MEDITAÇÃO (5º mistério) «Tenho um único pedido para vos fazer: perdoai àqueles que me mataram. Fazei-o de todo o coração e pedi comigo que o meu sangue, mesmo sendo o sangue de um pecador, seja o preço para a paz, o amor e a concórdia que desapareceram desta pátria e do mundo inteiro». (Ghassibé Kayrouz, seminarista maronita libanês) INTENÇÃO DE ORAÇÃO Rezemos para que a esperança não enfraqueça. Rezemos para que Jesus Cristo, príncipe da Paz e Luz do Mundo, conceda confiança aos povos em guerra, para que transborde de esperança, pela força do Espírito Santo. Maria, Rainha da Paz, rogai por nós. ORAÇÃO Deus de Compaixão, escuta o clamor dos povos em guerra, conforta os que sofrem violência, consola os que choram os seus mortos. Fortalece os países vizinhos para que acolham os refugiados. Toca os corações dos que recorrem às armas e protege os que trabalham pela paz. Deus da Esperança, inspira os líderes para que escolham a paz em vez da violência e para que procurem a reconciliação com os seus inimigos. Inflama a compaixão na Igreja Universal para com os povos que estão em guerra e dá-nos esperança num futuro com base na justiça para todos. Nós Te pedimos por Jesus Cristo, Príncipe da Paz e Luz do mundo. Ámen. Patriarca Gregório III, Igreja Católica Greco-Melquita, de Antioquia e de todo o Oriente, Alexandria e Jerusalém www.fundacao-ais.pt | Tel. 21 754 40 00 | [email protected] “Felizes de vós, se fordes insultados e perseguidos, e se disserem toda a espécie de calúnia contra vós por causa de Mim. Ficai alegres e contentes, porque será grande para vós a recompensa no céu” (Mt 5, 11-12) 1º Mistério Doloroso AGONIA DE JESUS NO HORTO Entretanto, Jesus com os seus discípulos chegou a um lugar chamado Getsémani e disse-lhes: “Sentai-vos aqui, enquanto Eu vou além orar”. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-Se e a angustiar-Se. Disse-lhes, então: “A minha alma está numa tristeza de morte; ficai aqui e vigiai comigo”. E, adiantando-Se um pouco mais, caiu com a face por terra, orando e dizendo: “Meu Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice. No entanto, não seja como Eu quero, mas como Tu queres.” (Mt 26, 36-39) MEDITAÇÃO «Meu Deus, tenho medo do meu medo; ele pode fazer que eu Vos abandone. Meu Deus, tenho medo do meu medo, ele pode fazer que eu não aguente até ao fim. Meu Deus, imploro-Vos: Não Vos esqueçais de mim na vossa glória; Dai-me o vosso amor, E a força para dar a minha vida por Vós. Assim seja». (Oração de católicos chineses) INTENÇÃO DE ORAÇÃO Rezemos para que as armas sejam silenciadas. Rezemos pelo fim de toda a violência e de todo o conflito armado. Rezemos por todos aqueles que sofrem por causa dos conflitos bélicos. Rezemos para que depois de tanto sofrimento e tantos horrores, não se perca a esperança de alcançar uma solução pacífica e justa. Rezemos, com o Santo Padre, todos juntos: Maria, Rainha da Paz, rogai por nós. 2º Mistério Doloroso 4º Mistério Doloroso FLAGELAÇÃO DE JESUS VIA SACRA ATÉ AO CALVÁRIO Dito isto, foi ter de novo com os judeus e disse-lhes: “Não vejo nele nenhum crime. Mas é costume eu libertar-vos um preso na Páscoa. Quereis que eu vos solte o rei dos Judeus?”. Eles puseramse de novo a gritar, dizendo: “Esse não, mas sim Barrabás!”. Ora Barrabás era um salteador. Então, Pilatos mandou levar Jesus e flagelá-lo. (Jo 18, 38 - 19, 1) Levaram-n’O, então, para O crucificar. Para Lhe levar a cruz, requisitaram um homem que passava por ali ao regressar dos campos, um tal Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo. E conduziram-n’O ao lugar do Gólgota, que quer dizer ‘lugar do Crânio’. (Mc 15, 20-22) MEDITAÇÃO «Aqueles a quem Cristo se revelou pelo amor e pela fé sabem o que é mais importante: Jesus sofre por nós. Toma sobre Si a dor e a maldição de todos os tempos, as iniquidades do pecado do homem, experimenta a angústia e o inferno do abandono de Deus. Quando a noite sem um raio de esperança O rodeia, Cristo desce voluntariamente ao nosso abismo para nos trazer para a sua luz sem ocaso». ( Alexandre Men, sacerdote ortodoxo russo) INTENÇÃO DE ORAÇÃO Rezemos por todos aqueles que tiveram de abandonar as suas famílias, as suas casas, as suas terras e os seus bens. Por todos aqueles que têm fome e não têm um tecto para se abrigar. Rezemos pelos que vivem em campos de refugiados. Rezemos por todos os países que acolhem os deslocados, por todos aqueles que em todo o mundo oferecem ajuda, assistência e cuidados aos emigrantes e aos refugiados. Maria, Rainha da Paz, rogai por nós. 3º Mistério Doloroso COROAÇÃO DE ESPINHOS Os soldados do governador conduziram Jesus para o pretório e reuniram toda a coorte à volta d’Ele. Despiram-n’O e envolveram-n’O com um manto escarlate. Tecendo uma coroa de espinhos, puseram-Lha na cabeça, e uma cana na mão direita. Dobrando o joelho diante d’Ele, escarneciam-n’O, dizendo: “Salve! Rei dos Judeus!”