Ficha Trabalho 1 - 11 ano - Psicologia A

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ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALVES REDOL
PSICOLOGIA A ANO: 11º TURMA:
Ficha de Verificação da aprendizagem
TEXTO
Se vivêssemos num planeta onde nada mudasse, pouco teríamos que fazer. Não haveria nada a
compreender: Não havia necessidade da ciência. E, se vivêssemos num mundo imprevisível, onde as coisas
mudassem ao acaso ou de forma muito complexa, não teríamos possibilidade de esclarecê-las. E, uma vez
mais, não haveria ciência. Mas vivemos num universo intermédio, onde as coisas mudam, de facto, mas
segundo padrões, regras, ou como nós lhe chamamos, leis da natureza. Se eu atirar um pau ao ar, ele cai
sempre. Se o sol se põe a ocidente, nasce sempre, na manhã seguinte, a oriente. E por isso é possível
compreender as coisas. Podemos desenvolver a ciência e, melhorar as nossas vidas.
Os seres humanos sabem compreender o mundo. Sempre souberam. Somos capazes de caçar ou de
fazer fogueiras apenas porque compreendemos qualquer coisa. Houve uma época anterior à televisão, ao
cinema, à rádio e aos livros. A maior parte da existência humana foi passada durante essa época. Numa noite
sem lua, em redor da fogueira quase apagada, observámos as estrelas.
O céu à noite é interessante. Nele existem configurações. Sem sequer nos esforçarmos, conseguimos
imaginar figuras. No céu, para norte, por exemplo, há uma configuração, ou constelação, que se assemelha a
um urso. Algumas culturas chamam-lhe a Ursa Maior. Outras vêem imagens diferentes. Claro que estas
figuras não estão lá. Fomos um povo caçador e vimos caçadores e cães, ursos e mulheres, tudo coisas que nos
interessavam. Quando os navegadores do século viram, pela primeira vez, os céus do sul, colocaram neles
objectos de interesse da sua época, tucanos e pavões, telescópios e microscópios, bússolas e proas de navios.
Se as constelações tivessem sido classificadas no século XX, veríamos, possivelmente, bicicletas e frigoríficos
no céu, cantores de rock e talvez até cogumelos atómicos, um novo conjunto de esperanças e receios humanos
colocados entre as estrelas.
Ocasionalmente, os nossos antepassados veriam uma estrela muito brilhante com uma cauda, que
aparecia apenas por momentos a riscar o céu. Chamavam-lhe uma estrela cadente, mas não é uma
classificação correcta. As estrelas velhas continuam lá depois da queda da estrela cadente. Em algumas
estações há muitas estrelas cadentes, noutras há poucas. também nisto existe uma espécie de regularidade.
Tal como o sol e a lua, as estrelas nascem sempre a oriente e põem-se a ocidente, demorando a noite
inteira para atravessar o céu, se passarem por cima das nossas cabeças. Existem constelações diferentes em
estações diferentes. As mesmas constelações nascem sempre, digamos, no início do Outono. Nunca acontece
uma nova constelação aparecer subitamente a oriente. Existe uma ordem, um carácter previsível, uma
estabilidade nas estrelas. De certo modo, são quase reconfortantes.
Algumas estrelas nascem imediatamente antes do nascer do Sol, outras põem-se logo a seguir ao pôrdo-sol e em épocas e posições que variam com as estações. Se observássemos atentamente as estrelas e
fôssemos fazendo registos ao longo dos anos, poderíamos prever as estações. Poderíamos também medir a
duração do ano, anotando em que pontos do horizonte o Sol nasce todos os dias. Nos céus havia um grande
calendário à disposição de qualquer pessoa com capacidade e meios para fazer registos.
Passa-se uma coisa curiosa com as bandeiras nacionais do planeta terra. A bandeira dos Estados
Unidos tem cinquenta estrelas; a de Israel, uma: a da Birmânia, catorze; as de Granada e da Venezuela, sete;
a da China, cinco; a do Iraque, três; as do Japão, Uruguai; Malawi, Bangladesh e Taiwan, o Sol; a do Brasil,
uma esfera celeste; as da Austrália, Samoa Ocidental, Nova Zelândia e Papuásia na Nova Guiné, a
constelação do cruzeiro do sul; a do Butão, a pérola-dragão, símbolo da Terra; a do Camboja, o observatório
astronómico de Angkor Wat; as da Índia, Coreia do Sul e República Popular da Mongólia, símbolos
cosmológicos. Muitos países socialistas apresentam estrelas. Muitos países islâmicos apresentam a Lua em
quarto crescente. Cerca de metade das bandeiras nacionais exibem símbolos astronómicos. O fenómeno é
transcultural, não sectário e mundial. Não duvido que as nações pretendem abarcar algum do poder e da
credibilidade dos céus. Nós procuramos uma ligação com o cosmos. Queremos o nosso lugar na escala das
coisas. E acontece que estamos ligados, não na forma pessoal, sem imaginação e na pequena escala que
pretendem os astrólogos, mas da maneira mais profunda, que inclui a origem da matéria, a habitabilidade da
Terra e a evolução e o destino da espécie humana.
Adaptado de C. Sagan, Cosmos, 1997
ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALVES REDOL
PSICOLOGIA A ANO: 11º TURMA: F/G
Ficha de Verificação da aprendizagem
A partir do que estudou e do texto que analisámos, responda às seguintes questões
1. Explique as semelhanças e diferenças entre os diferentes mitos sobre a origem da vida.
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2. Relacione explicações mitológicas ou religiosas com explicações científicas sobre a origem da
vida.
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3. Descreva a teoria do Big Bang
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4. Elabore uma breve reflexão sobre a relação actual do homem com a natureza.
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Bom trabalho
O professor
António Fernandes
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