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Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
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Informativo Nr. 1.552
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Reuniões às quintas-feiras – 20h00
Templo: “Obreiros da Paz” Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) – domingo, 14 de dezembro de 2014
Índice:
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2–Opinião: Ir João Anatalino Rodrigues – Maçons, Maniqueístas e Cátaros
Bloco 3–IrJoão Ivo Gierardi (Coluna do Irmão João Gira) – Que País é este?
Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – A Maçonaria e a Filosofia: Sistema de Filosofia Moral, Escola...........
Bloco 5-IrHercule Spoladore – Modelos de Maçonaria
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do Ir Lourival Neves Figueiredo - Circulação
Bloco 7-Destaques JB (Resenha Geral) – Hoje com versos do Irmão e Poeta Sinval Santos da Silveira
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet – Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
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Bloco 1 - Almanaque
Bloco 1 - Almanaque
Hoje é o 348º. dia do Calendário Gregoriano – Lua Quarto Minguante às 09h51
Faltam 17 dias para terminar 2014.
Dia da Bíblia; dia do Ministério Público e dia Nacional da Ópera
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
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Livros
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Eventos históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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867 - É eleito o Papa Adriano II.
1655 - Fundação da cidade de Jundiaí.
1758 - Processo dos Távora: Teresa Leonor de Távora e seu marido são presos acusados de serem os mandantes
do atentado ao rei D. José I.
1793 - Fundação do Condado de Screven.
1809 - Fundação do Condado de Twiggs.
1819 - O Alabama torna-se o 22º estado estadunidense.
1827 - Fundação do Condado de Marion.
1911 - O pólo sul da Terra é atingido pela primeira vez pela equipe de Roald Amundsen.
1939 - A URSS é expulsa da Liga das Nações por sua agressão à Finlândia.
1947
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Fundação da NASCAR, nos EUA.
Início da construção do estádio Santiago Bernabéu do clube Real Madrid.
1950 - Criação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
1951 - Fundação do município de Cascavel - Paraná e Toledo - Paraná, Brasil.
1952
o Fundação do município de Mandaguaçu - Paraná
o Fundação do município de Paranavaí - Paraná
o Fundação do município de Francisco Beltrão - Paraná
o Fundação do município de Pato Branco - Paraná
1954 - Fundação do município de Ortigueira - Paraná
1955 - 16 países passam a ser admitidos como Estados-Membros da ONU.
1958 - Fundação da Cidade de Caieiras (São Paulo, Brasil).
1962 - A sonda espacial Mariner 2 aproxima-se a 35 mil quilômetros do planeta Vênus.
1966 - Um navio de carga chocou-se com um shopping center e um hotel em Nova Orleans, ambas localizadas às
margens do Rio Mississippi.
1998 - Referendo no qual os habitantes de Porto Rico decidiem manter o status de Estado Livre Associado dos
Estados Unidos.
2001 - A UNESCO designa a região vinhateira do Rio Douro na lista dos locais que são Património da
Humanidade.
2010 - Lançamento mundial do primeiro CD póstumo do cantor Michael Jackson, chamado Michael.
2010 - A dupla Rick & Renner, uma das mais consagradas da música sertaneja anunciaram oficialmente a
separação, depois de 25 anos de carreira.
Feriados e eventos cíclicos
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Dia do Ministério Público (no Brasil).
Dia do Engenheiro de Pesca (no Brasil).
Emancipação política do Município de Balneário Piçarras - Santa Catarina.
Emancipação política do Município de Caieiras - São Paulo.
Emancipação política do Município de Juara - Mato Grosso.
Emancipação política do Município de Toledo - Paraná.
Emancipação política do Município de Cascavel - Paraná.
Aniversário da Cidade de Três Rios - Rio de Janeiro
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme 18ª. edição) e acervo JB News
1824
1994
2004
Frei Caneca () líder espiritual e doutrinário da Confederação do Equador, é condenado à morte.
A Grande Loja Unida da Inglaterra reconhece a Grande Loja Prince Hall, dos Maçons negros
americanos
Fundada a Loja “Montes de Sião” Nr. 84 (GOSC) em Florianópolis.
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Bloco 2- Opinião – João Anatalino Rodrigues
Maçons, Maniqueístas e Cátaros
O Irmão João Anatalino Rodrigues produz a “Opinião” dos domingos:
www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br
Contato: [email protected]
MAÇONS, MANIQUEÍSTAS E CÁTAROS
Os Gnósticos
Grande parte da literatura religiosa cristã foi produzida pelos filósofos gnósticos dos primeiros séculos do
cristianismo. Embora a Igreja Católica tivesse expurgado o Novo Testamento das ideias que guardavam alguma
relação com cultos pagãos da antiguidade, práticas mágicas e outras tradições esotéricas, não muito de acordo
com os cânones adotados pelo catecismo católico, os evangelhos canônicos não estão livres da influência
gnóstica. O Evangelho de São João, principalmente, é francamente inspirado naquela escola, bem como o livro
do Apocalipse e certas concepções do Apóstolo Paulo.
O Concílio de Nicéia, realizado nessa cidade em 325 da era cristã, fez uma revisão dos todos os textos
religiosos existentes naquela época e decidiu quais eram aqueles que serviam á verdadeira fé e quais eram
perniciosos. A grande maioria dos escritos gnósticos e principalmente os chamados Evangelhos produzidos por
escritores que professavam essa corrente filosófica, foram colocados na categoria de apócrifos, e dessa forma
proibidos de serem divulgados na comunidade cristã. Com a vitória do cristianismo como religião oficial do
Império Romano, esses textos foram colocados definitivamente na clandestinidade e oficialmente banidos, por
força de lei, de qualquer tipo de mídia da época. Assim, por volta do século V, os praticantes das doutrinas
gnósticas se refugiavam em círculos muito restritos, principalmente em razão da perseguição que lhes movia o
clero e as autoridades seculares. Foi nessa época que nasceram as chamadas heresias, pois as ideias contrárias
ás doutrinas professadas pela Igreja, que antes eram discutidas á luz do debate meramente filosófico, passaram
a ser consideradas como perigosas para a ordem pública.
Mas a Gnose, enquanto disciplina filosófica não desapareceu, como queriam os doutrinadores do cristianismo
ortodoxo e influenciou alguns dos maiores pensadores da cristandade. Um de seus ramos, o chamado
maniqueísmo, doutrina fundada por um sacerdote de nome Mani, nascido na Babilônia em 216 da era cristã,
teve como discípulo nada menos que o célebre Santo Agostinho, um dos luminares do pensamento católico
medieval.
O Maniqueísmo
Os maniqueístas, diferente dos demais gnósticos, que admitiam três princípios atuantes na criação do cosmo,
acreditavam que esses princípios eram apenas dois: a Luz e as Trevas. Desse eterno embate entre o principio
luminoso (o Pai da Luz), e o principio das trevas (O Rei da Escuridão), surgiu tudo que existe no mundo. O
“Rei das Trevas” já foi um dia habitante do “país da luz”, mas dele partiu, com um inumerável séquito, após
“desentender-se com o Pai da Luz”. Nessa doutrina está inserta a antiga ideia, esposada pela teologia judaica,
de que houve um dia uma revolução no céu e uma horda de entidades celestes, chefiada por um arcanjo de
nome Lúcifer (Anjo de Luz, o luminoso) se indispôs com o Criador e se tornou o seu opositor.
Na doutrina desenvolvida por Mani, um verdadeiro enredo histórico foi elaborado. Uma grande guerra
travou-se no céu onde duas fações lutaram. De um lado os partidários da Luz e do outro os partidários das
Trevas. Na luta que então se travou pela posse do universo, o exército do “Pai da Luz” foi comandado pelo
Homem Primordial, uma entidade criada por ele na sua primeira manifestação como existência positiva. Foi
esse “Homem Primordial” que liderou as forças do Pai da Luz. Todavia, capturado em uma batalha pelos
partidários das trevas, o Homem Primordial foi por eles devorado. Para salvá-lo, o “Pai da Luz” evocou uma
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nova força, o “Espírito Vivo”. Este, tendo gerado cinco filhos, derrotou os “Filhos das Trevas” e construiu a
matéria universal com a substância dos seus cadáveres.
Quando o Homem Primordial foi afinal liberado das trevas, deixou que lá ficasse uma réstea da sua luz. Com
ela o ‘Rei das Trevas” engendrou Adão e Eva, onde encerrou a réstea de luz do Homem Primordial. Será essa
réstea de luz, no entanto, que permitirá, quando liberada, a volta do homem ao seio do “Pai da Luz”. Daí porque
a vida do homem, e toda a sua longa história de sucessivas mortes e reencarnações, ser nada mais que uma
“jornada em busca dessa luz”, que nele habita e constitui o único elo entre ele e o Criador.
Esse imaginativo enredo elaborado por Mani é, na verdade, uma curiosa metáfora inspirada por antigas
tradições cultivadas por egípcios, babilônios e judeus, nas suas tentativas de explicar o universo. Na verdade, no
fundo, o que se expressa nessas estranhas escatologias é nada mais, nada menos, do que o mito solar. De uma
forma ou de outra, todas as antigas religiões tinham no sol o seu símbolo maior de divindade, denotando já a
velha intuição taumatúrgica de que a vida na terra só era possível graças á ação desse astro que ilumina a nossa
galáxia. O sol era a representação da luz. Quando ele se ausentava, reinava a escuridão no mundo. A luz, que
era o dia, era boa. A treva, que era a noite, a escuridão, era má. Essa noção informou a maioria das religiões da
antiguidade.
No Egito, a luz do sol era simbolizada pela divindade maior do panteão egípcio, o deus Rá. Já a escuridão era
a essência de Seth, o deus das trevas. Na Pérsia e Mesopotâmea, a luz era a qualidade do deus Aura-Mazda, e as
trevas do deus Arimã. Para os israelitas, Jeová era o deus que fez o mundo tirando a luz das trevas e Satanás o
deus do mal, que perverte a criação.
E todas essas tradições religiosas, com algumas variantes, usavam o mesmo enredo escatológico na
concepção das suas cosmogonias. Os egípcios tinham o seu Homem Primordial na pessoa do deus Osíris, que
veio á terra para civilizar os homens e foi “morto” pelo seu invejoso irmão Seth. Os persas e babilônios tinham
em Mitra o seu “homem primordial”, e os israelitas centralizaram no seu Messias essa figura. Com as variações
que cada cultura deu a esse mito, todas estavam se referindo ao mesmo arquétipo.
O maniqueísmo, embora seja considerada uma doutrina cristã, a influência que mais se faz presente nela é
persa, como se pode notar. É uma doutrina profundamente influenciada pelo mitraísmo. Como geralmente se
pensa, ela não é uma doutrina baseada na luta entre o bem e o mal. Pelo fato de considerar o mundo material, e
o próprio ser humano como produto do deus das trevas, todo o universo maniqueísta é fundamentalmente mau.
Porque a humanidade não foi criada pelo Deus da Luz (o deus bom), mas sim pelo Deus das Trevas (o deus
mau). A “centelha de luz” que existe no homem é a sua alma. Somente essa ínfima parte da essência humana
pertence ao mundo da Luz. E ela está presa na matéria, que é nosso corpo. Somente através de uma vida
ascética, na qual todos os desejos do mundo sejam sublimados, os homens poderão expulsar de si as trevas da
qual são feitos e isolar a “réstea” de luz, (único elemento divino que há dentro dele). E somente como pura luz
poderá voltar ao seio do seu criador, o “Pai da Luz”.
