preta prussiana com a nacionalista-liberal preta, vermelha e
dourada.”
(HOBSBAWM, Eric. A invenção das tradições.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, p. 281.)
“Hitler escreve a propósito da bandeira:‘como nacional-socialistas,
vemos em nossa bandeira o nosso programa. Vemos no vermelho a
ideia social do movimento, no branco a ideia nacionalista, na suástica
nossa missão de luta pela vitória do homem ariano e, pela mesma luta,
a vitória da ideiado trabalho criador que como sempre tem sido e
sempre será anti-semita’.”
(REICH, Wilhelm. Psicologia de massas do fascismo.
São Paulo, Martins Fontes, 1988, pp. 94-5.)
3. A composição das duas bandeiras a que os textos se referem prestase, nos dois casos, a
a) representar o caráter socialista do Estado Alemão moderno, daí a
presença do vermelho nas duas bandeiras.
b) identificar o projeto político vitorioso e dominante com o conjunto
da sociedade e com o Estado Alemão.
c) defender a paz conquistada após os períodos de guerra; daí a
presença do branco nas duas bandeiras.
d) valorizar a diversidade de propostas políticas existentes, caracterizando a Alemanha como país democrático e plural.
e) demonstrar o caráter religioso e cristão do Estado Alemão; daí a
presença do preto nas duas bandeiras.
b) correspondiam à mocidade universitária, fortemente influenciada
pelo socialismo.
c) poderiam ser comparados aos sans-culottes da Revolução Francesa.
d) formavam a alta burguesia alemã, interessada em expandir suas
atividades econômicas.
e) correspondiam à aristocracia fundiária prussiana, dedicada à
burocracia ou à vida militar.
5. Sobre a unificação política da Itália no século XIX, explique:
a) Qual a estratégia adotada por Cavour para a unificação de seu país?
b) O que foi a Questão Romana (1870-1929)?
6. (UMTM-MG) – Podemos dizer que as unificações italiana e alemã
estão interligadas
a) pelas guerras contra a Áustria e por terem preservado o sistema de
Metternich.
b) pela Guerra das Sete Semanas (1866), ao término da qual o
Piemonte anexou o Reino de Nápoles.
c) pela Guerra dos Dois Ducados (1864), em que a Itália se aliou à
Prússia contra a Dinamarca.
d) pela criação do Estado do Vaticano, quando a Prússia foi mediadora
entre a Itália e o Papado.
e) pela Guerra Franco-Prussiana (1870-71) e por haverem alterado o
equilíbrio europeu.
7. (UNIP) – A unificação dos Estados Italianos, na segunda metade do
século XIX, ocorreu sob a liderança do Reino da Sardenha e Piemonte.
A existência de um regime monárquico, naquele momento, interessava
a) à população camponesa do Sul, que enxergava no rei um elemento
neutro, acima das contradições socieconômicas da região.
b) aos latifundiários de origem nobre que, sendo um setor social
conservador, defendiam a manutenção da Monarquia.
c) à Igreja Católica, uma vez que a centralização política garantiria a
continuação da unidade religiosa.
d) à alta burguesia do Norte, pois unificaria o mercado interno e abriria
possibilidades de expansão externa.
e) à corrente liderada por Garibaldi, que pretendia estabelecer a
unificação da forma mais rápida possível.
8. (EXPEC-EX) – No ano de 1861, Vítor Manuel II foi proclamado
rei da Itália. A partir de então, outras conquistas iriam completar o
território do Estado Italiano. Entretanto, o processo de unificação da
Itália não se fez somente com ganhos territoriais. Para conseguir o
apoio de Napoleão III contra a Áustria, os italianos comprometeramse a ceder duas províncias à França. Foram elas:
a) o Piemonte e Veneza.
b) a Lombardia e a Toscana.
c) Nice e a Savóia.
d) a Sicília e Nápoles.
e) a Córsega e a Sardenha.
4. Os junkers, que foram de grande valia para Bismarck no processo
de unificação da Alemanha,
a) eram os nacionalistas alemães, herdeiros do romantismo surgido no
início do século XIX.
– 45
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retiraram seu apoio ao governo imperial quando este decidiu
abolir a escravidão, sem indenizá-los pelos prejuízos.
Resposta: C
FRENTE 1
MÓDULO 11
1)
A proposição I é falsa porque o Brasil manteve um perfil
eminentemente agroexportador, apesar do surto industrial
iniciado em 1850 (alavancado aliás por capitais nacionais, e
não ingleses). Além disso, foi somente em 1970 que a
população urbana brasileira superou a rural.