. E, cuspindo-Lhe no rosto, agarravam na cana e batiam-lhe na cabeça. Depois de O terem escarnecido, tiraram-Lhe o manto, vestiram-Lhe as suas roupas e levaram-n’O para ser crucificado. (Mt 27, 27-31) MEDITAÇÃO «Somos os filhos do baptismo das lágrimas... somos os filhos do Sábado da separação, mas com uma face voltada para o Domingo da Ressurreição. Sabemos que hoje podemos morrer, mas que amanhã teremos um encontro com a vida». (Um jovem libanês) INTENÇÃO DE ORAÇÃO Rezemos pelas vítimas das guerras. Por todas e cada uma delas. Não são números, mas nomes, membros de uma família. São mães, pais, filhos e filhas. São nossos irmãos e irmãs, filhos de Deus criados à Sua imagem e semelhança. Rezemos para que se respeite e defenda o direito à vida de todas as pessoas. Maria, Rainha da Paz, rogai por nós. MEDITAÇÃO «O juiz pergunta pela última vez ao Padre Dajani: “Acredita neste Deus e em Jesus Cristo?”. O padre responde: “Desde a minha infância que acredito n’Ele e estou disposto a morrer para dar testemunho da minha fé”. O juiz replica: “Veremos se esse Jesus Cristo salvará as vossas cabeças do Tribunal do Povo!”. O Padre Dajani responde sem levantar a voz: “Morrer por Cristo seria para mim e para os meus companheiros um privilégio, porque o nosso sacrifício será uma semente de novos mártires pela fé cristã”». (Padre Daniel Dajani, sacerdote jesuíta albanês) INTENÇÃO DE ORAÇÃO Rezemos pelos líderes políticos de todo o mundo, para que se decidam a procurar a paz e o bem de todos, e para que deixem de pensar nos seus próprios interesses e poder. Rezemos pelos que trabalham pela paz, para aliviar a dor dos povos em guerra, para secar as lágrimas dos que sofrem, para que não se cansem de o fazer apesar das ameaças internas e da indiferença do mundo. Maria, Rainha da Paz, rogai por nós. 5º Mistério Doloroso CRUCIFIXÃO E MORTE DE JESUS Então, entregou-O para ser crucificado. E eles tomaram conta de Jesus. Jesus, levando a cruz às costas, saiu para o chamado Lugar da Caveira, que em hebraico se diz Gólgota, onde O crucificaram e com Ele outros dois, um de cada lado, ficando Jesus no meio. Pilatos redigiu um letreiro e mandou pô-lo sobre a cruz. Dizia: ‘Jesus Nazareno, Rei dos Judeus’. Este letreiro foi lido por muitos judeus, porque o lugar onde Jesus tinha sido crucificado era perto da cidade e o letreiro estava escrito em hebraico, em latim e em grego. Então, os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: “Não escrevas ‘Reis dos Judeus’, mas sim: ‘Este homem afirmou: Eu sou Rei dos Judeus’”. Pilatos respondeu: “O que escrevi, escrevi”. Os soldados, depois de terem crucificado Jesus, pegaram na roupa d’Ele e fizeram quatro partes, uma para cada soldado, excepto a túnica. A túnica, toda tecida de uma só peça de alto a baixo, não tinha costuras. Então, os soldados disseram uns aos outros: “Não a rasguemos; tiremo-la à sorte, para ver a quem tocará”. Assim se cumpriu a Escritura, que diz: “Repartiram entre eles as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes”. E foi isto o que fizeram os soldados. Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Clopas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!”. Depois, disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!”. E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua. Depois disso, Jesus, sabendo que tudo se consumara, para se cumprir totalmente a Escritura, disse; “Tenho sede!”. Havia ali uma vasilha cheia de vinagre. Então, ensopando no vinagre uma esponja fixada num ramo de hissopo, chegaram-lha à boca. Quando tomou o vinagre, Jesus disse: “Tudo está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. (Jo 19, 16-30)