Essa era também uma crença compartilhada pelos essênios, uma seita de judeus fundamentalistas que se
retiraram para o deserto em princípios do século II a. C. para viver uma vida ascética, capaz de purificar seus
espíritos. A ideia de um reino messiânico, comandado por um príncipe-sacerdote teve nos essênios a sua mais
perfeita modelagem. Eles criaram uma verdadeira Irmandade para viver esses princípios porque realmente
acreditavam que um dia a Luz venceria as Trevas e esse reino seria estendido para toda a humanidade. E foram
os essênios os principais inspiradores do cristianismo primitivo, aquele pregado por Jesus e seus discípulos
originais.
Mas não só na semelhança de ideias e uso comum de símbolos, os maniqueístas se assemelhavam aos
essênios. Na austeridade de conduta, na vida monástica, no ascetismo da vida diária, na ideia da necessidade de
iniciação nos “mistérios” da seita, no desapego pelos bens materiais etc. fazem dos seguidores de Mani os
herdeiros das tradições inauguradas por aqueles “eleitos de Israel”.
Por seu turno, a influência dos maniqueístas se fez sentir em várias seitas que causaram muita preocupação
na Igreja durante toda a Idade Média. Uma delas foi a seita dos Bogomilos, uma comunidade que se
desenvolveu nos Balcãs e se espalhou por toda a Europa central nos séculos X e XI. Os Bogomilos foram
violentamente perseguidos pela Igreja Católica e praticamente exterminados nas regiões de influência da Igreja
Romana. Não obstante deram origem a outro grupo de ideías e práticas semelhantes, conhecido como Cátaros.
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Os Cátaros
Os grupos Cátaros mais célebres habitaram regiões da França, Alemanha e norte da Itália. Mas o local de
maior concentração e influência desses grupos foi a região conhecida como Provença, no sul da França, onde se
falava o provençal, a chamada lang’doc, como era conhecida o provençal. Daí essa região ser conhecida como
Languedoc.
No começo do século XIII essa região não fazia parte do reino francês. Era constituída por um conjunto de
principados independentes governados por várias famílias nobres, entre as quais os condes de Toulouse e
Trancavel. Incluía importantes cidades como Toulose, Montpellier, Avignon, Narbonne e Marselha. A cultura
nessa região era a mais avançada que se podia encontrar na Europa medieval. Mantinha estreitas ligações com
os árabes, e seus príncipes eram largamente tolerantes com judeus e mouros, em cuja população eram bastante
representativos. A região do Languedoc constituía uma exceção numa Europa dominada pelo barbarismo e pelo
obscurantismo religioso. Foi em Lunel e Narbonne, por exemplo, que se desenvolveram as escolas cristãs
dedicadas ao estudo da Cabala. Lá, o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo conviviam em paz, sendo mais
objeto de estudo do que de disputas. Logo, a Igreja de Roma, com sua intolerância dogmática, não podia ser
mesmo admirada na região. Por outro lado, a florescente economia do Languedoc, não raro, era objeto da
cobiça dos potentados do norte da França, da Alemanha e da Espanha, dominados por reis católicos.
As doutrinas Cátaras
Os Cátaros, tais como os Bogomilos e os Paulicianos baseavam sua doutrina no embate entre a luz e as
trevas. Como vimos, essa doutrina havia sido proposta originalmente por Mani, sacerdote de origem persa, que
no século II da era cristã sintetizou as várias doutrinas gnósticas existentes na época, criando um sistema de
pensamento que ficou conhecido como maniqueísmo. Esse sistema fundia elementos de
cristianismo, judaísmo, zoroastrismo, taoísmo e hinduísmo, a partir de uma idéia básica
que está na raiz de todas essas religiões, ou seja, a de que o mundo se equilibra entre
duas forças fundamentais, que ele definiu como sendo a luz e as trevas. Assim, os
Cataros desenvolveram a concepção de que o universo material era um mundo
essencialmente mau porque tinha sido feito pelo Deus das trevas. Dessa forma, a idéia
de que Deus tenha mandado ao mundo seu próprio filho para salvar uma criação má era
contraditória. A humanidade nunca se perdera, como ensinava a doutrina católica. Ela já
nascera perdida porque era cria do Deus das trevas. Só podia ser salva pela constante e
metódica depuração de seus elementos materiais, transformando-se, toda ela, numa entidade espiritual, liberta
de todos os sentidos carnais e impurezas mentais que a experiência humana acumula sobre o espírito. O espírito
humano deveria buscar a perfeição. Daí os sacerdotes Cátaros serem chamados de parfeits. Justifica-se também
a vida rigorosamente ascética que os seguidores dessa doutrina recomendavam aos seus adeptos. Entre outras
coisas, essas crenças afastaram completamente os Cátaros da Igreja de Roma, pois esta, para eles, era a própria
encarnação desse mundo materialista, mau e dissoluto. Jesus, para os Cátaros, fora um grande profeta, que
como Buda e Zoroastro, ensinou aos homens um caminho baseado no amor e no desapego pelos bens materiais
(como pregavam também os franciscanos) para se chegar á iluminação. O clero católico era a antítese desse
caminho, pois incentivava a violência, a guerra, a cobiça e o apego aos bens materiais. O próprio nome Roma
era o contrário do nome de Deus, que para eles era Amor.
Em 1208, o assassinato de um bispo católico, supostamente cometido pelos Cátaros, desencadeou a
chamada Cruzada Albigense. O papa Celestino III mobilizou um enorme exército no norte da França,
composto principalmente por senhores feudais, interessados nas riquezas das cidades do Languedoc. Uma
força armada, comandada pelo líder cruzado Simão de Montfort, invadiu e sitiou a maioria das cidades da
região, chacinando grande parte da população, simpática á doutrina Cátara. Para subsidiar a cruzada e
erradicar o que a Igreja de Roma chamava de heresia Albigense, o papa encarregou o monge dominicano
espanhol, chamado Domingos de Guzman, de fundar uma instituição para descobrir e punir todo e qualquer
tipo de pensamento ou comportamento que contrariasse a doutrina católica. Assim nasceu a infame
organização conhecida como a Irmandade da Santa Inquisição, da qual a Igreja e muitos reis iriam se
aproveitar para eliminar seus opositores.
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Durante a cruzada albigense o exército cruzado praticamente dizimou metade da população do Languedoc.
Mas não conseguiu eliminar a doutrina Cátara da mente das pessoas. Elas sobreviveram principalmente entre os
Templários e mais tarde, foram adotadas por muitos pensadores que viriam a influir sobremaneira nas ideias
que desembocaram na Reforma religiosa do século XVI, encabeçada por Martinho Lutero.
Influência na Maçonaria
Os Cátaros legaram á Arte Real algumas inspirações litúrgicas. Seus sacerdotes eram considerados mestres
perfeitos (parfaits), que conduziam suas assembleias á maneira das reuniões maçônicas das antigas Lojas
operativas. Sua postura antidogmática tem sido constantemente invocada como análoga áquela que existe na
Maçonaria moderna.
Muito provavelmente, certas posições da Igreja Católica em relação aos maçons estão, de certa forma, ligadas
á associação que alguns padres de orientação fundamentalista fazem entre a Maçonaria e seitas heréticas como
a dos Cátaros. Evidentemente esses sacerdotes desconhecem tudo o que se relaciona com a Arte Real. A
Maçonaria não adota as doutrinas Cátaras, nem se guia pelos seus catecismos, embora, na sua organização
secular algumas influências possam ser notadas, tais como a simbologia arcana, o segredo corporativo, a prática
da filantropia e a sua formulação iniciática. Registre-se, principalmente, que o Catarismo era uma seita religiosa
e a Maçonaria é, antes de tudo, um movimento que reclama influência na vida social e política das nações, mas
não nas crenças religiosas das pessoas. A Maçonaria respeita todas as crenças e não orienta seus adeptos em
relação a nenhuma delas. No repertório da consciência humana cabem todas as orientações desde que elas
tenham por objetivo conduzi-la a um aperfeiçoamento das virtudes que fazem um homem justo, ético e virtuoso
em suas ações.
Malgrado suas posições doutrinárias, que são discutíveis, como aliás, todas são, o maniqueísmo e o
catarismo, como sistema de pensamento, têm seus momentos de beleza estética, que encantam a mente do
homem que busca o conhecimento. E como disse Ramsay, o maçom é o homem de espírito esclarecido,
maneiras gentis e humor agradável, que se guia pelo amor às belas artes, e pelos grandes princípios de
virtude, ciência e religião. Por isso encontraremos, nos rituais maçônicos, muitas referências a essas
disciplinas. Que possamos aproveitá-las bem para o nosso desenvolvimento espiritual.
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Bloco 3 – Coluna do Irmão João Gira
Que País é este?
O Ir. João Ivo Girardi [email protected] da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39
de Blumenau, é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite” cujos
assuntos deste Bloco são por ele extraídos.
QUE PAÍS É ESTE?
Dividido nos seus valores institucionais e na interpretação da sua história
Introdução: Como podemos entender, sociologicamente, que uma região descarrega seus votos num canditado
e a outra no seu adversário? Quais as premissas ideológicas que ocasionam este viés político? Quem são os
responsáveis por essa “guerra” entre irmãos? Porque o governo atual deseja manter-se no poder a qualquer
custo? Porque os adversários se colocam como uma alternativa de poder? Qual a diferença ideológica entre
eles? Quem está lendo este texto, talvez concorde comigo, não há uma ideologia de direita no Brasil. Os dois
partidos que concorreram às eleições são de esquerda: Um da esquerda socialista e outro da esquerda
democrática, isto numa definição simplista. Deixando de lado as definições filosóficas, pergunto: Qual o
melhor governo? Um autoritário e honesto ou um democrático e corrupto? Resposta difícil, mas todos sabem
onde estamos situados e têm suas próprias opiniões.
O ternário maçônico: Liberdade, Igualdade e Fraternidade inexiste, se uma das premissas faltar.
A Maçonaria nos ensina que devemos evitar a discussão política partidária e o sectarismo religioso em
nossas oficinas. Mas, também, não nos impede de lutarmos por uma sociedade mais justa, mais fraterna e
igualitária, como o trinômio acima. E isso nos proporciona que, como construtores sociais, lutemos e nos
posicionemos contra os que ferem as leis do nosso país, sejam morais ou religiosas; contra as mentiras e
contra as inverdades e os desmandos que assolam o país no momento atual.
Somos um povo fraterno e honesto, mas, no entanto, nossos irmãos mais desassistidos, em todos os
governos, estão sendo conduzidos para um aprisco que terminará em um abismo, em razão de um populismo
exarcebado, baseado numa política assistencialista, onde a meritcocracia foi varrida para os porões escuros
do totalitarismo.
Vós não os vereis mais, porque os vindouros serão mais violentos, odiosos e vingativos. (Expressão do
jornalista Eduardo Drumond, ao ler os historiadores, que pintaram os horrores praticados pelos líderes da
Comuna de Paris). (JIG).
Revivendo momentos da nossa história contemporânea:
A Maçonaria e a Revolução de 64: [...] Fortalecido pelo plebiscito, Goulart propunha, ao Congresso, várias
reformas de base - agrária, fiscal, política universitária, que, embora reconhecidas como necessárias, pela
maioria oposicionista no Congresso, suscitavam discordâncias, pela maneira como seriam feitas, principalmente
a agrária, pois o governo queria pagar as desapropriações com títulos da dívida pública e ínfimo índice de
correção monetária. O estopim da crise iria ser aceso a 13 de março de 1964. Nesse dia, sob estímulo do
presidente, era realizada uma concentração de trabalhadores, na praça Cristiano Otoni, em frente à estação da
Central do Brasil, no Rio de Janeiro, onde se proclamava, em clima de pré-rebelião, a legitimidade das pressões
sobre o Congresso Nacional, o qual já vinha sendo abertamente pressionado por órgãos políticos e sindicais,
manobrados por forças radicais de esquerda, com o total apoio do governo. E o ápice da crise seria atingido,
quando,abandonando a tática conciliatória, o presidente partiu para o desafio, consubstanciado na não punição
dos líderes de uma revolta de marinheiros e no discurso dirigido aos membros da Associação de Sub-Tenentes e
Sargentos da Polícia do extinto Estado da Guanabara. Esses atos feriam o princípio da hierarquia e da disciplina
militar, causando o início de um processo de desagregação das Forças Armadas. Na madrugada de 31 de março,
irrompia o movimento político-militar, que iria depor Goulart, ocasionando sua fuga para o Exterior. Em
seguida, com a tomada do poder, foi emitido o primeiro Ato Institucional, que suspendia as garantias
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constitucionais. A 15 de abril, eleito pelo Congresso, o marechal Castelo Branco assumia a presidência da
República.