Resposta: C
2)
A Lei de Terras foi aprovada em 1850, duas semanas depois
da Lei Eusébio de Queirós. A aristocracia rural brasileira
receava que, com a decadência da escravidão e o consequente
incremento da imigração europeia, ex-escravos e imigrantes
encontrassem facilidades para adquirir propriedades no
campo. Como uns e outros geralmente não dispunham de
recursos, a Lei de Terras fixava a compra como única forma
de aquisição, justamente para dificultar o acesso daquelas
pessoas à propriedade fundiária.
Resposta: A
3)
4)
A cafeicultura do Oeste Paulista já era importante no século
XIX, superando a produção do Vale do Paraíba. Utilizando
mão de obra imigrante europeia assalariada (trabalhadores
italianos, após o fracasso do sistema de parceria com suíços e
alemães), a burguesia cafeeira investiu seus lucros excedentes
na indústria e em bancos, trazendo, como consequência
natural, o desenvolvimento econômico e demográfico da
cidade de São Paulo.
Resposta: A
Além de não haver uma “política de incentivos fiscais” para
a indústria paulista, esta, no início do século XX, foi abastecida com mão de obra em grande parte estrangeira, sobretudo
italiana.
Resposta: B
MÓDULO 12
1)
A alternativa a ultrapassa as ilações possibilitadas pelo fragmento transcrito, mas não invalida a análise sobre o anacronismo das instituições monárquicas brasileiras, face ao
desenvolvimento econômico registrado no último terço do
século XIX.
Resposta: A
2)
A crise do escravismo no Brasil contribuiu para que o Império
perdesse o apoio dos cafeicultores, por duas razões: os
produtores do Oeste Paulista, por empregarem mão de obra
livre, sentiam-se descomprometidos com a manutenção da
Monarquia; quanto aos fazendeiros do Vale do Paraíba,
46 –
3)
As transformações econômicas e sociais ocorridas no Brasil a
partir da década de 1850 (expansão cafeeira no Oeste Paulista,
imigração europeia, processo de urbanização e modernização)
expuseram o anacronismo da centralização político-administrativa do Império. Assim, para os signatários do Manifesto
de 1870, somente a República poderia viabilizar o sistema
federativo, associado por eles às ideias de progresso e
modernidade.
4)
A queda da Monarquia e o advento da República, em 1889,
foram provocadas por uma aliança político-militar em que se
destacavam a burguesia cafeeira do Oeste Paulista, ligada ao
PRP, e setores republicanos do Exército.
Resposta: B
MÓDULO 13
1)
a) Trata-se da crise financeira conhecida como “Encilhamento”, provocada por medidas equivocadas decididas
pelo ministro da Fazenda Rui Barbosa.
b) Emissão de papel-moeda sem o correspondente aumento
do lastro-ouro e inflação.
2)
Pelo Decreto n.º 3, o Governo Republicano Provisório
estabeleceu a separação entre a Igreja e o Estado e, com ela,
a liberdade de cultos, a secularização dos cemitérios e a
criação do Registro Civil.
Resposta: A
3)
O autoritarismo de Deodoro provocou choques entre o
presidente e o Congresso, que representava os interesses das
oligarquias agrárias. O clímax desse confronto foi o fechamento do Legislativo pelo marechal, que no entanto, se viu
obrigado a renunciar poucos dias depois.
4)
A República, proclamada em 1889 e regulamentada pela
Constituição de 1891, não alterou a estrutura socioeconômica
do País, preservando o poder das oligarquias. Assim, apesar
da adoção do sufrágio universal masculino, a grande maioria
da população permaneceu à margem da vida política e,
portanto, do pleno exercício da cidadania.
Resposta: D
MÓDULO 14
1)
A “Política do Café com Leite”, criada pelo presidente
Campos Sales, consistiu na aliança entre as oligarquias
paulista e mineira (representadas respectivamente pelo PRP
e pelo PRM), com vistas a controlar o poder político em nível
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federal. Como resultado prático os presidentes da República
seriam indicados alternadamente por aquelas oligarquias. A
fim de proporcionar suporte ao “Café com Leite”, Campos
Sales criou também a “Política dos Governadores”.
2)
A República Velha consolidou os esquemas oligárquicos de
origem colonial, legitimando o mandonismo local exercido
pelos “coronéis”. Por isso, o “coronelismo” constituiu a base
de sustentação do Estado Oligárquico até 1930.
Resposta: D
3)
O coronelismo, definido como forma de clientelismo político
local, constituiu uma das bases de sustentação da República
das Oligarquias.
