Exercício reduz o risco de câncer no cérebro

Propaganda
Exercício reduz o risco de câncer no cérebro
Os benefícios para a saúde decorrentes da prática regular de atividade física estão
mais do que comprovados. Consequentemente, uma grande variedade de estados patológicos
poderia ser combatida, e até mesmo evitada, com uma caminhada ou corridinha no dia-a-dia.
Os resultados de um estudo recente, publicado preliminarmente online na revista
científica Medicine and Science in Sports and Exercise, concluíram que a prática de atividade
física regular (jogging e caminhada) reduz o risco de câncer no cérebro.
Prevê-se que mais de 24.000 tumores malignos do cérebro e do sistema nervoso
central ocorram nos Estados Unidos em 2013. De fato, setenta por cento de todos os tumores
cerebrais primários (malignos) nos adultos são considerados gliomas (tumores com origem nas
células da glia). Além disso, o risco de desenvolver este tipo de câncer aumenta com a idade e
é significativamente maior para indivíduos do sexo masculino.
Em conversa pelo telefone, solicitei ao Dr. Paul Williams, pesquisador do Lawrence
Berkeley National Laboratory (que está vinculado à Universidade da California), para
comentar sobre a importância e a validade do seu estudo: “Nós certamente chegamos a um
ponto em que podemos estar confiantes de que nossos resultados são de fato
estatisticamente significativos e surpreendentes,” explicou. “Estes dados apontam para mais
uma vantagem de ter um estilo de vida que inclua a prática de atividade física regularmente,”
notou o professor, acrescentando que, “na verdade, estamos começando a entender que a
prática de exercício não só reduz o risco de doença cardíaca, mas também de outras patologias
como, por exemplo, o câncer do cérebro.”
Contudo, as tentativas de compreender melhor os mecanismos fisiológicos
potencialmente responsáveis por tal proteção estão em pleno curso e são frequentemente
debatidas. Assim sendo, querendo obter uma explicação mais concreta, eu perguntei ao Dr.
Williams qual seria a suposição mais plausível. “Nós não temos a certeza de qual é o
mecanismo fisiológico responsável pela proteção resultante da atividade física, mas pode
estar relacionado com níveis mais baixos de elementos vinculados com os fatores de
crescimento insulínico tipo 1 (IGF-1) . . . Na verdade, não temos muito conhecimento sobre o
que causa o câncer no cérebro.”
Uma vez mais, querendo aprofundar o assunto, eu perguntei ao professor qual seria o
rumo da pesquisa em tal área, no futuro: “Queremos observar outros tipos de câncer e
gostaríamos de entender um pouco melhor se o exercício aumenta a chance de sobrevivência
entre as pessoas que já têm essa doença,” afirmou o líder do estudo.
No final da nossa entrevista, solicitei ao Dr.Williams que desse aos nossos leitores uma
ideia da carga de atividade física considerada ideal para uma pessoa começar a acumular os
benefícios protetores que foram observados no seu estudo. Com firmeza, ele disse que a
atividade física, quando praticada além do que é geralmente recomendado, pode trazer
benefícios significativos para a saúde e pode ser o melhor investimento em nossa saúde
futura: por exemplo, praticar 12 a 25 km de jogging por semana é muito mais benéfico do que
praticar apenas os 7.3 a 12 km recomendados.
Download