Nesses agitados dias, embora houvesse uma divisão de opiniões, na Maçonaria, a maioria dos maçons
apoiou, inicialmente, o movimento, diante da situação caótica, para a qual caminhava o país (e caminhava,
mesmo, para uma guerra civil).
Em nenhum momento, posteriormente, a instituição maçônica foi molestada, embora a repressão que se
seguiu à queda de Goulart tenha atingido os templos, não através do governo, mas por meio de muitos que
apoiaram o movimento e que, para se livrar de adversários, iniciavam uma verdadeira caça às bruxas,
incrementada a partir de 1968, quando foi fechado o Congresso e editado o Ato Institucional nº 5. Felizmente,
essa era uma minoria, que se aproveitava, maquiavelicamente, da situação. Com a edição do AI-5, muitos
maçons foram cassados - Mário Covas, Esmeraldo Tarquínio (que havia sido eleito prefeito de Santos), Marcos
Kertzmann e outros - de pouco adiantando os protestos apresentados pelas Obediências maçônicas. Mas a mais
violenta e destemida crítica ao regime, foi feita pelo então Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo, José
Menezes Júnior, em 1968, ano do AI-5, na posse do Grão-Mestre Geral, Moacyr Arbex Dinamarco, no Rio de
Janeiro, o qual dizia, em certo trecho de seu discurso, que, aos anseios da juventude, a resposta era o pipocar de
tiros, as patas de cavalos e as bravatas de homens armados. A partir dessa época, a maioria dos maçons
passava a trabalhar pela volta às franquias democráticas, participando, ativamente, das campanhas pela anistia
dos presos políticos e pela volta das eleições diretas. (Do Livro, O Pó dos Arquivos, José Castellani).
Por que a luta armada fracassou? Porque o objetivo final das organizações que a promoveram era
transformar o Brasil numa ditadura, talvez socialista, certamente revolucionária. Seu projeto não passava pelo
restabelecimento das liberdades democráticas. Como informou o PCBR: Ao lutarmos contra a ditadura
devemos colocar como o objetivo a conquista de um Governo Popular Revolucionário e não a chamada
redemocratização. Documentos de dez organizações armadas, coletados por Daniel Aarão Reis Filho e Jair
Ferreira de Sá, mostram que quatro propunham a substituição da ditadura militar por um governo popular
revolucionário (PC do B, Colina, PCBR e ALN). Outras quatro (Ala Vermelha, PCB, VAR e Polop) usavam
sinônimos ou demarcavam etapas para chegar àquilo que, em última instância, seria uma ditadura da vanguarda
revolucionária. Variavam nas proposições intermediárias, mas, no final, seu projeto resultaria num Cubão.
(Elio Gaspari. A Ditadura Escancarada: As ilusões armadas. 2002).
Participação nas Diretas-já: [...] A partir de 1983, com a posse de 10 governadores de oposição ao
governo João Figueiredo, FHC participa das articulações visando à transição do regime militar para
a democracia. Torna-se um dos grandes articuladores das Direta-já, amplo movimento social e político que
reivindicava eleições democráticas para presidente logo ao fim do governo João Figueiredo. Com prestígio
junto a Tancredo Neves e Ulisses Guimarães e trânsito entre os militares e na Maçonaria, FHC contribuiu para
que não houvesse radicalização política e que acontecesse uma transição pacífica do regime militar para a
democracia em 1985. (Wikipédia).
Lei da Anistia: A Lei da Anistia, a 6.683, que pacificou o país.
Art. 1º É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 02 de setembro de 1961 e 15
de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes (…).
O § 1º define os crimes conexos: Consideram-se conexos, para efeito deste artigo, os crimes de qualquer
natureza relacionados com crimes políticos ou praticados por motivação política.
A própria Emenda Constitucional nº 26, de 1985, que é nada menos do que aquela que convoca a
Assembleia Nacional Constituinte, incorporou, de fato, a anistia. Está no artigo 4º:
Art. 4º É concedida anistia a todos os servidores públicos civis da Administração direta e indireta e
militares, punidos por atos de exceção, institucionais ou complementares.
§ 1º É concedida, igualmente, anistia aos autores de crimes políticos ou conexos, e aos dirigentes e
representantes de organizações sindicais e estudantis, bem como aos servidores civis ou empregados que
hajam sido demitidos (…).
Comissão Nacional da Verdade: Diz o Artigo 1º da Lei que criou a comissão que ela deve investigar os
crimes ocorridos no país entre 18 de setembro de 1946 e a data da promulgação da Constituição. Isso foi feito?
Não! Só se apuraram os crimes cometidos a partir de 1964.
O parágrafo 1º do Artigo 2º da lei que criou a comissão define: § 1º Não poderão participar da Comissão
Nacional da Verdade aqueles que: II - não tenham condições de atuar com imparcialidade no exercício das
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competências da Comissão. A comissão era composta apenas por esquerdistas, alguns deles notórios
defensores do revanchismo. O Artigo 3º diz que são objetivos da comissão: III - identificar e tornar públicos
as estruturas, os locais, as instituições e as circunstâncias relacionados à prática de violações de direitos
humanos mencionadas no caput do art. 1º e suas eventuais ramificações nos diversos aparelhos estatais e
na sociedade.
[...] Quando se fala em crimes cometidos na sociedade, isso inclui também aqueles praticados por terroristas.
A comissão os ignorou. Insisto: as pessoas assassinadas pelas esquerdas desapareceram do relatório final, o que
é uma indignidade.
[...] Mas o que é que os livros de história, boa parte da imprensa e, agora, a Comissão da Verdade escondem
de você, leitor? Apenas a… verdade! As esquerdas alegavam até outro dia que o Regime Militar, ao longo de
21 anos, havia matado 424 pessoas - número agora ampliado para 434.
[...] O que não se diz é que o terrorismo de esquerda matou nada menos de 119 pessoas, muitas delas sem
vinculação com a luta política. Quase ninguém sabe disso. Consolidou-se ainda outra brutal inverdade
histórica, segundo a qual as ações armadas da esquerda só tiveram início depois do AI-5, de 13 de dezembro de
1968. É como se, antes disso, os esquerdistas tivessem se dedicado apenas à resistência pacífica.
[...] Se vocês forem procurar, muitos homicidas estão na lista dos indenizados do Bolsa Ditadura,
beneficiados por sua suposta luta em favor da democracia. Ou, então, suas respectivas famílias recebem o
benefício, e o terrorista é alçado ao panteão dos heróis. Os casos mais escandalosos são os facinorosos Carlos
Marighella e Carlos Lamarca. Quem fez a lista dos assassinados pela esquerda é o grupo Terrorismo Nunca
Mais. Ah, lista feita pelo pessoal ligado os militares não vale!!! E a feita pela extrema esquerda? Vale?
Ademais, as mortes estão devidamente documentadas. Seguem os nomes das 119 pessoas assassinadas, sempre
que possível, de seus algozes... (Blog Reinaldo Azevedo, Revista Veja).
Patético: A presidente Dilma Rousseff se emocionou e chorou durante a cerimônia de entrega do relatório final
da Comissão Nacional da Verdade, realizada na manhã desta quarta-feira (10/12/14) no Palácio do Planalto. É
uma cena patética, no momento solene sobre os dados finais da CNV, não querendo desmerecer os trabalhos
feitos e a gravidade do tema, o atual regime democrático é responsável por milhares de homicídios que ocorrem
diariamente, vítimas de balas perdidas, latrocínios, pessoas que perdem a vida em porta de hospitais,
infelizmente todos considerados banais, sem nenhuma representatividade e que só serão meras estatísticas
diárias de óbitos e que não terão pessoas investigando como no caso da CNV.
Forças Armadas: Não foi à toa que os três comandantes militares não estiveram hoje de manhã no Palácio do
Planalto para a cerimônia de entrega do relatório final da Comissão da Verdade. Dilma Rousseff não os
convidou. (Por Lauro Jardim). Nós militares parimos a república, é nosso dever embalá-la. (Castello Branco).
ORVIL: O livro que traz a versão de militares sobre ação armada da esquerda: Ed. Schoba. O Prefácio de
'Orvil' afirma que revanchistas da esquerda estão no poder e tiveram 'petulância' de criar uma 'comissão da
verdade'. O livro não cita as torturas praticadas pelos militares e diz que o país vivia um Estado de Direito na
ditadura. Orvil parece nome de remédio, mas é apenas livro escrito ao contrário, o nome exótico pelo qual o
projeto era conhecido no Exército Brasileiro para ajudar a mantê-lo secreto enquanto uma comissão o escrevia.
O livro ficou pronto em 1985, mas o então ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves, e o presidente
José Sarney optaram por não publicar a obra para não criar constrangimento político. Disponível na internet há
anos, agora surge a primeira edição de papel do orvil/livro que conta uma versão de militares do Exército sobre
as tentativas de tomada do poder pela esquerda no Brasil. A atual edição já disponível nos sites das livrarias,
promete ser ainda mais polêmica, embora a publicação não tenha apoio oficial das Forças Armadas.
O texto básico é o mesmo, mas há trechos novos de introdução e conclusão que remetem ao momento
presente, quando existe uma Comissão da Verdade com a missão de apurar crimes cometidos por agentes
estatais no regime militar. São mais de 900 páginas detalhando miríades de ações da esquerda armada que o
livro rotula de terroristas. Três das tentativas de tomada do poder foram armadas, diz o livro, escrito por uma
equipe do antigo Centro de Informações do Exército e assinado por dois dos organizadores, o tenente-coronel
Licio Maciel e o tenente José Conegundes do Nascimento. As três foram a Intentona Comunista de 1935, a
crise que terminou no golpe de 1964 e o início da luta armada a partir de 1968. A quarta continuaria em curso
hoje: em vez de violência, diz o livro, as esquerdas empregam a infiltração na imprensa, nas universidades, nas
instituições culturais em geral para impor suas teses, seguindo os ditames do comunista italiano Antonio
Gramsci (1891-1937). Os revanchistas da esquerda que estão no poder - não satisfeitos com as graves
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restrições de recursos impostas às Forças Armadas e com o tratamento discriminatório dado aos militares, sob
todos os aspectos, especialmente o financeiro- tiveram a petulância de criar, com o conluio de um inexpressivo
Congresso, o que ousaram chamar de 'comissão da verdade', diz o general Geraldo Luiz Nery da Silva no
prefácio ao livro. Coordenador de projetos de história oral do Exército, o general de brigada é membro da
Academia de História Militar Terrestre do Brasil.
A publicação é pródiga em detalhes sobre os atentados e as tentativas de criação de focos de guerrilha,
urbana e rural. Muitas fontes são livros e entrevistas de pessoas da esquerda. Insuspeitos, ironizam. Um fato
que chamou a atenção dos autores é a fragmentação dos grupos de esquerda. Em vez de se unirem contra o
inimigo comum, se esfacelaram numa lista interminável de organizações - e o Orvil cita detalhes de todas. E
isso foi uma das razões do fracasso da luta armada. O livro dá os nomes de todos os terroristas envolvidos em
cada atentado, ou no planejamento deles, ou no apoio à sua logística. A presidente Dilma Rousseff é citada três
vezes no texto, numa delas dizendo que tinha sido presa. O livro não diz em nenhum momento que as forças
policiais e militares cometeram torturas (a morte de Vladimir Herzog é considerada suicídio) e diz que eleição
de um general à Presidência pelo Congresso era sinal da existência do Estado de Direito. (Ricardo Bonalume).