Resposta: C
4)
Pela “Política dos Governadores” (acordo não escrito entre o
governo federal e as oligarquias estaduais, concebido por
Campos Sales), o governo federal não interviria nos estados,
o que ampliava o pacto federativo em benefício das
oligarquias locais. Estas, em contrapartida, por intermédio de
seus senadores e deputados federais, apoiariam o presidente
da República, que representava a “Política do Café com
Leite”.
Resposta: D
3) Por “bacharelismo” entendia-se a valorização da profissão de
advogado, da qual provinha a absoluta maioria dos políticos
republicanos. Note, porém, que o título de “doutor” se aplicava,
na época, não somente aos advogados, mas também aos médicos
e engenheiros (como o próprio texto transcrito evidencia), os
quais não tinham o título de “bacharel”.
Resposta: A
4) No período citado, o movimento operário no Brasil teve atuação
significativa, malgrado a repressão governamental. Seus líderes,
geralmente de origem europeia (sobretudo italianos), tinham
base ideológica anarquista — adaptada às condições brasileiras
sob a forma de anarcossindicalismo.
Resposta: C
5) A
5)
O acordo entre “o governo federal e os chefes estaduais” a que
se refere Renato Lessa foi consubstanciado no início da
República por Campos Sales, ao criar a “Política dos
Governadores”. Esta assegurava liberdade de ação para as
oligarquias em seus respectivos estados, proporcionando-lhes
a coesão e uniformidade necessárias para neutralizar a ação
de grupos dissidentes. Também seria evitada qualquer
articulação entre estados que pusesse em xeque a autoridade
do governo federal.
Resposta: C
MÓDULO 16
1)
a) Queda no consumo de produtos agrícolas e industriais, em
decorrência do término da Primeira Guerra Mundial, da
recuperação da produção europeia e da saturação do
mercado interno norte-americano.
b) Programa de construção de obras públicas, oferecendo
novas oportunidades de emprego; concessão de financiamentos aos agricultores; fixação de preços mínimos para
produtos primários; criação do salário mínimo; supervisão
do sistema financeiro por parte do governo federal.
2)
a) Nos Estados Unidos, em 1929.
b) Agravamento da superprodução do café, o que enfraqueceu a oligarquia paulista e abriu caminho para a
Revolução de 1930.
3)
O crack da Bolsa de Nova York estendeu ao setor financeiro
uma crise que já vinha se manifestando na agricultura e na
indústria. A partir de 1929 e até princípios de 1933, o
desemprego aumentou e a capacidade de consumo dos norteamericanos foi seriamente afetada, constituindo o aspecto
mais notório da Grande Depressão.
Resposta: E
4)
a) Keynes se opunha ao liberalismo econômico e lançou as
bases teóricas do que seria mais tarde o Welfare State
(“Estado do Bem-Estar”).
b) A construção de obras públicas, para gerar empregos e
renda, e a criação do salário mínimo.
5)
O aparecimento dos heróis das histórias em quadrinhos, além
de seus óbvios objetivos mercadológicos, apresentava uma
vertente subliminar no sentido de incentivar a auto-estima e,
por extensão, o patriotismo dos norte-americanos. Com isso,
procurava-se minimizar os efeitos psicológicos da Grande
Depressão.
Resposta: E
MÓDULO 15
1) a)
b)
c)
2) a)
b)
À Revolta da Vacina.
Demolição dos cortiços existentes no centro do Rio, que
obrigou seus moradores a se deslocar para os morros ou
em direção aos subúrbios; e — como causa imediata — a
imposição da vacina obrigatória contra a varíola.
Modernizar o Rio de Janeiro conforme o modelo das
capitais europeias, a fim de impressionar favoravelmente
os visitantes estrangeiros.
O texto destaca a exploração da classe operária,
notadamente a mão de obra feminina e infantil, as longas
jornadas de trabalho e os baixos salários.
No período citado, a ideologia dominante no movimento
operário de São Paulo era o anarcossindicalismo; suas
revindicações eram melhores salários e condições de
trabalho, assim como a legalização dos sindicatos; as
formas de luta incluíam a existência de uma imprensa
operária, a criação de associações mutualistas e sobretudo
o recurso à greve.
– 47
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MÓDULO 17
1)
2)
3)
a) O sistema federativo estabelecido pela Constituição de
1891 e a Política dos Governadores favoreciam os regionalismos estaduais e, consequentemente, o poder das
oligarquias. Estas, porém, não interferiam na Política do
Café com Leite, responsável pelo predomínio de São Paulo
e Minas Gerais no nível federal.
b) Após a Revolução de 1930, São Paulo viu-se excluído da
política federal e, apesar de seu poder econômico, sofreu
restrições até mesmo em sua autonomia local.