Nossos Valores: [...] Todos os valores que a civilização ocidental construiu ao longo de milênios vêm sendo
sistematicamente derrubados, sob o olhar complacente de todos os brasileiros, os quais, por uma inocência
pueril, seja pelo resultado de uma proposital fraqueza do ensino, sejam por uma ignorância dos reais intentos
das esquerdas, nem mesmo se dão conta de que é a sobrevivência da própria sociedade que está sendo
destruída. (Fonte: JB News, 20/09/11. Autor: Anatoli Oliynik).
Rituais: (...) Ninguém conseguiu ainda a posse integral da Verdade. Assim, persiste o mistério, apesar de
ingentes esforços que os homens tentam penetrá-lo. Seu domínio alarga-se e recua no caminho da ciência e
à medida que os investigadores se aproximam para desvendá-lo. Iludir, quanto a isso, com o propósito de
dogmatizar, crente de saber o que se afirma, são as características peculiares dos espíritos tacanhos. (REAAGLSC).
Finalizando: Eu tinha 14 anos quando aconteceu a Revolução de 64 e 35 anos quando terminou. Neste período
me formei em Engenharia Elétrica na UFSC, com professores dedicados e competentes e sequer um dia de
paralisação. Quando formados, todos encontraram emprego num mercado de trabalho que crescia a níveis
atuais da China. Fomos educados para o capital que gerasse trabalho. Nossa fonte de inspiração era a
meritocracia americana e não o assistencialismo soviético. Alguns podem considerar que, talvez, fôssemos
alienados politicamente, pode ser, mas o nosso dístico era Ordem e Progresso, escritas no céu brasileiro.
Boas Festas!
Ho, Ho, Ho, Ho...
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Bloco 4 – José Ronaldo Viega Alves
O Irm.·. José Ronaldo Viega Alves*
escreve aos domingos neste espaço.
A MAÇONARIA E A FILOSOFIA: SISTEMA DE FILOSOFIA MORAL,
ESCOLA DE FILOSOFAR, FILOSOFIA MAÇÔNICA E GRAUS
FILOSÓFICOS. FILOSOFISMO? OS FILÓSOFOS MAÇONS. A
FILOSOFIA VAI ACABAR?
*Irmão José Ronaldo Viega Alves
[email protected]
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Oriente de S. do Livramento – RS.
“A Filosofia não é apenas atividade de pensadores brilhantes, porém,
excêntricos, como popularmente se pensa. Filosofia é o que todos fazemos
quando estamos livres de nossas atividades cotidianas e temos uma chance
de nos perguntar o que é a vida e o universo. Nós, humanos, somos criaturas
naturalmente curiosas e não conseguimos deixar de fazer perguntas sobre o
mundo a nossa volta e o nosso lugar nele. Também somos equipados com
uma capacidade intelectual poderosa, que nos permite tanto raciocinar como
apenas divagar. Ainda que não o percebamos, ao raciocinar praticamos o
pensamento filosófico.
(...) O autoquestionamento e a curiosidade são atributos humanos, assim
como a excitação da exploração e a alegria da descoberta. Com a filosofia
atingimos o mesmo tipo de ‘euforia’ proporcionada pela atividade física _ e o
mesmo prazer experimentado ao apreciarmos as artes. Acima de tudo, temos a
satisfação de chegar a crenças e idéias por meio de nosso próprio raciocínio, e
não por imposição da sociedade, da religião, da escola ou mesmo dos
filósofos consagrados.” (Primeiro e último parágrafo da introdução ao livro “O
Livro da Filosofia”, Editora Globo, 2011)
INTRODUÇÃO
A faísca inicial, a origem do presente trabalho, pode ser creditada à leitura recente de
um artigo que questionava sobre a utilidade da Filosofia, e que faz parte da edição número 100 da
revista FILOSOFIA. O curioso e ao mesmo tempo maravilhoso, é que pouca gente acreditou que
uma revista estando dedicada 100% à Filosofia, teria chances de chegar aonde chegou, aqui neste
país tropical, e bonito por natureza. Certamente, uma centena de vaticínios foram feitos à época do
seu lançamento, e onde, a data estipulada da sua morte, inclusive. Mas, todos os oráculos estavam
errados...
Se uma coisa leva à outra, e se isso comprova que a Filosofia pode ser interessante e
até fundamental, pensei sobre a importância que a mesma representa para a Maçonaria, se o
Maçom gosta de Filosofia, se existe uma Filosofia Maçônica e até o porquê dos Graus Filosóficos se
chamarem Filosóficos.
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Se a Filosofia é também como se diz, a ciência dos porquês, e que partindo da
observação, procuramos saber o porquê disso e o porquê daquilo... Se a Filosofia pode não ser
exatamente o que muitos julgavam no colégio como uma aula chata, enfadonha, ou até inútil, mas,
era julgada assim, pelo fato de que ninguém gosta muito de parar para pensar, ainda mais, neste
mundo moderno, em que chegamos a um estágio onde parar é perder tempo, ou perder dinheiro, e o
tempo urge. Aliás, mundo moderno, a infância está cada vez mais curta, e a velhice mais comprida,
desde que se sobreviva ao que une um extremo ao outro, correndo desesperadamente para uns, e
correndo perigosamente para outros.
Bem, isso por si só daria outro grande assunto para filosofar, mas, não agora.
E foi então que eu pensei, que se o filosofar não pode ser separado da existência do
homem, senão a Filosofia não teria chegado até aqui, e que nos últimos tempos ela tem se
popularizado um pouco mais, o que contribui para que as pessoas cultivem novas formas de
pensamento, e que para ser Maçom, ser um buscador da verdade, e onde está incluída também a
busca de um sentido para a vida, e de uma maneira muito intrínseca, com certeza a filosofia é muito
necessária.
E que o termo filosofia, ou pelo menos nalgumas das suas acepções, está mesmo nos
acompanhando há muito tempo, pois, quando dizemos “a minha filosofia de vida”, foge ao sentido
acadêmico, mas, não foge totalmente à filosofia, pois, comprova que costumamos pensar e refletir
sobre a vida, e adotar como filosofia aquilo que é o resultado dessas nossas ponderações.
E mesmo numa sessão maçônica, imersos num universo de símbolos próprios, num
lugar onde refletimos muito sobre os valores, onde trabalhamos para o nosso aprimoramento
constantemente, não estamos de certa forma, filosofando?
E até aqui eu já tenho reunido assunto suficiente para mostrar um caminho pelo
menos, que leve o leitor Maçom a ficar mais curioso sobre o que seja a filosofia, depois, dando um
passo de cada vez, saia a buscar muito mais.
O QUE É FILOSOFIA?
Antes de partir para uma definição propriamente dita do que é a Filosofia no sentido
mais acadêmico, ou conforme reze o dicionário comum, é importante saber que muitos daqueles que
atuam na área, até nem acham tão fácil assim, uma definição da mesma.
O Prof. João de Fernandes Teixeira questiona:
“O que é, afinal, Filosofia? Como demarcar um território próprio da Filosofia se ela não pode ser
definida? Definir a Filosofia é uma tarefa filosófica e, por isso, qualquer tentativa nessa direção corre
o risco de andar em círculos.”
Do dicionário comum sabemos que a palavra filosofia vem do grego. Filos: amor e
Sophia: sabedoria, o que dá amor à sabedoria.
O Prof. Edmundo H. Dreher, por sua vez, assim definiu a Filosofia, em seu livro ”Que É
Filosofia?”:
“(...) a filosofia é uma atividade humana intelectual que, metódica e sistematicamente procura
conhecer o aspecto inexperimentável da realidade que somos, que nos cerca e nos condiciona e
que, apesar das divergências, tem-se imposto como uma necessidade ineludível profundamente
alicerçada na natureza humana.”
Além do mais, o Prof. Dreher faz um esclarecimento importantíssimo, e que acabei
não resistindo à tentação de deixá-lo aqui registrado:
“Adotar uma definição só por ela primar por elegância estilística ou por levar o selo da autoridade é
sinal inequívoco de um espírito acrítico. Toda a definição que resolvemos adotar deve ser
previamente submetida ao crivo lógico. Assim, a definição tradicional ‘filosofia é a ciência das últimas
causas das coisas à luz da razão’, merece, a nosso ver, estes reparos: embora breve e verdadeira,
não é clara. O homem moderno não compreenderá com facilidade o que sejam ‘últimas causas’,
nem qual seria o limite entre ‘causas últimas e causas próximas’. Ademais, toda a ciência, com ser
humana, processa-se à luz da razão e, se não for à luz da razão, deixa de ser ciência humana. Há,
pois, uma redundância supérflua.”
Por outro lado, aprecio bastante, a definição que o Irmão Ambrósio Peters encontrou,
pois, julguei-a bastante abrangente:
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“Filosofia é uma ciência, a rainha das ciências, expressão maior da busca racional da verdade. A
Filosofia é a ciência da Lógica. Ela se propõe ampliar progressivamente a compreensão da realidade
que nos rodeia, isto é, apreender o mundo como uma totalidade, e isto inclui a sua origem e a sua
causa primeira, ou Causador Primeiro, que costumamos denominar Deus.
A Filosofia como ciência não pode, em sentido amplo, partir de pressupostos aleatórios
que não possam ser demonstrados logicamente, ou de fatos não passíveis de serem submetidos a
experiências repetitivas ou à experimentação científica padronizada. Em sentido restrito, pode a
Filosofia também ser definida como um compósito de estudos ou considerações tendentes a reunir,
num conjunto ordenado, determinados conhecimentos expressamente limitados a um campo de
cultura ou pesquisas. Assim, podemos ter a Filosofia da Ciência, a Filosofia Social, a Filosofia da
História, etc. Os estudos filosóficos, no sentido de busca incessante da verdade, ou seja, do
conhecimento do mundo que nos rodeia, pode eventualmente partir de pressupostos ou premissas
liberalmente aceitas que componham conjuntos ou sistemas de teses doutrinárias de uma
determinada época ou país, ou de determinado ideário como, por exemplo, a Filosofia Grega, a
Filosofia Cartesiana, a Filosofia Cristã e, evidentemente, a Filosofia Maçônica, etc. Em razão disso,
princípios, filosoficamente falando, são justamente essas proposições, pressupostos, preceitos ou
regras diretoras, que subordinam e delimitam todo o desenvolvimento posterior dessas filosofias
restritas a seus determinados campos, grupos, regiões ou épocas.”
A MAÇONARIA E A FILOSOFIA CAMINHAM JUNTAS?
O Irmão Raimundo Rodrigues comparte a idéia, exposta em um dos seus livros, que o
Renascimento abriu caminhos para o advento da Idade moderna, e que a partir daí é possível
afirmar que filosoficamente, essa foi a ponte também por onde chegaria a filosofia da Idade
Moderna, com a ressalva de que, antes de tudo, fosse respeitada a liberdade. E bastaria tal
afirmativa para chegar-se à conclusão de que a Idade Moderna legou à Maçonaria nascente as
condições para que essa aperfeiçoasse a sua doutrina. O Irmão Raimundo Rodrigues cita o Irmão
Moisés Mussa Battal, filósofo chileno que, sintetizou assim:
“Podemos dizer que os grandes filósofos da Grécia, os da época romana e da helenista, os filósofos
sobretudo do Renascimento e mais adiante os da Ilustração, são os que estão mais próximos da
nossa doutrina maçônica.”