Expansão da produção fabril, aumentando a influência da
burguesia industrial e exigindo uma nova estratégia política
para controlar o crescente proletariado urbano. Paralelamente, ocorreu o enfraquecimento do setor cafeeiro e da oligarquia paulista, devido à superprodução, aos efeitos da Crise de
29 e à quebra do Café com Leite por Washington Luís. Com
a ascensão de Vargas ao poder e a implantação do populismo,
São Paulo perdeu a força que tivera no plano político federal.
Na ocasião (vésperas das eleições de 1930), Luís Carlos
Prestes, embora no exílio, ainda conservava o prestígio
alcançado com sua participação na coluna que incluiu seu
nome e que representou o ponto máximo do movimento
tenentista.
Obs.: As demais alternativas estão factualmente corretas, mas
não respondem ao enunciado da questão.
Resposta: E
4)
A Revolução de 30 afastou a oligarquia cafeeira paulista do
poder político, pois Getúlio Vargas preferiu apoiar-se em
outras oligarquias, como a mineira e a gaúcha.
Resposta: D
5)
Os tenentes, imbuídos do “ideal de salvação nacional”,
queriam pôr fim ao domínio das oligarquias e, por meio de
uma reorganização política, promover o progresso nacional.
Resposta: D
3)
a) Prática do populismo (obtenção do apoio popular mediante atendimento a algumas aspirações dos trabalhadores) e
criação do DIP (Departamento de Imprensa e
Propaganda).
b) A participação do Brasil e a vitória ao lado dos Aliados na
Segunda Guerra Mundial, na luta contra o nazifascismo,
inviabilizaram ideologicamente o Estado Novo, contribuindo para sua queda.
4)
Obstruir o processo de sucessão presidencial e, com isso,
viabilizar sua permanência no poder.
5)
Tendência à bipolarização entre os extremismos políticos,
sendo a esquerda representada pela ANL (Aliança Nacional
Libertadora) e a direita pela AIB (Ação Integralista Brasileira).
6)
No início da Segunda Guerra Mundial, Vargas procurou
equilibrar-se entre os Aliados e o Eixo. Para tanto, manteve
entre seus auxiliares simpatizantes tanto de um como do outro
lado. Simultaneamente, negociou com os Estados Unidos
ajuda para a implantação da siderurgia no Brasil.
Resposta: B
7)
a) Características da legislação trabalhista-sindical da Era
Vargas: unicidade sindical por categoria profissional e
criação do imposto sindical obrigatório. Mudanças na
legislação trabalhista-sindical propostas pelo governo Lula
(entre outras): pluralidade de sindicatos em uma mesma
categoria e supressão do imposto sindical.
b) Primeira metade da década de 1940: atrelamento do movimento sindical ao governo, por meio do “peleguismo” e do
populismo. Década de 1970: controle governamental sobre
os sindicatos por meio de um regime ditatorial, implantado
a partir do Ato Institucional n.o 5.
8)
Questão mal formulada, pois estabelece entre o enunciado e
a alternativa correta uma relação de aparente imediatismo.
Assim, o enunciado menciona o período de 1942-43 como
sendo de aprofundamento das “contradições e ambiguidades
do regime ditatorial de Vargas”. Ora, a alternativa escolhida
cita o “queremismo” como uma manobra continuísta de
Vargas – o que é correto, mas somente ocorreu no segundo
semestre de 1945.
Resposta: D
9)
O DIP, inspirado no Ministério da Propaganda dirigido por
Josef Göbbels na Alemanha nazista, cumpriu um amplo leque
de atribuições, conforme explicitado no texto.
Resposta: A
MÓDULO 18
1)
2)
Quando a ANL foi fundada, Prestes encontrava-se na
clandestinidade. Mesmo assim, foi eleito presidente de honra
da entidade, à qual imprimiu uma orientação comunista e
revolucionária.
Resposta: C
Os sindicatos somente seriam legalizados depois de registrados no Ministério do Trabalho, o qual possuía o poder de
intervir nas organizações sindicais.
Obs.: Outro recurso varguista para controlar os sindicatos foi
a prática do “peleguismo”.
Resposta: C
48 –
10) A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial significou
uma contradição insustentável para o governo de Vargas, que
internamente impunha uma ditadura de inspiração fascista e
externamente combatia ao lado das democracias, contra o
nazifascismo. Além disso, a vitória dos Aliados enfraqueceu a
base ideológica do Estado Novo.
C2_3A_EXE_Hist_2014_Keli 03/01/14 08:31 Página 49
11) A contradição entre as políticas interna e externa de Vargas
durante o Estado Novo, sobretudo após a entrada do Brasil
na Segunda Guerra Mundial, foi o principal fator de
desestabilização de seu governo.
Resposta: D
12) A UDN, no período entre 1945 e 1964, caracterizou-se como
um partido de composição heterogênea, mas cujos membros
tinham certos pontos em comum, a saber: o reacionarismo, o
golpismo e, acima de tudo, o antigetulismo. Isso explica a
análise de Benedito Valadares (um fiel partidário de Vargas),
que se refere a descontentes com a Revolução de 30 ou com
aspectos da Era Vargas.
Resposta: D
5)
MÓDULO 12
1)
O texto transcrito considera que, na França, o Antigo Regime
assumiu características modernas que o distanciavam de suas
origens feudais. Tais características seriam as seguintes:
No plano político, concentração de poderes absolutos nas
mãos do rei, justificada pela teoria do direito divino.
No plano econômico, prática do mercantilismo, política econômica de incentivo às atividades comerciais, direcionada
para aumentar a arrecadação tributária e fortalecer o poder
real.
No plano social, existência de uma sociedade de ordens,
baseada na desigualdade jurídica dos segmentos sociais, com
o rei equilibrando-se entre a burguesia, de um lado, e a
nobreza e clero, de outro.
2)
a)
13) Deposto em outubro de 1945, Vargas retirou-se para sua
fazenda no Rio Grande do Sul, de onde lançou um manifesto
apoiando a candidatura do general Dutra (PSD) à Presidência
da República.
Resposta: B
FRENTE 2
MÓDULO 11
1)
2)
3)
4)
A aliança entre os reformadores protestantes e o poder político
é evidente no luteranismo e no anglicanismo, embora no
calvinismo o movimento reformista tenha muitas vezes se
insurgido contra o poder político estabelecido. No caso de
Lutero, o sucesso de sua rebelião contra a Igreja dependeu
fundamentalmente da proteção que lhe foi dispensada por
Frederico da Saxônia (um dos sete príncipes-eleitores do
Sacro Império) e, depois, pelos senhores alemães do Norte.
Para estes, a Reforma serviu de instrumento para contrabalançar o poder do imperador, que permanecera católico.
Resposta: A
Um dos fatores que contribuiu para o sucesso da Reforma
Luterana na Alemanha foi a fraqueza do poder central no
Sacro Império Romano Germânico. Essa circunstância
permitiu que a nobreza senhorial do Norte apoiasse Lutero
contra o imperador, o qual permanecera católico. E a
tradução da Bíblia para o alemão, feita por Lutero, contribuiu
para reforçar a unidade cultural do país.
Resposta: B
Lutero condenou veementemente a revolta dos camponeses
anabatistas, incitando a nobreza a reprimi-la duramente. A
postura do reformador deveu-se ao fato de que a aristocracia
alemã do Norte formava a base de sustentação da Reforma
Luterana.
Resposta: B
No texto, Hobbes põe em dúvida a capacidade de pessoas
apenas alfabetizadas poderem interpretar a Bíblia. Essa
possibilidade fora aberta depois que os protestantes passaram
a traduzir a Bíblia para as línguas correntes.
Resposta: A
A medida citada, que teve na Companhia de Jesus seu agente
mais expressivo, visava não apenas preservar a fé da população nos ensinamentos da Igreja, mas também formar uma
intelectualidade católica capaz de combater as críticas
protestantes.
Resposta: E
b)
c)
Decreto real que concedeu aos huguenotes liberdade
religiosa, igualdade de direitos em relação aos católicos e
um certo número de praças-fortes guarnecidas exclusivamente por tropas protestantes.
Para fortalecer a autoridade real, Richelieu retirou dos
huguenotes o controle sobre as praças-fortes, mas
preservou sua liberdade religiosa e igualdade em relação
aos católicos.
Em 1685, Luís XIV revogou o Edito de Nantes, o que
provocou a emigração em massa dos huguenotes,
abalando a economia da França.
3)
Maquiavel, considerado um dos mais importantes teóricos do
Absolutismo, afirma que os governantes não devem se reger
pelas regras da moral, caso seja necessário transgredi-las
(Princípio da “razão de Estado”).
Resposta: E
4)
O bispo Jacques Bossuet, em sua obra A Política Extraída das
Sagradas Escrituras, legitima a autoridade real com base na
teoria do direito divino. As demais citações pertencem
respectivamente a Maquiavel (O Príncipe), Hobbes (Leviatã),
Luís XIV (resposta ao Parlamento de Paris, cujo presidente
censurará o rei por adentrar o recinto em trajes de caça) e
Rousseau (O Contrato Social).