Ainda o Irmão Raimundo Rodrigues esclarece que quando tem início o Séc. XVII,
nascem novos sistemas filosóficos, e duas vertentes principais, o racionalismo e o empirismo, que
vão se digladiar até o século XVII, o que fez com que novas idéias aportassem ao edifício filosófico
da História Moderna. A grandiosidade da Filosofia Moderna fica evidente, pois, ao final, racionalistas
e empiristas acabaram chegando a um acordo, e de certa maneira unindo forças para que alguém
alcance o tão pretendido conhecimento.
Agora que temos um panorama sucinto, claro, e o pano de fundo de onde emergiram
muitas das influências filosóficas que a Maçonaria absorveu, vejamos na sequência algumas das
tantas definições que evidenciam as ligações entre a Filosofia e a Maçonaria, e entre o filosofar e o
Maçom:
Começamos com Rizzardo Da Camino: “Não está errado dizer que a Maçonaria é
Filosófica. A vida em si é o exercício da Filosofia.”
Do “Vade-Mécum Maçônico” do Irmão João Ivo Girardi, registramos um dos trechos
que constam no verbete FILOSOFIA:
“3. Interesse pelo estudo da Filosofia: Entre inúmeras definições de Maçonaria, uma verdade
ressalta logo nelas: ‘a Maçonaria é uma sociedade de pensamento que coloca o pensamento a
serviço do progresso moral’; ‘é um movimento filosófico, que admite a verdade como plena liberdade
de orientação e opinião’, etc. Na riqueza de definições que deixam transparecer as várias
tendências, o que se destaca, indubitavelmente, é o dever de todo Maçom de estudar, refletir,
FILOSOFAR, já que ele deve pesquisar em busca da VERDADE.”
O Irmão Charles Evaldo Boller em seu brilhante artigo intitulado “Teoria do
Conhecimento Maçônico” diz:
“A Maçonaria usa de suas lendas e símbolos para proporcionar ao estudante um método de
progresso do pensamento filosófico; funciona também para obreiros, sem formação acadêmica
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alguma, poderem tratar processos dialéticos complicados e com isto se humanizarem. Estes
exercícios dialéticos compõem a essência da formação do conhecimento maçônico. O maçom é um
filósofo diferente, porque seus processos cognitivos desenvolvem-se pela materialização da idéia na
linguagem simbólica, no uso de símbolos e lendas, que são convertidos em pensamentos abstratos
e complexos por métodos de associação e repetição. E isto faz a Maçonaria produzir seres humanos
inteiros, equilibrados e destituídos da abordagem mecanicista que, ao fragmentar os processos,
acaba por perder a visão do todo. O maçom é treinado para ser a um só tempo nos planos espiritual,
psíquico, biológico, histórico-cultural, social, físico e outros.” E mais adiante:
“A máxima em toda a caminhada fundamentada na teoria do conhecimento maçônico é a do
autoconhecimento, o ‘conhece-te a tio mesmo’, de Sócrates, e esta noção, como resultado de um
trabalho solitário e autodidata é decorrente de profunda introspecção, de longa meditação.”
FILÓSOFOS MAÇONS:
JOHANN GOTTLIEB FICHTE
A biografia de Fichte que consta no “Vade Mécum Maçônico” é bem sucinta, e diz:
“FICHTE, JOHANN GOTTLIEB: (1762-1814) Grande filósofo alemão. Fez parte da Academia de
Ciências de Berlim. Dedicou-se à filosofia de Kant, a quem conheceu pessoalmente. Tornou-se
famoso quando publicou seu livro: Ensaios e Crítica de Toda a Revelação. Em Berlim, ele fez parte
da Loja ‘Royal York da Amizade’. Sua obra maçônica mais famosa é o livro, Filosofia Maçônica.”
Fichte foi aluno de Kant, e foi baseado na filosofia desse último, que Fichte construiu
sua versão de idealismo. Para Fichte, nesse mundo idealista, o “eu” é um ente ou uma espécie de
essência ativa que existe independente das esferas causais e que é capaz de pensar e escolher
com liberdade e independência. Uma das suas frases resume tudo: “Considere o eu e observe o
que está envolvido ao fazer isso.”
Com relação ao livre-arbítrio, Fichte tem alguns questionamentos que nos fazem refletir
bastante, já que investigou sobre como é possível para nós existirmos como seres éticos com livrearbítrio, se vivemos em um mundo que aparenta ser determinado de forma causal. Um mundo, onde
todo o evento é o resultado de acontecimentos e condições prévias, em conformidade com leis
invariáveis da natureza. Ou seja, esta é a pergunta de Fichte:
“Como podemos considerar que temos livre-arbítrio, se tudo é determinado por algo além que existe
fora de nós mesmos?”
O Irmão Luiz Gonzaga da Rocha em um interessante trabalho de sua autoria intitulado
“Relendo Fichte” escreveu assim:
“Da sua Obra abstrai-se, entretanto, dentre muitas outras, a lição de que a Verdade Maçônica, só se
alcança pelo conhecimento das suas fontes esotéricas (transmitida pela tradição oral) e não pelas
fontes exotéricas (livros profanos), postura com a qual ousamos dissentir, para afirmarmos que a
verdade maçônica alcança-se pelo conhecimento das inúmeras fontes, sejam elas esotéricas ou
exotéricas. Entendo, contudo, que a época e as razões de Fichte eram diferentes das nossas na
atualidade. Fichte, a propósito dos livros, percebeu, ou melhor, sentiu que o ’escrito’, por mais
secreto e guardado que seja é, do ponto de vista dos mistérios, ou insuficiente ou profanador.
Sentiu, ademais que a verdade dos Iniciados não pode ser provada pela crítica histórica, mas
apenas vivida pela fé e legitimada pela tradição oral esotérica, e não negou, contudo, a Fessler, o
direito de escrever uma História Maçônica, mas cuidou de observar que esta deveria ser uma
dedução genética dos Ritos: posto o Rito como dado de fato, deve-se procurar o antecedente do
antecedente, até o ponto de partida, a fim de conhecer e estabelecer a integridade da tradição.”
RUBI GERMANO RODRIGUES – FILOSOFIA E MAÇONARIA
Na condição de leitor inveterado das revistas com conteúdo filosófico, entrevistas com
filósofos, etc., que podem ser adquiridas nas bancas e que tem por títulos: “Grandes Temas do
Conhecimento FILOSOFIA”, “Ciência &Vida FILOSOFIA” e “Conhecimento Prático FILOSOFIA”, e
que já chega a ser surpreendente, conforme foi dito anteriormente, todas circulando, o que é ótimo,
foi que deparei-me com uma reportagem com um filósofo brasileiro e Maçom, que achei válida, pelo
fato, principalmente dele citar a Maçonaria em sua entrevista, fazendo com que os leitores tenham
uma noção elevada do que ela seja, e após esclarecer sobre a relação Filosofia-Maçonaria quando
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respondendo a uma das perguntas feitas. Reproduzo a pergunta da qual ele foi alvo, e a sua devida
resposta na sequência:
“Revista Filosofia: Qual o vínculo da Ordem Maçônica com essa ciência do pensamento? Como
essa relação interfere no seu cotidiano?
Rubi Germano: A Maçonaria é uma instituição de homens livres que são incentivados a estudar e a
buscar a verdade, com vistas a habilitar a Ordem no seu propósito central de bem servir à
humanidade. Sua doutrina é transmitida por meio de símbolos, lendas e alegorias. Em minha
interpretação, a Maçonaria foi criada para guardar a perspectiva segundo a qual um conjunto de leis
universais responde pelo surgimento, pela compleição e pelo funcionamento do universo, nos
moldes dos Universais da Grécia clássica. De qualquer forma, agora se revela evidente que não se
tratava de encontrar um símbolo perdido, mas de reconstruí-lo em linguagem adequada à cultura
vigente. Por isso, continuo na Ordem, embora já tenha concluído os estudos que ela oferece.”
RAIMUNDO RODRIGUES: FILOSOFIA &ENCANTAMENTO
Mas, se o assunto é Filosofia, e se queremos chamar a atenção para a importância da
Filosofia para o Maçom, e se o Maçom quer começar a entender a Filosofia, a leitura obrigatória
passa pelos livros do Irmão Raimundo Rodrigues.
O Irmão Raimundo Rodrigues possui a capacidade aquela, rara, de utilizar com
habilidade as palavras para o entendimento de temas de natureza filosófica, fazendo com que eles
sejam simplificados, sem muitos academicismos e, despertem em nós a vontade de saber mais.
O Irmão Raimundo Rodrigues escreveu também sobre Fichte, filósofo que foi citado
anteriormente, e ele foi muito verdadeiro na sua introdução. Não posso deixar de citar uma parte do
parágrafo inicial do seu artigo sobre Fichte, intitulado “Fichte, o Filósofo Maçom”, e para quem quiser
saber mais, o mesmo está contido no seu livro “Amizade e Justiça”:
“Já fomos cobrados, em público, mais de uma vez, por nada termos escrito sobre Fichte, o filósofo
Maçom. Ocorre que nos dedicamos àqueles filósofos cuja doutrina interesse realmente à Arte Real.
A simplicidade é uma das coisas que mais admiramos em quem escreve. Todos os biógrafos de
Fichte o apontam como um grande filósofo. Nós não negamos isto. Apenas julgamos que o que ele
ensina, filosoficamente falando, não vai interessar a ninguém, a não ser aos filósofos de nossa
Ordem que devem compreender com grande facilidade os ensinamentos do filho de Rammenau. Já
lemos, em revistas maçônicas, artigos sobre Fichte. Artigos bem lançados, que falam sobre ele, mas
nada dizem sobre sua filosofia. Há até quem o chame de magnífico, talvez por ele ter sido Maçom e
haver escrito o livro ‘Filosofia da Maçonaria’. Buscamos coisas simples no mundo da filosofia, e se
há Irmãos nosso capazes de entender Fichte, confessamos piamente: temos inveja deles.(...)”
De outro artigo seu, intitulado “Maçonaria & Filosofia” destaco um trecho, onde ficamos
sabendo do que se compõem a filosofia maçônica:
“O que acontece com a filosofia maçônica é que ela não é produto da criatividade de um filósofo
maçônico. A Maçonaria, até agora, não nos apresenta alguém que tenha colocado um tijolo sequer
no alto do edifício da filosofia. Nós já encontramos o edifício pronto e nossa tarefa (aqui é que está a
dificuldade) consiste em procurar descobrir os melhores cômodos filosóficos de tal edifício e que
possa adequar-se aos nossos sistemas e aos nosso princípios de interpretação de nossos Símbolos.
É necessário que todos nos dediquemos à busca, à procura, à descoberta de fragmentos que se
adaptem à matéria central de nosso estudos. Descobrimos que a filosofia maçônica tem muita coisa
do esoterismo ocidental e do esoterismo oriental, além de ter uns resíduos de cabala cristã. Não é
possível negar, e seria confissão de total ignorância de quem o fizesse, a influência da filosofia sobre
os postulados da Arte Real.”
Ainda, o Irmão Raimundo Rodrigues em outro livro seu intitulado “A Maçonaria e o
Hábito da Virtude” faz um resumo que acredito fundamental para detectarmos a filosofia presente
nos graus simbólicos. Sobre o Primeiro Grau, por exemplo:
“No Primeiro Grau a filosofia é inteiramente de caráter personalístico. Ali prevalecem os dois
princípios básicos do socratismo: conhece-te a ti mesmo e vence-te se quiseres vencer.”