Resposta: D
5)
Entre 1661 e 1715, Luís XIV incumbiu-se diretamente do
governo da França, auxiliado por diversos ministros (dos
quais o mais importante foi Colbert), mas sem ter um primeiro-ministro que atuasse em seu nome. Essa concentração
de poderes foi celebrizada na frase L’Eta c’est moi (o Estado
sou eu).
Resposta: A
– 49
C2_3A_EXE_Hist_2014_Keli 03/01/14 08:31 Página 50
b) A Revolução Industrial substituiu as manufaturas e o sistema
doméstico de produção (este último já pouco significativo) pelo
sistema fabril, no qual máquinas movidas a vapor executavam
o processo produtivo (maquinofatura). Essa transformação
tecnológica alterou o perfil da força de trabalho, constituída a
partir de então por uma mão de obra não qualificada e
destituída de qualquer controle sobre os instrumentos de
produção (proletariado). Além disso, a concentração de
trabalhadores no espaço da fábrica, sujeitando-os a uma
rígida disciplina por parte do empregador, tornou-os mais
vulneráveis à exploração capitalista.
MÓDULO 13
1)
O absolutismo de fato imposto por aqueles monarcas sobre o
Parlamento fortaleceu-se com a Reforma Anglicana, que
acrescentou o poder espiritual à autoridade do rei, e pela
prática do mercantilismo, que agradou à burguesia e deu
início à acumulação primitiva de capitais na Inglaterra.
2)
a) Vida social: ascensão da burguesia, no quadro da
acumulação primitiva de capitais e do fortalecimento da
Câmara dos Comuns.
Vida política: Revoluções Inglesas do Século XVII (Puritana, de 1642-60, e Gloriosa, de 1688-89).
b) Governo de Cromwell: regime republicano autoritário,
com forte concentração de poderes nas mãos de Cromwell,
intitulado “Lorde Protetor”.
Relação com o Parlamento: o Parlamento, reduzido à
Câmara dos Comuns, sofreu diversos expurgos e permaneceu submisso à autoridade de Cromwell.
Relação com a burguesia: favorecimento burguesia
comercial por meio de medidas mercantilistas, com
destaque para o Ato de Navegação de 1651.
c) Movimento que depôs o rei Jaime II Stuart, encerrando
definitivamente as tentativas de implantar o absolutismo
na Inglaterra. O processo revolucionário completou-se com
a promulgação do Bill of Rights (Declaração de Direitos),
que estabeleceu a supremacia do Parlamento sobre o rei e
definiu os direitos do cidadão diante do Estado.
3)
A proposição I é incorreta porque o êxito da Reforma
Anglicana fortaleceu o poder dos Tudors. A proposição III é
incorreta porque Elizabeth I manteve o Parlamento aberto e
não impôs o absolutismo por direito divino, contentando-se
em exercer um poder de fato no país.
Resposta: B
4)
A questão exagera ao considerar como “política social” dos
Tudors um aspecto incidental da administração de Elizabeth
I: a Lei dos Pobres, que atribuía às paróquias anglicanas a
incumbência de conseguir colocação para os indigentes,
reafirmando de certa forma o papel assistencial da Igreja
Católica na Idade Média.
Resposta: B
5)
Alternativa a é incorreta porque Cromwell governou
ditatorialmente com o título de “Lorde Protetor”, submetendo
o Parlamento à sua autoridade. Os direitos humanos não
foram respeitados, haja vista a dura repressão sofrida pelos
católicos, sobretudo na Irlanda.
Resposta: A
MÓDULO 14
1)
a) O texto afirma que, a partir da Revolução Industrial, a
memória do passado e a experiência dela resultante perdeu
relevância, em face das inovações que se sucederam desde
então.
50 –
2)
Muitos autores consideram que a Revolução Industrial determinou a separação entre o capital e o trabalho, esquecendo
que esse processo já estava em curso nas manufaturas que
precederam as fábricas. Assim, dentro de sua perspectiva,
concluem que somente com a industrialização do século XVIII
foi possível, aos donos do capital, submeter os trabalhadores
a formas autoritárias de controle e à lógica do tempo imposto
pelo funcionamento das máquinas.
Resposta: C
3)
Nas oficinas domésticas, todas as etapas da produção eram
realizadas pelo artesão, inexistindo a divisão do trabalho que
começou a se evidenciar com o advento das manufaturas.
Na produção artesanal, o artesão era detentor dos meios de
produção e da riqueza por ele produzida.
No sistema fabril, o trabalhador é assalariado, sem qualquer
influência sobre os meios de produção, realizando uma tarefa
específica e submetendo-se ao ritmo imposto pelas máquinas.
4)
A Revolução Industrial deu origem a uma nova classe social
— o proletariado — formada por trabalhadores assalariados
não qualificados. Grande parte dos primeiros proletários, na
inglaterra, provinha de áreas rurais arrendadas ou de terras
comunais, as quais passaram por um processo de cercamentos
(ou enclosures) em benefício dos grandes proprietários.
Resposta: A
MÓDULO 15
1)
E
2) E
3)
a) Clero, nobreza e Terceiro Estado (camada majoritária que
incluía a burguesia, mas que está representada na charge
pela figura de um camponês). No Antigo Regime, as
relações entre os três grupos eram de privilégios para os
dois primeiros, recaindo sobre o Terceiro Estado a carga
tributária e as obrigações feudais.
b) Eram criticados: os privilégios da nobreza e do clero
(sobretudo a isenção de impostos); o contraste oferecido
entre o luxo da aristocracia e do alto clero, quando
comparado com a miséria do povo; e a desigualdade das
camadas sociais perante a lei (desigualdade civil).
c) Classe social: burguesia. Transformações ocorridas no
período mais radical (Terror): sufrágio universal masculino,
abolição dos direitos feudais remanescentes, distribuição de
terras aos camponeses, abolição da escravidão nas colônias,
ensino primário obrigatório e sistema métrico decimal.
C2_3A_EXE_Hist_2014_Keli 03/01/14 08:31 Página 51
4)
a) Período do Terror.
5)
b) A abolição da escravidão nas colônias francesas, o Decreto
do Máximo (fixação de preços para os produtos de
primeira necessidade), o ensino primário obrigatório e
gratuito.
5)
6)
7)
Alternativa escolhida por eliminação, já que combina uma
medida conjuntural da Revolução Francesa (confisco dos bens
dos emigrados) com um desdobramento muito mais amplo,
que se estendeu ao longo do século XIX (liberalismo econômico, que não admitia a intervenção do Estado em benefício
dos trabalhadores). Aliás, convém lembrar que o Estado
Francês, durante a Revolução e a Era Napoleônica, tendeu
muito mais para o intervencionismo do que para o liberalismo.
Resposta: A
Trata-se da fase da Contra-Revolução Burguesa (1794-1799),
na qual a alta burguesia retomou o poder político, confiando
o Executivo, em 1795, a um Diretório de cinco membros. Ao
anular as medidas populares do período anterior (fase
jacobina), a burguesia criou as condições necessárias para
consolidar sua hegemonia econômica e social – o que se
concretizaria durante a Era Napoleônica.
1)
2)
3)
4)
MÓDULO 17
1)
a) Doutrinas: liberalismo e nacionalismo. Instituições: igualdade perante a lei (igualdade civil) e governos escolhidos
pelos cidadãos.
b) Início do processo de independência das colônias iberoamericanas, devido à intervenção napoleônica na
Península Ibérica. No caso do Brasil, a transmigração da
Corte Portuguesa criou condições para que a colônia
pudesse vir a ser um Estado independente. Na América
Espanhola, a imposição de José Bonaparte como rei da
Espanha levou as colônias a criar Juntas Provisórias de
Governo, precursoras de sua independência.
2)
a) Desenvolvimento da produção fabril na Inglaterra, com
base no trinômio vapor—carvão—ferro, aplicado à
indústria têxtil e à metalurgia.
b) Exacerbação do sentimento nacional, baseado na unidade
política e cultural do país, com desdobramentos militaristas e expansionistas.
c) No indianismo, tanto na prosa (Alencar) como na poesia
(Gonçalves Dias).
3)
Entre os teóricos citados, Adam Smith é o único que viveu no
século XVIII, sendo portanto contemporâneo dos primórdios
da Revolução Industrial. Os demais autores, embora
corretamente relacionados com suas teorias, pertencem ao
século XIX.
Resposta: A
4)
Em sua encíclica, Leão XIII propôs a harmonização entre
capital e trabalho, com patrões e empregados cumprindo
corretamente suas obrigações recíprocas, na qualidade de
“irmãos em Cristo”.
5)
Resposta: F; V; F; V; V – A proposição 1 é falsa porque Marx
e Engels defendiam a destruição do capitalismo e da classe
que o representava, ou seja, a burguesia. A proposição 3 é falsa
porque, para eles, o conflito social ocorrido no capitalismo
travava-se entre a burguesia e o proletariado.