Com relação ao Segundo Grau, colho das seguintes passagens: “O estudo sobre a
dualidade do ser e do não-ser deve ser feito com base na filosofia de Parmênides de Eléia.Também
Platão trata do assunto no ‘Fedon’. (...) A exaltação ao trabalho, é matéria de alta relevância. Esse
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estudo é tão importante, que um dos Altos Graus Filosóficos repete-o, quase da mesma maneira
como deve ser ministrado no Segundo Grau.”
E do Terceiro Grau, reproduzo: “No Terceiro Grau, o esoterismo e exoterismo se
casam automaticamente. (...) Aqui entra, sem dúvida alguma, a filosofia de Emanul Kant, cujo traço
central de sua filosofia é a conciliação entre o idealismo espiritual e o materialismo. (...) Não nos
esqueçamos que o Tercei ro Grau tem três constantes preocupações: Preocupação com a vida,
preocupação com a morte, preocupação com a imortalidade. Estas três preocupações se constituem
também em núcleos filosóficos do Grau.”
Não dá vontade de querer ir mais a fundo, ou buscar um desses cômodos filosóficos do
edifício? Claro, estamos nos dirigindo para aqueles que tem vontade de seguir por esse caminho
que é o dos buscadores, dos estudiosos, e querem saber a verdade, objeto principal da filosofia
maçônica.
OCTACÍLIO SCHÜLLER SOBRINHO
O Prof. Péricles Prade, em seu prefácio ao livro do Irmão Octacílio Schüller Sobrinho
intitulado “MAÇONARIA Introdução aos Fundamentos Filosóficos”, escreveu num determinado
trecho:
“Representa, sim, verdadeiro sistema filosófico da Arte Real, no plano qualificado da espécie
versada, com esteio nas raízes da Cultura Geral (com embasamento científico de cunho
antropológico, sociológico, biológico e psicológico), compondo articulado quadro teórico mediante
abordagem pedagógica, em atenção a parâmetros ontológicos (com ênfase nestes), gnoseológicos
e axiológicos, imantados todos, e guardadas as respectivas singularidades, por um
antroprocentrismo transformador da natureza e amparado na ética, já que sua centralidade hospeda
a homem enquanto ser moral.”
Eu diria que não é um livro fácil de ser lido, ainda mais para quem não esteja um tanto
familiarizado com leituras afins, muitos termos que são comumente encontrados em obras de
filosofia, permeiam a obra, no entanto, trata-se de uma obra fundamental para quem quer saber
sobre os fundamentos filosóficos da nossa Ordem. Na sequencia, escolhi um trecho que fala dos
objetivos do livro:
“Dentro do ecletismo iniciático, a filosofia da Maçonaria criou duas vertentes; a primeira ocultista e
hermética, que era e ainda é patrimônio de alguns iniciados, zelosos e aficionados a desvendar
mistérios, buscar explicações em tudo, decifrar as origens do mundo, penetrar na ciência dos
números, oferecer contribuição ao ocultismo e buscar inspiração na astrologia e na cabala. A
segunda, esotérica aberta e universal, que caminha paralelamente às filosofias gerais e especiais e
que sem deixar de lado as bases empíricas e as deduções comuns e racionais da problemática
humana, descreve, explica, estabelece generalidades e prescreve normas de conduta compatíveis
com as dos produtores intelectuais não-maçons. Este livro não se baseia na primeira vertente, mas
sim na segunda e procura um relacionamento íntimo entre o ontológico e a filosofia; procura mostrar
que a filosofia maçônica nasce de uma inflexível vontade de alcançar a verdade e analisar os
fundamentos da Escola do Conhecimento, em sua essência, circunscrita num saber total. Notícias
incompletas, conhecimentos particulares, saberes precários não satisfazem o objetivo desta obra. A
indagação procurou-se universal e objetiva, bem como essência e não a aparência das coisas.”
UMA DEFINIÇÃO DE FILOSOFIA MAÇÔNICA PELO IRMÃO OCTACÍLIO SCHÜLLER
SOBRINHO
A definição que encontrei na obra citada para o que é a Filosofia Maçônica, seus
objetivos, etc., creio ser a mais completa que se pode obter. Vejamos, o que diz:
“A Filosofia Maçônica tem um perfil exclusivo, o qual merece uma abordagem nesta introdução: tem
uma base científica e emerge do pensamento laico; nela o amor e a verdade são os pontos focais,
seguidos do bem e da beleza; foi criada a partir de sedimentações de conhecimentos que
ultrapassam séculos, não é dogmática e é metódica ou cartesiana e se apóia na
transcendentalidade da criação; não é uma filosofia comprometida com ideologias singulares, como
também não é sectária e forma consciências esclarecidas; é eclética e não enclausurada; pelo
predomínio do ideal e do espírito, não é materialista e está envolta e escudada pela fraternidade; é
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evolutiva e visa ao aperfeiçoamento; seu delta especulativo está circunscrito ao estudo do ser, do
saber e do valer: não é atéia, nem teísta e converge mais para o deísmo, combatendo
incessantemente o fanatismo; tem fé, sem cair no otimismo ingênuo, no destino do homem e dos
povos; é simbólica na sua pedagogia e usa ferramentas materiais com significados espirituais;
apresenta graus na sua docência; exalta o valor positivo: da arte de bem pensar e agir, do justo e do
correto, da serena e acertada argumentação, na extensão e defesa da verdade, da dialética
intencional que conduza a uma conclusão nobre e fecunda e, principalmente, abomina a ignorância,
o erro das falácias e dos sofismas.
Com igual denodo combate as discriminações, as intolerâncias, as tirania, os
totalitarismos e os despotismos de qualquer índole.
Luta de todas e por todas as formas possíveis pelo bem estar e a paz entre os
indivíduos, grupos e povos e defende com ardor os direitos humanos e do cidadão. Em
consequência tem destacada função no humanismo e no humanitarismo; é política mas não
partidária, adotando invariavelmente a democracia como forma de governo, porquanto nela encontra
a equação da harmonia entre seus deveres, obrigações e direitos do indivíduo e da sociedade.O
ideário maçônico-filosófico não forma um corpo equalizado de doutrinas, nem com os antigos
costumes e ocupa a linha áurea do justo e perfeito, distanciando-se dos agudos, tangentes e
extremos.”
Uma definição brilhante, e um livro brilhante.
GRAUS FILOSÓFICOS? FILOSOFISMO?
Há uma Maçonaria Simbólica, assim como há uma Maçonaria Filosófica, sendo que
esta divisão assim posta não exclui a filosofia da Maçonaria Simbólica. Ou seja, a Maçonaria em
sua totalidade é filosófica, eis que, a mente a partir do momento da Iniciação começa a elaborar
conceitos e obter conclusões. (Rizzardo Da Camino, 2006, págs. 176 e 177)
É muito comum ouvirmos alguém se referindo aos Graus Superiores como Filosofismo,
o que não é correto. Muitos Irmãos já escreveram sobre isso, mas, se os maçons lêem pouco, o uso
ainda vai continuar.
O Irmão Kennyo Ismail, escrevendo sobre o assunto, disse que alguns autores
maçônicos, e entre eles Rizzardo Da Camino, fazem a divisão dos graus maçônicos entre
Simbolismo e Filosofismo. Também que outros fazem questão de defender a não existência dessa
palavra, eis que, ela seria uma invenção que vingou no âmbito da Maçonaria. O Irmão Ismail referese a ambos, como errados, então cita Gabriel Perissé (2008), doutor em Educação pela USP que
escreveu o seguinte: “Filosofismo é a filosofia que virou jogada, pretexto, mania, suborno, insulto. O
filosofista finge que pensa...”, e ainda Francisco Borba em seus Dicionário Unesp do Português
Contemporâneo, que sobre o filosofismo diz: “ostentação exagerada de princípios e conceitos
filosóficos; uso de considerações filosóficas onde elas não tem cabimento; filosofia sem
fundamento.”
O Irmão Castellani em seu Consultório Maçônico, já havia dito que a palavra
Filosofismo é muitas vezes usada com a finalidade de designar os Altos Graus do REAA, sendo que
a aplicação está errada, pois Filosofismo tem como significado: mania filosófica ou falsa filosofia.
E com relação à expressão “Graus Filosóficos” é do entendimento de alguns Irmãos
que o termo somente deveria ser utilizado para os Graus 19 ao 30, que são aqueles que compõem o
Conselho Filosófico de Kadosh, e estamos falando do REAA. Mas, a disseminação e o uso da
expressão “Graus Filosóficos” abrangendo dos Graus 4 ao 33 é tão grande, e a Internet é uma prova
disso, que não há perspectiva de reverter essa situação.
A FILOSOFIA VAI ACABAR?
Conforme uma estatística divulgada recentemente, parece que não existem muitos
filósofos pelo mundo afora, sendo que no máximo estariam na casa dos 25.000.
O importante é saber que desse total, e de acordo com o Prof. João de Fernandes
Teixeira da UFSCAR, quase a metade deles reside nos Estados Unidos, o que é muito curioso, pois,
em um primeiro momento todos sabemos que a cultura americana privilegia a tecnologia em
detrimento de outras áreas, entre elas, a Filosofia. O fato é que, independente do que essa
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informação possa gerar em termos de discussões, acho que dá para concluir então que a Filosofia
não vai morrer não tão cedo. E é sobre essa perspectiva, que veremos um pouco mais.
Vejamos as sábias considerações do Prof. Fernandes Teixeira, em primeiro lugar: “Em
uma sociedade na qual só há duas opções, produzir ou consumir, a Filosofia não pode ter lugar, pois
ela não é um produto. A moda e a gastronomia podem ser consideradas inúteis, mas nunca serão
tão rejeitadas como a Filosofia, pois delas sempre é possível derivar algum tipo de produto. Não há
itens filosóficos à venda ou exibidos em catálogos. Uma grife pode ser algo tão intangível como um
conceito filosófico, mas ela nunca deixará de ser um produto.”
No entanto, se levarmos em consideração que nas últimas décadas a globalização e os
avanços da tecnologia da comunicação fizeram com que o mundo se tornasse pequeno, ou se
transformasse numa “aldeia global”, e que isso tenha feito com que acontecimentos, valores e
conceitos de culturas diversas tenham sido incorporados ao nosso cotidiano, sem qualquer
questionamento, e aqui vale a mesma linha de raciocínio sobre o que é uma extensão do problema,
ou simplesmente faz parte do mesmo processo: o que vem sendo disponibilizado na Internet como
verdadeiro...
Ainda, considerando que os avanços da ciência nos últimos tempos, aliados a
outras áreas do conhecimento, tem trazido melhorias para as pessoas, bem-estar e conforto, e
considerando que para quase tudo que envolve a natureza e a vida há explicações racionais e
lógicas...
Ora, será que ninguém percebeu que as pessoas estão agindo de forma mecânica, que
estão se afastando cada vez mais da sua essência e que isso exige um pensar, um refletir sobre o
que queremos, ou aonde iremos parar com essas implicações todas que compõe o mundo moderno
no que se refere a uma desumanização?
É aí que surge a necessidade da Filosofia, e o fato de ela estar ressurgindo sim, e
provocando o interesse de muita gente, faz pensar que ela pode ter algumas das respostas, assim
como lá no passado.
Não é à toa que alguns filósofos franceses, pelo que me lembro, dos que estão em
voga na atualidade vendem bastante, pois, eles estão se debruçando com muita profundidade sobre
os temas atuais, e entre eles eu poderia destacar: Alain de Botton, Gilles Lipovetsky, Luc Ferry, além
de um polonês que também é fundamental quando o assunto é entender o nosso cotidiano, Zygmunt
Bauman.