As tensões político-sociais e as necessidades da guerra externa
levaram a burguesia a entregar o poder político a Napoleão
Bonaparte, que implantou uma ditadura disfarçada denominada Consulado.
Resposta: B
MÓDULO 16
a) Implantando um regime autoritário que consolidou as
conquistas burguesas da Revolução e adotando medidas
para desenvolver o capitalismo na França.
b) A participação dos setores populares urbanos na
Revolução Francesa, somada à progressiva conscientização
dos proletários europeus, repercutiria nos movimentos
sociais do século XIX, marcados pela influência das ideias
socialistas.
Resposta: V V VF – A proposição 4 é falsa porque Napoleão
foi derrotado definitivamente em Waterloo e aprisionado na
Ilha de Santa Helena, sendo sucedido no governo da França
por Luís XVIII de Bourbon.
O princípio da igualdade jurídica, ao se contrapor aos
privilégios concedidos à nobreza e ao clero pelo Antigo
Regime, beneficiava a burguesia, detentora do poder
econômico. O princípio da liberdade individual, por sua vez,
assegurava o direito à livre-iniciativa e à liberdade de opinião,
importantes para o desenvolvimento do capitalismo liberal.
Resposta: B
A Santa Aliança – formada pela Áustria, Prússia e Rússia –
aplicou o Princípio de Intervenção, combatendo movimentos
liberais na Europa, impondo a censura e sufocando as
liberdades políticas.
Resposta: V V F F – A proposição 3 é incorreta porque
somente a França voltou às fronteiras de 1789; em outros
casos, o mapa europeu foi refeito em benefício da Áustria,
Prússia e Rússia. E a proposição 4 é incorreta porque a GrãBretanha, além de ser a principal inimiga da França no
Período Napoleônico, saiu fortalecida política e militarmente.
MÓDULO 18
1)
a) O Zollverein (1834), isto é, a unificação aduaneira dos
Estados da Confederação Germânica (com exclusão da
Áustria), que consolidou a integração econômica como prérequisito para a Unificação política da Alemanha.
b) A quebra do equilíbrio europeu, devido ao poderio militar
da Alemanha, e o acirramento da competição comercial
entre os capitalismos alemão e britânico.
– 51
C2_3A_EXE_Hist_2014_Keli 03/01/14 08:31 Página 52
2)
A Comuna de Paris, que eclodiu logo após a derrota da
França na Guerra Franco-Prussiana, reuniu comunistas,
anarquistas e socialistas utópicos, mas foi sangrentamente
reprimida pelo governo da recém-instalada Terceira República Francesa.
Resposta: B
3)
A alternativa correta corresponde à interpretação dos textos
apresentados, tanto no caso de Bismarck como no de Hitler.
Resposta: B
4)
Os junkers (forma correta plural em alemão: Junkern) eram
os membros da nobreza prussiana que, por tradição, serviam
no Exército como oficiais ou faziam carreira políticoadministrativa no Estado Prussiano. Distinguiam-se pelo uso
da partícula von antecedendo o sobrenome, embora tal
característica não lhes fosse exclusiva.
Resposta: E
5)
a) Estabelecer uma aliança entre o reino do Piemonte e a
França de Napoleão III para combater a Áustria, cuja
influência se estendia sobre grande parte da Itália.
b) Conflito entre o Papado e o Reino da Itália, uma vez que a
unificação italiana, ao extinguir os Estados da Igreja,
fizera com que o papa perdesse seu poder temporal. Este
52 –
seria restabelecido pelo Tratado de Latrão, quando
Mussolini e o papa Pio XI acordaram em criar o Estado
do Vaticano.
6)
Tanto a Alemanha como a Itália completaram suas unificações
durante a Guerra Franco-Prussiana: a primeira, ao
proclamar o Império Alemão em Versalhes; a segunda, ao
ocupar Roma, abandonada pelas tropas francesas que
defendiam o papa. O surgimento desses dois novos Estados
alterou o equilíbrio europeu, sobretudo devido ao poderio
militar e industrial da Alemanha.
Resposta: E
7)
À burguesia industrial do Norte, sediada em Turim e Milão,
a unificação da Itália convinha porque, num primeiro
instante, consolidaria o mercado nacional e, como possibilidade futura, oferecia a perspectiva de uma expansão
colonial.
Resposta: D
8)
Necessitando do apoio militar francês para atacar a Áustria,
senhora do Reino Lombardo-Veneziano, Cavour compremeteu-se a entregar à França a região costeira de Nice e o
território alpino da Savóia.
Resposta: C
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