CONCLUSÃO
Ainda que seja pouco, o que foi abordado aqui, diante do manancial de assuntos que
nos permitem imaginar o que a simples menção da palavra filosofia faz remeter, e a Filosofia é uma
área do conhecimento tão rica, que mesmo para as questões mais banalizadas, que nunca deixam
de ser instigantes, como aquelas que envolvem a existência e a natureza de Deus, a ética e a
política, as angústias existenciais, as implicações do livre-arbítrio, enfim, ou as clássicas “De onde
viemos?” e “Para onde vamos?” , sempre havendo outro pano de fundo, pois, para cada época,
nascem novas perguntas, novos desdobramentos, parece que as antigas questões ainda vão nos
tirar o sono por muito tempo. E isso tudo faz apostarmos na permanência da Filosofia.
Um pensar criterioso, resultado de um trabalho da nossa mente, isso é a Filosofia.
Independente do emprego do termo num sentido coloquial, como ficou dito lá no começo ou do seu
emprego no sentido acadêmico, já que pudemos constatar o quanto de interesse ela provoca, e o
quanto, na verdade, filosofamos.
Vários dos nossos Irmãos tem se preocupado em disseminar mais os ensinamentos
filosóficos, e não podemos esquecer que a filosofia maçônica não é um produto de um único filósofo,
mas o amálgama de dezenas deles, e onde inclusive, muitos pertencem às épocas mais diversas. E
a Maçonaria não adotou nenhum sistema filosófico em particular, pelo simples fato de que isso seria
contra a sua própria essência, ou seja, a liberdade de pensamento, e a liberdade de escolha.
Aprendemos com todas as escolas filosóficas, e os ensinamentos maçônicos, mais ou menos
parafraseando o Mestre Raimundo Rodrigues é como o trigo chegando até nós já sem o joio.
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CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS:
Internet:
“Polêmica sobre os Graus Filosóficos” – Artigo do Irmão Manoel Tavares – Disponível em:
www.altosgraus.com/content/polêmica-sobre-o-termo-graus-filosoficos
JB NEWS nº 976, de 06.05.2013. “Teoria do Conhecimento Maçônico” – Artigo do Irmão Charles Evaldo
Boller
Revistas:
A TROLHA, nº 200. “Relendo Fichte” - Trabalho do Irmão Luiz Gonzaga da Rocha
Grandes Temas do Conhecimento FILOSOFIA, nº 08 – “Rubi Germano o filósofo além da Filosofia” entrevista.
FILOSOFIA – Ciência & Vida, nº 100, novembro 2014. “FILOSOFIA pra quê?” Artigo da autoria de João de
Fernandes Teixeira.
Livros:
O LIVRO DA FILOSOFIA – Editora Globo 2011
DA CAMINO, Rizzardo. ”Dicionário Maçônico” – Madras Editora Ltda. 2006
DREHER, Edmundo H. “Que é Filosofia?” – Editora Gráfica Vicentina – Curitiba - 1973
GIRARDI, JOÃO Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Editora
Ltda. 2ª Ed. 2008
ISMAIL, Kennyo. “Desmistificando a Maçonaria” - Universo dos Livros Editora, São Paulo, 2012
PETERS, Ambrósio. “MAÇONARIA História e Filosofia” – Academia Paranaense de Letras Maçônicas – 2ª
Ed. 1999
RODRIGUES, Raimundo. “Amizade e Justiça”- Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª Ed. 2005 e “A
Maçonaria e o Hábito da Virtude” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª Edição – 2004 e ‘A FILOSOFIA da
Maçonaria Simbólica”- Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª Ed. 2007.
SCHÜLLER SOBRINHO, Octacílio. “MAÇONARIA Introdução aos Fundamentos Filosóficos” - Editora
Letras Contemporâneas - 2000
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Bloco 5 – Hercule Spoladore
Modelos de Maçonaria
Bloco produzido dominicalmente
pelo Ir Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”-
Londrina – PR
Contato: [email protected]
Modelos de Maçonaria
Temos ouvido e analisado alguns conceitos de estudiosos da Maçonaria através dos anos. Alguns
deles merecem ser citados.
Ouvimos de certa feita, que o modelo maçônico que nos legaram nossos Irmãos do passado já não
se adapta ao homem atual. Está anacrônico.
Um irmão místico mencionou que a Maçonaria atual tornou-se materialista, pois dentro de seus
templos ainda existem símbolos poderosos e mágicos, mas que os maçons atuais não os respeitam
como tais, pois não têm a noção de seus significados. Por esta razão, a Maçonaria fragmentou-se,
perdeu a sua força e confundiu-se.
Outro irmão referia que o maior objetivo político que acalentou e deu forças a inúmeras gerações de
maçons do século passado que era a República morreu com o nascimento desta, ou seja, desde
então os maçons não tiveram em termos de Brasil um objetivo prioritário para lutar por ele.
Não criaram uma outra motivação cívica, a Maçonaria fragmentou-se em diversas Potências , cada
qual com sua orientação político social, sempre se autodenominando representante de todas as
opiniões da população maçônica e de quando em vez, soltando na imprensa brasileira bisonhos
pronunciamentos políticos.
Entretanto, autores atuais afirmam que a Maçonaria visa apenas o homem em si, como líder, como
embrião, como uma célula dentro da sociedade. À Maçonaria caberia tão somente preparar este
homem, mostrando-lhe os caminhos de seu auto-conhecimento, e ensinando-o a ser um construtor
social para que atue na sociedade como um núcleo em torno do qual estariam os demais segmentos
dessa sociedade.
É provável que cada afirmação citada tenha a sua verdade.
Parece-nos que a última, sem menosprezar as demais, seria a mais atual e mais apropriada ao
nosso tempo.
Mas como andam as coisas na Ordem?
É claro que as nossas divagações não se aplicam a todos os maçons, mas elas atingirão uma
grande parte dos maçons brasileiros, bem como a muitas Lojas.
Se nos atentarmos para a realidade, pelo que poderemos observar no dia a dia, e, acreditamos que
ocorra em todo o país, tais são as semelhanças entre as estruturas das cidades entre si, existem
verdadeiros flagelos da Ordem, os quais abordaremos apenas alguns, aleatoriamente. Falta de
instrução e conscientização do que vem a ser Maçonaria. As sessões duram de duas a três horas e
o período de estudos ou de instrução duram apenas quinze minutos, isto quando algum irmão tem
um trabalho a apresentar.
Quanto à conscientização, com frequência não são respondidas as perguntas básicas que um
Aprendiz faz a um Mestre, porque geralmente este não sabe respondê-las. Sempre existem as
evasivas tradicionais, tais como: “Isso eu não posso responder. Você chegará lá. Estude”. Então
como poderá um Irmão estar consciente do que é a Maçonaria? Existem falhas severas desde o
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primeiro aprendizado ao se entrar na Ordem. A maioria dos maçons cresce na Ordem do ponto de
vista de graus, sem saber ao certo o que estão fazendo ou aprendendo.
A pressa de muitos Irmão em sessão para que esta acabe logo, para poderem nos chamados
“fundões” das Lojas, sorverem todo o tipo de pólvora que existe, e ao mesmo tempo se alimenta
exageradamente e neste estado de empanturramento alimentar e de eflúvios etílicos tomarem
decisões importantes.
Veneráveis fracos que não têm personalidade dominados docilmente por verdadeiras eminências
pardas dentro de sua própria diretoria.
Carreirismo político maçônico, com falsa liderança.
Esvaziamento das Lojas por desmotivação.
Comportamento antimaçônico de Irmãos que são verdadeiros profanos de avental, os quais querem,
muitas das vezes, que seus defeitos se tornem regras morais para os demais.
Candidatos não gabaritados para tal, serem indicados para serem Maçons. Os poderes dentro de
uma Potência estão desencontrados e comumente extrapolam seus direitos, não respeitando, às
vezes, o próprio Grão-Mestre, que é a maior autoridade.
Várias Potências não se reconhecem entre si, mas se utilizam do mesmo Rito, cada qual à sua
maneira (vide Rito Escocês Antigo e Aceito, no Brasil).
A respeitável denominação “Grande Arquiteto do Universo” virou simplesmente “Gadú”. Esta é uma
nova palavra, que foi criada e muito pronunciada, por sinal.
Especialmente nas cidades de porte médio e grande, um Templo de propriedade de uma Loja é
usado por ela apenas um dia da semana, quando naquele mesmo Templo poderiam funcionar pelo
menos mais quatro Lojas. Falta de patriotismo com desconhecimento total da história do Brasil e
participação de maçons nos eventos.
Se quiséssemos, enumeraríamos mais de cinqüenta itens facilmente.
Citamos de passagem os Irmãos que não honram seus compromissos, valendo-se da mal
interpretada tolerância maçônica.
A maioria dos maçons não lê sobre a Ordem.
Fácil será prever o futuro, caso não se tente mudar imediatamente ou reciclar, quer no campo
administrativo, histórico, instrutivo, doutrinário ou moral. Precisamos ter a ousadia e a coragem de
citar os males que a assolam e a prudência de sugerir alguma solução que possa melhora-la.
Entretanto, tudo vai bem na Ordem. Todos se chamam de Irmãos, fala-se muito em tolerância, todo
mundo é livre e de bons costumes.
Uma boa parte dos maçons brasileiros acredita realmente que tudo vai bem. São aqueles Irmãos
puro, bem intencionados, almas limpas. Nas Lojas, os famosos e prolixos oradores continuam
matraqueando desesperadamente, tecendo glórias e louvores ao Grande Arquiteto do Universo e a
todos os maçons espalhados pela Terra.
Quando um Irmão se diz justo e perfeito, porém não é nada disso, os outros justos e perfeitos fingem
não saber do que se trata, pois a Ordem é fraternal e tolerante.
Estamos exagerando? Poderão argumentar que o autor é um pessimista, que os maçons de sua
cidade são maus, que Maçonaria não é bem isso, e que na sua Loja não é assim.
Mas, estas afirmações têm muito de verdade. É só ter a coragem de enxergar as coisas como elas
são, sem ter a mente embaçada pelo conformismo.
Evidentemente o maior problema da Maçonaria é apenas uma questão de cultura e falta de
instrução racional. Se tivéssemos três sessões mensais, onde além de se praticar uma boa
ritualística, houvesse debates, conferências, cursos, mesas redondas, etc., a respeito da filosofia,
ritualística e história da Ordem, bem como da Política como ciência, o preparo do Maçom seria
outro.
Quanto às sessões administrativas, deveria haver apenas uma por mês.
Cada Potência deveria manter Encontros Semestrais de Aprendizes Companheiros e Mestres para
toda a jurisdição, onde fossem apresentados trabalhos e estudos referentes a tudo o que diz
respeito à Ordem.
Os Altos Corpos de cada Potência, especialmente nas simbólicas, deveriam manter severa vigilância
com relação às alterações que os responsáveis pela Liturgia e Ritualística de cada Rito, costumam
com freqüência introduzir nos Rituais vigentes, a maioria invenções, enxertos, “achismos” etc. Este
controle tem que ser constitucional, ou seja, deverá constar na Constituição de cada Potência, e o
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“modificador” terá que enfrentar estes altos poderes da Obediência e estes aprovarem. Esta seria
uma maneira de conter tanta alteração que pulula nos Rituais da Maçonaria brasileira, em especial
no Rito Escocês Antigo e Aceito.
Como a unificação total da Maçonaria brasileira é uma utopia, a união, entretanto, não é, e já está
sendo realizada. As três principais Potências não se reconhecem, mas nas Lojas-Bases está
havendo uma intervisitação sistemática, numa camaradagem própria de Maçons que seguem o
axioma “se fomos Iniciados, logo somos Irmãos” e as Lojas, mesmo de Potências diferentes, estão
permitindo o direito de visitação, e este contato entre Irmãos está trazendo resultados.
Os Grão-Mestres das principais Potências deveriam sentar-se em torno de uma mesa e decidirem
que, tratando-se de um mesmo Rito, todas deveriam ter somente um Ritual, o qual seria organizado
por uma Comissão de Irmãos destas Potências. Igualmente deveria haver apenas uma Palavra
Semestral e troca de correspondências a respeito dos candidatos não desejáveis para serem
Maçons. Nas cidades onde hajam Lojas das diversas Potências, deveria haver um Conselho
de Veneráveis com rodízio na administração, o qual, paralelamente, tratasse de filantropia,
problemas sociais, políticos (não partidários) de abrangência da comunidade.
Estas sugestões são fáceis e viáveis. Em algumas cidades já estão sendo realidade, mas não foram
sacramentadas pelas cúpulas das respectivas Potências.
Não há perigo de desestabilizaçã o do poder de cada Potência.
Administrativamente , continuarão sendo o que são. O que é necessário é que se deixe a vaidade de
lado e se doe de coração aberto à causa maçônica. É simples.
O Maçom brasileiro necessita com urgência encontrar uma nova vocação, uma meta maior, um
programa de alto alcance que até possa parecer impossível, porém viável a longo prazo, que
pudesse unir todos os Maçons em torno de uma idéia, um pensamento único.
As Potências deveriam se reunir através de seus mais brilhantes Irmãos e, após estudarem todos os
detalhes, apresentarem um diagnóstico da Maçonaria brasileira. Este diagnóstico terá que levar em
conta o nosso passado, analisando com muito cuidado o presente e estabelecendo metas para o
próximo século.
Este que está findando já o perdemos. Só não perdemos ainda o nosso coração de Maçom e o amor
à Ordem. Meditemos, Irmãos.
Autor: Ir.’. Hercule Spoladore – Londrina – PR
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Bloco 6 – Pedro Juk – Perguntas & Respostas
Bloco produzido pelo Ir. Pedro Juk,
Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes – PR
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
circulação
Em 23.07.2014 o Respeitável Irmão Lourival Neves Figueiredo, Loja Cidade Azul, 2.779, REAA,
GOB, sem declinar o nome do Oriente (cidade) e estado da federação formula a seguinte questão:
[email protected]
Circulação.
Lendo sua resposta em uma pergunta formulada no JB News, conforme abaixo descrito pelo
Irmão:
“3 – Não importa quem esteja porventura sentado ao lado do Venerável. Durante a
circulação da bolsa, o titular aborda primeiramente os que detêm os respectivos
malhetes por ordem hierárquica, posteriormente o Orador, o Secretário e finalmente o
Cobridor Interno. Ato seguido todos os do Oriente, a começar por aquele que
porventura esteja tomando assento ao lado do Venerável. Na sequência conclui-se
então a circulação no Ocidente na forma de costume. É oportuno salientar que os
primeiros seis cargos mencionados não possuem qualquer relação com uma pretensa
estrela de seis pontas, símbolo este que nem mesmo é abordado Maçonaria de vertente
francesa. À bem da verdade os primeiros seis cargos abordados referem-se às cinco
Dignidades na Maçonaria francesa (Luzes, mais o Orador e o Secretário) somadas ao
cargo tradicional do Cobridor. Esses seis cargos mais o Oficial circulante compõem os
Sete Mestres para abertura de uma Loja. Infelizmente aqui no Brasil, além de ainda se
mencionar a tal “estrela de seis pontas” (difícil de desenha-la pelos cargos percorridos)
ainda somam o Chanceler e o Tesoureiro como Dignidades. O equívoco em relação às
verdadeiras cinco Dignidades e os primeiros cargos estão em confundir outros dois
eletivos com Dignidades da Loja. Dignidades legitimamente são cinco, nunca sete. Sete
verdadeiramente é o número mínimo de Mestres para a abertura de uma Loja.
Finalizando não me furaria aqui a mencionar o belíssimo trabalho elaborado pelos
Irmãos Álvaro e Fuad”.
E como nossa Loja (tem por hábito, preencher o cargo de Cobridor Interno, pergunto ao
Irmão se o Cobridor Externo estiver em sua posição, com a Loja aberta, não deveria ele, ser o
último (após o Cobridor Interno) a ser abordado pelo Mestre de Cerimônias ou o Irmão
Hospitaleiro, conforme o caso? As explicações de nosso Ritual, cita os Cobridores (CCobr).
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Considerações:
Volto a repetir, primeiramente os seis primeiros cargos que mencionei na resposta
comentada acima, desses seis, o sexto é sempre o Cobridor Interno. Até porque no ato da
circulação, a Loja está efetivamente aberta e o Oficial circulante (Mestre de Cerimônias ou
Hospitaleiro) estará na Coluna do Sul (lugar do Cobridor Interno), o que faz em reforçar o ato
por uma questão lógica.
O que ocorre é que alguns rituais preconizam também a abordagem dos dois
Cobridores nessa oportunidade, entretanto deles, o primeiro a ser abordado é
impreterivelmente o Interno. Nesse caso, antes do Oficial circulante se dirigir novamente para
o Oriente, de passagem pela Coluna do Norte,
ele aborda na sequência o Cobridor Externo.
Daí o ritual mencionar – Cobridores.
Ratificando. Em qualquer caso, após ter sido concluída a quinta abordagem (a do
Secretário) o seguinte a ser abordado é sempre o Cobridor Interno.
T.F.A.
PEDRO JUK
[email protected]
AGO/2014.
Bloco 7 – Destaques JB – ( Resenha geral)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
mês de dezembro
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data
01/12/2004
01/12/2009
11/12/1993
13/12/1983
18/12/1991
20/12/2003
22/12/1992
21/12/1999
Nome
Lysis Brandão da Rocha
Poço Grande do Rio Tubarão
Phoenix
Nova Aurora
Obreiros da Paz
Luz Templária
Ademar Nunes
Silvio Ávila
Oriente
Florianópolis
Tubarão
Jaraguá do Sul
Criciúma
Fraiburgo
Curitibanos
Florianópolis
Içara
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GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
Data
02/12
02/12
06/12
07/12
09/12
11/12
13/12
14/12
Nome da Loja
Fraternidade e Justiça
Lauro Mullher
Fraternidade Criciumense
Voluntas
Igualdade Criciumense
Xaver Arp
Padre Roma II
Montes de Sião
Oriente
Blumenau
São José
Criciúma
Florianópolis
Criciumense
Joinville
São José
Chapecó
GOB/SC -
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data
01.12.04
02.12.06
04.12.08
05.12.85
08.12.10
11.12.96
11.12.97
11.12.01
12.12.96
13.12.52
13.12.11
16.12.96
16.12.03
17.12.96
17.12.96
20.12.77
28.12.96
28.12.96
Nome
Luz De São Miguel - 3639
Colunas De Antônio Carlos - 3824
Seara De Luz - 3961
25 de Agosto - 2383
Estrela do Oriente - 4099
Justiça e Paz - 3009
União Adonhiramita -3129
Paz do Hermon - 3416
Fênix do Sul - 3041
Campos Lobo - 1310
Luz Do Oriente - 4173
A Luz Vem Do Oriente - 3014
Philantropia E Liberdade - 3557
Luz Do Ocidente - 3015
Perseverança - 3005
Xv De Novembro - 1998
Livre Pensar - 3153
Luz De Navegantes - 3033 (30/06/2010)
Oriente
São Miguel do Oeste
Florianópolis
Chapecó
Chapecó
Tubarão
Joinville
São Pedro de Alcântara
Joinville
Florianópolis
Florianópolis
Morro da Fumaça
Castelo Branco
Brusque
Chapecó
Florianópolis
Caçador
Piçarras
Navegantes
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Rádio Sintonia 33 e JB News.
Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal.
Acesse www.radiosintonia33.com.br
CONVITE
A Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285 e a Academia
Catarinense de Letras, convidam todos os Irmãos, familiares e amigos para a sessão pública,
quando será apresentada palestra do Ir.’. Salomão Ribas Jr, presidente da Academia
Catarinense de Letras e membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras,
“A Academia Catarinense de Letras e a Literatura Catarinense”.
A sessão pública será realizada no dia 27 de janeiro de 2015, terça feira, às 20:00 h, no
auditório da Academia Catarinense de Letras, Casa José Boateux, av. Hercílio Luz, 523, Centro,
Florianópolis.
Programação: 20 :00 h: Recepção
20:15 h: Início da sessão.
Traje: passeio. Não há necessidade de trajes maçônicos.
Após a sessão, será oferecido um coquetel.
Ir. Marcos de Oiveira
Venerável Mestre, ARLS Alvorada da Sabedoria
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Na última Sessão Ordinária da Loja Templários da Nova
Era teve palestra do Ir Luiz Carlos Santana Barreira.
A Loja Templários da Nova Era nr. 91 realizou na última quinta-feira (11) a sua última
sessão ordinária com a Ordem do Dia sendo ocupada pela brilhante palestra do Irmão
Luiz Carlos Santana Barreira, Venerável Mestre da Loja Joana Angélica nr. 190 (GLEB)
de Salvador, que trabalha no Rito York, e que discorreu sobre “Ritos Praticados no
Brasil”.
A Loja Templários da Nova Era ainda tem programado para a quinta-feira em seu
Templo a Sessão Especial Festiva Solsticial e na sexta-feira, dia 19, o Ágape Maçônico,
sendo a derradeira e definitiva atividade para o ano de 2014.
Irmão luiz Carlos recebendo o Diploma de Palestrante das mãos do MI Vilson Bazzan
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Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News.
(Entretanto, as fontes encontram-se na internet)
1 – MÚSICA - Jovens tocando e outros cantando. Paris –No Centre Commercial
Beaugrenelle:
https://www.youtube.com/watch_popup?v=eee4-d7FUis
2 – Capadócia:
Cappadocia.pps
3 – Iceber Tsunami:
Iceberg tsunami.mp4
4 – La Bohemia:
LA BOHEMIA ~ Paris _ _(1).pps
5 – Livraria Lello
livraria-lello-12012543#0C6.pps
6 – Pontes do Porto:
Pontes do Porto.pps
7 – Filme do dia: “A Arte de Roubar” – dublado:
https://www.youtube.com/watch?v=Tnz63P2ENJk
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O Irmão e poeta Sinval Santos da Silveira *
escreve aos domingos neste espaço
Ouço, ao longe, uma suave melodia de natal !
Os bons sentimentos afloram à pele, pedindo
para falar, escutar, ajudar...
Sentado, com as costas apoiadas a um muro de
pedras, protegido por uma acolhedora sombra,
um homem, um velho homem, descansa.
Não me atrevi importuna-lo com as minhas
curiosidades, para saber o que já imaginava.
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Limitei-me, então, somente observa-lo.
Uma bolsa vermelha, certamente contendo de tudo,
foi o que da vida lhe restou, além de muitas lembranças.
Em seu sono profundo, esboçava sorrisos inocentes,
parecendo uma criança adormecida.
Toda a sua inconsciente expressão, era de felicidade !
Serenamente, acordou.
Cumprimentei-o, carinhosamente.
Sem que nada lhe perguntasse, disse-me:
" Chamo-me Abner.
Estou cansado e com muita saudade de todos e,
em especial, das crianças.
Minha estrada é longa, infinita...
Um mundo de amor, fantasias e realidade.
Há poucos minutos, sonhei com momentos felizes,
vividos intensamente por mim.
Prometi, aos meus amigos e irmãos, sempre voltar
nesta época do ano.
Estou aqui, cumprindo minha promessa."
Incrível, retirou daquela sacola suas vestes vermelhas,
transformando-se no mais lindo, autêntico, e único
PAPAI NOEL, jamais visto por esta região !
Voltou para trazer um tríplice e fraternal abraço, a todos
os seus irmãos, que retribuem com alegria e interminável
saudade !
Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/
* Sinval Santos da Silveira Mi da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 - Florianópolis
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